Desportivo de Chaves na I Liga

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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº3422 DO JORNAL A VOZ DE TRÁS-OS-MONTES E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

09 de junho de 2016

EDIÇÃO ESPECIAL

O REGRESSO DE UM HISTÓRICO


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09 de junho de 2016

SPORTIVO DE

AVES

ECOREDE


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09 de junho de 2016

GRUPO DESPORTIVO DE CHAVES GRUPO DESPORTIVO DE FUNDAÇÃO

27 SET

SÓCIOS

4.000

ESTÁDIO

Municipal Engº Manuel Branco Teixeira

CHAVES 8.000 LOTAÇÃO

EQUIPAMENTO

Azul e Grená

1949  A 27 de setembro de 1949, após a vitória do Flávia Sport Clube no Campeonato Distrital, que lhe permitiu o acesso à 3ª Divisão, dá-se a fusão entre os dois clubes rivais da cidade (Atlético Clube Flaviense e Flávia Sport Clube), da qual nasceria o Grupo Desportivo de Chaves. Com tal união dava-se então início a uma caminhada desportiva, com altos e baixos, onde o Grupo Desportivo de Chaves, centro de projeção de inúmeros talentos, foi conquistando o seu espaço num país que tendia cada vez mais a subestimar as potencialidades desportivas que a região transmontana, em especial a cidade de Chaves, tinha para oferecer. Após algumas épocas em que o Desportivo apostou forte para subir de escalão, em 1983/84 o sonho de ascender à divisão maior esteve muito próximo e, depois de ter sido 2ª classificado no Campeonato Nacional da 2ª Divisão, as expectativas voltaram a sair frustradas, pois faltou alguma “estrelinha” e o GD Chaves acabaria por terminar a liguilha de acesso à 1ª Divisão na última posição, voltando a adiar aquilo que era o maior sonho dos flavienses. Foi finalmente na época de 1984/85, após se ter consagrado como vencedor da liguilha de acesso à 1ª Divisão (vitória sobre o União da Madei-

História ra, no Funchal, por 4-3), que o GD Chaves conquistou pela primeira vez um merecido lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, colocando desta forma o clube numa nova posição na panorâmica nacional e dando início a uma nova página na história desportiva da cidade e da região transmontana. Este feito histórico era o concretizar dos objetivos a que o clube se propusera no passado e, assim, pela primeira vez, Trás-os-Montes tinha um clube na 1ª Divisão Nacional. Na época de 1985/86, muitas expectativas estavam colocadas sobre a equipa flaviense, às quais o clube respondeu com um brilhante 6º lugar na classificação final da 1ª Divisão, ganhando por mérito próprio a designação pela crítica de “equipa sensação” do campeonato, tendo conseguido também o feito de ter atingido os quartos-de-final da Taça de Portugal. Depois de 1990, o Desportivo foi-se mantendo como um digno embaixador da região transmontana na 1ª Divisão e, apesar da descida de divisão em 1993, o clube logo retornaria

PALMARÉS 113 presenças no Campeonato Nacional da 1ª Divisão / Primeira Liga (1985/86 a 92/93 e 1994/95 a 98/99) 

na época seguinte, para voltar a dar uma boa imagem nas épocas que se seguiram e estabelecer-se como uma das boas equipas do Nacional da 1ª Divisão. A equipa da época 1996/1997, treinada por José Romão, que apesar do 10ª lugar final, entre 18 equipas andou toda a época perto do acesso às provas europeias e foi considerada uma das melhores equipas ao nível do futebol praticado. Em 1997/98, as perspetivas eram muitas, mas a época não correu de feição ao clube, a equipa jogava bom futebol mas perdeu alguns pontos importantes, no entanto conseguiu manter-se graças ao “caso Leça”. A descida para a Liga de Honra em 1999, marcou negativamente o clube que nunca mais conseguiu chegar ao convívio entre os grandes. Na época passada esteve muito perto de o conseguir, mas acabou por falhar a ambicionada subida ao escalão maior do futebol português. Esta temporada 2015/16, os flavienses viram o sonho tornar-se realidade com a tão desejada subida à Liga NOS.

Melhor 5º Lugar 1986/87 e 1989/90 

13 presenças na II de Honra / II Liga / Liga de Honra (1993/94; 1999/2000 a 2007/2008, 2009/2010, 2013/14 a 2015/2016) 

Melhor 3º Lugar 1993/94 e em 2014/15 

23 presenças no Campeonato da II Divisão (1949/50; 52/53; 53/54; 55/56 a 60/61; 73/74 a 1984/85; 2008/2009; 2010/2011 a 2012/2013) 

Melhor Campeão Nacional 2012/2013 

15 presenças no Campeonato Nacional da III Divisão (1950/51; 51/52; 54/55; 61/62 a 72/73) 

43 presenças na Taça de Portugal 

Melhor finalista vencido 2009/2010 

 1 presença na Taça de UEFA

(1986/1987) Melhor 2ª Eliminatória 1986/1987 

Vice-Campeão da II Liga (2015/2016) 

FICHA TÉCNICA  Direção Geral JOÃO VILELA  Diretor Editorial AGOSTINHO CHAVES  Edição MÁRCIA FERNANDES  Fotos MÁRCIA FERNANDES, PEDRO SARMENTO COSTA e D.R.  Design e Paginação PEDRO COSTA  Publicidade CARLOS MOURÃO, CÉLIA MOURÃO e ANA R.

EDITOR: Letras Dinâmicas, Lda. Registada na Conservatória Comercial de Coimbra. CAPITAL SOCIAL: 120.000€. DETENTORES DO CAPITAL SOCIAL: Carlos Peixoto, Samuel Cunha, Sérgio Cunha, João Vilela, Carlos Alonso e António Lousa NIPC: 513 283 374 REGISTO DO ICS: 101090 DEPÓSITO LEGAL Nº 291102/09


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VO DE

ESA primeira subida HISTORIA

1985-1986  Na época 1984-1985, o Desportivo de Chaves disputou o então designado “Campeonato Nacional da 2ª Divisão” do futebol português, tendo alcançado o 2º lugar da classificação da “Zona Norte” (40 pontos), atrás do Desportivo das Aves (41 pontos) e à frente do Paços de Ferreira (também com 40 pontos). Em consequência do regulamento de então, os segundos classificados de cada série tiveram de disputar uma “liguilha” para determinar a equipa que acompanharia, na subida ao principal escalão, os três vencedores das respetivas séries: além do Aves (vencedor da “Zona Norte”), também o Sporting da Covilhã (vencedor da “Zona Centro”) e o Marítimo do Funchal (vencedor da “Zona Sul”). Desse modo, o “Torneio de Competência” foi disputado, além do Desportivo de Chaves, pelo União de Leiria (segundo classificado da “Zona Centro”) e pelo União da Madeira (segundo classificado da “Zona Sul”). O vencedor da “liguilha” foi a equipa transmontana que assim se alcandorou, pela primeira vez na sua história (o Desportivo de Chaves foi fundado em 27 de setembro de 1949) à divisão maior do futebol português. Como agora, o feito foi efusivamente comemorado na cidade, na região transmontana e no próprio país que celebrou a inédita ascensão de uma equipa do interior norte (distrito de Vila Real). Era presidente do clube a figura de Branco Teixeira (também foi presidente da edilidade flaviense), cujo nome viria, mais tarde, a ser atribuído ao então designado “Estádio Municipal de Chaves”, com lotação para 20 mil espectadores.

Raul Águas o obreiro do sucesso Nessa época, as equipas de Trás-os-Montes militavam nos “Regionais” de ambas as associações (Bragança e Vila Real) e seis delas estavam presentes no “Campeonato Nacional da 3ª Divisão”, duas da associação vila-realense (Régua e Vila Real) e quatro da A. F. Bragança (Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Cachão). Todas as atenções se viraram, logicamente, para o cometimento do Grupo Desportivo de Chaves que, sob a batuta do ex-futebolista Raul Águas, iria espantar os portugueses e mesmo pessoas de outros países dos continentes europeu e americano, com destaque para os emigrantes transmontanos dessas regiões do globo. De tal modo que, após um quinto lugar na divi-

são maior, o Chaves viria a disputar a “Taça UEFA” (atual “Liga Europa”) tendo passado à segunda eliminatória, depois de afastar os romenos do Universitatea Craiova, para ser afastado pelos húngaros do Honved. Um outro facto de grande relevância na história do clube. Ora, em 1985-1986, conquistado o direito desportivo de disputar o “Campeonato Nacional da 1ª Divisão”, o Chaves foi acompanhado pelos seguintes clubes: F. C. Porto (treinador: Artur Jorge), Sporting (Manuel José), Benfica (John Mortimore), Boavista (João Alves), Belenenses (John Melia), Académica (Vítor Manuel), Braga (Henrique Calisto), Vitória de Guimarães (António Morais), Penafiel (José Moniz), Vitória de Setúbal

(Manuel Oliveira), Salgueiros (Humberto Coelho), Desportivo das Aves (Professor Neca), Sporting da Covilhã (Vieira Nunes), Marítimo do Funchal (Mário Nunes) e Portimonense (a equipa que participou no jogo em que, este ano, o Chaves garantiu a subida, com a particularidade de esta equipa algarvia, nesse ano, ser treinada por… Vítor Oliveira). O treinador Raul Águas (que fora jogador da formação “azul-grená” de Chaves, com muito sucesso) formou equipa técnica com o adjunto Manuel Simões de Oliveira, o médico José Romero e o massagista Marcelino Fernandes de Almeida, tendo formado um plantel que integrava 26 elementos, nove deles nascidos em Trás-os-Montes ou formados no clube: Toni (guarda-re-

des), Areias, Amândio e Beto (defesas), Diamantino, Orlando, Martins e Borges (médios), César e Carriço (avançados). Os restantes atletas eram Carlos Padrão e João Fonseca (guarda-redes), Vivas, Alfredo, Carvalhal, Raul e Pio (defesas), Abreu, Ferreira da Costa, Jorge Plácido, Paulo Rocha e Peter Barny (médios) e Júlio César, Kiki, Luís Filipe e Jorge Silva (avançados). E para “o começo ter mais encanto”, o Desportivo de Chaves vestiu o fato de gala, na primeira jornada, para visitar a Académica, na “Lusa Atenas” como era conhecida então a cidade universitária de Coimbra. O resultado foi um empate, a um golo. Na segunda jornada, a primeira equipa a visitar os flavienses como primodivisionários foi a do Belenenses. O Despor-

tivo venceu, por 2-0. Iniciava bem esse campeonato a equipa de Chaves que, no final, obteve o sexto lugar da tabela classificativa: em 30 jogos, 11 vitórias, 7 empates e 12 derrotas, com uma diferença de golos de 28-38 (-10). Este saldo negativo foi devido aos seis jogos que o Desportivo fez com as três equipas grandes, em que não conseguiu marcar qualquer golo, sofrendo 13 (F. C. Porto – 0-2, casa; e 0-3, fora; Benfica – 0-1, casa; e 0-4, fora; Sporting – 0-0, casa; e 0-3, fora). Era ainda o temor próprio da falta de experiência de que os flavienses se iriam libertar no ano seguinte. Total de pontos: 29 (cada vitória valia dois pontos e não três como agora). Em casa: 19; fora; 10. Agostinho Chaves


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GRUPO DESPORTIVO DE

A conquistaCHAVES de um lugar entre os maiores

Na hora da celebração, os sócios e simpatizantes não se esqueceram de agradecer a Francisco Carvalho, que é, unanimemente, considerado o grande obreiro desta conquista.  O relógio marcava 13h05, do dia 8 de maio de 2016, quando o árbitro Hugo Miguel deu por terminado o jogo entre o Portimonense e o Desportivo de Chaves, com um resultado a quedar-se por um empate a uma bola. Com este desfecho, os transmontanos garantiram desde logo a subida ao escalão maior do futebol português. Explosão de alegria no relvado e nas bancadas, estendida à cidade de Chaves, com os adeptos

a saírem de casa e a invadir as ruas com bandeiras, cachecóis, apitos, vuvuzelas, tudo servia para explanar a alegria dos flavienses, que na época anterior tinham sofrido uma grande tristeza em pleno Estádio Municipal quando o clube esteve a um segundo de garantir a subida, mas um golo do Tondela no reduto do Freamunde ao minuto 92 foi uma espécie de “murro no estômago” de todos os aficionados. Da alegria à

tristeza numa fração de segundos, com um silêncio retumbante que deixou muitos adeptos em lágrimas. No final, o Desportivo terminou com 80 pontos, os mesmos que somados pelo União da Madeira e Sporting Covilhã, no entanto os critérios de desempate ditaram a subida dos insulares. Com uma postura firme, a direção teve de recomeçar tudo de novo, com a contratação de uma nova equipa técnica e jogadores mais credenciados para formar um plantel ainda mais competitivo para a época 2015/16. Numa competição longa, que engloba 46 jornadas, a equipa transmontana esteve quase sempre entre os lugares cimeiros, que davam

acesso à I Liga, no entanto, nem tudo foi fácil, com os sócios a questionarem várias vezes o treinador Vítor Oliveira devido aos sucessivos empates em casa. Numa dessas situações, o presidente da direção, Bruno Car va l ho, teve mesmo de intervir para acalmar as hostilidades e deu um voto de confiança ao experiente técnico, que sempre mostrou grande capacidade para atingir os objetivos que lhe foram propostos. E desta vez não foi diferente, com o Desportivo a ser a quarta equipa consecutiva que Vítor Oliveira sobe à Primeira Liga, sendo já a nona no seu extenso e vitorioso currículo. Num total de 46 jogos, o Chaves alcançou 81 pontos,

menos cinco que o campeão, FC Porto B, que não pode subir de divisão, e mais três que o Feirense, equipa de Santa Maria da Feira que acompanha os transmontanos no regresso ao convívio dos grandes. Os flavienses somaram 21 vitórias, 18 empates e averbaram sete derrotas, tendo marcado 60 golos e sofrido 39, um saldo francamente positivo, sendo mesmo a formação europeia que não averbou qualquer derrota dentro de portas, um feito só alcançado pelo Oly mpiacos, campeão grego, treinado pelo português Marco Silva. Na hora da celebração, os sócios e simpatizantes não se esqueceram de agradecer a Francisco Carvalho, que é, unanimemente, consi-

derado o grande obreiro desta conquista. O principal investidor do clube não gosta de dar nas vistas, nem aparecer nas luzes da ribalta e incumbiu a missão de orientar o emblema mais representativo de Trás-os-Montes a dois dos seus filhos, Bruno Carvalho, que é o presidente da direção, e Francisco José Carvalho, presidente da Sociedade Anónima Desportiva. Presente pela ú ltima vez na divisão maior em 1998/99, agora é hora de preparar a nova época 2016/17, com a direção a garantir que irá formar um grupo forte, capaz de representar bem a região de Trás-os-Montes na principal liga do futebol português. Márcia Fernandes


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VO DE

ES JOGADORES DO PLANTEL António Filipe

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Guarda-redes Foz do Sousa 1985-04-14 186 cm 79 kg

Paulo Ribeiro

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Guarda-redes Setúbal 1984-03-06 187 cm 83 kg

Edu Machado

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa direito Portugal 1990-04-26 175 cm 67 kg

Fábio Santos

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa central Viseu 1988-05-22 184 cm 78 kg

Diogo Coelho

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa central Ponta do Sol 1993-09-14 183 cm 76 kg

Nélson Lenho

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa esquerdo Viana do Castelo 1984-03-22 179 cm 75 kg

Mike Moura

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa direito Grenoble (França) 1989-10-01 179 cm 73 kg

Miguel Oliveira

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa central Braga 1983-08-18 188 cm 83 kg

Stéphane Dasse

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa esquerdo Bingerville (C. Marfim) 1989-07-05 180 cm 70 kg

Miguel Ângelo

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Defesa central Lisboa 1984-10-10 185 cm 78 kg

Rafael Assis

Posição Médio def./Médio centro Naturalidade Belo Horizonte (Brasil) Data nascimento 1990-10-31 Altura 170 cm Peso 65 kg

Diogo Cunha

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio ofensivo Guimarães 1986-02-10 170 cm 62 kg

João Patrão

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio centro/ ofensivo Esposende 1990-01-22 175 cm 69 kg

Siaka Bamba

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio centro Abidjan (C. Marfim) 1989-08-24 175 cm 72 kg

Bruno Magalhães

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio centro Barcelos 1982-01-25 172 cm 74 kg

Braga

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio centro Massarelos, Porto 1983-06-17 181 cm 77 kg

Luís Silva

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Médio centro Portugal 1992-09-29 185 cm 78 kg

Luís Pinto

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Ext. direito/ P. lança Lisboa 1982-06-12 170 cm 67 kg

João Reis

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Ext. esquerdo Loulé 1992-06-24 174 cm 66 kg

Luís Barry

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

P. lança/ Médio ofensivo Corroios, Seixal 1982-01-30 196 cm 89 kg

Gustavo Souza

Posição Avançado Naturalidade Florianópolis (Brasil) Data nascimento 1984-07-18 Altura 180 cm Peso 72 kg

João Mário

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

P. lança/Ext. direito Guiné-Bissau 1993-10-11 185 cm 78 kg

Perdigão

Posição Ext. direito/ esquerdo Naturalidade S. M. Iguaçu (Brasil) Data nascimento 1991-07-17 Altura 180 cm Peso 70 kg

Tozé Marreco

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

Sandro Lima

Posição Naturalidade Data nascimento Altura Peso

André Fontes

Posição Médio centro/ofensivo Naturalidade Portugal Data nascimento 1985-05-27 Altura 179 cm Peso 73 kg

Ponta de lança Miranda do Corvo 1987-07-25 183 cm 75 kg

GRUPO DESPORTIVO DE

CHAVES

Ponta de lança Belém (Brasil) 1990-10-28 186 cm 81 kg


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GRUPO DESPORTIVO DE

Perfil

JogadoresCHAVES em destaque

BRAGA

O futebol é um jogo do coletivo, mas há sempre alguns jogadores que se destacam, pelos seus golos, assistências ou defesas. Esta época não foi diferente, em que por norma os mais acarinhados e queridos pelos adeptos são os goleadores. No final de uma época desgastante, em que foram disputados 46 jogos no campeonato, fica na memória sobretudo os golos, que são no fundo o objetivo principal de um jogo de futebol. Não é fácil fazer escolhas, mas optamos por destacar o capitão e avançado Luís Barry e o médio ofensivo Braga, já que ambos apontaram 23 golos, num total de 60 tentos marcados pelo Chaves esta temporada. Márcia Fernandes

 Braga, um jogador com um vasto currículo de Primeira Liga, onde se destacam as passagens pelo Rio Ave e Leixões. O jogador, de 32 anos, rapidamente se afirmou como um “indiscutível” nas opções do técnico Vítor Oliveira, tendo apontado 11 golos (em 42 jogos) e feito várias assistências para golo. É um médio criativo, que também pode desequilibrar na direita, sendo um exímio marcador de livres. Com uma qualidade técnica acima da média, o atleta, natural de Massarelos (Porto) é um dos mais acarinhados pelos adeptos, uma vez que o seu nome é um dos mais visíveis nas costas dos flavienses. Sendo um dos mais experientes do plantel, o médio criativo renovou por mais uma época e iremos continuar a vê-lo brilhar nos relvados portugueses com a camisola do clube ‘azul-grená’.

 Luís Barry foi o melhor marcador do Chaves esta época, ao apontar 12 golos, em 42 jogos em que participou, mas nos três anos em que esteve ligado ao clube transmontano, o atleta, de 34 anos, foi mesmo o segundo melhor marcador da história do clube (com 39 golos). Alto e possante, Luís Filipe Silva Barry nasceu em Corroios (Seixal) e chegou a Chaves na época 2013/14, tendo vindo paulatinamente a mostrar as suas credenciais de goleador. Sendo “muito forte” fisicamente, é uma arma para os treinadores, com uma capacidade fora do vulgar na área, sobretudo em lances de bola parada. No entanto, também gosta de recuar no terreno de jogo para lançar o ataque, quando a equipa sente maiores dificuldades na organização do jogo ofensivo. O ponto alto da carreira aconteceu ao serviço do Chaves, com esta subida à I Liga, depois de ter passado por clubes secundários, como Atlético, Lusitânia de Évora, UD Oliveirense, Atlético Reguengos, entre outros.

BARRY


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VO DE

ES

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VÍTOR OLIVEIRA TREINADOR

“O Chaves trará um novo colorido à I Liga portuguesa”

 Vítor Oliveira, de 62 anos, levou o Chaves até à principal liga do futebol português, um objetivo concretizado já nove vezes pelo técnico natural de Matosinhos, quatro das quais consecutivas. Na hora da despedida, o “especialista” em subir equipas de divisão deixa “muitas saudades” entre os adeptos flavienses, mas promete voltar mais vezes à região, que “conhecia mal” e onde dei xou “ bons a migos”. “Vou embora plenamente satisfeito, mas sei que virei mais vezes visitar a região, porque deixei cá alguns amigos, que me vão obrigar a vir cá mais vezes”, disse Vítor Oliveira, garantindo que foi “muito bem tratado”. Em Trás-os-Montes as pessoas “são simpáticas, hospitaleiras, dedicadas amigas do seu amigo”. O treinador sublinhou que o Desportivo de Chaves tem como “particularidade” não ser um clube de uma cidade, mas de uma região, que apoiará sempre, não só em casa, mas nas diversas localidades por

onde vai passar. “É extremamente positivo para a região transmontana e para o campeonato português o reaparecimento do Chaves na I Liga. A equipa terá sempre uma grande claque a apoiá-la em todos os estádios do país”. Além disso, a presença do emblema ‘azul-grená’ na I Liga, será “muito importante no panorama futebolístico nacional”, dando-lhe um “novo colorido”. Apesar de sair pela porta grande, a época não foi fácil para o comandante do emblema transmontano, que teve de enfrentar alguma contestação a meio da época, com os constantes empates em casa, frente a adversários teoricamente mais fáceis. “Os transmontanos não convivem bem com a derrota. Aliás, ninguém gosta de perder, até porque o futebol é para os que vencem. O futebol funciona como um escape, em que as pessoas podem exteriorizar as suas amarguras, depressões ou alegrias”, sustentou Vítor Oliveira, adiantando, no

entanto, a capacidade dos transmontanos de saberem distinguir bem os que mostram seriedade no seu trabalho. “Quem for leal, sério e profissional, o transmontano sabe reconhecer, o que torna fácil a missão de qualquer pessoa que venha aqui de boa-fé”. Entre os adeptos transmontanos, o sentimento é de gratidão pelo sonho de ver a equipa regressar à principal competição do campeonato português. Agora, o técnico abraça um novo projeto, ao serviço do Portimonense, equipa que esteve perto da promoção, mas acabou por não conseguir o objetivo, que Vítor Oliveira tentará na próxima época. “A possibilidade de chegar às dez promoções, que é um número redondo, seria muito interessante”, sustentou o já apelidado “Rei das Subidas”, adiantando que o futebol é “para quem ganha”, por isso, continuar na II Liga permite-lhe “ganhar mais vezes”. Márcia Fernandes

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GRUPO DESPORTIVO DE

CHAVES

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S



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VO DE

ES

09 de junho de 2016

BRUNO CARVALHO / PRESIDENTE CHAVES

“Dedico este sucesso ao meu pai, a pessoa que mais ama este clube”

 O dia era de festa, já passava das 23h00, do dia 8 de maio de 2016, com milhares de pessoas a invadir o relvado para felicitar o treinador e os jogadores pela conquista, 17 anos depois da última presença do GD Chaves entre os maiores de Portugal. Com o rosto molhado e feliz, o presidente Bruno Carvalho foi um dos mais solicitados para tirar uma ‘selfie’ entre os adeptos, que euforicamente lhe agradeceram a conquista de um lugar entre os melhores. Visivelmente emocionado, o presidente da direção não escondeu a emoção do momento que estava a viver e dedicou este sucesso ao seu pai, Francisco Carvalho, que “retirou o Desportivo das cinzas”. “Com o apoio da pessoa que mais ama este clube, o meu pai, Francisco Carvalho, conseguimos chegar à I Liga. Isto é sobretudo para ele e para todos os flavienses. A região e a cidade já mereciam

ver o Chaves na I Liga. É um sonho concretizado”, sublinha este responsável, adiantando que o projeto sempre foi ambicioso, desde a subida do clube à II Liga, que aconteceu na época 2013-14. “Era um objetivo claro chegar mais longe e, esta temporada, tínhamos que assumir a sua candidatura, o que fizemos desde o primeiro momento, num investimento que rondou os dois milhões de euros”. Agora começa uma nova etapa na vida do Chaves, por isso o presidente alerta que “é muito importante” criar os alicerces sólidos para continuar este percurso vitorioso e seguro. “É muito difícil chegar à primeira divisão, mas é muito fácil voltar a descer”, por isso admite ter de se fazer investimento “um bocadinho maior” para alcançar a manutenção. “O clube regressa à I Liga 17 anos depois, por isso teremos de formar uma equipa competitiva, que

nos garanta a permanência”, reforçou. Bruno Carvalho garante estar a construir um plantel competitivo para fazer uma época tranquila. Depois da saída do “especialista em subidas”, Vítor Oliveira, a escolha da direção recaiu sobre Jorge Simão, um jovem treinador de 39 anos, natural de Pampilhosa da Serra, que esta época orientou o Paços de Ferreira, clube que ficou muito perto de alcançar um lugar de acesso à Liga Europa. As renovações já estão em marcha, sendo que há alguns jogadores que vão acompanhar a equipa na I Liga. Já são também conhecidas algumas caras novas para reforçar o plantel, que pretende representar da melhor forma a região transmontana na I Liga de Futebol, onde só chegam os melhores. Márcia Fernandes

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09 de junho de 2016

GRUPO DESPORTIVO DE

CHAVES

ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CHAVES, ANTÓNIO CABELEIRA

“O Desportivo de Chaves na I Liga trará grandes benefícios à cidade”  Qual a importância para a cidade de Chaves ter uma

equipa no principal escalão do futebol português? Traz uma visibilidade nacional e também internacional, apesar do clube não disputar provas europeias na próxima época. Não se vê em nenhuma parte do mundo uma manifestação com tanta força como o futebol, que move paixões e tem milhões de adeptos em todo o mundo, sendo uma boa oportunidade para promover a cidade a outros níveis.

Que mais-valias específicas? A cidade vai ficar mais animada, pelo menos de 15 em 15 dias, com os jogos que vai receber. Hoje, as acessibilidades são muito diferentes do que eram em 1985 e virão muitas pessoas a Chaves, o que vai potenciar a restauração e a hotelaria, assim como outro tipo de comércio. Outro benefício tem a ver com a comunicação social que falará mais do clube e da cidade, do concelho e até da região. Haverá pessoas que virão pela primeira vez a Chaves por causa do futebol, e ficarão a gostar do que a cidade tem para lhes oferecer e poderão regressar mais tarde com a família para passar férias. Quem sabe até se os empresários verão aqui oportunidades de negócio, devido à nossa centralidade. É um adepto de futebol? Vai aos estádios? Gosto de futebol e sou sócio do Desportivo há mais de 30 anos. Acompanho o futebol pela televisão, mas vou ao estádio nos jogos do Chaves, desde que tenha disponibilidade. Fui ao estádio do Jamor quando o Chaves esteve na final com o FC Porto, sempre a torcer pelos ‘valentes transmontanos’, obviamente. A quem se deve esta subida do clube à I Liga? Essencialmente, ao senhor Francisco Carvalho e à sua família, que tem investido muito no clube, através da Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Não é só a subida do Chaves à I Liga, mas sobretudo a recuperação financeira do próprio clube. Não sei se o clube teria encerrado sem este investimento, mas não teria esta projeção e num curto espaço de tempo. Só a paixão que ele tem pelo clube lhe permite utilizar os seus recursos financeiros para ajudar a projetar o GD Chaves. No ano passado o Chaves esteve perto do objetivo, mas falhou por um minuto. Como viveu esse dia em particular? Estava no estádio? Estava no estádio nesse dia. Perto do final do jogo, o primeiro sentimento foi de euforia com o estádio cheio de público, as pessoas aos saltos a vibrar com a ‘quase subida’ que estava perto de se concretizar, mas 30 segundos depois foi uma deceção tremenda, com um silêncio a pairar sobre as bancadas e as pessoas a sairem cabisbaixas e tristes pelo desaire. E este ano a festa fez-se em Portimão. Como viveu este momento oposto do que aconteceu no ano passado?

Sócio há mais de 30 anos do Grupo Desportivo de Chaves, o atual presidente da Câmara, António Cabeleira, vibra com as vitórias dos ‘valentes transmontanos’ e sofre com as derrotas, como todos os apaixonados da bola. Numa entrevista à VTM, o autarca destaca a importância da subida do clube à I Liga e o papel de Francisco Carvalho neste percurso de sucesso… Foi um domingo de manhã, estava aqui na câmara com o senhor diretor regional da Cultura Norte e com pessoas ligadas à Fundação Nadir Afonso para programarmos a abertura do Museu. Não vi o jogo, nem o relato, mas tinha o telemóvel ao lado para ver o resultado. Logo que a reunião acabou, liguei o rádio e ouvi os últimos minutos do relato do jogo. De seguida associei-me à alegria que todos os flavienses tiveram. O Chaves vai ser homenageado a 8 de julho, no dia do município, com a mais alta condecoração dada pela autarquia. Qual o simbolismo desta homenagem? O GD Chaves já recebeu várias medalhas, mas desta vez receberá a máxima. A câmara reconhece a importância que tem o facto de o clube ter subido à I Liga, o que trará grandes benefícios à cidade. Receberá a medalha de honra que lhe confere o título de benemérito flaviense, porque através do clube estamos a chegar aos mais diversos cantos do país e também do mundo.

O clube tem crescido a nível de praticantes e o Municipal já não responde ao elevado número de equipas que tem. Há algum projeto futuro para ampliar o número de relvados disponíveis para a prática do futebol? Não temos verbas para isso e não há apoio comunitário para infraestruturas desportivas, no entanto, temos um terreno próximo que estamos dispostos a ceder ao clube para que possa fazer aí dois campos de treinos de relva sintética ou natural. Como prevê que seja o futuro do Chaves na I Liga? Gostava muito que o clube fizesse o trajeto que fez em 1985, altura em que subiu pela primeira vez à I Divisão. Fez cinco a seis épocas maravilhosas, em que praticava um excelente futebol e era respeitado por todos os adversários. Não era fácil vencer no Municipal de Chaves. Logo na segunda época conseguiu ir às competições europeias, assim como no ano seguinte. Seria bom que a história se repetisse. Márcia Fernandes


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VO DE

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 Um clube vive em função dos seus sócios e adeptos. Sem eles, os clubes não têm qualquer significado. Em Chaves, os adeptos são o motor da equipa, ao estarem presentes nos bons e nos maus momentos. Mas, o que eles gostam é mesmo ver a sua equipa vencer, como em qualquer outro clube do mundo. Numa época que foi intensa e extensa e onde nem sempre as coisas correram bem, eles lá estavam nas bancadas a incentivar os seus jogadores para procurarem as vitórias. Esta temporada, entre os 42 emblemas do futebol profissional português, em termos de espetadores, o GD Chaves ficou em 12º, sendo mesmo o segundo clube com mais adeptos nas bancadas da II Liga, só superado pelo Famalicão. Nas contas finais, os flavienses tiveram mais espetadores que oito equipas que disputaram a I Liga. Em 24 jogos disputados em casa, o

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Adeptos foram incansáveis no apoio à equipa

clube teve uma média de 2 622 espetadores por jogo. No total, 62 932 pessoas assistiram aos jogos do Desportivo no Estádio Eng.º Manuel Branco Teixeira, na época 2015-2016. Espetadoras assíduas são as amigas Mariazinha Lopes e Conceição Chaves, que não perdem um jogo do seu clube do coração no estádio municipal. “Gostamos muito do clube e choramos de alegria quando assistimos ao final do jogo com o Portimonense, com a conquista de um lugar na I Liga, onde jogam os melhores. Já tínhamos assistido à subida há 17 anos e é um sonho ver outra vez o clube na ribalta”. Estas sócias não têm dúvidas sobre o obreiro deste sucesso, atribuído a Francisco Carvalho. “A cidade deve agradecer esta alegria ao senhor Chico, por tudo o que tem feito pela nossa terra. O clube esteve mesmo para fechar portas, mas este

senhor conseguiu erguer novamente o Chaves da penumbra”. Opinião idêntica tem o jovem Gabriel Pereira, de 17 anos, que assiste pela primeira vez à subida do Desportivo à I Liga, um sucesso sobretudo do principal investidor, Francisco Carvalho. “Sem esta direção, o clube já não existia. Eles vieram dar uma nova vida ao Chaves para a felicidade de todos nós, flavienses”. Per tencem ao g r upo de mulheres “com garra” que estão sempre a apoiar o emblema ‘azul-grená’, Margarida Pio e Cristiana Leitão, duas amigas, vão sempre ao estádio, no entanto, por motivos profissionais, há domingos que não podem estar presentes, mas estão atentas ao resultado do clube da sua terra. “Espero acompanhar novamente o Chaves na I Liga, nos maus e nos bons momentos, já que nós,

adeptos, somos parte integrante do grupo”. S e g u ndo e s t a s du a s amigas, o mérito do sucesso deve ser repartido pela direção, jogadores, equipa técnica e adeptos. “Os jogadores foram uns guerreiros. O treinador foi o cérebro da equipa. A direção foi o suporte da conquista. Os adeptos deram a força necessária para voltarmos ao topo do futebol português. Todos estamos de parabéns, numa vitória que

é de todos os flavienses sem exceção”.

Espanhóis adotaram o clube como "seu" Ent re a mu lt id ão de seguidores conseguimos encontrar um grupo de adeptos galegos, que são sócios do Desportivo, um

clube que faz parte das duas preferências. Luís Afonso mora perto da fronteira e é sócio do Chaves há muitos anos. “Adotei este clube porque me sinto tanto português como galego”. Em Espanha, Francisco Gallego Fernandes é adepto do Ba rcelona, mas em Portugal é do Chaves. Vive em Verín e vem sempre ver os jogos dos flavienses, porque gosta do clube e da cidade. “São nossos vizinhos e nós gostamos de apoiar quem está próximo”. José e Jaime Rodrigues sentem-se em Chaves como se estivessem em família e é uma alegria este convívio entre portugueses e espanhóis. “No ano passado também estivemos aqui, mas foi muito duro o que aconteceu. Mas este ano tudo foi diferente e a festa fez-se mesmo, para alegria de todos nós”. Márcia Fernandes


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GRUPO DESPORTIVO DE

Autarquia investe 700 mil CHAVES euros no Estádio  As obras de requalificação do Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, em Chaves, decorrem a bom ritmo. A empreitada deverá estar concluída na primeira semana de agosto, a tempo do clube realizar a primeira jornada do campeonato da I Liga, que arranca no dia 14 do mesmo mês. Da responsabi l id ade da Câmara Municipal de Chaves, a requalificação contempla a remodelação completa dos balneários, em que tudo será construído de novo, de acordo com o regulamento da Liga Portuguesa de Futebol (LPF). Acessoriamente vai ser construída uma torre para as transmissões televisivas, de forma a dar

melhores condições aos operadores. Nas faixas laterais serão colocadas duas estruturas para as câmaras móveis que acompanham as jogadas de foras de jogo. Para reabrir a bancada Topo Norte, serão reabilitadas as instalações sanitárias, o bar e a sala de primeiros-socorros para a equipa visitante. Serão ainda substituídas as cadeiras. Vão ser feitas pequenas melhorias no Topo Sul, como o isolamento dos locais da bancada que não reúnem as condições exigidas pela LPF. Na bancada central, os camarotes serão alargados, um trabalho que será feito pelos serviços municipais. O presidente da autarquia, António Cabelei-

ra, sublinha que as obras foram exigidas pela LPF, já em junho do ano passado, num investimento global a rondar os 700 mil euros, que já estavam previstos no Orçamento Municipal. “Os responsáveis da LPF exigiam a requalificação quer o Desportivo disputasse a I ou a II Liga. Esta época foi de exceção, uma vez que eles já não queriam certificar o estádio no ano passado. No entanto, em junho de 2015, ficou acordado que poderia ser utilizado mais uma época e só teríamos de colocar a videovigilância. Ficou a promessa que a obra teria de ser executada este ano, o que está a ser feito”, justifica o presidente. Márcia Fernandes

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SPORTIVO DE

AVES

Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

RUI SANTOS

Presidente da Câmara Municipal de Montalegre

ORLANDO ALVES

FERNANDO QUEIROGA Presidente da Câmara Municipal de Boticas

Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros

DUARTE MORENO

É uma excelente notícia, que puxa pelo orgulho dos transmontanos e durienses e que fará com que este território seja representado no mapa da primeira divisão nacional. É uma boa notícia para o nosso comércio, para a nossa visibilidade e projeção. É uma boa notícia para Chaves, mas é também uma boa notícia para a região. Acho que todos os concelhos devem aproveitar esta oportunidade para potenciar a marca Trás-os-Montes e a marca Douro, os produtos regionais”

Penso que trará uma maior visibilidade para toda a região de Trás-os-Montes e que deveria ter como consequência imediata o agrupamento de uma entidade regional mais forte ou seja, uma união dos municípios do Alto Tâmega. A presença de um grupo desportivo do interior na I Liga é um ato de resistência muito grande e um grito de afirmação da nossa imensa vontade de figurar no contexto desportivo nacional”

Esta subida traz muitas vantagens não só em termos de vinda de pessoas a este território, mas principalmente de divulgação da região. É um clube emblemático que já esteve na I Divisão e nas competições europeias. Neste momento subiu de divisão e é toda uma região que fica a ganhar. Obviamente que não irá trazer visitantes em grande massa, mas vale fundamentalmente pela promoção do nosso território”

A região passa agora a estar representada no patamar superior do futebol nacional. É a competição desportiva com maior visibilidade em Portugal, o que, com certeza, garantirá maior tempo de antena a Chaves e também à região transmontana. A subida de um dos nossos é um grande motivo de orgulho para todos”

OPINIÃO

RUI VAZ ALVES

ANTÓNIO JOSÉ MARQUES Presidente da Associação de Futebol de Vila Real

Presidente da Câmara Municipal de Mirandela

Presidente da Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião

É uma alegria muito grande. Somos um dos municípios integrantes da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e, como tal, sentimos que este passo do GD Chaves é importante para toda a região. Vai nos permitir ligar ao resto do país e, se tudo correr bem, trabalhar no reforço desse laço. Penso que virá gente de todo o território e o norte ficará valorizado com esta subida ou seja, temos todos a ganhar”

Dezassete anos após a última presença do GD Chaves na I Liga, é um motivo de grande satisfação e orgulho ter um clube do distrito ao mais alto nível no futebol português. Dá-nos a possibilidade de termos jogos de grande dimensão na região, estamos imensamente satisfeitos com a concretização deste objetivo pelo clube. Acompanhei com atenção os jogos e vi entre os adeptos uma grande emoção de ver o clube novamente entre os grandes. Agora, terá a responsabilidade de representar toda a região e esperamos que seja coroada de êxito”

O GD Chaves é um justo representante de toda esta região. Lutou contra as adversidades vigentes no futebol, encarnou o espírito transmontano de inconformismo e teimosia e regressou ao mais alto escalão do futebol em Portugal. Além da promoção da região e do impacto na economia local, seria importante que este momento representasse também um novo ciclo no futebol regional, prejudicado com o novo formato de escalões mais baixos”

É importante para toda a região de Trás-os-Montes ter uma equipa na I Liga de futebol, que é um desporto que move multidões. Os meios de comunicação social darão uma projeção enorme à região, o que é uma oportunidade de promovermos os nossos produtos. É ainda uma forma extraordinária de trazer mais visitantes, o que irá beneficiar Trás-os-Montes e Alto Douro”

Presidente da Câmara Municipal de Ribeira de Pena

ANTÓNIO BRANCO

LUÍS MACHADO


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GRUPO DESPORTIVO DE CLAQUE

CHAVES “Prontos para o que der e vier”

 “As expetativas são muito altas e, muito sinceramente, estamos a entrar num mundo diferente, que já está muito bem frequentado, embora a todos nós pertença”, é assim que Francisco Costa, presidente da claque do Grupo Desportivo de Chaves, vê a concretização do sonho do regresso do clube ao grande patamar do futebol português, após

17 anos da última presença. De acordo com o mesmo responsável, a subida à I Liga era ansiada “há demasiado tempo” pelos adeptos dos Valentes Transmontanos, que se tornaram mais confiantes com a entrada da nova direção. “Este sempre foi um objetivo que os novos corpos dirigentes quiseram atingir, assim como nós, que temos estado presen-

tes, sempre que podemos”, considerou Francisco Costa. São mais de cinquenta membros, dos 16 aos 35 anos, que vestem a camisola pelo GD Chaves na “hora da verdade” e apregoam em uníssono o grito de guerra que contagia os restantes adeptos pela verdade e pujança de se fazerem ouvir e sentir: “Sejam Valentes… Sejam Transmontanos…Sejam Valentes Transmontanos”!

“Acompanhamos a equipa ao máximo. Claro que todos trabalhamos e temos as nossas vidas, mas nunca eles vão para os jogos sem pessoal da claque, muitos ou poucos”, disse este adepto ferrenho, frisando a importância da motivação e do apoio incondicional transmitido aos jogadores, assim como o bom desportivismo e camaradagem entre todos,

admitindo que já tiveram grandes claques a deslocarem-se ao estádio flaviense. No dia que devolveu o lugar na I Liga ao clube, os festejos foram “do oito ao oitenta”, prolongando-se por quinze dias. Semanas depois da subida, o ambiente de festa e alegria ainda se continua a sentir. Afinal, grande parte dos adeptos da claque “eram ainda crianças quando o GD

Chaves estava na primeira”. “Lutamos constantemente durante todo ano à espera que este ponto alto acontecesse e, de facto, aconteceu. Espero que Trás-os-Montes se marque como a região grande que é e se junte ao único clube transmontano que está a jogar na I Liga”, desejou o presidente da claque. Catarina Matias

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VO DE

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“Para apoiar o meu marido aprendi a gostar de futebol”

 Maria Fernanda Pereira de Sousa, mais conhecida por Ágata, decidiu abandonar Lisboa e fixar-se em Chaves “por amor”. Não foi fácil a adaptação à cidade transmontana, que é “muito diferente” da capital, mas a paixão por Francisco Carvalho, o principal investidor do Grupo Desportivo de Cha-

ves, levou a cantora a mudar-se de malas e bagagens há 14 anos para Trás-os-Montes. “Por amor, nós fazemos tudo”. Nunca ligou ao futebol, mas a paixão do marido pelo Desportivo levou a cantora a acompanhar os jogos mais de perto e não falha uma partida no Municipal, onde

vai sempre apoiar o Chaves e vestida a rigor. “Quando está muito frio, levo só o cachecol, mas às vezes também levo a ‘t-shirt’. É um clube com o qual me identifico e pelo qual sinto muito orgulho”, sublinhou a cantora, admitindo que a família foi toda influenciada pelo marido, que é um “fã incondicio-

nal” do Desportivo há muitos anos, o que acabou por “nos contagiar a todos”. O Desportivo funciona como uma família, em que há um contacto próximo entre os dirigentes e os jogadores, que são “muito acarinhados” por todos. “Costumo conviver com alguns atletas, em que muitas vezes partilhamos a mesa no ‘Bitoque’. Gosto muito do Nelson Lenho, mas também gosto do Barry, do Luís Pinto, do Bamba, do Assis e do Perdigão, sem esquecer o guarda-redes Paulo Ribeiro, que deu um contributo muito importante ao clube”. A cantora não estranhou a saída do técnico Vítor Oliveira, que é uma pessoa que tem objetivos bem definidos no futebol. “Já era de esperar que fosse embora, mas tenho confiança no novo treinador que já está a preparar a nova época desportiva”. Ágata dá voz ao hino do Chaves e recentemente canta a música dedicada à subida

de divisão, numa adaptação de um grande êxito da ex-vocalista das Doce, uma banda portuguesa muito famosa nos anos 80. “A sonoridade do hino era muito antiga e nós quisemos dar uma nova roupagem à música. Depois da subida, decidimos adaptar um grande clássico meu que entra bem no ouvido das pessoas. A música e a letra pertencem a Ricardo Landum e até acho que deveriam substituir o hino antigo pela nova música”, diz a intérprete

entre sorrisos. A cantora augura um futuro promissor da equipa na I Liga, pois sabe que o marido está a trabalhar para transformar o Chaves numa equipa mais forte. “Espero que o clube faça uma boa figura e estou convencida que os jogadores vão dar o seu melhor para ultrapassar todos os obstáculos. Há que acreditar até ao fim”, finaliza a alfacinha que “escolheu” em Trás-os-Montes para viver. Márcia Fernandes PUBLICIDADE

ASSINATURAS:

T. 259 106 209


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GRUPO DESPORTIVO DE

CHAVES

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AVES

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