voz 28 de janeiro de 2016
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XX FEIRA DA CAÇA E TURISMO Macedo de Cavaleiros
Certame faz pulsar o “Coração do Nordeste” Esperadas 25 mil pessoas no fim-de-semana
Numa visita à região há locais de passagem “obrigatória”, e um deles é a área protegida que ostenta o título de praia “Maravilha de Portugal”
Albufeira do Azibo
ENTREVISTA A FERNANDO PINTO
PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES DE CAÇADORES DA 1a REGIÃO CINEGÉTICA
“A feira é o casamento perfeito entre os produtos da terra”
“Venha conhecer melhor o coração do Nordeste Transmontano e usufruir dos nossos serviços” Turismo Rural | Forno Tradicional a Lenha | Bicicletas com GPS
A Casa de Salsas - Turismo Rural Rua de São Roque, Nº12, Salsas 5300-845 Salsas, Bragança Tel. 273 968 025 Telm. 962630809 info@acasadesalsas.pt www.acasadesalsas.pt GPS: 41°38'18.1N 6°48'56.2W
Sumário
Abertura
DESCOBRIR UMA REGIÃO QUE MERECE SER DESCOBERTA… Quatro dias dedicados à Caça e ao Turismo, mas também quatro dias para conhecer e usufruir do melhor que a região tem para oferecer… Com a 20ª edição de uma feira que ganhou espaço no calendário nacional, Macedo de Cavaleiros veste-se a preceito para receber mais de 25 mil visitantes. Além de garantir atividades diversas para os aficionados do mundo da cinegética, este fim-de-semana traz eventos para todos os gostos. Aguçamos nesta edição o apetite dos nossos leitores para uma visita ao “Coração do Nordeste”, um concelho “jovem” que tem muito para mostrar, sentir e saborear. Desde o património histórico até à gastronomia singular, passando pelas paisagens e pelo es-
pírito de um povo que sabe receber. Visitar a feira, conhecer um pouco mais sobre o mundo da caça, provar a carne de javali, o fumeiro, os Calços e outras iguarias, viver a adrenalina de várias provas desportivas e aproveitar os vários momentos de animação são os desafios lançados pelo município naquele que é o primeiro grande evento do ano. Porque acreditamos que o país e o mundo devem conhecer mais de perto o “Reino Maravilhoso” tão bem descrito pelo escritor Miguel Torga, cumprimos o dever de trazer até si mais um evento, mais um concelho, mais uma oportunidade de viajar para este lado do Marão e descobrir uma região que, acima de tudo, merece ser descoberta…
4. Feira Montarias, exposições, animação, showcookings, desporto e muito mais…
6. Fumeiro Os sabores que são presença assídua na feira
10. Capital da Caça Centenas de caçadores são esperados no evento
16. Entrevista Fernando Pinto Presidente da Federação de Associações de Caçadores da 1a Região Cinegética
17. Concelho virado para o Turismo Próximas iniciativas são o Entrudo Chocalheiro e o Festival do Grelo
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FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO PARTE INTEGRANTE DO NO3403 DO JORNAL A VOZ DE TRÁS-OS-MONTES
DIRETOR GERAL JOÃO VILELA DIRETOR EDITORIAL AGOSTINHO CHAVES TEXTOS CATARINA MATIAS e MARIA MEIRELES REVISÃO MÁRCIA FERNANDES e FÁTIMA FERREIRA FOTOS CATARINA MATIAS e D.R. GRAFISMO E PAGINAÇÃO PEDRO COSTA PUBLICIDADE CARLOS MOURÃO (Coordenação) e DAVID VAZ
PROPRIEDADE Letras Dinâmicas, Lda. Av. Aureliano Barrigas, 26, 5000-413 Vila Real Telf. 259106190 | jornal@avozdetrasosmontes.pt
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A F E I R A C ON G REGA UMA SÉRIE DE ATIV IDAD ES
FIM DE SEMANA PENSADO “PARA TODOS” Contando com 150 expositores, a feira vai muito além de um mero certame, ao incluir no seu programa várias iniciativas dedicadas ao mundo da cinegética, momentos de animação cultural, provas desportivas, exposições e concursos, entre outras atrações que serão complementadas com diversas ações de divulgação dos produtos e da gastronomia local. A feira começa hoje, dia 28, com uma Montaria ao Javali em Olmos (Chacim), sendo que nos outros três dias de feira outras localidades do concelho vão também ser palco de montarias, nomeadamente Talhas e Quintela (no sábado) e Vilarinho de Agrochão (no domingo). No que diz respeito às atividades ligadas à caça, tema central da feira, o certame volta a marcar o calendá4|
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CO M DUAS D ÉC AD AS D E H ISTÓ RIA, A F EI RA D A C AÇ A E TURISMO D E M AC E D O DE CAVA L EI ROS , QU E VAI DECORRE R EN T RE OS D I AS 2 8 E 3 1 , P ROPÕE E S T E AN O U M P RO GRAM A “ D I VE RS I F I C AD O” CO M ATI VI D AD ES PARA “TOD A A FA MÍLIA ”, ES PERAN D O RE C EB ER MA IS DE 2 5 M I L PE S S OAS .
rio venatório nacional e também da vizinha Espanha, ao realizar, além das quatro montarias ao javali, a tradicional prova de Sto. Huberto (Prémio Galaico-Português), a Copa Ibérica de Cetraria (única em Portugal), a prova de beleza de cães de caça e as provas de Trabalho de Cães de Coelho que, segundo a organização, são “a grande novidade” desta edição.
A Feira da Caça irá ainda ser palco de uma reunião da Assembleia Geral da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses, da III Entronização da “Confraria do Javali e de uma exposição de Fauna Viva de Espécies Cinegéticas. Durante os três dias do evento, a gastronomia terá também um destaque muito especial, podendo os visitantes não só comprar o fumeiro e outros produtos locais e saborear as iguarias macedenses (destacando-se a realização da Rota Gastronómica do Javali com a participação de vários restaurantes) mas também aprender a cozinhar algumas receitas baseadas nas carnes de caça, contando o programa com vários showcookings. Outro momento de divulgação da gastronomia de Macedo de Cavaleiros será o “Concurso de Calços”, um bolo tradicional em forma de ferradura cuja “origem se perde na memória dos tempos”. Além de premiar o melhor Calço, a Câmara Municipal lançou
ainda outro desafio às padarias, pastelarias e restaurantes do concelho com a eleição da melhor sobremesa confecionada com este doce regional, sendo também obrigatório que a receita inclua outros produtos representativos da região, como por exemplo o mel, a castanha ou os morangos. “A sobremesa vencedora ficará associa-
da ao concelho e a ele pertencerá, podendo qualquer pastelaria ou restaurante produzi-la e comercializa-la após formação e certificação”, revela o regulamento do concurso. Os amantes dos desportos também vão encontrar no próximo fim-de-semana bons motivos para visitar Macedo de Cavaleiros, com a realização em paralelo com o certame do X Raid Turístico da Feira da Caça, de um Trial Todo o terreno, da 20ª dição do passeio BTT – Terras de Cavaleiros e a possibilidade de praticar tiro com Arco e Besta. Entre um sem fim de atividades, a animação promete não faltar num evento que no domingo será transmitido em direto no programa “Portugal em Festa”, da SIC. Na edição que assinala os 20 anos da Feira da Caça e Turismo, mais uma vez o município pretende divulgar todas as suas potencialidades de forma a fazer mexer a economia do concelho.
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FUMEIRO DESDE A PRIMEIRA EDIÇÃO DA FEIRA DA CAÇA E TURISMO DE MACEDO DE CAVALEIROS, QUE DULCE HENRIQUE, PROPRIETÁRIA DA “CASA DOS PRESUNTOS”, É PRESENÇA ASSÍDUA NESTE GRANDE EVENTO, QUE MOBILIZA MILHARES DE PESSOAS AO CONCELHO. 6|
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DÁ SABOR À FEIRA “No segundo ou terceiro ano de festa, a organização decidiu fazer uma mostra com os produtos da terra e eu fui uma das convidadas a ter um expositor. Naquela época fazia-se muito negócio”, contou Dulce Henrique, acrescentando que o filho e a nora lhe seguiram as pisadas e estão ao seu lado na feira. Salpicão, linguiça, alheira, presunto, compotas, vinho e azeitonas são alguns dos produ-
tos com que a comerciante, que está há 25 anos neste negócio, enfeita o seu expositor durante o fim de semana. No seu estabelecimento, tem ainda vários artigos de artesanato à venda, “feitos por pessoas que não têm local próprio e pedem para os vender”. “A feira tem evoluído de ano para ano e as expectativas são muito boas. O que costuma sair melhor é a alheira e o butelo.
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D UL C E HEN RI QUE, P RO PRIETÁRIA DA “C AS A D OS PRES U N TOS ”
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Acho que vou fazer bom negócio mas não como fiz nas minhas primeiras feiras. O poder de compra era outro e havia muitos caçadores, que vinham de toda a parte. Agora já não é assim”, concluiu. Aldina Cabeça, da “Quinta da Amendoeira”, é também uma cara bem conhecida entre os expositores. A VTM foi ao encontro da produtora de fumeiro para conhecer o professo de confeção dos seus enchidos, onde se destacam a alheira, butelo, linguiça, bucheira, morcela e o chouriço”. Temos tudo o que é típico da região e fazemos tudo como antigamente, não temos máquinas para nada. Também só transformamos porco bísaro. Cortamos a carne à mão, desmanchamos, temperamos e fazemos o enchimento das tripas. Depois penduramos ao fumo, na lareira, como é tradição”, explicou a produtora, garantindo que trabalha bastante e fornece para “quase todo o país”.
Uma das particularidades da sua banca, são os petiscos que Aldina Cabeça “inventa”, com recurso aos enchidos e ao forno que leva sempre, para mostrar “ao vivo” como se faz o folar.
“AO LONGO DOS ANOS A FEIRA TEM CRESCIDO MUITO, EM TERMOS DE VISITANTES FOI EXTREMO. TENHO MUITO ORGULHO DA MINHA TERRA, QUE MERECE TODO O NOSSO EMPENHO”
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MACEDO DE CAVALEIROS
Ricardo Trovisco, caçador e responsável pela “Trovisport”, é presença assídua na festa e para além de participar ativamente nas montarias, também tem em exposição vários artigos de caça, como peças de vestuário, calçado, armas e algumas novidades do ramo. “Esta é uma das maiores feiras a nível nacional e que tem registado uma grande evolução. Faz-se algum negócio, estamos presentes, ajudamos a nossa terra e divulgamos os nossos produtos. Aliás, os clientes são quase sempre conhecidos”, disse Ricardo Trovisco, que este ano espera encontrar bastantes caçadores de fora do concelho. Membro da organização de algumas montarias, o caçador refere que atualmente a caça está a travessar um período problemático, que levou à perda de um número considerável de praticantes, “devido a fatores como os custos e as burocracias,
associados à crise económica, que fez com que muitos deixassem de renovar os seus documentos”. “No comércio, também há imensas dificuldades mas também não há tanta concorrência. Tentamos superar com inovações e estar sempre na linha da frente, de forma a ampliar os mercados”, acrescentou. Também João Alves, caçador há mais de três décadas, constatou que a caça está a atravessar problemas sérios. “É necessário que se olhe para esta prática com outros olhos e se entendesse que é uma das riquezas do país e por tal, devia ser mais acarinhada. Ainda há muita gente que olha para nós como uns retrógrados, o que não faz sentido”, observou o caçador, acrescentando que “há muito por fazer e ninguém faz nada”. João Alves pensa que o Estado português deveria ter uma legislação “que fosse adequada ao que a caça é hoje em dia”, e não apenas
CAPITAL DA CAÇA
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CO N SI D E RADA A “ RAINHA” D AS ATIVIDADE S NE STE CONCELH O, A CAÇA É CE LE BRAD A EM FE STA DURANTE O F I M D E SE MANA QUE ACOLH E UM DOS E VE NTOS MAIS ESP ERADOS DO NORDE STE TRAN SMONTANO. CE NTE NAS D E CAÇA DORE S RE ÚNE M NA F EI RA DE MACE DO DE CAVALEI RO S PARA PARTICIPARE M N AS ATIVIDADE S E AINDA D EGUSTARE M OS ALICIANTE S P RO D UTOS QUE A RE GIÃO O F ERECE .
limitar-se “a cobrar as licenças e exigir demasiado a nível burocrático”. O entusiasta defende ainda “uma regionalização nas leis da caça, que estão feitas para beneficiar o sul do país”. “Pagamos o mesmo e devíamos ter os mesmos direitos, por exemplo, na exploração do corço, onde temos muitos entraves e aqui existe em abundância”, disse. A somar a estes problemas estão ainda alguns surtos epidémicos, que têm feito diminuir a população de coelhos e outras espécies. Sendo o coelho a principal base, “é importante encontrar uma solução que contrarie esses surtos”.
Em trinta anos de caça, João Alves tem imensas histórias para contar, umas para rir e outras a invocar o perigo da atividade. Recorda uma delas entre risos: “No final das montarias é costume deitar um foguete. Eu estava com três amigos à beira do carro, que por acaso estava com as portas abertas. Um dos meus colegas queimou-se ao deitar o foguete, que saiu disparado, entrou por uma porta do carro e saiu pela outra”, contou. Quanto aos sustos mais frequentes, o caçador aponta os javalis, que “podem colocar qualquer um em situações que requerem mais experiência e sangue frio”. Para terminar, fica o convite para a feira da caça, um dos principais eventos do país, que “tomou uma proporção que há uns anos era inimaginável”. “A nossa teima em organizar a feira e as montarias é no sentido de lutarmos pela nossa terra e trazer mais gente para a região”, concluiu.
RICARD O T ROVI S C O
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ENTREVISTA FERNANDO PINTO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES DE CAÇADORES DA 1A REGIÃO CINEGÉTICA
“A CAÇA REPRESENTA MUITO PARA MACEDO DE CAVALEIROS, MAS AINDA MAIS PARA A REGIÃO” partir daí, durante cerca de 15 anos, houve um aumento de criação de zonas de caça e de associações de caçadores. A federação está agregada no seio da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses.
TO DO S OS AN OS, A ORGANIZAÇÃ O DA FEIRA D A C AÇ A E T U RI S M O D E B ATE-SE PARA E NCO NTRAR UM PRO GRAM A AT RAT I VO E I N O VA D OR . F ERN ANDO P INTO EXP LICA À VTM QU E M AI S U M AN O E S S E OBJ ETI VO F OI CO NSEGUIDO, NUM EVE N TO C ON HEC I D O POR A GR E GAR A CAÇA E O S PRO DUTOS DA TERRA
Como federação, quais os vossos objetivos e ações de ajuda para com as associações de caçadores? A Federação de Associações de Caçadores da 1a Região Cinegética foi criada em 1988 e a sua constituição partiu de cinco clubes de caça e pesca. Entretanto, com a regulamentação da lei da caça n° 30/86 de 27 de agosto houve uma necessidade muito grande de constituir associações e clubes de caçadores que por si iriam responder àquilo que eram os objetivos e desafios 12 |
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da lei, que era ordenar cinegeticamente o país. Portugal estava um autêntico deserto cinegético, não havia ordenamento e existia uma escassez de espécies muito grande. Daí a necessidade das associações de caçadores se constituírem de forma a poderem candidatar-se à concessão de zonas de caça. A federação veio agregar tudo aquilo que era interesse do associativismo, tendo como princípios básicos a proteção da natureza e dos ecossistemas, a biodiversidade, a caça ordenada, todos eles subjacentes à lei 30/86. A
A Federação de Associações de Caçadores da 1a Região Cinegética é uma das principais promotoras da Feira da Caça e Turismo. Como surgiu este evento no concelho? Somos os primeiros promotores. Esta feira está integrada na Festa dos Caçadores do Norte, que já vai na sua 22a edição. Quando a federação realizou a primeira festa dos caçadores, esta teve um cariz de agregação e debate de problemas de caça, foi o primeiro congresso de caçadores do norte. Na terceira edição, fizemos a primeira feira da caça, com o apoio da câmara municipal. Depois de alguns anos, consideramos que estaria na altura da autarquia ser parceira. Mais tarde juntou-se o turismo. A partir dessa altura, tem havido uma parceria saudável, em que a câmara ficou um pouco mais responsável da feira propriamente dita e a federação com os eventos de caráter cinegético. Uma tremenda evolução marcou as edições da feira, ao longo dos anos. Como classifica a sua importância para o concelho? A caça representa muito para Macedo de Cavaleiros, mas ainda mais para a região.
Em primeiro lugar, a federação tem uma abrangência de nível regional, que corresponde à NUT II norte, ou seja, engloba cerca de 80 concelhos. Não é fácil recriar, mas todos os anos fazemos um esforço para que haja qualquer coisa de diferente na feira. Para a hotelaria e restauração tem um valor enorme. A tudo isto, agregamos a qualidade dos produtos da terra. A feira é o casamento perfeito entre os produtos da terra. Neste momento já ultrapassa o Norte do país e é uma referência na Galiza. "A FEDERAÇÃO TEM UMA ABRANGÊNCIA REGIONAL, ENGLOBA CERCA DE 80 CONCELHOS." Com uma programação sempre diversa, o que destaca a nível de atividades? Por questões de segurança, fazemos no sábado duas montarias. Só
por aí se vê a dimensão da procura. As provas de Santo Huberto são muito específicas, até a questão da interação entre o caçador e o cão é avaliada. Temos “clientela fixa” e até vêm pessoas do Algarve. Este ano temos uma novidade: as provas de trabalho de cães de coelho. Temos ainda a copa ibérica de cetraria, única no país. Há também um concurso de beleza de cães, com um júri devidamente credenciado pelo Clube Português de Canicultura. São quatro dias de muito trabalho para nós, que fazemos com muita satisfação. Para a federação este é um evento de caráter lúdico, mas que nos marca há 22 anos. Que mensagem gostaria de deixar aos visitantes? Espero que não tenham medo do frio e venham à feira. Que as pessoas nos visitem, quer os visitantes ,que façam algumas compras e que vão embora satisfeitos com vontade de regressar.
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UM CONCELHO JOVEM
NO “CORAÇÃO DO NORDESTE” TRANSMONTANO
Segundo os últimos censos, o território macedense conta com perto de 16 mil habitantes, sendo que a maior parte da população ativa dedica-se ao setor tercário, ou seja, a atividades de comércio de bens e prestação de serviços. Administrativamente pertencente ao distrito de Bragança, o concelho ostenta a designação de “Coração do Nordeste” graças a sua localização
COM P OU C O M AI S D E U M SÉCULO E M E I O D E HI S TÓRI A ENQ UANTO C ON C E L HO, M AC ED O DE CAVAL E I ROS ES T EN D E SE POR U M A ÁRE A D E 6 9 9 ,3 QUILÓME T ROS QU AD RAD OS , COMPOS TA POR 3 0 F RE GU ES I AS E UNIÕ ES D E F REGU E S I AS , QU E SO MAM, POR S U A VE Z, U M TOTA L DE 6 7 L OC AL I D AD ES
privilegiada no distrito, que lhe dá fronteira com sete dos restantes 11 concelhos brigantinos. Apesar de jovem enquanto concelho (elevação conquistada em 1853), Macedo de Cavaleiro é um território marcado por “um vasto leque de vestígios que alcançam épocas remotas, desde a Pré-História recente, passando pela incontornável presença dos Zelas na Idade do Ferro ou pela continuidade de povoamento
em época Romana e, posteriormente, no período da permanência Sueva ou Visigoda ou na já mencionada Idade Média. Daqui resulta uma distribuição heterogénea de monumentos, abarcando desde a Arte Rupestre, vestígios de calçadas e miliários Romanos, povoados romanizados, pontes medievais, arquitetura religiosa”. Além da sua riqueza patrimonial, o município tem ainda um grande espólio imaterial que merece ser des-
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coberto e do qual se destacam, por exemplo, “os Caretos de Podence ou nos Pauliteiros de Salselas”, e vários “tesouros gastronómicos e tradicionais que abundam no concelho perpetuados de geração em geração”. Visitar Macedo de Cavaleiros é fazer uma viagem por uma “paisagem constituída por um mosaico diversificado, alternando entre as altitudes da Serra da Nogueira ou da Serra de Bornes, e a Depressão de Macedo ou o Vale do Sabor”. Segundo a autarquia, do rico cenário natural do concelho destaca-se, entre outros motivos de interesse, “a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, cujas praias ostentam, de forma consecutiva, a Bandeira Azul e tendo a Praia da Ribeira sido eleita como uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, a única a receber o galardão a norte do Tejo”. Graças às condições climatéricas e geográficas que ‘abraçam’, é no “Coração do Nordeste” que, obviamente, se podem também encontrar e provar algumas das “jóias” da agricultura transmontana, referindo a sua “excelência” na produção de vinhos, cereais, carnes de bovino, ovino e caprino, azeite, castanha, batata, mel, caça, fumeiro e diversos produtos frutícolas. Conhecer Macedo de Cavaleiros é conhecer a história, as paisagens, as tradições, os sabores da região… é sentir o espírito de Trás-os-Montes.
A FLORESTA, A AGRICULTURA E O TURISMO SÃO SETORES ESTRATÉGICOS PARA A REGIÃO MAS HÁ QUE LHES ACRESCENTAR VALOR. Neste segundo mandato enquanto Presidente da Associação Florestal do Vale do Douro Norte - AFLODOUNORTE -, António Marques, assume que existem “muitos desafios pela frente, que são os mesmos de todo o país: a realidade económica e a globalização exigem de todos os setores de atividade um maior grau de preparação”. Segundo António Marques, a resposta aos desafios “tem de ser imediata e isto só se consegue se a organização estiver preparada para o fazer”. “A boa capacidade de gestão, que não é apenas financeira, mas também tem de entender que o setor é mais do que floresta e que é essencial valorizar produtos de base florestal. A par disto, devemos ter a melhor competência técnica. Assim é possível alcançar resultados positivos e outro patamar de qualidade”, revela. Em cerca de duas décadas de experiência, a Associação Florestal do Vale do Douro Norte consolidou a sua atividade e ganhou o reconhecimento público. Prova disso mesmo são os 750 associados desta entidade, entre Produtores Florestais, Entidades Gestoras de Baldios, Empresas Florestais, Resi-
neiros, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Universidades, Politécnicos, Apicultores e Zonas de Caça que vão muito para além dos oito Municípios da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, abrangentes à sua área social. A AFLOUDOUNORTE tem sede em Murça e delegações em Valpaços e Sabrosa, com atendimento em Alijó. A sua atuação no setor valeu-lhe a distinção como OPF – Organização de Produtores Florestais e também como ONGA – Organização Não Governamental Ambiental. Estas distinções dão alguma vantagem competitiva quando se procura integrar projetos internacionais, como já aconteceu no passado com o Programa Sust Forest (multifuncionalidade, conservação e emprego nos territórios do Sul da Europa) e que se prevê repetir dentro em breve. “A nossa visão passa por agregar o território. Esse objetivo está a ser trabalhado em Alijó e Sabrosa, onde temos duas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF’s). Enquanto Entidade Gestora procuramos implementar ações de Proteção da Floresta Contra Incêndios e de mais facilmente
António Marques Presidente da AFLODOUNORTE
captar projetos que possam rentabilizar os povoados florestais. Isto só é possível com dimensão”, declara. A AFLODOUNORTE especializou também parte do seu quadro de pessoal e da sua atividade no setor da caça. “Somos a Entidade Gestora da maior Zona de Caça do Concelho de Murça, a Zona de Caça Municipal Porca de Murça. Para além das muitas ações de fomento, erguemos um cercado para a criação de coelho bravo. Desta forma po-
deremos, já neste ano de 2016, iniciar o processo de repovoamento da nossa Zona de Caça”, revela António Marques, que aproveita para deixar o aviso: “se as Zonas de Caça não forem sustentáveis não podem gerar proveitos que permitam novos investimentos”. Neste último ponto, António Marques mostra-se irredutível: “não encontro razão para que a caça não seja tratada verdadeiramente como produto estratégico para a região”. “É fácil perceber o impacto desta atividade na economia local. Poderíamos triplicar o valor gerado se melhor planeássemos a caça, não apenas para o caçador, mas também para a família e amigos, com programas atrativos para diferentes públicos, que potencie a sua estadia. Mas não é só a caça que pode servir o turismo, muitas atividades do mundo rural podem ajudar a produzir experiências únicas e diferenciadoras. Não é isto que procuramos quando viajamos?”, considera. “As oportunidades existem e o PDR – Programa de Desenvolvimento Rural - é uma delas. Acredito que o PDR possa servir melhor o setor Florestal. Nesta fase são muitos os que nos procuram, pois o setor aguardava ansiosamente pelas medidas de apoio. Estamos com uma interessante carteira de projetos e com muita vontade de os concretizar”, conclui. É OPORTUNO INVESTIR.
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EM MACEDO RESIDE UMA “MARAVILHA” DE PORTUGAL Idealizada para o regadio agrícola, a Albufeira do Azibo ganhou o estatuto de Paisagem Protegida em 1999, mereceu, em 2012, o título de uma da das “7 Maravilhas – Praias de Portugal” e hoje “é um dos locais mais visitados em todo o Nordeste Transmontano”. ‘Dona’ de um património natural singular, a Albufeira do Azibo oferece locais dignos de visitar, como o miradouro de Santa Combinha, onde, com o telescópio que ali se encon-
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tra, “se pode ver pormenores únicos da Albufeira, assim como ‘varrer’ a paisagem, observando horizontes como a Serra de Bornes, o Monte de Morais, a Serra do Cubo e a Nossa Senhora do Campo”. A Paisagem da Albufeira do Azibo “é uma área protegida de âmbito regional que tem como objetivo a conservação e valorização do seu património natural”, integrando ainda a Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica, classificada pela
UNESCO e a maior reserva da Europa. Ocupando 4897 hectares a o grande lago está localizado, na sua quase totalidade, no concelho de Macedo de Cavaleiros, abrangendo as freguesias de Podence, Salselas, Santa Combinha, Vale da Porca, Vale de Prados e Quintela de Lampaças, já no concelho de Bragança. As Praias da Fraga da Pegada e a da Ribeira são um grande atrativo que, todos os anos levam ao Azibo milhares de visitantes durante o verão. De reconhecido nível, têm “Qualidade de Ouro” para a Quercus, “Praias Acessíveis” e são detentoras consecutivamente da Bandeira Azul da ABAE. A Praia da Ribeira é desde setembro de 2012, uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal. Conjugando a qualidade da água e a arrebatadora paisagem envolvente a um belo areal e a extensas zonas ajardinadas, a Albufeira do Azibo é uma verdadeira alternativa às praias do litoral e um local onde se pode praticar ainda várias modalidades como voleibol, futebol de rua, canoagem, btt, percursos pedestres e bike karts.
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PU RÉ DE MA ÇÃ
Se entre os dias 28 e 31 de janeiro, com a Feira da Caça e Turismo, tem mil e um motivos para visitar Macedo de Cavaleiros, o município tem preparado já para o início do próximo mês mais algumas iniciativas que vão fazer os visitantes quererem voltar àquele território do nordeste transmontano. Logo no primeiro fim de semana de fevereiro (de 6 a 9) fica o convite para vivenciar um carnaval diferente, provavelmente o “mais genuíno dos carnavais portugueses”, o Entrudo Chocalheiro. O evento arranca no sábado, dia 6, com o desfile noturno em 18 |
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Macedo de Cavaleiros e queima do entrudo no jardim 1o de Maio. Nos dias seguintes, as atenções centram-se em Podence e nos conhecidos Caretos de Podence que, tal como manda a tradição, vão sair à rua para “chocalharem” a população local e os visitantes, sobretudo as mulheres, jovens e velhas. Com um programa muito rico, repleto de atividades diversificadas que vão além das vivências de Carnaval, de destacar ainda a realização em simultâneo do Festival Gastronómico do Grelo, um evento que vai reunir a participação de 16 restaurantes do concelho.
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Modo de preparação: Corta-se o javali em pedaços pequenos e junta-se duas cebolas picadas, alhos picados, uma garrafa de vinho tinto, pimenta, folhas de louro, colorau e sal. Envolve-se bem a carne nestes ingredientes e deixa-se no frigorífico a marinar durante 24h. Num tacho coloca-se o azeite e uma cebola picada e deixa-se refogar. Quando a cebola estiver refogada deita-se a marinada num tacho e deixa-se cozinhar cerca de duas horas. Durante estas duas horas vai-se juntando vinho tinto de forma a não secar. Quinze minutos antes do estufado estar pronto retifica-se o sal e juntam-se as castanhas. Entretanto, enquanto o javali está ao lume a estufar, prepare o puré de maçã que servirá de acompanhamento ao estufado de javali com castanhas. Depois de descascadas, regue as maçãs com o sumo de limão. Numa caçarola junte a água e as maçãs. Tape e deixe cozinhar em lume brando aproximadamente 30 minutos até a maçã se desfazer. Depois da maçã bem cozida, reduza a puré. Junte a manteiga, mexa e deixe cozinhar mais alguns minutos em lume brando. Por último, faça o empratamento a gosto e sirva. Receita in “À Mesa Portuguesa”
FORMAÇÃO - AÇÃO QUALIFICAÇÃO DAS PME’S
Candidaturas a decorrer até 12 de fevereiro de 2016 Pode proceder à sua inscrição nas instalações do Centro de Gestão Vale do Tua, nas seguintes áreas de intervenção: Gestão Agrícola
Mecanização Agrícola
Eficiência Energética
Agricultura Biológica
Marca - Marketing
Produção e Proteção Integradas
Certificação da Gestão Florestal Sustentável
Auxílio ao produtor moderno nas tomadas de decisões.
Segurança e Higiene no Trabalho Agrícola Uso Eficiente da Água Calçada de São Cosme nº 53 A 5370-260 Mirandela Telef. 278 203 509 Telem. 919 414 918 Rua Cláudio Mesquita Rosa 5300-653 Bragança Telef. 273 381 332 Telem. 919 414 937 Email. geral@valedotua.com
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