parque 3ÂŞ ĂĄgua programa vila viva - serra
Parque da Terceira Água O Parque da Terceira Água vai ser o grande parque do Aglomerado. São mais de 300 famílias reassentadas que serão vizinhas ao parque. Serão implantados também,no seu entorno, equipamentos do BHCIDADANIA/CEA e UMEI. O acesso principal ao parque se dará pela rua D. Benta que terminará na entrada do BHCIDADANIA/CEA(Centro de Educação Ambiental) local que funcionará como espaço de educação, capacitação e formação em Jardinagem e Paisagismo, bem como atividades das políticas sociais da PBH.Dando suporte às famílias reassentadas e funcionando como referência de informação à população e aos visitantes. Associado a este equipamento já está implantado um pequeno viveiro experimental onde estão sendo produzidas mudas para o paisagismo de praças e condomínios do programa. Apesar de ter uma topografia não tão acentuada como as outras áreas, aqui ainda se encontram apenas pequenos platôs localizados onde foram removidas casas e benfeitorias e algumas áreas remanescentes antigas que serão aproveitadas para obras. A ocupação da área se dará pela utilização destes múltiplos espaços, não muito grandes, formando um emaranhado de equipamentos de lazer que terão alguma relação entre eles formando uma trilha de espaços de convívio e diversão, dando identidade ao Parque como um todo.
Áreas de possíveis intervenções
As áreas destinadas à implantação dos parques do aglomerado são áreas lineares aos cursos dágua. Sendo áreas protegidas desde a nascente. Para uma melhor apropriação e capacitação da comunidade a reconhecer esta nascente como área de lazer foi projetada uma praça com poucos equipamentos valorizando o caráter contemplativo desta área. A área total do Parque é de aproximadamente 60000 m2. O maior equipamento construído será o BH CIDADANIA/CEA e o local possível destinado para esta implantação foi um platô localizado no fim da Rua Dona Benta, onde foi removido uma moradia que aliada a um terreno ocupado por um ferro velho do antigo morador, resultou em um platô com poucas árvores.Este equipamento totaliza um área construída de 1000 m2 e com uma área de projeção de 700 m2. A vocação dos equipamentos implantados em resultado ao trabalho de educação ambiental realizado pelo programa foi o de Parque Educativo. Pequenas praças temáticas. Trabalhando com a percepção. Brinquedos musicais, espaciais, científico, ginástica e esportes. Tudo isto transformando o parque num grande centro de apoio ao programa Escola Integrada.
Outra característica dos equipamentos a serem implantados nos Parques do Aglomerado é a excelência destes equipamentos. O objetivo maior do Programa é a integração entre favela e cidade, a qualidade destes equipamentos servindo como atração pra toda a cidade além de cooperar para a integração trará à população residente no Aglomerado o sentimento de orgulho. Melhorando assim esta relação patrimonial com os espaços construidos.
A entrada do Parque receberá tratamento paisagístico, realçando novamente o papel educativo e de capacitação do Parque. Ficando o Parque da Terceira Água com uma grande área recuperada e protegida com cuidado e beleza, apontando pro benefício direto da implantação deste grande Parque, mas acima de tudo de um equipamento de apoio social e capacitação da comunidade para esta nova realidade que está sendo construída no Aglomerado.
Um local agradável tem muito mais facilidade em ser corretamente apropriado pela comunidade. Na foto abaixo, crianças brincando em nascente da Terceira Água recuperada como resultado da implantação dos interceptores
Córrego da Terceira Água já saneado.
A topografia de quase todo o Aglomerado se resume a encostas e talvegues que durante toda a ocupação irregular e mesmo com a implantação de redes de esgoto foram muito utilizados para a descida de água e esgoto, o que causou enorme degradação destas áreas.
Talvegue seco
Talvegue seco
Drenagem
Traçado irregular
Degradação
A dificuldade de se implantar grandes complexos de lazer no Aglomerado, devido à topografia das áreas destinadas a isto ou das áreas remanescentes, colocam em risco todo o trabalho de se constituir os 5 parques previstos do Programa Vila Viva. Uma pequena praça isolada tem maiores chances de não ser compreendida e assim ser depredada. Na tentativa de se diminuir estas degradações todos os parques são planejados com uma unidade entre os equipamentos. Um tema. Uma linguagem. Capacitando a comunidade a se relacionar melhor com as áreas públicas.
praça da academia
Proteção da Nascente
Praça da Madeira
Viveiro de mudas BHCIDADANIA/ CEA Praça da Academia
A preocupação ambiental de todo o Programa Vila Viva ganha um peso muito maior na implantacção dos Parques e Praças do Aglomerado, transformando estas áreas construídas em vitrines do respeito pelo meio ambiente e de uma nova realidade possível a ser construída. Os locais foram escolhidos para não interferir ou interferir o mínimo na vegetação existente e principalmente evitar movimentação de terra. Laudos e análises estão sendo realizados com o objetivo de se evitar qualquer interferência negativa com a vegetação ou com os cursos dágua(Córrego da Terceira Água ou do Violão, como é conhecido no Aglomerado) No caso do Parque da Terceira Água esta preocupação é muito maior já que a temática ambiental foi a escolhida como sendo a linguagem de diálogo entre a intervenção e a comunidade, com a implantação do Centro de Educação Ambiental localizado bem na entrada principal do parque. E esta preocupação tem sido avaliada pela própria comunidade já que o local tem sido intensamente usado para atividades de percepção ambiental e reconhecimanto espacial do Programa de Educação Ambiental.
Vista da área do Parque e as Unidades Habitacionais Da Rua São João. Onde se pode ver o respeito pela vegetação existente, mesmo nas áreas de implantação dos condomínios.
A área de proteção ambiental transformada no Parque da Terceira Água, resultante dos limites definido pela implantação dos interceptores de esgoto, é de importância histórica pra comunidade do entorno. A área era ocupada por morador que substituiu a vegetação natural por espécies frutíferas, transformando o local em um imenso pomar aberto. Resultanto assim num local respeitado pela comunidade e de reconhecimento pelas crianças, que sempre fizeram uso daquele espaço para lazer. A implantação dos equipamentos do parque segue diretrizes rígidas de supressão mínima de indivíduos arbóreos, sejam de flora nativa ou de espécies frutíferas, já que os locais definidos para estas implantações são locais onde foram removidas moradias. Infelizmente, com o objetivo de diminuir a movimentração de terra ou aproveitar melhor a topografia dos terrenos algumas espécies frutíferas terão que ser suprimidas. Quando possível estes indivíduos estão sendo transplantados para outros locais dentro mesmo dos limites do parque. Ou estao sendo utilizadas para a produção de mudas por estaquias. Engrandecendo o viveiro experimental e acima de tudo funcionando como ferramenta de capacitação pra comunidade a se relacionar melhor com os espaços historicamente já apropriados.
Canteiros experimentais de produção de mudas por estaquias
saiba mais http://issuu.com/bachogibram/docs/parquesdoaglomerado