JÁ BomFim - outubro2011

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Porto Alegre, outubro de 2011 - Ano 25 - Número 411

Novo BALTIMORE será todo comercial O

terreno do antigo cinema Baltimore, na Av. Osvaldo Aranha, será ocupado por duas torres de 16 andares, com 196 salas comerciais e quatro pisos de garagem. O Baltimore, construído em 1931, em estilo artdecó, marcou a paisagem e a vida cultural do Bom Fim. Foi demolido em 2003. Logo depois, foi divulgado um projeto para ocupar a área, um dos últimos grandes terrenos disponíveis no bairro, com 2.900 metros quadrados. Seria um predio residencial com 108 apartamentos de um dormitório. Teria no térreo um pequeno centro comercial, com praça de alimentação

Bom Fim, Urgente IRMANDADE

do Divino Espírito Santo comemorou 190 anos de fundação de sua Igreja com Missa Festiva rezada por Dom Dadeus Grings, arcebispo metropolitano.

FALTA DE ESPAÇO é

problema sério na UFRGS, principalmente nas áreas de pesquisa. Há projetos, há recursos e equipes, faltam salas e locais para instalações. Bom problema. Último grande terreno na Osvaldo terá prédio de 16 andares

e três salas de cinema. Entraves burocráticos e judiciais adiaram o projeto. O valioso terreno foi transformado num estacionamento. Agora, sete anos depois, foi lançado o projeto da Melnick Even, de um prédio inteiramente

comercial. Já em vendas, a obra deve começar em seis meses, para estar pronta em 2014, o ano da Copa. O novo edifício vai mudar não apenas o visual da avenida, mas também o público da região. Pág. 2 e 7

EM ACABAMENTO

uma obra que vai dar novo sisual a um dos pontos referenciais da cidade, na esquina onde se cruzam Osvaldo Aranha e Sarmento Leite. O prédio, integrado ao Complexo da Santa Casa, terá 10 andares de garagens. O cadastramento de interessados já começou.

EM FASE de diagnóstico,

o Plano Estratégico para o Parque Farroupilha ainda não poderá ser divulgado.

COMPLETA 22 anos

em outubro a Feira dos Agricultores Ecologistas, A festa, no sábado, 15, terá balões, rádio-feira, entrega de prêmios abraço e bolo de aniversários. Na terça, 18, pela manhã haverá debate sobre produção orgânica, no auditório da Fabico. A FAE ocorre aos sábados das 7h às 13 h, na primeira quadra da Avenida José Bonifácio.

MUSEU

da História da Medicina promove a partir do dia 17 de outubro oficinas, palestras e uma série de atividades para comemorar os seus cinco anos de fundação.


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Editorial Um caso exemplar

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mudança no projeto para o terreno do antigo cinema Baltimore, na avenida Osvaldo Aranha, é um caso exemplar. Mostra como os bairros se transformam sem que os moradores sequer percebam. O prédio do Baltimore era, originalmente, um centro cultural - com espaço para bailes e festas judaícas, além das salas de cinema, no térreo. Entrou em decadência, resumiu-se às salas de cinema no térreo, acabou interditado. Foi demolido em 2003 sob protesto de urbanista do porte da professora Célia Ferraz. O primeiro projeto para o terreno, da Telhagua Arquitetura e Construções, levava em conta a história e a cultura do local. O autor, arquiteto José Antônio Jacovas, partia dessa identidade original e tinha o propósito de revitalizar aquela área do bairro, já em degradação. Concebeu um prédio residencial, com 108 apartamentos de um dormitório - voltados para o público jovem e solteiro - e um centro comercial com 22 lojas, praça de alimentação, três salas de cinema e três andares de estacionamento subterrâneo. Essa preocupação com a “identidade cultural” do bairro era de certa forma uma resposta às críticas dos que defendiam a preservação do prédio histórico. Mas o projeto da Telhagua não foi adiante. Primeiro pela burocracia, depois por uma pendência judicial. Ao demolir o prédio foi atingida a estrutura de um casarão ao lado, onde funcionava o Bar João, e a obra foi interditada. Não se falou mais no assunto. Surge, então, a Melnick Even, construtora paulista, com um projeto de características bem diferentes para o local. Agora aponta numa outra direção: aposta na expansão comercial e na transformação do bairro numa extensão do Centro. Não se pode dizer que foi uma opção errada, se a lógica é a dos negócios. Mas será que são opções inconciliáveis? Um grande prédio comercial não pode contemplar uma grande área de cultura e lazer?

Porto Alegre, outubro de 2011

O Grêmio não pode se omitir P

ara a empreiteira OAS talvez não faça diferença. Ela tem operações no mundo inteiro e resolve seus negócios em outras esferas. Mas o Grêmio, que é um “ativo simbólico”, exposto à opinião pública, devia se preocupar com a situação que está criada com os moradores do entorno da obra de sua nova arena, a cargo da OAS. O terreno de 38 hectares no bairro Humaitá, tem como eixo a Avenida Leopoldo Brentano, ao longo do qual se desenvolveram várias vilas. São aglomerações de moradias precárias, com carência de saneamento, assistência médica, escola, etc. Ninguém sabe o número certo. Seriam mais de mil famílias, muitas vindas de remoções anteriores. Como é o caso da Vila Mário Quintana, formada por 290 famílias transferidas da Vila Dona Teodora em 1995, para dar

Obra da Arena do Grêmio no bairro Humaitá.

lugar a um viaduto. Só para ter uma ideia, a OAS tem 1.500 operários na arena do Grêmio. Além do movimento de veículos pesados, por ruas já precárias, há o acréscimo populacional com a importação de mão de obra de outros estados. As condições indigentes em que chegam os migrantes nordestinos acabam agravando a situação. A indignação da população local com o descaso da empresa e das autoridades é generalizada, como puderam constatar os

vereadores da Comissão de Direitos Humanos que tentaram entrar na obra e foram barrados. A imprensa está fazendo olho branco, mas os fatos são muito graves e acabarão vindo a público. O Grêmio foi “avalista” dos benefícios concedidos à empresa. E a bandeira que tremula na obra é a do Grêmio. Os governantes passam, mas o Grêmio permanece, é imortal, não é? Ele não pode dizer que não tem nada com isso! Não estou falando de futebol, estou falando de história. (E.B.)

Leia mais “Polícia do Rio mata mil por ano”

www.jornalja.com.br Reportagem: Elmar Bones, Patricia Marini e Tiago Baltz jaeditores@gmail.com Fotografia Arfio Mazzei e arquivo Jornal JÁ Comercial Mário Lisboa (51) 3347 7595 / 9877 4800 Diagramação Tiago Baltz e Ximba Fontoura Tiragem: 10 MIL EXEMPLARES Distribuição gratuita Impressão: Gráfica CG - (51) 3043-2310

“Estupro no Quartel” “Privatização da água em debate” matérias completas no site

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Diretor-Responsável: Elmar Bones Redação: Av Borges de Medeiros, 915 Conj 203. Centro Histórico CEP 90020-025 - Porto Alegre/RS Fone: 3330-7272

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HÁ 29 ANOS


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Porto Alegre, outubro de 2011

Ex–alunos se despedem do Colégio Santa Rosa de Lima A

festa “Reencontro Santa Rosa de Lima 2011” atraiu 300 pessoas na noite de 24 de setembro, no prédio onde o colégio funcionou até o ano passado. A maioria eram ex-alunos que deixaram a escola até a passagem do século, portanto antes de começar a crise que acabou por fechar o colégio. Embora o tom fosse informal, numa pausa da música funcionários e ex-professores presentes foram homenageados com rosas vermelhas – símbolo do Santa – e placas expressando gratidão aos educadores, assinadas pelos “eternos alunos do Colégio Santa Rosa de Lima”. Quando todos cantaram o hino da escola, provavelmente pela última vez, foi um momento de grande emoção coletiva, pela quantidade de adultos enxugando as lágrimas. “Isto foi forte”, definiu com um suspiro um ex-aluno de 27 anos, com a mão no peito.

Evento reuniu mais de 300 ex-alunos e professores

Mais tarde, outro ex-aluno parecia hipnotizado pela quadra de esportes coberta, até que falou: “Parecia tão grande, eu me criei aqui”.

No primeiro saguão, rolava música, turmas antigas reencontravam-se para tirar fotos na rampa. No segundo, uma comprida mesa com fotos de 45 anos de história permaneceu cheia a noite toda. O reencontro, organizado por um grupo de ex-alunos e professores, foi divulgado pelo Facebook, onde uma comunidade do Santa Rosa reúne cerca de mil pessoas. A Fundação Santa Rosa de Lima, continua tentando uma solução para saldar as dívidas. O Município e a UFRGS demonstram interesse em adquirir o prédio, mas nenhuma das negociações foi concluída ainda.

Município quer assumir o prédio Se depender da Secretaria Municipal de Educação, o prédio do extinto Colégio Santa Rosa de Lima será ocupado pelos cursos do Centro de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire. “Nós temos todo o interesse e estamos fazendo todos os esforços para ficar com a escola”, disse ao JÁ a secretária-adjunta da Educação Municipal, Zuleika Beltrame. Segundo ela, a decisão

compete ao Ministério Público, uma vez que o colégio pertence a uma fundação que foi extinta. Se tudo der certo, as instalações da rua Santa Teresinha vão abrigar cerca de 800 alunos do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), desenvolvido pelo Centro Paulo Freire, hoje instalado em condições precárias na rua Marechal Floriano, no centro da cidade.


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“Cada bairro tem sua identidade”

O seminário que deu início a regionalização dos encontros do V Congresso da Cidade aconteceu no dia 17 de setembro, com a avaliação da Etapa Bairros, na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. A abertura do seminário foi feita pelo Coordenador do Comitê Gestor do Congresso, Plínio Zalewski. Entre os presentes estavam o prefeito José Fortunati, o secretário municipal de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, o representante do Orçamento Participativo, Algir Barizon, a representante do Conselho Gestor do V Congresso da Cidade, Dalcinda Vargas da Cunha. além de universidades participantes do congresso e lideranças de diversos bairros. Conforme Fortunati, não é mais possível pensar a cidade de forma homogênea. “Todo mundo sabe que cada bairro tem sua identidade e precisa ter um tratamento diferenciado. Dentro da cidade se tem várias cidades.” Luiz Otávio Abreu, consultor técnico, fez uma avaliação da Etapa Bairros e fez uma projeção das próximas fases. As universidades presentes, Ulbra, Unisinos e PUCRS apresentaram resultados dos encontros a partir de seus eixos temáticos: desenvolvimento econômico, desenvolvimento humano e desenvolvimento urbano e ambiental. Logo após, foi apresentada a plataforma portoalegre.cc. Zalewski apresentou as ações futuras propostas por entidades e organizações parceiras Congresso. Os representantes dos bairros e comunidades também se manifestaram. Na próxima fase, as decisões tomadas nos bairros da Capital serão levadas para as regiões administrativas (regiões do Orçamento Participativo). Na Etapa Bairros, mais de 5 mil lideranças locais foram envolvidas nas discussões. A expectativa é de que 12 mil pessoas participem até o final do V Congresso, em novembro .

Dois dias após a manifestação, a prefeitura oficializou a doaçõa dos animais.

Reunião na usina do gasômetro encerrrou a etapa bairros do V Congresso.

Comunidades receberão projetos

Uma série de projetos envolvendo Prefeitura, comunidades e entidades parceiras do V Congresso da Cidade ajudará a fortalecer o desenvolvimento das regiões de Porto Alegre e ampliar as ações de cuidado com a cidade. Projetos voltados à prevenção de drogas, preparação de jovens para o mercado de trabalho, reciclagem e cultura ganham força nas redes do Congresso. Esse conjunto de projetos estará à disposição dos Comitês de Mobilização dos bairros para transformar alguns dos desejos das comunidades em ações concretas. A interlocução entre a Prefeitura, entidades e comitês será feita pelo Observatório de Porto Alegre, que receberá os projetos de adesão, organizando junto às entidades o processo de seleção. Não haverá custos para os interessados em participar. Veja alguns projetos de como melhorar a cidade: Prevenção ao uso de drogas (Brigada Militar PROERD): O Programa Educacional de Resistência às Drogas

e a Violência ampliará sua ação junto a escolas do município. Pela Secretaria da Educação, pais também receberão orientações em reuniões e palestras.

Estante Pública (Instituto Nômade): disponibiliza livros para leitura de usuários de paradas de ônibus. Em parceria com o Congresso da Cidade, poderá expandir essa ação para novos bairros. Jovens: O projeto “Na Boa em POA” está reunindo jovens de seis grandes regiões da cidade para mais de 50 eventos de reflexões, oficinas de vídeo, mostras e trilhas ambientais. Capacitação: Através do Senac Comunidade, palestras e oficinas poderão ser aproveitadas pelos Comitês de Mobilização em cada região da cidade. Os cursos são voltados ao mercado de trabalho.

curso Aprender a Empreender, com orientações para a abertura de um negócio. Através do “Juntos Somos Fortes”, as comunidades terão orientações sobre como desenvolver projetos coletivos. Empresário do futuro: A Junior Achievement disponibilizará uma série de atividades para jovens que queiram conhecer o mundo dos negócios. Entre as ações, estão a apresentação a alunos de noções básicas sobre economia de mercado, planejamento de negócio e opções de carreira, além da oportunidade de conhecer a jornada de trabalho de um profissional de uma área de interesse.

Meio ambiente e finanças: O Banrisul oferece uma série de possibilidades, como oficina de reaproveitamento de materiais, noções sobre financiamentos para pequenos negócios e administração de recursos, mantendo a sustentabilidade financeira. Empreendedorismo: Através do Sebrae, A instituição também tem ações voltadas será disponibilizado às comunidades o para implantação de hortas comunitárias.

Ato pelo mini-zoo no DIA DA CRIANÇA

U

m protesto pela retirada do mini-zoológico do Parque da Redenção vai reunir crianças e adultos no local no dia 12 de outubro. A manifestação está sendo articulada pelas redes sociais na internet e foi motivada pela decisão da prefeitura de transferir os animais e liberar o local. Um ato público já ocorreu no dia 4 (Dia dos Animais). “Fica Mini-Zoo! Fica Mini-Zoo”, gritavam cerca de uma centena de alunos de escolas municipais, representantes dos usuários do parque, funcionários e vereadores, reunidos no local. No final do evento, todos deram as mãos para um abraço ao mini-zoo. Dois dias depois da manifestação no parque, o Diário Oficial de Porto Alegre oficializou a doação dos animais do Mini-zoo Palmira Gobbi para o “Criadouro Conservacionista São Braz”, de Santa Maria. O ato de doação foi assinado pelo procurador-geral, João Batista Linck Figueira, no dia 27 de setembro. “Vão mandar os animais para Santa Maria, mas quem garante que lá eles vão ficar melhor?”, pergunta o vereador Carlos Todeschini (PT). O arquiteto Ibirá Lucas, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbana, é um dos líderes do movimento em defesa do mini-zoo na Redenção. “Várias gerações da cidade conheceram esse local desde a infância”. Segundo Lucas, para a maioria das crianças urbanas o local é uma rara chance de conhecer os animais, como os micos e as araras. Roberto Jakobasco, do Conselho de Usuários do Parque, pede “bom senso aos animais racionais” e também critica a prefeitura por não responder aos questionamentos dos usuários. O mini-zoo foi instalado em 1925, quando se iniciou a urbanização do Parque da Redenção. Em 1984 em homenagem a uma das mais conhecidas defensoras dos animais da cidade, recebeu o nome de Palmira Gobbi. O mini-zoo ocupa uma área de 2.800 metros quadrados no interior do parque, abrigando aves, mamíferos e répteis, num total de 80 animais (já foram mais de 100) de 24 espécies, provenientes de doações particulares ou apreensões feitas pelo Ibama. Simone Barcelos, a veterinária responsável pelo mini-zoo, está lá há seis anos. Conta com quatro funcionários. Ela diz que os animais não estão ameaçados. Muitos deles vivem lá há décadas, estão adaptados. “Recentemente morreu um mico-prego com mais de 40 anos, morreu de velho”. Como repartição da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o mini-zoo não tem orçamento e carece de manutenção há muito tempo. A secretaria garante o pagamento dos funcionários e a alimentação dos animais (300 quilos de milho, 600 quilos de banana por mês, os de maior consumo). “Precisaríamos no mínimo o dobro de funcionários, porque rotina é diferente, não tem sábado ou domingo e nos fins de semana é que o movimento cresce”, diz a veterinária.


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Festas & Eventos

Vera Fantin Nabinger vera.nabinger@terra.com.br

Pergamus

Jantar indiano Mais um sucesso do Le Petit Comite. Desta vez o jantar indiano superou as expectativas dos convidados. Além das iguarias, o show de Nadima Murad e suas dançarinas deram Cleri e Lyrya Ross Casagrande no jantar indiano. um colorido todo especial ao evento. O Espaço Gourmet Blue Ville e os vinhos e espumantes da Somallier Vinhos formaram com esta jovem empresa de gastronomia uma parceria que ira somar a noite portoalegrense. Em continuidade ao jantares temáticos, dia 04 de novembro haverá o jantar tailandês. Tereza Cristina Veiga e Cristina Riali Contatos: 3326-7000 prestigiando o Jantar Indiano.

A charmosa Vânia Chanan.

Manthria no Moinhos A empresária Vânia Chanan inaugura com sucesso sua terceira loja, desta vez retornando aos Moinhos de Ventos. Abre as portas na 24 de Outubro 1.600, Manthria, com seu padrão de qualidade, sempre priorizando atendimento personalizado com muita elegância.

Justin Biber

Os Chefs Fabrício e Thiago estão de parabéns com seu charmoso restaurante Pergamus. Cozinha contemporânea especializada em cortes de cordeiro oferece a seus frequentadores ambiente aconchegante, boa carta de vinhos e atendimento carinhoso. A casa, que fica na Lucas de Oliveira 1653, tem Buffet ao meio dia e um espaço simpático para eventos.

Carré com molho de laranja e crostini de castanhas.

Este jovem fenômeno internacional com sua apresentação em nossa capital vem agitando tanto a galerinha adolescente quanto seus pais, pois todos estão envolvidos neste momento único e o corre corre tem levado dezenas de pessoas a ficarem nas filas para garantir um melhor lugar.


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Osvaldo Aranha em dois tempos: o Baltimore em 1931 e as duas torres que estarão prontas em 2014

O

Um salto de 80 anos no visual da Osvaldo

terreno do antigo Cinema Baltimore, que foi ocupado por um estacionamento nos últimos sete anos, vai dar lugar a duas torres envidraçadas, de 16 andares. O projeto é da Merlnick Even, a mesma empresa de São Paulo que está construindo um conjunto comercial/ residencial no antigo campo dos Eucaliptos. Oficialmente as vendas começam em outubro. Na realidade, já começaram. Os corretores informam que metade dos conjuntos já foram negociados com investidores, que compram dando uma pequena entrada, esperando revender logo adiante, com bom lucro. Doze andares serão destinados aos escritórios.

São conjuntos modulares com tamanho de 38 a 140 metros quadrados. Os menores custam em torno de R$ 300 mil. A negociação da incorporadora com o proprietário do terreno durou cinco anos. Segundo Francisco Marimon, um dos corretores, “será o melhor lançamento de 2011”, pela

carência desse tipo de imóvel naquela região. “Há muitos anos não se lançava nada comercial de porte nessa região, estes são os últimos espaços”, diz. O prédio do antigo bar João, está em reforma para ser o ponto de vendas. Em 2014, quando estiver pronto, o prédio vai mudar visual e público daquela região do Bom Fim.


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