Mundo afora O que é contemporâneo?
NOVA ARQUITETURA
Contexto A palavra-chave para os escritórios b720 e Brasil Arquitetura
Senso de responsabilidade Gui Mattos e Carvalho Araújo comentam seus novos projetos na Vila Ipojuca
2
Jeitos de pensar e de fazer a arquitetura contemporânea. Entre eles, os dos quatro escritórios renomados e autores de novos projetos na Vila Ipojuca, em São Paulo: o espanhol b720 de Fermín Vázquez, o português Carvalho Araújo e os brasileiros Gui Mattos e Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Projeto do ateliê português Carvalho Araújo, para Pousada De Lemos em Viseu, Portugal
3
sumario
4
boa arquitetura
6
b720
8
gui mattos
10
carvalho araujo
12
brasil arquitetura
4
boa
Além de buscar soluções arquitetônicas sensíveis aos contextos onde se inserem, o que mais é contemporâneo?
A arquitetura contemporânea é um campo amplo e global que comporta manifestações diversas, em alguns casos até contraditórias. Como o minimalismo japonês de Shigeru Ban em sua busca por eliminar o supérfluo sem abrir mão da beleza. As incansáveis investigações e questionamentos sobre as cidades e planejamento urbano, do holandês Rem Koolhaas. A trajetória de sucesso da dupla suíça Herzog & de Meuron. As inovadoras construções do italiano Renzo Piano. Isso só para citar alguns nomes de projeção internacional. Para além dos nomes, estão as questões comuns que afetam os tempos de hoje e pedem soluções desassociadas de tendências, estilos e conceitos rígidos; norteadas por necessidades particulares. Para Edward Glaeser, professor de Universidade de Harvard, a verticalização é uma forma de proteger o meio ambiente, estimular as colaborações entre pessoas interessantes e distribuir conhecimento.
arq uit etu ra 1
1. Haesley Nine Bridges Golf Club House, Shigeru Ban
Ele diz, “as cidades são as pessoas que nelas vivem” e são também os prédios que as acolhem.
Assim, dentro da arquitetura, é contemporâneo pensar na verticalização das grandes cidades como um movimento muitas vezes inevitável, mas que pode ser saudável. E no caso específico de São Paulo, que está justamente atravessando esse período, que essa transição não seja feita pela repetição inadvertida de padrões arquitetônicos mal pensados, que ignoram as peculiaridades e memórias dos bairros. E, sim, por projetos que respeitam e dialogam com o lugar onde serão implantados e transformam de forma evolutiva e não degenerativa. O que é contemporâneo? É contemporâneo discutir a relevância do contexto versus a busca de respostas mais diretamente ligadas à vida atual e futura dos lugares, uma questão de debate aberto na arquitetura mundial.
É contemporâneo ter a facilidade de acesso à informação de hoje e saber que tudo isso só serve se a maneira de relacionar as coisas for criativa e inovadora e manter em vista a evolução. É contemporâneo tratar o antigo com respeito, preservando a sua memória, contudo, intervir com ousadia para requalificar seu uso.
É contemporâneo abolir um pouco os limites das competências da arquitetura e do urbanismo. E lembrar que as cidades se desenvolvem e transformam através de bons projetos arquitetônicos e urbanísticos. É contemporâneo trocar vivências e experiências, aprender com o outro, submeter impressões e ser submetido ao olhar mais distanciado de um estrangeiro. É contemporâneo elevar o sentido sociocultural da arquitetura. E sua essência como ferramenta eficaz para transformar e melhorar a vida das pessoas.
Esta visão de contemporâneo está também no trabalho dos brasileiros Gui Mattos e Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz; do português Carvalho Araújo e do espanhol b720, de Fermín Vázquez – os autores de novos edifícios na Vila Ipojuca, em São Paulo, apresentados nas páginas seguintes.
6
b720
Um estúdio de arquitetura espanhol com bases em Barcelona, Madri, Porto Alegre e São Paulo
1
“É muito mais fácil trabalhar para um cliente que é sensível à ideia de que a arquitetura é uma ferramenta eficaz para melhorar a cidade” Fermín Vázquez sobre a Idea!Zarvos
Para Fermín Vázquez, sócio do b720, a ideia de trabalhar longe de sua base e buscar entender outras realidades é altamente estimulante. E nesse caso, os clientes também se beneficiam ao receber um olhar mais distanciado sobre as próprias necessidades. Quando as pessoas são obrigadas a responder sobre os porquês das coisas, perguntas que parecem óbvias são feitas e podem resultar em boas descobertas, para os dois lados. No Brasil Em 2007, começou a trabalhar no Brasil quando ganhou o concurso para a revitalização do cais de Porto Alegre, RS. Esse convite se deu pela grande repercussão mundial que teve o seu projeto de reconversão do porto industrial de Valência, feito para o campeonato mundial de vela Copa América do mesmo ano. “Receber um pedido por já ter trabalhado com um tema parecido, por um lado é uma grande alegria e por outro uma contradição porque não existem dois projetos iguais. Nem a 10, nem a 10 mil quilômetros da sua base.” Contexto Vázquez cita um debate corrente em arquitetura sobre a relevância do contexto. Coloca que alguns colegas ilustres internacionais questionam a importância do contexto, defendendo que se deveria dar respostas contemporâneas mais diretamente ligadas com a vida atual e futura do que com o contexto. A sua opinião é o contrário: “sem considerar o contexto é muito difícil fazer um projeto.”
Real x Virtual Conversando ainda sobre outra questão do mundo atual que ele próprio chamou de fascinante, que são as relações entre o que é privado e o que é compartilhado, e o quanto as relações do mundo virtual se refletem nos espaços físicos e vice-versa, ele diz não ter nesse momento uma ideia fechada. Mas que se tivesse de se preocupar com algo nesse sentido, gostaria mesmo é de estar seguro de que podemos escolher. Ipojuca Sobre o projeto para a Vila Ipojuca, ele se diz bastante satisfeito, já que pôde manter um padrão civilizado, no sentido de considerar como irá interferir para o futuro do lugar onde está sendo implantado, que leva em conta os vizinhos de hoje e do futuro. Projetos principais Mercado dos Encantos, Barcelona, 2011. Aeroporto de Lleida-Alguaire, Alguaire, 2010. Gran Cassino Costa Brava, Girona, 2010. Porto de Valência, Valência, 2007. Escritórios Indra, Barcelona, 2006. Torre Agbar, Barcelona, 2005. Gran Cassino Costa Brava, Girona, 2010. Veja mais b720.com
2
4
3
4
5
8
gui mattos Com base em São Paulo, o escritório existe há 20 anos e cria projetos residenciais e comerciais
2
1
Gui Mattos Arquitetura tem 20 anos de estrada. E para o Gui o melhor caminho sempre será o contato mais direto com o cliente: “Projetar para mim é quase como o trabalho de um ator. Eu busco me colocar no lugar daquela pessoa, se ela tivesse o meu conhecimento de arquitetura, e aí entender como ela gostaria de ocupar aquele espaço”. Isso vale para uma casa, para um restaurante ou para um escritório. O arquiteto Gui Mattos tem uma trajetória peculiar. Desde cedo, gostava de artes plásticas, mas de alguma forma já olhava mais para o espaço do museu do que para a obra em si. Estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos e acabou morando e trabalhando no litoral norte de São Paulo por nove anos, período em que construiu diversas casas, já que além do projeto ele efetivamente tocava a obra. De volta para a cidade de São Paulo, em 1993, estabeleceu o Gui Mattos Arquitetura e passou a se dedicar exclusivamen-
te a projetos, abrindo para restaurantes, bares, lojas e espaços corporativos, entre outros – sem deixar de atender pedidos no litoral. Gui é a interface e o filtro com os clientes. É quem vai buscar entender, além das necessidades, porque o cliente escolheu procurá-lo. Como ele mesmo colocou “ainda lá no meio do mato [referindo-se aos tempos de litoral], eu percebi que não valia a pena fazer alguma coisa que você não se sentisse verdadeiro fazendo.” Ipojuca No contato com a Vila Ipojuca, um dos pontos que mais chamou sua atenção foi o aspecto bucólico do bairro. Percebeu um lugar de uma São Paulo de um tempo atrás, que ainda não foi invadido por empreendimentos que repetem padrões. E a proposta desse projeto é uma oportunidade e tem a responsabilidade de mostrar um jeito diferente de construir. É inconcebível chegar com um pacote pronto de soluções, como vem aconte-
cendo na verticalização de tantas regiões da cidade. “É um desafio, não dá para chegar lá gritando.” Referências Sobre referências contemporâneas, Gui enaltece nomes como Jean Nouvel, Oscar Niemeyer, Shigeru Ban e outros tantos dentro da arquitetura. Mas enfatiza que busca referências além da arquitetura; nos esportes, na música, nas artes plásticas, na culinária. Tem admiração rasgada por quem faz coisas bem feitas, precisas. Por aqueles que de alguma forma cavaram seu espaço de um jeito próprio, sem necessariamente seguir trilhas. “Sim, eu sou capaz de dirigir um carro por oito horas para conhecer uma casa feita por Mies van der Rohe. Eu vou, depois eu filtro o que é dele, e o que é meu.”
3
4
Projetos principais Residência Laranjeiras, Paraty, RJ, 2012. Edifício Módulo Bruxelas, São Paulo, SP, 2011. Residência Laranjeiras, Paraty, RJ, 2009. Edifício Ourânia, São Paulo, SP, 2009. Edifício 4X4, São Paulo, SP, 2007. Veja mais guimattos.com.br
“Eu sou capaz de dirigir um carro por oito horas para conhecer uma casa feita por Mies van der Rohe” Gui Mattos
10
Um ateliê de arquitetura português que sintetiza conceitos complexos em desenhos simples e inspiradores
carvalho araujo
Para José Manuel Carvalho Araújo, as suas origens e o trabalho que ainda mantém com a indústria de mobiliário influenciam positivamente sua arquitetura, trazendo uma atenção maior para as questões do mercado. De uma grande preocupação com os lugares e com superar as expectativas do cliente, acredita que o arquiteto deve usar seu conhecimento e sensibilidade para surpreender, oferecendo mais do que foi pedido. Justamente porque o arquiteto tem uma visão de possibilidades e desdobramentos maior de que o seu cliente. E é nessa virada que ele comumente engrandece o porte de seus projetos. Passado e Futuro Como princípio, busca uma forma de tratar o antigo com alto respeito, mas ao mesmo tempo sem medo de intervir e com a consciência de que está contribuindo para a história do futuro. Sem receio de melhorar o que existe e tirar bom partido da memória dos lugares.
À frente do ateliê Carvalho Araújo, com base em Braga, cidade ao norte de Portugal, ele se coloca como autor de uma arquitetura racional que busca simplicidade – do projeto em si e para quem vai usar o espaço. Simplicidade esta resultante de processos bastante elaborados. Hoje Tem a impressão de que a arquitetura contemporânea está um tanto acomodada, moldada por estereótipos. Muitas das vezes, são apresentadas soluções imediatas, facilitadas talvez pelo acesso tão amplo a referências de todos os tipos que temos hoje. E em muitos casos, podem sobrar referências e faltar critérios. Ipojuca A Vila Ipojuca o atraiu, principalmente, por ser um lugar em transformação. A ideia de começar a substituir construções individuais por construções de outro porte coloca uma grande responsabilidade. Há que se respeitar a escala do lugar, mas ao mesmo tempo antecipar
“Só um bom processo vai gerar um projeto equilibrado e de qualidade” José Manuel Carvalho Araújo 1
2
3
4
uma transição, projetando um outro tipo de equilíbrio, uma outra relação com o espaço urbano. Pensando nisso, contou que o projeto para Ipojuca procura trazer um pouco do ambiente do bairro, ainda considerando a forte presença da propriedade individual de lá. Projetos principais GNRation, Braga, 2011–2012. De Lemos, Viseu, 2007–2012. Atelier de Jardim, Santo Tirso, 2008–2010. Galeria MS, Braga, 1997–2001. Veja mais carvalhoaraujo.com
5
12
brasil arquitetura 1 2
O nome do escritório faz jus aos projetos cheios de bossa executados ao longo de 30 anos
Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz são sócios da marcenaria Baraúna, fundadores e professores da Escola da Cidade – faculdade independente de Arquitetura e Urbanismo, em São Paulo – e formam o escritório Brasil Arquitetura.
em Recife; e o Museu do Pampa, na fronteira do Brasil com o Uruguai. “As situações são tão diferentes e tão ricas que cada uma propõe um encaminhamento e o projeto é feito de um jeito completamente diferente.”
O nome do escritório foi inspirado no disco Brasil (de João Gilberto, com Caetano, Bethânia e Gil), um sucesso do comecinho dos anos 1990 que os jovens arquitetos ouviam direto. Profecia ou feliz coincidência, o fato é que o Brasil Arquitetura faz valer o nome, com uma trajetória bem-sucedida de mais de 30 anos, consolidada por projetos em todo o país. E intervenções de relevância no exterior, como o redesenho de um bairro em Berlim e uma residência na Finlândia – terra de Alvar Aalto, mestre citado por eles como uma das grandes influências.
As Linhas de Lina Em paralelo com o Brasil Arquitetura, Marcelo Ferraz trabalhou 15 anos com Lina Bo Bardi, período no qual a arquiteta realizou obras como o MASP e o SESC Pompeia. Um convívio de grande influência e inestimável riqueza para o escritório. “Com a Lina, veio forte não um nacionalismo, mas o reconhecimento de uma base cultural importante que nos faz olhar para o mundo de uma certa maneira.”
Patrimônio Histórico e Cultural Com uma atuação bastante ampla, destacam-se projetos ligados ao patrimônio histórico e à cultura. Estão em obras o Museu do rei do baião Luiz Gonzaga,
Especulação Visual Para Fanucci, o imenso acesso à informação de hoje pode ser muito bom, mas também nefasto. “Os superstars da arquitetura do espetáculo, que fazem projetos muito importantes, divulgam imagens incríveis de coisas fora da nossa realidade. Muitas vezes é uma especulação
puramente formal das coisas. Aí é terrível porque a arquitetura perde o aspecto cultural, deixa de dialogar e interagir com a realidade diferente de cada lugar. É claro que esses profissionais têm muitos méritos também, mas é preciso manter um olhar bastante crítico para a arquitetura não virar uma coisa cenográfica, de consumo imediato e pronto.” Ipojuca Desde o início, o que mais interessou nesse projeto de Ipojuca foi a intenção de que o prédio dialogasse com a cidade. Ponto comum entre o Brasil Arquitetura e a Idea!Zarvos, cuja palavra final, como disse Fanucci, será dada pelo próprio edifício. Projetos principais Teatro Engenho Central, Piracicaba, SP, 2009. Praça das Artes, São Paulo, SP, 2006. Museu do Pão, Ilópolis, RS, 2005. Museu Rodin Bahia, Salvador, BA, 2002. Veja mais brasilarquitetura.com
3
4
“Acho que tem muito de sedução na nossa profissão” Francisco Fanucci
5
6
14 1
creditos Expediente Criação Casa Darwin Organização bamboo studio Coordenação editorial Camila Belchior Textos Bia Villarinho Revisão Deborah Peleias Produção Bia Villarinho Projeto gráfico estúdio lógos e Casa Darwin Colaboração Marketing Idea!Zarvos Agradecimentos Fermín Vázquez, Gui Mattos, José Manuel Carvalho Araújo, Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, e todos que contribuíram para a realização deste caderno
2
Capa e contracapa Teatro Engenho Central, Piracicaba, SP. Brasil Arquitetura. Foto: Nelson Kon Páginas 4 e 5 1. Interior da Haesley Nine Bridges Golf Club House, Gyeonggi, Coreia. Shigeru Ban. Foto: Hiroyuki Hirai Páginas 6 e 7 1. Mercado dos Encantos, Barcelona, Espanha. b720. Foto: Rafael Vargas 2. Aeroporto de Lleida Alguaire, Lleida, Espanha. b720. Foto: Adria Goula 3. Torre Agbar, Barcelona, Espanha. b720. Foto: Rafael Vargas 4. Arquiteto Fermín Vázquez. Foto: Divulgação 5. Escritórios Indra, Barcelona, Espanha. b720. Foto: Adria Goula Páginas 8 e 9 1. Edifício 4X4, São Paulo, SP. Gui Mattos 2. Edifício Ourânia, São Paulo, SP. Gui Mattos. Fotos: Leonardo Finotti 3. Fachada e detalhe do Módulo Bruxelas, São Paulo, SP. Gui Mattos. Foto: Alain Brugier 4. Arquiteto Gui Mattos. Foto: Debora Laub
Páginas 10 e 11 1. Pousada De Lemos, Viseu, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Hugo Carvalho Araújo 2. Arquiteto José Manuel Carvalho Araújo. Foto: Pedro Lobo 3. Área interna do edifício público GNRation, Braga, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Hugo Carvalho Araújo 4. Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Pedro Lobo 5. Atelier de Jardim AS, Santo Tirso, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Hugo Carvalho Araújo Páginas 12 e 13 1. Teatro Engenho Central, Piracicaba, SP. Brasil Arquitetura 2. Praça das Artes, São Paulo, SP. Brasil Arquitetura Fotos: Nelson Kon 3 e 4. Museu do Pão, Ilópolis, RS. Brasil Arquitetura. Fotos: Nelson Kon 5. Arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz. Foto: Felipe Hellmeister 6. Praça das Artes, São Paulo, SP. Brasil Arquitetura. Foto: Nelson Kon
Páginas 14 e 15 1. Edifício Ourânia. São Paulo, SP. Gui Mattos. Foto: Leonardo Finotti 2. Detalhe da Praça das Artes, São Paulo, SP. Brasil Arquitetura. Foto: Nelson Kon 3. Detalhe da Pousada De Lemos, Viseu, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Hugo Carvalho Araújo 4. Escritórios Indra, Barcelona, Espanha. b720. Foto: Adria Goula 5. Detalhe da fachada do Módulo Bruxelas, São Paulo, SP. Gui Mattos. Foto: Alain Brugier 6. Museu do Pão, Ilópolis, RS. Brasil Arquitetura. Foto: Nelson Kon 7. Detalhe da Pousada De Lemos, Viseu, Portugal. Carvalho Araújo. Foto: Hugo Carvalho Araújo
3
4
“O b720 não tem um compromisso com a contemporaneidade. Nosso objetivo é fazer um mundo melhor e tentar fazer as pessoas mais felizes” Fermín Vázquez
5
“Projetar é quase como o trabalho de um ator” Gui Mattos
6
7
“Só um bom processo vai gerar um projeto equilibrado e de qualidade” Carvalho Araújo
“O acesso à informação que temos hoje é muito bom, mas tem uma coisa nefasta nisso porque as referências das pessoas passam a ser uma espécie de pastitio universal” Francisco Fanucci