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A REESTRUTURAÇÃO SILENCIOSA DO BNB
om a posse do ilegítimo governo ultraliberal de Michel Temer, inicia-se o desmonte dos bancos públicos. No apagar das luzes de 2016, a direção golpista do Banco do Brasil anunciou seu plano de reestruturação com o desligamento de milhares de funcionários, fechamento de centenas de agências e outras centenas transformadas em postos de atendimento. Neste ano de 2017, também a direção golpista da Caixa anuncia, pela imprensa, que deve lançar nos próximos dias seu plano de reestruturação nos mesmos moldes. Silenciosamente, a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) planeja sua reestruturação a partir da atual política de substituição de funções comissionadas na direção geral e agências. A implantação de nova sistemática sobre o assunto anunciada pelo BNB, para vigorar a partir de janeiro de 2017, não pode ser apli-
cada aos trabalhadores que já detêm função. Sendo assim, ao acumular a função de um colega por qualquer afastamento deste, o trabalhador que passa a responder pelas atribuições adicionais deve continuar sendo remunerado conforme previsto até o final do ano de 2016. Se o desmonte passar, as consequências serão extremamente desastrosas para os empregados do banco, para o desenvolvimento social e para a autonomia econômica do Nordeste. Entre elas, redução do quantitativo de empregados, extinção funções e benefícios e suspensão dos concursos públicos, precarizando assim as condições de trabalho. Na perspectiva social, isso significa cortes em importantes programas de crédito, afetando principalmente os micros e pequenos negócios. Há tempos, vínhamos mobilizando os bancários dos bancos públicos para o enfrentamento de tais medidas, e nossa resistência continua fir-
me na rua e nas portas das agências. Os colegas do BNB que forem prejudicados com as medidas recém-anunciadas precisam municiar o Sindicato dos Bancários de Pernambuco de informações que caracterizem a retirada de direito, a fim de instruir ação judicial. A entidade resguardará o sigilo em relação aos colegas e buscará ajuizar os processos de forma coletiva, de acordo com o que assegura a legislação trabalhista. E desde já, convocamos as(os) companheiras(os) do BNB para que se somem aos nossos atos a fim de defender seus empregos, seus direitos e seu país. Diante do atual cenário político brasileiro, 2017 pode ser um ano ainda mais difícil para a classe trabalhadora e, especificamente, para a categoria bancária. E, não há outro caminho, senão intensificar a luta. Por isso, precisamos marchar unidos. Se é público, é para todos. Não à desestruturação! Não à privatização!
Reestruturar o BNB é cortar investimentos no Nordeste /bancariospe
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