Jornal dos Bancários - ed. 419

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ANO XX • Nº 419 • 16 A 29 DE FEVEREIRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Segurança

FECHA O CERCO CONTRA OS BANCOS

Depois de sofrer nove assaltos só neste início de ano, as agências bancárias do Recife acabam de ser enquadradas pelas autoridades. A partir de agora, os bancos terão de cumprir a lei municipal de segurança bancária, em vigor há quase um ano, sob pena de serem multadas e até interditadas. Graças à pressão do Sindicato, a Prefeitura, o Procon e a Polícia estão fiscalizando todas as unidades e, logo nos primeiros dias da vistoria, constataram que as instituições financeiras ainda não instalaram itens obrigatórios de segurança, como câmeras externas, vigilantes e vaga específica para carro-forte. Páginas 4 e 5

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2 editorial

Tema livre

Na contramão Mais uma vez, os bancos ignoram o apelo de muito mais processos por causa das cobranças indetoda a sociedade e vão na contramão do clamor por vidas e das altas taxas que cobram dos clientes, além mais segurança nas agências. Segundo reportagem de ações trabalhistas de bancários que foram prejupublicada no último dia 9, pela Folha de São Pau- dicados pela empresa. E nem por isso as instituições lo, os grandes bancos, sobretudo financeiras deixam de exploItaú e Bradesco, estão retirando as rar os clientes e bancários. Enquanto todo portas giratórias com detectores de O Itaú já confirmou a mumundo pede mais metais das agências em todo o país. dança e disse que retirará as segurança, os Esta decisão absurda deve aumenportas de segurança em todas grandes bancos tar ainda mais a insegurança das as agências do país. Já o Braagências, que a cada dia atraem a iniciam a retirada desco nega, apesar de casos das portas giratórias atenção dos bandidos. Só aqui em registrados pela reportagem. Pernambuco foram 12 crimes no com detectores Segundo a Folha, “as novas último mês, contra 18 registrados de metais agências estão sendo construao longo do ano passado inteiro. ídas já sem os equipamentos. De acordo com a reportagem da Folha de S. Pau- As antigas estão sendo reformadas para a retirada”. lo, a decisão de retirar as portas com detectores O Sindicato defende que todas as agências e posde metal foi tomada por causa do “grande núme- tos de atendimento bancário tenham as portas giraro de processos judiciais”. O jornal diz que esses tórias com detector de metais. Esta é uma reivindiprocessos que teriam motivado a mudança seriam cação que o Sindicato faz em todas as campanhas por danos morais de clientes constrangidos diante salariais e também já apresentou esta proposta para das dificuldades de acesso às agências após o tra- o projeto de lei que cria o estatuto de segurança vamento das portas. privada, que está em estudo no Ministério da JusPara o Sindicato, essa desculpa das instituições tiça. Além disso, o Sindicato ajudou a escrever as financeiras não se sustenta, sobretudo porque os leis municipais de segurança bancária que estão em bancos sequer apresentam dados para justificar a vigor em Pernambuco e garantiu a obrigatoriedade decisão. E, mesmo que haja um grande número de das portas giratórias. O Sindicato vai ficar atento processos, eles são irrisórios perto da importância e denunciar qualquer irregularidade dos bancos e, da porta de segurança. Além do mais, os bancos têm sobretudo, lutar para impedir este retrocesso.

Humor E se a lei de segurança bancária funcionar...

LIBÓRIO MELO

Plr

sem ir

Os bancários estão recebendo a segunda parcela da PLR, mas uma parte considerável desses ganhos foi abocanhada pelo Imposto de Renda. Para corrigir esta distorção, o Sindicato luta pela isenção do IR na PLR. Em novembro, o Sindicato fez um abaixo-assinado, que foi encaminhado para o Congresso Nacional e ao Governo Federal. “Agora estamos na pressão para garantir esta isenção”, afirma o diretor do Sindicato, Geral Times.

Exploração A presidenta Dilma Rousseff tem feito reuniões com a equipe econômica para discutir o lucro dos bancos, boa parte advindo dos juros extorsivos que cobram dos clientes. Para ela, não há justificativa para que o custo dos empréstimos ainda se mantenha tão elevado no Brasil, especialmente num momento em que o Banco Central está reduzindo a Taxa Selic. Para tentar resolver a questão, a presidenta encomendou aos técnicos um estudo sobre a composição do spread e o que pode ser feito para que ele seja reduzido.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221.

Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e

Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal

Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi e Libório Melo. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta Jaqueline Mello

Secretário-Geral Fabiano Félix Comunicação Anabele Silva

Saúde do Trabalhador João Rufino

Finanças Suzineide Rodrigues

Secretaria da Mulher Sandra Albuquerque

Administração Epaminondas França

Formação Tereza Souza

Assuntos Jurídicos Alan Patricio Bancos Privados Geraldo Times Bancos Públicos Daniella Almeida

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Cultura, Esportes e Lazer Adeílton Filho

Ramo Financeiro Elvis Alexandre Intersindical Cleber Rocha Aposentados Luiz Freitas


3 Dinheiro no bolso

Bancários começam receber a segunda parcela da PLR Graças à luta e pressão da categoria, a PLR cresceu 264% nos últimos 16 anos

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s bancários já começaram a receber o pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A data-limite para o crédito, conforme a convenção coletiva da categoria, é 1º de março. Mas muitos bancos já anteciparam o pagamento a pedido do Sindicato. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a PLR foi uma das principais conquistas da Campanha Nacional do ano passado, quando os bancários encararam 21 dias de greve. “Depois de muita pressão, conseguimos ampliar os valores da nossa PLR, aumentando a distribuição dos lucros para os trabalhadores, que também fora responsáveis pelos ganhos magníficos dos bancos, comenta Jaqueline. Conforme estudo lançado no último dia 6 pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o pagamento da participação nos lucros ou resultados da categoria bancária tem evoluído ano a ano desde 1995, quando a PLR foi incluída na convenção coletiva de trabalho.

a divulgar o balanço consolidado do ano passado e o resultado aponta para ganhos da ordem de R$ 50 bilhões apenas entre os cinco grandes bancos”, comenta Jaqueline. O Itaú, por exemplo, obteve em 2011 o maior lucro da história bancária no Brasil: R$ 14,6 bilhões, 9% mais do que em 2010. Para Jaqueline Mello, o desafio do Sindicato é continuar ampliando os valores da PLR

No intervalo de 16 anos, diz o estudo, houve crescimento real de 264% no valor da PLR aplicada ao salário de ingresso de um caixa de banco. “Tal resultado deve-se, principalmente, à correção anual da parcela fixa da regra básica de PLR e à introdução da parcela adicional em 2006, garantindo que parte do valor individual a ser pago aos bancários fosse definido de forma linear e igualitária, independentemente do cargo ou do salário do empregado”, aponta o estudo.

Ainda de acordo com o levantamento, pela regra básica o valor médio da PLR do caixa passou de R$ 617, em 1995, a R$ 5.910,32 no ano passado. Lucros estratosféricos

Para Jaqueline Mello, o desafio do Sindicato é continuar ampliando os valores da PLR, já que os bancos continuam batendo recordes de lucratividade. “Nos últimos dias, as instituições financeiras começaram

Jurídico

Sindicato garante três reintegrações e vitória em processo contra o INSS No mês passado, o Sindicato conseguiu garantir a reintegração de três bancários que haviam sido demitidos ilegalmente pelos bancos. Em todos os casos, os trabalhadores eram portadores de doença ocupacional. Das reintegrações, duas foram de empregados do HSBC. Uma delas, de Pedro Francisco Pereira Filho, foi conseguida por meio da negociação com o banco. Já Marcos Vinícius

dos Santos teve de recorrer à via judicial. Também através da Justiça, Luiz Kleber Oliveira, do Bradesco, garantiu seu emprego de volta. Além das reintegrações, o Departamento Jurídico do Sindicato garantiu a reimplantação do benefício acidentário de Alcenira Brito de Moura, bancária do Santander. Portadora de doença ocupacional, ela teve seu benefício cessado pelo INSS

em 2010 sem que tivesse ocorrido qualquer alteração em seu quadro clínico. O Sindicato entrou com processo judicial contra o Instituto e o juiz Luiz Sérgio Silveira, da 2ª Vara de Acidentes de Trabalho da capital, garantiu a tutela antecipada, com prazo de 10 dias para que o INSS restabelecesse o auxílio-doença acidentário. 16 a 29 de fevereiro de 2012


4 Segurança bancária

Fiscalização nos bancos constata irregularidades

Depois de muita pressão do Sindicato e do Ministério Público, a Prefeitura, o Procon e a Polícia começaram a fiscalizar os bancos no último dia 13 O Bradesco da Encruzilhada, alvo de um assalto no dia 16 de janeiro e de um protesto do Sindicato no dia 20, continua fora da lei

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uase um ano depois de entrar em vigor, a lei de segurança bancária do Recife começa finalmente a ser colocada em prática. Depois de muita pressão do Sindicato e do Ministério Público, a Prefeitura, o Procon e a Polícia começaram a fiscalizar os bancos no último dia 13. Logo no primeiro dia de vistoria, o grupo constatou que as instituições financeiras ainda não instalaram itens obrigatórios de segurança, como câmeras externas, vigilantes e vaga específica para carro-forte. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a falta de respeito dos bancos com a lei e com a vida das pessoas pode estar com os dias contados no Recife. “Estamos confiantes de que agora a lei vai sair do papel. As fiscalizações começaram de vento e popa e esperamos que as instituições financeiras se enqua-

drem imediatamente à legislação e invistam em mais segurança para os clientes e bancários”, comenta. Segundo Jaqueline, o Sindicato está auxilando a Prefeitura, os Procons do Recife e de Pernambuco e a Polícia nas fiscalizações. “Apresentamos à Dircon uma lista de bancos que não seguem as normas de segurança exigidas. As agências que estiverem irregulares serão punidas com multas e podem ser, até mesmo, interditadas ou ter o alvará de funcionamento cassado”, explica Jaqueline. Fora da lei

A primeira agência visitada, ainda durante a manhã do dia 13, foi a do Banco do Brasil localizada na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby, área central do Recife. A unidade foi assaltada no último dia 9 de janeiro. A Dir-

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con encontrou algumas irregularidades. De acordo com o órgão, a agência não conta com câmeras nem vigilantes na parte externa, assim como portas, janelas e cabines blindadas. Outro problema apontado foi a ausência de vaga reservada para o estacionamento do carro forte. A agência foi notificada para regularizar a situação num prazo de cinco dias. Caso contrário, pode receber multa de até R$ 10 mil e corre o risco de ser interditada (veja o resultado em www. bancariospe.org.br). A segunda agência a ser fiscalizada na cidade foi a do Bradesco do bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, que foi assaltada no último dia 16 de janeiro. O crime deixou os bancários e clientes em pânico, por conta da troca de tiros entre os assaltantes e a polícia, que resultou na morte de um

dos ladrões. Outro bandido e mais um cliente ficaram feridos. Durante a fiscalização, algumas irregularidades foram constatadas, como a ausência de vigilantes na área externa e de cabines blindadas. Entre outros itens, a lei de segurança bancária do Recife obriga as agências a instalarem circuito de TV, incluindo pelo menos três câmeras na área externa e passa-volumes. Também é exigido um sistema de segurança com dois vigilantes usando coletes à prova de bala e em cabines blindadas em cada pavimento. Outros dois vigilantes armados devem estar atentos à circulação das pessoas na parte externa. A legislação ainda determina que todas as entradas e saídas tenham portas e janelas blindadas, além de porta detectora de metais e vaga de estacionamento para carro forte.


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Pressão do Sindicato garante ação enérgica das autoridades Na Câmara de Vereadores

O Sindicato tem lutado em várias frentes para garantir o cumprimento da lei de segurança bancária do Recife. No dia 7 de fevereiro, a entidade participou de uma reunião na Comissão de Segurança da Câmara Municipal do Recife para discutir o descaso dos bancos. “Os bancos acham que estão acima das leis e não raciocinam com sentimento; são matemáticos, financeiros”, explica o vereador Maré Malta, presidente da Comissão, se referindo à conta da relação custo e benefício feita pelos banqueiros que os leva a constatar que é mais barato pagar o seguro e ser ressarcido a cada assalto que investir nos equipamentos de segurança. Malta levará a discussão ao plenário da Câmara e poderá ouvir de seus colegas parlamentares ideias e propostas para como melhorar e intensificar a fiscalização aos bancos. Um das sansões que está sendo estudada é o cancelamento do alvará de funcionamento das agências irregulares. Na Prefeitura

Um dia antes, e, 6 de fevereiro, o Sindicato se reuniu com a diretora de Controle Urbano (Dircon) da Prefeitura, Roberta Valença, para cobrar uma ação mais enérgica contra os bancos. “A reunião foi muito boa, a diretora da Dircon mostrou bastante interesse nas nossas reivindicações”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que representou os bancários no encontro, juntamente com o secretário-geral, Fabiano Félix, e o secretário de Saúde, João Rufino. O Sindicato e a Dircon combinaram, durante a reunião, a instalação de um fórum permanente para discutir o problema da segurança bancária e as leis municipais que tratam do assunto no Recife.

NA PREFEITURA: Sindicato tem pressionado a Dircon

NA CÂMARA: vereadores têm apoiado a luta do Sindicato

AI - Câmara

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epois da luta para garantir a aprovação da lei de segurança bancária do Recife, o Sindicato iniciou uma batalha ainda maior para que a nova legislação saísse do papel. Em vigor desde abril do ano passado, a lei 17.647/2010, de autoria do vereador Josenildo Sinésio, estava sendo solenemente ignorada pelas instituições financeiras, já que até agora não havia definições sobre quem seria responsável pela fiscalização ou mesmo sobre as punições. A primeira vitória do Sindicato nesta luta foi a conquista de uma parceria importantíssima: o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Ricardo Van der Linden Coelho, decidiu comprar a briga, junto com o Sindicato, e tem pressionado os bancos e a Prefeitura para garantir o cumprimento da lei. No último dia 8 de fevereiro, o MP realizou uma reunião que determinou o início das fiscalizações De acordo com o secretário adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior, que representou os bancários na reunião, o promotor foi bastante incisivo. “Ele afirmou que a Prefeitura não pode se omitir desta responsabilidade ou será alvo de uma ação por improbidade administrativa, já que o Executivo não estaria cumprindo seu papel. Cinco dias depois, as fiscalizações começaram”, conta Justiniano. Durante a reunião, o Sindicato pontuou que a fiscalização não pode ficar restrita ao Recife. “Queremos que os bancos invistam em segurança não só na capital, mas em todas as cidades de Pernambuco. Há leis federais e municipais sobre segurança bancária que estão sendo descumpridas pelos bancos em todas as cidades”, diz Justiniano.

NO MP: o promotor Ricardo Van der Linden Coelho decidiu comprar a briga contra os bancos

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6 Debates permanentes

Sindicato retoma negociações com a Caixa, Itaú e o HSBC As primeiras reuniões do ano apresentaram poucos avanços para os bancários

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Sindicato participou nos últimos dias de três negociações nacionais com os bancos. A primeira foi com o HSBC, no dia 31 de janeiro. Já os debates com Itaú e Caixa ocorreram na mesma data, no dia 10 passado. As três reuniões marcam a retomada das negociações permanentes com os bancos. “Foram as primeiras negociações do ano”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Segundo ela, as negociações permanentes são uma importante conquista dos bancários que garantem a solução de problemas específicos ao longo do ano todo. Caixa

Na negociação com a Caixa, o Sindicato e a Contraf-CUT voltaram a cobrar uma solução para os problemas que os empregados vêm enfrentando com as mudanças das Ret/PVs, a chamada retaguarda das unidades. De acordo com a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, não houve avanços na primeira reunião nacional do ano com a Caixa. “Reapre-

sentamos as nossas reivindicações e pedimos agilidade da Caixa na solução de diversos problemas. Esperamos que as próximas negociações sejam mais produtivas. Mas, para isso, é necessário que os empregados se mantenham mobilizados”, explica Anabele, que representou os bancários de Pernambuco na negociação realizada em Brasília.

Anabele Silva representou os bancários de Pernambuco na negociação com a Caixa

Itaú

Na retomada das negociações com o Itaú, o Sindicato e a Contraf-CUT entregaram ao banco a minuta específica de reivindicações dos funcionários, que possui nove itens: emprego, remuneração, metas abusivas, saúde e condições de trabalho, segurança bancária, liberdade sindical, previdência complementar, plano de saúde e igualdade de oportunidades. Durante a reunião, ficou combinado de as negociações serem feitas por blo-

cos temáticos ao longo do primeiro semestre. A primeira reunião está prevista para o final de fevereiro e as demais devem acontecer quinzenalmente. “Vamos começar os debates pelo Plano de Saúde, pela PCR e auxílio-educação”, explica o diretor do Sindicato, João Rufino, que representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Empregados do Itaú.

HSBC

A negociação com o HSBC foi frustrante para os bancários. O principal ponto da pauta foi a reivindicação de alterações no PPR/PSV de 2011, dentre elas a não compensação dos programas próprios de remuneração variável na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. O banco, no entanto, disse que não pode alterar nada em relação ao programa de 2011, mesmo reconhecendo que existem diversas falhas no programa. Segundo o diretor do Sindicato, Alan Patrício, que representa os bancários de Pernambuco na Comissão Nacional dos Empregados do HSBC, o PPR/PSV “é muito ruim” e está abaixo do que é assegurado na própria convenção coletiva, provocando muita indignação nos funcionários. “Vamos continuar pressionando o HSBC para corrigir os problemas do PPR o quanto antes”, afirma.

Banco do Brasil

Definidos os nomes para ação do anuênio O Sindicato vai dar um parecer sobre a lista de trabalhadores do Banco do Brasil com direito à ação do anuênio. Os 1.439 nomes foram determinados pelo perito. “É essencial que aqueles que se incluem dentro dos critérios e não estão na listagem entrem em contato com o Sindicato até o dia 30 de março, para que possamos encaminhar a docu-

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mentação para a Justiça”, informa o secretário adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior. “Os critérios incluem todos os que ingressaram no banco até 31 de agosto de 1996 e que não tenham se desligado até setembro de 2000. Se a pessoa recebe o anuênio desde dezembro de 2009, também tem direito a fazer parte da ação”, explica

o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix. Confira a relação determinada pelo perito em www.bancariospe. org.br. Mais informações pelos telefones 3316-4220 ou 3316-4218 ou juridico@bancariospe.org.br. O Sindicato também está informando o valor que cada bancário tem direito, mas apenas pelo e-mail.

Fabiano Félix


7 Mobilização permanente

Protestos do Sindicato agitam o Santander e Banco do Brasil

Em foco: falta de condições de trabalho no banco espanhol e assédio moral no BB Protesto contra o Santander antecipou o Carnaval, em 3 de fevereiro

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ais dois protestos do Sindicato agitaram os bancos do Recife nos últimos quinze dias. As manifestações fazem parte do calendário de mobilização permanente do Sindicato e são realizadas todas as sextas-feiras. No dia 3 de fevereiro, o protesto chegou ao Santander e o foco foi a falta de condições de trabalho. Para a mobilização, o Sindicato antecipou o Carnaval e colocou o bloco na rua, denunciando a extrapolação da jornada, o não pagamento das horas extras e as metas abusivas. Apesar da seriedade do tema, o protesto foi bem-humorado e contou com o apoio massivo dos clientes e bancários, com direito a confetes, serpentinas e uma Banda de Frevo. O bloco percorreu as seis principais agências do Santander no centro do Recife. O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, contou que entre as principais queixas dos bancários estão a carência de funcionários e a extrapolação de jornada. “Os bancários fazem hora extra, o banco não paga e obriga o trabalhador a compensar de acordo com sua conveniência. Em geral, o gestor manda o empregado para

Manifestação contra o Banco do Brasil distribuiu suco de laranja, no dia 10 passado

casa no meio do expediente quando o movimento está fraco. Isso é um absurdo, pois o bancário não pode se planejar para tirar a sua folga quando ele quiser. As metas abusivas são outro problema: aumentam cada vez mais o número de bancários doentes e contrastam com o balanço divulgado recentemente pelo banco, que aponta lucro de quase R$ 8 bilhões no ano passado”, afirma Epaminondas. Banco do Brasil

Quem chegou ao CSL (Centro de Suporte Logístico do Banco do Brasil) no dia 10 de fevereiro foi recebido com suco de laranja. Logo no início da manhã, o Sindicato armou uma barraca em frente ao prédio, chamada de Banca do Dida, como é conhecido o presidente do BB, Aldemir Bendine. A distribuição de suco feita pelo Sindicato foi uma forma de chamar a atenção de todos para o fato de o banco ter se tornado uma máquina de moer gente. “A prática do BB tem sido a de espremer os funcionários até o esgotamento e, depois que ele adoece, jogar o bagaço fora”, explica o secretário-geral do Sindicato,

Fabiano Félix. A escolha do CSL para ser palco do protesto tem sua razão de ser. “De uns tempos para cá, a unidade passou a ser um foco de pressão para que os gestores atinjam metas. Somente nos últimos dias, o Sindicato recebeu cinco denúncias de assédio moral”, conta Fabiano. Destas, três casos foram registrados na ouvidoria do banco. O assunto também já foi levado à Gerência de Pessoas do banco, que garantiu que vai dar início, em breve, à investigação do assédio e que o Sindicato poderá acompanhar o

processo. Segundo Fabiano, o objetivo do ato foi chamar a atenção dos trabalhadores para a necessidade de não se calar e denunciar qualquer abuso no ambiente de trabalho. “O silêncio da vítima é o combustível do assediador”, diz.

Epaminondas Neto

Bancos públicos

Seja delegado sindical Continuam abertas as inscrições para a eleição que vai escolher os novos delegados sindicais do Banco do Brasil, Caixa, BNB, BNDES e Banrisul. Os interessados podem se inscrever até o dia 16 de março pelo formulário que será disponibilizado no site (www.bancariospe.org.br). O pleito será realizado entre os dias 20 e 22 de março e a posse dos eleitos ocorre em abril. Nas eleições deste ano, os bancários da Caixa elegem 1 delegado para cada 100 empregados. No BNB, a eleição será de 1 para cada 50 funcionários. Nos dois bancos está garantida a eleição de, no mínimo, um representante por unidade. No BB a proporção é de 1 para 80 e a eleição será por grupo de agências.

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8 Esporte e l azer

Estão abertas as inscrições para os Jogos do Sindicato

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stão abertas as inscrição para os 1º Jogos do Sindicato. O formulário pode ser acessado no site do Sindicato (www.bacariospe.org.br) e as inscrições são individuais, ainda que a modalidade escolhida seja disputada em equipe ou com parceria. As inscrições vão até o dia 29 de fevereiro e a participação é restrita aos associados ao Sindicato. Mas a sindicalização pode ser feita até o último dia de inscrição. A competição acontece nos dias 3 e 4 de março. Inédita na história do Sindicato, será dividida em diversas modalidades. No primeiro dia, um sábado, disputam os inscritos no vôlei de areia, sinuca e dominó. No domingo, é a vez dos nadadores, nas categorias livre, peito, borbole-

ta e costas. E, também, dos inscritos no tênis de mesa e xadrez. Todos os jogos serão realizados no Clube de Campo dos Bancários. Os quartetos de vôlei de areia devem ter, no mínimo, uma mulher. E os inscritos na natação concorrem nas categorias “absoluto” - correspondente aos que nasceram após 31/12/1972 e “master” - para quem nasceu antes desta data. Interdição

O Sindicato informa que nos dias 3 e 4 de março o parque aquático e a quadra de vôlei do Clube de Campo serão ocupadas pelos bancários esportistas que participam dos Jogos do Sindicato. Portanto, quem for passar o final de semana no clube terá restrições ao uso desses espaços.

Carnaval

Aposentados caem na folia em café da manhã

Sindicato faz a festa dos bancários foliões

No clima do reinado de Momo o Sindicato promoveu, no dia 16, o já tradicional Café da Manhã dos Aposentados. Realizado sempre na 3ª sexta-feira de cada mês, excepcionalmente o evento ocorreu numa quinta-feira para não coincidir com a sexta de carnaval. Instituído pela atual diretoria do Sindicato com objetivo de integrar à vida sindical aqueles que já não estão mais na ativa, mas deram sua contribuição à história dos bancários de Pernambuco, o “Café” completa, este mês, seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Secretaria de Aposentados da entidade preparou uma programação especial. Uma bandinha de frevo animou o evento. A decoração também teve motivos carnavalescos. “Ficamos muito felizes com o sucesso que se tornou o café da manhã dos aposentados. O pessoal costumava reclamar muito de que não havia espaço para que eles pudessem se integrar à vida sindical, rever os amigos e colocar a conversa em dia. Com a realização destes encontros mensais essa lacuna foi suprida. A cada mês mais aposentados se integram à atividade”, comenta Freitas.

O Sindicato sorteou entre os bancários sindicalizados cinco convites para o 48º Baile Municipal do Recife e outros cinco para o Baile do “Enquanto isso na Sala da Justiça”. O objetivo do sorteio é incentivar o lazer dos trabalhadores e aproximar, ainda mais, o Sindicato da categoria. “Graças à essa iniciativa, dez sortudos bancários foliões participaram de dois dos mais tradicionais e divertidos eventos que antecedem o Carnaval pernambucano”, comenta Epaminondas Neto, secretário de Administração do Sindicato. Para o Baile Municipal do Recife, os cinco contemplados foram: Aleide Aline Sales (Itaú Olinda), Adriana Teixeira Luz (Itaú Peixinhos), Sílvia Caroline (Itaú Hospital Português), Maria Rita Rodrigues (Bradesco Olinda), e João Gomes Lima (Banco Rural da Agamenon Magalhães). As cinco entradas para o Baile de Carnaval do “Enquanto isso na Sala de Justiça” ficaram com: Gláuber Nascimento (Bradesco), Catarina Pereira Dorta (Bradesco); Alberico Antônio (Itaú), Tercília Cláudia (Itaú), e Rodrigo Gomes César (Caixa Econômica Federal).

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