Jornal dos Bancários - ed. 423

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ANO XX • Nº 423 • 16 A 30 DE ABRIL DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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Não ao

Imposto Sindical Você percebeu que no seu último salário foi descontado um dia de trabalho? É o Imposto Sindical, que é pago anualmente pelos trabalhadores desde 1940. Criado pelo então presidente Getúlio Vargas, o tributo foi uma das formas encontradas pelo político para dominar os sindicatos da época. Hoje, 72 anos depois, o Imposto continua em vigor e os únicos que lutam pelo seu fim são os sindicatos da CUT. No último dia 12, o Sindicato dos Bancários esquentou esta batalha e lançou uma campanha para acabar com o Imposto Sindical. Veja como você pode contribuir na página 3.

LEIA TAMBÉM Bancos prometem mais segurança no Recife Página 4

Pressão do Sindicato arranca adicional de PLR no BNB Página 7

Clube de Campo do Sindicato ganha quatro novos chalés

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Página 7


2 editorial

E a responsabilidade social? Um importante debate tomou conta do país nos úl- contratar mais funcionários para melhorar o atenditimos dias, depois que a presidenta Dilma Rousseff mento e aliviar a sobrecarga de trabalho dos bancádeterminou que o Banco do Brasil e a Caixa Econô- rios, que já é grande. mica Federal baixasse consideravelmente os juros que Além de todo o benefício que a redução dos juros cobram dos clientes. A drástica redução das taxas foi iria gerar, também seria uma grande oportunidade para comemorada por todos os brasileiros. Exceto pelos do- os bancos colocarem em prática a tão falada responsanos dos bancos privados. bilidade social que só existe nas suas caríssimas propaNos dias que se seguiram à redução dos juros nos gandas. Esta atitude é mais que uma obrigação para o bancos públicos, o país assistiu a uma vergonhosa setor que mais lucrou no Brasil nos últimos anos. “choradeira” dos bancos privados, Só em 2011, o lucro dos bancos que chegaram a apresentar vinte somou R$ 49,4 bilhões. A cifra propostas para o governo como Grande parte do representa quase 40% do valor tolucro é garantido contrapartida para reduzir o elevatal acumulado por todas as outras do spread bancário. companhias de capital aberto. pelos bancos As propostas dos banqueiros sugando o Brasil, Grande parte deste lucro é gavão desde a diminuição de im- principalmente com rantido pelos bancos sugando lipostos até a redução do depósito as taxas de juros. vremente a economia brasileira, compulsório (dinheiro que os principalmente ao praticarem taÉ preciso mudar bancos são obrigados a recolher xas de juros até dez vezes maiores esta situação ao Banco Central). Para o Sindique as do mercado internacional. cato, as propostas apresentadas É preciso mudar essa situação, que pelos banqueiros são “indecentes”. contribui para manter o Brasil na vergonhosa posição Em vez de barganhar vantagens, os bancos privados entre as 12 nações mais desiguais do planeta. deviam seguir o caminho aberto pelo BB e pela Caixa Um grande passo para mudar esta situação está na e baixar as taxas de juros. Além de melhorar o crédito proposta da Contraf-CUT para a realização de uma e estimular a produção e o consumo, a queda nas taxas Conferência Nacional do Sistema Financeiro. Queregeraria mais empregos, distribuiria renda e alavancaria mos discutir com a sociedade o papel dos bancos, que o desenvolvimento econômico e social do país. deveriam, por lei, colaborar com o desenvolvimento Por outro lado, o Banco do Brasil e a Caixa devem econômico e social do país.

Humor

LIBÓRIO MELO

Tema livre O

tiro....

Os bancos que atuam no Recife entraram dezessete vezes na Justiça para tentar acabar com a lei municipal de segurança bancária. E perderam todas as ações, inclusive uma delas que chegou até a última instância, o Supremo Tribunal de Justiça.

…saiu

pela culatra

Ao contrário do efeito esperado pelos bancos, as ações serviram para que a Justiça reconhecesse que os municípios têm, sim, poder para legislar sobre a segurança bancária.

Salários

baixos

Uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) definiu que o salário médio mundial é US$ 1.480 (R$ 2,7 mil). Dentro da lista de 72 países, o Brasil encontra-se na 51ª posição, com um salário médio de US$ 778 (R$ 1,4 mil).

Desenvolvimento baixo

A pesquisa revela que a média salarial ainda é muito baixa, e que, portanto, o nível de desenvolvimento econômico mundial ainda é pequeno, apesar da abundância financeira que vemos em alguns lugares.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221.

Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e

Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal

Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi e Libório Melo. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta Jaqueline Mello

Secretário-Geral Fabiano Félix Comunicação Anabele Silva

Saúde do Trabalhador João Rufino

Finanças Suzineide Rodrigues

Secretaria da Mulher Sandra Albuquerque

Administração Epaminondas França

Formação Tereza Souza

Assuntos Jurídicos Alan Patricio Bancos Privados Geraldo Times Bancos Públicos Daniella Almeida

16 a 30 de abril de 2012

Cultura, Esportes e Lazer Adeílton Filho

Ramo Financeiro Elvis Alexandre Intersindical Cleber Rocha Aposentados Luiz Freitas


3 Reforma tributária

Sindicato na luta pelo fim do Imposto Sindical

Campanha visa acabar com este tributo injusto e ultrapassado. A CUT é a única central sindical do Brasil que quer o fim da cobrança

Apoio

Durante o lançamento da campa-

Vote contra o imposto na sede do Sindicato até o final do mês

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O

Sindicato lançou no último dia 12 uma campanha para acabar com o Imposto Sindical. Criado em 1940 pelo presidente Getúlio Vargas, este tributo injusto e ultrapassado continua em vigor até hoje, 72 anos depois. “A CUT sempre foi contra o Imposto Sindical e há anos tem lutado pelo seu fim. Agora, estamos esquentando esta batalha com o lançamento de uma campanha que visa envolver todos os trabalhadores”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. A CUT, aliás, é a única central sindical do Brasil que é contra o Imposto e luta pelo seu fim. “Todas as demais centrais e sindicatos que não estão ligados à CUT são a favor do Imposto. Temos enfrentado a resistência e oposição de muitos sindicatos por causa desta luta, mas vamos até o fim porque consideramos o Imposto Sindical injusto e que só serve para manter entidades de fachada que não têm qualquer compromisso com os trabalhadores”, explica Jaqueline. Dentro da campanha, o Sindicato está realizando um plebiscito, organizado nacionalmente pela CUT, para ouvir o que os trabalhadores pensam sobre o Imposto Sindical. O objetivo da consulta é ampliar o debate e obter mais apoio à luta solitária da CUT pelo fim deste tributo. “O Sindicato já circulou pelas agências do Recife coletando os votos dos bancários. Mas os trabalhadores podem votar até final deste mês nas urnas que estão instaladas na sede do Sindicato”, explica Jaqueline.

O Sindicato armou uma tenda no centro do Recife para coletar o voto da população e tem percorrido as agências para envolver os bancários na luta

nha, o Sindicato recebeu o apoio de bancários e clientes. A servidora pública Maria Cristina votou no plebiscito e externou sua indignação com a cobrança do imposto obrigatório. “A gente já paga imposto demais no Brasil. Eu sou sindicalizada e mensalmente contribuo para o meu sindicato. Acho que essa é a forma correta de o trabalhador colaborar

com a organização de sua categoria. Agora esse imposto sindical é um absurdo. Tomara que essa vergonha acabe mesmo”, disse a servidora. O funcionário do BB, Gustavo Rafael, destacou a importância da campanha realizada pelo Sindicato. “É importante não só para a classe dos bancários mas para todos os trabalhadores brasileiros que pa-

gam um imposto da era de Getúlio Vargas. O trabalhador, que já é economicamente prejudicado nos seus salários e nos seus rendimentos, não deve arcar com mais esse custo”, comentou o bancário. Além das urnas instaladas no Sindicato, você também pode votar contra o Imposto Sindical pelo site da CUT Pernambuco: www.cutpe.com.br. 16 a 30 de abril de 2012


4 Segurança bancária

FINALMENTE

Bancos se comprometem a cumprir lei de segurança bancária do Recife e vão assinar acordo com o Ministério Público até o dia 20 de abril. Se o compromisso não for cumprido, as agências inseguras serão interditadas

Jaqueline Mello: pressão continua

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epois de muita pressão, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) garantiu: vai assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público para cumprir a lei de segurança bancária do Recife. O compromisso foi assumido no último dia 11, quando venceu o prazo dado pelo Ministério Público para que os bancos se pronunciassem sobre o assunto. No dia 12, foi a vez de reunirem-se com o MP as entidades que vem se articulando desde o ano passado para garantir o cumprimento da lei municipal, entre elas o Sindicato. E decidiram: as ações de fiscalização, autuação e multa vão continuar. E, caso o TAC não seja assinado até o dia 20 de abril, os

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órgãos fiscalizadores começam a interditar agências. O Termo de Ajuste de Conduta será elaborado pelo Ministério Público, em conjunto com a Febraban. Mas levará em conta as contribuições do Sindicato e das demais entidades que compõem este fórum. Além do Sindicato dos Bancários, representado pela presidenta Jaqueline Mello, estavam presentes mais de dez entidades, a exemplo do Procon estadual e municipal, Dircon (Diretoria de Controle Urbano do Recife), Secretaria de Defesa Social, Polícia Federal, Polícia Militar, vereadores, Sindicato dos Vigilantes, ABIN (Agência Brasileira de Investigação), Ministério Público do Trabalho. Para Jaqueline, existem três

grandes preocupações: a primeira é com a elaboração e os termos do TAC, inclusive no que se refere a prazos de implementação. A segunda é com relação à fiscalização e a terceira, às punições. “A gente sabe como os bancos se comportam em negociações. Eles costumam protelar decisões e sugerir medidas paliativas para fugirem das responsabilidades. Por isso é muito importante continuar pressionando”, diz. As informações dos órgãos fiscalizadores mostram que só as multas já não bastam. “São inúmeros os processos administrativos que se acumulam contra os bancos e eles não pagam as multas”, afirma Cleide Torres, do Procon Recife. No Procon estadual, são R$ 11 milhões

em multas não pagas. “Eles entram com uma liminar de suspensão, que acaba sendo concedida sem que eles paguem sequer uma caução”, explica o coordenador do órgão, José Cavalcanti de Rangel. Apesar disso, o trabalho de fiscalização tem surtido efeito. A proposta do TAC, por exemplo, só foi cogitada pelos banqueiros depois que a Dircon e Procon ameaçaram interditar agências. “A gente tem pulverizado a fiscalização nas várias regionais. E eu percebo que, depois que intensificamos, de forma conjunta, este trabalho de fiscalização, o número de agências que nos procuram para regularizar sua situação aumentou muito”, diz a diretora em exercício da Dircon, Cândida Bonfim.


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Região Metropolitana do Recife pode ter leis mais rígidas

Jaqueline convoca os vereadores para a luta contra insegurança nos bancos. No destaque, o bancário João Marcelo com a montanha de remédios que toma diariamente

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lei de segurança bancária do Recife pode ser estendida para as cidades da região metropolitana da capital. A proposta será defendida por vereadores de 14 municípios que demonstraram interesse na legislação, durante audiência pública realizada no dia 11 passado, pela Câmara de Olinda. O Sindicato, que ajudou a construir a lei de segurança bancária da capital, participou da audiência e contribuiu com os debates, solicitados pelo vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz (PT), e que

envolveu o Parlamento Metropolitano do Recife. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que compôs a mesa da audiência pública, o objetivo é evitar que os bandidos migrem para as cidades da região diante das dificuldades impostas pela legislação do Recife. “Não queremos que a capital seja uma ilha de segurança, enquanto as cidades do entorno sofrem com os assaltos a bancos. O Sindicato têm lutado há anos para garantir mais segurança nas agências bancárias e estas leis municipais são impor-

tantes para combater os crimes e a falta de investimento das instituições financeiras. Mas, para isso, os bancos precisam ser fiscalizados e enquadrados para respeitarem a legislação”, disse Jaqueline. Saúde do bancário

Durante a audiência, o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, falou sobre os impactos da insegurança na saúde dos bancários. Ele explicou aos parlamentares que os funcionários dos bancos convivem diariamente com o medo e desenvolvem problemas físicos e

mentais por conta do estresse. Um dos momentos mais emocionantes da audiência foi o depoimento do bancário João Marcelo Torres Lopes, que já viveu o drama de um assalto no posto de atendimento do Itaú em que trabalhava. Depois do trauma, Marcelo teve problemas físicos e psicológicos e ainda foi dispensado pelo Itaú. “Entrei no banco com dezessete anos. Dediquei minha vida à empresa e hoje vivo a base de remédios”, contou enquanto colocava na tribuna inúmeras caixas dos medicamentos que toma diariamente.

O Sindicato realiza no próximo dia 19, quinta-feira, o 2º Fórum Pernambucano sobre Segurança Bancária. O objetivo é discutir o problema e propor soluções para resolver a questão da insegurança nos bancos. O evento contará com a participação do Ministério Público, Câmara de Vereadores e Prefeitura do Recife, Polícia e Procon, além das Confederações Nacionais dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e dos Vigilantes (CNTV). De acordo com o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, o Fórum também vai dis-

cutir a importância da lei municipal de segurança bancária do Recife e o envolvimento de diversos órgãos na luta para que as instituições financeiras cumpram a legislação. “Vamos debater a segurança em diversos aspectos, desde a ótica da Secretaria de Segurança e da Polícia até a visão do Procon. Ou seja, vamos discutir da repressão à prevenção”, comenta Rufino. O Fórum é aberto a todos os interessados e será realizado na sede do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife). Confira a programação em www.bancariospe.org.br.

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Sindicato promove 2º Fórum Pernambucano sobre Segurança Bancária no dia 19 de abril

João Rufino

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Bancários exigem o fim imediato das demissões lhares de demissões que acabaram fechando 4.058 postos de trabalho. Só em Pernambuco, o Itaú dispensou 92 bancários em 2011, mais que qualquer outro banco. “As demissões, além de piorar o atendimento ao cliente, tem sobrecarregado o bancário. O excesso de trabalho, aliado à pressão pelo cumprimento de metas abusivas, tem gerado sérios problemas de saúde nos funcionários”, afirma Fábio. Só nos primeiros três meses deste ano, o Sindicato já atendeu 42 bancários do Itaú com doenças causadas pelo banco. O número é quase a metade de todos os casos registrados no ano passado: 94.

Fábio Sales

Bradesco

BANCO DO BRASIL

Sindicato garante mais uma reintegração de bancário demitido ilegalmente

Previ fecha 2011 com R$ 155 bi em ativos

Assinatura da reintegração colocou fim a um sofrimento

Luiz Kleber, funcionário do Bradesco, teve sua reintegração formalizada no último dia 9 de abril. No entanto, desde o dia 14 de fevereiro, ele já está de volta aos quadros do Bradesco, na agência de Afogados da Ingazeira. Demitido em agosto do ano passado, ele constatou que era portador de doença ocupacional. Avisado do fato, o Bradesco insistiu na demissão ilegal. O bancário entrou com ação judicial através da advogada Márcia Santos, que presta serviço ao Sindicato. A decisão judicial saiu no dia 26 de janeiro mas, somente 16 a 30 de abril de 2012

agora, seu retorno foi formalizado. Luiz Kleber era gerente de Postos de Atendimento Avançado desde 2008. Já passara pelo posto de Solidão e, no ano passado, dava conta, sozinho, do posto em Tabira. “A demanda era muito grande. Eu chegava às 7 horas no posto e, desde cedo, já tinha gente querendo ser atendida. Várias vezes eu solicitei que enviassem outro funcionário para o local”, conta o bancário. Ao invés disso, o trabalhador foi presenteado com a demissão. Ele indagou o motivo da dispensa. Recebeu a resposta de que não havia justificativa e recusou-se a assinar a carta de demissão. Luiz procurou o Sindicato e um médico. Mesmo de posse dos exames e informações, o banco insistiu na demissão. Luiz Kleber apelou para o Sindicato e a Justiça. A antecipação de tutela saiu no dia 26 de janeiro. Foi o tempo de concluir o prazo de licença médica e retornar ao trabalho. No dia 14, o funcionário foi incorporado à agência de Afogados da Ingazeira. “Fui muito bem recebido pelos colegas”, diz.

A Previ apresentou no início do mês os resultados consolidados do fundo de pensão em 2011. Apesar de sofrer impactos da crise econômica internacional, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil teve um resultado positivo, fechando o ano com ativos no valor de R$ 155,6 bilhões, aumento de R$ 2,8 bilhões em relação a 2010. A Contraf-CUT acompanhou a exibição dos dados e foi representada por seu secretário de Formação, William Mendes, funcionário do BB. Em sua manifestação durante o evento, William Mendes lembrou que a Previ e demais entidades do funcionalismo são frutos da luta da categoria bancária. “A ampla maioria dos direitos novos dos funcionários do BB na Previ é fruto da luta organizada através dos sindicatos de bancários da CUT”, afirmou. RAWKU5 / SXC.hu

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Sindicato realizou mais um protesto contra as demissões e a falta de condições de trabalho no Itaú, no último dia 13. O ato foi o segundo nos últimos meses. “O Itaú registrou no ano passado o maior lucro da história dos bancos no Brasil. A empresa fechou 2011 com ganhos de R$ 14,62 bilhões. Uma fortuna que é três vezes e meia maior que todo o dinheiro que a Prefeitura do Recife vai gastar este ano para investir, entre outras coisas, em saúde, educação, obras, cultura”, explica o diretor do Sindicato, Fábio Sales. Mas mesmo ganhando tanto dinheiro assim, o Itaú não para de demitir. No ano passado, foram mi-

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Itaú


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Sindicato conquista adicional da Participação nos Lucros

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epois de muita pressão do Sindicato, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) recuou e vai pagar a parcela adicional da PLR, no valor de 2% do lucro líquido, conforme prevê a Convenção Coletiva. O montante será dividido igualmente entre todos os funcionários do banco e será pago no dia 23 de abril. Com isso, cada bancário deve receber aproximadamente R$ 1 mil. Por causa do provisionamento feito no balanço, a PLR dos bancários do BNB poderia ter uma redução de 16,2%, segundo levantamento do Dieese. Para o diretor do Sindicato, Alan Patrício, a PLR adicional é uma grande

Sindicato chegou a paralisar o banco no último dia 28

conquista, que só foi garantida graças à mobilização e pressão dos bancários. “Não foi fácil. O BNB queria reduzir a PLR dos bancários por conta da alta provisão que o banco fez para créditos de liquidação duvidosa. Nos últimos meses, tivemos duras negociações com o BNB e preparamos os bancários para a luta. Só aqui em Pernambuco, realizamos dois protestos contra a empresa nos últimos dias e chegamos até mesmo a paralisar as atividades na agência e nos departamentos do centro administrativo do BNB no dia 28 passado”, conta Alan, que representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários.

Caixa

O Sindicato realizou no último dia 4 uma manifestação de protesto na agência Teatro Marrocos da Caixa Econômica Federal, localizada no centro do Recife. A atividade marcou o dia nacional de luta pelo registro correto da jornada de trabalho e por mais contratações e também integrou as atividades de “Mobilização Permanente” do Sindicato. Pouco antes do horário de abertura da agência os diretores da entidade já estavam no local para realizar a atividade. Mais uma vez o bom humor e

a criatividade colaboraram para o sucesso do ato. Um casal de atores representavam um bancário e sua chefe, que obrigava o trabalhador a extrapolar a jornada sem que a hora excedente fosse computada oficialmente. Um dos problemas mais comuns nas unidades da empresa. “Além de protestar e pressionar a Caixa, também estamos realizando este ato para alertar aos funcionários para que registrem toda hora trabalhada”, ressaltou a presidenta do Sindicato e empregada da Caixa, Jaqueline Mello.

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Protesto cobra respeito à jornada e contratações

Ato contou com o apoio de clientes e funcionários

Santander

Funcionários querem fim das metas abusivas O Sindicato e a Contraf-CUT cobraram no dia 10 o fim das metas abusivas do Santander, como forma de combater o assédio moral, prevenir doenças mentais e reduzir o número de afastamentos. A reunião com o banco marcou a retomada do Fórum de Saúde e Condições de

Trabalho que o Sindicato mantém com o banco. “As metas são abusivas, quase que inatingíveis. E a pressão pelo seu cumprimento está adoecendo os bancários”, comenta a diretora do Sindicato, Tereza Souza, que é funcionária do Santander.

Os sindicatos defenderam o fim das metas individuais, de modo que fique vedado qualquer tipo de comparação entre os resultados obtidos, seja por agência, região ou ranking, como aliás já determina a cláusula 35ª da convenção coletiva, mas que tem sido descumprida pelo banco.

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BNB

Tereza Souza

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Sindicato inaugura mais 4 chalés no Clube de Campo

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Clube de Campo dos Bancários ganhará quatro novos chalés no próximo dia 21. Com a inauguração das novas unidades, os bancários sindicalizados passam a dispor de dez chalés para curtirem o final de semana e as datas comemorativas com sua família e amigos. Segundo o secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, os novos chalés já estão sendo equipados com móveis e utensílios domésticos para deixá-los em condições para receber os associados e seus familiares. “Terminamos a fase de cotação de preço dos equipamentos e já estamos efetuado as compras. Até o dia 21 vamos estar com tudo pronto para a inauguração”, comenta o dirigente. Em 2010, o Sindicato inaugurou outros quatro chalés. A inauguração

O Sindicato convida os bancários a participar da inauguração dos chalés no próximo dia 21. Além de desfrutar de todos os atrativos que o Clube oferece, os associados ainda vão poder sabo-

rear uma deliciosa feijoada que será servida no evento. Assim como ocorreu com os outros seis chalés, os primeiros ocupantes das novas unidades serão definidos por sorteio. As inscrições poderão ser feitas de 23 a 27 de abril na Secretaria de Administração do Sindicato ou pelo telefone 3316-4226. Todos os chalés têm dois quartos, sala, cozinha e banheiro, além de área externa com churrasqueira, banheiros e chuveiros. As unidades são todas mobiliadas e por um preço bem acessível: R$ 65 pelo fim de semana, com pagamento no ato da reserva. Localizado no quilômetro 14,5 da Estrada de Aldeia, o Clube de Campo dos Bancários é uma excelente opção de lazer. Tem parque aquático, bicas, campos de futebol e vôlei, bar e restaurante e parque infantil. Tudo isso, em meio a uma imensa área verde.

Clube de Campo é uma ótima opção de lazer para toda a família e agora tem 10 chalés

Organização

Posse dos novos delegados sindicais é no dia 20 Os novos delegados sindicais dos bancos públicos, eleitos no final de março, tomam posse no próximo dia 20 de abril, em solenidade marcada na sede do Sindicato. Durante o evento, a entidade vai promover um seminário de formação, que contará com a participação de Miguel Pereira, diretor da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). No dia seguinte, 21 de abril, o 16 a 30 de abril de 2012

Sindicato promove uma confraternização com os novos delegados no Clube de Campo dos Bancários. O objetivo é fazer uma integração entre as pessoas que serão o principal elo de ligação entre os funcionários dos bancos públicos e o Sindicato. As eleições para os novos delegados sindicais do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, Banrisul e BNDES terminaram no dia 23 de março. O mandato dos novos dele-

gados vai até 31 de março do ano que vem. Uma das principais funções do representante sindical de base é manter os colegas de trabalho informados sobre todas as ações do Sindicato. Ele também é responsável por trazer as reclamações e problemas dos bancários para que a entidade possa lutar para resolver as demandas. Conheça os novos delegados sindicais em www.bancariospe.org.br

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LAZER


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