Jornal dos Bancários - ed. 436

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IRO! CHEGA DE TRUQUES, BANQUE

É GREVE! A

ANO XX • Nº 436 • 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

partir desta terça-feira, dia 18, os bancários do Brasil inteiro estarão de braços cruzados numa greve por tempo indeterminado. O objetivo é construir uma grande paralisação nacional para pressionar os bancos e arrancar uma nova proposta de acordo que atenda as reivindicações dos trabalhadores para a Campanha 2012. Em Pernambuco, os bancários já estão prontos para a greve. “A mobilização está muito forte e a greve deve ser uma das maiores dos últimos anos”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Para ela, a greve que será encampada pelos bancários é de inteira responsabilidade dos bancos. “Passamos mais de um mês negociando as nossas reivindicações e infelizmente não conseguimos construir uma proposta de acordo através do diálogo. O Comando Nacional dos Bancários, como sempre, apostou nas negociações, mas os bancos preferiram empurrar seus funcionários para a greve, mostrando toda a sua irresponsabilidade com bancários e clientes”, afirma. Importância da mobilização

Nos últimos oito anos, os bancários tiveram de encarar greves em todas as campanhas para ter suas reivindicações atendidas. Graças à mobilização, a categoria conquistou 13,9% de aumento real nos salários e 31,7% no piso neste período. “Os resultados das últimas campanhas mostram que vale a pena lutar. É por isso que convocamos todos os bancários para engrossar a greve e fortalecer a nossa luta. Os bancários formam uma das categorias que mais têm direitos no Brasil, mas nada veio de graça. Todas as nossas conquistas são resultados da luta e este ano não será diferente. Vamos mostrar aos bancos a nossa força e garantir, assim, mais uma campanha vitoriosa”, finaliza Jaqueline. Principais reivindicações Reajuste salarial 10,25% (5% de aumento real mais inflação projetada) Participação nos Lucros e Resultados (PLR) Três salários mais R$ 4.961,25 fixos Piso da categoria Equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38) Condições de trabalho Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários Auxílio-refeição e vale-alimentação Cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00) Emprego Aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária Segurança Cumprimento de uma série de itens para dar mais segurança nas agências e postos bancários

Por que os bancos podem atender as reivindicações Recordes de lucratividade Os bancos continuam lucrando cada vez mais e são, de longe, o setor mais rico da economia brasileira. Só as cinco maiores instituições financeiras do Brasil garantiram R$ 25,2 bilhões de lucro no primeiro semestre deste ano. Valorização dos bancários Segundo pesquisa realizada pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), o piso salarial dos bancários brasileiros é um dos mais baixos no continente. Enquanto os bancos pagam piso de 1.090 dólares no Uruguai e de 1.200 dólares na Argentina, aqui no Brasil é de apenas 681 dólares (ou seja, R$ 1.400). Comparação com outros setores Praticamente todas as categorias que já encerraram sua campanha salarial este ano conseguiram reajustes acima da inflação. Segundo o Dieese, 97% dos 370 reajustes dos primeiros seis meses do ano tiveram aumento real.

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