Jornal dos Bancários - ed. 445

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ANO XXI • Nº 445 • 01 A 15 DE FEVEREIRO DE 2013 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Luta do Sindicato reintegra 26 dos 54 demitidos em dezembro Depois de dois meses de luta, o Sindicato conseguiu reintegrar quase a metade dos bancários demitidos no início de dezembro pelo Santander. Vinte quatro funcionários já voltaram ao trabalho e dois aguardam os trâmites burocráticos. Os outros 28 dispensados, cuja homologação o Sindicato também se recusou a fazer, podem ser beneficiados pelo acordo assinado pela entidade, no dia 25 de janeiro, e que já está nas mãos do banco. O acordo garante um salário nominal, com teto em R$ 5 mil, para os que contavam menos de 10 anos de trabalho à época do desligamento. Oferece a opção de reintegração ou indenização àqueles que estavam a seis meses da estabilidade pré-aposentadoria, com pagamento integral do período de estabilidade a que fariam jus, mais os meses que antecedem a aquisição do direito, limitado a seis meses. Assegura, ainda, a reintegração dos demitidos que comprovarem diagnóstico positivo de câncer, HIV e Lúpus, com estabilidade até a alta médica, dentre outros pontos. Página 5

Banco do Brasil

Plano de funções comissionadas prejudica os funcionários O Banco do Brasil implantou de forma unilateral, no último dia 28, o novo plano de funções comissionadas. Sem qualquer diálogo com os representantes dos bancários, o plano do BB não atende, minimamente, as expectativas dos bancários, que há anos lutam para resolver o problema da jornada de 8 horas. Entre os problemas está a exclusão de várias comissões que, no entender do Sindicato, não são de confiança, além da redução dos salários dos funcionários que serão enquadrados na jornada de seis horas. O Sindicato está lutando, politica e juridicamente, para reverter a imposição do BB. Página 7

Protestos e muita pressão do Sindicato pararam as demissões em massa

LEIA TAMBÉM Sindicato abre as inscrições para candidatos a delegados sindicais Página 3

HSBC faz mudanças no plano de saúde que oneram bancários e retiram direitos Página 6

Ampliação da isenção do IR na PLR pode injetar R$ 1 bilhão na economia Página 4

@bancariospe Bancários do BB lotaram o auditório do Sindicato no dia 29 passado para discutir a reação ao novo plano

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2 editorial

Tema livre

Sete anos de história A Confederação Nacional dos Trabalhadores do ção, os bancários concretizaram sonhos e ampliaRamo Financeiro (Contraf-CUT) completou sete ram conquistas. Em 2012, os trabalhadores arrananos de lutas e conquistas no dia caram aumento real pelo nono 26 de janeiro. A entidade foi funano consecutivo, elevação dos dada em 2006, durante uma aspisos e melhoria na participação Fundada sembleia histórica em Curitiba, dos lucros, além de importantes em 2006, a ampliando o espaço de atuação avanços sociais. Contraf-CUT da extinta Confederação NacioMas, apesar de todas as vinal dos Bancários (CNB-CUT), tórias, os desafios ainda são representa construída em 1992, e assumindo imensos: emprego decente, conhoje mais de a representação dos trabalhadodições dignas de saúde, segu90% dos os res do ramo financeiro. rança e trabalho, igualdade de bancários A Contraf-CUT, que coordena oportunidades, regulamentação do Brasil, o Comando Nacional dos Bancádo sistema financeiro e inclusão inclusive os de rios, representa mais de 90% de bancária, sem precarização e Pernambuco todos os bancários do Brasil, insem discriminação. clusive os trabalhadores de PerO desafio do movimento sindinambuco. cal, agora, é sair do corporativisA entidade é também referência internacional mo e fazer o enfrentamento com os neoliberais e para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à com os conservadores, que têm hoje a hegemonia UNI Global Union, o sindicato mundial que re- nos grandes veículos de comunicação. É imporpresenta cerca de dois milhões de trabalhadores tante também pautar a discussão dos temas que da área de serviços. interessam aos trabalhadores e à sociedade. A reAo longo desses sete anos, a Contraf-CUT for- forma tributária é um deles. Que reforma tributátaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve ria os trabalhadores querem? E dentro dela qual o à frente de todas as campanhas salariais. Consoli- papel do Estado, quem vai financiá-lo? Quais as dou a convenção coletiva nacional de trabalho, que políticas públicas, as políticas sociais? completou 20 anos em 2012, válida para funcioNós, do movimento sindical, junto com os tranários de bancos públicos e privados de todo país. balhadores, precisamos entrar nesta disputa mais Com a força da unidade nacional e da mobiliza- fortalecidos ainda, organizados e articulados.

Humor Enquanto isso, no Banco do Brasil...

LIBÓRIO MELO Alguma ideia para a nossa próxima maldade?

Fim da pobreza

A renda líquida obtida em 2012 pelas 100 pessoas mais ricas do mundo, 240 bilhões de dólares, poderia acabar quatro vezes com a extrema pobreza no planeta. A conclusão está num relatório publicado pela ONG britânica Oxfam. Os números servem como alerta para a intensa e crescente desigualdade social no mundo.

Líder em reclamações

Praticamente uma em cada quatro queixas registradas no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), em 2012, envolveu segmentos do setor financeiro. O levantamento aponta que a soma de reclamações contra bancos comerciais, financeiras e operadoras de cartões de crédito e de loja representam 23,85% do total registrado, índice que garantiu o primeiro lugar entre todos os setores. No total, foram 446.486 reclamações contra o setor.

Seguro-desemprego

O reajuste do seguro-desemprego em 2013 será menor do que o do ano passado. A correção do benefício seguirá o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que fechou 2012 em 6,2%. O cálculo do benefício em 2013 ainda levará em consideração o valor do mínimo. No ano passado, o índice de correção foi cerca de 14,1%, atrelado ao reajuste do salário mínimo.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul, Sulamita Esteliam e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta Jaqueline Mello

Secretário-Geral Fabiano Félix Comunicação Anabele Silva

Saúde do Trabalhador Wellington Trindade

Finanças Suzineide Rodrigues

Secretaria da Mulher Sandra Trajano

Administração Epaminondas França

Formação João Rufino

Assuntos Jurídicos Justiniano Junior

Ramo Financeiro Flávio Coelho

Bancos Privados Geraldo Times

Intersindical Renato Tenório

Bancos Públicos Daniella Almeida

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Cultura, Esportes e Lazer Adeílton Filho

Aposentados Luiz Freitas


3 Bancos públicos

Abertas as inscrições para candidatos a delegado sindical

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stão abertas as inscrições para candidatos a delegados sindicais 2013 da Caixa, do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, BNDES e Banrisul. Os formulários de inscrição estão sendo encaminhados para todas as agências e os interessados também podem preencher a ficha pelo site do Sindicato. As eleições serão nos dias 21, 22 e 23 de março. Os empregados da Caixa elegem um delegado para cada 100 empregados. No BNB, a eleição é de um bancário para cada 50 funcionários. No BB, a proporção é de um para 80 e a eleição se dá por grupo de agências. O BNDES e o Banrisul, que só dispõem de uma unidade no estado,

localizadas na capital, elegem um delegado cada. Delegado Sindical, lembra a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Daniella Almeida, que é empregada da Caixa, é o elo entre o Sindicato e os funcionários da agência, unidade ou departamento do banco. “É assim em todos os bancos, exceto no Banco do Brasil, que criou nova forma, que leva a um delegado representar mais de uma unidade, o que certamente dificulta a representação”, observa. A responsabilidade do delegado sindical é manter os colegas de trabalho informados sobre todas

as ações do Sindicato. Cabe a ele, também, trazer as reclamações e problemas dos bancários para que entidade possa buscar a solução para as demandas. “A eleição de dele-

gados sindicais nos bancos públicos foi uma importante conquista dos bancários, após muita luta e pressão. Já há alguns anos a luta é para estender a conquista aos bancos privados”, diz a diretora do Sindicato, Azenate Albuquerque, funcionária do BB.

Caravanas

Sindicato prossegue com as visitas aos bancários do interior de Pernambuco O calendário de visitas aos bancários do interior do estado e das áreas estendidas da Região Metropolitana, iniciado em 7 de janeiro, prosseguiu ao longo do mês. Os diretores do Sindicato, Fernando Batata e Marcílio França, estiveram no Agreste pernambucano. Do dia 22 a 24 percorreram as cidades de Agrestina, Altinho, Gameleira, Palmares, Água Preta, Catende, Belém de Maria, Maraial, Lagoa dos Gatos, Cupira, Panelas e Jurema. Na semana anterior, a dupla formada pelos diretores Adeílton Filho e Eleonora Costa percorreu os municípios sertanejos de Ibimirim, Inajá, Tacaratu, Jatobá, Petrolândia, Floresta, Itacuruba, Belém do São Francisco, Cabrobó, Orocó, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Dormentes e Afrânio. Segundo Adeílton Filho, a falta

nha de alarme nem câmeras e só contava com um vigilante. É a mesma situação que o Sindicato encontrou na agência João Alfredo”, denuncia Adeílton. Mais problemas

de estrutura, a demanda excessiva de trabalho e o pequeno número de funcionários estão entre as maiores queixas dos bancários da região. Em Floresta e Petrolândia, o mau funcionamento dos ar-condicionados das agências soma-se à lista de reclamações dos trabalhadores. Isso sem falar na apreensão causada pela falta de

equipamentos de segurança, artigo raro em várias unidade do interior. “Nos bancos públicos, até que o problema é menos grave. Mas no Bradesco, em nenhuma agência visitada havia porta giratória com detector de metais. Em Santa Maria da Boa Vista, além da falta da porta giratória a agência também não dispu-

Também na semana do dia 14, uma segunda dupla de sindicalistas, formada por Fábio Sales e Sandra Trajano, foi a outra região sertaneja e vistou as cidades de Araripina, Bodocó, Cedro, Exú, Ipubi, Mirandiba, Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Trindade e Verdejante. “Encontramos um problema comum às outras localidades: faltam funcionários para atender a demanda. Em algumas cidades, porém, o problema é ainda maior, sobretudo no Itaú e nos bancos públicos”, explica Fábio.

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4 Participação nos Lucros e Resultados

Ampliação da isenção de IR injeta R$ 1 bi na economia

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os próximos dias, os bancários começam a receber a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), conquistada na Campanha Nacional do ano passado após nove dias de greve. Pelo acordo, os bancos têm até o dia 1º de março para efetuar o pagamento, mas o Sindicato está cobrando a antecipação. A segunda parcela da PLR vem com uma dupla conquista. Além da valorização garantida nas negociações da Campanha Nacional, a PLR será isenta de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até 6 mil reais e, acima disso, uma nova escala de alíquotas vai reduzir, sensivelmente, o valor do tributo. “Esta foi uma grande conquista dos trabalhadores no final do ano passado. Após 12 meses de muita luta e pressão, os sindicatos conse-

guiram grandes avanços na isenção do IR sobre a PLR”, diz a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Além da isenção para quem ganha até 6 mil, a nova regra traz uma escala de incidência do IR para valores superiores: de R$ 6.000,01 a R$ 9 mil, o desconto é de 7,5%; de R$ 9.000,01 a R$ 12

mil, é de 15%, e de R$ 12.000,01 a R$ 15 mil, 22,5%. Para valores acima de R$ 15 mil, a incidência passa a 27,5%. Impactos na economia

Conforme projeções do Dieese, com a medida de desoneração aprovada pelo governo, mais de

1,3 bilhão poderá ser injetado no país. A isenção da incidência de Imposto de Renda sobre a PLR dos trabalhadores e trabalhadoras é uma reivindicação antiga da CUT e de suas entidades filiadas. “Trata-se de uma pauta que cobra justiça tributária, já que a parcela do lucro líquido distribuída aos acionistas das empresas é isenta do imposto desde 1996. Criar um mercado consumidor capaz de não ficar pendurado ao sabor das crises internacionais significa valorizar a renda e o trabalho e não apenas oferecer isenção de impostos. Isentar o IR na PLR significa dar condições ao trabalhador para investir no consumo, fazendo com que o Brasil tenha as transformações que precisa fazer”, analisa o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Itaú e Santander

Bancos se negam no MTE a negociar emprego e rotatividade com o Sindicato Terminou frustrada a audiência de mediação ocorrida no dia 16 de janeiro, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú e o Santander. Os dois bancos privados se negaram a negociar emprego, apesar de milhares de demissões imotivadas e da prática de rotatividade nos últimos anos. O secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias, frisou a preocupação do ministro com o mercado de trabalho, destacando que o país atravessa um longo ciclo de crescimento com geração de

empregos. Ele propôs a formação de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia, mas os bancos não aceitaram. Eles também se recusaram a garantir acesso das informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) aos bancários. “Mais uma vez, o Itaú e o Santander se negaram a negociar emprego, o que mostra que pretendem continuar dispensando funcionários em 2013, como admitiu um dos diretores do Itaú em declarações à imprensa. Essas demissões são injustificadas”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da

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Contraf-CUT. Conforme dados dos balanços, o Itaú cortou 7.831 empregos de janeiro a setembro do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2012, o banco reduziu 2.090 postos de trabalho. Desde abril de 2011,

houve o fechamento de 13.595 vagas, segundo análise do Dieese. Já o Santander cortou 955 empregos só em dezembro, conforme dados fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT, após determinação do Ministério Público do Trabalho.


5 Santander

Sindicato garante reintegração de 26 bancários demitidos

O

Sindicato garantiu a reintegração de 26 demitidos sem justa causa pelo Santander em dezembro de 2012. Vinte e quatro já voltaram ao trabalho e dois ainda aguardam os procedimentos burocráticos do banco para a reintegração devida. Os trabalhadores, orientados pelo Sindicato, tiveram a dispensa cancelada por serem portadores de doença ocupacional (LER/Dort) e, portanto, foram considerados inaptos pela perícia médica. Representam, praticamente, metade das 54 dispensas que passaram pelo Departamento Jurídico na ocasião. Outros 28 dispensados, cuja homologação o Sindicato também se recusou a fazer, podem ser beneficiados pelo acordo assinado pela entidade, no dia 25 de janeiro, e que já está nas mãos do banco. “Desde o início das demissões em massa, em dezembro, o Sindicato está lutando em várias frentes para barrar as dispensas. Depois de muita pressão, conseguimos fechar um acordo com o Santander que reintegrou metade dos demitidos e garantiu indenizações para os dispensados, entre outros pontos”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. O acordo garante um salário nominal, com teto em R$ 5 mil, para os que contavam menos de 10 anos de trabalho à época do desligamento. Oferece a opção de reintegração ou indenização àqueles que estavam a seis meses da estabilidade pré-aposentadoria, com pagamento integral do período de estabilidade a que fariam jus, mais os meses que antecedem a aquisição do direito, limitado a seis meses. Assegura, também, a reintegração dos demitidos que comprovarem diagnóstico positivo de câncer, HIV e Lúpus,com estabilidade até a alta médica, dentre outros pontos. Os benefícios de quem optar

O Sindicato realizou protestos e paralisações para pressionar o banco

pelo desligamento, serão creditados em conta 10 dias após a assinatura do acordo pelo banco. O enquadramento das diferentes situações será examinado caso a caso pelo banco, com acompanhamento do Sindicato. As dúvidas podem ser esclarecidas com o Jurídico da entidade, pelo telefone 3316-4220. Ao todo, o Santander demitiu 1.280 empregados em todo o país, em dezembro, cerca de 60 em Pernambuco. A dispensa imotivada, em tal volume e às vésperas do Natal, mobilizou os trabalhadores, os sindicatos e a Contraf-CUT. Além de protestos e manifestações, buscou-se a mediação do Ministério Público do Trabalho, no plano regional e em quatro reuniões sucessivas, em Brasília. O MPT reconheceu a caracterização de demissão em massa, a partir de estudo do Dieese apresentado pela Contraf, federações e sindicatos. Para Jaqueline, o acordo “ainda que não seja o melhor, é fruto da mobilização dos trabalhadores, dos sindicatos de bancários e da Contraf-CUT, e isso

deve ser ressaltado”. Além do que, lembra, beneficia aqueles empregados que não se encaixam na obrigatoriedade legal de reintegração.

Jaqueline Mello

Convenção 158

Teresa Souza, representante do Nordeste na Comissão de Funcionários do Santander e diretora da Fetrafi/NE, ressalta que foi a reação dos trabalhadores que conseguiu brecar o processo de demissão em massa: “Seriam mais de 5 mil em todo o país”. Ela participou de duas reuniões das quatro mediações solicitadas pela Contraf ao Ministério Público do Trabalho, em Brasília. “Conseguimos comprovar, através de estudo do Dieese, que as demissões, além de imotivadas, eram em massa, o que o banco negava considerar”, lembra. A Contraf requereu tratamento igualitário com os trabalhadores do banco na Espanha, já que os brasileiros garantem 26% do lucro mundial do banco. “Lá, eles consultam os sindicatos quando abrem processo de demissão. A resposta foi de

que, aqui, a realidade é diferente”, relata Teresa. O nó da questão, segundo Alan Patrício, secretário Jurídico da Contraf-CUT e diretor do Sindicato, é a Convenção 158, que proíbe a demissão imotivada, e da qual o Brasil deixou de ser signatário no governo FHC. “Sem o amparo legal, até o Ministério Público do Trabalho, que não tem poder jurídico, não pode seguir adiante e propor uma ação judicial”, explica. Para ele, a luta em defesa do emprego dos trabalhadores do Santander, serviu, também, para recolocar em pauta o imperativo de o país voltar a assinar a Convenção 158, da OIT.

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6 HSBC

Mudanças encarecem plano de saúde e retiram direitos

O

Sindicato e a Contraf-CUT se reúnem, no próximo dia 6, com o HSBC para discutir as alterações feitas, unilateralmente, pelo banco no plano de saúde dos funcionários. As mudanças acabaram por encarecer os custos dos bancários, além de retirar vários direitos que já estavam assegurados. Esta já é a segunda reunião para discutir as alterações no plano de saúde. A primeira foi no dia 16 de janeiro. “Vamos tentar solucionar os problemas criados pelo HSBC de forma ne-

gociada. Caso as discussões não avancem, o Sindicato vai tomar as medidas jurídicas cabíveis para que não sejam

retirados direitos dos trabalhadores”, conta o diretor do Sindicato, Alan Patrício, que também é secretário de

assuntos jurídicos da Contraf-CUT. Com as mudanças, a partir de fevereiro, o valor da coparticipação em consultas, procedimentos ambulatoriais e exames simples passa de 15% para 20% (reajuste de cerca de 33%). E será cobrado já a partir da primeira consulta, e não apenas a partir da sétima, como antes. O teto de desconto, que era de R$ 160,23 por mês, deixa de existir. A mensalidade para aposentados e dependentes também sofrerá, a partir de março, reajuste significativo.

banco do nordeste

Caixa

Sindicato discute problemas dos bancários com superintendente

Condições de trabalho é pauta de negociação

O Sindicato voltou a se reunir, no dia 21 de janeiro, com o superintendente regional do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Francisco Carlos Cavalcanti, o Chicão. Durante o encontro, os representantes dos bancários discutiram com o dirigente do banco uma série de problemas que afligem o funcionalismo em Pernambuco. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o encontro foi muito produtivo, já que o superintendente se mostrou re-

ceptivo e aberto. “O dirigente do BNB está disposto a manter um canal de diálogo com o Sindicato para resolver os problemas que afetam os empregados aqui em Pernambuco. Ele ressaltou a importância do papel do Sindicato e até se sindicalizou durante a reunião”, comenta Jaqueline. Ela lembra que o superintendente visitou o Sindicato apenas três dias depois de sua posse no cargo, em novembro passado. Durante a reunião, o Sindi-

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cato apresentou ao superintendente as discussões nacionais que estão sendo feitas acerca do novo ponto eletrônico. “O superintendente disse que pretende ouvir o funcionalismo sobre o ponto eletrônico. Comprometeu-se a levar essas contribuições à direção nacional para que, futuramente, a gente possa fechar um acordo coletivo específico que contemple os anseios dos bancários”, relata Fernando Batata, diretor do Sindicato e funcionário do BNB.

A primeira rodada do ano da mesa de negociação permanente entre os bancários e a Caixa Econômica Federal, realizada no dia 15 de janeiro, em Brasília, foi marcada pela ênfase dada pelos representantes dos empregados às questões relacionadas a condições de trabalho. De acordo com a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho são, hoje, os principais problemas enfrentados pelos empregados da Caixa. “A falta de condições de trabalho foi a principal questão colocada pelo Sindicato e pela Contraf-CUT nesta primeira negociação do ano. A Caixa precisa contratar mais bancários urgentemente, pois os empregados estão trabalhando muito além da jornada. Fora isso, há denúncias de que as horas extras estão sendo burladas para não serem pagas corretamente”, diz Jaqueline, que é empregada da Caixa. “Esperamos resolver todos esses problemas ao longo das negociações permanentes para chegarmos à Campanha Nacional, em agosto, com essas pendências sanadas”, afirma.


7 Banco do Brasil

Eduardo Campos pede para Dilma manter CSO e CSL do BB em Pernambuco

Plano de funções comissionadas prejudica os funcionários

O

Banco do Brasil implantou de forma unilateral, no último dia 28, o novo plano de funções comissionadas. Sem qualquer diálogo com os representantes dos bancários, o plano do BB não atende, minimamente, as expectativas dos bancários, que há anos lutam para resolver o problema da jornada de 8 horas. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, entre os problemas do novo plano está a exclusão de várias comissões que, no entender do Sindicato, não são de confiança. Além da redução dos salários dos funcionários que serão enquadrados na jornada de seis horas. “A orientação do Sindicato é para que os bancários não assinem ne-

O governador Eduardo Campos enviou, no dia 17 passado, ofícios para a presidenta Dilma Rousseff e para o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, pedindo a permanência integral dos dois centros administrativos da empresa em Pernambuco. A ação se deu após a série de reuniões que o Sindicato realizou no início de janeiro com a cúpula do governo do estado, Nos ofícios, Eduardo Campos manifesta a “preocupação deste governo quanto às repercussões negativas que essa medida (a transferência de setores do BB para Belo Horizonte) – em se concretizando – acarretaria para o Estado de Pernambuco”. O governador destaca que o CSO e o CSL “desempenham atividades de fundamental importância, não somente para Pernambuco, como para toda região Nordeste”. Ressalta, ainda, os prejuízos para a economia do Nordeste: “desde a perda eventual dos postos de trabalho dos Centros de Suporte, até a dispersão do conhecimento já acumulado, pelas suas equipes técnicas, quanto à realidade local e às dificuldades mais frequentemente enfrentadas pelos produtores e empresários da região”. O secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, considerou muito importante o envolvimento pessoal do governador Eduardo Campos na luta contra a reestruturação do BB. “Há alguns anos, o Banco do Brasil pretendia fazer uma reestruturação semelhante em Minas Gerais, retirando grande parte de setores administrativos de Belo Horizonte. Na ocasião, a luta do Sindicato encontrou eco no Governo de Minas Gerais, que trabalhou duro contra a reestruturação. Resultado: o BB manteve o CSO e o CSL funcionando integralmente em BH”, conta.

nhum documento de adesão ao novo plano nos próximos dias. Estamos agindo politica e judicialmente. Inclusive, vamos entrar com uma ação para pedir a nulidade do termo de adesão”, diz Jaqueline. Com o novo plano, o BB extingue todas as funções comissionadas do plano anterior. Os funcionários que o banco entende que façam parte da função de confiança (FC) foram migrados, compulsoriamente. Já o público-alvo das funções gratificadas (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6 horas, com redução de salários, ou ficar em suas funções de 8 horas em extinção.

Bradesco

Banco lucra de R$ 11,5 bi, mas fecha 1.299 postos de trabalho em 2012

Suzineide Rodrigues

O Bradesco abriu a temporada de publicação dos balanços e divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 11,523 bilhões em 2012, o que significa um crescimento de 2,9% com relação ao ano anterior. Mas, apesar do aumento do lucro bilionário, o Bradesco fechou 1.299 postos de trabalho no ano

passado, segundo o balanço da instituição financeira anunciado no dia 28 passado. O corte de vagas aumenta a preocupação dos bancários com o emprego. “É um absurdo que o Bradesco, um dos maiores e mais fortes bancos do país, feche tantos postos de trabalho enquanto lucra

bilhões. O banco está na contramão da economia brasileira, que tem gerado empregos. E olhe que a falta de funcionários é gritante em todas as agências e departamentos do Bradesco”, diz Suzineide Rodrigues, secretária de Finanças do Sindicato e funcionária do Bradesco.

Fabiano Félix

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8 Aposentados

Semana S anta

Clima de carnaval marca o 1º Café da Manhã de 2013

Sindicato sorteia vagas para os chalés do Clube de Campo

O

clima de carnaval deu o tom do primeiro Café da Manhã dos Aposentados de 2013, realizado no dia 25 de janeiro, no pátio interno da sede do Sindicato. Com uma decoração especial e animado por uma bandinha de frevo, o já tradicional encontro mensal ganhou as cores e os ritmos do reinado de Momo e fez a alegria dos participantes. O evento também serviu para marcar a passagem do Dia do Aposentado, comemorado em 24 de janeiro. “Essa festa é uma mostra da programação que teremos o ano todo para os bancários aposentados. Essas pessoas já contribuíram muito para a vida sindical e merecem continuar aqui, trazendo sua experiência para nossa gestão”, salienta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Para garantir que a saúde dos aposentados foliões não saísse do compasso, a técnica de enfermagem da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil), Enilda Almeida, ficou de prontidão durante toda atividade. Segundo a

Ainda

profissional, dentre as pessoas que consultaram seus serviços, nenhum participante necessitou de cuidados especiais. Já o secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas, destacou a participação massiva e a empolgação dos aposentados no primeiro encontro de 2013. “Foi muito importante esse café da manhã, o primeiro do ano, pela participação efetiva de várias representações de aposentados, pela descontração e, também, pela animação. O pessoal ficou bem a vontade aqui e saiu todo mundo muito satisfeito com a presença de colegas que se

reencontraram e que há muito não se viam. Para nós, essa integração é sempre muito positiva”, avaliou Freitas

O Sindicato abriu as inscrições para as vagas nos chalés do Clube de Campo para o feriado da Semana Santa. Os interessados têm até o dia 15 de fevereiro para deixar o seu nome na Secretaria de Administração do Sindicato, pelos telefones 33164226 ou 3316-4228, com Vera Vasco ou Lúcia Santos. O sorteio das vagas será realizado no dia 18 de fevereiro. Os contemplados poderão ocupar os chalés do Clube durante o feriadão da Semana Santa, que este ano cai nos dias 29, 30 e 31 de março.

ApceFolia

O Sindicato sorteou cinco ingressos para o camarote da tradicional ApceFolia, a prévia de carnaval dos empregados da Caixa promovida pela Apcef-PE (Associação do Pessoal da Caixa de Pernambuco) no dia 26 de janeiro. Os bancários sortudos curtiram a festa com direito a levar um acompanhante de graça. Os ingressos ainda deram direito a cerveja, refrigerante, água e salgados grátis.

dá tempo de se preparar...

dicas de alongamento

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01

Com as pernas paralelas e semi-flexionadas, pressione o cotovelo em direção ao corpo

01 a 15 de fevereiro de 2013

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02

Com os joelhos semi-flexionados e uma mão na cintura, levante a outra mão e incline-se para a lateral

VEM AÍ...


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