Jornal dos Bancários - ed. 458

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Campanha nacional

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello (de branco à direita), representa Pernambuco no Comando Nacional dos Bancários, responsável pelas negociações com a Fenaban

Começam as negociações

D

epois de dois meses de preparação, a Campanha Nacional dos Bancários ganhou as ruas e as negociações com os bancos já começaram. Em reunião realizada na quinta e na sexta da semana passada, dias 8 e 9, os sindicatos e a Fenaban deram início aos debates pelas reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, as negociações começaram justamente pelos pontos que mais preocupam os bancários no dia-a-dia: a pressão pelas metas e o assédio moral que tanto adoecem a categoria. “Na primeira reunião, apresenta-

mos aos bancos dados assustadores que mostram o quanto os bancários estão adoecendo por conta da falta de condições de trabalho. Só no ano passado, mais de 21 mil bancários foram afastados do trabalho com problemas de saúde. Cerca de 25% desses trabalhadores sofriam com transtornos psíquicos, que estão diretamente relacionados à pressão diária pela venda de produtos e o ritmo estressante de trabalho”, explica Jaqueline, que representa Pernambuco no Comando Nacional dos Bancários, responsável pelas negociações com a Fenaban. Os representantes da Fenaban voltaram a repetir o discurso de todos os anos: que os sindicatos não

podem discutir metas porque isso iria interferir na gestão dos bancos. O Comando Nacional dos Bancários, por sua vez, deixou claro que o fim da pressão por metas é a principal preocupação da categoria, que exige nesta Campanha uma proposta que altere o quadro atual. O Comando Nacional também informou que a cláusula 35 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vem sendo sistematicamente desobedecida por todos os bancos. A cláusula, conquistada em 2011, proíbe a divulgação das listas (“rankings”) de performance no cumprimento de metas, usadas para pressionar e assediar os bancários. A Fenaban se comprometeu a reorientar pelo

respeito e cumprimento da cláusula, de forma que os rankings não sejam mais publicados. Segurança

O conceito geral sobre o que significa segurança para a categoria foi deixado claro pelo Comando Nacional dos Bancários: a preservação da vida de trabalhadores e clientes. Os negociadores da Fenaban disseram concordar com esse princípio, ao que os representantes dos trabalhadores rebateram com o fato de que uma parcela cada vez menor do lucro é investida em segurança. As negociações continuam esta semana. Acompanhe todas as novidades em www.bancariospe.org.br.

Sindicato também negocia reivindicações específicas dos funcionários com cada banco Embora a Campanha Nacional dos Bancários seja unificada, com trabalhadores de bancos públicos e privados lutando lado a lado pela mesma pauta de reivindicações que está sendo negociada com a Fenaban, as questões específicas de cada banco não foram deixadas de lado. Nos últimos dias, os sindicatos entregaram uma nova pauta de reivindicações dos funcionários aos bancos públicos. As negociações começaram pela Caixa e pelo Banco do Nordeste na última sexta-feira, dia 9, quando esta edição do Jornal dos Bancários já estava fechada

(para conferir os resultados das negociações da Caixa e do BNB acesse www.bancariospe.org.br). Já as negociações com o Banco do Brasil começam nesta quarta-feira, dia 14, às 13h, em Brasília. A primeira rodada tratará das reivindicações sobre saúde e condições de trabalho. Com os bancos privados as negociações específicas já estavam em andamento. Confira como foi o último encontro com Bradesco e HSBC nas notas da página 3.

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Jailton Garcia / Contraf-CUT

ANO XXI • Nº 458 • 12 A 18 DE AGOSTO DE 2013 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO


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