Jornal dos Bancários - ed. 468

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ANO XXI • Nº 468 • 01 A 15 DE NOVEMBRO DE 2013 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Campanha Nacional

Conquistas da greve garantem R$ 8,7 bilhões para os bancários Além da parte financeira, a nova Convenção Coletiva tem avanços sociais que prometem melhorar a vida dos funcionários dos bancos

Os bancários acabam de receber a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados e os valores foram bem maiores que no ano passado, graças à forte greve de 23 dias encampada pelos trabalhadores. Só esta primeira parte da PLR representou cerca de R$ 2,8 bilhões que saíram do lucro dos bancos diretamente para o bolso dos bancários. Ao todo, as conquistas econômicas garantidas na Campanha deste ano representam ganhos de R$ 8,7 bilhões para os bancários (valor 14,5% maior que no ano passado). Mas as vitórias da greve não se resumem apenas ao dinheiro. As conquistas sociais também se destacam, como o vale-cultura e os avanços no combate ao assédio moral e na proteção à saúde. Páginas 4 e 5

Greve forte garantiu uma campanha vitoriosa para os bancários pelo décimo ano consecutivo

LEIA TAMBÉM

Segurança

Bancários e bancos criam grupo para acompanhar andamento do projeto-piloto O Sindicato e os bancos se reúnem no próximo dia 4 para a instalação do grupo de trabalho que vai acompanhar o andamento do projeto-piloto de segurança bancária, implantado nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão. Conquistado durante as negociações da Campanha Nacional do ano passado, o projeto-piloto prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, além de vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo. Página 3

Funcionários do Itaú conquistam PCR maior e mais bolsas de estudo Página 6

Sindicato apoia a Chapa 2 nas eleições da AFBNB no dia 13 Página 7

Campeonato de Futebol dos Bancários entra na reta final Página 8

Financiários encerram campanha salarial com novas conquistas Página 3

Sindicato cobra do HSBC o pagamento integral da PLR

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR Davide Guglielmo / SXC.hu

Página 7


2 editorial

Tema livre

Sete mil bancários a menos Os bancos privados que operam no país fe- nha durante 3,3 anos para chegar à renda média charam 6.977 postos de trabalho entre janeiro mensal de um integrante do grupo mais rico. No sistema financeiro, a concentração de e setembro deste ano, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,323 milhão de renda é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os novos empregos no mesmo período. Além dos executivos da diretoria receberam em 2012, em cortes, o sistema financeiro manteve a prática média, R$ 9,05 milhões por ano, o que reprede rotatividade de mão de obra alta, mecanismo senta 191,8 vezes o que ganha o bancário do perverso que os bancos usam para reduzir des- piso. No Santander, os diretores embolsaram pesas de pessoal. Os dados constam na Pesquisa R$ 5,62 milhões no ano passado, o que signifide Emprego Bancário divulgada no dia 29 de ca 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano aos seus dioutubro pela Contraf-CUT e pelo Dieese. retores, a diferença é de 106 Segundo a pesquisa, o savezes. Ou seja, para ganhar lário médio dos admitidos Além de demitir a remuneração mensal de um pelos bancos entre janeiro e milhares de executivo, o caixa do Itaú setembro foi de R$ 2.914,63, trabalhadores, os tem que trabalhar 16 anos, o contra salário médio de R$ bancos mantêm a caixa do Santander 10 anos e 4.594,83 dos desligados. Ou prática perversa o do Bradesco 9 anos. seja, os trabalhadores que da rotatividade de As manifestações de juentram no sistema financeiro nho e as mobilizações dos recebem remuneração 36,6% mão de obra para trabalhadores deixam claro inferior à dos que saem. reduzir as despesas a necessidade de mudanIsso explica por que a méde pessoal. Esta ças profundas na sociedade dia salarial dos bancários irresponsabilidade brasileira e uma delas é a diminuiu, apesar de terem social dos bancos regulamentação do sistema conquistado, com muita luta, mostra a necessidade financeiro. Não é possível 18,3% de aumento real no sade mudanças que os bancos continuem lário e 38,7% de ganho real profundas no sistema com essa política nociva de no piso salarial desde 2004. financeiro nacional reduzir custos e cobrar juros A rotatividade é o mais e tarifas escorchantes para cruel mecanismo de concentração de renda, num país que tem feito um lucrar ainda mais, sem olhar para o impacto grande esforço para se tornar menos injusto, nos trabalhadores, nos clientes e na economia do país. mas permanece sendo muito desigual. Precisamos transformar o crescimento em deNo Brasil, os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese, têm renda média mensal senvolvimento econômico e social, o que passa 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou por melhoria de salário e mais emprego, como seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre forma de valorizar o trabalho, distribuir renda da população teria que reunir tudo o que ga- e melhorar a qualidade de vida da população.

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DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Jaqueline Mello Secretário-Geral: Fabiano Félix Comunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide Rodrigues Administração: Epaminondas França Assuntos Jurídicos: Justiniano Junior Bancos Privados: Geraldo Times Bancos Públicos: Daniella Almeida

Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton Filho Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Secretária da Mulher: Sandra Trajano Formação: João Rufino Ramo Financeiro: Flávio Coelho Intersindical: Renato Tenório Aposentados: Luiz Freitas

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/bancariospe

Bancários

sofrem ...

Pesquisa feita pela UNI Finanças, com bancários de 26 países, aponta que o estresse causado pelas metas abusivas e a pressão pelas vendas de produtos atinge a categoria nos quatro cantos do planeta. O levantamento também mostra que os bancários sofrem com ansiedade por conta dos cortes de empregos e a tendência de substituição de trabalhadores mais velhos por mais jovens com salários menores. De acordo com a pesquisa da UNI, o medo do desemprego, a pressão excessiva e os abusos psicológicos são algumas das causas de problemas de saúde que afetam globalmente trabalhadores do setor bancário.

...

clientes também

Depois de um ano, o Banco do Brasil voltou a ser a instituição financeira com maior número de reclamações por falha na prestação de serviços no ranking relativo ao mês de setembro divulgado pelo Banco Central. No grupo de instituições com mais de um milhão de clientes, ele desbancou o Santander, que ocupou a primeira posição nos sete meses anteriores. De acordo com o BC, foram contabilizadas 585 reclamações contra o BB em setembro, das quais 95 por cobrança irregular de tarifas, 94 por débitos não autorizados e 73 por restrição à portabilidade no caso de crédito consignado.

Sem

transparência

O Ministério da Justiça convocou os maiores bancos brasileiros e a entidade que os representa para explicarem por que não estão oferecendo pacotes padronizados de produtos e serviços básicos, como manda norma do Conselho Monetário Nacional. Segundo o governo, as instituições financeiras não estão informando de forma clara aos clientes que eles podem contratar um dos quatro pacotes padronizados ou ainda, se preferirem, escolher pela utilização de serviços separados, sem a necessidade de contratar um pacote completo.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação semanal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul, Sulamita Esteliam e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 12.000 exemplares


3 Segurança bancária

Sindicato e bancos analisam andamento do projeto-piloto

O

Sindicato e a Contraf-CUT têm encontro marcado com os bancos no próximo dia 4, às 14h, no Recife, para a primeira reunião de acompanhamento do projeto-piloto de segurança bancária. Conquistado durante as negociações da Campanha Nacional do ano passado, o projeto-piloto está sendo desenvolvido na capital per-

Kol

ob sek

nambucana e em Olinda e Jaboatão dos Guararapes. O prazo de duração é de 12 meses. O protocolo de intenções visando melhorar a segurança em 261 agências das três cidades foi assinado no dia 14 de maio. O projeto-piloto prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes,

/ SX C.h

u

além de vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo. Os bancos tiveram 90 dias para instalar os equipamentos e tomar as medidas previstas. Esse prazo terminou no dia 14 de agosto. Conforme o protocolo, o grupo de trabalho que será instalado no dia 4 de novembro vai acompanhar semanalmente as ocorrências, em conjunto com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Comando da Polícia Militar e o delegado-geral da Polícia Civil. “Além de organizar o acompanhamento local do projeto-piloto, vamos fazer uma avaliação dos dois meses de funcionamento para analisar os primeiros resultados”, explica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a implantação do projeto-piloto é uma grande vitória dos bancários. “Este é o resultado de anos de luta e muita pressão. Finalmente conseguimos dar um grande passo para que os bancos cumpram a sua responsabilidade. Agora, vamos acompanhar de perto todo o processo de implantação do programa aqui em Pernambuco para que, em breve, essas medidas sejam estendidas para todo o Brasil”, salienta.

Jaqueline Mello

Financiários

Trabalhadores aprovam acordo e terminam campanha salarial com novas conquistas Assim como os bancários, os trabalhadores das financeiras encerraram sua campanha salarial recheados de conquistas. A nova Convenção Coletiva, semelhante à dos bancários, foi aprovada pelos financiários de Pernambuco em assembleia realizada no dia 29 de outubro. Entre as principais conquistas estão o aumento real dos salários, a valorização dos pisos e da PLR e o vale-cultura (veja mais no quadro). Segundo o secretário do Ramo Financeiro do Sindicato, Flávio Coelho, o acordo fechado com a Fenacrefi (federação das financeiras) atendeu as principais reivindicações dos financiários para a Campanha

Salarial deste ano. “Conseguimos arrancar, com muita pressão, um bom acordo com as financeiras, mantendo as conquistas dos financiários bem próximas à dos bancários”, afirma Flávio. Os financiários têm data-base em 1º de junho. Os valores retroativos serão depositados na folha de pagamento de novembro.

Flávio Coelho

Confira os principais itens dos financiários Reajuste salarial 8,9% (aumento de 1,82% acima da inflação) Pisos Reajuste de 9,4%, o que representa ganho real de 2,29% PLR 90% do salário, incluindo todas as verbas, mais valor fixo de R$ 1.952,19 (10,92% de reajuste, que garante ganho real de 3,71%), com teto de R$ 9.316,60. As financeiras pagarão 60% do valor fixo da PLR em até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva. A segunda parcela (90% de todas as verbas + 40% dos valores fixos) será depositada até 28 de feverei-

ro de 2014. Vale-cultura (novidade) R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012. Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta das empresas às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenacrefi para discutir aprimoramento do programa. Compromisso Em março de 2014 será instalado grupo de trabalho bipartite para discutir novo modelo de PLR.

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4 Campanha Nacional

Bancários recebem R$ 2,8 bilh só com a primeira parcela da

Ao todo, as conquistas econômicas da última greve garantiram ganhos de R$ 8,7 bilh que dinheiro, a nova Convenção Coletiva tem avanços sociais que prometem melhor

Conquistas sociais e econômicas são frutos da forte greve de 23 dias encampada pelos bancários

O

s bancários iniciaram o mês de novembro com mais dinheiro no bolso. A primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) já foi paga por todos os bancos, e os valores foram bem maiores que no ano passado, graças à luta e à forte greve de 23 dias encampada pelos bancários. Segundo os cálculos do Dieese, só esta primeira parte da PLR representou cerca de R$ 2,8 bilhões que saíram do lucro dos bancos diretamente para o bolso dos bancários. “Estamos colhendo os frutos da nossa luta”, diz a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. “Conseguimos avanços importantes na PLR, valorizando ainda mais esta conquista que foi introduzida no Brasil pelos próprios bancários, na nossa campanha salarial de 1995”, comenta Jaqueline. Além da primeira parcela da PLR, os bancários já estão recebendo, também, as diferenças, retroativas a setembro, dos reajustes conquistados nos salários e nos auxílios. “A força da nossa greve arrancou, pelo décimo ano consecutivo, um reajuste salarial acima da inflação. Só este aumento significa que 01 a 15 de novembro de 2013

os bancários receberão mais R$ 2,8 bilhões em salários e auxílios nos próximos 12 meses. Ao todo, as conquistas econômicas que garantimos na Campanha deste ano representam ganhos de R$ 8,7 bilhões para os bancários. O valor é 14,5% maior que no ano passado”, destaca Jaqueline. A gente não quer só comida

Mas as conquistas dos bancários na Campanha Nacional deste ano não se resumem apenas ao dinheiro. Jaqueline diz que, mais importante que as conquistas econômicas, são os avanços sociais garantidos na nova Convenção Coletiva dos Bancários, que já está disponível, na íntegra, no site do Sindicato (www.bancariospe.org.br). “Como diz aquela música dos Titãs: a gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte. Esta letra resume bem o espírito dos bancários na Campanha. Lutamos por uma pauta de reivindicações que foi muito além da parte financeira, e conquistamos, por exemplo, o vale-cultura e grandes avanços no combate ao assédio moral”, afirma Jaqueline.

Diversão e arte

Os bancários brasileiros sempre foram pioneiros em diversas conquistas da classe trabalhadora, como a PLR, o vale-refeição, a jornada diferenciada, o programa de combate ao assédio moral e até a própria Convenção Coletiva Nacional. A Campanha deste ano fez jus a essa história e agregou mais uma conquista pioneira para os trabalhadores brasileiros: o vale-cultura. Com ele, os bancários que recebem até cinco salários mínimos terão direito a R$ 50 por mês para utilizarem na compra de livros, CDs e outros produtos culturais, além de ingressos para shows, teatro, cinema, espetáculos de música... Ao todo, o vale-cultura garantirá mais de R$ 9 milhões por mês aos bancários. “A organização e a luta dos bancários são referências para os demais trabalhadores do Brasil. Depois que conquistamos a PLR, em 1995, muitas outras categorias garantiram este direito. Esperamos que a conquista do vale-cultura este ano abra as portas para que outros trabalhadores também consigam este importante benefício”, diz Jaqueline.

Para garantir veram de lutar m grande aliada q nas negociações Cultura, Marta “Após a apro no Congresso e a inclusão do be va dos Bancário tante deste novo agora tenho cer to”, afirmou Ma A ministra tam o programa pod pobres do país. periferias porqu Com o vale-cul comprar jornais esse tipo de com afastadas dos ce Pra

Além do val Coletiva dos B tantes conquista blemáticas está cários: a proibi celular particul brar metas e res vasiva, implant tornou-se cada anos, consolida

Marta: Graça agora tenho vale-cultura


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hões PLR

Kevin McGee / SXC.hu

PLR até R$ 6 mil tem isenção de imposto de renda

hões para os bancários. Mas, muito mais rar a vida dos funcionários dos bancos

o vale-cultura, os bancários timuito, mas contaram com uma que se envolveu pessoalmente s com os bancos: a ministra da Suplicy. ovação da Lei do Vale-Cultura e a sanção da presidenta Dilma, enefício na Convenção Coletios foi o momento mais imporo direito. Graças aos bancários, rteza que o programa deu cerarta. mbém falou sobre o reflexo que de trazer para as regiões mais . “Faltam bancas de jornal nas ue as publicações são caras. ltura, os trabalhadores poderão s, revistas e fazer com que surja mércio também nas áreas mais entros”, avaliou Marta. aliviar a dor

le-cultura, a nova Convenção Bancários traz outras imporas sociais. Uma das mais emá relacionada à saúde dos banição de envio de SMS para o lar dos trabalhadores para cosultados. A prática abusiva e intada por boa parte dos bancos, vez mais comum nos últimos ando-se como mais um instruWilson Dias - Agência Brasil

as aos bancários, certeza que o deu certo

Jaqueline: Bancários são referência para os demais trabalhadores do Brasil

mento de pressão em cima dos bancários. Na maioria das vezes, o envio de torpedos de cobranças chegava a ser diário, o que, invariavelmente, gerava angústia, preocupação e ansiedade, comprometendo diretamente a saúde e a qualidade de vida dos bancários. Não à toa o estresse, a fadiga, os distúrbios do sono e os transtornos mentais como a depressão são problemas recorrentes na categoria em todo o Brasil. Segundo Jaqueline, antes do início da Campanha Nacional o Sindicato aplicou uma consulta com os bancários para verificar as principais reivindicações da categoria. “A grande maioria dos trabalhadores respondeu que o combate ao assédio moral era a prioridade. Por isso a proibição do envio de SMS cobrando metas é tão importante. Vale lembrar que, em 2011, garantimos a proibição da divulgação de rankings individuais de desempenho. Um ano antes, os bancários conquistaram, de forma pioneira, um programa de combate ao assédio moral nos bancos. E este ano tivemos um novo avanço no programa, com a redução de 60 para 45 dias no prazo para apuração de denúncias de assédio moral. Ainda arrancamos o compromisso dos bancos de criar um grupo de trabalho para analisar as causas do afastamento de bancários com problemas de saúde. São conquistas importantes, que não apenas melhoram as condições de trabalho, mas também garantem mais qualidade de vida para os bancários”, finaliza Jaqueline.

Os valores que os bancários receberam nesta primeira parcela da PLR têm tabela de Imposto de Renda própria que estabelece a isenção para o pagamento de até R$ 6 mil. Com tributação exclusiva, o cálculo do imposto de renda da PLR leva em conta tudo o que o bancário recebe no ano: a segunda parcela paga na maioria dos bancos em fevereiro referente à PLR de 2012, a antecipação da PLR de 2013 e os programas próprios de renda variável. Se a soma desses pagamentos for

de até R$ 6 mil a isenção é total; se superior, há a incidência do imposto, mas com alíquotas menores. “Essa mudança da incidência do IR sobre a PLR é uma conquista dos trabalhadores garantida no final do ano passado, após muita luta e pressão sobre o governo federal. É uma bandeira histórica da CUT, que agora se concretiza e garante aos bancários e demais trabalhadores uma PLR maior”, diz a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Confira na tabela os novos valores do Imposto de Renda na PLR.

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6 Itaú

Sindicato garante PCR maior e mais bolsas de estudo

D

epois de muita pressão, os bancários do Itaú conquistaram um novo acordo para a PCR (Participação Complementar nos Resultados), que garante R$ 4.030 para cada funcionário do banco. A primeira parcela, de R$ 1.950 equivalente a 2013, já foi paga pelo Itaú no final de outubro. A segunda parte, de R$ 2.080, será creditada no ano que vem. O novo acordo de PCR foi aprovado por unanimidade em assembleia realizada na sede do Sindicato. “O valor da PCR deste ano garante um reajuste de 8,33% em relação ao ano passado. Para 2014, o reajuste é de 6,67% sobre o montante de 2013. E o melhor é que a PCR, ao contrário de outros programas de

das quais 5 mil destinadas a bancários e 500 para trabalhadores não-bancários da holding. O valor da bolsa será de R$ 320. A novidade deste ano é que as bolsas também valem para a segunda graduação e pós. Negociações

permanentes

remuneração, como o Agir, não tem desconto da Participação nos Lucros e Resultados conquistada na Campanha Nacional”, explica o diretor do Sindicato, João Rufino, que representou Pernambuco nas negociações

com o Itaú. Auxílio Educação

Na negociação também foi assegurada a melhoria do auxílio-educação, que será composto por 5.500 bolsas,

Nos próximos dias, os sindicatos deverão agendar novas negociações para discutir a pauta específica de reivindicações com o Itaú. Entre as principais demandas estão questões relativas ao emprego, programas próprios de remuneração, plano de saúde e reabilitação profissional. “E, apesar do bom acordo de PCR que arrancamos do banco, queremos discutir um novo modelo para o programa, desvinculado da ROE”, explica Rufino.

Caixa

Banco do Brasil

Bancários cobram pagamento de horas-extras do pós-greve

Grevistas não devem assinar termos de compensação

O Sindicato enviou ofício para a diretoria da Caixa cobrando o pagamento de todas as horas-extras feitas pelos bancários após a greve encerrada no dia 11 de outubro. Depois de 23 dias de paralisação, as agências da Caixa em Pernambuco abriram mais cedo para atender a demanda reprimida da população, principalmente os serviços sociais, como o pagamento de FGTS, seguro-desemprego, INSS, bolsa-família. No ofício, o Sindicato diz que está ciente “da necessidade de medidas especiais nesse momento” e que os bancários “estão se dispondo a chegar mais cedo em suas unidades e trabalhar além de sua jornada de 6 horas”. Mas exige a contrapartida: “a autorização para pagamento integral dessas horas-extras”, uma vez que a compen-

sação dos dias de greve só teve início após a assinatura do Acordo Coletivo, celebrado no dia 18 passado. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a Caixa ainda não respondeu ao ofício. “Estamos cobrando uma resposta imediata e que ela garanta o pagamento de todas as horas-extras feitas pelos bancários”, diz.

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O Sindicato vem recebendo denúncias de que gestores do Banco do Brasil estão, mais uma vez, pressionando funcionários que participaram da greve a assinar termos pessoais com compromissos de compensação. A orientação do Sindicato é para que os funcionários do Banco do Brasil não assinem termo pessoal algum sobre compensação de horas de greve. A convenção coletiva da categoria e o acordo aditivo específico já foram assinados e não há

mais nenhum documento para regular o tema. Segundo William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os gestores do banco tentam expor e coagir os funcionários que participaram do processo da greve. “Os bancários não estão se negando a cumprir a Convenção Coletiva, que prevê a compensação de até uma hora por dia até 15 de dezembro, mas não aceitaremos que o banco crie regras que não estão previstas e nem cometa abusos contra os bancários”, alerta William. Além de não assinar nenhum termo de compensação, os bancários devem avisar imediatamente ao Sindicato qualquer caso de cancelamento de férias.


7 Banco do Nordeste

No dia 13, vote na Chapa 2 para renovar a AFBNB

Eleição define a nova diretoria e o Conselho Fiscal da Associação dos Funcionários

O

s bancários do Banco do Nordeste do Brasil elegem, no próximo dia 13, a nova Diretoria e o Conselho Fiscal da Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB). Duas chapas concorrem às eleições, e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco apoia a Chapa 2 – “Renova com Unidade e Ousadia”, encabeçada por Raphaella Silveira Castro, da Agência Limoeiro do Norte, Ceará. A Contraf-CUT também está com a Chapa 2. Três bancários da base pernambucana do BNB compõem a chapa: Ricardo Vaz Bezerra, da Central de Crédito de Médio Porte, é candidato na função de diretor de Ações Institucionais. Já o diretor do Sindicato, Rubens Nadiel Batista, concorre ao cargo de diretor Regional PE/ PB/AL. O terceiro nome é Nivaldo Oliveira dos Santos, da Central de Crédito Pronaf, que concorre a 3º suplente do Conselho Fiscal (con-

relações com o funcionalismo e com a sociedade, de uma vez por todas. O BNB tem que ser um banco positivo, um banco forte para responder às necessidades de desenvolvimento da sociedade nordestina. E a AFBNB tem que ser protagonista, e precisa estar em consonância com as ações positivas nacionais”, enfatiza. Para o dirigente a Chapa 2 tem essa característica nacional fundamental e indispensável para o projeto de futuro da AFBNB.

A candidata a presidenta da AFBNB, Raphaella Silveira Castro, entre a secretária de Finanças, Suzineide Rodrigues, e a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello

fira o perfil de cada um dos candidatos de Pernambuco em www. bancariospe.org.br). Suzineide Rodrigues, secretária de Finanças do Sindicato, explica as razões do apoio à Chapa 2: “A AFBNB tem um papel que é parte da sua história: organizar os funcionários em defesa do Banco do Nordeste como banco de desenvolvimento e o Nordeste como região.

Como votar

Infelizmente, ao longo dos últimos 12 anos, a entidade se afastou desses eixos de trabalho, chegando a confundir seu papel. É preciso renovar”, argumenta. Carlos Souza, vice-presidente da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, acredita que estas eleições são “um marco para consolidar o projeto de nacionalizar o BNB nas

Estão aptos a votar no dia 13 de novembro todos os funcionários associados três meses antes das eleições, portanto até 13 de agosto de 2013. A votação ocorre em cada agência, em cédulas de papel. Dois funcionários de cada unidade, previamente definidos pela Comissão Eleitoral, farão a coleta dos votos em urna designada para cada local de trabalho.

HSBC

Sindicato cobra do banco o pagamento integral da PLR dos funcionários O HSBC pagou no último dia 28 a primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos funcionários com um redutor de 9,67%. O banco efetuou o crédito com um valor menor mesmo após pressão do Sindicato, que exige o pagamento do total da regra. “Depois de muita pressão, conseguimos nos reunir com a diretoria do HSBC no dia 23 de outubro e cobramos o pagamento integral da PLR. O banco falou que a proposta do Sindicato seria analisada, mas não deu qualquer resposta e efetuou o pagamento da primeira parcela com este redutor que não tem o menor

sentido”, explica o diretor do Sindicato, Alan Patrício. O redutor foi aplicado em virtude dos ajustes contábeis lançados pelo HSBC no balanço, que impactaram negativamente os resultados. “Os bancários não têm nada a ver com os provisionamentos efetuados pelo HSBC no seu balanço. O banco ainda disse na reunião que destinou R$ 188 milhões para a distribuição da PLR, mas utilizou apenas R$ 68 milhões. Os sindicatos vão continuar lutando e pressionando o HSBC para garantir o pagamento integral da PLR, sem qualquer redutor”, garante Alan.

Alan Patrício

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8 futebol

Muitas emoções na reta final do Campeonato dos Bancários Das dez equipes que iniciaram as disputas, Bradesco, Itaú, Santander e Apcef ainda brigam pelo título, que será definido no dia 9 de novembro

D

epois de quase dois meses de disputa, com 26 partidas, a 15ª edição do Campeonato de Futebol dos Bancários de Pernambuco chega ao fim no próximo dia 9 de novembro. Das dez equipes que iniciaram as disputas, quatro ainda brigavam pelo título quando esta edição do Jornal dos Bancários foi fechada: Bradesco, Itaú, Santander e Apcef, que jogam as semifinais no sábado, dia 2 de novembro (confira o resultado em www.bancariospe.org.br). Para o secretário de Cultura, Esportes e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho, a reta final do Campeonato promete muitas emoções. “Os quatro times que ainda estão na disputa são muito fortes. São equipes organizadas, que já são tradicionais no nosso Campeonato e, por isso, os próximos jogos devem ser emocionantes e acirrados”, diz

O Bradesco (de vermelho), atual campeão, é o time que mais pontuou nas primeiras fases da competição

Adeílton Filho

Adeílton, que é responsável pela organização do Campeonato. O Bradesco, por exemplo, conquistou o tricampeonato no ano passado e é a equipe que mais pontuou nas primeiras fases da competição deste ano. Já o Itaú

foi o campeão de 2011 e tem feito um belo campeonato este ano. As outras duas equipes também se destacaram na competição e têm histórico de bons resultados nos campeonatos anteriores: o Santander foi vice-campeão no ano passa-

do e a Apcef conquistou o terceiro lugar em 2011. Os próximos dois sábados serão de muita emoção e decisão no Campeonato, que é realizado a partir das 8h30, no Clube de Campo do Sindicato (Estrada de Aldeia, km 14,5).

Lazer

Bancários lotam os chalés do Clube de Campo do Sindicato Clube de Campo do Sindicato: lazer para todas as idades

01 a 15 de novembro de 2013

O Sindicato sorteou no final de outubro o nome dos bancários que ocuparão as vagas nos chalés do Clube de Campo em novembro e dezembro. Foram 116 inscritos – trinta deles apenas para o final de semana de 15 de novembro. Segundo o secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, o sorteio foi o meio encontrado para dar conta da imensa procura pelos chalés. O Clube de Campo fica no meio de uma imensa área verde com parque aquático, bicas, quadras de futebol e

vôlei, bar e restaurante, parque infantil, jogos de salão e churrasqueiras. São dez chalés mobiliados e equipados, com dois quartos, banheiro, sala e cozinha conjugados. O final de semana fica por apenas R$ 70. No caso do feriadão de 15 de novembro, o valor sobe para R$ 100, mas os chalés estarão à disposição dos ocupantes a partir do dia 14, uma quinta-feira, às 15h. O Clube de Campo dos Bancários fica no km 14,5 da Estrada de Aldeia. Confira os sorteados em www.bancariospe.org.br.


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