Jornal dos Bancários - ed. 519

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ANO XXIII • Nº 519 • 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2015 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

CAMPANHA NACIONAL 2015 Greve foi aprovada por unanimidade em assembleia lotada, realizada na quinta passada

Sem avanços nas negociações com os bancos, bancários cruzam os braços por tempo indeterminado a partir desta terça. Greve precisa ser forte desde o início para pressionar a Fenaban

O

s bancários de todo o país entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, dia 6. A paralisação é uma resposta aos bancos que, depois de dois meses de negociações infrutíferas, apresentaram uma proposta de acordo que não atende a nenhuma reivindicação da Campanha Nacional dos Bancários e ainda traz perdas para a categoria. Para a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, os bancários precisam construir uma greve forte desde o início para pressionar os

Suzineide: Precisamos construir uma greve forte, com a participação de todos

bancos e garantir a retomada das negociações. “A proposta apresentada pela Fenaban é a pior da última década. Precisamos avançar muito para poder fechar um acordo, mas os bancos já mostraram que não estão dispostos ao diálogo. Ou seja, só uma greve forte será capaz de mudar esta realidade”, diz Suzi Para organizar a greve, o Sindicato realiza nova assembleia nesta segunda-feira, dia 5, às 19h, na sede da entidade (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista). “Convocamos todos os bancários para participar da assem-

bleia e ajudar a organizar a paralisação. Na assembleia que aprovou a greve, na quinta passada (dia 1º) tivemos uma participação grande dos bancários. Precisamos desta união e desta disposição para garantir o sucesso do movimento”, explica Suzi. PROPOSTA PÍFIA

Entre outros pontos, os bancos ofereceram reajuste de 5,5%, valor que não chega nem perto da inflação de 9,88%. “Representaria perdas de 4% para os trabalhadores”, destaca Suzi. A proposta prevê, ainda, abo-

no de R$ 2,5 mil (pago apenas uma vez e não incorporado ao salário). Além da perda, a proposta dos bancos não atendeu a nenhuma reivindicação dos bancários, que querem, entre outros pontos, reajuste salarial de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

PARTICIPE DA ASSEMBLEIA PARA ORGANIZAR A GREVE NESTA SEGUNDA-FEIRA, ÀS 19H, NO SINDICATO (AV. MANOEL BORBA, 564, BOA VISTA)


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