Jornal dos Bancários - ed. 525

Page 1

ANO XXIV • Nº 525 • 01 A 15 DE MARÇO DE 2016 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Marcello Casal Jr / ABr

É pela vida das mulheres!

N

o dia 8 de março, o Sindicato se une a mais de quinze organizações que estão construindo o Ato Unificado “É pela vida das mulheres”. O tema traz à tona a discussão sobre os vários problemas vividos pelas mulheres: violência sexista, desigualdade de oportunidades, jornadas duplas, estereótipos e discriminação. Além do ato, o Sindicato visita as agências para homenagear as bancárias e, no dia 10, haverá exibição de filme e debate. Página 5

Todos em defesa das empresas públicas Empregados do BB em luta contra mais uma reestruturação Pg 3

Bancários do HSBC cobram pagamento de PLR Pg 4

Abertas inscrições para candidatos a delegado sindical Pg 6

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

A luta contra o PLS 555, que ameaça as empresas 100% públicas do Brasil, continua, no Senado e no país. Quando esta edição foi fechada, o projeto poderia ser votado a qualquer hora e os trabalhadores pressionavam. Enquanto isso, a direção da Caixa continua sucateando a empresa, e os bancários protestam em mais um Dia Nacional de Luta. Páginas 2 e 5

Santander demite vítima de sequestro Pg 7


2 EMPREGO

Sindicato amplia a luta em defesa da Caixa

M

ais um Dia Nacional de Luta mobilizou os trabalhadores da Caixa Econômica neste 2 de março. Em ato em frente à Giret, o Sindicato defendeu o papel social do banco e denunciou seu esvaziamento. A falta de bancários e a sobrecarga de trabalho tem levado os trabalhadores a realizarem uma série de protestos. Além disso, o Sindicato está tentando ampliar as contratações na Caixa via negociação com o banco e até mesmo na Justiça. PROTESTOS

Já no início do ano, na semana em que a Caixa completou 155 anos, o Sindicato realizou atos na agência Teatro Marrocos; na Gerência de Governo (Gigov) e na Gerência de Habitação (Gihab). No dia 27 de janeiro, bancários da Caixa em todo o país realizaram uma série de protestos e paralisações. No Recife, o protesto foi realizado na agência 13 de Maio da Caixa, onde os empregados retardaram a abertura da unidade. O Sindicato também tem realizado reuniões permanentes de mobi-

lização com os bancários. “Temos discutido com bancários e clientes sobre a necessidade da contratação de mais empregados”, ressalta a secretária de Finanças do Sindicato, Jaqueline Mello, que é empregada da Caixa. “No ano passado, três mil empregados saíram do banco por meio do Plano de Apoio à Aposentadoria e não houve novas contratações. Enquanto isso, trinta mil aprovados no último concurso aguardam convocação e os empregados da ativa sofrem com a sobrecarga de trabalho”, explica a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

NEGOCIAÇÃO

A retomada das negociações específicas com a Caixa, no dia 28 de janeiro, escancarou as verdadeiras intenções da direção da empresa: piorar as condições de trabalho e o atendimento à população, além de esvaziar o papel do banco público. Durante a reunião, os interlocutores do banco disseram que não vão contratar mais bancários e ainda anunciaram a abertura de um novo PAA (Plano de Apoio a Aposentadoria). “A postura da direção da Caixa é um absurdo. Fomos para a reunião para cobrar mais contratações e o banco apresenta

um plano para diminuir ainda mais o número de empregados”, explica a diretora do Sindicato, Anabele Silva, que é empregada da Caixa. NA JUSTIÇA

A juíza Roberta de Melo Carvalho, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, decidiu suspender o vencimento dos últimos concursos promovidos pela Caixa. Assim, o prazo de validade foi estendido até o fim do julgamento de ação civil pública proposta pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a direção do banco a pedido dos sindicatos.

BANCO DO NORDESTE

Empregados se preparam para eleger representante no Conselho de Administração Os funcionários do BNB se preparam para efetivar uma conquista histórica: o direito de ter um representante no Conselho de Administração do banco. O diretor do Sindicato Rubens Nadiel foi indicado pela Fetrafi-NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Nordeste) para integrar a Comissão Eleitoral que definirá o calendário e as regras para a escolha do Caref. “Há muitos anos, lutamos pela ter 01 a 15 de março de 2016

voz ativa no Conselho de Administração do banco. O direito a eleger o Caref, conquistado no ano passado, é um grande avanço”, afirma Rubens. PONTO ELETRÔNICO E PLR

Com relação ao Ponto Eletrônico, três pontos de discordância entre os sindicatos e o BNB impedem a sua implantação definitiva em todas as dependências da instituição. As divergências

referem-se a questões relacionadas à flexibilização da jornada de trabalho, instalação de banco de horas e dispensa do registro eletrônico de ponto para funcionários que não ocupam função de gestão principal. As discrepâncias vieram à tona na primeira reunião da mesa permanente de negociação de 2016, realizada no fim de janeiro. Os sindicatos também cobraram explicações sobre o elevado provisionamento para devedores duvidosos

do banco, cujo valor até novembro de 2015 já atingiu a cifra de R$ 1,8 bilhão. Os diretores sindicais relacionaram o pequeno lucro líquido do banco até então a esse despropósito de provisões que certamente irá afetar o pagamento da PLR do funcionalismo. A direção do banco negou-se a prestar quaisquer esclarecimentos e adiantou que se posicionará apenas por meio das notas explicativas do balanço de 2015.


3 BANCO DO BRASIL

Sindicato luta contra mais um processo de reestruturação

Além dos protestos que o Sindicato tem realizado, a entidade já acionou o Ministério Público do Trabalho (na foto 4, o Sindicato conversa com o procurador-chefe José Laízio Pinto Júnior) e o governo de Pernambuco (na foto 5, a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, durante reunião com o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto)

D

esde o início do ano, o Sindicato está na luta para evitar prejuízos aos bancários do Banco do Brasil, que inventou mais uma reestruturação. Desta vez, o alvo do BB é a Visin (Vice-Presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações). De janeiro para cá, o Sindicato realizou uma série de protestos que envolveram, inclusive, lideranças políticas do Estado. As mudanças que o BB pretende fazer na Visin envolvem cerca de 17 mil funcionários em todo o país. Em Pernambuco, cerca de 80 bancários lotados no CSL (Centro de Serviço de Logística) estão ameaçados de perder suas comissões, que representam 50% de suas remunerações. PROTESTOS

O primeiro ato foi realizado no

dia 15 de janeiro, no prédio do CSL, no setor que será extinto com a reestruturação. No dia 27 de janeiro, o Sindicato realizou um protesto em frente ao Palácio do Governo, no Recife, para denunciar que as mudanças impostas pelo BB representam prejuízos não só para os bancários, mas também para o povo pernambucano. O secretário-executivo da Casa Civil de Pernambuco, Marcelo Canuto, recebeu os diretores do Sindicato e funcionários envolvidos na reestruturação. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, conta que o Governo do Estado se comprometeu a apoiar os bancários na luta contra esse modelo de reestruturação do BB. “Canuto afirmou que está do nosso lado nessa luta. Também conversamos sobre a possibilidade

de buscar o apoio de parlamentares pernambucanos, para que haja uma intervenção no BB, em Brasília”, afirma Suzineide. Após o ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas, os diretores do Sindicato e bancários envolvidos na reestruturação seguiram, em fila indiana, até a sede da área de Gestão de Pessoas (Gepes) do BB, no Recife Antigo. Lá, o Sindicato entregou um ofício com reivindicações dos funcionários do CSL. “Uma das nossas reivindicações é que o banco registre, por escrito, qual será a mudança para cada um dos bancários envolvidos na reestruturação”, explica Renato Brito, secretário de Bancos Públicos do Sindicato. No dia 11 de fevereiro, o Sindicato promoveu mais atividades. Pela manhã, sindicalistas e funcionários do

BB realizaram um ato em frente ao centro administrativo do banco, na avenida Rio Branco, para denunciar os problemas. Em seguida, o Sindicato reuniu-se com o senador pernambucano Humberto Costa e pediu o apoio dele na luta. “Enfatizamos que Pernambuco e o Nordeste perderão bastante com a reestruturação no BB. E o senador Humberto se comprometeu mediar o diálogo com o banco”, conta a secretária-geral do Sindicato, Sandra Trajano. OUTRAS FRENTES DE LUTA

O Sindicato tem se reunido com o BB para negociar os termos da reestruturação e garantir os direitos dos bancários. As negociações têm avançado pouco, mas os sindicatos insistem no diálogo. 01 a 15 de março de 2016


4 PROTESTO

Bancários do HSBC cobram pagamento da PLR

F

uncionários do HSBC em todo o país fizeram atividades no dia 29 de fevereiro em protesto contra o anúncio do banco de que não pagará PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos trabalhadores. O Sindicato visitou as agências de Piedade, Boa Viagem, Agamenon, Olinda, Caxangá e Boa Vista, onde conversou com bancários e clientes e distribuiu material informativo. “O banco sequer anunciou o ba-

lanço da subsidiária no Brasil, apenas divulgou os números globais. Além disso, há três anos, o HSBC manipula os dados para justificar o não pagamento do que é devido aos seus empregados”, explica a diretora do Sindicato, Suzana Andrade, funcionária do banco. Segundo Suzana, nos últimos anos, os balanços do HSBC têm destinado parcelas altíssimas para os chamados “provisionamentos duvidosos”.

Estas reservas, que deveriam ser utilizadas para suprir possíveis perdas com inadimplência, têm sido recorrentemente usadas pelos bancos para esconder os lucros. “É uma manobra que só prejudica os bancários. Os grandes executivos e os acionistas continuam recebendo altos bônus”, ressalta Suzana. No dia 22, o HSBC anunciou lucro global de US$ 13,52 bilhões em 2015, uma queda de 1,2% no lucro

RESPEITO AO TRABALHADOR

INSALUBRIDADE

Sindicato fecha 18 agências por falta de condições de trabalho Trabalhar em condições adequadas é direito de todo trabalhador. Por isso, o Sindicato tem atuado de forma permanente para coibir práticas dos bancos que ferem esse direito. Só nos últimos três meses, o Sindicato fechou dezoito agências que apresentavam problemas no sistema de refrigeração e falhas em itens essenciais de segurança. Segundo o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Adeílton Filho, foram catorze unidades com problemas de refrigeração, das quais dez eram do Itaú. Outras três agências foram interditadas por falhas de segurança: “É comum, em assaltos ou arrombamentos, itens como porta giratória e câmaras de segurança serem

01 a 15 de março de 2016

líquido e um prejuízo inesperado no quarto trimestre de US$ 858 milhões. Apesar disso, o presidente do banco, Douglas Flint, classificou o desempenho do grupo como “globalmente satisfatório”. No dia seguinte, antes de ser divulgado o balanço no Brasil, o banco veiculou, em comunicado interno, que não pagaria a PLR nem o Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo) aos bancários do Brasil.

danificados e armamentos dos vigilantes, roubados. O Sindicato está atento para que as agências só funcionem em condições adequadas”. Em uma das agências - o Itaú de Piedade - parte do forro de gesso desabou sobre a bateria de caixas, e o Sindicato garantiu que ela só voltasse a funcionar depois do problema ser resolvido.

Sindicato exige direitos dos bancários do Banco Azteca Os bancários do Banco Azteca estão vivendo um verdadeiro drama. No início do ano, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição financeira mexicana, cuja sede brasileira fica no Recife. Desde então, os dezenove funcionários do banco ficaram sem garantia alguma de que vão receber seus salários e verbas rescisórias nem de quem vai realizar esses pagamentos. O Sindicato está acompanhando de perto o problema. Segundo o diretor do Sindicato, Alan Patrício, a entida-

de está dando assistência aos trabalhadores. “O Sindicato tem se reunido cotidianamente com os funcionários para se inteirar da situação”, explica. O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, conta que, no início de fevereiro, o Sindicato participou de uma reunião na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no Recife. “O objetivo foi encontrar meios de garantir o pagamento das verbas rescisórias e salários dos funcionários. Esperamos, agora, os desdobramentos desta reunião”, diz.


5 PLS 555

Mobilização em defesa das empresas públicas continua

Q

uando esta edição do jornal foi fechada, ainda não havia certeza quanto à votação do PLS 555 (Projeto de Lei do Senado), o chamado Estatuto das Estatais. Previsto para ser levado ao plenário no dia 01 ou 02 de março, os movimentos sociais continuavam em vigília no Senado – conversando com parlamentares, negociando com o governo e realizando atividades de pressão. A pauta permanecia trancada por duas Medidas Provisórias, o que significa que a votação pudesse ser mais uma vez adiada. No dia 1º, logo pela manhã, o ato contra o PLS 555, previsto para acontecer no auditório Petrônio Portela, acabou transferido para o da Comissão de Direitos Humanos, já que a entrada dos participantes não foi permitida no local agendado. Integrantes de seis centrais sindicais e de dezenas de entidades que representam várias categorias na defesa das empresas públicas brasileiras falaram sobre os riscos do projeto privatista, ao lado de senadores e deputados estaduais que apoiam o movimento. Entre os que

já integram a oposição ao PLS 555 estão parlamentares do PT, PCdoB, Rede, PDT, PMB e PMDB – nesse último, o senador Roberto Requião (PR). São pouco mais de trinta, de um total de 81 senadores, e é necessário ampliar as adesões. No dia seguinte, os ativistas contra o PLS 555 se uniram às mobi-

lizações contra outro projeto, que pretende sucatear o patrimônio público brasileiro. Trata-se do PLS 131, do senador José Serra, que permite a exploração do Pré-sal pelas petrolíferas estrangeiras. Depois, continuaram a saga nos gabinetes e na sessão do Senado. Os bancários podem ajudar a

pressionar os senadores enviando e-mails contra o PLS 555. A orientação do Sindicato é que seja enviada a mensagem: “Como nosso representante eleito por voto popular, pedimos que vote contra o PLS 555. Honre o voto recebido nas eleições e seja contrário a esse projeto que é uma afronta aos interesses nacionais”. No assunto escreva #NãoAoPLS555. “Precisamos de 41 votos para derrubar o projeto, que é um verdadeiro ataque às estatais. No âmbito dos bancários, o PLS 555 ataca, sobretudo, a Caixa e o BNDES, abrindo o capital desses que são os únicos bancos 100% públicos do país”, destaca Suzi.

8 DE MARÇO

Ato unificado e exibição de filmes marca Semana da Mulher No dia 8 de março, o Sindicato se une a mais de quinze organizações que estão construindo o Ato Unificado “É pela vida das mulheres”. O tema, escolhido conjuntamente pelo movimento sindical e movimentos sociais, traz à tona a discussão sobre os vários problemas vividos pelas mulheres. “Estão em pauta a luta contra a violência sexista, por

igualdade de oportunidades, pelo trabalho doméstico compartilhado, contra os estereótipos de gênero, por mais respeito e dignidade”, explica a secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa. A concentração será no Parque 13 de Maio, onde acontecerão rodas de diálogo sobre diversos temas. No fim da tarde, os participantes saem

em marcha pelas ruas do Recife. Durante a manhã, o Sindicato visita as agências, para conversar e homenagear as bancárias, com distribuição de brindes. EXIBIÇÃO DE FILME

No dia 10, o Sindicato promove a exibição do filme “O amor e a Fúria”. Dirigido por Lee Tamahori, o filme

consegue mostrar de uma forma bem realista os dramas de uma família cercada por problemas sociais, especialmente a pobreza, o machismo e a violência. O autoritarismo patriarcal, o ciclo recorrente de violência doméstica, o abuso sexual... tudo isso é tratado de forma bastante realista. Depois da exibição, haverá debate sobre o conteúdo do filme.

01 a 15 de março de 2016


6 BANCOS PÚBLICOS

Abertas inscrições para candidatos a delegados sindicais; participe!

E

stão abertas as inscrições para as eleições de delegados sindicais dos bancos públicos. Bancários sindicalizados da Caixa, do Banco do Brasil, BNB, BNDES e Banrisul podem registrar suas candidaturas até o dia 15 de março. As eleições ocorrerão de 21 a 23 de março. As inscrições das candidaturas podem ser feitas no site (bancariospe.org.br); pessoal-

mente, na presidência do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564. Boa Vista); ou por e-mail (presidencia@bancariospe.org.br). Os formulários de inscrição estão disponíveis nas agências e departamentos dos bancos. O mandato dos delegados sindicais é de um ano (de 1º de abril de 2016 a 31 de março de 2017). O secretário de Bancos Públicos do Sindicato, Renato Brito, ressalta o papel fundamental dos

delegados sindicais na organização dos trabalhadores. “Os delegados sindicais fortalecem a organização da categoria e contribuem para a construção das estratégias de luta do Sindicato. São um elo permanente entre os bancários e o Sindicato”, explica Renato.

ORGANIZAÇÃO

SEU ESPAÇO!

Bancários se organizam para enfrentar avanço conservador

Sindicato aperfeiçoa atendimento em seu departamento jurídico

Durante dois dias, 22 e 23 de fevereiro, o Sindicato participou de reunião do Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo. O objetivo foi traçar estratégias de organização que se contraponham ao avanço da direita no Brasil e no mundo. Este tema também norteou as discussões da diretoria do Sindicato durante seminário, no final de janeiro, para elaborar o planejamento estratégico da entidade. Tanto na reunião nacional quanto no encontro local, os debates sobre a conjuntura apontaram para um ce-

nário adverso: “Temos o Congresso Nacional mais conservador dos últimos tempos, com vários projetos que representam perdas de direitos para os trabalhadores e prejuízos para a soberania nacional e para os direitos humanos. Sindicatos e movimentos sociais precisam estar juntos para se contrapôr a isso”, opina a presidenta do Sindicato, Suzineide Medeiros. No segundo dia de reunião do Comando Nacional, os bancários elaboraram um Plano de Ação e calendário para os próximos meses.

17 de março (a confirmar)

Grande Ato no Congresso Nacional contra PLS 555

31 de março

Mobilização em Brasília contra as reformas da Previdência Social e pautas contra os trabalhadores

13 e 14 de maio

Encontro Nacional dos Financiários

14 de maio a 05 de junho

Encontros regionais de bancos públicos e privados

20 de maio a 03 de julho

Conferências Estaduais/Regionais

7 e 8 de junho

Congresso Nacional dos Funcionários do BB e da Caixa

17 a 19 de junho

27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - CNFBB

17 a 19 de junho

32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa - CONECEF

15 a 17 de julho

18ª Conferência Nacional dos Bancários

01 a 15 de março de 2016

O Sindicato concluiu mais uma etapa do processo de informatização dos serviços do seu departamento jurídico. Para realizar homologações de demissões de bancários, os departamentos pessoais dos bancos devem fazer o agendamento, virtualmente, no sistema do Sindicato. Além disso, a partir de março, os bancários terão acesso ao andamento dos processos movidos pelos advogados que prestam serviço ao Sindicato no próprio site da entidade. O agendamento virtual das homologações facilita o monitoramento do Sindicato quanto aos impedimentos do desligamento do bancário. “Quando o banco agenda uma homologação de demissão, temos condições de verificar se há algum impedimento legal, como a estabilidade pré-aposentadoria ou uma doença ocupacional, e de tomar as medidas cabíveis. A informatização desse sistema trará mais agilidade aos nossos atendimentos”, explica o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino.

AÇÕES JUDICIAIS

Já transitou em julgado e serão liberados em breve os valores remanescentes da ação movida pelo Sindicato para restituir as perdas dos antigos funcionários do Basa (Banco do Estado da Amazônia) com o Plano Collor. O processo, movido desde 91 pelo Sindicato, beneficia cerca de trinta trabalhadores que eram lotados na agência do Recife. “É importante que eles entrem em contato com o Sindicato para assegurar o que lhes é de direito”, ressalta o advogado João Pinheiro. Quanto à ação do anuênio do Banco do Brasil, encerrado o recesso da Justiça, o Sindicato entregou uma petição na qual se pronuncia sobre o último despacho do juiz e solicita encaminhamentos. Entre os pedidos, cobra que o BB garanta a incorporação do anuênio para todos os bancários; pede providências quanto a alguns substituídos não incluídos nos cálculos; e cobra que o banco seja instado a disponibilizar sua estrutura para agilizar a transferência dos valores.


7

Bancário vítima de sequestro é demitido por justa causa

O

Santander, mais uma vez, desrespeitou o direito dos trabalhadores e demitiu, por justa causa, um bancário que sofre com problemas psíquicos, após ter sido vítima de investida criminosa no ambiente de trabalho, em outubro de 2015. O funcionário viveu momentos de terror ao ter a família sequestrada. Os bandidos alugaram uma casa ao lado da residência dele e, pela manhã, os “vizinhos” bateram na porta do bancário e anunciaram o sequestro. A esposa, que também é bancária do Santander, e o filho de dois meses foram mantidos reféns, enquanto o bancário, que possui função de gerente, foi levado à agência em que trabalha para buscar o dinheiro do resgate. O banco responsabiliza o bancá-

rio pela perda do numerário e quer demiti-lo por justa causa. Diante disso, o Sindicato solicitou à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE) que não seja aceito o pedido de ho-

mologação da demissão ilegal feito pelo Santander. “O banco defende a tese de que o bancário não deveria ter entregue o dinheiro, mesmo que as vidas dos familiares dele estivessem em risco.

Infelizmente, é comum o banco ter práticas que adoecem os bancários e, depois que eles estão doentes, demiti-los”, comenta o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino.

INSEGURANÇA

Dois assaltos a banco assustam bancários no Recife BB da Conselheiro Aguiar sofreu o segundo assalto em menos de um ano

Recife registrou dois assaltos a banco neste começo de ano. O primeiro ocorreu na sexta de Carnaval, dia 5 de fevereiro. A agência do Itaú do Mercado São José, no centro, foi assaltada porque o banco colocou tapumes na frente da unidade para protegê-la durante o carnaval. Os bandidos se esconderam atrás do tapume, e quando vigilantes e bancários chegaram, foram rendidos pelos criminosos. “Os funcionários estavam bastante tensos, pois sofreram muitas ameaças durante o assalto. Após a ocorrência, uma psicóloga atendeu os bancários, na própria agência, como manda nossa Convenção Coletiva”, conta o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, que foi ao local prestar assistência aos trabalhadores.

O segundo assalto ocorreu no dia 26 de fevereiro. A agência do Banco do Brasil localizada na avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, foi o alvo. Um cliente foi atingido por um tiro, mas, segundo os bancários que prestaram os primeiros socorros, o ferimento foi leve. Essa agência do BB também foi alvo de assalto em agosto de 2015. SUSTO EM IBIMIRIM

O grupo de assaltantes se espalhou por toda cidade, semeando pânico; atacou o posto policial e destruiu a unidade. Situação semelhante também ocorreu em janeiro, na agência de Afrânio. “Entramos em contato com o banco e deixamos claro que o prédio só pode voltar a atender com toda a estrutura necessária, inclusive de segurança”, afirma o diretor do Sindicato Gilvan Santana, que esteve no local.

O Banco do Brasil de Ibimirim foi completamente destruído na madrugada de 16 de fevereiro, depois de mais uma ocorrência que vem sendo descrita pela Polícia como “assalto de cangaço”.

01 a 15 de março de 2016

George Crux / Free Images

SANTANDER


8 APOSENTADOS

Cafés reúnem no Sindicato antigos colegas de profissão

O

s bancários aposentados têm participado ativamente da vida do Sindicato. Desde o ano passado, a entidade criou um espaço de convivência para eles. E, a cada mês, mais e mais aposentados têm marcado presença nos cafés da manhã realizados pela entidade, geralmente na terceira sexta-feira do mês. “Em janeiro, o café foi especial, com direito à festa de carnaval e tudo. Teve muito frevo, dança e diversão”, diz o secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas. No dia 26 de fevereiro, mais um café

da manhã reuniu os aposentados na sede do Sindicato.

A secretária suplente dos Aposentados, Maria José Leódido, res-

saltou que, em 2016, a Secretaria pretende ampliar suas atividades. “Estamos elaborando novos projetos, para que os aposentados sejam ainda mais atuantes no Sindicato”, afirmou. “Desde a primeira gestão dessa diretoria, em 2009, o Café da Manhã foi instituído como um espaço para agregar e trazer de volta quem durante muito tempo ajudou a construir a história da categoria. Queremos fortalecer ainda mais os espaços de atuação e convívio dos aposentados no Sindicato”, afirma a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

MESAS TEMÁTICAS

CIDADANIA

Bancários e bancos retomam negociações sobre saúde e igualdade de oportunidades

Fórum Social Mundial discute a consolidação da democracia

Wellington Trindade (de vermelho) representa Pernambuco nas negocições sobre saúde

Os bancários e os bancos retomaram no final de fevereiro as negociações das mesas temáticas. No dia 24, a reunião foi sobre as reivindicações de saúde. Causou espanto aos representantes dos bancários a postura intransigente da Fenaban. A categoria bancária é o grupo de trabalhadores com maior nível de adoecimento do país. As condições de trabalho, as metas abusivas, as pressões constantes de produtividade e as demissões têm sido, ano após ano, as maio01 a 15 de março de 2016

res preocupações da categoria, conforme apontaram os resultados das consultas nacionais que antecedem as campanhas salariais. “Apesar de todos os problemas, os bancos negaram as reivindicações dos sindicatos, que visam proteger a saúde dos bancários”, ressalta o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, que representa Pernambuco nas negociações nacionais. A próxima reunião da mesa bipartite de saúde do trabalhador

está agendada para 11 de maio. IGUALDADE DE

OPORTUNIDADES

Um dia antes, os bancários e os bancos retomaram as negociações da mesa temática sobre Igualdade de Oportunidades. Durante o encontro, realizado em São Paulo, os sindicatos cobraram da Fenaban a implantação da licença paternidade de 20 dias e o acompanhamento do Programa de Valorização da Diversidade. A negociação também não registrou avanços.

O Fórum Social Mundial de Porto de Alegre, realizado no fim de janeiro, trouxe reflexões importantes sobre diversos temas de relevância nacional e mundial, mas a questão da consolidação da democracia no mundo transpassou todas as demais discussões. A secretária de Formação do Sindicato e diretora da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa), Anabele Silva, e o diretor do Sindicato e da CUT , Expedito Solaney, participaram do Fórum. “O Fórum é muito amplo, um espaço de formação para diversas áreas. Mas a questão da democracia trouxe uma unidade às discussões, pois sem democracia não conseguiremos avanços na defesa dos direitos humanos, na luta contra a desigualdade social ou mesmo na defesa da saúde e da educação”, avalia Anabele. Expedito Solaney apresentou no Fórum o relatório da Comissão Memória, Verdade e Justiça da CUT, que realizou um trabalho paralelo à Comissão Nacional da Verdade.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.