ANO XXIV • Nº 534 • 05 A 09 DE SETEMBRO DE 2016 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
CAMPANHA NACIONAL
Bancários pernambucanos deflagram greve por tempo indeterminado Os bancários deflagraram greve da categoria a partir da meia noite da terça-feira (6), por tempo indeterminado, após receberem uma série de negativas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nas quatro rodadas de negociação da Campanha Nacional 2016. A decisão foi tomada pela maioria da categoria presente na Assembleia Geral Extraordinária, realizada na quinta-feira (1), na sede da entidade, tendo sido registrados apenas três votos contrários. Durante a assembleia, os bancários se posicionaram contra o golpe, o Governo Temer e suas medidas contra os direitos dos trabalhadores, tais como a reforma da previdência. A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, explicou que a categoria reivindica um reajuste de 14,78%, o que representa a reposição da inflação, mais ganho real de 5%. “Os banqueiros lucraram muito, mesmo com a crise. Mas, agora, na hora de dividir os lucros com os trabalhadores, querem oferecer um reajuste menor que a inflação três pontos percentuais. Não vamos aceitar, porque a inflação está alta e nosso salário, defasado”, afirmou Suzineide. A categoria acatou a orientação do Comando Nacional dos Bancários e rejeitou a proposta de reajuste de 6,5% com abono de R$ 3 mil apresentada pela Fenaban. É inaceitável que os bancos, que lucraram R$ 29,7 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, proponham um reajuste abaixo da inflação (9,5%), com uma proposta que representa perda real de 2,8% para os trabalhadores. Além disso, o pagamento de uma parcela de R$ 3 mil de abono não reflete férias, 13o, FGTS, VA, VR, auxílio e previdência. Os banqueiros ainda disseram não ao auxílio-creche de R$ 880, ao vale-cultura de R$50, ao vale-refeição no período da licença maternidade e ao auxílio-educação em todos os bancos. No período de realização da greve, todos os procedimentos internos dos bancos públicos e privados e financeiras devem ser interrompidos. Apenas os serviços do auto-atendimento devem continuar funcionando para não prejudicar a população, o que representa 30% da atividade.
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