ANO XXV • Nº 546 • 17 A 30 DE ABRIL DE 2017 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
GREVE GERAL 28/04 contra retirada de direitos
Bradesco exige de gerentes venda de previdência privada p.2
Empregados da Caixa contestam valor da PLR p.3
Itaú anuncia fechamento de agências p.6
INSS proíbe entrega imediata de laudo pericial p.7
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2 EDITORIAL
Reaja ou morra! A redação desta edição do Jornal dos Bancários é movida pela atmosfera da Greve Geral, que será realizada no próximo dia 28 de abril. As más razões para tanto não nos faltam: Lei da Terceirização, privatizações e as propostas sórdidas de reforma da Previdência e trabalhista. Tudo isso vem atingindo fatalmente as relações de trabalho dos bancários que já começam a amargar as demissões e a perda de direitos, enquanto os grandes empresários do setor voam em céu de brigadeiro. Haja vista os desmontes dos bancos públicos, as demissões dos funcionários do Bradesco para contratação de trabalhadores terceirizados e o fechamentos de agências do Itaú e da Caixa. Estamos apostando todas as nossas energias que esta será a maior mobilização das forças sociais vivas desde a instalação do governo golpista de Michel Temer. Até porque, meus caros companheiros e companheiras, não nos resta mais nada, a não ser a esperança na reação dos trabalhadores e trabalhadoras desta nação. Há uma tentativa da podre elite brasileira de fazer crer que, a partir do golpe, ela comanda este país. Precisamos voltar a acreditar e provar nas ruas que a força é premissa do povo livre. Vamos à luta!!! Boa leitura! Suzineide Rodrigues Presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco
Aluízio Lira e Albérico Branco vencem eleição da Bandeprev Os dois candidatos apoiados pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Aluízio Lira e Albérico Branco, foram eleitos membros do Conselho Fiscal do Bandepe Previdência Social (Bandeprev). Os eleitos foram apoiados pela entidade desde o início do processo eleitoral. Representando o pessoal da ativa, Aluízio Lira foi eleito com 627 votos, contra 212 do candidato Gustavo de Pádua. Entre os assistidos, Albérico Branco recebeu 507 votos, enquanto o segundo colocado, Augusto César Souza, teve 270. A posse dos eleitos acontece no dia 31 de maio deste ano. Para a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, os candidatos eleitos reúnem os atributos necessários para representar os
MEMBROS ELEITOS PARA O CONSELHO FISCAL DA BANDEPREV
Os eleitos receberam o apoio do Sindicato desde a primeira hora
associados no Conselho Fiscal da Bandeprev.“Apostamos em ambos e vamos trabalhar juntos para garantir os direitos dos bandepeanos”, garante. Os eleitos agradecem aos bandepeanos e bandepeanas pelo voto de confiança. “Essa foi uma eleição
difícil em virtude da conjuntura adversa pela qual atravessamos. Mas, com empenho conseguimos mostrar que o papel do conselho fiscal está sendo cumprido. Faremos o nosso trabalho com o objetivo de fortalecer a Bandeprev, que é a base de nosso sustento”, afirma Aluízio.
Bradesco exige que gerentes vendam plano de previdência privada O banco Bradesco delegou mais uma tarefa aos gerentes, que diariamente já acumulam funções na instituição. Além de todas as atribuições, a partir de agora eles também precisam vender planos de previdência privada para os clientes, gerando uma sobrecarga de trabalho ainda maior. De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, essa realidade atinge Pernambuco e também os demais Estados do país, pois faz parte da política nacional do banco. “O Bradesco continua cobrando metas abusivas, bem
como não paga aos gerentes o trabalho que era realizado pelos corretores. Não podemos aceitar que um banco que lucrou R$ 17 bilhões em 2016 economize às custas dos bancários”, afirma. Apesar do corpo funcional ser reduzido para a quantidade de demandas, o Bradesco continua cobrando dos seus funcionários o cumprimento de metas elevadas. “Essa sobrecarga de atividade acarreta aumento da pressão e do assédio moral dentro das agências, inclusive, causando o adoecimento da categoria”, denuncia o secretário de Bancos Privados, Adeilton Filho.
O Sindicato está atento às políticas implementadas pelo banco e aberto para receber denúncias dos bancários, caso ocorra qualquer tipo de assédio.
EXPEDIENTE Coordenação e supervisão: Tempus Comunicação
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Ed. 546 / Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife/PE Telefones: (81) 3316 4233 / (81) 3316 4221. E-mail: comunicacao@bancariospe.org.br Site: www.bancariospe.org.br Tiragem: 11.000 exemplares
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Jornalista responsável: Micheline Américo Conselho Editorial: Adeílton Filho, Cleonildo Cruz, Daniella Almeida, Epaminondas Neto, Jonatas Campos, Micheline Américo e Suzineide Rodrigues Redação: Beatriz Albuquerque e Camila Lima Diagramação: Bruno Lombardi Fotos: Agência Lumen e Tempus Comunicação
DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Suzineide Rodrigues Comunicação: Daniella Almeida Secretária-Geral: Sandra Trajano Finanças: Jaqueline Mello Administração: Geraldo Times Assuntos Jurídicos: João Rufino Bancos Públicos: Renato Brito Bancos Privados: Adeílton Filho
Cultura, Esportes e Lazer: Fábio Sales Assuntos da Mulher: Eleonora Costa Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Formação: Anabele Silva Intersindical: Fernando Batata Ramo Financeiro: Andreza Camila Duarte Aposentados: Luiz Freitas
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Empregados da Caixa contestam valor da segunda parcela da PLR
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s empregados deram o recado à Caixa: não aceitam retirada de direitos. Em reunião com representantes do banco realizada no início do mês, trabalhadores protestaram contra os valores da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a prática antissindical da empresa de apontar a greve nacional de 2016 como uma das causas da queda dos lucros no ano passado. Também foram reivindicados mais transparência e respeito à categoria. Em nota divulgada aos empregados, a Caixa apontou como um dos fatores da redução da lucratividade a greve que os trabalhadores realizaram em defesa dos seus direitos. Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, essa posição da presidência da Caixa faz parte do jogo político neoliberal. “Foi justamente a forte mobilização dos empregados, em 2016, que garantiu algumas conquistas nesse cenário tão adverso. Querer jogar no colo do empregado resultados negativos é golpismo”, conclui. O valor da segunda parcela da PLR, paga no fim de março, gerou revolta entre os empregados da Caixa em todo o país. Aqueles que têm salários menores receberam de R$ 200 a R$ 300, em média. A quantia
Suzineide discursa em defesa dos empregados da Caixa
é irrisória se comparada à expectativa da categoria e aos valores pagos nos últimos anos. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) defende que o problema não é o modelo de pagamento da PLR adotado pela Caixa. Este representa, inclusive, uma conquista importante dos empregados, alcançada por meio de muita mobilização. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE) está cobrando do banco explicações acerca dos números apresentados no balanço de 2016. Em setembro, o lucro acumulado era de R$ 3,4 bilhões e projetava-se um lucro anual de R$ 6,7 bilhões. De acordo com o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese), mesmo com resultado que representa queda de 41,8% em relação a 2015, o balanço anual mostra melhoria do resultado operacional do banco, com crescimento de 271,7%. Esse desempenho se deve aos bons resultados das receitas com operações de crédito, Títulos e Valores Mobiliários (TVM) e prestação de serviços, além da queda no índice de inadimplência. A economista do Dieese, Vívian Rodrigues, explica que a queda no lucro da Caixa foi meramente contábil e decorrente da menor injeção de créditos tributários no ano. “Portanto, não dá para afirmar que essa redução seja de responsabilidade dos trabalhadores, diante de um desem-
penho operacional com crescimento tão expressivo (mais de 270%) e de melhoras em todos os indicadores, tanto patrimoniais quanto de resultado”, explica a economista. A primeira parcela da PLR, que representa 60% do total recebido, foi calculada com base no lucro estimado de R$ 6,7 bilhões. Os trabalhadores, que são os principais responsáveis pela geração de lucros, reivindicam que a Caixa reveja os valores da segunda parcela da PLR e faça uma nova distribuição com base no lucro recorrente, que foi de R$ 4,967 bilhões. Para a presidenta do Sindicato, o resultado desse cálculo da PLR é mais uma manobra do governo Michel Temer. “É um truque de quinta categoria para tentar manipular a opinião pública com a falácia de que a Caixa vem decaindo nos resultados, e ao mesmo tempo, abocanhar os benefícios do trabalhador garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, revela Suzineide. Ela destaca ainda que, além disso, o plano é extinguir as entidades de defesa dos trabalhadores. “Os golpistas intentam jogar os bancários contra os sindicatos a fim de, logo à frente, desmontar a organização sindical e dar mais poder ao patrão como previsto na reforma trabalhista”, avalia.
CAFÉ DA MANHÃ DOS APOSENTADOS O Café da Manhã dos Aposentados neste mês abril será realizado no próximo dia 27, a partir das 9h, na sede do Sindicato. Como de costume, serão servidos aos filiados e convidados pratos regionais, como bolos, tapiocas, cuscuz e mungunzá, além de uma farta mesa com frutas, pães, queijos e sucos. Na ocasião, os aposentados poderão usufruir também da sala dedicada a eles, onde há computador com acesso à internet, espaço para leitura e confortáveis poltronas para descanso.
PRESTAÇÃO DE CONTAS 2016 O Sindicato dos Bancários de Pernambuco convoca todos os associados em dia com suas obrigações para a Assembleia Geral Ordinária que será realizada no próximo dia 27 de abril, às 9h, na sede da entidade. O objetivo é deliberar sobre o Balanço Financeiro e Patrimonial do exercício de 2016 e sobre o Plano Orçamentário para o exercício de 2017. No dia anterior, em 26 de abril, será realizada uma reunião, às 19h, para debater e esclarecer as informações contidas na pauta da assembleia. A votação terá início logo após a instalação da assembleia, estendendo-se até 18h do mesmo dia, exceto nas urnas do Sindicato, que funcionarão até 20h. Nas unidades de trabalho, somente votarão os associados ali lotados, cujos os nomes constam nas listas de votação específicas. Os demais votarão na sede do Sindicato, único local onde serão permitidos votos em separado.
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Crescem investidas violentas contra bancos em Pernambuco
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o primeiro trimestre deste ano, ocorreram 45 investidas criminosas contra bancos e carros-fortes no Estado de Pernambuco, de acordo com o balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco. O número de ações foi crescente no comparativo entre os meses de janeiro, fevereiro e março. Até o fim de março, foram registradas ocorrências de explosões, assaltos, arrombamentos e sequestro em 29 municípios de Pernambuco. A Região Metropolitana do Recife foi a mais afetada, com 14 investidas, seguida do Agreste (11), da Zona da Mata (10), Sertão (9) e do Distrito de Fernando de Noronha (1). Ainda segundo o levantamento do Sindicato, o número de ações contra bancos cresceu, contrariando a estatística apresentada pela Secretaria de Segurança Pública (SDS). Em janeiro foram contabilizadas 14 investidas e, em fevereiro, 12. Porém, em março, o número subiu para 19, totalizando as 45 ações criminosas
Rufino: Região Metropolitana do Recife é a mais atingida pelas ocorrências
no trimestre. “Continuamos coletando dados que divergem dos números da SDS, dados esses que deveriam ser repassados para o Sindicato, mas está havendo um boicote. Infelizmente, não vemos o Governo tomar medidas efetivas de segurança pública, mas apenas multar os bancos com o objetivo de reforçar o caixa do Es-
tado, sem dar condições mínimas para reabertura das agências”, critica o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato e membro do Coletivo de Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), João Rufino. O Sindicato permanecerá moni-
torando as investidas contra bancos em Pernambuco por entender que este problema afeta diretamente os funcionários dos bancos e a população. A categoria bancária é uma das que mais adoece no país, principalmente por distúrbios psíquicos ocasionados, entre outros fatores, pela ocorrência constante de ações violentas nos locais de trabalho.
Bancos descumprem cláusula de saúde da Convenção Coletiva de Trabalho A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) reivindica da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomada das negociações acerca do descumprimento pelos bancos da cláusula 65 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que determina o adiantamento emergencial de salários nos períodos especiais de afastamento por doença. A CCT estabelece em que situações os trabalhadores têm direito ao benefício: na ocasião de um primeiro afastamento e quando do retorno de uma licença médica (benefício cessado). No caso do retorno ao
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trabalho, se o trabalhador for considerado “inapto” e apresentar o PR (Pedido de Reconsideração) terá o adiantamento pago. Há também a exigência da marcação da perícia inicial. O PR, no entanto, foi extinto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio da Portaria nº 152, de 25 de agosto de 2016. No lugar do PR, a nova portaria prevê, no artigo 2º, que o segurado poderá interpor recurso ao Conselho de Recursos do Seguro Social, bem como entrar com novo pedido de benefício após 30 dias. De acordo com o secretário de
Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Contraf, Walcir Previtale, depois da extinção do PR, em muitos casos, os bancos não estão encaminhando os trabalhadores, quando retornam de um período de afastamento, para a realização do exame de retorno. “Os bancos estão se aproveitando desse mecanismo para não pagar o adiantamento emergencial aos empregados. E isso não pode ocorrer”, afirma Previtale. Segundo a Contraf, em caso de não realização do exame de retorno ao trabalho, deve ser garantida a integralidade do pagamento salarial ao trabalhador, já que o contrato de tra-
balho foi reativado e o risco da atividade econômica é do empregador. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco orienta o trabalhador a guardar os documentos que comprovem que ele compareceu ao banco e não foi encaminhado para o exame de retorno. “As provas documentais, em casos como esses, são muito importantes para resguardar os direitos dos funcionários”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, que representou a entidade na primeira reunião da Mesa Bipartite de Saúde do Trabalhador com a Fenaban, realizada no início de março.
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É GREVE GERAL!
Trabalhadoras e trabalhadores de todo o país ganharão as ruas no próximo dia 28 de abril
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o dia 28 de abril, bancários de todo o Brasil participarão da Greve Geral e vão às ruas para derrotar a reforma trabalhista e a reforma da Previdência defendidas pelo governo golpista de Temer, e protestar contra Lei 13.429/2017, que legalizou a terceirização indiscriminada no Brasil. A participação da categoria foi deliberada pelo Comando Nacional dos Bancários, no início do mês. O movimento é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “Os banqueiros foram os grandes apoiadores da aprovação da Lei da Terceirização e, agora, se mobilizam pela aprovação da reforma trabalhista e da Previdência. Isso, naturalmente, não acontece à toa. Os empresários querem mais lucro, explorando ainda mais os trabalhadores”, afirma a presidenta
do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues. O Comando Nacional dos Bancários também definiu um calendário de lutas unificado da categoria em defesa do emprego, dos bancos públicos e dos direitos da classe trabalhadora. No último dia 15 de março, os bancários pernambucanos se somaram às demais categorias e realizaram uma grande marcha também contra as reformas trabalhista e da Previdência. Milhares de trabalhadores tomaram as ruas do centro do Recife, nesse Dia Nacional de Mobilização. “No dia 28 de abril, vamos participar com muita disposição desse ato democrático para dizer que não aceitamos os ataques brutais aos nossos direitos. Não aceitamos o fim da Previdência Social e o enfraquecimento dos movimentos de trabalhadores por meio da reforma trabalhista”, afirma Suzineide. A proposta apresentada pelo go-
verno golpista de Michel Temer estabelece para homens e mulheres idade mínima de 65 anos e 49 anos de contribuição, como critérios para conceder a aposentadoria integral. “Precisamos construir uma consciência coletiva. O governo lançou um pacote de maldades para retirar os direitos dos trabalhadores e assim destruir, inclusive, a identidade de classe”, avalia o secretário de Administração do Sindicato, Geraldo Times. Caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 seja aprovada, os bancários perderão o direito à aposentadoria especial de 30 anos de contribuição. Para defender a perversa reforma da Previdência, os golpistas alegam que há um rombo em decorrência do pagamento de aposentadorias. A falácia é contestada por especialistas que calcularam todas as receitas e despesas da Seguridade Social. Segundo o se-
cretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, a Previdência é superavitária. “Estudos indicam superavit de R$ 7 bilhões. O problema é que o dinheiro está sendo desviado para o pagamento da dívida pública. O governo retira bilhões através da Desvinculação de Receitas da União (DRU)”, denuncia. Por sua vez, o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, destacou que a pressão dos trabalhadores tem surtido efeito. “O governo Temer e seus aliados têm recuado para tentar dividir a classe trabalhadora, com objetivo de darmos um passo atrás em relação à reforma da Previdência, mas não podemos nos enganar. O ilegítimo Michel Temer está tentando nos desmobilizar. Nós queremos o arquivamento desse projeto criminoso que quer acabar com os direitos da classe trabalhadora em nosso país”, afirma Veras. 17 a 30 de abril de 2017
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Sindicato cobra explicações sobre fechamento de agências do Itaú no Interior
Reunião entre Sindicato e direção do Itaú
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Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou, neste mês de abril, uma reunião com o representante de Relações Sindicais do Itaú, Marcos Aurélio. O objetivo do encontro foi discutir problemas apontados pelos funcionários lotados em agências sediadas no Estado. Entre as demandas levadas pelos diretores do Sindicato ao banco, um dos pontos mais preocupantes é o impacto do fechamento de três agências do Interior, localizadas nos municípios de Pesqueira, Serra Talhada e Gravatá. “Os funcionários estão
apreensivos, porque a migração das contas para Arcoverde, por exemplo, implica em um deslocamento de mais de 200 quilômetros”, afirma o diretor Flávio Coelho. O representante do banco se comprometeu em analisar os números que envolvem o fechamento das agências para dar uma resposta sobre a questão. “A retirada do Itaú de algumas regiões é uma estratégia de negócio”, explica Marcos Aurélio. Durante a reunião, ele também ressaltou que “o processo digital é inevitável e não se acaba”. Nesse ponto, os dirigentes se mostraram
Flávio: funcionários estão apreensivos com deslocamentos
receosos com relação aos problemas gerados por um relacionamento essencialmente digital, que exclui o contato presencial com os clientes. Além disso, as condições de trabalho nas plataformas digitais do Itaú foram debatidas a fim de garantir a saúde do trabalhador. O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, denunciou a extensão da jornada de trabalho dos bancários. “A necessidade de realizar hora extra não é imprevisível para o banco, pois se sabe o dimensionamento das unidades e o volume das demandas”,
criticou. Segundo Marco Aurélio, a orientação é que sejam feitas até duas horas extras por dia, mas não diariamente. O representante do banco garantiu que sobre as reclamações de funcionários permanecerem realizando tarefas após o ponto batido, as medidas cabíveis serão tomadas. “O dimensionamento da agência é feito pela média de demanda. Então, nos dias de pico, precisamos que os funcionários realizem hora extra. Mas, isso deve ser acordado entre os gestores e os funcionários”, disse Marcos Aurélio.
Banco do Brasil apresenta mudança na GDP A direção do Banco do Brasil apresentou as modificações na Gestão de Desempenho Profissional (GDP) para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no início deste mês de abril, em Brasília. Os novos parâmetros do sistema de avaliação de funcionário do BB serão aplicados ainda neste semestre. De um modo geral, às metas já estabelecidas na GDP foram acrescidos 5% para cada parâmetro (competências/metas) e a pontuação final terá um impacto maior atribuído ao resultado da dependência e carteira, neste úl17 a 30 de abril de 2017
timo caso, vinculado ao programa Conexão, antigo Sinergia. Para os representantes dos funcionários, embora não seja a finalidade da avaliação focar apenas no resultado e na meta individual, há uma preocupação com as condições de trabalho pioradas em razão do processo de reestruturação. Vários locais de trabalho estão com o número de funcionários reduzido, e será necessário um monitoramento mais atento da GDP a fim de prevenir abusos e discriminação no processo avaliatório. Na ocasião, foi defendida a necessi-
dade de qualificação dos gestores para o uso correto dessa ferramenta e da função deles no desenvolvimento dos funcionários. Já os integrantes da Comissão de Empresa apresentaram suas considerações quanto ao peso do resultado ser maior, dada a falta de condições de se cumprir o acordo de trabalho, destacadamente, nas unidades de negócio que absorveram serviços e clientes de agências fechadas. Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a GDP é um importante instrumento
de avaliação dos funcionários, e o seu modelo já é conhecido pelo corpo funcional do BB. “Para nós, a comunicação das mudanças no formato não pode ser confundida com incentivo a uma forma maior de pressão sobre os funcionários, principalmente se os avaliadores não foram bem instruídos sobre o uso da ferramenta GDP. Vamos orientar os sindicatos a acompanharem de perto como está sendo aplicada a nova GDP e sua percepção pelos funcionários.” Uma nova reunião sobre GDP será marcada junto com a apresentação do Conexão (Sinergia).
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INSS proíbe entrega imediata de laudo pericial
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Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) proibiu a entrega imediata do resultado da perícia nas agências da Previdência Social no dia da realização do exame médico pericial, como ocorria anteriormente. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco, assim como outras entidades de representação dos trabalhadores, repudia a decisão do INSS, que, mais uma vez, foi tomada de maneira autoritária e sem diálogo com a sociedade. Para o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, essa norma é uma afronta à Constituição Federal, que garante o acesso a informações de interesse do cidadão. “O trabalhador, que já enfrentava dificuldades para receber informações a respeito da concessão do próprio benefício, teve a situação agravada”, afirma Wellington. De acordo com o dirigente sindical, não há qualquer justificativa lógica para essa decisão. Os resultados, que eram entregues na própria agência do INSS, no dia da realização dos exames periciais, passaram
Wellington: o trabalhador teve sua situação agravada
a ser entregues pelos Correios no prazo de 15 dias. No caso da categoria bancária, os trabalhadores estão sendo prejudicados também pela incompatibilidade de prazos do INSS e das instituições financeiras. “Os bancos exigem que o trabalhador lhes entregue o resultado no prazo de 48 horas da realização do exame. O INSS alega que há a pos-
sibilidade de obtenção do resultado pela internet, mas uma bancária já procurou o Sindicato, pois fez o exame há mais de uma semana e ainda não conseguiu o resultado”, conta Wellington. A preocupação do Sindicato é que os bancos penalizem os trabalhadores que não entregarem os documentos no prazo em decorrência da decisão do INSS, com registro de faltas
indevidas no ponto. “Como a Previdência Social, sob o comando do governo golpista, não dialoga com o movimento sindical e demais representações dos trabalhadores, estamos buscando resolver cada caso junto ao banco. O governo é aliado dos patrões e, fazem de tudo para que as doenças ocupacionais não sejam reconhecidas”, denuncia Wellington.
Jair Pedro é reeleito presidente da Fenae Empregados ativos e aposentados da Caixa Econômica Federal, filiados a uma das 27 Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apecefs) do país, elegeram Jair Pedro como presidente da Diretoria Executiva da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal) com 16.218 votos. A eleição que contou com a participação de apenas uma chapa teve o resultado divulgado no último mês. Nos dias 15 e 16 de março, 18.429
eleitores foram às urnas. De acordo com a Comissão Eleitoral Nacional, tiveram 1.102 votos brancos e 1.109 nulos. O mandato dos representantes eleitos para a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal é de três anos (2017/2020). “Parabenizamos o presidente Jair Pedro pela vitória e desejamos que a sua gestão tenha êxito na defesa da Caixa como empresa 100% pública e dos seus empregados”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues.
Mais de 18 mil eleitores foram às urnas
CASO MIRELLA O Sindicato dos Bancários de Pernambuco se solidariza com a família de Mirella Sena que foi estuprada e morta dentro de seu apartamento, no dia 5 de abril. Bem como, presta sua solidariedade a todas as mulheres que, diuturnamente, enfrentam o machismo em casa, no trabalho e nas ruas. Importa destacar que as mulheres negras e pobres são as mais atingidas pela violência motivada por questões de gênero, mas que não recebem a devida atenção das autoridades e nem da opinião pública. É necessário também desmistificar os agressores, como Edvan Luís da Silva, como seres monstruosos e/ou psicopatas. São homens como quaisquer outros que vão ao extremo para impor sua suposta “superioridade”. O machismo não pode ser tolerado em nenhum nível, da “gracinha” ao homicídio. Basta de violência contra as mulheres!!!
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Sindicato assegura novas reintegrações
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o início de abril, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco reintegrou mais dois bancários demitidos ilegalmente. José Henrique Carvalho, gerente do Itaú Ceasa, e Ícaro Gabriel Albuquerque da Silva, gerente de Pessoa Jurídica do Bradesco de Bairro Novo, foram demitidos em novembro do ano passado, mesmo possuindo doenças ocupacionais. Os dois bancários nunca tinham se licenciado para cuidar da saúde, mas possuíam históricos de doença ocupacional. “Não canso de repetir: os bancários devem privilegiar os cuidados com a saúde. O banco não quer saber se o trabalhador está no início ou no fim da carreira, ou qual a condição clínica dele. Antes de passar a considerá-lo um estorvo, o banco o demite e contrata outro trabalhador que, naquele momento, não esteja física e psicologicamente desgastado”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade. O bancário José Henrique era funcionário do Itaú há 23 anos.
Após a demissão, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reconheceu o desgaste psicológico que a pressão por metas, a ameaça de demissão e sobrecarga de trabalho gerou ao bancário e o licenciou. Já Ícaro era funcionário do Bradesco há oito anos. Sofria de Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/ DORT). De acordo com Wellington, é uma prática no Bradesco realizar exames médicos periódicos, a cada três meses. Não por preocupação com a saúde dos funcionários, mas para tentar burlar a legislação trabalhista. “A lei determina que, se o exame periódico for realizado no período de 135 dias anteriores à demissão, não é necessário fazer exame demissional. Dessa forma, o banco se isenta de fazer o exame que poderia demostrar a inaptidão física ou psicológica do funcionário e inviabilizar a demissão”, explica o secretário de Saúde do Sindicato.
Funcionários reintegrados
Caixa pode retomar recurso que permite demissões sem justa causa
Sandra: mais um golpe para enfraquecer a Caixa
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No contexto de crise econômica e política vivenciada pelo país, cujo desemprego atinge mais de 13 milhões de brasileiros, a Caixa pode ressuscitar o RH008, que permite demissões sem justa causa. O risco de retomada do dispositivo vem provocando uma apreensão ainda maior entre os empregados do banco, que nos últimos meses enfrentam cotidianamente ameaças de perda de função, fechamento de agências e redução de atuação da empresa. Editado no ano 2000, período em que a Caixa estava sendo formatada para a privatização, o RH 008 foi aplicado levianamente para demitir trabalhadores somente para justificar o enxugamento
do banco. Na ocasião, cerca de 440 bancários foram dispensados. Entretanto, em razão da mobilização nacional da categoria, o mecanismo foi revogado no ano de 2003, sendo acatadas decisões judiciais a favor das reintegrações dos demitidos. Para a secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano, esse é mais um golpe para enfraquecer o único banco 100% público do país. “Não vamos aceitar nenhum retrocesso. No dia 28 de abril estaremos na rua em greve geral para lutar contra os desmontes das empresas públicas e contra todas as afrontas aos direitos da classe trabalhadora”, afirma.