ANO XXVI • Nº 584 • 16 A 30 DE SETEMBRO DE 2018 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
O Ã N Z I D O T A C SINDI B B O D A T S O P À PRO
Caixa paga restante da 1ª parcela da PLR até 20/9 p. 2
Assinado ACT do Banco do Nordeste p. 3
Conquistada 31ª reintegração p. 6
WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR
Bancários do Santander aprovam ACT p. 7
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Caixa paga restante da 1ª parcela da PLR até 20/9
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Caixa Econômica Federal pagou no dia 5 de setembro a antecipação de 70% do adiantamento da 1ª parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No caso dos trabalhadores que pagam pensão alimentícia, o banco adiantou 50%. Segundo o banco, o valor restante será pago no dia 20 deste mês. O montante foi calculado proporcionalmente aos dias trabalhados em 2018, conforme a Remuneração Base (RB) do empregado vigente em 1º de setembro de 2018, composta por PLR Fenaban + PLR Social. “A Caixa quando faz a antecipação da PLR costuma pagar cerca de 70% e acerta o restante no dia do crédito de salário”, esclarece a secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e empregada da Caixa, Cândida Fernandes.
A parcela de regra adicional é composta por 2,2% do lucro líquido, apurado em 2018, dividido pelo número total de empregados elegíveis, em partes iguais, até o limite individual de R$ 4.711,52.
PLR FENABAN
PLR SOCIAL
A parcela de regra básica é a soma de 90% da RB vigente em 1/9/18 com o valor fixo de R$ 2.355,76, limitado a R$ 12.637,50.
Caixa terá que complementar adiantamento da PLR no dia 20 de setembro
A PLR Social é 4% do Lucro Líquido apurado em 2018, distribuído de forma linear, proporcionalmente aos dias trabalhados em
2018, para todos os empregados, vinculada ao desempenho de indicadores da CAIXA e em Programas de Governo. Na Parcela Complementar, a Caixa garantirá até uma Remuneração Base (proporcional aos dias de efetivo exercício em 2018) a todos os empregados ainda que a soma da PLR Fenaban e PLR Caixa Social não atinja este teto, limitando-se o somatório das parcelas Fenaban
e Caixa a 15,25% do Lucro Líquido Ajustado. O lucro líquido estimado para 2018 foi de R$ 9,021 bilhões. Para o cálculo do número de dias de efetivo exercício, foram descontados os afastamentos consignados no ano de 2018, previstos no ACT PLR aditivo à CCT. Nos termos dos acordos firmados, a 1ª parcela da PLR 2018 corresponde a 50%.
Financiários retomam negociações com Fenacrefi dia 18 O Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT se reúne, no dia 18 de setembro, com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito de Financiamento e Investimento (Fenacrefi), para retomar as negociações da Campanha Salarial 2018. Em negociação realizada em 12 de junho, foi garantido reajuste de 1,76% pelo INPC. O objetivo para as pró-
ximas negociações é a conquista de aumento real e manutenção de todos os direitos, a exemplo do que ocorreu no acordo assinado entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Os objetivos dos financiários são aumento real, manutenção dos direitos e inclusão no acordo dos trabalhadores que concedem crédi-
tos nos finais de semana em lojas e concessionárias”, afirma a secretária do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Diana Ribeiro. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS-MTE), os financiários representam 0,7% do total de empregados no sistema financeiro
formal. No último levantamento, realizado em 2016, a categoria era composta por apenas 5.624 trabalhadores. Por outro lado, em dezembro de 2016, o número de correspondentes bancários contratados foi de 34.568. A remuneração média dos financiários aumentou 15,5%, em termos reais, entre 2006 e 2016, ganho superior à média do Setor Financeiro (7,6%).
DIRETORIA EXECUTIVA EXPEDIENTE
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Ed. 584 / Circulação Quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife/PE Telefone: (81) 3316 4233 E-mail: comunicacao@bancariospe.org.br Site: www.bancariospe.org.br Tiragem: 7.000 exemplares
Jornalista Responsável: Micheline Américo Conselho Editorial: Adeílton Filho, Epaminondas França, Micheline Américo e Suzineide Rodrigues Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto Diagramação: Bruno Lombardi Fotos: Agência Lumen
16 a 30 de setembro de 2018
Presidenta: Suzineide Rodrigues Comunicação: Epaminondas França
Cultura, Esporte e Lazer: Adeilton Filho
Secretária-Geral: Sandra Trajano
Assuntos da Mulher: Eleonora Costa
Finanças: Terezinha Santiago
Saúde do Trabalhador: Andreza Camila
Administração: Geraldo Times
Formação: Adriana Correia
Assuntos Jurídicos: João Rufino
Intersindical: Rubens Nadiel
Bancos Públicos: Cândida Fernandes
Ramo Financeiro: Diana Ribeiro
Bancos Privados: Expedito Solaney
Aposentados: Maria José Leódido
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Assinado ACT do Banco do Nordeste
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Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Nordeste do Brasil, com validade de dois anos, foi assinado no último dia 5. O documento assegura todos os direitos conquistados no ACT, além de pontuar alguns avanços, como a realização de dois concursos públicos para a contratação de novos funcionários. O secretário Intersindical do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e funcionário do Banco do Nordeste, Rubens Nadiel, ressalta as conquistas da pauta específica. “O Banco do Nordeste foi o único a anunciar a contratação de novos bancários via concurso público, em atendimento às principais reivindicações de nossa pauta específica, além de manter os direitos já conquistados pelo funcionalismo. Também asseguramos o adiantamento do pagamento da PLR para este mês de setembro, já que a empresa só pagava após todos os demais bancos”, destaca. Para a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, também signatária do ACT, o resultado da Campanha 2018 foi positivo tam-
Suzineide Rodrigues destaca avanços conquistados numa conjuntura adversa à classe trabalhadora
bém para os funcionários do Banco do Nordeste. “Assim como nos demais acordos específicos, conseguimos extrair do governo o melhor possível para o funcionalismo, levando em conta o atual ambiente de reforma trabalhista pró-classe patronal. Agora a luta continua em defesa dos bancos públicos e do emprego. Não podemos esquecer que as eleições deste ano são oportunas para anularmos todos os ataques aos direitos trabalhistas e sociais, bem como para a defesa das empresas estatais”, avalia.
CONFIRA OS PRINCIPAIS ITENS DO ACORDO • Reajuste salarial, benefícios, piso, seguro de vida em grupo, PLR, adiantamento da PLR, protocolo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, 13ª Cesta Alimentação e auxílio-funeral. • Licença para acompanhamento de filho menor de 14 anos ao médico, com flexibilidade do atual modelo para até 16h, dependendo da jornada do funcionário. • Adiantamento emergencial para afastados por licença-saúde, com aumento de 80% para 100%. • Diárias a serviço: elevação de 22,79% para diárias a serviço e de treinamento. • Realização de dois concursos públicos em níveis médio e superior. • Parcelamento facultativo de férias em até três períodos. • Prorrogação de expediente para funcionários com mais de 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens). • Ampliação facultativa para 10 meses do prazo para pagamento retroativo da Camed.
Bancários mantêm luta contra terceirização irrestrita Por mais de duas décadas, a categoria bancária empreendeu uma luta árdua e constante contra a terceirização irrestrita. A resistência foi rompida com o golpe de 2016. Numa manobra ardilosa, deputados federais desengavetaram um projeto antigo de 1998, de autoria do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e aprovaram, em 22 de março de 2017, a terceirização sem limites. Como o projeto já havia sido aprovado pelo Senado em 2002, seguiu para a sanção do governo golpista de Temer, que assinou a medida (Lei nº 13.429/2017) nove dias depois. Recentemente, em 30 de agosto deste ano, esse ataque aos trabalhadores foi legitimado pelo Supremo Tribunal Federal.
“Os ministros do STF aprovaram essa forma de contratação precária para todos os setores de uma empresa, inclusive nas públicas. Assinamos um acordo positivo nesse cenário de ataques, que garante nossos direitos por dois anos. Neste período, vamos intensificar a luta contra a terceirização e outras formas de contratações precárias previstas pela reforma trabalhista”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues. Terceirizados ganham até 70% menos que os contratados diretos, têm jornadas de trabalho maiores e não estão resguardados por sindicatos fortes. Os terceirizados do setor financeiro, por exemplo, não usufruem dos direitos previstos na
Suzineide: vamos intensificar a luta contra as contratações precárias
CCT da categoria, como PLR e jornada de seis horas. Em 7 de outubro, após dois anos de golpe, a população terá a oportunidade de reverter as nefastas medidas nas urnas. “É fundamen-
tal que bancários e bancárias não votem em candidatos de partidos que prejudicaram os trabalhadores, aprovando a terceirização, e que apoiam o desmonte do setor público no Brasil”, conclui.
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BB: Ação movida pelo Sindicato conta com mais de 1.700 beneficiários
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restabelecimento do anuênio do Banco do Brasil suprimido em 1998, assim como o pagamento das diferenças salariais e os reflexos em férias, 13º salários, depósitos fundiários e demais parcelas de natureza salarial está próximo de concretizar-se. A ação movida pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, através do processo RT 007342011.011.06.00-8, conta com mais de 1.700 beneficiários. No dia 31 de agosto, o Juiz Titular da 11ª Vara do Recife, Gustavo Augusto Pires de Oliveira, entendeu que não houve acordo na Convenção Coletiva de Trabalho desautorizando o anuênio e proferiu decisão que autoriza o pagamento dos 50% devidos a cerca de 1.500 beneficiários incontroversos da ação: “Ratifico as decisões proferidas nos autos de liberação do valor incontroverso já depositado pelo réu (Banco do Brasil) nos autos […]. Não há obstáculo para tanto, por se cuidar de parte confessada da dívida em execução definitiva”, determina a sentença.
A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, comemora a decisão. “Esta é uma vitória histórica para as bancárias e os bancários, principalmente para os funcionários do Banco do Brasil, resultado do esforço de nossa entidade, em especial da Secretaria de Assuntos Jurídicos. É uma conquista que reafirma a importância de nossa organização e o nosso compromisso com a categoria”, avalia. De acordo com uma certidão emitida pela Vara a pedido do referido Juiz, cerca de 300 bancários apresentam pendências, como mudança do nome, habilitação de herdeiros, questionados pelo BB, entre outros. Um auto suplementar será aberto para atender aos casos de inconsistência, que será apreciado em separado. “A liquidação complementar tem o objetivo de não prejudicar o grande grupo de beneficiários na liquidação levada a efeito. O prazo para crédito dos valores, em ambos os casos, ainda não está definido pela Justiça e seria leviano criarmos expectativas irreais. O que podemos afirmar é que o processo está próxi-
Bancários contemplados devem procurar o Sindicato
mo do fim”, ressalta o secretário de Assuntos Jurídicos, João Rufino. Segundo a decisão judicial, casos de desistência não serão revistos, bem como não serão aceitas novas inclusões no grupo de beneficiários além das 40 pessoas já peticionadas pelo Sindicato. A primeira parcela do anuênio, que corresponde a 50% dos créditos, foi paga em 2014, após perícia contábil designada pela Justiça, exceto para algumas pessoas que tinham mudança de nome por casamento ou divórcio, de habilitação de viúvos(as) e de
herdeiros, de algumas pessoas que não foram incluídas, entre outros. O Sindicato ingressou com mais de cem requerimentos para solucionar esta situação. Na época, a entidade forneceu todas as informações solicitadas à época, enquanto o Banco do Brasil não deu acesso ao banco de dados da empresa dificultando o andamento do processo. Para o pagamento da segunda parcela e demais vencimentos, o valor calculado em 2014 será atualizado com juros de 1% ao mês e correção da inflação.
Uso de gravata no Bradesco não é mais obrigatório A partir deste mês de setembro, o uso da gravata pelos bancários do Bradesco não é mais obrigatório. O que era uma opção somente às sextas, foi estendido para toda a semana, porém condicionando-se a ocasiões em que esse uso for necessário. O vestuário tradicional das agências, que antes era usado para transmitir credibilidade, tem dado lugar a roupas mais informais. As instituições bancárias têm adotado um novo dress code para motivar os funcionários e também estabelecer uma relação de proximidade com um novo perfil de cliente. Apesar do incentivo ao uso de roupas menos formais, os bancos orientam que os funcionários tenham “bom-senso”.
Reivindicação constava na minuta específica dos funcionários
A defesa do respeito à identidade visual dos bancários, às suas características físicas e expressão da personalidade é também pauta
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do movimento sindical; e abolir o uso da gravata estava na minuta de reivindicações específicas dos bancários do Bradesco que foi entregue
ao banco em junho deste ano. A próxima reivindicação neste sentido é a liberdade sobre o uso da barba. Embora o banco tenha negado em reuniões formais que exista proibição em relação ao uso da barba, a realidade nas agências é diferente. “Os funcionários do Bradesco, assim como toda categoria bancária, têm responsabilidade com o trabalho e isso não será afetado pelo uso ou não da barba. O que defendemos é que a liberdade de expressão de cada indivíduo deve ser respeitada”, conclui o secretário de administração do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e funcionário do Bradesco, Geraldo Times.
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Sindicato orienta rejeição da proposta do BB para Cassi
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s associados da Cassi, aposentados e da ativa, irão deliberar sobre proposta de reforma estatutária apresentada pelo banco a partir do dia 24 de setembro. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco, assim como as demais entidades representativas dos trabalhadores do BB, orienta o corpo social da Cassi a rejeitar a proposta do banco, votando não. De acordo com o Estatuto Social, poderão votar os associados da Cassi que, em 30 de junho de 2018, estavam em situação regular junto à Caixa de Assistência. A votação, que se encerra em 5 de outubro, será realizada em três canais: no App Cassi, disponível gratuitamente para download em celulares smartphones; no site da CASSI; e nos terminais de autoatendimento. Funcionários da ativa também podem participar pelo SisBB. As mudanças sugeridas para o custeio da caixa de assistência oneram todos os associados, transformando a contribuição extraordinária em permanente e estabelecendo cobrança por dependente. Além disso, o banco propõe mudanças na governança da Cassi, acabando com a paridade na gestão, com duas diretorias nas mãos de representantes do mercado e o voto de minerva para o banco. De acordo com a proposta apresentada pelo BB, a contribuição do banco se mantém em 4,5% e dos associados passa para 4%, o que torna a contribuição extraordinária de 1%, que valeria apenas até dezembro de 2019 conforme memorando de entendimento, em permanente. Além disso, a proposta não menciona o aporte de cerca de R$ 300 milhões por ano pelo banco para a Cassi, também previsto no memorando de entendimento.
Consulta ocorre de 24 de setembro a 5 e outubro. Vote NÃO!
BANCÁRIOS
DIZEM “A proposta do BB onera o associado, estabelecendo uma diferença de 1,5% entre os aportes do associado e patrocinador. O objetivo dessa manobra é claro, tornar a Cassi insustentável e abrir espaço para os planos de mercado. Se a proposta for aprovada, a Cassi está fadada a morrer por inanição”, denuncia a secretária-Geral do Sindicato e funcionária do BB, Sandra Trajano. O BB propõe a instituição da cobrança por dependente na Cassi, o
NÃO!
que não ocorre no atual modelo de custeio. A Contribuição por Dependente estabelece o valor base de R$ 360,57 (valor limitado ao da 1ª faixa do Cassi Família II). CONTRAPROPOSTA
As entidades representativas dos trabalhadores também apresentaram proposta para a sustentabilidade da Cassi que preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem
de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos. Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial.
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Sindicato conquista 31ª reintegração deste ano
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ais três reintegrações foram conquistadas pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco. A mais recente ocorreu no dia 13 de setembro, quando Ismar Lins voltou a integrar o quadro de funcionários do banco Itaú. A demissão foi considerada arbitrária pela Justiça do Trabalho devido ao reconhecimento da doença ocupacional. Na mesma semana, o Sindicato garantiu a reintegração dos bancários Mário Sá, no Bradesco - Agência João Alfredo, e Alessandra Cunha, no Santander - Agência Venezuela. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, e os dirigentes Paulo Henrique, Luiz Henrique e Vilma Pontes acompanharam o ato de reintegração de Ismar, realizado no Itaú Personalité - Agamenon Magalhães. Ismar é funcionário de origem da agência Itaú - Agamenon Magalhães. Oriundo do Hipercard, ele desempenha a atividade como bancário há 18 anos. As atividades diárias e a ina-
Suzineide Rodrigues e dirigentes sindicais acompanham a reintegração de Ismar Lins no Itaú
dequação do ambiente de trabalho resultaram em Síndrome do Túnel do Carpo, Epicondilite, Síndrome do Manguito Rotador, calcificações, Tendinite e Bursite. Em junho deste ano, o funcionário foi desligado por supostamente estar com os índices de Pesquisa de Satisfação e de Cancelamento indesejados pela instituição. O banco não considerou os argumentos apresentados pelo bancário. Ele havia atingido pontuação de 7,78, enquanto a média da carteira de Pessoa Jurídica era 8. Além
disso, o seu índice de cancelamento foi impactado pela falta de entrega das “maquininhas” da rede pelo banco, fato que ocorreu no mesmo período que o funcionários estava de férias. Ismar, que já estava recebendo orientações do Sindicato relativas à saúde, procurou imediatamente a entidade ao ser demitido. “Eu tomava remédios e vinha trabalhar mesmo doente, porque sem entrega você não permanece num banco. Antes a minha prioridade era o banco, mas a partir de hoje será minha saúde. A grande parte
dos bancários trabalha doente, como eu trabalhei. Cheguei à conclusão de que não vale a pena. Meu sangue não pode ser só laranja (cor do Itaú), tem que ser vermelho. Porque eu preciso da minha saúde para poder trabalhar também, assim como para suprir a necessidade da minha família. Quando eu tiver um filho, não terei nem a possibilidade de segurá-lo nos braços, porque não tenho condições”, afirmou. Priorizar o trabalho em detrimento da saúde ainda é uma conduta assumida por muitos bancários. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, alerta a categoria. “Muitos bancários ficam doentes, vão ao médico e sabem qual é a situação real da sua saúde, mas por conta da demanda de trabalho deixam para amanhã, assim como fez Ismar. O banco não respeitou a sua doença e o demitiu um dia após ele ter sido socorrido. O Sindicato agiu rapidamente e conquistamos essa vitória ao reintegrá-lo”, conclui.
Contencioso “oculto” é duas vezes maior que o deficit da Funcef O contencioso ainda é o maior fator isolado de desequilíbrio nos planos da Funcef, fundo de pensão que gerencia a previdência complementar dos empregados da Caixa Econômica Federal. Se já assusta o provisionamento que aumentou 2,4% no primeiro semestre do ano e chegou a R$ 1,4 bilhão, equivalente a 19% do deficit de R$ 7,3 bilhões, preocupa muito mais a fatia oculta
desse problema. O contencioso não contabilizado, que só é registrado em notas explicativas, já chega a R$ 17,1 bilhões e equivale a 12 vezes o valor provisionado, mais que o dobro do deficit acumulado. Esse contencioso não contabilizado, chamado de “perda possível”, reúne ações judiciais cuja probabilidade de perda é avaliada pelo jurídico
da Funcef em torno de 50%; ou seja, metade desse montante será executada e se tornará perda real. Portanto, ao menos R$ 8,5 bilhões se tornarão prejuízo para os participantes. “É como se houvesse um segundo deficit ainda maior, mas que está oculto. Futuramente, essa conta começará a cair nos contracheques dos empregados da Caixa. Enquanto isso, a Caixa se omite e não assume
essa conta que não é dos empregados”, afirma a secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e empregada da Caixa, Terezinha Santiago. Na Funcef, cerca de 30% das ações judiciais que integram o contencioso têm como objeto a incorporação de horas extras trabalhadas e não consideradas no cálculo das contribuições previdenciárias.
ACADEMIA O Sindicato dos Bancários de Pernambuco firmou uma nova parceria com a Academia Biodinâmica em benefício dos seus sócios. A partir deste mês de setembro, o pacote anual terá o valor promocional de R$ 948,00, que poderá ser parcelado em 1+ 11 vezes de R$ 79,00. A Biodinâmica está localizada na avenida Manoel Borba, 711, Boa Vista. Telefone para matrículas: (81) 3222-4286.
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Bancários do Santander aprovam ACT
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or unanimidade, os bancários do Santander aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) durante Assembleia Geral Extraordinária, que se realizou no dia 11 deste mês na sede do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Os bancários também aprovaram o acordo específico do PPRS (Programa de Participação nos Resultados Santander) e os termos de compromisso para manutenção do Banesprev e da Cabesp. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destaca a luta da entidade e a importância da aprovação do aditivo. “A aprovação deste aditivo garante direitos específicos aos trabalhadores do Santander, avançando em algumas questões. As negociações aconteceram em uma conjuntura desfavorável, mas conseguimos sair vitoriosos, graças ao trabalho realizado em todo o País. A garantia dos direitos das bancárias e bancários por mais dois anos é uma conquista que nenhuma outra categoria conseguiu. Nossas mobilizações surtiram efeito e estamos de parabéns”, comenta Suzineide.
Direitos dos funcionários estão garantidos por mais dois anos
Questões como a bolsa auxílio-estudo para primeira graduação e pós-graduação; a licença-amamentação; abono para PCDs (pessoas com deficiência) para aquisição e reparo de seus equipamentos; e a licença não remunerada de até 30 dias ao ano para cuidar de parentes de primeiro grau que estejam adoecidos, estão previstos neste aditivo.
O acordo foi assinado no dia 14 de setembro, em São Paulo, na Torre Santander. A representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e dirigente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Nordeste (Fetrafi/NE), Tereza Souza, participou da agenda. “Foi fundamental, nesta conjuntura de retirada de direitos, re-
novar o acordo aditivo do Santander, único banco privado que tem ACT. Esta é uma conquista dos funcionários e do movimento sindical”, afirma Tereza. Ainda sobre o PPRS, aprovado em assembleia, a negociação garantiu o valor mínimo de R$ 2.550,00 para todos os empregados, que vai ser pago com a segunda parcela da PLR.
A grande mobilização dos funcionários do Sistema BNDES fez o banco recuar em sua proposta de alterar a cláusula de Proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa, em vigor desde 1992, após o trauma das demissões do governo Collor. Enquanto a Comissão de Negociação resistia em mesa à retirada de direitos, os empregados lotavam o térreo do Edifício de Serviços do Rio de Janeiro (Edserj) em uma demonstração de força e resistência. O eco da mobilização chegou à mesa de negociação, fazendo com que os próprios representantes da
administração reconhecessem que ela foi o grande trunfo que garantiu a manutenção da cláusula no próximo Acordo Coletivo. Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, os empregados do BNDES precisam manter a mobilização. "A permanência da luta que poderá garantir a conquista do que foi acordado na mesa da Fenaban”, afirmou. Os trabalhadores reivindicam a inclusão de cláusulas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), porém ainda não houve resposta positiva do banco em relação ao pedido.
Antonio Cruz/ABr
Mobilização dos empregados obriga BNDES a recuar
Funcionários reivindicam inclusão da Cláusula de Proteção no ACT
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Bancários marcham contra desigualdades no 24º Grito dos Excluídos
Manifestantes criticaram as medidas antipopulares e conservadoras do governo Temer
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ovimentos sociais, sindicais e religiosos se uniram no dia 7 de setembro para dar um basta aos privilégios. O Grito dos Excluídos, realizado desde 1995, denunciou em sua 24ª edição a desigualdade social que atinge a população brasileira. Mais de 3 mil pessoas participaram da marcha, que saiu da Praça da Democracia - Derby, percorrendo a avenida Conde da Boa Vista. “Vida Em Primeiro Lugar - Desigualdade Gera Violência. Basta de Privilégio”
foi o mote deste ano. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco não se furtou da luta e mais uma vez engrossou as fileiras da mobilização que marca o feriado da Independência. “Os bancários sempre participam do Grito dos Excluídos porque aqui está a voz do povo. Aproveitamos o Dia da Independência do Brasil para dizer que ainda temos muitos excluídos no País. Denunciamos o desemprego, a fome, a miséria e as doenças que estão voltando no Brasil.
Precisamos de um Brasil mais feliz. Então, enquanto houver desigualdade nós estaremos na luta”, afirma a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Dezenas de organizações participaram do ato. Entre elas a Central Única dos Trabalhadores, Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude, Frente Brasil Popular, Fórum Dom Hélder Câmara, Movimento Sem Terra e partidos políticos do campo progressista. Além de denunciar a exclusão de
uma parcela da população, que não tem acesso a direitos fundamentais, como saúde e educação, os integrantes da manifestação fizeram críticas contra o governo do rejeitado presidente Michel Temer, os privilégios da elite opressora e a falência das instituições brasileiras. O ato encerrou-se com um abraço simbólico ao redor do rio Capibaribe, que marcou a posição dos manifestantes contra a privatização das águas, bem como de qualquer patrimônio público do País.
Novo campo será inaugurado na abertura do XX Campeonato de Futebol dos Bancários A rodada de abertura do XX Campeonato de Futebol dos Bancários realiza-se no próximo dia 22 de setembro. O evento marca a inauguração do novo campo de futebol do Clube de Campo dos Bancários, em Aldeia, Camaragibe (PE). O projeto concretizado pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco substituiu todo o gramado do campo por um novo de melhor qualidade, além da realização da terraplanagem, revitalização do sistema de drenagem e implementação de um sistema de irrigação que permite uma melhor manutenção do equipamento esportivo.
Seis times estão inscritos para disputar no evento esportivo
“O Sindicato investiu para garantir a realização deste importante evento
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desportivo, que promove saúde e entretenimento para a categoria. A
nossa expectativa é que além dos jogadores dos times, a atividade conte com a participação dos amigos e familiares nas torcidas num espaço de integração”, afirma o secretário de Esporte, Cultura, e Lazer do Sindicato, Adeilton Filho. O Campeonato tem seis times inscritos - Itaú, Banco do Brasil, Bradesco Servos, Bradesco, Bradesco Sheik e APCEF-PE – que disputarão o título de vencedor ao longo de 19 partidas de futebol. A primeira fase ocorrerá até o dia 27 de outubro; a semifinal no dia no dia 10 de novembro; e a grande final no dia 17 de novembro.