Nº 377 - Ano XVIII - 16 a 30/Jun/2010
CAMPANHA NACIONAL 2010
Bancários começam a construir a luta
ASSIM COMO NO ANO PASSADO, mobilização será fundamental para garantir mais conquistas
LEIA MAIS Direção do Sindicato completa seis meses de gestão com muita luta Pág. 8
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Campanha Nacional dos Bancários começa no mês de julho, mas os trabalhadores já estão construindo a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos. Em Pernambuco, o Sindicato está aplicando uma pesquisa para verificar quais são os anseios da categoria, prioridades, problemas, expectativas e, também, a disposição para a luta. Os dirigentes sindicais estão percorrendo os locais de trabalho em Recife e no interior para ampliar a mobilização e discutir com os trabalhadores a preparação da campanha. Página 4
Mais do que salários bancários querem condições de trabalho Pág. 5
Negociações específicas agitam funcionários dos bancos públicos e privados Págs. 6 e 7
TEMA LIVRE
Jornal dos Bancários
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A gente não quer só salário Jaqueline Mello*
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stamos mais uma vez começando os preparativos para a nossa Campanha Nacional Unificada. No final de maio tivemos os Congressos do BB, da Caixa e do BNB, onde debatemos nossas pautas específicas, que são negociadas diretamente com a direção de cada banco. Isso também acontece com o Bradesco, Itaú, Santander, HSBC. Em julho teremos a Conferência Nacional dos Bancários, onde trabalhadoras e trabalhadores de todos os bancos vão elaborar nossa pauta geral de reivindicações, que será negociada com a Fenaban. Antes, teremos os encontros regionais e estaduais. Com essa organização, a categoria bancária é referência para trabalhadores do Brasil e do mundo. Com muita luta, conquistamos uma Convenção Coletiva Nacional, que garante os mesmos direitos para os bancários do país inteiro. E nossas conquistas vão muito além das questões econômicas, como o piso, reajustes e participação nos lucros e resultados. Temos diversas cláusulas sociais, como a licença-maternidade de seis meses, que precisamos manter em nossa Convenção e ampliar, com a inclusão de mais direitos.
HUMOR
Vale destacar que mesmo com todos os avanços conquistados pelos bancários, temos uma lista imensa de problemas que vivemos no dia a dia e que queremos ver solucionada, começando pela contratação de mais funcionários. Todos os bancos sofrem com falta de pessoal, alguns chegando a níveis insuportáveis. O resultado é sobrecarga de trabalho, extrapolação de jornada e doenças ocupacionais. Com toda tecnologia e moderni-
emocionais muitas vezes irreversíveis. Plano de cargos e salários, previdência complementar, plano de saúde, incentivo à educação, licenças maternidade e paternidade são alguns pontos que precisamos incluir e/ou avançar na nossa Convenção Coletiva. Por tudo isso é que a gente não está se preparando apenas para mais uma campanha salarial. Na Campanha Nacional Unificada a gente luta por muito mais. Afinal, a gente não quer só salário. A gente quer salário, saúde, segurança, perspectiva, igualdade de
A campanha dos bancários não é meramente salarial. Afinal, a gente também quer saúde, segurança, perspectiva, igualdade de oportunidade, qualidade de vida dade dos bancos, ainda encontramos constantemente condições insalubres, como aparelhos de ar-condicionado sem manutenção, calor excessivo, mobiliário inadequado. A pressão por metas cada vez mais inatingíveis resulta muitas vezes no assédio moral. A insegurança é outro fantasma que aflige cotidianamente os trabalhadores dos bancos. Assaltos e sequestros acontecem de forma assustadora, causando, além da violência física, danos
Libório
oportunidade, qualidade de vida. Nossa unidade e organização é que vão dar o tom da nossa luta e conquistas. Com a participação de cada bancária e de cada bancário nas atividades de mobilização do Sindicato, nas reuniões, assembleias, protestos e paralisações é que continuaremos a construir melhores condições de vida para a classe trabalhadora. Junte-se a nós! *Jaqueline Mello é presidenta do Sindicato e empregada da Caixa
AGENDA SAMBA - No dia 04 de julho, tem samba no Clube da Compesa, Engenho do Meio. A partir das 14:30 horas, quem dá o tom é Aline do Cavaco, Cybelle do Cavaco, Karina Spinelli, Gerlane Gel, grupo Relíquia do Samba e Grupo TS. Ingressos a R$ 5. Até 18 horas, mulheres não pagam. SÃO PEDRO - Um arraial será montado na Colônia Z1, de Brasília Formosa, para homenagear o padroeiro dos pescadores. No dia 29, dia de São Pedro, tem festa durante o dia inteiro, com procissão em terra e mar, missa ecumência e apresentações culturais. No Sítio da Trindade, também tem festa até dia 29, quando se apresentam Guilherme Conolly, Rosaura Muniz, Gláucia Oliveira, Geo e seus Manos e Geraldinho Lins.
E MAIS - No Pátio de São Pedro, a festa também se estende até dia 29, com shows da Banda Nó na Marra, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo e Os filhos de Vítor. Nos demais pólos do Recife, a programação junina vai até dia 26. Confira: www.saojoaodorecife. com.br/. BONECAS - Que tal aproveitar o clima junino e dar uma olhada nas populares bonecas em cerâmica do Mestre Luiz Galdino, que chamam atenção pelo colorido e sensualidade? A exposição Aprendendo com a inovação na arte do barro está em cartaz no Centro Cultural dos Correios. Das 9h às 18h, de terça a sexta-feiras, e das 12h às 18h, aos sábados e domingos.
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LAZER
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Inscrição para o Campeonato dos Bancários termina no dia 9 Os interessados podem se inscrever, exclusivamente, por meio do sítio eletrônico do Sindicato
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ia 9 de julho terminam as inscrições para o XII Campeonato de Futebol de Campo dos Bancários de Pernambuco. Os interessados podem se inscrever, exclusivamente, por meio do formulário específico disponível no sítio eletrônico do Sindicato (www. bancariospe.org.br). O responsável por cada equipe deve cadastrar um login e uma senha que serão pedidos pelo sistema. Em seguida, o time já pode ser cadastrado. Até o fechamento desta edição do Jornal dos Bancários, duas equipes já haviam sido inscritas: ApcefPE e Banco do Brasil C.S.O. Vale lembrar que cada time deve inscrever no mínimo 16 e no máximo 22 atletas, que precisam ser bancários
CAMPEONATO do ano passado agitou a categoria, numa confraternização que aproximou ainda mais os bancários do Sindicato sindicalizados. Entre os inscritos poderá, entretanto, haver dois atletas que não sejam bancários, mas apenas para a posição de goleiro. De acordo com o diretor de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato, Adeílton Rego, os jogos serão realizados no campo principal do Clube de Campo dos Bancários, em Aldeia. “O regulamento e a tabela da competição serão ela-
borados após o término das inscrições e o início do Campeonato está previsto para depois da Copa do
Mundo”, explica Adeílton. Mais informações podem ser obtidas com Adeílton pelo telefone 3316-4213.
Copa do Mundo
Como o assunto é futebol, confira abaixo o horário de atendimento das instituições financeiras nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo 2010, na África do Sul. * Quando o Brasil joga às 15h30 - Expediente bancário das 8h às 14h * Quando o Brasil joga às 11h – Expediente bancário na região metropolitana de Recife das 8h às 10h30 e das 14h às 16h. No interior, das 8h às 10h30 e das 13h30 às 15h30
São João chega e Pernambuco vira um imenso “arraiá” Durante os festejos juninos, o estado de Pernambuco esbanja animação. O xaxado, o xote, o baião, o coco-de-roda, a ciranda e o forró tomam conta de todos os cantos. Tem programação no Recife, em Olinda, Gravatá, Arcoverde, Petrolina, Carpina e - claro - em Caruaru, a capital do forró. Para se agendar, vale dar uma conferida no sítio eletrônico dos Bancários e na mídia local. Para os bancários, o Sin-
dicato realizou sua festa no dia 18, na Sala de Reboco. Nilton do Baião, Marcia Lima e o Quinteto Sala de Reboco comandaram o arrasta-pé na 6ª edição do Forró dos Bancários. Como a festa ocorreu depois do fechamento desta edição do Jornal dos Bancários, as fotos e toda a cobertura do evento estarão no próximo número do JB. Mas você já pode conferir como foi o evento no site do Sindicato (www.bancariospe.org.br).
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CAMPANHA NACIONAL
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Bancários começam a definir a pauta de reivindicações Mais uma vez, os funcionários terão de lutar muito para pressionar os bancos e garantir mais direitos e conquistas
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s vésperas de mais uma Campanha Nacional, os bancários do país inteiro já estão construindo a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos. Em Pernambuco, o Sindicato está aplicando uma pesquisa entre os trabalhadores das instituições financeiras públicas e privadas para verificar quais são os anseios, prioridades, problemas, expectativas e, também, a disposição para a luta. “Os dirigentes sindicais estão percorrendo os locais de trabalho em Recife e no interior para ampliar a mobilização e discutir com os trabalhadores a preparação da campanha. As reivindicações levantadas na pesquisa serão levadas para as conferências regional e nacional, onde
CAMPANHA do ano passado rendeu bons frutos graças à mobilização dos bancários
vamos fechar a pauta com as reivindicações que queremos que sejam atendidas”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. A consulta deve circular até o dia 18. Entre as questões em pauta estão as prioridades dos trabalhadores no que se refere à remuneração direta, indireta, emprego, saúde e condições de trabalho. Outros pontos da pes-
Conferências Após a consulta, o Sindicato vai reunir as principais reivindicações definidas pelos bancários de Pernambuco numa pauta que será levada ao Encontro Estadual dos Bancários, no dia 10 de julho, à Conferência Regional do Nordeste, dias 16 e 17, e à Conferência Nacional dos Bancários que definirá, nos dias 23, 24 e 25 de julho no Rio de Janeiro, a pauta que será entregue aos bancos. Segundo Jaqueline, a Campanha de 2010 segui-
quisa são a posição dos bancários em relação à privatização dos bancos públicos, a sugestão de índices de reposição salarial e a disposição para participar das atividades de Campanha. Para Jaqueline, mais uma vez os bancários terão de lutar muito para ver suas reivindicações atendidas. “Os bancos nunca nos deram nada de graça. Todos os direitos que
temos foram conquistados com muita luta, mobilização e pressão. Nas últimas décadas foram raros os anos em que os bancários não encamparam uma greve para encerrarmos as campanhas com vitória. Este ano também teremos de construir uma boa mobilização, pois a pressão é a única linguagem que os banqueiros entendem”, afirma Jaqueline.
rá o mesmo formato dos anos anteriores. “As reivindicações gerais da categoria serão negociadas com a Fenaban. Em paralelo, os Sindicato negociam as demandas específicas dos bancários com cada banco. Esse formato já se mostrou vitorioso. Desde 2004, a campanha nacional unificada tem conquistado avanços importantes tanto para os bancários de bancos públicos quanto de privados. Vamos manter essa unidade para conquistar, pelo sexto ano consecutivo, aumento real de salários, PLR maior e mais direitos”, destaca Jaqueline.
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Mais do que salários, bancários querem qualidade de vida Internet
Reivindicações sociais são tão importantes quanto as questões econômicas
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ira e mexe tem sempre alguém perguntando por que os bancários chamam a sua campanha salarial de campanha nacional unificada. A pequena alteração de nomenclatura, efetuada em 2004, pode parecer uma simples questão de semântica, mas a recente conquista da licença-maternidade de seis meses mostra que o debate é muito mais profundo. Até o início da década passada as campanhas da categoria focavam muito mais nas reivindicações econômicas. Até então, os fatores determinantes para se fechar a um bom acordo com os bancos eram todos financeiros, como o índice de reajuste salarial e a PLR. Nos últimos anos, as campanhas dos bancários têm tratado com maior prio-
ridade as reivindicações sociais dos trabalhadores, como a ampliação da licença-maternidade e a isonomia de direitos para casais do mesmo sexo. “Por isso a campanha não é meramente salarial. É claro que as reivindicações financeiras são importantes, mas as questões sociais não podem ficar em segundo plano. A conquista das mães bancárias, que agora podem ficar seis meses em casa com o bebê, é
tão fundamental quanto a PLR ou o aumento real nos salários”, explica Anabele Silva, secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato. Campanha 2010 Para este ano, os bancários novamente vão lutar pelas suas reivindicações sociais. A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro, conta que entre as prioridades está a igual-
dade de oportunidades nos bancos. “As mulheres e os negros têm mais dificuldade de crescer e garantir melhores salários nas instituições financeiras do que os homens e os brancos. Temos de acabar com essa discriminação e, nos últimos anos, já temos conquistado diversos avanços nesse sentido”, destaca Deise. O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Plínio Pavão, diz que as reivindicações sobre saúde e condições de trabalho devem estar no centro das discussões na Campanha desse ano. “Precisamos acabar com as metas abusivas e com a falta de funcionários nos bancos. Os bancários têm sofrido com diversos problemas de saúde por conta das péssimas condições de trabalho”, ressalta Plínio, destacando que a categoria tem garantido melhorias ano a ano, como a inclusão da cláusula de reabilitação profissional na Convenção Coletiva do ano passado.
Categoria luta pelo fim do trabalho insalubre A falta de condições de trabalho está entre os principais problemas que os bancários enfrentam no diaa-dia. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato com os funcionários do Banco do Brasil na Rio Branco mostra que sobram riscos de acidentes de trabalho. Na Caixa, a situação é pior para os avaliadores de penhor, que vivem num ambiente insalubre. Já o Itaú tem prejudicado – e muito – os bancários em todo o país com as reformas para ajustar as agências do Unibanco ao novo padrão após a fusão. “Quem já trabalhou em agências em reforma sabe o que isso significa: muita poeira, barulho, ar-condicionados desligados, cheiro forte de tinta e um ambiente de trabalho cheio de riscos. A Norma Re-
gulamentadora 18, do Ministério do Trabalho, estabelece critérios para que sejam feitas estas reformas. Mas a maioria dos itens não é cumprida”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino. Em Pernambuco, a expectativa é de que as reformas nas agências do Unibanco tenham início no mês de setembro, mas o Sindicato já iniciou o diálogo com o banco para garantir que sejam preservadas as condições de trabalho, ao contrário do que tem acontecido em outras regiões do país. Na Caixa, embora alguns avanços já tenham sido garantidos com a criação de um Grupo de Trabalho para adequar as atividades dos avaliadores de penhor, os riscos ainda são constantes. O Sindicato pleiteia que sejam colocadas coifas – um sistema de pro-
teção transparente que funciona como se fosse um Sugar, de cozinha. Toda operação química é realizada dentro dele e uma tubulação leva os gases para fora do ambiente de trabalho. “No BB, os resultados da pesquisa estão sendo compilados e serão levados ao conhecimento do banco. Também será providenciada uma visita técnica de equipe do Cerest – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. Depois disso, o Sindicato vai buscar o Ministério Público e Superintendência Regional do Trabalho para que seja firmado termo de ajuste de conduta. No local, o Sindicato já constatou que os extintores de incêndio estão vencidos desde março. Também não há sistema de alarme e o mobiliário não é adequado”, explica Rufino.
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BANCOS PÚBLICOS
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Sindicato amplia mobilização na Caixa e BB com novos protestos em junho Trabalhadores de bancos públicos se organizam para zerar pendências
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assados os Congressos Nacionais da Caixa, do Banco do Brasil e BNB, agora é hora de pressionar os bancos para zerar as pendências. Para isso, empregados do BB fazem atividades de protestos em todo o país no dia 23 de junho. Dois dias antes, os bancários pernambucanos se reúnem em assembleia para organizar o ato. A intenção é retardar a abertura das agências em uma hora. Na semana seguinte, é a vez do pessoal da Caixa realizar seu Dia Nacional de Mobilização, em 29 de junho. Paralelamente, o Sindicato tem realizado visitas periódicas e atividades constantes em agências e departamentos dos bancos. “Na Caixa, a gente percebe que existe uma angústia muito grande em relação às questões que se arrastam desde o ano passado, como o PCC – Plano de Cargos Comissionados. E também em relação ao processo de reestruturação. Ao mesmo tempo, não existe uma cultura de mobilização fora do período de Campanha. É isso que a gente está tentando criar”, afirma Daniella Almeida, secretária de Bancos Federais do Sindicato e empregada da Caixa. “Quem quiser organizar uma reunião em sua unidade, é só entrar em contato com a gente”, diz Daniella. O telefone é 3316.4204 (falar com Sinhá ou Joice). No BB, uma das principais reivindicações que continuam sem solução é o PCCS – Plano de Carreira,
DESDE O INÍCIO do ano, o Sindicato tem realizado protestos para pressionar os bancos públicos. Na foto, ato pede PCC justo na Cargos e Salários. “Temos sérios problemas no plano atual e o BB até agora não atendeu nossas reivindicações. No acordo que
Caixa
fechamos com o BB no ano passado o banco assumiu o compromisso de construirmos um PCCS ainda no primeiro semestre deste ano.
Um dos eixos da atividade do dia 29, a reestruturação da Caixa também é objeto de briga judicial em Pernambuco. Na última audiência de instrução, realizada no dia 14 de junho, o juiz expediu liminar em favor do Sindicato que garante a manutenção do domicílio aos empregados. Significa que os bancários não poderão ser transferidos para fora de sua cidade. Dois dias depois, o Sindicato se reuniu com Shirley Regueira, da Gipes - Gerência de Pessoal para tratar da manutenção das comissões e do trabalho em atividades similares. Segundo ela, já existe um comitê, formado por representantes da direção e gestores das unidades para analisar os perfis e currículos de cada trabalhador. O Sindicato vai se manter informado e negociar cada caso. “O fato é que, graças a
Isso não aconteceu e agora vamos ampliar a pressão para resolver o problema”, explica o o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.
nossa pressão, o banco já começa a mudar de postura e encontrar saídas a partir do diálogo”, diz Daniella.
BB
Desde o início do ano, o Sindicato vem realizando uma série de atividades de protestos para pressionar o Banco do Brasil. Resultado: o BB não gostou e, pela primeira vez, o Sindicato foi impedido de participar da posse dos novos funcionários neste mês. Segundo a empresa, enquanto a entidade continuar realizando protestos e paralisações não será mais convidada. Mas o tiro saiu pela culatra. No dia 11, o Sindicato visitou os recém empossados que estavam em treinamento no prédio da Rio Branco e realizou uma reunião que, segundo Fabiano Félix, foi muito produtiva.
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BANCOS PRIVADOS
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Negociações específicas precisam avançar mais Apesar das conquistas recentes, os bancários ainda têm uma série de reivindicações
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nquanto os bancários começam a preparar a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2010, os funcionários dos bancos privados ampliam a luta para resolver suas demandas específicas. As negociações permanentes que o Sindicato mantém com cada instituição financeira precisam avançar mais, principalmente para garantir melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas, Plano de Cargos e Salários, mais contratações e fim das demissões.
Santander No Santander, as reuniões realizadas nos dias 2 e 10 deste mês abriram o calendário de negociações marcado para junho e o início de julho. Durante os debates, os bancários conquistaram avanços importantes, como a redução do tempo de espera para a realização do exame de retorno, que deve ser realizado depois que o funcionário recebe alta do INSS - hoje chega a demorar até 20 dias. O banco também deve garantir os salários em dia no período em que os bancários aguardarem as datas para os exames nos casos de PP-Pedidos de Prorrogação e PR-Pedidos de Reconsideração. Sobre a igualdade de oportunidades, o Santander confessou que não está cumprindo a legislação que prevê a cota de 5% de pessoas com deficiência (PCD) no quadro de empregados. Os trabalhadores cobraram o respeito à legislação, como forma de inclusão social das pessoas com deficiência. O banco espanhol colocou o e-mail diversidade@santander. com.br à disposição dos interessados para receber pedidos de empre-
SINDICATO realizou diversos protestos para pressionar o Bradesco e agora vai lançar nova campanha de valorização go e currículos. Nas próximas reuniões, agendadas para os dias 18 e 24 de junho e 1º e 12 de julho, serão debatidos condições de trabalho, metas para caixas e demissões por justa causa; Plano de Cargos e Salários e programas próprios de remuneração variável; Emprego, Centro de Realocação e Recrutamento Interno e Call Center. Bradesco Já no Bradesco, a última reunião ocorreu no dia 18 de maio. Na ocasião os representantes dos bancários levaram à mesa de negociação reivindicações antigas dos trabalhadores reunidas na Campanha de Valorização dos Funcionários do banco, desenvolvida pelo movimento sindical no ano passado. Entre os principais pontos estão a implantação de um programa de auxílio-educação; Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS); livre acesso de dirigentes sindicais aos locais de trabalho; e realização dos cursos do Treinet dentro da jornada de trabalho. O banco, entretanto, se negou a atender as reivindicações dos ban-
cários. Os dirigentes sindicais deixaram claro que o banco precisa avançar nas negociações e, para pressionar, os funcionários vão lançar uma nova campanha de valorização. Outra reunião deveria ter sido marcada para dar continuidade ao processo de negociação. Porém, até o momento, o silêncio é a única resposta do Bradesco às reivindicações de seus funcionários. Itaú Unibanco Os bancários do Itaú Unibanco receberam no dia 10 passado R$ 1,8 mil de PCR - Programa Complementar de Resultados e mais R$ 300 pelo sucesso da migração. O acordo foi garantido pelo Sindicato após muita pressão e prevê, ainda, que em maio do ano que vem os trabalhadores recebam R$ 1,6 mil de antecipação do PCR de 2011, com pagamento de eventuais diferenças em fevereiro de 2012. Apesar da vitória, os bancários do Itaú Unibanco ainda têm uma série de reivindicações, principalmente sobre emprego e condições de trabalho, que continua sendo debatida com o banco.
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AÇÃO SINDICAL
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Seis meses de luta A
Organização – Logo no início de janeiro, o Sindicato realizou um seminário de planejamento da nova diretoria. Durante o encontro foram definidas três prioridades para a gestão: ampliar a ação sindical, investir na formação dos novos dirigentes e garantir uma melhor organização nos locais de trabalho.
Mobilização local – Além da luta pelas reivindicações nacionais, o Sindicato realizou uma série de protestos para resolver problemas específicos que atingem os bancários em Pernambuco. Problemas como os descomissionamentos que ocorreram na Gecex do BB.
Datas especiais – Nenhuma data especial para o trabalhador passou em branco para o Sindicato, que realizou atividades no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril), Dia Internacional da Mulher (8 de março, foto) e Dia do Trabalhador (1 de maio), entre outras datas. DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Jaqueline Mello Secretário-Geral: Fabiano Félix Comunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide Rodrigues Administração: Epaminondas França Assuntos Jurídicos: Alan Patricio Bancos Privados: Geraldo Times Bancos Federais: Daniella Almeida Bancos Estaduais: Lilian Brandão Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton Correia Saúde do Trabalhador: João Rufino Sec. da Mulher: Sandra Albuquerque Formação: Tereza Souza Aposentados: Elvis Alexandre Intersindical: Cleber Rocha
direção do Sindicato completou no último dia 3 seu primeiro semestre no comando da entidade. Foram seis meses de muita luta, mobilização, protestos, paralisações e negociações com os bancos, num trabalho que garantiu diversos avanços para a categoria. A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, conta que além de ampliar a mobilização, a atual diretoria procurou aproximar ainda mais os bancários da entidade. “Foram várias frentes de trabalho, todas com um único objetivo: garantir mais conquistas para os bancários e melhores condições de trabalho”, explica. Para a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a atual direção também procurou dar mais transparência aos trabalhos da entidade. “Estamos prestando contas periodicamente para que a categoria fique por dentro de tudo”, afirma. Confira nas fotos uma pequena retrospectiva desses seis meses.
Mobilização Nacional – O Sindicato reforçou a luta nacional dos bancários, engrossando as mobilizações que ocorreram em todo o país. Foram manifestações em praticamente todos os bancos para solucionar os problemas que afligem a categoria no Brasil. Sempre, é claro, com um ar bem pernambucano, como o Frevo que tomou conta das agências do Santander para exigir uma PLR mais justa, em janeiro (foto acima). O tradicional bolo de rolo - bastante conhecido em todo o Estado - também serviu de mote num protesto bem humorado que o Sindicato organizou para exigir do BNB o fim da enrolação nas negociações específicas, em abril (foto abaixo).
Segurança – Para exigir mais atenção dos bancos com a segurança, o Sindicato investiu no humor, e criou o boneco Sandoval, o “vigilante”, para denunciar o descaso das empresas.
Aposentados – O Sindicato também não se esqueceu dos aposentados e tem realizado mensalmente um café-da-manhã de confraternização.
Mais próximo dos bancários – O Sindicato realizou atividades e reuniões em todas as regiões de Pernambuco, até as mais longínquas.
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564 Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-000 Fone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Conselho Editorial: Anabele Silva, Dileã Raposo, Geraldo Times e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho e Wellington Correia. Diagramação: Libório Melo e Jairo Barbosa. Impressão: Alexsandro Tiragem: 9.000 exemplares
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