Revista dos Bancários 04 - fev. 2010

Page 1

DOS

Revista Bancários

Ano I - Nº 4 - Fevereiro de 2011

Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br

CARNAVAL

TÁ CHEGANDO A HORA FALTAM POUCOS DIAS PARA O CARNAVAL E OS BANCÁRIOS JÁ ESTÃO ANIMADOS PARA A FOLIA


Opinião Editorial

Vanguarda dos trabalhadores

D

iz o ditado popular que o ano só começa depois do carnaval. Mas 2011 começou muito antes da folia de Momo para os bancários. A categoria assinou em janeiro um acordo inédito no Brasil que garante mecanismos de prevenção e combate ao assédio moral nos bancos – o maior problema que os bancários enfrentam, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato no ano passado. Conquista da Campanha Nacional 2010, o acordo já entrou para a história das relações trabalhistas no Brasil e vai servir de referência para que outras categorias lutem e conquistem acordo parecido. Esta não é a primeira vez que os bancários fazem história. A categoria é pioneira numa série de direitos que hoje Os bancários são são comuns entre pioneiros numa os trabalhadores, série de direitos como a PLR e o que hoje são vale alimentacomuns entre os ção. Direitos que trabalhadores não vieram de brasileiros graça, por pura “bondade” dos bancos. Todas as conquistas foram arrancadas com muita luta e longas greves. No caso do assédio moral, por exemplo, a batalha dos bancários já completa mais de uma década e só agora o acordo se consolidou. O que mostra que as lutas são duras e muitas conquistas demoram a vir. Mas vêm. Portanto, pode comemorar, bancário, porque o acordo de combate ao assédio moral é uma grande conquista.

>>

A DIRETORIA 02 REVISTA DOS BANCÁRIOS

EVOÉ, E

O CARNAVAL DE P

Mal termina a contagem regressiva que anuncia o ano novo e Pernambuco já respira os ares de Momo. Ao soar dos primeiros clarins, o pulso pulsa no compasso do frevo e o carnaval toma conta das ruas do Recife, das ladeiras de Olinda e de todos os recantos do Estado. Mascarados, palhaços, piratas. Fantasias para todos os gostos. Sorrisos para todos os rostos. O que importa é extravasar a alegria

N

o centro do Recife, sob o olhar atento do Galo da Madrugada, a folia avança e invade as ruas da “Veneza Brasileira”. No sábado de Zé Pereira, é a folia quem canta de galo. No reinado do frevo há espaço também para os maracatus, afoxés e caboclinhos. Até o samba nos dá o ar de sua graça. É festa. Por todo o Estado, papangús, caretas, caboclos e mascarados comandam a animação. No reinado de Momo impera o amor. O brilho nos olhares tomados por amores foliões. O abraço fraterno de amigos que não

MARACATU RU


EVOÉ

PERNAMBUCO

TU RURAL: MANIFESTAÇÃO TÍPICA DE PERNAMBUCO

Lazer Primeira página

se encontram desde o último carnaval. São os eternos quatro dias que nem a quarta-feira de cinzas, repleta de saudades, pode apagar. É carnaval. No Brasil, a folia de Momo é originária do Entrudo, festa pagã europeia que chegou ao país com os colonizadores portugueses. Era realizado entre famílias amigas ou pessoas conhecidas, ganhando mais tarde as ruas, envolvendo desconhecidos, atingidos por baldes de água, farinha, cinzas, lama. Em Pernambuco, o Entrudo português incorporou costumes africanos. E, no final do século XIX, veio o molho que faltava: da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo. Com ele, surgirem as primeiras agremiações carnavalescas nos bairros populares de Recife e Olinda. A festa é recebida de braços abertos pelo povo e os trabalhadores fundam suas agreNo Brasil, a miações. Foi dessa formas folia de Momo que surgiram blocos como os é originária do tradicionais Lenhadores, MaEntrudo, festa deira do Rosarinho e as Pás pagã europeia Douradas de Campo Grande. que chegou ao Esse caráter popular deu ao país com os carnaval pernambucano uma colonizadores característica principal, a deportugueses mocratização da brincadeira. Aqui, os foliões participam intensamente das manifestações, sem a necessidade de uma distinção. A festa é essencialmente dos anônimos. A espontaneidade também é marca registrada em nosso festejo. Durante a folia tipos populares invadem as ruas encarnando personagens inspirados tanto nos noticiários do dia a dia, como nos costumes tradicionais, todos retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social. Políticos, esportistas, celebridades, escândalos, nada passa impune aos olhos atentos e críticos do folião pernambucano. Com tanta coisa para ser vista e vivida, três dias não são o bastante. Por isso, a folia em Pernambuco começa muito antes do carnaval e acontece de forma mais forte, principalmente, nos bairros do Recife Antigo, em Recife, na Cidade Alta, em Olinda, e em diversos locais da região metropolitana da capital. As prévias e os acertos de marcha servem para o folião entrar no ritmo e para aplacar a espera por Momo.

<<

>>


Cultura Primeira página

Um giro pelo Estado No interior, algumas cidades têm seus carnavais típicos, como Nazaré da Mata com o Maracatu de Baque Solto, Bezerros com os Papangús, Pesqueira com o Carnaval dos Caiporas, e a folia dos Caretas em Triunfo, no Sertão pernambucano

M

as quem pensa que Momo limita seu reinado à região metropolitana do Recife está enganado. No interior, algumas cidades têm seus carnavais típicos, como Nazaré da Mata com o Maracatu de Baque Solto, Bezerros com os Papangús, Pesqueira com o Carnaval dos Caiporas, e a folia dos Caretas em Triunfo, no Sertão pernambucano. Em Vitória de Santo Antão, a tradição carnavalesca é a rivalidade entre os clubes. A mais acirrada acontece entre os blocos Camelo, fundado em 1921, e

Leão, de 1902, e é farta em provocações de ambas as partes. Durante os quatro dias de festa, a população se divide na “torcida” por um dos dois. Até as casas são ornadas nas cores do bloco preferido. Na Zona da Mata do Estado, o caboclo de Lança faz parte dos maracatus rurais que animam a região. Na localidade, Nazaré da Mata se destaca por concentrar vários grupos dessa manifestação folclórica. Todos eles vão às ruas durante o período do carnaval. Em Goiana, norte do Estado, os Caboclinhos são os comandantes da

O CARNAVAL DE OLINDA ENTROU PARA O CALEN DO BRASIL INTEIRO, ALÉM DE FOLIÕES DOS QU

animação no município. Todos eles se caracterizam pela influência indígena na música e na dança. O bumba-meuboi também vai às ruas durante o carnaval de Goiana, desfilando figuras como o boi, a burra e o Mateus. Já em Bezerros, Agreste do Estado, os mascarados conhecidos como Papangús alegram a folia desde o início do século passado. A partir da década de 50, os mascarados que batiam às portas dos moradores passaram a receber deles cuias de angu, comida típica feita à base de farinha de milho. Batendo às portas do Sertão, Pesqueira, uma região marcada pela resistência do povo Xucuru à ocupação branca, originou o folguedo dos caiporas. Conta a lenda que tochas de fogo voavam sobre os campos à noite, amedrontando caçadores. Eles chamavam esse fogo de caipora e deixavam fumo ou cachaça nas árvores para acalmálo. A história virou bloco de carnaval nos anos 60. Durante a brincadeira

>>

Em Pernambuco, tem carnaval para todos os gostos e o folião pode brincar sem gastar nada 04 REVISTA DOS BANCÁRIOS


Cultura Primeira página Bancários na folia

CALENDÁRIO NACIONAL E A CIDADE ATRAI TURISTAS S QUATRO CANTOS DO PLANETA

os foliões usam terno, gravata e sacos na cabeça. Cravada de sertão do Pajeú, a cidade de Triunfo abriga os caretas. A brincadeira tem como característica a fantasia que dá anonimato ao folião. Além de mascarados, os participantes penduram nas costas placas com dizeres de para-choque de caminhão. Cada careta carrega também um estalo de relho, tipo de chicote feito de madeira com corda e ponteira. Numa espécie de desafio, eles usam o chicote para tirar as máscaras dos outros durante a folia.

<< “Êita frevo bom...” Surgido no início do século passado o centenário ritmo pernambucano é dividido em três gêneros: Frevo-de-rua, Frevo-canção e Frevo-de-bloco. O Frevo-de-rua, chamado assim desde os anos de 1930, é tocado por orquestra instrumental, sem adição de nenhuma voz. Já o Frevo-canção tem uma introdução orquestral e andamento melódico, seguida de uma canção. O Frevo-de-bloco é executado por orquestra de pau e cordas e um coral de vozes femininas. Essa é a música das agremiações tradicionalmente denominada “blocos líricos”. Seu aparecimento no carnaval de Pernambuco marca o início da efetiva participação da mulher na folia de rua do Recife, nas primeiras décadas do século XX.

Em uma terra que respira folia os bancários não poderiam ficar de fora. Ao longo do século passado, a categoria deixou de lado a formalidade das agências e fez história no carnaval pernambucano. Dentre os mais ilustres está o funcionário do Banco do Brasil, Lourenço da Fonseca Barbosa, ou simplesmente Capiba. Um dos maiores compositores brasileiro. Autor de clássicos como a marcha-de-bloco Madeira que cupim não roí. Os trabalhadores do extinto Bandepe também registraram sua marca nos festejos de momo. Em 1984 um grupo de bandepeanos criou o Azulão. O objetivo dos bancários era fazer uma verdadeira prova de resistência: sair com o bloco no final da tarde da sexta-feira para emendar na folia com o galo da Madrugada. O bloco fez tanto sucesso que nos anos seguintes a direção da empresa resolveu apoiar a ideia. Durante vinte anos a agremiação cresceu e arrastou milhares de foliões pelos bairro do Recife. Entre os mais entusiastas participante da organização estava o diretor do Sindicato, Francisco de Assis, o Chico. “O Azulão era uma coisa linda. Nós saíamos como fantasias luxuosas, carros alegóricos, trios elétricos e orquestra de frevo. Era uma estrutura gigantesca; o Recife ATÉ LULA JÁ CAIU NA FOLIA COM OS parava na tarde da sexta de carnaval para BANCÁRIOS ANTES DA PRESIDÊNCIA acompanhar o Azulão”, relembra Chico. Em Olinda, há 18 anos sai o Tanajura com farinha. O bloco, organizado pelos empregados da Caixa com apoio da Apcef-PE, se concentra às 10 horas do domingo de carnaval no pátio do Mosteiro de São Bento. Um trio de forrozeiros comanda a animação pelas ladeiras da cidade. Outra marca registrado do bloco é a distribuição de tanajuras fritas acompanhadas de farinha durante o percurso. “O Tanajura surgiu de uma brincadeira. Estávamos num bar em Garanhuns eu e Acaci, outro colega da Caixa, em 1993. Estava tocando aquelas bandas, mastruz com isso, limão com aquilo, aí eu brinquei: por que não lançarmos a banda Tanajura com Farinha? No carnaval seguinte, graças ao empenho de colegas como Joca, Chavie, Marco Aurélio, Almir, Iraíldo e outros, a ideia ganhou forma e se transformou num bloco de carnaval”, comenta Arnaldo de Assis, fundador, catador de tanajura e cozinheiro do bloco. O caçula dos blocos dos bancários é o Seu fundo na folia, do pessoal da Gifug (Gerência do Fundo de Garantia da Caixa). Este ano, o bloco não vai sair, por conta da reforma no Cais do Apolo. Mas os organizadores prometem voltar com toda força em 2012. REVISTA DOS BANCÁRIOS 05


Lazer

Diversão

Baile de Máscaras agita o carnaval dos bancários Pela 1ª vez, Sindicato realiza um baile de carnaval, que também abrirá a programação do mês da mulher

O

s bancários de Pernambuco terão uma opção a mais para brincar o carnaval este ano. Pela primeira vez, o Sindicato realiza um Baile de Máscaras para a categoria. O evento ocorre no dia 25 de fevereiro, às 21h, na Boate Metrópole (Rua das Ninfas, 125, Boa Vista, Recife). O Baile de Máscaras também vai abrir a programação do Sindicato para o mês da mulher. “Estamos programando uma série de atividades em março para comemorarmos o Dia Internacional da Mulher. E o Baile de Máscaras será o primeiro evento. Por isso o baile se chamará ‘Nem oito nem oitenta’, em alusão ao 8 de março e aos 80 anos do Sindicato. O título também mostra que a gente deve procurar sempre o equilíbrio”, explica a secretária de Assuntos da Mulher do Sindicato, Sandra Albuquerque, uma das organizadoras do baile. A entrada para o Baile de Máscaras é franca e os convites estão disponíveis na sede do Sindicato ou com os diretores da entidade. A Boate Metrópole liberou a entrada de alimentos, mas a bebida deve ser comprada no local.

Carnaval no Clube de Campo Quem quiser alugar um chalé para passar o carnaval no Clube de Campo dos Bancários pode se inscrever até o dia 15 de fevereiro para o sorteio que ocorrerá no dia seguinte. “Como a procura pelos chalés está muito grande, o Sindicato optou por fazer um sorteio entre os interessados. É a forma mais justa que encontramos”, diz o diretor do Sindicato, Alan Patrício. Os interessados devem ligar para o Sindicato e deixar o seu

nome com Vera Vasco. O sorteio será no dia 16 e a estadia será de R$ 300 para passar os quatro dias de carnaval, de 5 a 9 de março. São seis chalés, com dois quartos, sala e cozinha conjugadas, banheiro e varanda. Tudo mobiliado e equipado. O Clube de Campo fica no km 14,5 da Estrada de Aldeia e conta com parque aquático, bicas, campos de futebol e vôlei, playground, bar e restaurante e uma imensa área verde.

06 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Veja a programação para o mês da mulher 25/02 – 1º Baile de Máscaras Boate Metrópole, a partir das 21h. 03/03 – Bloco Carnavalesco “Nem com uma Flor” Promoção: Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Prefeitura do Recife, com a participação do bloco “CUTucando as Mulheres”, da CUT/PE e demais agremiações femininas. Concentração às 16h30, na Praça do Marco Zero. 14 a 18/03 – Semana da Saúde e Beleza Shiatsu, manicure, pedicure, maquiagem, avaliação estética, massagem corporal, spa dos pés e muito mais. No Sindicato dos Bancários, com hora marcada. Sindicalizadas não pagam nada. 16/03 – Palestra “A Mulher e suas diversas faces” Com a Socióloga Verônica Ferreira (SOS Corpo). Às 19h, no Sindicato. 22 e 24 /03 – A Mulher e a Sétima Arte Dia 22, às 19h, no Sindicato: “A proposta” Dia 24, às 19h, no Sindicato: “As Bruxas de Eastwick” 30/03 – Palesta “A Influência do estresse sobre a libido feminino” Com a professora de História do Direito da Unijorge/ BA e doutora em Ciências Sociais pela Unicamp/SP, Petilda Vazquez. Às 19h30, no Sindicato.


Cultura Dicas

Já é carnaval! Tempo de folia

Desde janeiro, já tem folia em Olinda e no Recife. Ensaios de blocos, maracatus, afoxés, desfiles de agremiações, rodas de samba e acertos de marcha fazem a programação das prévias carnavalescas. São tantos eventos que não dá pra divulgar de uma lapada só. Então, confiram as dicas em: www.recife.pe.gov.br carnaval.olinda.pe.gov.br

Para quem tem um dinheirinho extra... Para quem tem um dinheirinho disponível e curte uma boa festa ou baile de carnaval, as opções são diversas. Confira: - Segura a Seringa (bloco dos funcionários do Hospital Português): prévia dia 11 no Clube Português, com Araketu e André Rio. R$ 15 - Guaiamum Treloso: 18/02 na sede do bloco (Poço da Panela), com Nando Reis, Otto, Orquestra Maestro Oséas e a banda Mamelungos. R$ 40. - Baile dos Artistas: 18/02 no Clube Português, com É o Tchan, Beto Jamaica e Cumpadre Washington, Almir Rouche e orquestras de frevo. R$ 50

- Bal Masqué: 19/02 no Clube Internacional, com Jammil, Margareth Menezes, Patusco e Orquestra Universal. R$ 30. - Siri na Lata: 25/02 no Clube Português, com Maestro Spok, Almir Rouche, Claudionor Germano, Nena Queiroga e China. R$ 60 - Enquanto Isso na Sala de Justiça: 26/02 no Centro de Convenções, com Falcão e Loucomotivos, Monobloco e Academia da Berlinda. R$ 60 - 47° Baile Municipal do Recife: dia 26 de fevereiro, às 19h, no Chevrolet Hall.

RECOMENDADOS Urso PédeCana

Criado pelo webdesigner Carlos Freire e pela jornalista Fabiana Coelho, da equipe de comunicação do Sindicato, o Urso sai há seis anos no carnaval de Olinda. No começo, era apenas um jeito divertido de tomar cachaça de graça. Mas o bloco cresce a cada ano, em organização e seguidores. A camisa está sendo vendida a R$ 20. Acesse: www.ursopedecana.com.br

Cordas, retalhos, cordéis O Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos este ano vem às ruas com o tema “Xilogravura, Retalhos e Cordéis”, numa parceria com a Unicordel. Os acertos de marcha são realizados todos os sábados, a partir das 17 horas, no Teatro Mamulengo, Praça do Arsenal. Além da orquestra e coral, tem recital de poetas. No dia 26, no local, acontece a festa dos cordelistas.

REVISTA DOS BANCÁRIOS 07


Economia Trabalho

Dinheiro no bolso Trabalhadores começam o ano na luta por valorização e exigem salário mínimo de R$ 580, correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento das aposentadorias

O

ano de 2011 começou agitado para os trabalhadores. Desde os primeiros dias de janeiro, os sindicatos do Brasil inteiro estão unidos numa luta por três reivindicações: a correção da tabela do Imposto de Renda, o aumento do salário mínimo para R$ 580, e a valorização dos benefícios das aposentadorias e pensões. Nas últimas semanas, os sindicatos filiados à CUT e outras centrais realizaram uma série de manifestações e protestos pelo Brasil afora. Mas, apesar de toda pressão, as negociações entre os representantes dos trabalhadores e o governo estão emperradas. O próprio ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou que não há mais negociação com as centrais em torno do mínimo. Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a Central tem toda a disposição em negociar e encontrar uma alternativa. “Porém, ao decretar o fim 08 REVISTA DOS BANCÁRIOS

do processo de diálogo em relação ao salário mínimo de 2011, o governo nos leva a abrir uma frente de disputa no Congresso, para elevar o mínimo para além do valor defendido pela equipe econômica e pela presidenta Dilma”, diz Artur. Os sindicatos reivindicam um salário mínimo de R$ 580. O governo diz que não dará mais que R$ 545, em estrito cumprimento aos termos do acordo fechado pelas centrais e o governo em 2007, que deu origem à política de valorização do salário mínimo, cuja fórmula de elevação é a soma do INPC do período com a porcentagem de crescimento do PIB. Na avaliação da CUT, essa política de valorização do salário mínimo é boa e deve ser preservada. Mas, em relação a 2011, a CUT e as centrais defendem que o valor seja estabelecido de forma extraordinária, para além do acordo, de forma que o aumento do salário mínimo reflita o bom momento da economia

SINDICATOS DE TRABALHADORES E GOVERNO ESTE ANO, MAS ATÉ AGORA NÃO HOUVE SOLUÇ


RNO JÁ REALIZARAM VÁRIAS NEGOCIAÇÕES OLUÇÃO PARA O IMPASSE

Economia Trabalho percentual é o mesmo da inflação de 2010). As negociações com o governo também estão num impasse. Fabiano Félix ressalta que a correção da tabela do Imposto de Renda vai favorecer diretamente os bancários, que têm este tributo descontado do salário. “Foi a pressão dos sindicatos que garantiu, no governo Lula, a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% ao ano, desde 2007. A tabela do IR permaneceu congelada durante a administração de FHC, causando perdas para os trabalhadores. Avançamos no governo Lula, mas precisamos corrigir novamente a tabela agora. Caso contrário, os aumentos reais de salário conquistados nos últimos anos por inúmeras categorias serão perdidos”, afirma. Quanto às aposentadorias e pensões, o governo quer dar um reajuste de 6,41%, valor menor que a inflação. Para a CUT, é impor- Os sindicatos tante que os apo- já realizaram sentados e pen- uma série de sionistas tenham manifestações a elevação dos e protestos pelo benefícios em ao Brasil afora. menos 80% do Mas, apesar de que será dado ao toda pressão, as mínimo, já que negociações entre representam um os trabalhadores fator importante e o governo estão para que a eco- emperradas nomia brasileira mantenha o sólido crescimento. Como o governo tem relutado em atender as reivindicações dos trabalhadores e os sindicatos não aceitam os reajustes colocados, essa queda de braço promete mais emoções nos próximos dias. Mas, se depender da disposição dos sindicatos e da CUT, os trabalhadores podem aguardar novas conquistas neste início de 2011.

<<

e que contemple os trabalhadores com tratamento diferenciado. Para o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Félix, o aumento do mínimo para R$ 580 vai garantir a manutenção da política de valorização do salário que foi responsável por melhorar a distribuição de renda, combater as desigualdades sociais e ainda fez com que mais de 30 milhões de pessoas melhorassem de classe social. “Durante a era Lula, o mínimo foi reajustado em 53%, graças à pressão dos trabalhadores”, comenta. Imposto de Renda e aposentadorias A CUT continua defendendo também a correção da tabela do imposto de renda em 6,47% para 2011 (esse

REVISTA DOS BANCÁRIOS 09


Saúde Assédio Moral

Protagonistas da história Bancários assinam acordo inédito no Brasil para combater e prevenir o assédio moral nos bancos. A conquista coroa a luta encampada pelo Sindicato há mais de uma década e pode servir de referência para outras categorias profissionais 10 REVISTA DOS BANCÁRIOS

J

osé e Antônio são bancários e protagonistas de uma triste história. Era um dia de muito movimento e a agência do Itaú onde trabalhavam estava lotada. Um funcionário do banco, por conta da demanda de serviços, esquecera de repassar o bilhete com o registro do horário para um cliente. Uma falha banal, mas que serviu como pano de fundo para que José e Antônio fossem humilhados e acusados de fraudar o sistema que controla o tempo de atendimento.

>>


Saúde Antônio, que era gerente operacional e tinha 20 anos de banco, foi demitido. José, tesoureiro com mais de 25 anos de serviços prestados ao Itaú, foi humilhado na frente dos clientes por um inspetor do banco, que passou a agredi-lo sistematicamente. José não dormia mais direito, sonhava com as humilhações e constantemente tinha crise de choros. O acordo deve O episódio de agressão, melhorar que ambos sofreram, tem sensivelmente nome. Chama-se assédio as relações de moral e hoje é um dos piotrabalho nos res problemas que os banbancos e visa cários enfrentam todos os colocar um ponto dias, nas agências e deparfinal no problema tamentos dos bancos. do assédio moral Mas, se depender da luta dos bancários, o assédio moral está com os dias contados. Depois de mais de uma década de batalha, o Sindicato assinou, no último dia 26 de janeiro, um acordo inédito no Brasil, que cria mecanismos de prevenção e combate ao assédio moral nos bancos. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o acordo deve melhorar sensivelmente as relações de trabalho

>>

Assédio Moral

nos bancos. “Este acordo é histórico, resultado de muitos anos de luta do Sindicato. Os bancários brasileiros sempre foram pioneiros na incorporação de direitos que hoje são comuns para os demais trabalhadores. O vale alimentação e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), por exemplo, foram conquistados pela primeira vez no Brasil pelos bancários, no início dos anos de 1990, e depois estendido para outras categorias. Agora, estamos novamente fazendo história, com um acordo que pode servir de exemplo para outras categorias profissionais”, explica Jaqueline.

>>

JAQUELINE: BANCÁRIOS SEMPRE FORAM PIONEIROS

JOÃO RUFINO, DIRETOR DO SINDICATO (1º A ESQ.), REPRESENTOU OS BANCÁRIOS DE PE NA ASSINATURA DO ACORDO

REVISTA DOS BANCÁRIOS 11


Saúde Assédio Moral Mais de uma década de luta O assédio moral não é algo novo. Desde que “inventaram” o trabalho, quem vai atrás do ganha-pão sofre com a pressão e o destempero de quem manda. Mas nas últimas décadas este tipo de violência tem aumentado consideravelmente, com a nova estrutura organizacional, que privilegia o lucro e a produtividade. “O primeiro passo para resolver o problema foi dar um nome para essa violência que os trabalhadores sofrem. Desde os anos de 1980, estudiosos do mundo inteiro têm se debruçado para entender este fenômeno chamado de assédio moral. Esse verdadeiro terror tem acometido trabalhadores de todas as classes, mas os bancários estão entre as principais vítimas do assédio moral. A forma como os bancos organizaram seu ambiente de trabalho – com quadro de funcionários extremamente enxuto, metas quase impossíveis de serem batidas e pressões por produtividade – criou o espaço

CARTILHA DO SINDICATO, LANÇADA EM 2005

Este estudo se transformou numa cartilha publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, em 2005, e hoje utilizada por sindicatos de todas as categorias no Brasil inteiro. “Faz mais de uma década que lutamos contra o assédio moral e hoje, com este acordo, estamos sendo piorneiros de A forma como os bancos se organizaram, com quadro de uma nova ferramenta que pode resolver funcionários enxuto, metas e pressões por produtividade, o problema da violência contra os trabalhadores. É um orgulho muito grande criou o espaço perfeito para o assédio moral para o Sindicato ser protagonista desta perfeito para a proliferação do assédio moral”, comenta história”, diz Suzi. a diretora do Sindicato, Suzineide Rodrigues, que em A dirigente lembra que quando o Sindicato iniciou a 2004 coordenou um dos principais estudos sobre asséluta contra o assédio moral, ainda nos final dos anos de dio moral no Brasil. 1990, a diretoria da entidade colocou três objetivos. O primeiro deles era caracterizar o assédio moral e explicar para os bancários que a pressão abusiva e as humilhações no trabalho têm nome e são ilegais. “Hoje os bancários estão muito bem familiarizados com o tema. Tanto é que na última Campanha Nacional a grande maioria apontou numa pesquisa que fizemos que o combate ao assédio moral era prioridade, mais do que o aumento salarial ou a PLR. Com isso, priorizamos essa questão nas negociações com os bancos e, depois de quinze dias de greve, arrancamos este acordo histórico para combater o problema”, explica Suzineide. O segundo objetivo dos bancários era justamente assinar com os bancos um acordo nos moldes do que foi conquistado agora. “Cumprimos os nossos dois primeiros objetivos, mas SUZINEIDE RODRIGUES, DIRETORA DO SINDICATO, COORDENOU

>>

UM DOS PRINCIPAIS ESTUDOS SOBRE ASSÉDIO MORAL NO BRASIL

12 REVISTA DOS BANCÁRIOS

>>


Saúde Assédio Moral

O ACORDO DOS BANCÁRIOS PODE SERVIR DE REFERÊNCIA PARA OUTRAS CATEGORIAS

ainda falta o terceiro, que é de suma importância não só para os bancários, mas para todos os trabalhadores do Brasil. Queremos que o Congresso Nacional aprove uma lei criminalizando o assédio moral”, afirma. Para Suzi, o acordo inédito dos bancários pode ser um instrumento importante para convencer deputados e senadores a aprovarem o projeto de lei 7202/2010, que inclui o assédio como acidente de trabalho. A avaliação é compartilhada pelo deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), autor do projeto de lei. Em entrevista ao site da ContrafCUT, Berzoini diz que o assédio moral é uma questão cada O acordo inédito vez mais reconhecida na sociedos bancários pode dade como elemento nocivo ao ser um instrumento ambiente de trabalho e à saúde importante do trabalhador. para convencer “Reconhecê-lo como acideputados e dente de trabalho para fins presenadores a videnciários é uma maneira de aprovarem uma lei adequar a lei e viabilizar o tracontra o assédio tamento correto aos segurados. Como bancário, fico feliz por ver os sindicais sintonizados com essa luta. Aliás, esse projeto foi fruto do diálogo entre o nosso mandato e os sindicalistas, em especial os bancários”, afirma. Berzoini destaca que todo reconhecimento formal do assédio moral, como o acordo assinado pelos bancários, ajuda a convencer os parlamentares a compreenderem que essa mudança na lei é necessária. O juiz Francisco Pedro Jucá, do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), apoia o acordo assinado

>>

pelo Sindicato, principalmente por tratar dos abusos ocorridos no setor bancário. “A questão do assédio moral é mais perceptível nos bancos”, diz ele, que afirma estar acostumado a julgar casos do tipo. De acordo com o juiz, as denúncias de assédio que chegam à Justiça têm aumentado ano a ano e partem de trabalhadores de todos os setores da economia, não só o financeiro. O magistrado espera que o acordo entre bancos e bancários estimule a discussão do assunto e, por consequência, a redução dos casos de assédio. Somente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou 656 processos sobre o tema no ano passado, o que representa um aumento de 44% em relação a 2009, quando foram analisados 455 pedidos. Em 2008, os ministros da Corte decidiram em 294 casos. Na Justiça, os casos de assédio moral têm gerado pesadas indenizações. A maior condenação do país foi dada contra uma instituição financeira, em abril de 2009. O Bradesco foi condenado pelo TST a indenizar em R$ 1,3 milhão o ex-gerente Antônio Ferreira dos Santos, que trabalhou por 20 anos na instituição, por preconceito sobre sua orientação sexual. Em uma outra recente decisão do TST, um ex-gerente do Santander também teve direito a indenização. O valor arbitrado foi de R$ 100 mil. O ex-gerente, que trabalhou no banco de 2004 a 2007, alegou que sofria perseguições para que atingisse metas extremamente rigorosas, e que teria sido isolado dos colegas por determinação da empresa. O Itaú Unibanco também foi condenado pelo TST, em 2009, a indenizar uma trabalhadora em R$ 10 mil. LEIA MAIS O Sindicato fez uma série de matérias especiais sobre o acordo. Leia em www.bancariospe.org.br

REVISTA DOS BANCÁRIOS 13


Cidadania Sociedade

DAKAR, NO SENEGAL, SERÁ PALCO DO FÓRUM EM FEVEREIRO

Tempos de Fórum

H

á mais de uma década, o início do ano, janeiro ou fevereiro, é época marcante para os movimentos sociais do mundo inteiro. É tempo de se juntar, avaliar ações e debater estratégias. É tempo de Fórum Social Mundial. Este Movimentos ano, o décimo-primeiro encontro será na África, mais especificamente em sociais de todo o Dakar, no Senegal, de 6 a 11 de fevereiro. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) vai mundo se reúnem estar lá. No dia 9, a Confederação Sindical Internacional (CSI) realiza um ato na capital no Senegal com o senegalesa para dar visibilidade à pauta dos trabalhadores. desafio de superar a Mais uma vez, as propostas do Fórum se organizam em torno de um eixo principal: a crise estrutural da globalização do capitalismo. O que os movimentos sociais avaliaram, banalização de seus desde a última edição, em Porto Alegre, é que muitas das propostas apresentadas por discursos eles como alternativas começam a entrar na ordem do dia do G8 e do G20. “No entanto, elas não se traduzem em políticas viáveis: são desviadas e se dobram à arrogância das classes dominantes”, afirmam, em artigo, Gustave Massiah e Nathalie Péré-Marzano, integrantes do Conselho Internacional do Fórum. O desafio é, portanto, superar esta banalização do discurso. Em sua maioria, as atividades que fazem a programação do encontro refletem as diversas dimensões da crise. A crise social será discutida a parMais uma vez, as propostas do Fórum Social Mundial tir das desigualdades, pobreza, se organizam em torno de um eixo principal: a crise discriminação e, mais especifiestrutural da globalização do capitalismo camente no contexto africano, da colonização inacabada e das diásporas e migrações que, para os movimentos, são uma espécie de retorno ao tráfico negreiro. A emergência de novas potências mundiais, as guerras e o acesso às matériasprimas entram no debate sobre a crise geopolítica. A crise ecológica estará presente a partir de temas como mudança climática, desertificação, biodiversidade, esgotamento de fontes naturais. Acompanhe a programação em http://fsm2011.org/br

<<

14 REVISTA DOS BANCÁRIOS


Internacional Sociedade

EGITO: POPULAÇÃO NA LUTA PELA DEMOCRACIA

Um outro Oriente Médio é possível Milhões de manifestantes, no Egito e na Tunísia, desafiam ditaduras e põem em xeque ideologias ocidentais

Q

uando esta matéria foi editada, havia, na Praça de Tahrir, Egito, mais de um milhão de manifestantes. No entanto, o que começou como protesto pacífico, em 24 horas se transformou em violento confronto quando um grupo de partidários do governo resolveu intervir. O ditador Hosni Mubarak, que há 30 anos governa a ferro e fogo o país, anunciara que não concorreria à reeleição, mas negavase a falar em transição imediata. A multidão, enfurecida e oprimida por décadas de medo e repressão, recusava-se a aceitar o embuste: queria a renúncia de Mubarak e um governo de transição que conduzisse a um Estado democrático. Alguns meses antes, o palco da revolução fora a Tunísia. As manifestações começaram

em meados de dezembro e se estenderam durante um mês, forçando o ditador Ben Ali a abandonar o governo depois de 23 anos no poder, no dia 14 de janeiro. Os manifestantes, entretanto, permaneceram mobilizados para garantir uma transição democrática. Em ambos os casos, não se trata de fundamentalistas ou homens-bomba: a revolta não tem qualquer viés religioso. Muito menos terrorista. Como diria Pepe Escobar, em artigo publicado originalmente no Asia Times OnLine, “repressão política, desemprego em massa e comida cara são mais letais que um exército de homens-bomba”. Ou seja: as manifestações jogaram por terra o discurso ocidental de que árabes são terroristas e incapazes de assumir uma democracia. Não é difícil compreender as intenções deste discurso. O Egito e a Arábia Saudita são os pilares centrais da aliança EUA-Israel na região. Uma mudança de regime pode significar um terremoto político. Além disso, regimes ditatoriais garantem a manutenção de dois requisitos fundamentais para o mundo ocidental: “que essa gente não emigre e que as fontes de recursos petrolíferos sejam mantidas”, nas palavras de Eduardo Febbro, em artigo no jornal Página 12, da Argentina. A ideologia foi reduzida a cacos. E parte deles já chegou ao Iêmen, onde os exemplos da Tunísia e do Egito fomentam o início de manifestações.

Trabalhadores unidos Os trabalhadores, organizados, tiveram papel fundamental nos dois episódios do Oriente Médio. Mas esta organização não é fácil quando se trata de ditaduras. No Egito, durante anos o Estado usou a desculpa do combate ao terrorismo para acabar com qualquer tipo de dissenso. Munição de guerra foi usada contra greNo entanto, desde 2006, o país vivistas, nas siderúrgicas em 1989, ou nas veu greves fortes, sobretudo na indúsfábricas têxteis em 1994. tria têxtil. Graças a elas, os trabalhado-

res conseguiram criar dois sindicatos independentes. No auge das manifestações de agora, uma nova central sindical foi criada. Também na Tunísia, os trabalhadores tiveram papel primordial nas mudanças democráticas. A diferença é que lá existia, ao menos, uma federação sindical semiindependente. Na hora da greve geral, os sindicatos puderam se somar. REVISTA DOS BANCÁRIOS 15


Turismo Conheça Pernambuco

BEZERROS

Terra dos Papangus

A

101 quilômetros do Recife, a cidade de Bezerros é conhecida pelos seus famosos papangus. Em tempos de carnaval, ela chega a receber mais de 500 mil turistas, a maior parte deles no domingo, quando acontece a folia mascarada. Conta a tradição que os foliões devem confeccionar suas fantasias sem o conhecimento de ninguém porque a graça da brincadeira é permanecer no anonimato durante os quatro dias de Momo. É bonito e divertido. Mas, se você vai à Bezerros para curtir os Papangus, pode aproveitar e desfrutar das demais atrações da cidade.

DOS

Revista Bancários Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Redação: Av. Manoel Borba, 564 - Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-00 Fone: 3316.4233 / 3316.4221 Correio eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Presidenta: Jaqueline Mello Secretária de Comunicação: Anabele Silva Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Jaqueline Mello e Tereza Souza Redação: Fábio Jammal, Fabiana Coelho e Wellington Correia Projeto visual e diagramação: Libório Melo Impressão: AGN Gráfica Tiragem: 10.000 exemplares

O artesanato é uma destas facetas. Afinal, trata-se da terra do famoso xilogravurista Jota Borges. Seu atelier fica logo à beira da estrada, antes mesmo de se entrar na cidade. Também ali, às margens da BR-232, fica o Centro de Artesanato do Agreste, um centro de referência em arte popular nordestina. Quem gosta de natureza e esportes de aventura, também deve colocar Bezerros em seu roteiro de viagens. Ou, mais especificamente, Serra Negra, a poucos quilômetros do centro da cidade. O local abriga uma pequena vila, um parque ecológico, mirantes e grutas naturais. A mais de 900 metros do nível do mar, e com um riquíssimo potencial hídrico, o que não faltam são imagens de cartão postal. Não à toa trata-se de um dos principais pontos do estado para a prática de voo livre. Uma dica para quem busca o ecoturismo é o Sítio da Pedra Solta. No local, há espaço para camping. É só levar a barraca e pagar uma taxa de R$ 10. Há um banheiro para os acampadores e um único lugar com energia elétrica. Ou seja, é bom levar lanterna e um bom cobertor, porque a noite é fria. Para quem preferir o conforto de um chalé, a diária é R$ 50, com café da manhã. Em ambos os casos, o local é ideal para fazer trilhas e praticar rapel. Reservas ou informações com João Bosco Jr: 8827.6780 ou 8856.9620 ou pelo endereço sitiodapedrasolta@hotmail.com. REVISTA DOS BANCÁRIOS 16


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.