"Exploratorium: Centro interativo de ciências" | TFG Bárbara Ipac 2018 | UNICAMP

Page 1

EXPLORAT RIUM CENTRO INTERATIVO DE CIÊNCIAS



UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

EXPLORATORIUM CENTRO INTERATIVO DE CIÊNCIAS DE CAMPINAS

Bárbara dos Anjos Ipac Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do título de arquiteta e urbanista. Orientação | Prof. Dr. Haroldo Gallo

CAMPINAS 2018


4


AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Cristina e Eduardo, por todo apoio incondicional. Ao Leonardo, por todo incentivo e cuidado neste trabalho e na vida. Ao meu orientador, Haroldo Gallo, que me permitiu uma liberdade projetual de que precisava, que colaborou com boas ideias quando necessárias, e por ter aceito este desafio junto comigo. E ao professor Cláudio Lima, que durante esse período analisou e contribuiu muito no desenvolvimento do meu projeto. À minha amiga Isis, por estar sempre presente e por compartilhar as angústias e conquistas neste período de trabalho. À minha familia, aos amigos queridos, e a todos que de alguma forma contribuíram para este trabalho e para a minha formação. Aos professores e funcionários do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP por todos os ensinamentos e paciência ao longo desses sete anos de graduação.

5

muito obrigada!


6



8


SUMÁRIO 01 02 03 04 05 06 07

08 9

APRESENTAÇÃO

13

INTRODUÇÃO | O MUNDO DA CIÊNCIA Distanciamento entre cidadão e ciência Museus X Centros de Ciência Interatividade

14 15 17 18

MUSEU X ESCOLA Professores no espaço de exposição Crianças e familias

20 23 24

CAMPINAS Plano Diretor Estratégico 2018 Planejamento Estratégico de Ciência

28 32 33

LOCAL

34 35 42 48

Escolha do local Terreno Análises do local

REFERÊNCIAS PROJETUAIS PROJETO

Conceito Programa Fluxograma Partido Implantação Perspectiva geral Esquemas Plantas Cortes e elevações Renders Considerações finais

BIBLIOGRAFIA

60 78 79 80 88 90 92 94 96 110 120 125 127



TEMA Fundamentação teórica


01


APRESENTAÇÃO Alguns estudos da psicologia indicam que as memórias dos primeiros anos de vida e infância tem grande influência naquilo que nos tornamos ao longo da vida. Uma das lembranças que mais me influenciou ao iniciar este trabalho foram as visitas organizadas pela minha escola a diversos museus, durante o ensino fundamental e médio. O grande entusiasmo ao visitar uma exposição e ver, com uma apresentação mais dinâmica e palpável, os mesmos assuntos abordados em sala de aula é o que mais me recordo. Faz parte destas recordações também a constante necessidade de nos deslocarmos até São Paulo em busca de novos museus e acervos diferentes, uma vez que Campinas carecia, e ainda carece, de equipamentos de lazer cultural. Uma visita que ficou especialmente marcada, foi a ida ao campus da USP em São Paulo para assistir um pequeno “show de ciências” elaborado pelos alunos da universidade. Nessa visita os apresentadores elaboraram diversos experimentos e os realizavam em conjunto com os alunos, de modo que nós, na plateia, não ficávamos apenas contemplando o show, mas sim fazíamos parte das atividades. Isto ajudava ainda mais a fixar o conhecimento, de uma maneira que seria impossível apenas na sala de aula.

os museus existentes, deixando vago um espaço de discussão absolutamente necessário à compreensão de temas contemporâneos pertinentes à sociedade. Isto, por sua vez, limita a capacidade de influência destas organizações perante aos órgãos públicos para exigir a implementação de políticas que ajudem a preencher esta lacuna. As lembranças positivas, bem a certeza de que o conhecimento trazido por museus é fundamental e insubstituível para a formação completa de um cidadão, somada à necessidade de desenvolvimento de novos equipamentos culturais na cidade, foram os pontos chave para a escolha do projeto elaborado neste trabalho: um Centro interativo de Ciências de Campinas. Um espaço lúdico, social e cultural, rico em objetos, experiências e ambientes de aprendizagem totalmente interativos e informais, que contribuem para o desenvolvimento da infância e da juventude, despertando a curiosidade e o interesse pela ciência, e estreitando as relações museu-escola. Para maximizar os efeitos positivos deste projeto, o local escolhido para implantação fica próximo ao centro de Campinas, no bairro Guanabara, no terreno anteriormente ocupado pelo Shopping Jaraguá, na Avenida Brasil. Trata-se de um grande vazio urbano, localizado em um eixo importante da cidade, com grande fluxo de pessoas, usos diversificados e com grande potencial para abrigar um equipamento cultural deste porte. Não menos importante para a escolha do local é a sua capacidade de oferecer à população espaços que permitam encontros, estimulem a permanência e propiciem lazer e descanso para aqueles que frequentam a região.

Hoje em dia eu penso: por que naquela época saímos de Campinas para ver uma apresentação de ciências se na nossa cidade mesmo temos um dos principais pólos de conhecimento científico do Brasil, a Unicamp? Campinas é uma cidade de grande porte, mas que segue carente de equipamentos de lazer cultural, bem como de uma política cultural abrangente. Os museus da cidade ficam de certa maneira isolados do público, na medida em que têm pouco espaço para a divulgação de suas exposições nos veículos de comunicação de grande acesso. Ao mesmo tempo, há pouco diálogo entre 13


02


INTRODUÇÃO| O MUNDO DA CIÊNCIA

DISTANCIAMENTO ENTRE CIDADÃO E CIÊNCIA Hoje construímos algo que, de certa forma, pode ser encarado como um paradoxo. Vivemos em uma época na qual a ciência e a tecnologia passam a desempenhar importância cada vez maior e no entanto, é visível que parte significativa da população não compreende conceitos e fenômenos científicos básicos.

Esse distanciamento entre ciência e tecnologia e a população coloca a necessidade de levar o conhecimento científico ao cidadão comum. Segundo Lins Barros (1992) “A divulgação da ciência aparece como: uma tentativa de, usando uma linguagem acessível, permitir ao leigo compreender um conhecimento que se apresenta estabelecido após um elaborado processo de desenvolvimento”. Assim, os Museus de Ciência e Tecnologia aparecem como um grupo bastante singular dentro do universo de museus, dedicados às mais diversas áreas do conhecimento, como uma forma de estreitar e aproximar essa relação entre a ciência e o homem.

Um importante elemento para a compreensão desta questão é a visibilidade da ciência. Para o público em geral, a interação com a ciência se dá por meio de seus produtos, e não de seus métodos de investigação, teorias, conceitos e modelos. Contribui para isto o fato de que o nível de compreensão do conhecimento científico requerido do cidadão comum para o uso de tais produtos é muito inferior àquele que viabiliza o funcionamento dos mesmos.

Gaspar (1993) denomina como “museus ou centros de ciências” instituições de todo mundo que, dedicando-se à preocupação com as ciências de um modo geral, não são caracterizadas de forma clara ou definida, como acontece com museus de arte. Seus objetivos, atividades, funções, instalações e públicoalvo variam de instituição para instituição.

Os princípios científicos que viabilizam tais produtos tornam-se cada vez mais complexos e de domínio restrito a poucos que detém determinada especialização, o que contribui para um crescente distanciamento entre ciência e o cidadão comum, até mesmo quando ele está imerso em um mundo tecnológico.

Oliveira (2003), por sua vez, caracteriza tais espaços de divulgação 15


CIÊNCIA

PRODUTO

científica pelo rico potencial que possuem, podendo ser um instrumento para complementação de ensino e fonte de questionamento para seus visitantes. Além disso, define-os a partir de sua estrutura e organização. São locais que possibilitam o contato de todas as pessoas com a ciência, tendo como público-alvo famílias e estudantes.

CONSUMIDOR

conservadores com formação museológica, especialistas na área de arquivos/ acervos documentais, arquitetos, programadores visual e pessoal da área de informação e comunicação, o que promove às suas equipes de trabalho uma configuração bastante variada. Um museu de ciências tem como objetivo básico a divulgação científica. Esta tem como base dois aspectos: o primeiro está associado ao conteúdo que se deseja expor e transmitir ao visitante; o segundo baseia-se no tipo de iteração que consegue construir com o visitante. Não se espera que o visitante chegue a conceituar os fenômenos observados durante uma pequena visita. Dentro de uma visão geral do fenômeno, poderá aplicar a sua vivência àquilo que o surpreende e que de alguma forma encontra ressonância em duas ideias.

Esse tipo de equipamento ganhou espaço no Brasil nos últimos 20 anos à medida que essas instituições se transformaram, de depositários passivos de objetos ou expositores de produtos e descobertas científicas, em espaços mais dinâmicos, primordiais na construção e expressão da cultura e da pesquisa em desenvolvimento. No transcorrer da década de 1990, os museus de temática científica tiveram um crescimento quantitativo considerável. Atualmente, esses espaços de ciência são vistos, como locais propícios para o atendimento de novas demandas educativas e sociais, por sua versatilidade, seu caráter amplo e sua multidisciplinaridade estrutural e funcional. De modo geral, contam nos seus quadros profissionais com a participação de cientistas, pesquisadores em ensino de ciências, em história da ciência, professores das áreas das ciências naturais (física, química, biologia, matemática, astronomia, etc), 16


Foto 1| Modelo molecular de dupla hélice do DNA de Crick e Watson, 1953, exposto no Museu de Ciências de Londres. (Foto retirada do site da instituiução)

MUSEUS DE CIÊNCIA X CENTROS DE CIÊNCIA Muitos Museus de Ciências e Tecnologia acentuaram a divulgação científica em detrimento aos aspectos museológicos, como foi o caso do Museu de Boston nos Estados Unidos, que decidiu vender o seu acervo histórico e dedicar-se às exposições interativas. Indo na mesma direção, muitos dos novos museus criados sequer dispõem de objetos históricos, contendo apenas objetos museológicos construídos com a finalidade puramente de abordar temas científicos. Tais instituições passaram a ser denominadas de Science Centers (Centros de Ciência), embora a definição do ICOM seja flexível o suficiente para permitir a denominação de Museu. Os Museus de Ciências tradicionais e os Science Centers diferem nos seus projetos institucionais. Esses últimos preocupam-se com a apresentação e explicação, eliminando, em geral, das suas exibições, os testemunhos das atividades científicas e técnica do passado, com ênfase nos processos participativos da comunicação com o visitante. Convém destacar que muitos museus caracterizam-se justamente pela coexistência de exposições tradicionais e interativas, típicas em Science Centers, integradas ou não entre si.

Foto 2| Show audiovisual que ilustra a complexidade das interações entre célula, gene e proteína, no Cité des sciences et de l’industrie em Paris. (Foto retirada do site da instituição)

17


Foto 3| Garoto interagindo com a exposição no The Exploratorium, em São Francisco, EUA. (Foto retirada do site da instituição)

INTERATIVIDADE - UMA NOVA FORMA DE COMUNICAÇÃO inteligibilidade e com a participação cognitiva do público”. A interatividade do tipo “hands-on” proposto por Wagensberg, é a que mais se difundiu e se distorceu nos últimos anos. Nos museus de ciências, em geral esta experiência tem como função comprovar conceitos físicos, por meio da experimentação do usuário, oferecendo estímulos a uma experiência multissensorial, de modo que o objeto não privilegia apenas a visão, mas também, o tato e a audição.

A observação das significativas mudanças de linguagem no museu ao longo dos séculos leva à constatação da necessidade de se adaptar às expectativas e peculiaridades da sociedade de cada época. Os museus interativos se destacam como formato adequado às atuais demandas. O boom de museus interativos se mostra nitidamente ligado ao uso crescente e intensivo da internet e das novas tecnologias. Esses fenômenos desencadeiam uma nova relação com o saber e abrem portas para a exploração de novas possibilidades de linguagem. Com isso, o envolvimento do público com a ciência tem aumentado, e a revolução digital que mudou radicalmente a nossa relação com a tecnologia criou novas formas de comunicação e aprendizagem. Os centros de ciência têm mostrado uma capacidade notável de resposta aos desafios atuais, adaptando-se aos contextos locais, respondendo às necessidades da comunidade e refletindo políticas de inclusão.

Ainda sobre esse conceito de interatividade manual (hands on) debatida por Wagensberg, pode-se destacar o caráter proativo que o visitante assume diante da exposição, de maneira que sua intervenção direta produz uma “conversa”, em que uma manipulação gera uma nova resposta, e assim sucessivamente. Nesse caso, o público protagoniza ações e descobrimentos, converte-se em sujeitos ativos, o que podemos dizer, é que os equipamentos e objetos expostos só terão funcionalidade plena, a partir da atividade do visitante sobre eles.

As chamadas “exposições interativas” surgiram em um momento em que os museus reconhecem sua função educativa e se comprometem com “a

Assim, podemos destacar alguns atributos considerados atraentes em aparatos interativos de exposições dirigidas ao público infantil, e elas são: 18


Foto 4 e 5 | Crianças interagindo com a exposição no Swiss Science Center, Technorama, na Suiça. (Foto retirada do site da instituição)

oportunidade de experimentar algo novo; oportunidade de representar um papel (ser outra pessoa, estar em outro tempo/lugar); elemento de surpresa (assistir algo acontecer); elemento de diversão; situação desafiadora; jogo/máquina interativo(a); design de dimensões apropriadas para a criança; oportunidade para uso do aparato em equipe; e design ‘imaginativo’. Portanto falar em museus e centros de ciência hoje em dia é falar de exposições interativas em quase sua totalidade.

19


03


MUSEU X ESCOLA

“Museus encorajam a aprendizagem não formal através da curiosidade, observação, atividade, um senso de maravilhamento, especulação e teste de teoria” (Madden, 1895)

Os museus de caráter científico, compreendidos como espaços não formais de educação, vêm ganhando destaque na elaboração das políticas nacionais de ensino e de divulgação. Têm também se constituído como centro de referência, devido às ações de cunho educacional/cultural e, principalmente, às pesquisas desenvolvidas na área de educação não formal em ciências, uma vez que refletem sobre a fundamentação da educação científica da sociedade como um todo e aprofundam o estudo do alfabetismo científico do indivíduo.

Durante muito tempo coube à escola, quase que exclusivamente, o papel de educar para a Ciência. Ao mesmo tempo, a Ciência e a Tecnologia impregnaramse no cotidiano das pessoas de maneira exponencial.

Por constituírem espaços para a experimentação de difusão científica e por abordarem com mais leveza (por meio de exposições interativas ou não) até mesmo os conteúdos essencialmente formais, professores e outros profissionais, não só os da área de ensino de ciências, passaram a ver nos museus de temática científica, condições para que funcionem como um suplemento ao ensino promovido nas escolas. Entretanto, o museu e a escola são universos particulares, onde as relações sociais se processam de forma diferenciada, cada um com uma lógica própria. Desta forma, é fundamental em uma análise que procura estabelecer relações entre o museu e a escola, evidenciar as diferenças entre esses espaços.

Evidentemente ainda cabe à escola a maior parcela de responsabilidade na formação científica da sociedade. No entanto, nas últimas décadas tem crescido em quantidade e qualidade outros tipos de instituições ou veículos que passaram a contribuir com a escola no papel de educar para a Ciência. Museus de ciências e História Natural, publicações periódicas de divulgação científica, rádio, televisão e, mais recentemente, redes de informação promovem o que é chamado de educação formal e informal em Ciências. 21


ESCOLA

RELAÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO

MUSEU

Recolher, conservar, estudar e expor Cliente livre e passageiro Todos os grupos de idade sem distinção de formação Possui exposições próprias ou itinerantes e realiza suas atividades pedagógicas em função de sua coleção Concebido para atividades geralmente individuais ou de pequenos grupos Tempo: 1h ou 2h Atividade fundada no objeto | exposição

Instruir e educar Cliente cativo e estável Cliente estruturado em função da idade ou da formação Possui um programa que lhe é imposto,pode fazer diferentes interpretações, mas é fiel a ele Concebida para atividades em grupos (classe) Tempo: 1 ano Atividade fundada no livro e na palavra

Em muitos casos as instituições culturais que se preocupam com a educação buscam na escola os referenciais para o desenvolvimento de suas atividades. No entanto, cada uma dessas instituições possuem uma lógica própria. Os museus também são espaços com uma cultura própria e, neste sentido, espera-se que ele ofereça ao público uma forma de interação com o conhecimento diferenciada da escola.

dimensão do conteúdo científico, chamando atenção para o fato de que os temas apresentados no museu podem ser abordados de uma forma interdisciplinar ou enfatizando a relação com o cotidiano dos estudantes. O interesse das escolas em visitar o museu tem uma relação direta com o programa de ciências que elas desenvolvem. Geralmente, o professor do ensino fundamental e médio que procura o museu está interessado em conteúdos diretamente relacionados com a matéria que ele está dando em aula. Este tipo de anseio se justifica, pois uma visita extraescolar deve apresentar algum vínculo com o que é desenvolvido em aula.

As motivações que levam o público em geral e, em especial, a escola a buscar os museus como espaço de aprendizagem em Ciências são variadas. É possível identificar uma fala recorrente no discurso dos professores ao justificarem tal busca: esperam que esses espaços ofereçam oportunidade para o aluno vivenciar situações impossíveis de serem reproduzidas na escola - por falta de material, espaço físico, etc. - proporcionando a prática da teoria vista em aula. Além disso, afirmam que estes locais colocam os alunos em contato com o conhecimento mais recente sobre temas científicos. Em pesquisa realizada por Cazelli (1998), ao analisar os objetivos dos professores ao buscar os museus, verificou-se que esta procura está relacionada, primeiramente, com uma alternativa à prática pedagógica, já que entendem esta instituição como um local alternativo de aprendizagem. Em segundo lugar, os professores consideram a

Em linhas gerais, pode-se dizer que os museus trabalham com o saber de referência tanto quanto a escola, porém dão a este saber uma organização diferenciada, além de utilizarem linguagens próprias. Assim, o museu se diferencia da escola não só quanto à seleção e amplitude dos conteúdos abordados, como também em relação a forma de apresentação deles. Os museus de ciências pretendem, assim, ampliar a cultura científica da população, promovendo diferentes formas de acesso ao conhecimento. Através de variados estímulos oferecidos ao público, diferentes daqueles da escola, o processo de aquisição 22


Foto 6 e 7 | Imagens mostrando essa diferença de relação entre os diferentes espaços, museu e escola (Fotos retiradas do google)

PROFESSORES NOS ESPAÇOS DE EXPOSIÇÃO

do conhecimento se torna particular nesses espaços. E esse espaço diferenciado acaba criando uma atmosfera que envolve o visitante, gerando uma relação afetiva e psicológica diferente.

Quando se fala na relação entre museu e escola, cabe ressaltar a importância da aproximação dos professores com os museus de ciência. Em uma pesquisa de doutorado realizada no Rio de Janeiro (Marandino 2001), que tinha como objetivo refletir e observar visitas de escolas a museus, foi observado que os professores muitas vezes tentam reproduzir no museu as relações que ocorrem no espaço escolar. Foi constatado também, que alguns professores organizavam os alunos em filas, colocando-os em torno de um modelo e dando explicações demonstrativas inibindo a manipulação pelos próprios alunos e manifestando uma extrema preocupação com a disciplina.

Portanto, as diversas interações que ocorrem entre público escolar (professores e estudantes) e exposições aumentam a curiosidade e estimulam o comportamento investigativo, o que pode vir a ser uma base de ideias e de atividades para a sala de aula. A sociedade atual entende que a educação é um processo que não acontece somente no espaço da escola, além de não se limitar ao período de formação escolar. Neste contexto, os museus de temática científica vêm enfrentando um triplo desafio: funcionar como instituições de educação não formal, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida; funcionar como instância de sensibilização para os temas científicos e contribuir para o desenvolvimento profissional de professores, pois estes, mais do que todos, não podem prescindir de educação continuada em ciências.

Colocado de outra forma, os professores estavam impedindo aquilo que os museus e os centros de ciência tanto prezam, que é a criação de oportunidades para que os alunos, de forma livre e espontânea, questionem e investiguem suas próprias perguntas e, ao mesmo tempo, testem, modifiquem e expandam suas ideias e explicações sobre como o mundo funciona, de forma autônoma. Como forma de evitar esse tipo de relação deturpada que levaria à “escolarização dos museus”, diversos centros de ciência, como o Technorama (Suíça), tiveram uma atuação marcante na formação continuada de professores por meio de cursos de 23


Foto 8 | Pais e filhos interagindo com a exposição no Swiss Science Center, Technorama, na Suiça. (Foto retirada do site da instituição)

treinamento, especialização, aperfeiçoamento e seminários, para que eles possam perceber as especificidades pedagógicas das escolas e dos museus e tirar maior proveito dessa relação.

as instruções diretas (tais como orientações informando e/ou demonstrando às crianças como resolver problemas). Ainda segunda essa pesquisa, que analisou e entrevistou pais e acompanhantes adultos durante algumas visitas a museus, adultos acompanhantes manifestaram uma atitude entusiasmada com relação à oportunidade das crianças interagirem com aparatos em museus, por que acreditam que isso motiva a criança para o aprendizado e a encoraja a visitar museus com maior frequência. Pais e parentes consideraram as exposições dirigidas ao público infantil ambientes agradáveis, relaxados, amistosos, divertidos e educativos. Podemos assim concluir que tanto a família como a escola são agentes fundamentais no processo de aproximação de jovens aos espaços de cultura, promovendo não só o acesso, mas o estímulo à apropriação destes dispositivos.

CRIANÇAS E FAMÍLIAS - PÚBLICO-ALVO DOS MUSEUS As exposições para o público infantil podem constituir importante experiência de sociabilidade entre os membros da família, ao lhes oferecer uma oportunidade de convívio de boa qualidade, tão valioso no contexto familiar contemporâneo. Esses espaços permitem aos pais observar e acompanhar o desenvolvimento de seus filhos, compartilhando com eles as suas experiências, ao mesmo tempo em que oferecem às crianças a chance de se divertirem e aprenderem em família. Segundo uma pesquisa de doutorado realizada na Grã-Bretanha (Studart, 2000), as instruções indiretas de adultos para crianças (tais como dicas e perguntas reflexivas) podem criar mais oportunidades de aprendizagem do que 24


25



LOCAL Estudo da cidade e levantamento do terreno de implantação do projeto


04


CAMPINAS

Sendo a única cidade que compõe uma região metropolitana sem ser capital e contando com uma população de mais de 1 milhão de habitantes (1.080.113 de habitantes, segundo o IBGE - 2010), Campinas é um importante pólo tecnológico (re)conhecido nacionalmente. A cidade abriga diversos institutos de pesquisa que são referência no país e no mundo, como o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), a Fundação Centro Tecnológico para Informática (CTI), a Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (Codetec), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e O Instituto Tecnológico de Alimentos (ITAL). Mais que isso,

abriga também diversas empresas multinacionais que aqui se instalaram para se beneficiar direta ou indiretamente do trabalho dessas instituições. Finalmente, Campinas também conta com um dos mais importantes sistemas científicos do país composto por diversas universidades, dentre as quais se destaca a Universidade Estadual de Campinas. A expansão da Região Metropolitana de Campinas se deve, em grande parte, à migração motivada pelo crescimento econômico. Assemelha-se assim às expansões de outras metrópoles brasileiras pela formação e expansão ligadas às altas taxas de crescimento populacional e periferização da expansão territorial, 29


além do crescimento urbano não acompanhado de uma expansão equivalente dos serviços públicos. Ao mesmo tempo em que figura entre um dos mais importantes centros tecnológicos do país, a cidade de Campinas deixa a desejar quanto à qualidade e quantidade de equipamentos de lazer e cultura. Seus museus possuem acervos e instalações consideravelmente pequenos e suas edificações, na maioria dos casos, não atendem aos requisitos mínimos exigidos pelas normas de segurança vigentes. Isso força o deslocamento da população em busca de espaços de cultura para a cidade de São Paulo, o que exclui a parcela com menor poder aquisitivo de ter esse tipo de contato. Conforme o mapa de equipamentos culturais ao lado, é possível ver que a maioria dos equipamentos culturais se concentram no centro antigo de Campinas. Não existe na cidade uma edificação que integre diversas atividades culturais e exposições de qualquer tipo. Isto se demonstra incompatível com o tamanho do território da cidade e de sua população. 30



PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE CAMPINAS 2018 Analisando o Plano Diretor Estratégico do município de Campinas de 2018, podemos ressaltar algumas propostas relevantes para o local escolhido para este projeto que reforçam as vantagens do terreno para a implantação de um equipamento cultural.

escolhida) e a área do antigo shopping da Av. Brasil, que por sua vez é o terreno escolhido para a localização do projeto aqui em discussão. Para essas áreas, a nova lei de uso, ocupação e parcelamento do solo define algumas diretrizes específicas e parâmetros para implantação de projetos, que abordam tipologias de ocupação, preferencialmente de uso misto, com fruição pública e fachada ativa garantindo áreas de lazer e convívio de uso público, bem como área e/ou construção de equipamento público proporcional ao empreendimento.

O Plano Estratégico surgiu através da necessidade de revisão do Plano Diretor Municipal 2006, então vigente. Ele tem como objetivo definir de modo estruturado as principais linhas de atuação para os próximos anos. Uma das políticas de estruturação do território foi a definição de Áreas Potenciais para Grandes Empreendimentos, que segundo o art. 28 do novo Plano, são “áreas vagas ou em uso cuja localização e potencial de ocupação são significativos para o desenvolvimento urbano do município, e sua instituição visa à elaboração de projetos de elevado padrão urbanístico que priorizem a qualidade do espaço público, contribuam para a dinamização do seu entorno e para o atendimento à demanda de habitação de interesse social”.

Ademais, o novo Plano Diretor indicou locais que serão objeto de elaboração de planos e projetos urbanos de reaproveitamento de estruturas ferroviárias desativadas e sua reinserção na dinâmica urbana, visando à requalificação e à integração urbana de seu entorno. Dentre os locais selecionados, foi considerado o projeto de um Boulevard Cultural, com Equipamentos Culturais integrando a Estação Guanabara, o Espaço CIS Guanabara e o IAC (Instituto Agronômico de Campinas). O projeto visa não só a implantação de equipamentos de cultura como também, praças e vias de circulação de pedestres, como forma de ampliar a permeabilidade do tecido urbano.

Dentre as 15 áreas indicadas no Plano, são consideradas Áreas Potenciais para Grandes Empreendimentos a Estação Guanabara (localizada próxima a área 32


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DE CAMPINAS (PECTI) ser definida como: “Ser reconhecida nacional e internacionalmente como a Cidade do Conhecimento e da Inovação.”

Outro projeto elaborado pela Prefeitura de Campinas é o “Planejamento Estratégico de Ciência, Tecnologia e Inovação de Campinas (PECTI)”, de 2015. Esse programa tem por objetivo precípuo a construção da política municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação a vigorar entre os anos de 2015 a 2025, com o propósito de preparar Campinas para o futuro e tornar o município reconhecido nacional e internacionalmente como a “Cidade do Conh ecimento e da Inovação”. Conforme destacou o prefeito Jonas Donizette (2015):

Dentre as diversas iniciativas estratégicas se encontram: a criação de um “centro de excelência” com foco na aproximação da sociedade com a inovação e a tecnologia. Exemplos de projetos propostos pelo plano são: um Museu de Ciências da Cidade; criação de museus de tecnologia, media centers e bibliotecas, mediante o apoio de parcerias público-privadas e a ampliação da oferta cultural ao ar livre. O projeto também discute a importância das universidades e as demais Instituições de Ciência e Tecnologia com a sociedade, pois são estas que fazem pesquisas, ensino e atividades de extensão. Quando esses atores interagem, há circulação do conhecimento e rápida expansão da fronteira científico-tecnológica.

“A principal ideia é melhorar a vida das pessoas. É fazer com que a ciência, a tecnologia e a inovação estejam presentes na vida das pessoas e tragam qualidade de vida a todos os cidadãos. É aproveitar o conhecimento produzido e fazer com que as pessoas vivam melhor”.

Portanto, fica evidente nesta iniciativa conjunta da Prefeitura com outros órgãos e instituições de Campinas que a importância do papel da Ciência, Tecnologia e Inovação em benefício público é uma das principais preocupações com relação ao futuro desenvolvimento da cidade. Isto poderia levar a uma disposição para a criação de incentivos fiscais em programas e propostas que fomentem este desenvolvimento, como é o caso do Centro de Ciências objetivo deste trabalho.

Foi estabelecida a seguinte meta para Campinas: “Ser reconhecida nos cenários nacional e internacional até 2025, como um dos principais pólos de referência em ciência, tecnologia e inovação, bem como de geração de conhecimento, empreendedorismo, formulação e implementação de políticas públicas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental e para qualidade de vida dos seus cidadãos.” Ou ainda, de forma reduzida a visão pode 33


05


AV. BARÃO DE ITAPURA

AV. BRASIL TAQUARAL

LOCAL

GUANABARA CAMBUÍ

CENTRO

ESCOLHA DO LOCAL | O BAIRRO GUANABARA DADOS GERAIS: CAMPINAS População: 1.182.429 Área Territorial: 794.571 km2 Densidade Demográfica: 1.359,60 hab/km2 BAIRRO GUANABARA População: 12.413 Área Territorial: 1.513 km2 Densidade Demográfica: 8.203,97 hab/km2 Fonte: Censo Demográfico 2010 / 2017- IBGE

Como já foi abordado anteriormente, a deficiência de equipamentos culturais em Campinas foi um dos principais questionamentos iniciais que levaram ao desenvolvimento do projeto. Quando comparado a outras metrópoles, podemos perceber que o cenário cultural, principalmente museal campineiro é limitado, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, contrastando com a realidade de outras grandes cidades brasileiras. Foi natural, portanto, que o projeto ganhasse como local de trabalho a própria cidade que motivou tais questionamentos. O local de instalação do centro de ciência juntamente com sua arquitetura 35


podem propiciar uma apropriação do espaço, mas a sobrevivência do equipamento reside principalmente na fidelização do público perante o oferecimento de exposições de qualidade. O programa misto (cultural/educacional/comercial) proposto tem como objetivo auxiliar no aumento do fluxo e variedade de pessoas na região, mecanismo que tenta propiciar um espaço de encontro e relações sócio espaciais duradouras. A escolha do terreno para desenvolvimento do projeto leva em conta a localização próxima a vias movimentadas, com grande visibilidade, fácil acesso por meio de transporte público e em meio a um uso de solo diversificado e adensado.

destaque para o comércio de veículos e área de saúde, com grande quantidade de consultórios médicos, além do Hospital renascença. Arborizado em suas ruas internas, possui uma infraestrutura urbana consolidada. O trânsito do bairro é por vezes ruim, em função da grande quantidade de veículos que cruzam suas vias (Av. Brasil, Av. Barão de Itapura, etc.) que fazem a ligação entre a região central e a região norte de Campinas, dando acesso ao distrito de Barão Geraldo (Unicamp) e às cidades de Paulínia, Cosmópolis. Historicamente o bairro Guanabara foi uma região de bastante importância e sua formação e expansão se deu graças ao grande crescimento econômico que Campinas experimentou na época da produção açucareira e cafeeira.

Diante das demandas expostas e em busca de novas centralidades, o bairro do Guanabara foi selecionado. Também denominado de Jardim Guanabara engloba em seu território a Vila Itapura, Jardim Brasil, Vila Angelino Rossi e Jardim Novo Botafogo. Localizado na Macrozona 4, parcialmente na Região Central de Campinas (na Vila Itapura) e parcialmente na Região Norte, entre o Centro e os bairros Cambuí, Botafogo, Jardim Chapadão e Taquaral, é um bairro de alta densidade, com usos diversificados, porém predominantemente residencial. Possui, no entanto, desenvolvimento nas áreas comercial e de serviços, com

“Até o terceiro quartel do século XIX, período de instalação da ferrovia e crescimento da economia cafeeira, o Guanabara se caracterizava como um lugar de passagem entre as propriedades rurais e área urbana de Campinas.” (Scarabelli, 2015) Nesses trecho do livro “Arrabalde do Guanabara – um bairro em Campinas” é possível ver que, até a instalação da ferrovia, o bairro era apenas 36



Foto 9 | Foto da Estação Guanabara da Mogiana em funcionamento, sem data. (Foto retirada do google)

um local de passagem. A ferrovia foi assim um marco na formação e no desenvolvimento do Guanabara, constituindo-se o ponto central em torno do qual se estruturaram as ruas e quadras.

tempo após, em 1974, a Estação Guanabara da Mogiana foi desativada. Em 2004, ela se tornou patrimônio de Campinas, sendo tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio de Campinas (Condepacc). Hoje, depois de muito tempo abandonada, a estação e o conjunto arquitetônico recuperado abrigam o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS-Guanabara), vinculado e mantido pela PróReitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Os trabalhos para a construção da ferrovia (solução para as dificuldades de transporte enfrentados pelos fazendeiros) em Campinas, se iniciaram no dia 15 de março de 1870. Em 11 de agosto de 1872, foram inaugurados os trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que ligavam a cidade de Campinas à cidade de Ribeirão Preto, passando por Mogi Mirim e Mogi Guaçu. No bairro Guanabara foi construída a Estação Guanabara da Mogiana, inaugurada em primeiro de março de 1893 com o objetivo de desafogar a estação de partida original da linha, que era compartilhada com a estação da Cia. Paulista.

Nesta mesma área, ao lado do CIS Guanabara, se encontra o Instituto Agronômico de Campinas (IAC): um instituto de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, sediada no município de Campinas. O IAC foi fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, tendo recebido a denominação de Estação Agronômica de Campinas. Em 1892 passou para a administração do Governo do Estado de São Paulo.

Na década de 30, com a queda da Bolsa de 1929, o declínio da produção de café e os problemas econômicos originados pela 2ª Guerra Mundial, a Mogiana entrou em dificuldades financeiras, que se refletiram negativamente na prestação de seus serviços. A companhia passou então a ser controlada pelo Governo do Estado de São Paulo em 1952, sendo incorporada pela FEPASA em 1971. Pouco

Criado para estudar o café, que se expandia pelo Brasil no século 19, a Instituição tem como missão gerar e transferir Ciência e Tecnologia para o 38


Av. Barão de Itapura

Estação Guanabara da Mogiana

Instituto Agronômico de Campinas Foto 10 | Vista aérea da Av. Barão de Itapura na década de 1940, com a Estrada de Ferra Mogiana ano fundo e o Instituto Agronômico em primeiro plano. (Foto retirada do site Pró-memória de Campinas)

39


negócio agrícola, visando à otimização dos sistemas de produção vegetal e ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental. Cabe aqui ressaltar seu importante papel nas transformações urbanas de Campinas e no progresso da ciência, da tecnologia e da inovação de produtos agrícolas no País. Devido ao seu valor histórico, científico, cultural, ambiental e/ou arquitetônico, a sede do IAC, incluindo suas edificações, mobiliário, estufas e Arboreto do Parque, localizados na Avenida Barão de Itapura, no. 1481 são bens tombados pelo CONDEPACC Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas Conforme mencionamos anteriormente, a interligação destes dois pontos históricos, fundamentais para a formação do bairro Guanabara, por meio de um Boulevard Cultural, é o que prevê o Plano Diretor Estratégico de Campinas de 2018. O projeto visa não só a implantação de equipamentos culturais como o que é objeto deste trabalho, mas também, praças e vias de circulação de pedestres, como forma de ampliar a permeabilidade do tecido urbano.

40


41


AV. BRASIL

AV. BARÃO DE ITAPURA

CAMPINAS

TERRENO terreno situam-se na Rua Alberto Faria e Rua Rafael Sampaio.

A partir da análise do bairro Guanabara e considerando os requisitos do empreendimento aqui proposto, o terreno escolhido se encontra na Avenida Brasil, local que até 2008 abrigou o Shopping Jaraguá, estabelecimento contava com 49 lojas e 2 salas de cinema. A empresa proprietária do empreendimento tinha como objetivo o fechamento do shopping center para posterior demolição e construção de torres de salas comerciais. Contudo, o espaço depois de demolido não chegou a receber a nova construção e até hoje tapumes cercam o espaço, que tem ligação com 3 vias públicas. A área está degradada, assim como alguns antigos comércios do seu entorno imediato.

A localização do terreno na Avenida Brasil foi de grande importância para a escolha do lugar, pois esta avenida é a principal via na interligação (sobretudo para o transporte público) entre o centro de Campinas e a Unicamp, um dos principais pólos científicos da cidade. Como já foi comentado, é de suma importância que a Universidade tenha uma relação próxima com o museu, uma vez que ela é um centro produtor e disseminador de conhecimento e tecnologia. Outra característica importante desta via é que, em conjunto com a Avenida Barão de Itapura, são recebidas cerca de 25 linhas de ônibus diferentes. Um estudo de mapeamento dessas linhas (mapa pág. 46) nos permite observar que as mesmas são responsáveis pela interligação de todas as regiões de Campinas à área central e, consequentemente, ao terreno. Dado que a inserção do equipamento em um zona da cidade que permitisse o acesso ao maior número de usuários possível é um fator fundamental deste trabalho, esta característica do

O terreno destinado ao projeto é equivalente a aproximadamente 19 mil m2, tem conexão direta com 3 importantes vias (Avenida Brasil, Rua Alberto Faria, Rua Rafael Sampaio) e outras 2 vias de uso secundário/local (Rua Henrique Huseman, Rua Cristóvão Colombo). Sua maior fachada tem cerca de 100 metros e situa-se na Avenida Brasil, importante via arterial da cidade, as outras entradas do 42


Terreno com antigo Shopping Jaraguá

Avenida Brasil Avenida Barão de Itapura

Foto 11 | Foto 3D da região com o antigo shopping. (Foto retirada do google)

43


POTENCIALIDADES

PÚBLICO ALVO

TRANSPORTE VISIBILIDADE PÚBLICO

FLUXO INTENSO DE PESSOAS

terreno é foi crucial para sua seleção.

TRÁFEGO INTENSO

ALTA DENSIDADE

DIVERSIDADE DE USOS

de vias e promove diferentes acessos. Ademais, cabe relembrar que por ele passa uma diretriz viária que não permite construção, uma vez que se trata do local por onde passava a linha ferroviária da Companhia Mogiana. Estas características serão exploradas com mais abrangência na implantação do projeto, que buscará inserir e valorizar os elementos que retratam a importância histórica do local.

Ademais, em visita física ao terreno foi possível confirmar o alto tráfego de pessoas durante todo o dia, bem como o fluxo intenso de carros na região. Trata-se portanto de uma região bem movimentada, com grande visibilidade e em meio a um uso de solo diversificado e adensado. Como já foi ressaltado, é também um local de fácil acesso por meio de transporte público, algo que se confirma pelo fato de que, apenas na quadra onde se encontra o terreno, existem dois pontos de ônibus: um na Avenida Brasil, de frente para a maior fachada do terreno, e o outro na Rua Alberto Faria, de frente para a Escola Estadual. Finalmente, outro fator importante para a escolha do local é a presença de diversas escolas ao redor do terreno, público alvo direto do equipamento. Apenas no entorno imediato se encontram três instituições de ensino: Escola Estadual Professor Aníbal de Freitas, Instituto Educacional Imaculada e a Oficina do Estudante. Partindo para uma análise mais próxima do terreno, podemos verificar que ele se conforma como um miolo de quadra, algo que permite a conectividade 44


107

,42

m

59,5m

85,3m

12 1,7 8m

20m

41,5 7m

30,

65,2m

5m

55m

ÁREA | 19.191m2

m ,42

4m

19

8m

8,3

3m

m 183 ,29

m

,15

22

2m 1m 0m

10 3,6

-1m

8m -2m -3m -4m -5m -6m -7m -8m -9m -10m

45


SITUAÇÃO ATUAL 5

4

3 6 2 1

1

2

2

46


3

4

5

6 Fotos pรกg. 42,43 | Acervo pessoal.

47


ANÁLISE LOCAL

Mapeamento de rotas de acessibilidade O mapa ao lado analisa as 25 linhas que passam na região próxima ao terreno escolhido. Ao agrupá-las em rotas que atendem uma mesma região, é possível ver que elas interligam todas as regiões de Campinas à área central, e consequentemente ao terreno.

48



ANÁLISE LOCAL

50



USO E OCUPAÇÃO

52


53


GABARITO

54


55


LEGISLAÇÃO

serviços de esportes, serviços de estúdios, laboratórios e oficinas técnicas, serviços de reparação e conservação em geral, serviços de aluguel, distribuição e guarda de bens móveis, serviços locais pessoais e domiciliares, serviços locais de educação informal, serviços locais de estúdios, oficinas de reparação e conservação e ateliers, serviços locais de condomínios habitacionais com serviços próprios de hotelaria, serviços profissionais domiciliares, e serviços profissionais de atendimento.

Em análise ao Mapa de Zoneamento de Campinas, o terreno em questão marcado com a cor vermelha representa a Zona 13. Conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei no 6.031 de 29 de dezembro de 1988), atualizada em 2011, a Zona 13 é destinada basicamente aos usos comercial, de serviços e institucional de grande porte. Ela permite os seguintes usos: comércio ocasional, comércio de materiais em geral, comércio local básico, comércio e serviços locais, instituições em geral, instituições de âmbito local, habitação unifamiliar, edificações destinadas a uso misto, habitação multifamiliar horizontal, habitação multifamiliar vertical, serviços administrativos, financeiros e empresariais, serviços pessoais e de saúde, serviços de hotelaria, serviços de lazer e diversões, 56


Dentre os usos permitidos, cabe aqui ressaltar com mais detalhamento alguns deles.

casas noturnas e de espetáculos e demais atividades afins que se enquadrem nesta definição.

- Comércio e serviços locais: Estabelecimento comercial e de serviços de pequeno porte e de caráter local, a exemplo de: bar, café, lanchonete, restaurante, casa lotérica, agência bancária, postos de autoatendimento, cibercafé, lojas de conveniência, material elétrico de uso doméstico, copiadoras e demais atividades afins que se enquadrem nesta definição e cuja subsistência necessite de vizinhança residencial.

- Serviços de estúdios, laboratórios e oficinas técnicas: Estabelecimentos destinados a serviços artísticos e especializados a exemplo de: estúdio de fotografia, cinema, gravação de filmes e de som, instrumentos científicos e técnicos, laboratório de análise química, lapidação, microfilmagem e demais atividades afins que se enquadrem nesta definição. Quanto a ocupação, para os usos comercial, de serviços e institucionais são permitidos os tipos CSE, CSE-1, CSE-2, CSE-3, e CSE-4, para estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte; (conforme redação dada pelo art. 47 da Lei no 6.367/90).

- Instituições de âmbito local: Estabelecimentos de caráter institucional, educacional, cultural em geral, a exemplo de: faculdade, universidade, auditório para convenções, congressos e conferências, ensino técnico-profissional, cursos preparatórios, campo, ginásio, parque, pistas de esportes, cinemateca, filmoteca, associações e fundações científicas, organizações associativas de profissionais, sindicatos ou organizações similares do trabalho, pinacoteca, museu, observatório, quadra de escola de samba, centro de saúde, hospital, maternidade, casas de saúde, sanatório, albergue, asilos, orfanatos, centro de orientação familiar, profissional, centro de reinteg.rAação social, agência de órgãos de previdência social, delegacia de ensino, delegacia de polícia, junta de alistamento eleitoral e militar, órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, postos de identificação e documentação, serviço funerário, vara distrital, instalações de concessionárias de serviços públicos, postos de bombeiros e demais atividades afins que se enquadrem nesta definição.

PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO DO SOLO - T.E. | 0,45 (térreo) - T.O. | 0,30 (demais pavimentos) - C.A. | 1,2 - ALTURA MÁXIMA | 30 m - RECUOS Ruas e Avenidas Frontal | 6,0 m Lateral | 4,0 m

- Instituições de âmbito local: Estabelecimentos de caráter institucional, educacional ou assistencial, a exemplo de: ensino básico de 1º (primeiro) e 2º (segundo) graus, ensino pré-escolar, parque infantil, biblioteca, clubes associativos, recreativos e esportivos, quadras, salões de esportes e piscinas, posto de saúde, creches, dispensário, igreja, locais de culto, agência de correios e telégrafos, instalações de concessionárias de serviços públicos, postos policiais e de bombeiros e demais atividades afins que se enquadrem nesta definição.

- AFASTAMENTOS Divisas Fundo | 6,0 m Lateral | 3,0 m Vias Particulares Frontal | 6,0 m Lateral | 4,0 m

- Serviços de lazer e diversões: Estabelecimentos destinados ao lazer e entretenimento, a exemplo de: autocine, boliche, cinemas, teatros, auditórios, diversões eletrônicas, “drive-in”, casa de jogos, salão de festas, bailes, “buffet”, 57



PROJETO Estudo das referências e apresentação do projeto desenvolvido


06


REFERÊNCIAS PROJETUAIS CRITÉRIOS DE ESCOLHA Os projetos de referência apresentados neste capítulo foram escolhidos devido à sua similaridade temática e/ou contextual e/ou de linguagem com a proposta deste trabalho. São, portanto, edifícios voltados a exposições científicas (museus ou centros de ciência), edifícios com certas características de ocupação urbana visadas nesse projeto e edifícios que possuem uma linguagem e comunicação visual pretendida no projeto. No caso dos edifícios voltados a exposições científicas (Technorama, Cité des Sciences et L’industrie e o Museu de ciências para crianças de Incheon), os principais critérios de escolha utilizados foram a de conceito e de programa. Quanto à ocupação, os edifícios escolhidos foram o The Commons e o Masp, nos quais a forma de implantação e a relação com o urbano são relevantes ao projeto, uma vez que o terreno escolhido se mostrou apto a permitir tais conexões. O estudo dos projetos selecionados para cada categoria demonstrou a viabilidade de construção de um programa semelhante dentro do lote delimitado, com qualidade da inserção urbana e da possibilidade de relação entre o edifício e o lote. O resultado é a apresentação de uma proposta para um centro interativo de ciências que valoriza a relação entre o visitante e o centro, assim como a relação do centro e o espaço urbano. 61


DE CONCEITO

Technorama – Swiss Science Center Localização: Winterthur, Suiça Ano do projeto: 1982 Área de exposição: 7000 m²

O Centro Suíço de Ciências, Technorama oferece um ambiente experimental para seus visitantes, independentemente de idade e formação, visando ampliar o conhecimento sobre fenômenos naturais de forma autodirigida. Com mais de 500 exposições, “estações experimentais” e amplas “instalações laboratoriais”, o Technorama afirma ser “uma das maiores - e por causa de sua qualidade e sua função educacional informal exemplar - um dos centros de ciência mais renomados do mundo”.

Todos os anos, mais de 60.000 crianças em grupos organizados visitam a Technorama, alegando que, de longe, é a instituição de ensino de ciências mais popular fora da escola na Suíça. O chamado Laboratório da Juventude é composto por “laboratórios de química e átomo, bem como numerosas estações experimentais para biologia, física e tecnologia de visualização avançada, proporcionando um ambiente que desenvolve a familiaridade com o trabalho científico quantitativo em um ambiente descontraído”.

Tudo na instalação do Technorama é baseado na maneira pela qual a ciência pode ser melhor apreciada, ensinada e aprendida , na escola ou na prática, fornecendo aos professores treinamento nos princípios do ensino de ciências, ou permitindo que as escolas usem seus recursos experimentais e laboratoriais exclusivos. O Technorama proporciona um contato pessoal informal com os fenômenos naturais, de modo que a experiência pessoal com a ciência substitui o aprendizado a seco. As exposições tentam invocar todos os sentidos para a aprendizagem, como a base essencial para o tratamento teórico posterior. As exposições permitem que os visitantes “entrem em contato com a ciência”.

O serviço escolar do centro oferece suporte aos professores, com uma ampla gama de educação focada na comunicação científica, também estando envolvido em iniciativas nacionais destinadas a melhorar o ensino de ciências. Em particular, o programa é orientado para o setor de escolas primárias, onde geralmente se encontram os maiores déficits, e é imperativo entusiasmar as crianças com ideias científicas e técnicas o mais cedo possível.

62


Fotos pág. 58, 59 | Fotos retiradas do site da instituição

Visão do Technorama: - Desperta no público uma curiosidade, compreensão e entusiasmo pelos fenómenos científicos, bem como uma atitude questionadora saudável, - Fornece professores com formação nos princípios da educação científica, - Complementa o currículo das escolas com seus recursos experimentais e laboratoriais exclusivos.

63


DE PROGRAMA

Cité des sciences et l’industrie Localização: Paris, França Ano do projeto: 1986 Área de exposição: 165 000 m² Fotos pág. 60, 61 | Foto google e plantas retiradas do site da instituição.

O Cité des sciences et l’industrie é uma instituição especializada na divulgação da cultura científica e técnica. Criado por iniciativa do Presidente Giscard d’Estaing, sua missão é transmitir para um grande público, incluindo crianças e adolescentes, conhecimentos científicos e técnicos, bem como atrair o interesse dos cidadãos para as questões sociais relacionadas à ciência, pesquisa e indústria.

instaladas duas cúpulas de 17 metros de diâmetro. Para o acesso às exposições quatro grandes escadas rolantes foram instaladas partindo do nível de recepção em uma queda vertical de 12 metros. Na extensão das escadas rolantes, dois blocos de quatro torres acomodam elevadores, para que pessoas com mobilidade reduzida possam acessar as exposições. Esta, dentre outras características, tornam a Cité um dos primeiros edifícios desta magnitude a ter aplicado a noção de acesso a todos lugares e conteúdos.

A cidade está no Parc de la Villette, em um local anteriormente ocupado pelos matadouros de La Villette, no 19º arrondissement de Paris, França. O projeto de reabilitação dos matadouros, foi executado pelo arquiteto Adrien Fainsilber em 15 de setembro de 1980.

O seu programa se encontra distribuído nos seus 5 níveis. Para entender melhor como a distribuição dos diversos espaços e serviços acontece, segue um resumo acompanhado dos esquemas de cada nível.

Em seu projeto Fainsilber criou uma enorme abertura dentro do Cité des sciences et l’industrie ao remover as estruturas internas do edifício existente. Isso permitiu que do lobby, olhando para cima, o visitante descubra o volume colossal da antiga casa de leilões a partir do telhado e também a passarela acima do saguão, que marca o eixo norte-sul e reforça a simetria do prédio. Adicionalmente, com o objetivo de permitir a penetração de luz natural no interior do edifício, foram 64


CITÉ DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

CITÉ DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

NIVEAU 2

www.cite-sciences.fr

NIVEAU -1

www.cite-sciences.fr

BIBLIOTHÈQUE DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

PLANÉTARIUM LE GRAND RÉCIT DE L’UNIVERS

SALLE LOUIS-BRAILLE CITÉ DES MÉTIERS

CITÉ DE LA SANTÉ

CARREFOUR NUMÉRIQUE² EXPOSITION TEMPORAIRE

EXPOSITION TEMPORAIRE

20

JEUX DE LUMIÈRE

BIBLIOTHÈQUE D’HISTOIRE DES SCIENCES

20

28 22

DET avril 2017

23

27 24

Ascenseurs

26

2

25

Toilettes Billetterie automatique

CITÉ DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

DET avril 2017

Espace de médiation

21

NIVEAU 1

CENTRE DES CONGRÈS DE LA VILLETTE

Ascenseurs Toilettes

AIRE DE PIQUE-NIQUE

-1

SALLES EF

CITÉ DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

www.cite-sciences.fr

NIVEAU -2

www.cite-sciences.fr

BIBLIOTHÈQUE DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

OBJECTIFS TERRE EXPOSITION TEMPORAIRE

EXPOSITION TEMPORAIRE

LA SERRE EXPOSITION TEMPORAIRE

1

AQUARIUM

2

DES TRANSPORTS ET DES HOMMES

ÉNERGIES

CINÉMA JEAN-PAINLEVÉ

SOUS-MARIN ARGONAUTE

13 13

11

10

LA GÉODE

3

1

14 9

2

MATHÉMATIQUES

4 8

SONS 7

SCIENCE ACTUALITÉS

Infos et audioguides

DET avril 2017

Ascenseurs

6

Ascenseurs

L’HOMME ET LES GÈNES

5

Toilettes

1

Toilettes

STÉNOPÉ

Snack L’Alouette

CERVEAU

Café de la Géode Snack DET avril 2017

Espace de médiation

CITÉ DES SCIENCES ET DE L’INDUSTRIE

Restaurant Accès parking

-2

NIVEAU 0

www.cite-sciences.fr Infos

Programa: - Uma loja de livros e brinquedos de ciências (Nível 0); - A Cité des enfants (Nível 0): Concebida para acolher crianças dos 2 aos 12 anos, a Cité des enfants é dividida em dois espaços: o espaço de 2 a 7 anos e espaço para 5 a 12 anos. - O Auditório (Nível 0): É a sala de conferências do programa da faculdade; - O cinema Louis Lumière (Nível 0); - Explora (Nível 1, 2 e 3): Abriga as principais exposições permanentes e temporárias, organizadas em torno de temas: matemática, imagem, sons, efeitos de luz, espaço, oceano, energia, automóveis, rochas e vulcões, estrelas e galáxias, etc.

BIBLIOTHÈQUE JEUNESSE

Point de rencontre Espace de médiation Table à langer

EXPOSITION TEMPORAIRE

Toilettes

CINÉMA LES SHADOKS AUDITORIUM

Ascenseurs

CINÉMA LOUIS-LUMIÈRE

Billetterie Billetterie automatique Vestiaires

001

Snack Boutique Prêt de poussettes Prêt de fauteuils roulants Boîte aux lettres Distributeurs d’argent Accès parking

DET avril 2017

Accès parking bus

CITÉ DES ENFANTS 5-12 ANS CITÉ DES ENFANTS 2-7 ANS

0

65


- Um planetário está localizado nas exposições (Nível 2); - A Biblioteca da Ciência e da Indústria (Nível 0, -1, -2): A biblioteca científica está distribuída por 3 andares. Está dividido em três setores principais: público em geral, infância e história da ciência. Há também quiosques interativos que permitem assistir filmes, documentários, desenhos animados, etc. - Um centro de convenções (Nível -1); - Uma área de piquenique (Nível -1); - Restaurantes (nível -2); - O aquário (nível -2);

66


Fotos pรกg. 62, 63 | Fotos acervo pessoal.

67


DE PROGRAMA

Museu de Ciências para crianças de Incheon Localização: Incheon, Coréia do Sul Ano do projeto: 2011 Área de exposição: 14 998 m²

O Museu de Ciência para Crianças de Incheon está situado aos pés da montanha KyeYang em Incheon. O conceito chamado “esponja que abraça os sonhos das crianças” foi criado sobre a base do contexto geográfico, um local que integra a cidade, a natureza, os principais usuários e a exposição da ciência. O conceito de “esponja” foi aplicado em todas as esferas de desenho, do começo ao fim, como uma palavra chave que criou um entorno integrando a arquitetura, a exposição, o paisagismo e o desenho de interiores.

monumentos que simbolizam Incheon como um museu de exibição e ciência onde as crianças pudessem se divertir e experimentar. O espaço contido em um único volume é fluído, com o objetivo de não se tornar um obstáculo que bloqueasse o espaço externo, mas que se relacionasse com o lugar, criando uma experiência ecológica diretamente relacionada com a praça. O espaço externo adicional também foi projetado como espaço de exposição ao ar livre no lado norte.

O desenvolvimento conceitual se deu pela ideia de criar quatro ícones: Sonho, Eco, Comunidade e Divertido. A fim de materializar o conceito, o desenho possui uma irregularidade e uma elevação perfurada distinta (ícone Sonho), bem como diversos espaços ao ar livre (ícone Eco), onde a experiência tridimensional é possível, comunicando-se com a cidade e harmonizando o edifício. Também há o hall central, onde se encontram esculturas e ocorrem eventos, sendo o espaço o conector entre todas as salas de exposição. Deste modo, muitas crianças podem experimentar a diversão na ciência (ícone Divertido), enquanto que o fluxo do projeto foi desenhando para cruzar o interior e exterior do edifício de forma natural (ícone Comunidade). A intenção foi de converter o espaço em um dos

O hall principal está acomodado ao norte, o espaço de exposição no primeiro e segundo pavimento ao sul e o terceiro pavimento ao norte. Uma grande abertura foi instalada na parede sul do volume. A luz natural penetra desde o jardim da cobertura até a sala de exposição e o hall principal, com acesso ao espaço expositivo externo. O espaço de exposição é sempre escuro, bloqueado e isolado do espaço exterior. Não há muitos deles nos museus de ciência coreanos já construídos. A utilização do concreto foi considerada para criar o espaço de exposição, onde a luz natural pudesse entrar através das aberturas amorfas na pele exterior do 68


Fotos pág. 64, 65 | Fotos retiradas do site da instituição

museu. Como resultado, dificulta-se a perda da linha de visão e concentração durante a exposição, já que a iluminação difusa é revestida com uma película de cor, enquanto o painel de madeira com alta densidade apoiado na parede metálica exterior permite a obtenção de luz indireta necessária para converter-se no ponto de concentração do olhar.

69


70


Fotos pรกg. 66, 67 | Plantas e cortes retirados do site Archdaily.

71


DE OCUPAÇÃO

MASP Localização: São Paulo, Brasil Ano do projeto: 1968 Área de exposição: 10 000 m² Fotos pág. 70, 71 | Fotos e cortes retirados do google.

O edifício do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) foi concebido em 1957 pela arquiteta Lina Bo Bardi e inaugurado em 1968, na avenida Paulista, em São Paulo. Importante exemplo da arquitetura moderna na América do Sul, a construção foi um grande desafio arquitetônico e estrutural para a época. O edifício é materializado como um grande volume que se suspende para deixar o térreo livre, estruturando-se em dois grandes pórticos. O volume elevado está suspenso a oito metros do solo.

abre nas cotas escalonadas até o interior do túnel da Avenida 9 de Julho. O vazio entrega ao projeto um espaço de ar e sombra entre os altos edifícios da cidade. Uma escada ao ar livre e um elevador em aço e vidro são as circulações verticais do edifício. A escada representa tanto o caminho do passado ao futuro - a ideia de tempo - como uma forma de articular o espaço - um lugar de encontro entre exterior e interior. Um extremo do vazio atrai os visitantes, os prepara e os faz subir lenta e pausadamente, com uma escala humana dentro de um vazio de escala desmesurada.

O museu tem aproximadamente 10 mil metros quadrados. A sua base constitui uma grande praça, onde se encontra um extenso hall cívico, palco de reuniões públicas e políticas; um teatro-auditório e um pequeno auditório com sala de projeção. No volume suspenso estão a pinacoteca, com seus escritórios, salas de exposições temporárias, salas de exposições particulares, e arquivos fotográficos, filmográficos e videográficos.

Lina ao conceber o projeto tinha como objetivo tornar a área do vão livre como um playground para crianças (é possível ver isso no seu desenho “Esculturas praticáveis do Belveder, Museu Trianon”). Com essa proposta, as crianças não só trariam alegria para o museu, mas também poderiam ter interesse em adentrá-lo e conhecer o acervo por conta própria.

O vazio, que constitui a praça seca e hall de entrada do edifício, articula ambos os lados do edifício com a cidade: por um lado os edifício da Avenida Paulista, que estão na mesma cota que o vazio, e por outro, o espaço que se 72


Desenho “Esculturas praticáveis do Belvedere, Museu Trianon” (1968), da Lina Bo Bardi

73


DE ESTRUTURA+ SISTEMA DE BRISE

Sede do SEBRAE Localização: Brasília, Brasil Ano do projeto: 2010 Área: 25 000 m² Fotos pág. 68, 69 | Fotos retiradas do archdaily

Com um partido adotado para responder a um só tempo às condições urbanísticas da cidade de Brasília – incluindo as características topográficas do terreno – e ao caráter da arquitetura pretendida, a nova sede do Sebrae Nacional é mais do que um edifício, é um conjunto arquitetônico. O projeto enfatiza a espacialidade interna, para promover a melhor integração dos usuários e da paisagem natural, propõe a máxima flexibilidade para a organização dos escritórios e preocupa-se em obter um ótimo desempenho ambiental e econômico.

o excesso dessa luz, assim como a insolação, procurando preservar os espaços internos de um gradiente térmico característico de Brasília”, observa Sodré. No sistema construtivo, o primeiro elemento de organização é a própria estrutura periférica dupla. São duas empenas estruturais em concreto moldado in loco, que conformam os ‘castelos de serviços’ – com circulação vertical, infraestruturas e apoios diversos. Para o subsolo, os térreos inferior e superior optaram por concreto moldado in loco com lajes protendidas de 25 cm, apoiadas diretamente nos pilares providos de capitéis. Já para os dois pavimentos de escritórios optou-se por um sistema de estrutura em aço. Trata-se de duas treliças longitudinais espaçadas 18 metros entre si e solidarizadas por pórticos transversais com modulação de 7,5 metros. As treliças são apoiadas a cada 15 metros sobre pilares de concreto que advém dos níveis inferiores e são vinculadas às empenas. Os panos de piso foram executados com pré-laje apoiadas em vigas secundárias e nos pórticos principais distanciados 2,5 metros entre si, complementadas por laje moldada sobre pré-lajes, formando sistema misto e solidário.

A expressão arquitetônica do conjunto arquitetônico proposto está estreitamente vinculada às decisões de projeto que concorrem no sentido de proporcionar uma obra organizada e eficiente com redução estratégica das ações construtivas. As estruturas aparentes evidenciam a plasticidade do aço e do concreto. Os painéis metálicos quebra-sóis garantem a integridade do conjunto, permitindo o contraste entre a cor natural dos materiais utilizados, o branco da estrutura metálica, o azul do céu e o verde da paisagem envoltória. Mas não é só isso. Este elemento de alumínio microperfurado foi calculado para admitir uma possibilidade de incidência de iluminação natural. “E também para conter 74


Detalhe contrutivo de fixação do brise retirado do archdaily

75


DE ESTRUTURA

Milstein Hall Localização: Ithaca, Estados Unidos da América Ano do projeto: 2011 Área: 2 000 m² Fotos pág. 70,71 | Fotos retiradas do archdaily

O Milstein Hall projetado por OMA é uma ampliação de mais de 2.000 m² para a Faculdade de Arquitetura, Arte e Planejamento de Cornell. A proposta consiste de uma estrutura de aço que suporta dois elementos que conectam duas salas de aulas existentes, e que necessitavam de um espaço de interligação adequada.O fechamento perimetral do volume suspenso foi realizado através de um plano de vidro do piso ao teto, e a cobertura recebeu telhado verde perfurado por 41 claraboias. O volume de altura considerável, responde a necessidade de conexão e interação que a disciplina das artes requer. A ideia do projeto é que os espaços fomentem conversas e discussões entre os distintos usuários.

diagonal para corresponder ao diagrama de tensão ao longo do comprimento da treliça. O resultado criou uma treliça híbrida onde membros de aço são lidos mais diagonalmente às forças de tensão mais altas e gradualmente se tornam verticais à medida que as forças de tensão diminuem perto do centro da planta baixa. Por si só, a treliça híbrida torna-se um laboratório para ensinar conceitos de design estrutural de arquitetos. Os materiais e acabamentos da Milstein Hall são expressivos em sua construção. Os materiais no nível superior são de aço predominantemente expostos e fachadas de vidro do chão ao teto. O nível mais baixo é construído de concreto exposto. Os níveis superior e inferior criam dois ambientes materiais diferentes que expressam a estrutura e a forma de Milstein Hall.

Além da seção em balanço do lado sul do edifício, o segundo andar do Milstein Hall sobre a University Avenue fica ao norte. Cinco treliças de aço estrutural expostas suportam este segundo andar. Para equilibrar a necessidade de espaço aberto e flexível e as demandas estruturais deste espaço, um projeto estrutural inovador foi projetado. A solução foi obtida otimizando os membros da treliça 76


Esquemas da construção da estrutura

77


07


PROJETO CONCEITO O projeto tem como objetivo desenvolver um Centro Interativo de Ciências na cidade de Campinas. Trata-se de um espaço lúdico, social e cultural, rico em objetos e ambientes de aprendizagem totalmente interativos e informais, que contribuem para o desenvolvimento da infância e da juventude, despertando a curiosidade e o interesse pela ciência, bem como estreitando as relações museuescola.

O público alvo é composto por crianças entre 6 e 19 anos, em período de aprendizagem, e de seus acompanhantes (familiares); escolas de Campinas e Região; professores do ensino Fundamental e Médio; bem como qualquer pessoa interessada em ciência. O edifício que abrigará o centro deve, em seu projeto, enaltecer o valor da instituição através de sua arquitetura. Ele deve ser a ciência em si mesmo, uma construção única em que a arquitetura se torna um instrumento científico de aprendizado e identidade para divulgação da ciência.

Esse centro tem como propósito aproximar crianças, jovens e pais do mundo científico, despertando curiosidade, transmitindo conhecimentos básicos e valores sociais. Com isso, a ideia é oferecer aos visitantes a oportunidade de observar e manipular diretamente fenômenos naturais que comumente são vistos apenas na teoria em sala de aula, ajudando a estabelecer conexões entre os mundos tradicionalmente separados da educação formal e informal. Buscase, assim, a conexão entre a maneira como a ciência é ensinada nas escolas e a maneira como ela é abordada nos centros de ciência.

Além da criação de um centro de conhecimento acessível à população, a implantação deste projeto busca ocupar um grande vazio urbano localizado em um eixo importante da cidade, explorando o seu grande potencial com a criação de um equipamento cultural. O objetivo, assim, configura-se também na criação de um espaço que permita encontros, estimule a permanência e propicie o descanso para a grande parcela da população que frequenta a região.Em suma, o Centro tem como objetivo proporcionar um espaço de cultura, aprendizagem e lazer, que habilite relações sociais e, por consequência, relações espaciais tanto dentro do centro nas suas exposições, quanto fora, no espaço público.

A criação desse equipamento também tem como intenção fornecer um local para que cientistas e artistas interajam diretamente com o público alvo. Em última análise, isto permitiria a aproximação da Unicamp, bem como das demais universidades e faculdades da região que compõem o pólo científico, da população da cidade. 79


PROGRAMA O programa se distribui em uma área total de 13.700 m² e foi criado a partir do programa base presente em grande parte dos museus e centros de ciências. Ele se distribui nos dois grandes volumes previamente citados, mais um subsolo. Cada pavimento abriga uma atividade ou grupos de atividades similares.

funcionando através do fechamento da área entre o café e o hall de entrada. Ainda no primeiro volume, no mezanino, está a área administrativa, que cuidará de toda a gestão financeira, gerência de informações, entre outras atividades. Ainda no mezanino, como em qualquer museu, o centro conta também com um setor de apoio museográfico, que cuidará de toda a organização da exposição. Porém, por se tratar de um centro de ciências, que possui exposições interativas com diversas estações experimentais, esse setor conta com uma equipe grande e multidisciplinar para elaboração, produção, execução e manutenção das exposições, chamada de produção científica. Todo esse pavimento então é de acesso privado, acessível apenas à funcionários do centro.

O térreo abriga todas atividades e serviços de acesso público, abertas não só para pessoas que vão visitar o centro, como também para qualquer pessoa que frequenta a região. Ele conta com uma área de acesso, onde se encontram o hall de entrada com a bilheteria, centro de informações, guarda volumes e a loja, área obrigatória de passagem para aqueles que vão visitar o centro. Ainda neste pavimento, o centro abriga também uma área de serviços complementares, com restaurante, café e auditório, este último capaz de receber públicos para a exibição de filmes, palestras, workshops e encontros. Nessa área também está presente uma biblioteca e uma área para pesquisa aberta, bem como um espaço para workshops e treinamento dos professores, chamado de centro de formação de educadores. Esse centro se tornou necessário pela importância percebida na relação entre professor e museu. Com um programa de desenvolvimento profissional, este espaço pretende dar suporte aos educadores, oferecendo oficinas sobre teoria e a prática do ensino e aprendizagem baseados na investigação. Ademais, este espaço busca proporcionar encontros entre os professores de Campinas e região, com o objetivo de compartilhar e discutir o aprendizado, tentando assim criar uma comunidade colaborativa de educadores. Toda essa área de serviços complementares voltada para o público em geral funciona de forma independente da área expositiva. Assim, em períodos onde a área expositiva estiver fechada, todo o restante pode continuar

Por fim, com uma área que ocupa 35% de todo programa, a área expositiva se encontra no segundo volume e conta com 7 setores de exposições permanentes e 3 setores de exposições temporárias, contemplando diversos temas do universo da ciência. Todas dispõem de estações experimentais, com objetos, simuladores, modelos, e audiovisual totalmente interativos, feitos para demonstrar fenômenos, explicar conceitos e até mesmo provocar ideias e induzir os alunos à construção do conhecimento. Finalmente, o centro também conta com um subsolo onde se encontram a área de estacionamento, tanto para os visitantes, quanto para os seus funcionários, e um setor de apoio técnico ligado diretamente às docas de recepção e armazenamento, bem como acessos técnicos controlados às salas de exposições. 80


ACESSO Hall Bilheteria Centro de informações Guarda Volumes Loja

ESTACIONAMENTO

9% 22%

SERVIÇOS COMPLEMENTARES

12%

Café Restaurante Auditório | Cinema Biblioteca de Ciências Espaço de pesquisa Salas workshop

SETOR TÉCNICO Área Técnica Gerador Doca (carga e descarga) Vestiário

PRODUÇÃO CIENTIFICA Museografia Produção Reserva Técnica Depósitos Áreas Técnicas

6%

ÁREA TOTAL: 13 700 m2

12%

35% 4%

ÁREA EXPOSITIVA Exposição permanente - Matemática Exposição permanente - Os sons Exposição permanente - Ciência e atualidade Exposição permanente - O homem e os genes Exposição permanente - Ilusões de ótica Exposição permanente - Cérebro Exposição permanente - Energia Exposição temporária Exposição temporária Exposição temporária

ADMINISTRAÇÃO Secretaria Diretoria Coordenação Geral Relações Institucionais Setor Financeiro 81


HALL DE ENTRADA Ambiente Hall Bilheteria

Descrição Entrada com lugares de descanso

Nº de pessoas 150

Equipamentos bancos

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

2m²/pessoa

3

900

-

900

Venda de ingressos

5

1 balcão, 5 cadeiras, 1 armário

15

1

15

30%

19,5

Centro de informações

Atendimento direto ao púlbico; dúvidas e informações

3

1 balcão, 3 cadeiras

8

1

8

30%

10,4

Guarda volumes

Armazenamento dos pertences dos visitantes

3

1 balcão, 100 armários

90

1

90

10%

99

36

3

108

10%

118,8

80

1

80

30%

104

WC Visitantes Necessidades pessoais Loja

Venda de produtos do museu

14+ 2 16 vasos sanitários, acessiveis 16 pias, 1 trocador 30

15 estantes, 1 balcão, 10 poltronas

SERVIÇOS COMPLEMENTARES Ambiente

Descrição

Nº de pessoas

Equipamentos

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

Café

Realização de refeições rápidas e convivio

100

25 mesas, 100 cadeiras

240

1

240

10%

264

Restaurante

Realização de refeições e convivio

150

38 mesas, 150 cadeiras

360

1

360

10%

396

Auditório | Cinema

Relização de eventos como peças, apresentações, filmes, etc

200

300 cadeiras, 1 palco

470

1

470

10%

517

36

3

108

10%

118,8

150

1

150

10%

165

WC Visitantes Necessidades pessoais Biblioteca de Ciências

Livros sobre ciência e temas expostos

14+ 2 16 vasos sanitários, acessiveis 16 pias, 1 trocador 20

1 mesa, 1 cadeira, estantes de livro

82


Espaço de pesquisa Workshops para professores

Computadores e áreas para pequisa

20

20 mesas, 20 cadeiras

50

1

50

10%

55

Espaço para desenvolvimento profissional dos educadores

120

4 salas de aula, com 30 carteiras cada

50

4

200

10%

220

ÁREA EXPOSITIVA Ambiente

Descrição

Nº de pessoas

Equipamentos

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

Exposição permanente Matemática

Espaço para compreender os movimentos e os fenômenos físicos

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição permanente Os sons

O som, a voz, a audição e a diversidade do undo sonoro

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Espaço multimedia sobre atualidade

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

A evolução, a hereditariedade, os genes

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Diversas representações do espaço, jogos de ilusão de ótica, imagens distorcidas

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição permanente Cérebro

Exeriências para compreender o funcionamento do cérebro e conhecer-se melhor

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição permanente Energia

Como saisfazer a demanda de energia da população

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição permanente - Ciência e atualidade Exposição permanente O homem e os genes Exposição permanente - Ilusões de ótica

83


Exposição temporária

Atividades relacionadas a experimentos de ciências e e do cotidiano que acarretam em grande impacto no aprendizado do público

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição temporária

Atividades relacionadas a experimentos de ciências e e do cotidiano que acarretam em grande impacto no aprendizado do público

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Exposição temporária

Atividades relacionadas a experimentos de ciências e e do cotidiano que acarretam em grande impacto no aprendizado do público

150

2m²/pessoa

300

1

300

40%

420

Apreciação e descanso durante o percurso

60

4 lounges com cadeiras e sofás

100

4

400

30%

520

36

3

108

30%

140,4

Lounges WC

Necessidades pessoais

14+ 2 16 vasos sanitários, acessiveis 6 pias, 1 trocador ADMINISTRAÇÃO

Ambiente

Descrição

Nº de pessoas

Equipamentos

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

Recepção

Recepção especifica da administração

2

1 balcão, 2 cadeiras

3

1

3

10%

3,3

Secretaria

Secretaria geral

4

4 mesas, 5 cadeiras, 4 armários

31,5

1

31,5

10%

34,65

Diretoria

Direção geral das atividades

3

9 cadeiras, 3 mesas, 3 armários

35

1

35

10%

38,5

Coordenação geral das atividades

3

10 cadeiras, 3 mesas, 3 armários

20

1

20

10%

22

3

5 caderias, 3 mesas, 2 gabinetes, 3 armários

25

1

25

10%

27,5

Responsável pela atividade econômica

7

9 cadeiras, 7 mesas, 8 armários

25,2

1

25,2

10%

27,72

Bem-estar da equipe

7

10 cadeiras, 7 mesas, 8 armários

25,2

1

25,2

10%

27,72

Coordenação Geral

Relações Insti- Desenvolve o relacionamento tucionais com outras instituições Setor Financeiro Recursos Humanos

84


Acessoria Jurídica

Assuntos juridicos

3

5 caderias, 3 mesas, 2 gabinetes, 3 armários

25

1

25

10%

27,5

Setor de marketing

Estratégias de venda

7

10 cadeiras, 7 mesas, 8 armários

50

1

50

10%

55

Imprensa

Administração da comunicação e publicidade

4

4 cadeiras, 4 mesas, 2 gabinetes, 3 armários

30

1

30

10%

33

Salas de reunião

Reuniões e conferências privadas

10

3 salas de reunião com 1 mesa, 10 cadeiras cada

70

1

70

10%

77

Armazenamento de arquivos e de suprimentos de papelaria

-

estantes

12

1

12

10%

13,2

Copa funcionários

Descanso, convivio dos funcionários

16

2 mesas, 8 cadeiras, dois fogões, 1 geladeira, 1 bancada, 4 bancos

17

2

34

10%

37,4

WC

Necessidades pessoais

12+ 2 14 vasos sanitários, acessiveis 6 pias, 1 trocador

40

3

120

10%

132

Almoxarifado

PRODUÇÃO CIENTÍFICA Ambiente

Nº de pessoas

Equipamentos

Planejamento museográfico

5

5 mesas, 5 cadeiras

Produção

Produção museográfica

Reserva Técnica

Espaço onde fica o acervo não exposto

Banco de Dados

Armazenamento de arquivos

Montagem

Espaço para montagem dos itens a serão expostos

Museografia

Descrição

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

27

1

27

10%

29,7

10

150

1

150

10%

165

5

150

1

150

10%

165

20

1

20

10%

22

150

1

150

10%

165

estantes 10

85


Oficinas

Espaço para manutenção dos itens expostos

5

Depósitos

Depósito de materiais

-

WC

Necessidades pessoais

-

12+ 2 14 vasos sanitários, acessiveis 6 pias, 1 trocador

150

1

150

10%

165

250

1

250

10%

275

40

3

120

10%

132

SETOR TÉCNICO Ambiente

Descrição

Nº de pessoas

Equipamentos

-

-

500

1

500

10%

550

-

-

60

1

60

10%

66

Doca de carga Carga, descarga e guarda e descarga temporária de acervo

-

-

300

1

300

10%

330

Vestiário funcionários

10

10 armários, 8 chuveiros, 3 pias, 5 bancos

32

1

32

10%

35,2

Áreas Técnicas Eletrica e mecânica Gerador

Energia elétrica

Necessidades pessoais

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas

Área x Ativ. simultânea

Circulação Área Total (m2)

ESTACIONAMENTO Ambiente Visitantes / Funcionários

Descrição Estacionamento de carro

Nº de pessoas

Equipamentos

150

140 vagas, 10 vagas acessiveis

86

Área layout Nº ativ. (m²) simultâneas 2045

1

Área x Ativ. simultânea 2045

Circulação Área Total (m2) 50%

3067,5


87


FLUXOGRAMA No estudo de fluxograma do projeto, foram considerados os grandes grupos de atividades; dessa forma, setores que agregam diversos ambientes foram tratados com um agrupamento. No estudo preliminar ficou clara a distinção entre os diferentes acessos dos diferentes usuários assim desejado no projeto, mas que ocorresse por meio de um espaço comum, que pudesse unir essas pessoas, como é o caso da praça. Dessa forma a conexão entre os diferentes grupos de atividades dentro do edifício se dá quase que majoritariamente por fora do edifício, e não apenas interiormente. 88


diretoria vice-diretoria coordenação

rh setor financeiro rel. institucionais acess. jurídica

restaurante

café

acesso público

marketing imprensa

acesso público

biblioteca workshops espaço pesquisa

almoxarifado sala de reunião secretaria

praça

wc

acesso funcionários

recepção

copa vestiário wc

acesso visitantes

exposições permanentes/ temporárias museografia banco de dados produção reserva técnica depósito gerador

oficinas

montagem docas

acesso carga /descarga 89

área técnica wc

hall

auditório

guarda-volumes bilheteria informações wc loja


PARTIDO | IMPLANTAÇÃO parada dos ônibus escolares de excursões que irão visitar o centro.

O projeto para implantação do Exploratorium, tem como objetivo criar espaços que gerem uma relação entre o exterior e interior através de um trajeto que promova o descobrimento progressivo. Os usuários são conduzidos por um percurso externo cheio de experiências e atividades estimulantes até chegarem ao interior do edifício, local de mais inspiração e onde ainda se manterá conectado com as experiências vividas externamente.

A estratégia de implantação e construção da volumetria se baseia em basicamente quatro condicionantes: - Permeabilidade: Permitir a permeabilidade do térreo, possibilitando a fruição pública dos espaços abertos e apropriação do espaço pelos pedestres, diminuindo a carência de áreas públicas de lazer na região.

Visando alcançar este objetivo, a área externa do projeto se divide em três grandes praças, onde cada uma busca estimular e abrigar um tipo de atividade e ocupação diferente. A praça voltada para a Avenida Brasil, é a entrada principal para o Centro, através de uma grande escadaria que se abre generosamente para dentro do terreno. Nela também se encontra um auditório ao ar livre aterrado, voltado para o grande muro que separa o terreno do vizinho, que servirá de palco para apresentações e projeções de filmes à população. Caminhando em direção a Rua Alberto Faria, o vão livre gerado pelo segundo volume do edifício se torna um espaço para as mais diversas ocupações, desde feiras de artesanato a encontros gastronômicos (food truck).

- Acesso e linha do trem: Acesso de visitantes por três fachadas do terreno. Respeitar a memória ferroviária da região, evitando construção na faixa por onde passava a linha do trem. - Visibilidade: Valorizar a vista sudeste para a cidade, uma vez que o terreno se encontra em uma cota mais alta que o centro de Campinas. - Luz e Ventos: Implantação que considere a trajetória solar e que beneficie-se dos ventos predominantes (SE). Com base nisso o projeto se insere no terreno através de dois volumes simples, sendo que o segundo volume, com o seu eixo deslocado, pousa sobre o pirmeiro criando um vão que permite diversas ocupações. Esse deslocamento do segundo volume também permite que a sua maior fachada fique voltada para o sudeste, aproveitando assim com mais eficiência os ventos predominantes e possibilitando a vista para a cidade, tanto de dentro do edifício como de fora, no terraço de deslocamento.

Por fim, a praça voltada para a Rua Rafael Sampaio abriga um grande parquinho científico, com diversos brinquedos temáticos que dão às crianças uma amostra do que acontece dentro do Exploratorium. Por estar mais próxima de uma região predominantemente residencial, esta terceira praça é mais arborizada, contemplando espaços de estar. Finalmente, por possuir um trânsito menos movimentando, nessa parte do terreno abriu-se uma pequena rua para acesso e 90


ESQUEMA DE OCUPAÇÃO

Possibilidade de acomodação do programa

Permite fluxo livre e aumento de pavimentos para acomodar programa

Rotação do volume superior para mais aproveitamento da vista e dos ventos

Criação de praças com tipos diferentes de ocupação e uso

91


PERSPECTIVA GERAL



ESPACIALIZAÇÃO DO PROGRAMA ÁREA EXPOSITIVA

35%

Exposição Permanente 2100m2 Matemática Os Sons Ciência e Aturalidade O Homem e os Genes Ilusões de Ótica Cérebro Energia Exposição Temporária 900m2 Lounges 400m2

VISITANTE PAGO

PRODUÇÃO CIENTÍFICA Museografia Produção Reserva Técnica 195m2 Banco de dados Montagem Oficinas Depósito

ADMINISTRAÇÃO Recepção Secretaria Diretoria Coordenação Geral Relações Institucionais Setor Financeiro Recursos Humanos Acessoria Jurídica Setor de marketing Imprensa Salas de reunião Almoxarifado Copa funcionários

PRIVADO P/ FUNCIONÁRIOS

HALL DE ENTRADA Hall Bilheteria Centro de Informações Guarda Volumes Loja

SERVIÇOS COMPLEMENTARES Café Restaurante Auditório Biblioteca Salas-workshop

PUBLICO GERAL

ESTACIONAMENTO SETOR TÉCNICO Áreas Técnicas Gerador Doca de carga e descarga

94

12% 35,1m2 195m2 26m2 195m2 195m2 650m2

4% 3,3m2 4,65m2 38,5m2 22m2 27,5m2 27,72m2 27,72m2 27,5m2 55m2 33m2 77m2 13,2m2 37,4m2

9% 900m2 19,5m2 10,4m2 20m2 120m2

12% 264m2 396m2 350m2 165m2 165m2

21% 7% 550m2 66m2 330m2


ESQUEMA DE FLUXOS

VISITANTE FUNCIONÁRIOS PÚBLICO GERAL

95


RU A

FE LI PE

DO S

SA NT OS

A

RU

.

OF

PR

ÃO

JO

ÇO

EN

UR

LO

S

UE

IG

DR

RO

IMPLANTAÇÃO

R


RU

A

JO

RU

A

CL

DO

PA

RU

A

TR

ÓV

IS

BE

VI

OC

RA

FA

ÍN

IO

EL

SA

MP

AI

QU

O

MA

RTO

NE

E ALB

RUA

UE

F

HU

SE LA

IQ

O

2,00

F

A ARI

6,00

NR

RD

HE

UA

A

ED

ENTRADA ESTACIONAMENTO PÚBLICO

RU

A

3,00

a

ENTRADA ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS|CARGA

1

2

3

19

4

18

5

17

6

16

7

15

8

14

9

13

12

10

11

b

d ENTRADA PRINCIPAL

5,00

c

5,00

RU

A

B U

/7 6 ¬ &

(8

F5

F4

Z < > S A W E 4 $ ·# 3 5

%

V C Y T G F D

X R

Inicio Fin

F12 Sleep Despl Bloq

F8

Bloq Mayúsc

F3 F2 F1

\ªº"2 !|1

Esc

Esc º\ª

6F 9)

C T

& 65

cW súyaM

F7 F8

F9 F10

F5 ¬ (8 /7 F4 F3 F2 % 4 $

Bloq Control Mayúsc

|@ "2 ·# 3 T R E $ % 5 6 ¬ & 4 U A )/Y 9 (8 7 IO ¡= '¿ ? 0

P

rGtlA

·@ 3 "2 !|1 F1

< > Q W

Inic

D S C X Z

Alt

N B V H G ;,:. M L K J AltGr

F9 *+ F10 ][^

-_ { Ñ́ `¨ç Inic

F12

Control

11 F

ç

F7 'F8 ? 0 =

D S A X Z R E

A

2F

F4 F3 F5 F6

F11 F12 ¡ ^*¿

;, M N O IA L K J B V U Y H G F

Alt

Wake Sleep PowerRe Bloq Pant Insert Inicio Pet Inter Despl Pausa pág Impr up Sis Av. Fin Supr Pág 1

# csE\

lortnoC

Inic > < Q

Bloq ºª

A

F5

F6 F7 F8

F9 F12 F10 F11 SleepPower Wake up 1 A

R E W 4 $ ·# 3 % 5

U Y T 6 ¬ & (8 /7

IO 'A ? 0 )= 9

P ¡^* ¿

B V C H G F

Fin Av. Supr Pág 1 4 Inicio Intro Inicio 2 A 3 R 6 5 v. éPág Pág + ¨`+ ;,AltGr L M N K J .{Inic :-_ Ñ́ {çControl

ªº

[

Esc F2 F1 F4 F3 \"2 !|1 Q @

Control Bloq Mayúsc Inic Alt X Z < > D S A

]

Bloq Pant Insert Inicio Despl Pet Sis Impr Re Pausa INum pág nter */9 8 Bloq

B loq Inicio 0 1 Ins Inicio 8 7 4

/Num

gg.á váP A p

asrueeatnR PI

F1

rewoP

.{]¨`[Ñ́ :-_ P Inic +

F

1!

A

4 1 Inicio7 Inicio Bloq 1 Num

Fin Impr Supr Pet Sis Despl Bloq Pant Insert Inicio Wake up Sleep

Control {

oicin5 2I

ortnI

Inicio 2 A 3 R 6 5 v. éPág Pág 8 .Supr + -*/9 0 Ins

F6 F7

Q

M IN K J H A 0 )= 9

.S upr *RéPág 9 A 3 6 + Intro v. Pág

-

7 .Supr

.Supr

Control Inic ¨[`P {L Ñ́ . :-_

K J ;, M N

^¿ ¡

0 )= '9 IA

6 ¬ & (8 /7 T U Y

4 $ ·# 3 % 5 W R E

@ "2 Q \!|1

F6 F7 F8

F5

F3 F2

Esc

0 Ins

Inicio Intro 4 1 7

+

Power Re PausaSleep Inter BloqSis Pant Insert Despl Pet Impr

*

A */1

? O

Bloq Num

WakeF12 F11 up F9 F10

G F B V C

X Z < > S A

X

Esc

ªº

cW A súyaM

2F

Q < > D S X Z T R E

C

Despl Bloq Inicio

F12 Sleep

RéPág

csE

csúqyoalM B

loIrtnoC c in

¬ ¿¡

D

' ? 0 = F7 F8

Inic Alt

H G F U Y B V

N A

Fin

F8

4F

3 O

) 9 (8 7 /F6 F5

F9 *^ F10 11FF12

L K J IM ;,O

AltGr

Ñ́ -_ {ç ]¨`[ +

Inic

{

Control

peelSWakeImpr Pet Despl Bloq Pant Insert Inicio Re up Sis Av. Fin Supr rewoP

H

Control Bloq º\ª

P:.

B U (8 F5

F1 Esc

1 A

/*9 -

7 Bloq 4 Num Ins 0 1 Inicio . upr 2 3 5 6 Intro S I+ A nicio v. Pág R éPág

A 1

7I om qicouilnN B

E Z

Inter Av. Pausa pág Pág PowerRe

º\ª!1 Control Bloq Esc Mayúsc

ortn+I oicsin1 0I 4

7

F4 F3

"2 ·# 3 !@ |1

Inic Q < >

ggááP p

R %

V Y

F5 F6

cW A súyaM

F9 F10 F7 F8

) 9 (8 /7 Y U

E T R % 5 6 & 4 $

2F

7F

+

& 4 $ F4 F3 % 5 6

F11 F12

-Ñ́ _ ` ¨+ ]*[^ {çInic ;,AltGr IO M L K J ' ? 0 = B V H G F D S X Z

¬

01F

º\ª Esc Bloq Control F1 !|1 @ "2 ·# 3

Av. Re Fin Supr Bloq Pant Insert Inicio Pet Sis Despl pág Impr Wake up Sleep

Alt

{ç Control

C

Ñ

.:L -_ Ñ́ AltGr Inic ¨{

A

11F

;, M N K J

1 4 0 1 Inicio Bloq Num 7

{Control

Alt

G F B V C

N

S A X Z < >

'9 ? 0 )= IA

WakeInicio Sleep Bloq Pant Insert Pet Despl Impr up Sis Fin Supr

8InicioasrueatnPI

!@ "2 |1 \Q % 5 4 $ ·# R E W

¡P ^`*[¿

:.

lortnoC cinI

trrepsunSI

F9

F11 ] F12

P ¿¡

pusieStrknptae W PI am

F6 F7 F8

rewoP

F3 F2

F10

8InicioasrueatnPI

F1

Y T (8 /7 6 ¬ F5 U&

F12

F5 )F6 9 (8

/& % 5 6 ¬ F4 F3

oicinI gáP

A 3 6 5 .Sv. 2 uprPág RéPág */ A + Intro -9

@ 4 $ ·# 3 "2 F2 F1 |

MB

Bloq Mayúsc Inic

\ªºBloq !|1 "2

Q @

F3 F2 F1

Alt

AltGr

I9 2 A 3 R 6 5 8nicio v. éPág Pág Av. Pág Supr pág Fin Inicio ]{ç

< > Z Alt Inic S A Mayúsc Control

W E 4 $ ·# 3 5

H

V C G F D T Y /7 6 ¬ & F4

D

F6 F7

F4

IA 0 )= 9

O [^`? ¡P '¿

P owerWakeF11 up F9 F10

Ins

C X T R F D S

CO

F1

IRe pág nter Impr Pet PantSis Insert Nnicio IBloq um Pausa ] *+ */7 8 9 A 1

F9 F8 ¡ '¿ ? 0 =

A N B U J H G

O

Control

+ -

-

IInicio7 2 1 Inicio 5 4 nicio /8 Num 1 Bloq A Av. SleepPower Fin Inicio Pág pág Re Bloq Inter Despl Pausa

´[^`*+ {ç ]¨-_

W Inic < > A Q

ºª

0 Ins

{ç .Snicio 0 2 1 3 6 5 4 ¨;,:-_ Av. AltGr Inic .L Ñ́ M N K J H IIns Inicio A uprPág v. Pág Supr Control + Intro

.Supr 6 A 3 R Intro + v. éPág Pág *-9 0 Ins

AltGr IO ;,:.K M P L

Alt

/*RéPág 8 9 .nicio 2 3 6 5 IS A uprPág v. -

6,00

LO

Alt Control Inic

.L [^`;,:-_ P ¨O Ñ́

{

5,00

Re Av. Insert*+ ]{ç IInicio A R 2 1 3 6 5 4 8nicio 9 7 v. éPág Pág Pág Supr pág

A um Pausa */1 P owerImpr Wake up F9 ¡ '¿ ? Pant Bloq N Inter Pet Sis F10 F11

@

Control AltGr Inic

+ -

a

ENTRADA PRINCIPAL

5,00

Ins Intro S . upr 0

CR

IS

5,00

O

Esc Bloq º\ª!1 Mayúsc Control

¨P [^`*+ {L . :_ Ñ́

-

F9

F10 F11 F12

¡ '¿ ^?

*

N Pant Bloq Despl Pet Impr Sis Re Pausa Inter Wake SleepPower up Bloq A um */1

F4 F3

M N K J H

. ;,:-_ Ñ́ L P [`¨O

{ç ]+

Fin Av. Supr Insert Inicio Pág 4 pág I7 Inicio A R v. éPág Pág + 2 1 3 6 5 8nicio 9 Intro

F5 F6

F2 F1

AltGr Control Inic

.Supr 0 Ins

Q "2 4 $ ·# 3 @ W

A Z < > Alt Inic

|

F6 F7 F8 I9 0 )= A

R E W 4 $ ·# 3 % 5

/7 % 5 6 ¬ & E T R

V C X F D

S

F4 F5 U Y T 6 ¬ & (8 /7

Mayúsc Bloq Control X Z S A Alt Inic B V C G F D < >

) 9 (8

N B A J H G U

= ¡? '¿ F8

Ñ L K ;,:. P O

Y

Esc F1 F3 F2 !|1 "º\ª@ Q 2

AltGr Inic

^*+ ] F9 [´{ç F10

Control

`¨_

1 4 7 6 5 8 éPág 9 Fin Av. Supr Insert Inicio Re Pág pág + Inicio R

AltGr -Inic Control

Wake up Impr F11

]{ç

F7

F9 F12 F10 F11 SleepPower Wake Bloq Pant Despl Pet Sis Impr Pausa Bloq Inter up */1 A ¡¿

IO A ;, M N K J

0

F6 F7 F8 '9 ? 0 )=

U Y T B V C H G F

IM

/F5 6 ¬ & (8 7

> < R E W X Z D S A

Control Inic Alt

Intro Ins Inicio 0 I.S 2 A 3 nicio uprPág v.

F12 Supr Pet Sis Pant Insert

F4 F3 F2 5 4 $ ·# 3 %

Bloq Q Mayúsc

Num

!"2 ªºEsc |1 \F1 @

-

5 4 Inicio 2 1 /Nnicio IBloq 8 7 um Ins .Inicio 0

RéPág

A 1

* 9 -+

B V C G

X Z < > Alt

Y T F 6 ¬ & (8 /7

R E W 4 $ ·# 3 % 5 S A

Bloq M \ªQ @ "2 ayúsc !|1

F3 F2

Esc

U

F5

F4

Ins 0 Intro Inicio 1 4

? O

F6 F7 F8

D

I'A 0 )= 9

Intro

F1

¨P [^`¿ ¡

*+

DesplInicio Bloq Num 7

PowerSleep WakeF12 F11 up F9

Control Inic

F10

A 1

º

RéPág IAv. pág nter Impr Pet Re Pausa BloqSis Pant Insert Inicio 8 */9 ]ç

6 3 Av. Pág Supr

Sleep PowerFin Inicio Re Av. Bloq Pág pág Inter Despl Pausa

I.Snicio 2 A 3 6 5 uprPág v. AltGr Inic . ;, M N Pág Supr { {:-_ Ñ́ L K J H Fin Control

-+

gáP .vA

Supr 6 .Intro RéPág 3 * + -9 0 2 1 IInicio nicio 7 /Nnicio um 1 4 5 IBloq 8 A

0 Ins

1@ F

D U B

4F

Supr .Intro

Alt

V C G F T Y K J IH M N A AltGr Inic

]+ {ç

Control

P Pet Impr antSis Bloq Wake Sleep Despl Powerup -Inic {çControl N

.AltGr ´[^`*+ ;,:_ ]¡ K Ñ L O

F4

m qoulN Blp osiceinDI

# F1 F3 F2

oicinI

· 3 @ Mayúsc Bloq \ª!|1 Q "2

7*/9 8

Inicio 2 1 A 3 R 6 5 4 v. éPág Pág .Supr 0 Ins

º

]{ç *+

AltGr Control .-Inic

Intro +

U

F10 Pant F11 F12 Bloq Impr WakePausa SleepPower up Bloq A 1

¡L [^`'¿ P ¨O :_ Ñ́

, M N

' 0 )= 9 A J I8

T R E 4 /7 % 5 6 ¬ &

(

F9 ?

0 I9 A ; K J H

B V

Y H G F C B V

Alt X W Inic Z < > S A Control

$

F6 F7 )F8 =

U Y T C G F D 6 8 7

Control Inic Alt

F8

F7 ¿

3F

Ñ́ L .¨`[ :-_ P

D

Y

F5 /F4 ¬ (&

Q ºMayúsc < > R E W X Z S A Bloq 5

2 1 3 IInicio nicio RéPág 4 6 5 8 9 -+ *

Inicio Bloq /1 Num Fin Av. Re Pág 7 Inter pág A

O;,

?'

S A X Z W R E < >

{

01F

¡^ ¿

PowerRe PausaAv. Inter pág Pág A 1

-

"!|1 2 \ª Esc F3 F2 F1 @ 4 $ ·# 3 %

M

0 )= 9 F6

F11 * F12

Wake Bloq Pant up Sis Fin Supr Pet tSleep resnIImpr

Esc

ACESSO CAFÉ

F11 F12

F10

V S

= 0I

tlA

M

F4 F2 F1

?

9F

9F

F5 F6 F7

InicioInsert Supr

ortnoC rpulS

sitSretsenPI

F5 (8 /7 6 ¬ & F7 F8

F10 F11 F8

T & /7 % 5 6 ¬

@ 4 $ ·# 3 "2

Av. Pág Pausa

pu ekaW

F3 F2 % 5 4 $ ·# 3

Pant F12 Impr ]*[^

U )A 9 (8

Control Bloq º\ª!|1 Mayúsc

cinI

"2 Esc !|1 º\ª Q Bloq Control Mayúsc

Power Fin Av. Inicio Pág Re Bloq pág Inter Sleep Despl Pausa

_ -´{ç ` ¨+

,:.Inic ;K AltGr O ¡ '¿ ? P Ñ L N B J H G R F D X C

E W Inic < > A Z Q

¨ P

Ins

ACESSO RESTAURANTE

F9

F5 F6

Esc

6 5 4 8 9 7 -+ Fin Supr Insert Inicio Despl Pet Sis Re Av. Inter /*N Pág pág um R Inicio éPág Snicio IIns Inicio A uprPág v. Intro .3 0 2 1

5,00

b 2,50

5,00

c

ENTRADA SECUNDÁRIA

IT

A

5,00

DE

EN AV

d 4,00

IL

BA

AS BR

A

O

ID 3,00 4,00

E

AV EN ID A

RU

N

A

3,00

2,00

2,00

1,00

0 0,00

10

20

50

N


D B

PLANTA SUBSOLO

2,00 ENTRADA ESTACIONAMENTO PÚBLICO

1- Estacionamento público 2- Acesso a praça 3- Acesso Exploratorium E

O

R

O

M

A

AA

F L

LA

F

R

O E M O

4- Vestiário de funcionários M

O

E

O

A

FA

R

L

5- bicicletário

A

F

A

L

R

M O O E

B

6- Acesso funcionários|monta carga A

7- Lixo e material de limpeza 8- Estacionamento funcionários 9- Depósito + carga e descarga 10- Área técnica (elétrica + mecânica) L

A

FA

R

O

M

E

O

A

F

11- caixa d’água inferior + reservatório inferior

A

L

R O M

OE

O

L

A

FL

A

FA

R

O

M

E

A

R O

EM O

de água de reuso 12- Reserva Técnica 2,00

E O

M

A A

R

O

F

A

F

L

A

L

A

O

R

M E

O

D

E

O

L

A

A

F

A

FA

R

O

M

L

M R O

O

E

OE A

AA

FL

A

L

R

O

M

F

R O M

EO

L

A

LA F

R

M O

O E

A R

A

F

M E

O

O

2,00

0 10

98 D

20 ENTRADA ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIO|CARGA

N


A

ENTRADA ESTACIONAMENTO PÚBLICO

F

LA

M

R

A

O

O

E

R O M

EO

A

LF A

R

A

O

O

F

LA

M

E

L

A

F

O

M

A

O

R

E

R

O E M O

A

ALF

L

A F

E

A

O

R

M

O

D

M O O E R

A F

L

A

D

2,00 R O

EM O

A

A

F L

1 A

A

LF

O

R

E O

M

A R

M O

M E

O

R

A

LF

OE

O

F

A

L

A

O

O

M E

A R

F

AL

B

2

ENTRADA ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIO|CARGA

2,00

F

A

R

O

O

L

A

M

E

M R O

OE

A F

L

A

3

4

12

L

A F

M

O

A

O

R O M

OE

A F

A

L

5

R

E

7

6

11

8

2,00

11

A

D 9

10

N

B 0

10

20


PLANTA TÉRREO 1- Centro de Informações 2- Bilheteria 3- Guarda Volumes 4- Acesso principal controlado para exposição 5- Hall de espera 6- Loja 7- Escada de emergência e elevador público 8- WC Feminino e Masculino 9- Escada de emergência, elevador e monta carga privada 10- Acesso privado 11- Camarim 12- Sala de apoio 13- Auditório (200 pessoas) 14- Café 15- Biblioteca 16- Área de espera 17- Salas para workshop professores 18- Restaurante 19- Praça privada p/ funcionários

100


RUA A

1

2

3

19

4

18

5

17

6

16

7

15

8

14

9

13

10

12

11

B

D 6

C

5,00

7

8 10

5,00

5

9

11

ENTRADA PRINCIPAL

3

12 4 13

19

2

1 5,00

ENTRADA PRINCIPAL

18

A

5,00

14 N

B

J

H

A

U

;

M

K

F7

O =

) 9

0

: L P

' ?

1 Inicio Inicio A v. Pág 2 Intro Pág Av.

4

pág Re

F9

F10 F11

5

Inicio

9 RéPág

Bloq / Num

Inter Pausa

F8

Supr

0 Ins Control [ç

¡ ¿

I

^`

(8

F6

] *+

V C

G

_ Ñ ¨

´{

Y

F

Inic AltGr . , {

/7

F5

T 6 ¬ &

F4

X S

Inic

Z A

D

Supr

SleepWake up F12

Alt

Fin

InicioInsert Bloq Pant Despl Pet Sis Impr

1

R

Control

< >

W E

87

Power

*

% 5

4 $ #

· 3 @

F3

F2

F1

Mayúsc Bloq |

º\ª

Esc

º

csE

@

1

W

#

Control

Q S

H J K L _ ¨Ñ {

X

Inic tlA

3F

Z

D

4F

F

5F

G

A

C V B

N

U

;, .:

AltGr

-

Inic

A

2F

@

{

Pet Impr PantSis InsertSupr

cinI

|

csE

lortnoC

csúqyo alM B

geáR p oicinI

5

A

/

8

*

9

6

-

+

Fin

g.ávP A

& 6

V

rewoPpepeulSekaW

T

B

1

B asrueatnPIlpqsoelD

{

< >

Y

I

9)

Bloq Mayúsc

A

T

] *+

lortnoC

6F

R

`

M

= 0

\

E 4

O

' ?

P

(8

[^

$

F9 F10 F11 F12

1F

C

F4 F3

N

Y

F5

U

F6

"2 !1

4

K

F7

%

º

m qoulN B

L

F8

¡ ¿ F8

¬ /7

4 $ ·# 3

Q

´

· 3

% 5 6 ¬ &

F7

F9

¡ ¿ ' ? 0 = ) 9 (8

A

oicin7I

] *+ [^`

P O I

R E

W

5

Ñ

cinI rGtlA

{

J

H G F D S

ç

! "| 2

F1 F2

Sleep

21F 11F 01F

´¨ _

.3

snI

rpuS

oicinItresnI

;, M

X Z < >

rpu S

A 1

Power pu ekaW

asuaPlpsesDiStrnpta emPI

Bloq

/7

ç

.:

gáPéR

/

Control

Alt

0I org tnáIP .vA oicin2I oicin1

8

ª

-

9 RéPág *

Inicio Num Bloq 7

Pág Av. pág Inter Re Fin

Q

Inicio 1 4 0

"2

3

6

A

Inicio3 2 5 Ins

!1

.

+ -

+

Intro 6 Supr .Av. Pág

5,00

17 Esc

F2

F3

F4

4 $ #

% 5

6 ¬ &

F5

F7

F8

) 9

? 0 =

¡

A

IO

P '¿

^`

K

L

¨ Ñ

;, M

.:

F9

-_

F6

F1

· 3 @

F10 F11 F12

][ *+ ´{

WakeSleepPower up

1

A

Impr Pant Despl Bloq IPausa nter

Bloq

Pet Insert Sis Inicio Re pág

8 Num */9

Supr Fin

5 4 Av. Pág Inicio7

-

6 éPág + R

Inicio1 Inicio3 2 Av. Pág

S . upr Intro

[^`

Alt

.: P ¡ ¿

;, K O '

J I

H

?

0 =

) 9

F8

F7

F6

G

C F

Y

T

(

6 ¬ &

X

Z

R

E

% 5

< >

W Q

4 $

·# 3

"2 |

F1

\1!

ªº

G H J

Alt

X

D R F T

< >

Z

E

C

¨`´

;, :.

-_

+ ç Control

Fin

|1

csE

Re Pág Av. PowerInter pág

Bloq Inicio Num 7 4

1 Inicio 0 Ins

/

8

Inicio 2

*

9 RéPág 6

-

+

Av. Pág 3 .Supr

º

Control

Intro

Bloq Mayúsc

5

Esc

]

_ ¨´{

WakeSleepPower up

Av. Pág

1

*

-

7 Inicio 8

9 RéPág

4

6

5

F4

+

Ins 0

$ %

E 4 5

&

6 ¬ T

/

7

.Supr

< >

F

Y

(8

F5

Intro 1 Inicio IAv. 2 nicio3 Pág

I

¡ ¿

F11 F10 F9

Z

P

G H J

[^`

¨´

]*

+ {ç

M N ;, :. -_

Control

&

V

7 Y

B U

A

K

L

{

Ñ

Supr InsertInicio

Pet PantSis Bloq Despl

Pausa

Impr {

F11 F12

WakeSleep up

1

Power

J

I

A

' ?

0 =

B H

K

O

U

) 9

(8

F6

F5

V

C

F

G

N

;L

D

Y

T

/7

6 &

¬

F7

.

Control

¨Ñ

: P

_

`

Alt

S

5

%

^

[*+

Inic

X

´{

]

R

Inic AltGr , M {ç

F4

A

Z

Supr

F3

F2

"2 @

F1

Re

Fin Av. Pág

4

1 Inicio 0 Ins

/8

5

*9

RéPág 6 3

+

2 Inicio

.

º\ª

Esc

F9

F10 F11 F12

.Supr

Inicio3 Av. Pág Intro 6

8

Pet Sis

¡ ¿

F8

Wake up

+

9 RéPág *

-

csE

lortnoC

ªº #

W

@ 3F

S D

4F

F

8

G

ç

´

5F

Q

F1

1

g.eváR p oicinI A

gá P

{

tlA

Q

Bloq

@

asrueatnPIlpqsoelD B

niF

W

1 4

D 4

snI

) 9

{ç+

¡

=

+

7 8 Inicio /

Inicio Inter

InsertPantPet Sis

[^`

* A 1

F9

' ? F8

F5

F2

m qoulN B

G %

oicin7I

L I 0

F3

#

2 5

(8

F4

gáP .vA oicinI oicin0I

A U

5

6 ¬ &

/

E

Inic

csE

|1

lortnoC

csúqyo alM B

"

F6

7

Y

SX

Alt

$

· 3

¿

F T R

2

M J

C

Z

A

!|

ª

*

@

º\

F11

1F

Mayúsc

Ñ ¨P

A

2F

cinI

S

gáPéR

´-_

:

65%

&

< >

Control

Supr

Wake up

C

Inic

V

Y7

B

U

.

Intro

9 RéPág

5 4

Pág Av. Fin

{

AltGr .

;,

N H B

V

3

Inicio3 2

B

-Inic

lortnoC

9)

.Supr Intro 0 Ins

V N

A

Inic

C

M

I

X

.AltGr

{

Impr

A

N

rewoPpepeulSekaW

Z

,

L :

8 9 6

Power

K

K ; _ ¨Ñ

] *+

Control

L

O

J

[^`

K

H

P

O

U

F7

Y

]

6F

< >

A

T

+

F10

R

{

/

*

Supr

= 0

Bloq Mayúsc

E

Pet Impr PantSis InsertSupr

pág Pausa

Ñ

cinI rGtlA

{

' ?

F12

21F 11F

(

-

Despl Bloq

/7

¡ ¿

A

Re

% 5 6 ¬ &

F12

1

1 Inicio

4 $

F11

F5

Sleep

· 3

F9 F10

F6

F4 F3

" !

Pág

ek aW

rpuS

pu

peelS

oicinItresnI

F2

F8

F8 F7

(

Av.

emPI asuaPlpqsoelsD BiStrnpta = )

ª

\!1 |"2

F1

F7

F9

?

$ ·#

Bloq Num

A

Power

F10

¡ ¿

\

º

6

/

1

9 8

T

R E 4

3 W

Q 2

Bloq !|1

-

Bloq Num 7 Inicio

[^`

P O '

Control

Q

#

4 $

PowerSleep

<

Impr PausaDespl Inter Bloq Pant

1

>

pág InicioInsert Re

Bloq Num

· 3

Pág Fin Av.

7 Inicio

W E

1 Inicio 4

A

Mayúsc

8

] *+

I0

´¨

J

-

0 Ins 2

5

/

RéPág * 9

Pág Re pág Inter Av. Fin

ç

H G F D

Supr

PausaDespl Inter Bloq

pág InicioInsert

Bloq Num

Inicio7

AltGr Inic

C T 6

A

1 Inicio 4

-_ :. ;, M

X Z

< >

Av. Pág

F3

1

Inicio 5 2

Alt

Intro Supr

F2

Wake up Impr Pet Sis Pant

+

Intro Av. Pág .Supr 3 6

0 Ins

Control

ACESSO RESTAURANTE

Alt

X

K

' ?

F12

0 .Sv. Intro Ins Inicio3 Inicio A uprPág

Sleep

6,00

Inic

· 3 @ F2

A

Bloq / Num

F6

Supr Fin

F7

InsertInicio Re pág

F8

PantSis Pet Impr Bloq IPausa Despl nter

Control

A

F9 F11 F12 F10

#

[^`*+

: Ñ

, .-Inic AltGr

S

P

; L

M

D

¡ ¿

O

K

N

C

' ?

I

J H

B

V

F8

0 =

A

G

V

B

F7

) 9

U

F

U

F6

(8

Y

D

A

F5

¬ /7

T

X Z Alt C

S

) 9

F4

& 6

A >

0 =

F3

4 $ % 5

W E R

Inic <

L

F2

·# 3

Q

Control

O

!|1

Bloq Mayúsc

W Q

1 !

|"2

F1

"2 @

F3

º\ª

2

Inic AltGr

ªº

RéPág 6 9 +

8

lortnoC

csúqyo alM B

Q W

cinI

1F

[^ ]*

A

2F

@

¬

9

S

3F

3 # 4 65%

&

\

2

8

0 I 'O ¡P

V

· $

Y7

"

(

= ? ¿

F9 F10

B

ºª !

/

)

U

F4

F5 F6 F7 F8

A

F1

2

_ ¨´

A

Esc

-

*

4 7 Inicio 5 8

Ñ

Z

E W

4 $

%

X C

G

¬

¡

{ ç ] *+

F11 F10 F9

N

A

@

6F

H

lortnoC

{

Re pág

Bloq

F1

|"2 !1 \

csE

lortnoC

Bloq Mayúsc

K

Inic

¿

P

.:

Q

@

^`

#

_

· 3

2F

9F

4 $

W

11F 01F

E

S

8Inicio

F7

% 5

A

3F

tlA

*/

Av. Pág

4 7

1

F9

F8

6 ¬ &

D

9

/

F10

¿

' ?

/7

T

R

4F

-

5

9 RéPág 8

F11

¡

F

+ gáPéR 6

6

1

F12

^

P I

U Y

8(

gáP .vA 3 oicinI

Control

0 Ins

Av. Pág 3 2 Inicio Inicio 1

*

A

/ 8

*

¨`[

J

G

ortnI rpuS

Intro .Supr

+ -

-

* 9

ç+ ]

_ Ñ

H B

M

+

6 5

{

{

V

C X Z

Inic < >

.

L

0 Ins

5F

2

Ñ

Control

;, K

AltGr Inic

1 Inicio 0 Ins

{

-

9)

5

A

;,

´

]{ç

cinI rGtlA

AltGr Inic

. : L AltGr

M

+ [{

{

N

N

¨ Ñ

6F

O L

21F 11F

J

B

Inic -

Alt

N

J A IK

rp u S

H

V

Pant

Inic

D

U

= 0

7F

S

F Y VB

*

Control

A

T

/7

7 4 Bloq Num

A

M

8F

Q

< >

csúyaM

Bloq

R

5 6 &

9

1

A 1

Bloq / Num

1

O

lortnoC

Pág pág Av.

´

csúyaM

Supr Fin

oicinsIitSretsenPI

|

Esc #

8

0 '

)

lortnoC

< >

4 $

Z

E

Pet PantSis Insert Inicio IRe Despl nter

pepeulSekaW

U

G

C

niF

%

WakeSleepPower up Impr Bloq Pausa

Control

asuaPlpqsoelD B trnpamPI

(8

Y

F D

g.á P vA

¬

T R C X

]ç +

1

Control Bloq Mayúsc

W

/

T

re getánR pIlp osiceinDI

G

*

rewoPpepeulSekaW

H

F10 F12 F11

^ ¨{[`

-_ ´

A

X

asuaP qolB rpmI

J

7F

K

8F

.:

F9

Ñ .:

Inicio

S

Z

sn0I

º\ª

" @

(

= ?

¿¡ ¡P

L ;,

AltGr Inic

Num

R

A

Inic Alt

qolB

¨`

^

¿

'O

K J M

InsertInicio

ª

muN 7

_-

?

0 I

H N

Pet Impr PantSis Bloq IPausa Despl nter

º

!

9F

+

=

9 A

Supr Fin

\1

oicin4I

lortnoC

F5

G B

WakeSleepPower up

"

21F 11F 01F )

8 U

F V

F12

Q 2

·

!|1

(

¬ 7 Y T

D C X

Alt

Ñ

< >

# 3

WakePant up Pet Insert Supr Impr Sis

F4

Z

AltGr Inic

$

Esc

F8

/

5 6 R

S

< >

L

Z S E 4

%

F12

F7

& %

4 E

A

M

X D 5 R

F4

F4

F6

$

3 W

N

/

F3

F3

·#

2 Q

Inic

A

¬

F2

F2

" @

8

F

F5

\ 1

Control

B

( F5

Re pág Av. Pág PowerPausaInter

F1 !|

º

Bloq Mayúsc

F5

G 8

)

SleepBloq Despl Inicio Fin

Esc

ª

U

9

F6

Esc

V

H

=

F4 F3 F2 F1

/7

N

J

F6

D

M I0

F7

gáPéR

siS teP

F5

/

º\ª

F4

' ?

pu ekaW

(

!|1

S

Alt

;, O

F8

Supr Insert Pet Sis

= )

7

"2 @

F3

¡ ¿

?

9 8

0

5 #

Q

Bloq

F2

.: P

^

A

8Inicio '

6 &

W

A

¨[`

F10 F9

gáP .vA oicinI oicin1I

rp u S

A

Inic

*

P ower

-

gáPéR

+

ortgnáIP .vA

I

U

@

ç+ ]

IRe nter

2

/

Inicio Bloq DesplSleep

*

Ñ P

L O

Y F

S A

Control

´-_

{

Pág pág Av. Fin

7 Inicio Bloq Num

*

F1

Fin

Supr InsertPant Impr

{[

M N B V

Bloq Mayúsc

Control

1 4

.Supr 3

9

Num Bloq 1 7

Av. pág Re PausaPower Inter Pág

{] ç ´

Esc

/

Intro

6

2 Inicio 5 Inicio 4 1

D

Alt

Inic

F1

Q E W

< >

Ins

2 5

9 8 RéPág *

A

3

AltGr ;,

R

!"2 |1

Control

3 6

7

º\ª

Bloq Mayúsc

Supr

Inicio Inicio 0 Intro .Av. Pág

+ -

.

Ins 0

Inic

Esc F1

F2

F4 F3

F5

F6

F7

F9

F10 F11

|"2

·# 3 @

4 $

% 5

6 ¬ &

/7

) 9 (8

0 =

?

¡ ¿

Q

W E

R

T

Y

U

IA

'O

P

[^`

] *+

S A

D

F

G

H

J

K

L

¨´ Ñ

{ ç

Z

X

C

V

N B

M

;,

.:

-_

F8

Esc

F12

ªº

\1!

Bloq Mayúsc < > Control

Inic Alt

AltGr

WakeSleep Power up Bloq Pant Despl Pet Sis Impr IPausa nter

Inic

Insertpág Inicio Re {

Fin Pág Supr Av.

1

A

7 Inicio /8

*9

4

RéPág 6 +

Bloq Num

5

-

Inicio Inicio3 Av. Pág 1 2 Control

0 Ins

.Supr Intro

8

16

5,00

ACESSO CAFÉ

B 2,50

5,00

15

ENTRADA SECUNDÁRIA

C

5,00

D 4,00

AV

3,00

EN

4,00

A

ID

E

IL

AS

BR

3,00

2,00

2,00

N

1,00

0

0,00

10

20


PLANTA NÍVEL 01 1- Escada de emergência, elevador e monta carga privada 2- WC Feminino e Masculino 3- Escada de emergência e elevador público 4- Almoxarifado 5- Refeitório dos funcionários 6- Recepção 7- Produção Científica (conteúdo e planejamento museográfico) 8- Produção Científica (produção, montagem, oficina) 9- Diretoria 10- Salas de Reunião 11- Administração

102


RUA A

B

D 5

C

3

2

4

5,00 9,40

1 5,00

6

8 9,40 5,00

7

A

9,40

6,00

9

5,00

11

9

B 2,50

9

C

10 5,00

10

10

D 4,00

AV

3,00

EN

4,00

A

ID

E

IL

AS

BR

3,00

2,00

2,00

N

1,00

0

0,00

10

20


PLANTA NÍVEL 02 1- Acesso principal para exposição 2- Escada de emergência, elevador e monta carga privada 3- WC Feminino e Masculino 4- Escada de emergência e elevador público 5- Terraço

EXPOSIÇÃO / CIRCULAÇÃO O visitante, como dono de seu próprio percurso, interage com o centro desde a sua chegada, no primeiro contato visual com o edifício, até adentrá-lo e deparar-se com um elemento de acesso vertical que o levará até a exposição. Este elemento será desvendado pelo visitante por meio de elementos estimulantes em um espaço onde a luminosidade é controlada e permite uma relação entre o interior e exterior, por meio de sua fachada.

de total flexibilidade e adaptabilidade, possibilitando autonomia de acordo com a demanda de cada tipo de exposição a ser abrigada. Essa versatilidade é possível graças ao próprio conceito estrutural do edifício que apresenta um vão livre de grandes proporções ao longo de todo o espaço. A ligação das áreas técnicas e da doca com a exposição se dá por uma circulação vertical (monta carga) reservada. Ela conecta o estacionamento no subsolo à área de exposição, passando pela área administrativa e de produção científica, o que permite o movimento vertical de todo material de exposição.

A espacialidade da exposição se baseia em torno do conceito adotado e no tipo dos elementos expositivos empregados. A exposição foi configurada de forma a permitir o livre deslocamento, proporcionando aos visitantes liberdade para a construção do seu próprio movimento pelo espaço. Isso acontece graças a planta livre, onde todas as exposições se encontram distribuídas por temática porém sem “começo, meio e fim”, em um percurso que, como a ciência, se define por momentos de buscas e instantes de intensa descoberta.

Com uma proposta inclusiva, que se inicia na entrada no edifício, passa pelo acesso ao pavimento da exposição, e culmina no livre circuito expográfico, a proposta arquitetônica permite a acessibilidade total, proporcionando o acolhimento do público e minimizando as dificuldades para o acesso do público especial.

Os espaços expositivos (permanentes e temporários), serão dotados 104


RUA A

B

D EXPOSIÇÃO PERMANENTE MATEMÁTICA EXPOSIÇÃO PERMANENTE OS SONS

C

4

3

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

2

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 14,20

1

EXPOSIÇÃO PERMANENTE O HOMEM E OS GENES

5,00

EXPOSIÇÃO PERMANENTE ILUSÓES DE ÓTICA

EXPOSIÇÃO PERMANENTE CÉREBRO

A

5 14,20

6,00 5,00

B 2,50

C 5,00

D 4,00

AV

3,00

EN

4,00

A

ID

E

IL

AS

BR

3,00

2,00

2,00

105

1,00

N 0

0,00

10

20


PLANTA NÍVEL 03 1- Acesso principal para exposição 2- Escada de emergência, elevador e monta carga privada 3- WC Feminino e Masculino 4- Escada de emergência e elevador público 5- Mezanino exposição

106


RUA A

B EXPOSIÇÃO PERMANENTE CIÊNCIA E ATUALIDADE

D

18,60

C

4

3

14,20

EXPOSIÇÃO PERMANENTE ENERGIA E TRANSPORTE

2 5 1

5,00

14,20

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

A 14,20

6,00 5,00

B 2,50

C 5,00

D 4,00

AV

3,00

EN

4,00

A

ID

E

IL

AS

BR

3,00

2,00

2,00

107

1,00

N 0

0,00

10

20


RU A

FE LI PE

DO S

SA NT OS

A

RU

.

OF

PR

ÃO

JO

ÇO

EN

UR

LO

S

UE

IG

DR

RO

IMPLANTAÇÃO COM COBERTURA

R


RU

A

JO

RU

A

CL

DO

PA

RU

A

TR

ÓV

IS

BE

VI

OC

RA

FA

ÍN

IO

EL

SA

MP

AI

QU

O

MA

RTO

NE

RUA

E ALB

F

HU

SE LA

UE

O

2,00

F

A ARI

IQ

RD

6,00

NR

UA

HE

ED

A

A

RU

3,00

a

b

d

23,10

c

27,60

RU

A

5,00

CR

IS

a

O

6,00 5,00

CO

LO

14,20

MB

O

b 2,50

c

IT

A

5,00

DE

EN AV

d 4,00

IL

BA

AS BR

A

O

ID 3,00 4,00

E 3,00

2,00

N

2,00

1,00

109 0,00

0

10

20

50

AV EN ID A

RU

N

A


CORTES E ELEVAÇÕES

27,60

23,10

18,60

14,20

9,40

5,00 2,50

110


27,60

23,10

18,60

14,20

6,00 5,00

2,00

CORTE AA 0

10

20

6,00

2,00

CORTE BB 0

111

10

20


27,60

23,10

18,60

14,20

9,40

5,00

14,20

112


5,00

cd4,00 ei

CORTE CC 0

10

20

MUDANÇA DE DIREÇÃO 27,60

23,10

18,60

14,20

9,40

5,00

5,00

2,00

2,00

0

113

10

CORTE DD

20


27,60

23,10

18,60

14,20

114


5,00

5,00

2,00 1,00

0,00

0

10

20

ELEVAÇÃO EE

21,50

15,00

14,80

11,80

6,00

6,00

0

10

20

ELEVAÇÃO FF

115


CORE DE CIRCULAÇÃO| BANHEIRO EM CONCRETO

SISTEMA ESTRUTURAL METÁLICO PILARES METÁLICOS REVESTIDOS DE CONCRETO

ESTRUTURA vão livre na implantação. Essas treliças foram adotadas com o intuito de vencer um vão livre de 40 metros que dá grande flexibilidade para as exposições e permite a ocupação dos grandes vãos bem como a fixação de um mezanino no seu interior.

Foi adotado um sistema estrutural metálico com alguns elementos pré-moldados de concreto (core de circulação e banheiro). Esse sistema se mostrou ideal ao atender todos os requisitos arquitetônicos propostos, bem como possibilitar um mínimo dimensionamento para o melhor aproveitamento dos espaços, gerando assim economia de recursos.

A estrutura se revela como infraestrutura, abrigando forros técnicos e pisos elevados contendo instalações de energia, iluminação, hidráulica, além de dutos de instalações nas vigas principais.

Como o edifício se distribui em dois volumes deslocados entre si, buscou-se a criação de um grid estrutural a partir da laje que une esse dois volumes e, a partir daí, o restante dos pavimentos do edifício seguiram esse grid estrutural. O primeiro volume possui uma estrutura mais simples, apenas com pilares e vigas metálicas. Já o volume superior se define por quatro grandes vigas metálicas treliçadas que se desenvolvem no sentido longitudinal e transversal (em toda a borda do volume), apoiadas no grid estrutural da laje comum, onde uma parte se apoia sobre o volume inferior e a outra se apoia em 6 pilares, criando o

Como artifício didático, os materiais e as estruturas serão mantidos aparentes, evidenciando os aspectos construtivos, curativos e técnicos do edifício, evidenciando a relação íntima entre arquitetura, ciência e o programa proposto. A ideia é que a própria estrutura faça parte da exposição, onde todo o seu processo tecnológico fique revelado como expressão da técnica e da ciência.

116


CALHA EM AÇO GALVANIZADO TELHA TERMOACÚSTICA “SANDUICHE” (TELHA+ISOLANTE+TELHA)

VIGA METÁLICA PRINCIPAL COBERTURA

FORRO SUSPENSO REMOVÍVEL DE PAINEIS PERFURADOS

JANELA COM VIDRO FIXO

ESQUADRIA MAXIM-AR VIDRO TEMPERADO TELA PROTETORA

TRELIÇA METÁLICA PASSADIÇO METÁLICO ESTRUTURA DO BRISE BRISE METÁLICO DE CHAPA PERFURADA

BARRA DE COMANDO DO BRISE GUARDA CORPO PISO VINÍLICO CONCRETO LAJE STEEL DECK

VIGA METÁLICA PRINCIPAL

PILAR METÁLICO COM REVESTIMENTO EXTERNO DE CONCRETO

Corte com detalhamento da estrutura do segundo volume que abriga a área de exposição.

117


SISTEMA REUSO DE ÁGUAS PLUVIAIS SEM ESCALA

INSTALAÇÕES

SISTEMA PAINEIS FOTOVOLTAICOS SEM ESCALA

Todas as instalações prediais de hidráulica e elétrica estão posicionadas para fácil manutenção e acesso através de um grande shaft que se encontra no core de circulação e banheiros. Quanto à climatização, o edifício prevê instalações de ar-condicionado, apenas para atender às condições climáticas extremas, uma vez que a própria proposta arquitetônica é capaz de manter o interior do edifício em condições adequadas de conforto térmico. Apenas o auditório possui um sistema independente para atender seu funcionamento específico. Como anteriormente dito, os sistemas de instalações funcionarão como uma rede através das grandes vigas longitudinais. Sua implantação está prevista nas áreas de forro e piso, seja para iluminação, pontos de energias ou água que sejam solicitados, tanto para os espaços de exposição, quanto para outros usos.

118


SISTEMA DE VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO SEM ESCALA

CONTROLE ILUMINAÇÃO SHED

CONTROLE VENTILAÇÃO SHED

SUSTENTABILIDADE/CONFORTO AMBIENTAL pois o correto seria o emprego de brises horizontais, entretanto, com o objetivo de não quebrar o desenho de toda a fachada, decidiu-se mantê los fixos fechados. Da mesma forma que foi utilizado shed para ventilação, sheds com hastes móveis também foram empregadas para permitir a entrada de luz mais ao centro do bloco devido ao grande vão da área de exposição.

Com o objetivo de projetar um edifício que atenda aos aspectos de conforto ambiental, sem a necessidade de utilização de ar condicionado, algumas medidas foram tomadas para o controle de ventilação e iluminação. Quanto à ventilação, o edifício foi projetado para o aproveitamento eficiente da ventilação natural, predominantemente sudeste para a cidade de Campinas. Para isso, além de posicionar o segundo bloco com sua maior fachada para o sudeste, a caixilharia do vidro prevê duas aberturas (basculantes) em todas as quatro fachadas, uma superior e outra inferior, para a maior eficiência do efeito de ventilação cruzada, bem como para a retirada do excesso de ar quente. Considerando o grande vão na área de exposição, sheds para controle da saída de ar quente também foram considerados no sistema.Já em relação à iluminação, em todas as fachadas do volume superior (que abriga toda a exposição)foram previstos brises verticais com chapa metálica perfurada. Nas fachadas sudeste, nordeste e sudoeste, os brises são móveis para permitir a flexibilidade de controle da iluminação natural. Somente a fachada noroeste possui sistema de brise fixo,

Como o projeto possui uma grande área de cobertura, foi natural o emprego do sistema de coleta de água pluvial que é canalizado e passa pelo grande shaft, levando toda água para um reservatório de água de reuso localizado no subsolo. Ademais, na cobertura também se encontram painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica através da energia solar, o que colabora para a autonomia energética do edifício. Por fim, na cobertura, foi empregado telha termoacústica “sanduíche” que, além de de servir como um ótimo isolante térmico, serve também como isolante acústico, minimizando gastos de energia, refrigeração e controlando as emissões sonoras externas. 119






124


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como dito inicialmente, um dos principais motivadores para a elaboração desse projeto, foi a deficiência de equipamentos culturais em Campinas. E isso, somada a um levantamento amplo sobre a cidade, o terreno e o entorno, a escolha do centro de ciências como programa deste projeto, foi quase que automática e natural. Este Trabalho Final de Graduação trouxe grandes desafios: trabalhar em um terreno complexo em sua implantação, legislação e topografia e o uso de uma estrutura metálica complexa, que respeitasse os grandes vãos. O resultado uma solução formal que tanta adequar-se ao seu entorno e que acrescentasse valor urbanístico à região tentando conciliar de maneira harmônica as tentativas de soluções dos desafios citados. Assim, este memorial teve o importante papel de suprir as necessidades de entendimento sobre o lugar e sobre o tema que precedem o momento de projetar. Desde o embasamento teórico, passando pelo minucioso levantamento e pela decisão de quais diretrizes, conceitos e partidos definir, o processo constituise de constante reforma. Desta forma, a expectativa deste memorial é a de preparar o leitor para uma melhor compreensão do projeto a ser apresentado, tirando máximo proveito das suas demonstrações. 125


08


BIBLIOGRAFIA

LOUREIRO, M. e SILVA D.: A Exposição como “obra aberta”: breves reflexões sobre interatividade. Costa Rica, 2007.

SCARABELLI, Patrícia Ceroni. Arrabalde do Guanabara – Um bairro em Campinas. Campinas. Pontes, 2015

ALMEIDA, Adriana Mortara. Desafios da relação museu-escola. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/viewFile/36322/39042. Acessado em Abril 2018.

VEIGA, Ana Cecília Rocha. Gestão de projetos de museus e exposições. CAZELLI, Sibele. Ciência, cultura, museus, jovens e escolas: quais as relações?. Rio de Janeiro, 2005. Tese Doutorado, PUC-Rio de Janeiro.

GASPAR, A. Museus e Centros de Ciências conceituação e proposta de um referencial teórico. Tese de Doutorado. FE-USP, São Paulo, 1993.

MARANDINO, Martha. Interfaces na relação museu-escola. São Paulo, 2001. Tese Doutorado, USP.

LINS DE BARROS, Henrique. Quatro cantos de Origem. Perscillum, vol. 6, nº1. 1992

STUDART, D. C.: Museus e famílias: percepções e comportamentos de crianças e seus familiares em exposições para o público infantil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 12 (suplemento), p. 55-77, 2005.

MADDEN, J. C. To Realize Our Museum Full Potential. The Journal Museum Education, v.10. 1895.

VALENTE, M. E., CAZELLI, S. e ALVES, F.: Museus, ciência e educação: novos desafios. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 12 (suplemento), p. 183-203, 2005.

WAGENSBERG, Jorge. The “total” museum, a tool for social change. História, Ciências, Saúde v. 12 (suplemento). p. 309-322, 2005.

SILVA, Douglas Falcão. Padrões de interação e aprendizagem em museus de ciência. Rio de Janeiro, 1999. Tese Mestrado, UFRJ. 127


Sites acessados https://artmuseumteaching.com/2014/11/19/student-learning-in-museumswhat-do-we-know/ http://www.technorama.ch/en/about-us/technorama/ http://www.cite-sciences.fr/fr/accueil/ http://www.universcience.fr/flippingbook/rapport/2016-07/files/assets/ basic-html/page-1.html https://planodiretor.campinas.sp.gov.br/timeline/arquivos.php?arquivos=59_ mapas_finais_pd2018 https://censo2010.ibge.gov.br/sinopseporsetores/ http://mapaservicos.campinas.sp.gov.br/ http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=28089 https://www.archdaily.com.br/br 128


129



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.