Voz do Barreiro

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Quinzenário

6.ª FEIRA 9 Janeiro 2009

n.º 1177 3.ª série 0,01 € Director: Manuel S. Lourenço

«Conto com todos para fazer um Barreiro melhor, para as pessoas» diz Carlos Humberto Carvalho em Entrevista exclusiva à "VB"

Foto: D.R.

O quinzenário de informação a sul do Tejo

P8e9

2008 Santoantoniense "mergulha" em Balanço na crise e "Trovões" P 3,6 e 7

andam sobre Rodas

P5

MOITA «Obras de saneamento vão mexer com municípes» P 13, 14 e 15 Publicidade


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Abertura Ano 26

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Sobe e Desce

AMILCAR Romano Homem da segunda linha no executivo socialista Amílcar Romano, sob uns degraus após a renuncia de Emídio Xavier, assumindose como rosto da oposição na Câmara do Barreiro, já sob a batuta de Carlos Humberto à frente do executivo de maioria comunista. Na penumbra, por algum tempo face à liderança de Pedro Mateus, qual conflito de gerações, Romano aproveita a boleia de Vítor Ramalho na campanha para a Federação Distrital Socialista e vai, qual primeiro teste, congregando apoios para a sua candidatura à liderança do PS Barreiro. Está em crescendo mesmo sabendo de antemão que o concorrente directo seria Carlos Pires.

Carlos PIRES Nas últimas assembleias municipais, talvez como forma de afirmação mas também de algum nervosismo face aos desafios que tem pela frente Carlos Pires, desce ao mais baixo que se pode ir no quadro de um órgão autárquico, elevando excessivamente a voz, sendo também sua a graçola «é você que me vai bater ?!!!» dirigida ao Presidente da Câmara. Não contente com o triste episódio que não abona nada a favor de uma postura séria e sobretudo correcta de um eleito para um órgão público o agora candidato à liderança do PS – Barreiro, quiçá candidato à Câmara do Barreiro nas próximas autárquicas, mantém quer o diálogo quer com a sua bancada comunista, recorrendo a graças, provocações, recados, ao ponto do socialista António Sardinha afirmar “não reconhecer esta Assembleia”, local de debate franco, sereno e sério sobre a cidade e concelho que somos e queremos.

HELDER Madeira Um saudado regresso de Hélder Madeira à presidência da Assembleia Municipal, por parte de todas as bancadas mas que viria a ficar “manchado” pela reconhecida e despropositada exaltação, em que foram protagonistas dois Carlos – o Pires e o Humberto, vindo mesmo a constituir o inicio de um descontrolo da assembleia e o atropelo não só a regras elementares de boa educação mas, igualmente ao regulamento do órgão fiscalizador da Câmara Municipal. Gritar e provocar com recurso a linguagem própria de outras “praças”, não abonará a favor dos eleitos e muito menos do principal garante do bom funcionamento do órgão – Assembleia Municipal, a tal do debate democrático e com argumentos…

Um Bom 2009 Inúmeras foram as mensagens endereçadas à “VB”, via correio electrónico ou via postal desejando Boas Festas e Feliz 2009. Ainda que correndo o risco de esquecer alguém aqui ficam os agradecimentos a: “Os Verdes” e à assessora de Imprensa - Maria Luís Nunes, à Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes, Associação de Basquetebol de Setúbal, às Edições Sílabo, Lda, ao Grupo Leya Editores, Quimera Editores, Nurisimo –Soc. Mediação Imobiliária Unipessoal,Lda, à Lusowine, ao Governo Civil do Distrito de Setúbal, à Mazda Portugal e também Mazda Motor Europe, a Daniel Novo e sua Tuna Académica, a Joana Figueiredo/LDC, à Câmara Municipal do Barreiro, Câmara Municipal da Moita, Câmara Municipal do Montijo, à Vereadora Sofia Cabral, ao Vereador Bruno Vitorino, à Vereadora Lucília Ferra, a Rita Pereira e Rostos, a Joana Saldanha Nunes e ao Museu da Marioneta (que dirige), à Cooperativa Cultural Popular Barreirense, a Susana de Sousa Nobre, do Gabinete de Comunicação e Imagem do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, E.P.E., ao Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, à Câmara Municipal de Alcochete, à Junta de Freguesia do Barreiro, Junta de Freguesia da Verderena, Junta de Freguesia do Alto Seixalinho, Junta de Freguesia de Coina, Junta de Freguesia de Palhais, Junta de Freguesia do Lavradio, Junta de Freguesia de Santo António, Junta de Freguesia de Santo André, Junta de Freguesia da Moita, Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Junta de Freguesia do Gaio/Rosário, Junta de Freguesia de Vale da Amoreira, Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes, Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Gabinete de informação e Relações Publicas da Câmara Municipal da Moita, Álvaro Marinho- Velejador Olímpico do Team LBC Tanquipor / Cidade do Barreiro / Seth, das agências de Comunicação LPM, Matéria Escrita, Imago, Good News, do Teatro Instável, Teatro “O Bando”, também do Barreiroweb, ArtBarreiro, da Associação de Futebol de Setúbal, da Apex-Brasil, da Simarsul, do Grupo SIVA, da Oikos, da Consulstrada, do PSD distrital de Setúbal, da Federação distrital de Setúbal do Partido Socialista, do Grupo Parlamentar do PCP, de Mário Durval, de Filipa Fonseca da PorterNovelli, da Delegação distrital da FDTI. A todas as pessoas a título individual e ou colectivo às Instituições e entidades, empresas não só Agradecemos como retribuímos os Votos de um Bom 2009, onde seja possível ultrapassar todas as barreiras e contrariedades.

Galáxia blogosferica Por Alfredo Dinis voz.barreiro@sado2000.pt

Recordar e revisitar Laura Seixas As comunidades têm o saudável hábito de preservar a memória dos seus melhores homens e mulheres, aqueles que nos vários ramos da actividade humana se destacam, seja nas letras, nas ciências, nas artes, na política. Aqueles que dão algo mais para o enriquecimento da própria sociedade onde estão inseridos. Como escreveu o poeta, aqueles que “se vão da lei da morte libertando”. Esse resgatar da memória revelase de várias formas, sendo a toponímia uma delas, e a mais comum.

http://www.lauraseixas.blogspot.com/ O blogue de hoje lauraseixas.blogspot.com diz-nos que também a blogosfera pode servir aqueles intentos. Dedicado a um nome que marcou a história do Barreiro, a Drª Laura Seixas. Falecida em 2000, a médica obstetra também foi poetisa tendo escrito um livro “Cantares para os meus amigos”, com o qual mostrou uma vez mais a sua faceta altruísta, tendo, conforme seu desejo, a receita da venda revertido para as duas corporações de bombeiros da cidade. A cidade e as mais de 10.000 crianças (de acordo com o registo de nascimentos ao longo dos 23 anos de existência da Maternidade local 1965/1988) e seus progenitores muito ficam a dever à drª Laura Seixas, fundadora da primeira maternidade do Barreiro, decorria o já distante ano de 1965. Laura Seixas foi agraciada com a Medalha de Mérito da Câmara Municipal do Barreiro, em Junho de 2000, meses antes de ter deixado a vida terrena.

FOTO-MEMÓRIA*

Longe vão já os tempos em que a voz suave anunciava «dentro de momentos vai dar entrada na linha número dois o comboio procedente do Algarve. Os passageiros com destino a Lisboa têm ligação, no barco que parte às 10h e 15 minutos»... Uma mistura de cheiros de tudo quanto vinha da terra... jamais se repetirá, nas "linhas curvas" da emblematica gare da cidade.


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Opinião Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Ano 26

PONTOS DE VISTA

Eduardo Xavier

António José Ferreira tzferreira@gmail.com

eduardo.xavier@netcabo.pt

2008 Em Revista

O Primeiro ano do resto das nossas vidas?

Fazer balanços costuma sempre ser um exercício algo fastidioso e eu digo-o com convicção, pois sou filho de um contabilista e tenho muito bem presente dos, já longínquos, tempos da minha meninice, os trabalhos do meu pai, num registo ainda artesanal de canetas de aparo e letra francesa, cujo maior elemento tecnológico era esse ábaco maravilhoso da máquina de calcular. Não farei um balanço muito exaustivo, mas antes um sublinhar do que entendo merecer destaque quer pela positiva, quer pela negativa, no mundo, no país e no Barreiro. No mundo não deve ser difícil o consenso de considerar o destaque pela positiva da eleição de Obama e pela negativa do deflagrar da crise financeira internacional que está já fortemente a afectar a economia real, não se sabendo até onde, nem até quando e não se augurando certamente, nada de bom. No país, infelizmente encontro muito pouco a destacar pela positiva, mas para não ser totalmente “desmancha-prazeres” vou realçar, até pelas suas implicações no desenvolvimento da Região e do Concelho, a decisão da construção da Terceira Travessia do Tejo no corredor Chelas-Barreiro, salvaguardando no entanto, que nestas coisas é para ser como S. Tomé, “ver para crer”. Pela negativa destaco a absurda “guerra” do Governo PS/Sócrates aos professores, sem qualquer tipo de proveito seja para quem for. Trata-se de um caso de pura patologia políticosocial. Absolutamente lamentável!

Revisito o Barreiro em 2008 e, por mais que queira, não consigo descortinar nada de relevante que possa suplantar o verdadeiro acontecimento do ano que agora findou: o renascer da nossa Terra O somatório de circunstâncias ocorridas no ano que findou origina a possibilidade de uma radical transformação, que poderá tornar um concelho até agora vítima de marginalidade geográfica num pólo de centralidade, quer na Península de Setúbal, quer na Área Metropolitana de Lisboa. Sei que corro o risco de ser acusado de me colocar ao serviço dos poderes instituídos, defraudar a minha condição de opositor nato e ser apelidado de herege pela a minha “família ideológica”, (que não sei por onde anda), mas aquilo que vem cá de dentro enquanto Barreirense é o que move os meus sentimentos e escrever sem sentir e tentar fazer sentir aquilo que escrevo, isso, de todo, não faço. Para mim parece ser facto assente que, em virtude de muitos erros cometidos e outras tantas vicissitudes, o Barreiro sofreu uma longa e dolorosa travessia no deserto, motivadora de fortes e nefastas repercussões na qualidade de vida e bem-estar social.

…a decisão da construção da Terceira Travessia do Tejo no corredor Chelas-Barreiro… …os serviços técnicos municipais que deixaram gorar a hipótese de concorrer a uma verba do QREN que poderia ascender aos 3,6 milhões de Euros (não seriam propriamente peanuts) No Barreiro vou começar pela negativa para poder acabar “em beleza”e destaco por maus motivos a “desatenção” dos (in)competentes serviços da Câmara Municipal que por aparente desleixo técnico e falha de supervisão política, deixaram gorar a hipótese de concorrer a uma verba do QREN que poderia ascender aos 3,6 milhões de Euros (não seriam propriamente peanuts). Espero sinceramente e sem qualquer espécie de espírito persecutório, que não se deixe cair em “saco roto” o apuramento de responsabilidades pelo acontecido. Pela positiva temos o conjunto de intervenções no Centro da Cidade com destaque para o belo arranjo da Avenida Alfredo da Silva, a abertura do Fórum Barreiro que veio potenciar e dinamizar a oferta comercial de alguma qualidade de que o Barreiro tão carenciado andava e a prossecução das obras no Mercado 1º. de Maio e das acessibilidades ao Centro da Cidade que tão atabalhoadas têm andado, sobretudo no que concerne à, agora gritante, carência de estacionamento. Claro que a resolução ou a mitigação de alguns problemas, traz sempre no imbricado sistema de vasos comunicantes que são as cidades outros problemas ou a sua exponenciação, é uma questão de pesar os prós e os contras ou como diria o meu muito querido e saudoso pai acerca dos seus “Livros de Razão”, o “Deve” e o “Haver”. Mesmo contra as expectativas, desejo a todos os leitores da “VB” um excelente Ano Novo com Saúde e Paz!

Revisito o Barreiro em 2008 e, por mais que queira, não consigo descortinar nada de relevante que possa suplantar o verdadeiro acontecimento do ano que agora findou: o renascer da nossa Terra O fim de longas décadas de era industrial, vocação que ainda hoje estigmatiza a Cidade, não foi bem gerido e não temos conseguido, por muitas razões, entre as quais a falta de visão estratégica de um poder locar conservador e o desprezo a que a península de Setúbal foi sempre votado, encontrar aquilo que eu chamo de uma razão de ser para a nossa Terra. Durante anos não vivemos mas apenas sobrevivemos. Finalmente a demasiado longa caminhada leva-nos a um mar. Um mar de esperança e de oportunidades, que embora atormentado por ondas feitas de incerteza e intranquilidade, decorrentes da crise global que entretanto surgiu, não deixa de trazer uma brisa amena em contraponto com a aridez do deserto. Aquilo que já são certezas e tudo o mais que é imperioso consubstanciar, são a matériaprima que, nós Barreirenses, teremos que trabalhar. Sempre defendi que para os grandes desígnios há que haver união de esforços e vontades. Perante este mar de estimulantes desafios teremos que ser todos a construir a Nau para nele navegar e dar-lhe um rumo a de que ela não se desvie para águas turvas e nevoeiros intransponíveis. É imperativo que seja silenciada a demagogia e travados os interesses partidários que por vezes escondem perigosos interesses pessoais. É tempo de pactos e não de divisões. O Barreiro merece e acho que a maioria dos Barreirenses o exige.

Opinião Helena Portugal Loja do Condomínio www.ldc.pt

Reparações Indispensáveis e Urgentes As reparações indispensáveis e urgentes nas partes comuns do edifício podem ser levadas a efeito, na falta ou impedimento do administrador, por iniciativa de qualquer condómino. Decreto-Lei n.º 267/94, de 25 de Outubro, artigo 1427º (Código Civil)

Ficha Técnica Voz do Barreiro Director: Manuel S. Lourenço Jornalistas: Milene Aguilar (Coordenação) e Carlos A. Carvalho Redacção: Rua Prof. Egas Moniz, 19, 1.º esq.º, 2830-357 Barreiro Tel/Fax 21 207 05 43, voz.barreiro@sado2000.pt Publicidade: Tejo 2000, Lda – publicidade.vozbarreiro@gmail.com Impressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Registo ERCS: 108238 Pr oprie tário e Edit or: Tejo 2000 – Comunicação e Audiovisual, Lda. Proprie oprietário Editor: NIF: 505 409 020 Capital Social: 10.000 Euros Sede Social: Rua Manuel Tiago, 113, 2870-353 Montijo

A administração das partes comuns compete à assembleia do condomínio e ao administrador, cabendo a este último (entre todas as tarefas atribuídas por lei e pela assembleia) tomar as diligências necessárias para que se proceda às reparações necessárias nas partes comuns. No entanto, a lei prevê uma excepção a esta regra quando as reparações a realizar nessas partes assumam carácter indispensável e urgente. A licitude desta excepção depende da comunicação ao administrador do condomínio por parte do condómino afectado, da necessidade da reparação e, ou, solicitação da convocação de assembleia para decidir sobre tal matéria. A este requisito de comunicação prévia ao administrador do condomínio, é ainda necessário que acresça a omissão ou impedimento deste em concretizá-la. Assim, sendo, na falta ou impedimento do administrador, os condóminos estão obrigado a proceder às reparações indispensáveis e urgentes nas partes comuns, podendo a inércia ou omissão da prática dessas reparações, quando prejudiquem qualquer condómino, ter como consequência o pagamento de uma indemnização pelos prejuízos sofridos.


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Actualidade Ano 26

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Um projecto “piloto” na área do socorro ao ostomizado está a ser desenvolvido no Barreiro, numa parceria entre a Liga dos Amigos do Hospital Distrital do Barreiro – LAHDB e os Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública. «A ideia surgiu da necessidade de dotar os Bombeiros, dos conhecimentos e dos meios técnicos, para os primeiros socorros dedicados ao ostomizado» explica Vítor Munhão. Pretende-se assim, a promoção de conhecimentos e informação ao socorrista, para a substituição, por exemplo, de um saco de colostomia, bem como munir o socorrista das ferramentas adequadas para o apoio ao Ostomizado. O presidente da Liga dos Amigos do Hospital distrital do Barreiro (LAHDB), recorda que «desde 2004 a Liga tem esta valência logística, técnica e social na área das ostomias», sendo os seus membros conhecedores desta problemática. Um elevado número de utentes fazem parte do seu Núcleo de Ostomizados, deslocando-se, mensalmente, à Liga, ao Hospital Nª Sr.ª do Rosário para receber apoio/assistência. «Mas, para além destas duas centenas, muitos outros podem surgir no dia-a-dia da actividade dos Bombeiros» antecipa Vítor Munhão. «E para além da manutenção dos sinais básicos de vida de um acidentado, os Bombeiros são por vezes confrontados, também com a

necessidade de manter as condições do doente ostomizado. Ora, sem formação específica e sem meios, tal socorro, não era possível ou o mais conveniente» vinca Vítor Munhão. Uma acção de formação, num total de cerca de 20 horas, ministrada a um primeiro grupo de quatro bombeiros do Corpo de Salvação Pública acaba de ser concluída e certificada. A par disso, os Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Publica, passaram a dispor de 4 Kits em outras tantas viaturas, precisamente para o socorro a ostomizados, constituindo mesmo a primeira Corporação de Bombeiros no país, a fazer formação, a deter os conhecimentos e os meios técnicos para esta área específica do socorro. O exemplo foi até alvo de análise e estudo, no Porto, no quadro de um recente encontro de âmbito nacional, promovido pelo Liga dos Doentes Ostomizados de Portugal. «A partir de agora, existem condições para que os Bombeiros, no Barreiro possam prestar esse apoio e da forma mais apropriada» assegura o presidente da Liga dos Amigos do Hospital do Barreiro na base de um protocolo assinado entre as duas instituições. Na base desse acordo, à LAHDB compete não só fazer a reciclagem do primeiro conjunto de soldados da Paz, mas, igualmente aumentar o número de bombeiros com formação e certificação, para prestar

este tipo de socorro, na sequência de um plano formativo a desenvolver em 2009. A Liga é também responsável pela manutenção e reposição dos materiais que integram os Kits (sacos de ostomia, placas, tesoura de corte específica, clantes isto é molas para fechar os sacos, cremes niveladores e produtos de marcas fornecedoras para este tipo de situações). “Tratar a Ostomia por Tu” ou seja dotar, de formação especifica as diversas corporações de Bombeiros, em todo o território nacional, mas também o INEM por exemplo, a par dos meios técnicos, nomeadamente o KIT de Socorro ao Ostomizado, cuja patente está registada pela Liga dos Ostomizados de Portugal é o grande objectivo, no qual se integra esta acção pioneira da Liga dos Amigos do Hospital do Barreiro.

Foto: D.R.

Barreiro “pioneiro” no socorro ao Ostomizado

O que é uma OSTOMIA? A Ostomia é uma comunicação entre um órgão interno e o exterior, com a finalidade de eliminar os dejectos do organismo. A nova abertura chama-se estoma. A Ostomia que afecta ao aparelho digestivo chama-se Ostomia digestiva e o conteúdo eliminado podem ser fezes, já a Ostomia urinária é aquela que afecta o aparelho urinário e o conteúdo eliminado pode ser urina. A Ostomia respiratória (traqueostomia) sendo principalmente para entrada e saída de ar, através dela também podem ser eliminadas secreções. A realização de uma Ostomia tem salvo vidas e

melhorado a saúde de milhares de doentes. As razões para se criar uma Ostomia podem ser várias, como por exemplo; doença maligna, malformações congénitas ou traumatismos. E um OSTOMIZADO? São pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite recolher o conteúdo a ser eliminado através do estoma. Existem vários tipos de Ostomia: -Colostomia -Ileostomia -Urostomia -Traqueostomia

Carlos A. Carvalho A uma boa dúzia de boasvontades, adiciona-se quantidade considerável de ingredientes, sendo alguns próprios da época e enrolase em papel de embrulho. Coloca-se tudo em sacos e misturam-se umas palavrinhas q.b. de solidariedade e obtém-se um “Cabaz de Natal” destinado às famílias mais carenciadas da freguesia. Qual “receita” condizente com a quadra a Junta de Freguesia do Alto do Seixalinho decidiu com o apoio dos técnicos de acção social, em estreita ligação com as escolas locais do ensino básico e suas professoras, com as colectividades e seus dirigentes fazer um levantamento das famílias mais carenciadas da freguesia a contemplar com a atribuição de um cabaz, cujo peso viria a atingir as duas

dezenas de quilos, sendo composto por nada menos que 19 produtos alimentícios. Desde o tradicional bacalhau, às batatas, ao azeite, até ao Bolo Rei, passando pelo arroz e o açúcar (de modo a possibilitar a preparação de arroz doce) ainda um pacote de bolacha Maria, Salsichas, Atum em lata, rodelas de ananás ou pêssego em calda, massa esparguete, manteiga, leite, «o que se procurou foi juntar um pouco de tudo o que vai à mesa de consoada, no caso para esta centena de famílias» esclarece José António Antunes. Para o presidente da Junta de Freguesia do Alto do Seixalinho «a tarefa nem se afigurou difícil dada a pronta solidariedade manifestada por parte empresas/ empresários e do comércio na nossa freguesia» entre os quais será de referir a Agen-

Foto: D.R.

Alto Seixalinho solidário

cia Casaca, Pastelaria Moderna, Recheio, Modelo/Bonjour, Lopes&Marques, Reginaldo Correia ou ainda os Restaurantes Braseiro, Leão D’Ouro, Marinho, Nelson, SulFestas e Nostalgia. São famílias reconhecidamente carenciadas, constituídas por Pais ou Mães, solteiras ou separados,

avós que têm a seu encargo netos ou netas, que «desde à muito sabemos carenciados mas cuja situação se agravou ainda mais nesta altura, dadas as dificuldades financeiras, decorrentes do aumento do custo de vida, ora por situações de desemprego ou de sustento insuficiente e regular para si e

os seus…Queremos por isso agradecer a todos quantos colaboraram com a Junta nesta iniciativa que consubstancia um problema grave de pobreza e dificuldades acrescidas por parte de uma parcela crescente da população do Alto do Seixalinho» manifestou José Antunes. O autarca garantiu que o órgão a que preside «não deixará de estar atento, procurando no âmbito das nossas possibilidades e competências, não só alertar para a tomada de medidas, junto das entidades competentes como a tomar iniciativas como esta ou outras», dando como exemplo o projecto “Estrela Polar”. Trata-se de um projecto ímpar, no concelho do Barreiro desenvolvido com o apoio de professores e outros técnicos, uns no activo outro entretanto reformados reunidos em

torno desta acção que consiste «na realização de sessões diárias de acompanhamento escolar, na ocupação dos tempos livres de crianças e jovens mas também de formação, gratuita, aos mais diferentes níveis, tanto para crianças como até para adultos, carenciados da freguesia» elucidou o autarca. «Estamos em condições já a partir de Janeiro, de disponibilizar em fulltime, não só uma sala remodelada para o efeito, mas igualmente um outro espaço, apropriado para acolher a realização de vários ateliers, desde o desenho, à pintura, cerâmica, artesanato para uma boa meia centena de inscritos, quer directamente na Junta de Freguesia ou através do movimento associativo local, importante pilar da vivência nesta freguesia que é o Alto do Seixalinho.


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Actualidade Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Ano 26

Foto: D.R.

“Trovões” querem afirmar modalidades em cadeira de rodas

Carlos A. Carvalho O Clube Desportivo “Os Trovões” quer crescer e desenvolver actividades, envolvendo não só a dezena e meia de actuais atletas, praticantes de basquetebol em cadeira de rodas, como aumentar o número de associados diversificando ao mesmo tempo o leque de modalidades a praticar. «Atletismo, natação e ciclismo por exemplo podem ser apostas para os próximos tempos» antecipa António Barreto. O presidente do Clube diz «querer demonstrar junto da comunidade, que com a nossa atitude e práticas desportivas, com vontade e capacidades, podemos sempre ultrapassar inúmeras barreiras no nosso dia-a-dia». Foi essa ideia de crescer e desenvolver novas áreas ou práticas desportivas, com pessoas com deficiência que «nos levou a deixar

o “Santoantoniense” onde este movimento surgiu e se foi afirmando» recorda o mentor da prática de basquete em cadeira de rodas no concelho do Barreiro. «E não foi mais longe porque na colectividade, em Santo António, foram sendo colocadas dificuldades e limitações a esse crescimento» acusa António Barreto. «Isto apesar do SantoAntoniense Futebol Clube, em praticamente dois anos de basquetebol em cadeira de rodas nunca ter gasto praticamente nada do seu orçamento e até ganhou uma carrinha de 9 lugares, preparada para o transporte de pessoas em cadeira de rodas, que há meses está parada sem qualquer tipo de uso» assegura. Recorde-se o mês de Fevereiro de 2008 quando em declarações à comunicação social António Barreto se queixava da “falta de apoios e de entraves à utilização da viatura, adquirida em Setembro do ano anterior, por parte da

colectividade de Santo António, indícios de um mau estar entre a secção e a agremiação santoantoniense. Uma Ford Transit de 9 lugares cuja aquisição seria suportada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social na base de um apoio de 25 mil euros, a que se juntaram 6.500 euros da Câmara do Barreiro, 1.500 da Junta de Freguesia de Santo António da Charneca, além de, inúmeros outros contributos que vieram a ser preciosos no desenvolvimento da actividade para este conjunto de 16 atletas e para dois anos de competição, demonstrações e torneios de basquete em cadeira de rodas. É em busca do apurar da prática desta modalidade que meia dúzia de atletas residentes no concelho do Barreiro e uma dezena, provenientes dos vizinhos concelhos de Palmela, Sesimbra, Moita, Seixal e até um de Setúbal se continuam a encontrar às terças e sextas-feiras das 20h30 às 22h00

no pavilhão desportivo da escola de Secundária de Santo António, palco central da modalidade no município barreirense que «nunca nos negou apoio e várias têm sido

e continuam a ser as solicitações pois apesar das contrariedades não paramos» vinca António Barreto, presidente do Clube Desportivo “Os Trovões”.

SANTOANTONIENSE a braços com a crise directiva... O Santoantoniense está a braços com uma crise directiva. Sem actividades e sem corpos sociais, apesar das duas tentativas assembleias gerais - para voltar a por o clube a funcionar tal não foi ainda possível. António Figueira, presidente da junta de freguesia de Santo António manifesta um misto de preocupação e confiança dizendo que se ainda não foi possível encontrar dirigentes para a colectividade, estaremos bem longe de ver as chaves da instituição entregues à edilidade. Quanto ao património do clube, nomeadamente a carrinha que foi posta ao serviço da equipa de basquetebol em cadeira de rodas não é da competência da Junta interferir até porque ao que sei a mesma continua a andar, dando apoio aos corpos directivos demissionários e de algumas actividades ainda em funcionamento no Santoantoniense futebol clube, com quem o SMJ tentou estabelecer contacto mas sem êxito até ao fecho da edição.

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Rua Stara Zagora, no Centro do Barreiro


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Balanço 2008 Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

2008 em retros Ano 26

Janeiro

Fevereiro

Wiliam Baldé, filho de mãe guineense nasce no Hospital Nª Sr.ª do Rosário no Barreiro, aos primeiros segundos de 2008, sendo contemplado pela “Liberty Seguros” com um seguro de vida, como Bebé do ano. Entre expectativas e realidades Luis Tavares, administrador do Parque Empresarial antecipa que “no âmbito dos 100 anos da CUF no Barreiro, que este ano se assinalam o território será aberto pela primeira vez ao público, isto é, será atravessado pelo trânsito automóvel numa via, ainda que provisória. O futuro do Mercado 1º de Maio vai a discussão pública, começando esta ronda pelos vendedores daquela infra-estrutura.

Um estudo técnico encomendado pela Amoníacos de Portugal é o elemento considerado essencial para uma decisão sobre o futuro daquela unidade produtiva lavradiense. “A fábrica parou a sua laboração devido à conjuntura internacional difícil” diz a administração que também aponta o facto da unidade “estar obsoleta, necessitando de fortes investimentos para voltar a ser competitiva”. As negociações com os promotores do Fórum chegam a um fim com a MD a assumir os custos da requalificação do centro do Barreiro para onde o arquitecto Juan Busquets tem um plano, acabadinho de dar a conhecer aos barreirenses. O Loteamento industrial junto à Mata da Machada gera polémica, chegando mesmo o Partido Socialista a afirmar tratar-se de “um crime ambiental”.

A Associação FRATER ganha terreno nos Casquilhos e tempo (5 anos) dado pela Câmara do Barreiro, para erguer a sua unidade de Saúde, enquanto no concelho vão faltando médicos de família para qualquer coisa como 13.500 utentes do Serviço Nacional de Saúde. Ideias, projectos e polémicas à parte os vendedores “instalamse” no Alto da Paiva no novo Mercado de Levante. Com alguns anos de atraso relativamente a outras cidades, o Barreiro assiste à entrada ao serviço dos TCB de quatro novos mini-bus, numa aposta de renovação da frota e da melhoria do serviço público de transportes. O Partido Socialista entra num período de tréguas com a vitória de Pedro Mateus para a Comissão Politica Concelhia do Barreiro. O futuro desportivo começa a desenhar-se com a abertura em Santo André da Academia do Futebol Clube Barreirense.

Abril

Maio

Junho

Os barreirenses saem à rua para aplaudir a decisão do Governo de aprovar o corredor Chelas-Barreiro para a nova travessia sobre o Tejo, ponte essa que virá impulsionar o desenvolvimento económico do Barreiro, concretizadas que sejam obras complementares, criando uma nova centralidade e melhores acessibilidades ao concelho. Prontas as obras da 1ª fase do Programa Polis, Santo André prepara-se para ser uma nova e ampla “sala de visitas” da cidade tendo o rio a seus pés… De pé pode não ficar a Escola Mendonça Furtado dada a fragilidade da estrutura do velho edifício, situação “já esperada”, garantia a Vereadora Sofia Martins. O impasse nas obras acontece até que empreiteiro e Faculdade de Engenharia do Porto estudem uma solução que permita o retomar dos trabalhos, em segurança. Emídio Xavier, ex-presidente da edilidade renuncia ao cargo de vereador por incompatibilidade com as suas novas responsabilidades enquanto administrador no grupo “Aguas de Portugal”.

As polémicas em torno dos “padrinhos” da Cidade do Cinema no Barreiro e da futura localização da Estátua do industrial Alfredo da Silva marcam estas três dezenas de dias. A discórdia manifesta-se em vários palcos e com argumentos diferentes mas sem fim à vista.

A Casa da Artes, um espaço multifuncional conquista Prémio Secil Universidades 2007, mas não a Câmara do Barreiro que ignora o projecto do jovem licenciado em arquitectura pela Universidade Lusíada do Porto. A recuperação e revitalização do Barreiro-Velho abre um amplo debate mas as ideias e propostas de munícipes não jogam com os projectos da autarquia local, para esta área residencial da cidade.

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Março


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Balanço 2008

spectiva

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Ano 26

Julho

Agosto

Setembro

O tanque de aprendizagem da natação no Lavradio está pronto. A não concretização dos arranjos da área envolvente protelam “sine die” a entrada em funcionamento deste equipamento colectivo da freguesia e do concelho. Um braço de ferro entre o Ministério da Saúde e o poder local – Câmara e Assembleia Municipal, está instalado. O diferendo que irá persistir com contornos impensáveis, diz respeito à nomeação de um representante do município na Administração do Hospital, conforme a lei ainda vigente aliás estabelece para os Hospitais – Empresas Públicas. “Barracas abaixo” na Quinta da Mina, numa operação desencadeada para travar a ocupação ilegal do espaço público e prevenir situações de risco para a saúde pública na Cidade Sol. Quem edita e quem escreve no Boletim Municipal a constituir o retomar de uma velha polémica entre socialistas e comunistas enquanto poder e oposição na Câmara do Barreiro.

As máquinas rasgam a Avenida Alfredo da Silva, preparando-a para uma nova fase da vida dos barreirenses e do concelho, onde três grandes pólos vão fazer toda a diferença – Forum Barreiro/Av. Alfredo da Silva, Polis/ Santo André e Gare multimodal (actuais TCB)/Lavradio. A edilidade aponta as valências que quer ver no futuro mercado 1º de Maio, enquanto em Coina tarda em tornarse realidade o novo atravessamento da EN10.

12 minutos de atraso na apresentação de uma candidatura ao QREN, levaram a que imprensa local, regional e nacional viessem a colocar holofotes sobre o município barreirense, como num antes tinha acontecido. Milhares de palavras, ditas e escritas, incontáveis minutos televisivos, além de intermináveis horas de acesa discussão em torno de uma mera questão de critérios e sua aplicação, que se viria a saber, definidos mas assumidos de modo diferenciado por parte das várias CCDR e seus gestores no território que se chama Portugal. Onda de assaltos preocupa autarcas de freguesia.

Outubro

Novembro

Dezembro

As comemorações dos “100 anos da CUF, no Barreiro atingem o seu auge com um sessão solene evocativa da efeméride que contempla o lançamento de obras literárias além de colecção de selos evocativa do evento ao qual os CTT não quiseram deixar de se associar.

Forum Barreiro abre portas, constituindo o virar de uma página na vida social e económica na cidade que terá continuidade com o retomar de percursos e carreiras de autocarros e viaturas particulares à Avenida Alfredo da Silva cujas obras apesar de todos os contratempos viriam a ser realizadas num tempo recorde, impensável para muitos dos barreirenses. O debate público em torno da ponte Chelas – Barreiro une os barreirenses que dizem sim à TTT, acorrendo em massa, como à muito não se via, aos locais onde RAVE e APA expõem o projecto e antecipam implicações negativas e positivas para a cidade, a região e o país.

A electrificação da Linha do Sado traz ao Barreiro o Primeiro-ministro, Ministro e Secretária de Estado dos Transportes bem como vários outros titulares de cargos no actual Governo, naquele que seria um grande e primeiro teste à capacidade de mobilização dos socialistas barreirenses para as batalhas eleitorais que se avizinham. Dias depois e a propósito de desporto e movimento associativo o palco é o Clube Naval que acolhe vários membros do executivo de José Sócrates.

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Entrevista Ano 26

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

VB- Que balanço faz do ano de 2008 à frente do actual executivo? Num ano de enormes expectativas e desafios refira dois ou três exemplos do que possa ser considerado como ”vitórias” para o Barreiro e as populações locais ? Carlos Humberto Carvalho/ Presidente da CMB -Nas autarquias, como na vida política, o evoluir dos projectos, das perspectivas, dos nossos sonhos, das coisas concretas, não podem ser balizadas tão esquematicamente entre datas, mas creio que é evidente que o ano de 2008 e também os anteriores do actual mandato, têm sido globalmente positivos. Como tudo na vida, há coisas positivas, há coisas que tiveram uma evolução natural ou normal, outras menos positivas e algumas negativas. No entanto, repito, considero que 2008 foi um bom ano, na continuação dos anos anteriores do actual mandato. Não esqueço que a nossa vida colectiva tem sido marcada pela profunda crise económica que o Barreiro vem atravessando há cerca de duas décadas. Crise de desenvolvimento económico, de emprego, crise social, emocional e de confiança. A esta situação soma-se a crise nacional, e a actual crise financeira mundial. Muito embora, apesar do contexto das dificuldades referidas a nível nacional e mundial, começamos a ter perspectivas interessantes e positivas para o concelho nos próximos tempos. Trabalhamos todos os dias para que estas perspectivas positivas, se materializem e se concretizem. É o nosso dever, é a nossa obrigação! O Barreiro tem sido ultimamente, palco de algumas importantes vitórias, sendo talvez a mais importante, uma certa alteração, para melhor, das perspectivas de desenvolvimento global para o concelho, começando inclusivamente a população a acreditar nestas mesmas perspectivas O concelho viu em 2008, como corolário do que vem de trás, e com as medidas tomadas este mandato, alguns projectos darem importantes saltos qualitativos. (ver caixa pág. 9) VB- Quais as obras /projectos que mais gostaria de ter visto concretizadas em 2008 e não foi possível? Quais as principais razões desse “desaire”? Pres.CMB - Ao nível das obras/ projectos não houve propriamente desaires, porém, houve coisas que desejávamos andassem mais depressa: o Polis, o atravessamento provisório da Quimiparque, a Av. da Praia, o reforço de areias em Alburrica, a Escola Mendonça Furtado, entre outras. Há também assuntos que pela sua complexidade ainda não avançaram como gostaríamos: tudo o que tem a haver com a T.T.T., com o território da Quimiparque e o Pólo Ferroviário. Existem ainda alguns projectos de iniciativa privada que gostaríamos que avançassem mais depressa, mas que, por múltiplas razões ainda não avançaram ou não

Foto: D.R.

Contar com as disponibilidades, os s

deram passos determinantes em 2008 como a zona do antigo Campo do Barreirense; a Urbanização da Verderena; o Retail ParK em Coina; a Quinta das Canas, do Francisco Rodrigues e do Moinho em Santo André; a Quinta da Migalha em St. António; o Casal Barbeiro no Alto Seixalinho e algumas AUGIS´s, particularmente devido à complexidade das soluções para o saneamento e águas pluviais (junto ao Bairro Alfredo da Silva no Alto do Seixalinho). Por último gostaria de ter podido afirmar em 2008 que a Loja do Cidadão vinha para o Barreiro. Não tem sido um processo fácil. Continuamos a trabalhar nesse sentido. Não vamos desistir! VB- Diz-se do Presidente que deve ser uma pessoa em busca de consensos, no executivo municipal. Considera que essa sua tarefa tem sido dificultada ou facilitada? Como enquadra a participação de dois dos Verea-

dores no executivo, com pelouros atribuídos, sendo um eleito pelo PSD e outro ”Independente” vindo do PS. Podemos falar em “muleta” do PCP como força maioritária, no órgão autárquico a que preside? Pres.CMB - Há momentos para tudo na vida de um Presidente: para procurar consensos, para partir de pontos de vista distintos e por aproximações sucessivas chegar a um ponto de vista que seja de todos, para afirmar convicções e pontos de vista próprios. Tenho uma postura pessoal e politica que me leva a que, com relativa facilidade, abdique de posições próprias em beneficio da solução que melhor sirva as posições em presença, desde que isso não fira questões de principio, de legalidade, de ética e desde que as soluções a adoptar tenham como critério fundamental, em cada momento, servir os cidadãos e o concelho. A tarefa do Presidente nem

sempre é dificultada, nem sempre é facilitada. Tem que ser avaliada na base de situações concretas. Houve momentos em que senti que todos queríamos consensualizar, outros em que pelo contrário me pareceu não ser isso que se desejava. É assim. A vida pública tem destas coisas. Tenho a opinião que o concelho deve contar com as disponibilidades, os saberes e as sensibilidades de todos. Penso isso para o concelho. Penso isso relativamente a todos os eleitos da CMB. A legislação portuguesa, com a qual concordo, prevê que o órgão executivo - Câmara , tenha no seu seio eleitos de várias listas. Com certeza que é para terem tarefas executivas. Esta é a minha posição para o geral das situações. Todos sabemos que cada situação é uma situação. No início do mandato propus a todos os eleitos da Câmara funções e condições. Cinco aceitaram, os

restantes não aceitaram. E assim que temos que gerir o Município. O trabalho está a ser feito. Quem tem competência para o avaliar deve fazê-lo no momento oportuno. Na Câmara Municipal do Barreiro, não há muletas para além das que integram o nosso brasão! Há um acordo entre o Presidente e cinco dos oito Vereadores. Os cinco Vereadores que aceitaram trabalhar com o Presidente, votam e intervêm de acordo com a sua consciência, com a defesa dos interesses do Barreiro, com o entendimento do acordo que fizemos, das tarefas, funções e pelouros que lhes foram atribuídos. VB - O ano de 2009 traz a realização de vários actos eleitorais. Como vê a postura dos Vereadores e partidos da oposição neste ano e no concelho? Acredita num jogo limpo politicamente, com apresentação de propostas e projectos concretos e exequíveis para o concelho do Barreiro? Pres. CMB -Quando em 2005 aceitei ser candidato do PCP, da CDU, a Presidente da CMB, sabia que vencer as eleições era um objectivo muito difícil de alcançar, porém possível. Sabia que era necessário estar na campanha, nas eleições com uma postura de ética pessoal e politica, pondo os interesses do Barreiro e os projectos da força politica por quem era candidato, acima de tudo. Defini comigo próprio, que era possível fazer uma campanha pela positiva, com base em valores éticos, morais e políticos, investindo nas pessoas, no povo, nas instituições, não pervertendo o meu percurso de vida. Respeitando os princípios do meu partido, juntar todos os que desejassem construir um Barreiro melhor, não fazendo promessas pelas promessas, não prometendo o que soubesse que não tinha condições para concretizar, respeitando os meus adversários políticos. Foi com esta postura que vencemos as eleições. O que espero das outras forças políticas? Não espero nada! Não tenho que esperar nada das outras forças políticas. É do povo do Barreiro que espero e desejo, a opinião e clarividência. Na altura veremos o que cada um fará. Estou convicto que é possível ganhar eleições com uma postura de verdade, ética e que cada um assuma os seus pontos de vista. O que é necessário é que os interesses do concelho e dos cidadãos sejam defendidos. VB - O que podem esperar os Barreirenses, em 2009. Ano de eleições autárquicas que também é, será de apontar de investimentos/projectos da responsabilidade do município, em jeito de promessas qual projectar de mandato de continuidade? Pres. CMB - Um mandato é sempre a continuidade de outro mandato, como a anteceder o mandato seguinte. Em 2009 prossegue o que vem de trás e “deixará”


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Entrevista Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Ano 26

s saberes e sensibilidades de todos algo para em 2010 prossiga. Sempre foi assim, sempre assim será. Já referi algumas das coisas a que daremos continuidade, mas permita-me apenas acrescentar que, apesar das imensas dificuldades financeiras da autarquia a que se junta a crise económica e social do

país e do mundo e não sabemos como vai evoluir, face ao aumento do desemprego, guerra de Israel contra a Palestina entre muitos outros, temos que apostar nos cidadãos, nas pessoas, no ser humano, na sua formação, pelo que as camadas sociais mais frágeis e as

Foto: D.R.

Exemplo 1: A decisão de construção da Ponte Barreiro – Lisboa (TTT), com as funções rodo – ferroviárias sendo as perspectivas para a construção no concelho: Da Gare do Sul - importante estação multimodal (ferrovia, MST, rodovia); Das ligações ao Seixal por ponte rodoviária e o seu prolongamento por novas vias à Moita (ER 11-2 - Barreiro (IC21) / Moita (IC 32) e ao Seixal (ER 10 - Corroios / Seixal); Do prolongamento do IC21 até Sesimbra (Nó de Coina (A2) / Sesimbra; Da localização no Barreiro do PMO (Parque de Manutenção e Oficinas) da Alta Velocidade. A relocalização das actuais oficinas da EMEF (antiga CP) também no concelho; Do prolongamento do MST (Metro Sul do Tejo), ao Seixal e Barreiro até 2013. Continuamos ainda em conversações com o Governo, com a RAVE, (Rede de Alta Velocidade) e com as EP (Estradas de Portugal), algumas importantes vias rodoviárias internas para que tudo funcione em pleno e em rede quando da abertura da TTT em 2013 (como anunciado). É importante ganhar os cidadãos do concelho do Barreiro, para a necessidade de nos mantermos informados e atentos, pois como vimos recentemente, continuam a existir vozes a levantar-se contra a TTT com as funções rodo – ferroviárias. Ao nível das acessibilidades não podemos deixar de referenciar, também, como positiva a electrificação da linha do Sado até ao Barreiro (uma velha reivindicação das populações).

áreas sócio-culturais têm que nos merecer mais atenção. Temos, que intervir de forma mais significativa no nosso sistema de águas e saneamento. Em relação a promessas, o que o Presidente da Câmara tem a dizer já o fez nesta entrevista – tem feito

ao longo do mandato, e vai continuar a fazer no âmbito da sua intervenção como Presidente da Câmara até Outubro do corrente ano. Quanto ao próximo mandato, ficam uma imensidade (como sempre) de coisas por fazer. Ficam muitas coisas em andamento a que é

Exemplo 2. Todo o processo de desenvolvimento do território da Quimiparque, deve ser considerado como uma importante vitória do povo do Barreiro e da Câmara. Há muito que todos desejávamos que aquele território fosse posto ao serviço do desenvolvimento do concelho do Barreiro, da região (AML, Península de Setúbal) e do país. Várias tinham sido as tentativas de “desencravar” este processo sendo a de mais relevo, a desenvolvida pela Câmara Municipal, com o chamado MUDA - Modelo Urbano de Desenvolvimento Avançado, (no período do Presidente Pedro Canário) e o MasterPlan promovido pela Quimiparque (no período do Presidente Emídio Xavier). O nosso programa eleitoral continha ideias claras sobre esta questão: aquele território é, e será na primeira metade do século, o elemento essencial e mais marcante do futuro do Barreiro; que só seria possível desencadear este processo com o entendimento entre a Câmara e a Quimiparque e o envolvimento de outras entidades; aquele território deveria manter, no fundamental, uma vocação de desenvolvimento económico, emprego e de novas tecnologias; que a cidade e o seu centro deveriam crescer, alargar-se para ali; a sua extraordinária frente de rio deverá ser “aproveitada” em benefício da cidade e da sua população; o território da Quimiparque deverá deixar de estar murado, de estar fechado sobre si próprio, tem que se integrar na cidade. A TTT, com as funções rodo-ferroviárias, a Plataforma Logística do Poceirão, o Novo Aeroporto de Lisboa no Campo

B.I. Nome: Carlos Humberto Carvalho Estado Civil: Viúvo Residência: Barreiro

Íntimo Livro de cabeceira: Estou a ler a Rua do Ácido Sulfúrico. Marcou-me o Subterrâneo da Liberdade de Jorge Amado, os Esteiros de Soeiro Pereira Gomes e o Até Amanhã Camaradas de Álvaro Cunhal, A Oeste nada de novo, de Erich Maria Remarque e como ensaio o “Partido com paredes de vidro” também de Álvaro Cunhal, entre muitos muitos outros. Filme que mais o marcou: Easy Rider, 1900 do Bernardo Bertolucci Projecto por realizar: Ajudar a construir um mundo melhor e mais solidário. Férias de sonho: Gostaria de voltar à China, visitar a Índia e o Nepal, conhecer Cabo Verde e São Tomé, revisitar Moçambique, conhecer melhor a Europa.

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necessário dar continuidade e muitas outras por iniciar. O fundamental das promessas ficará para os partidos políticos e para os próximos candidatos. Aproveito a oportunidade para desejar a todos um bom ano de 2009!

de Tiro de Alcochete, potencializam ainda mais o desenvolvimento futuro deste território nas vertentes referidas. Exemplo 3 A intervenção sobre o Centro do Barreiro com vista a reforçá-lo, dinamizá-lo, alargá-lo é uma intervenção de extrema importância, porque um centro reforçado e dinâmico, pode ser uma ajuda, um contributo para o desenvolvimento do Barreiro. Havia, e em alguma medida ainda há, o perigo de o centro do Barreiro se deslocar para a zona do Fórum. A Câmara considera necessário que o centro não se desloque, porque da experiência que temos quando o centro do Barreiro se deslocou do Barreiro Velho, foi a sua desertificação, o aumento de problemas sociais e outros que é necessário prever e evitar. A estratégia é clara, requalificar e alargar o actual centro, mantendo o mercado na mesma localização, trazendo-lhe novas valências, se possível alargando o seu horário, trazendo-lhe mais dinamismo e actividade; construir uma grande praça ponto de encontro da população entre o Mercado 1º de Maio e o Parque Catarina Eufémia. Pedonalizar parcialmente e arborizar a Avenida Alfredo da Silva e posteriormente a Rua Miguel Bombarda; concluir o estudo de mobilidade para o Barreiro Centro (incluindo o Barreiro Velho).


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Voz Desportiva Ano 26

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Clube Naval com nova embarcação afinco, enorme dedicação e em parceria com outras entidades e empresas, para que tão breve quanto possível, o Clube possa contar igualmente com um Skiff ou seja, ir além das três embarcações de qualidade, entre 25 existentes hoje em dia, no Clube Naval Barreirense. «Talvez, quem sabe, daqui a onze meses possamos voltar a ter “embarcações no sapatinho” vaticina num misto de desejo e objectivo traçado. «Um bom exemplo de responsabilidade social» deste conjunto de oito empresas seria uma das referências feitas por Eduardo Cabrita. O secretário de Estado da Administração Local enalteceu não só «a ligação destas empresas ao mar e ao

“Centenário da CUF no Barreiro” assim se denomina a nova embarcação do Clube Naval Barreirense (CNB). De cor amarela, com 17,60 m de comprimento e 0,55 m de boca, este “shell de 8” com timoneiro, modelo C86, encomendado ao estaleiro da Empacher, na Alemanha, foi construído à medida da equipa de remo do CNB, para um peso médio de 85 kg dos seus remadores, usando materiais muito leves e resistentes e uma técnica de construção inovadora (túnel de vácuo). A sua designação fica a dever-se, em primeiro lugar, ao facto de se assinalar este ano, os “100 da Companhia União Fabril”, no Barreiro. E depois, pelo apoio dado pelo grupo Mello, entre um conjunto de outras empresas, «à concretização deste sonho de várias gerações» começa por referir Carlos Assunção. Para o presidente da direcção do Clube Naval Barreirense, trata-se de «um barco de selecção e, exemplar único em todo este território a sul de Caminha e que todo o remador gostaria de partilhar». Ter um barco desta categoria e características, «era aliás, nosso objectivo» destaca o presidente do CNB que chegou a ter «uma embarcação semelhante, que se

partiu, mas já foi nos anos oitenta» recorda Carlos Assunção. Diz-se que “o homem sonha… e a obra nasce!” E assim aconteceu com o precioso apoio de oito empresas, ligadas ao Barreiro, ligadas ao Tejo, que desde a primeira hora estiveram com o Clube Naval e com este velho anseio e por isso são os “padrinhos” da nova embarcação. A CUF-SGPS, Grupo José de Mello, Sovena, Fisipe, Lisnave, Agroquisa, Efacec e AP, ficam associadas a cada um dos lugares no barco, conforme indicam os logótipos das empresas, colocados nas pás dos remos, qual imagem de marca deste shell de 8 com timoneiro, que se vai fazer ao mar. É, sem margem para dúvidas um novo e importante alento para o CNB e seus remadores, poder dispor desta nova embarcação, além de constituir um marco na história, rica, do Clube Naval Barreirense.

«Sonhadores, sempre» confirma o presidente do CNB mas, «sobretudo muito realistas pelo que o próximo passo deva ser «o crescimento exponencial do número de atletas a envergar o emblema do Clube Naval, juntando-se às cinco de dezenas de dedicados remadores, em todos os escalões etários, prestigiando com as suas marcas, o CNB, o remo nacional e o Barreiro», de grandes tradições aliás, no domínio das actividades desportivas de mar. «Oito atletas, no mínimo, em cada escalão» surge como meta a curto e médio prazo» antecipa Carlos Assunção. O dirigente do CNB traz à conversa o episódio de «empréstimo de um Skiff ao CNB, para que uma sua atleta, não só pudesse classificar-se, como participar no último mundial feminino de remo e nesta categoria. Carlos Assunção reitera o compromisso de «trabalhar com

Barreiro como «a preocupação das mesmas para com a comunidade, onde se inserem, dando respostas a necessidades das estruturas e instituições associativas como aconteceu agora com o CNB, uma das mais antigas e prestigiadas formas de associativismo barreirense». Na mesma linha também Laurentino Dias manifestou o desejo de que «gestos como este se repitam, frutifiquem, envolvendo outras empresas e estruturas associativas locais» e quiçá possamos voltar a esta sala para dar conta do bom uso desta embarcação, bem como o enriquecimento do património do CNB com novos barcos» conclui o secretário de Estado do Desporto.

Foto: D.R.

Foto: D.R.

Carlos A. Carvalho

lho. O Xadrez continua na “mó de cima”, como é costume dizer-se, felizmente! Porque o Xadrez desenvolve a mente além de ser uma excelente

Sérgio Rocha nasceu em Alhos Vedros e vive hoje no Barreiro, começou a jogar xadrez em 1984 com 12 anos no G.D. da Quimigal, tendo ganho o 1º dos seus títulos no ano seguinte. Os seus principais resultados foram a conquista de medalhas de prata e bronze nos campeonatos mundiais de jovens em 1993 e 1995. Conquistou o título de mestre internacional de xadrez em 1996. Por agora continua a jogar, é director técnico do plano de desenvolvimento de xadrez do Barreiro e treinador de jovens em Portugal.

forma (entre várias) dos jovens ocuparem os seus tempos livres. A comprovar a (re)descoberta persistente e contínua do Xadrez está, precisamente, a recente edição de duas novas obras sobre a modalidade que atrai muitos dos jovens barrreirenses. A tarefa nem é fácil com tantos Foto: D.R.

oferecidos como prémios em todos os torneios escolares e do PDX. Nem só de Futebol ou basquetebol, se vai fazendo esta cidade e conceFoto: D.R.

O Plano de Desenvolvimento do Xadrez (PDX) e o Clube de Xadrez do Barreiro lançaram recentemente dois livros sobre a modalidade, que serão

Foto: D.R.

Xadrez “ganha” novos títulos Peões” Sérgio Rocha, Director Técnico (DT) do Plano de Desenvolvimento do Xadrez (PDX) e António Fróis co-autor (com Sérgio Rocha) de “Técnicas e Estratégias de Xadrez”. PDX do Barreiro

outros atractivos e apelos de “nada fazer” nos tempos, ditos livres mas ainda assim o plano de desenvolvimento da modalidade lá vai dando frutos, graças às mãos de mestres (ou sobretudo, muita cabecinha). Bem hajam por isso os autores de “Cadernos de Xadrez – Finais de

A experiência do Barreiro e o desenvolvimento da modalidade levou Sérgio Rocha, a Mérida onde num encontro transfronteiriço, apresentou em conferência, perante uma plateia composta por elementos ligados à modalidade do país vizinho – os moldes do funcionamento do PDX, área à qual prometemos voltar numa das edições próximas.


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Património Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Ano 26

Terra de viveiros e marinhas, que se estendiam desde a Barra-a-Barra até à Quinta dos Lóios, o Lavradio prestou homenagem ao salineiro. Quis o destino que o vandalismo tivesse ditado a retirada da estátua de uma das entradas da freguesia e, aparentemente, levasse de vencida aquela memória dos lavradienses.

Foto: Arquivo

Regresso do Salineiro “adiado”

Milene Aguilar “O Salineiro” brindou durante anos a entrada no Lavradio pela rua Miguel Bombarda, ali, bem perto da sede da Junta de Freguesia, mas actos de vandalismo incapacitaram a estátua de cera acrílica que já não voltou ao local. O salineiro vandalizado ainda foi alvo de uma recuperação, mas novo atentado pôs termo às intenções de permanência no local. Houve que pensar e repensar soluções para um símbolo das suas gentes. «O arranjo foi feito com a melhor das intenções, mas, infelizmente, fragilizou-o ainda mais, acabou por se fragilizar a estrutura, que teve que ser esvaziada interiormente para que os ferros que, entretanto, foram colocados, pudessem sustentar o elemento escultórico», reporta o presidente da Junta de Freguesia do Lavradio, Adolfo Lopo. Mais frágil, a estátua acabou por ser alvo de um novo acto de vandalismo. «Acabou por ser mais fácil deitá-la abaixo e, o que é pior, sem recuperação», regista. Hoje, garante à V.B. que o salineiro «está bem guardado, para o que der e vier», o que equivale a dizer, à espera de uma oportunidade para ser recupePublicidade

rado, reforçado e, possivelmente, relocalizado na freguesia. «Tínhamos pensado numa localização algures em frente à praceta dos Lusíadas, naquele recanto junto à vala, porque era ali a zona das marinhas». Equacionada esta mudança de local, autarquia e autor da obra estudaram a recuperação da estátua num outro material, uma liga metálica. «Chegámos a acordo com uma empresa de metalurgia na Moita e, entretanto, acabámos por não o concretizar porque a empresa faliu», recua o autarca a mais esta vicissitude que ditou o adiamento do regresso do salineiro, que se depara, entretanto, com um contexto de uma hipotética transformação urbanística da freguesia. «Com a questão da ponte [terceira travessia do Tejo], vamos ver como é que tudo isto vai ficar», diz Adolfo Lopo, à

espera da decisão final do corredor da terceira travessia Chelas-Barreiro que pode transformar, precisamente, a zona da praceta dos Lusíadas, outrora zona de salinas, hoje área habitacional. «Eram ali as marinhas e fazia todo o sentido que fosse esta a localização da estátua, aliás, teria sido essa a primeira indicação para a localização, antes de ser colocada no outro local», revela. Mas para ser fiel àquele primeiro desígnio, a recuperação daquele símbolo da freguesia permanece em suspenso, encontrando-se também dependente da pertinência da sua recuperação. «Assumimos que, neste momento, não é prioridade, porque a Junta de Freguesia não está em condições financeiras de poder avançar com despesas dessa natureza», arroga o presidente da Junta, que salvaguarda que «havia pessoas que

estavam disponíveis para se constituírem enquanto comissão, para angariarem apoios da população e de algumas empresas». De acordo com o autarca, «este é um processo que deverá ser retomado, mas não neste mandato, assumidamente». Adolfo Lopo salvaguarda que a retoma do processo pode ser feita «por quem vier no próximo mandato, se assim o entender», num outro contexto de decisão, mesmo porque a nova localização terá de ter em conta o traçado da ponte ChelasBarreiro. «Ainda brinquei nas salinas» “O Salineiro” nasceu de um concurso promovido pela Artes fera e com ele avivaram-se memórias, para alguns, ainda recentes. «Toda a orla que vai desde a rotunda do Álvaro Velho à Barra-a-Barra eram salinas. Eu

ainda brinquei nas salinas. Já não me lembro das salinas a trabalharem do lado de cá da rua dos Resistentes Anti-fascistas, mas onde está a praceta dos Lusíadas, onde está o parque de estacionamento, todo esse casario eram salinas. Eu fui aí buscar barro para fazer trabalhos escolares em Setúbal. Há 40 a 45 anos ainda funcionavam». Adolfo Lopo viu as salinas partirem de uma terra brindada por uma frente de praias fluviais entrecortadas por sapais e salgados, onde se desenvolveram viveiros e marinhas e a produção de sal. Pólo das marinhas do concelho, a última marinha a manter-se em funcionamento foi a da Misericórdia, até ao início dos anos 70. As salinas da rua 6 de Janeiro foram aterradas em 1973, dando origem à praceta dos Lusíadas – onde a autarquia deseja ver a estátua – e à avenida das Nacionalizações.


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Iniciativas Ano 26

Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

A “VB” retoma após a quadra muito especial acabada de viver, a pré-publicação em EXCLUSIVO do futuro livro de Armando Teixeira que será dado ao prelo, segundo tudo aponta durante este ano. A obra cujo título “Barreiro, Roteiro das Memórias da Resistência, do Trabalho e da Luta” é não mais que um retrato da vida quotidiana de muito sofrimento, de dura e longa luta pelos direitos dos Corticeiros, dos Metalúrgicos, dos Ferroviários e dos Operários da Companhia União Fabril, tratados sempre numa óptica paternalista por Alfredo da Silva. Os tempos e as gentes hoje são outras mas nunca será demais relembrar episódios de luta e vida de trabalho de todos quantos fizeram esta terra e país que hoje somos. Qual, merecida homenagem se dá conta, nestas páginas da história da CUF e do Barreiro com bem mais que os 100 anos de uma efeméride que em 2008 teve várias iniciativas comemorativas onde algo se disse e escreveu deixando ainda tanta coisa por dizer… E se “VB” puder contribuir modestamente para esse revelar do muito que está por descobrir, já terá cumprido … o seu papel.

«Barreiro, Roteiro das Memórias da Resistência, do Trabalho e da Luta» Amigo dos Operários, inimigo dos Sindicatos Desde os primórdios das grandes fábricas da CUF no Barreiro, registase a dualidade exploração/paternalismo. O trabalho é duro e muito mal pago, mas constroem-se, logo em 1910, as primeiras casas para os operários (alguns!...). A política irá ser sempre de baixos salários ao longo dos tempos mas constroem-

se: balneários, lavadouros, a escola primária, a despensa… A acção do patrão providencial assume a maior contradição quando se procura incutir o espírito paternalista do “bom patrão” e, simultaneamente, se recusa a Lei das 8 horas de trabalho diário, uma Lei da República.

A primeira grande luta dos trabalhadores da CUF, em 1910, é uma paralisação de solidariedade com os corticeiros e descarregadores em greve. Trata-se da primeira grande acção grevista de carácter reivindicativo no Barreiro. As mulheres que muito cedo são chamadas ao mercado de trabalho,

A Associação de Classe dos Operários da CUF O movimento associativo sindical estava há muito arreigado no Barreiro, com a Associação de Classe dos Corticeiros, 1893, dos Metalúrgicos (1904), depois do pessoal dos Caminhos de Ferro em 1914, dos Descarregadores de Mar e Terra no ano de 1911. Na Companhia União Fabril também havia entusiastas, gente influenciada pelo radicalismo anarco-sindicalista, mas o ambiente nas fábricas era austero e opressivo, sob a vigilância da chefia directa, boçal e sob o manto paternalista do “bom patrão” e explorador. Quando a luta pelas 8 hortas de trabalho diário (uma Lei da República) foi desencadeada com entusiasmo pelos trabalhadores da Companhia, em Julho de 1919, a Associação de Classe dos Operários da CUF, criada em Abril desse ano, era ainda muito fraca sobrando em voluntarismo o que faltava em

organização. Mas a tremenda repressão patronal com o enceramento dos portões – “lock-out” e a invasão e cargas policiais e da Guarda Nacional Republicana, (fazendo mortos, dezenas de feridos), centenas de despedimentos à “posteriori” acabou por dar à justa luta uma dimensão inesperada com paralisação durante mais de 40 dias. Dizia posteriormente o relatório da administração de Alfredo da Silva, à época «a indisciplina políticosocial consecutiva ao termo da conflagração europeia é causa de nova greve nas fábricas do Barreiro. Esta greve foi obra do sindicalismo e, ficaram restritas aquelas fábricas». Sindicatos não havia, a Associação era recente e fraca, a “revanche” patronal o grande amigo dos operários não foi por ódio aos sindicatos, foi sim por ódio aos trabalhadores em luta!

LEITURAS

LIVRO (INFANTIL) Guidinha no Pinhal de LEIRIA Esta é a Guidinha, uma adorável menina que vai levarte a viver mil aventuras nos sítios mais extraordinários de Portugal. Ao acompanhá-la, vais aprender muitas coisas interessantes sobre a História, a Geografia e as lendas de Portugal. Depois de uma aventura nas terras encantadas da Trofa, a Guidinha leva-te, agora, a conhecer os segredos do Pinhal de Leiria. É uma história emocionante, onde vais descobrir personagens misteriosas, um unicórnio falante e muito, muito mais... Inclui CD áudio com músicas e histórias do livro. Ficha Técnica Título: Guidinha no Pinhal de Leiria Autora: Sofia Pereira Ilustradora: Cláudia Rocha Colecção: Literatura Infantil Editora: Nova Gaia Formato: 26 X 26,5 Páginas: 32 PVP: 11,90€

LIVRO (NÃO FICÇÃO) JAMES DEAN fez carreira no BOMBARRAL «James Dean fez carreira no Bombarral» conta a história de um adolescente típico de uma pequena vila rural, onde nada acontece, no Portugal dos anos 60, que

tem uma particular adoração por James Dean, o seu ícone, cujo aspecto tenta imitar: cabelo com poupa penteada para trás, jeans, botas bicudas. Este livro relata a aventura de um adolescente numa narrativa que reflecte uma época vivida em Portugal: a guerra, a pobreza, os primeiros ecos da revolução cultural que se faz sentir no mundo, as limitações à liberdade impostas por um regime, mas também a vontade de mudar, de seguir um sonho. Ficha Técnica Título: James Dean fez carreira no Bombarral Autor: Vítor Cunha Morais Colecção: Cadernos a Preto e Branco Editora: Caderno Formato: 15,5x23,5 Páginas: 240 PVP: 14€

Passatempo: Duas interessantes e ilustradas histórias que nos chegam neste inicio de 2009, esperando –se que seja de boas leituras. E para que assim aconteça, bastará responder a outras tantas questões … e mais uma para qualquer destas obras ser tua! As respostas devem ser enviadas via e-mail para voz.barreiro@sado2000.pt. Agradecemos que nos deixe os seus dados para entrarmos em contacto. 1-Em que distrito se situam Leiria e o Bombarral 2-Onde têm lugar as aventuras da Guidinha? 3-Como se pode caracterizar o país na época em que o protagonista fez carreira?

Foto: Arquivo

por Armando Teixeira

na indústria química talvez, logo em 1910., quando a CUF compra os teares da fabrica Aliança para fazer sacaria para os adubos, são ainda mais mal pagas que os homens! Mas dentro de algum tempo terão a creche, o Infantário, o posto médico… Quando rebenta a grande luta em 1919, com a paralisação das fábricas do Barreiro, pela aplicação da Lei das 8 horas, a Associação de

Classe dos Operários da CUF, era ainda muito recente e muito fraquinha, devido às pressões internas do patronato. Não foi por ódio aos sindicatos que foi desencadeada uma feroz repressão a mando do patrão, que decretou também o “lock-out” e que veio a originar 2 mortos, dezenas de feridos e centenas de despedimentos. Foi por ódio aos trabalhadores em luta!

Poupe nos Combustíveis CONCELHO DO BARREIRO Esso Barreiro Actualizado a 2 de Janeiro de 2009 às 23:51 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.059 €1.139 €0.930 Desconto de 5 cêntimos ao sábado. 2% de desconto para sócios do Grupo Desportivo Fabril. Socrabine (EN10) Actualizado a 5 de Janeiro de 2009 às 10:50 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €0.989 €1.054 €0.869 Desconto a partir de 5 cêntimos para o público em geral (já incluído no preço) e de 11 cêntimos para sócios. BP Sete Portais Actualizado a 2 de Janeiro de 2009 às 18:45 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.089 €1.479 €0.959 Aceita talões Lidl/BP (desconto 6c/L. 1 talão p/ cada multiplo de 20L) Repsol - Verderena Actualizado a 20 de Agosto de 2008 às 11:56 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.408 €1.628 €1.323 Aceita talões de desconto do DIA/Minipreço. Desconto de 1 euro em 20 litros de combustivel. Galp Lavradio Actualizado a 26 de Dezembro de 2008 às 09:40 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.149 €1.289 €0.989 Repsol Vila Chã(EM510) Actualizado a 2 de Janeiro de 2009 às 23:47 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.079 €1.219 €0.948 Aceita talões de desconto do DIA/Minipreço. Desconto de 1 euro em 20 litros de combustível. 5 cêntimos de desconto por litro aos Fim de Semana no Gasóleo e Gasolina normal. Petras (EM510) Actualizado a 2 de Janeiro de 2009 às 23:49 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.019 €1.094 €0.889 Cepsa Palhais Actualizado a 5 de Janeiro de 2009 às 11:32 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.294 €1.433 €0.939 Desconto de 5 cêntimos aos fins de semana.


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Moita é Notícia Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Voz do Barreiro

Juventude prepara a sua Quinzena A juventude dos concelhos da Moita e do Barreiro é neste inicio de ano, desafiada pelos respectivos municipios a organizar-se e apresentar projectos, em diferentes áreas que vão desde a fotografia, ao vídeo, passando pela escrita ou a musica sendo o ponto alto da mostra destas capacidades o mês de Março próximo no quadro da quinzena dos jovens e por eles concretizada. Ideias não vão faltar e certamente muitos serão os que vão agarrar esta oprtunidade de dar conta do que de melhor sabem fazer. Música, Vídeo, Fotografia e outros Projectos

Juventude desafiada a inovar A Quinzena da Juventude 2009, que irá decorrer de 13 a 29 de Março, está já em marcha, com a Câmara do Barreiro a desafiar os jovens a participarem na iniciativa, de forma arrojada e inovadora. “Cria o Teu Projecto” é o motor da 15Ena da Juventude que se avizinha e propostas dos jovens do Concelho, não vão certamente, faltar e nas mais diferentes vertentes. O prazo limite de entrega é 17 de Janeiro de 2009, no Espaço J. Um concurso de Vídeo e outro

de Fotografia constituem outra das componentes fortes do programa da 15Ena da Juventude, estando as normas destes concursos abertos à participação de jovens com idades entre os 14 e os 35 anos disponíveis no Espaço J. A entrega de trabalhos

termina, sublinhe-se a 6 de Fevereiro de 2009. Mas novidade das novidades desta 15ena é mesmo o “DECK – Mostra de Bandas do Barreiro”, que tem por objectivo reunir bandas com, pelo menos, um elemento que resida no Concelho e mostrar o que se faz por cá no panorama musical. Para o efeito devem os interessados entregar uma maqueta, até ao dia 24 de Janeiro, no Espaço J. Os vencedores dos concursos serão revelados, obviamente, durante o mês de Março. Esclarecimentos adicionais e outras informações deverão ser solicitadas no Gabinete da Juventude, no Espaço J – Rua Dr. António José de Almeida, nº 69, 2830 Barreiro – , ou na Internet em http:// www.cm-barreiro.pt e http:// espaco-j.blogspot.com.

Por cá ainda vamos ter...

DESPORTO 24 DE JANEIRO 21:00 HORAS CERIMÓNIA DE ENTREGA DOS MÉRITOS CULTURAIS E DESPORTIVOS DO CONCELHO DA MOITA E PRÉMIOS DE ÉPOCA DO ATLETISMOITA

Fórum Cultural José Manuel Figueiredo – Baixa da Banheira Os Méritos Culturais e Desportivos revestem-se de especial importância para a Câmara Municipal que, anualmente, reconhece publicamente os feitos culturais de todo o movimento associativo, bem como o trabalho desenvolvido pelos atletas do concelho nas mais variadas modalidades, sendo esta também uma forma de valorizá-los e de incentivá-los na sua actividade desportiva. Nesta

cerimónia, vão também ser entregues os prémios do AtletisMoita – Torneio em Atletismo das Colectividades do Concelho da Moita, referentes à época desportiva 2007/2008. Está, desde já, convidado a assistir a esta cerimónia pública de homenagem e reconhecimento.

MÚSICA 31 DE JANEIRO 22:00 HORAS "SOLO" – ANTÓNIO PINHO VARGAS Fórum Cultural José Manuel Figueiredo – Baixa da Banheira 25 anos depois da edição do 1º álbum de originais, António Pinho Vargas regravou as suas obras para piano solo e vai estar na Baixa da Banheira. António Pinho Vargas uma

referência absoluta da composição erudita contemporânea nacional é conhecido do público principalmente como o pianista de jazz, enquanto autor de temas de êxito como Tom Waits ou Dança dos Pássaros.Um espectáculo que não vai querer perder!

EXPOSIÇÕES "O SALINEIRO, O MARÍTIMO E O CONSTRUTOR NAVAL – PROFISSÕES TRADICIONAIS DO CONCELHO DA MOITA"

(Até 31 de Maio de 2009) no Moinho de Maré - Alhos Vedros Horário de visitas: sábados e domingos, das 14:00h às 19:00h Visitas guiadas através de marcação – T: 210817010 Entrada livre

“Apresenta o teu Projecto”

Astronomia por tema Assim se designa a iniciativa que a Câmara Municipal da Moita está a desenvolver e que culminará com a realização da Quinzena da Juventude. Dirigido aos jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos, que residam ou estudem no concelho da Moita o desafio que vai já na sexta edição é “Apresenta o Teu Projecto”. Apoiar e estimular a participação e intervenção dos jovens, a título individual, através de grupos informais, associações de estudantes ou outras estruturas juvenis é o principal objectivo desta iniciativa que envolve a música, o desporto, cinema, moda, teatro, fotografia, dança, artes, ambiente e saúde, algumas das áreas que podem inspirar os jovens do concelho a apresentar um projecto, este ano

subordinado ao tema: “Astronomia”. As propostas de iniciativas a promover durante a Quinzena da Juventude, devem ser endereçadas por carta, fax ou e-mail dirigido ao: Gabinete da Juventude, Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça – Moita Rua Dr. Alexandre Sequeira 2860 Moita Email: juventude@cm-moita.pt

Poupe nos Combustíveis CONCELHO DA MOITA BP Gest 24 - Moita (EN11) Actualizado a 7 de Janeiro de 2009 às 17:08 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.069 €1.209 €0.949 Desconto de 75 centimos nos abastecimentos superiores a 15 litros. Olprim - Soc.Comb.Lubrif., Lda (EN.11-Km 22,65) Actualizado a 25 de Novembro de 2008 às 17:18

Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.209 €1.349 €1.129 Aceita os talões VICE-VERSA do Modelo/Continente Total - Barra Cheia (EM1020) Actualizado a 10 de Dezembro de 2008 às 21:48 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.517 €1.525 €1.019 Total Chão Duro (EN11) Actualizado a 4 de Junho de 2008 às 22:05 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.508 Desconto de 6 cêntimos no acto de pagamento Esso Alhos Vedros (EN11) Actualizado a 10 de Dezembro de 2008 às 22:32 Gasolina 95 Gasolina 98 Gasóleo €1.101 €1.558 €1.408

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Moita é Notícia

Voz do Barreiro Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

nhadas as águas residuais da população da Moita. Obras inerentes à criação da maior ETAR do Sistema da SIMARSUL a incidir especialmente nas freguesias de Alhos Vedros, Foto: D.R.

Uma verdadeira “revolução” vai acontecer no concelho da Moita, no âmbito da construção dos Sistemas de Drenagem e Elevatórios do Subsistema do Barreiro/Moita, na Moita, um investimento da Simarsul, de cerca de 7 milhões de euros e um prazo de execução de 540 dias, contados a partir deste mês de Janeiro de 2009. A empreitada respeita às infra-estruturas de saneamento (emissários e condutas elevatórias) que irão permitir que as águas residuais do Concelho da Moita sejam encaminhadas para tratamento na maior Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR do Barreiro/Moita) do Sistema Multimunicipal da SIMARSUL, actualmente em construção no território do Quimiparque, contribuindo para o tratamento de efluentes correspondentes a 290.000 habitantes equivalentes. Ao todo são seis frentes de obra, a desenvolver-se entre Janeiro de 2009 e Junho de 2010, para construção de qualquer coisa como 10,3 km de emissários e 9 estações elevatórias, para onde são encami-

Foto: D.R.

Obras da ETAR provocam “constrangimentos”

Baixa da Banheira, Gaio/Rosário, Moita e Vale da Amoreira, provocando incómodos e constrangimentos na circulação rodoviária, que quer a Simarsul quer a Câmara Municipal da Moita querem antecipar e daí a realização de um conjunto de sessões com as populações locais (ver Caixa). A empreitada contempla a construção de Emissários e condutas numa extensão de 10,3 Km (6,3 EM + 4,0 CE) em 3 diferentes frentes: Frente 1: Condutas Elevatórias Moita 1, Vale de Grou e Vinha das Pedras

Emissários de Vale de Grou 1e2 Frente 2: Conduta Elevatória do Gaio Emissários do Gaio, Chãoduro/Gaio e Santo António Frente 3: Condutas Elevatórias Quintinha e Pinhal das Formas Norte Emissários da Quintinha, Brejos da Moita e Pinhal das Formas, bem como 9 Estações Elevatórias, sendo que 5 serão novas + 4 Remodelações, num processo a desenvolver igualmente em 3 frentes: Frente 1: EE Vinha das Pedras e EE4

Frente 2: EE Moita 1, Quintinha e Pinhal das Formas Norte Frente 3: (Remodelações): EE Vale do Grou, Lagoa da Pega, Gaio e Rosário «Os transtornos causados nesta fase de obra serão largamente compensados pelos benefícios ambientais associados, já que se trata de contribuir para a despoluição da bacia do Rio Tejo, melhorando as condições sanitárias e a qualidade de vida da população local» ressalva fonte da Simarsul.

Câmara e Simarsul apresentam obra

Carlos A. Carvalho

«Trata-se de uma obra de crucial importância para o nosso concelho e também para o Barreiro, onde no Quimiparque está já em curso a construção da ETAR-Barreiro/ Moita. Há muitos anos que esta era uma obra desejada mas factores vários, o seu financiamento comunitário por exemplo, só agora permitem que ela avance e, como diz o povo "mais vale tarde que nun-

ca" afirma Carlos Santos. O vereador com as áreas do Ambiente e Salubridade Urbana no executivo da Moita esclarece que «a sua importância, dimensão e duração no tempo, cerca de ano e meio, justificam que se dê a conhecer o projecto, os seus benefícios futuros, quer do ponto de vista ambiental quer ainda para a melhoria da qualidade de vida das populações locais». E a empreitada que «vai permitir criar um sistema de emissários e de estações

elevatórias dando resposta às necessidades presentes e vindouras das populações dos concelhos da Moita e do Barreiro, no quadro da ETAR em construção, tem obviamente enormes e diversas implicações, será geradora de constrangimentos no quotidiano quer dos munícipes quer das empresas do concelho», ao nível da mobilidade dos cidadãos, da circulação dos transportes públicos, do estacionamento, também ao nível da realização das próprias festas

de Alhos Vedros e da Baixa da Banheira. «Daí esta serie de sessões com as populações locais, com intuito de partilhar as dificuldades e encontrar em conjunto as melhores soluções que minimizem os impactos destas obras que agora começam e vão terminar em 2010» aponta o autarca. «Aprofundar o debate, analisar situações mais delicadas, recolher opiniões, antecipar soluções é um processo contínuo, tendo por palco algumas

áreas e localidades mais antigas ou sensíveis de Alhos Vedros nomeadamente, pelo que outras acções do género vão ter lugar em outros momentos

do calendário da obra. Sempre com o apoio técnico imprescindível da Simarsul» avança desde já, o vereador da Câmara Municipal da Moita.

AS SESSÕES de esclarecimento à população tiveram inicio na quarta e quinta-feiras passadas nas Freguesias do Gaio/Rosário e da Moita e vão prosseguir nos dias 13 e 15 de Janeiro, às 21:00h na Freguesia da Baixa da Banheira, tendo por palco "O Norte" – Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Zona Norte da Baixa da Banheira e Moinho de Maré na Freguesia de Alhos Vedros, respectivamente.


Moita é Notícia Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

15 Voz do Barreiro

Carlos A. Carvalho Cerca de três dezenas de estabelecimentos de restauração e bebidas do concelho da Moita, aceitaram o desafio lançado e aderiram ao RB+ Programa de Requalificação e Modernização da Restauração e Bebidas do Concelho da Moita. «Trata-se de uma iniciativa inovadora, provavelmente ímpar no País, através da qual se pretende, através de diferentes acções, qualificar o serviço prestado e melhorar a imagem dos diferentes estabelecimentos junto do consumidor final» explica Rui Garcia. O vice-presidente do executivo moitense adianta que «do primeiro ano de trabalho conjunto entre a Câmara da Moita, os empresários deste sector - Restauração e Bebidas, as entidades parceiras, nomeadamente, da área da formação, qualificada e certificada, bem se pode dizer que o balanço é extremamente positivo, já que se atingiram os objectivos propostos». Ao longo do ano que recentemente terminou foram realizadas seis acções contando com a participação 28 empresas do sector além de um número superior a 120 formandos. A

formação em Higiene e Segurança Alimentar, Higiene e Segurança no Trabalho marcaram o início deste programa que viria a ter continuidade através da formação em “Gestão e Direcção”, “Atendimento/preparação do serviço de mesa”, “noções básicas de cozinha”, “confecção de sobremesas” e “pastelaria”. Importante seria ainda a auditoria técnica de aconselhamento realizada por um grupo de trabalho, constituído pela Câmara Municipal/Serviço de Saúde Pública/ Autoridade de Saúde do Concelho da Moita e do Centro de Formação Profissional para o sector Alimentar (CEPSA). «Sem a preciosa colaboração de entidades parceiras» (CECOA- Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins, associação de Restauração e Similares de Portugal, Instituto de Emprego e Formação Profissional/Centro de Formação Profissional do Seixal), «dos seus técnicos, que se deslocaram ao concelho da Moita, não seria possível assegurar um acesso fácil e económico dos formandos, às várias acções formativas concretizadas» vinca o autarca. «Um êxito» reafirma o número dois no executivo municipal. E tanto

Foto: D.R.

Face ao êxito Câmara reedita programa RB+

assim é que o município da Moita decidiu reeditar o programa em 2009, estando já definido um calendário de acções de formação, com temáticas diversas e para as quais está aberto o período de inscrições. «Vamos procurar envolver ainda mais empresas/ empresários e aumentar o número de formandos e acções de formação», perseguindo o lema do projecto

“Saber mais, para servir melhor” aponta o vice-presidente da Câmara Municipal da Moita. Rui Garcia revela ainda que no quadro do RB+ está em estudo a realização durante 2009, de acções de marketing, que permitam evidenciar o esforço de formação bem como a melhoria da qualidade do serviço prestado e de imagem deste conjunto

de estabelecimentos aderentes ao projecto. «Será o contributo da autarquia, mais um, para impulsionar o sector, muito particular da restauração e bebidas e a sua sustentabilidade no nosso concelho» realça o autarca. Formação escolar e profissional ministrada por entidades especializadas e certificadas, formação e frequência gratuita de seminários e conferências, divulgação dos estabelecimentos em brochuras, na página da CMM na internet, representação do município em eventos de promoção turística, visitas técnicas de diagnóstico e de aconselhamento e acesso privilegiado ao programa Selecção da ARESP, constituem algumas das vantagens para os estabelecimentos de Restauração e Bebidas, aderentes a este programa. «Através do RB+ estamos a contribuir para uma melhoria significativa deste sector, com grande importância no comércio local, por conseguinte uma melhoria da prestação do serviço prestado quer aos munícipes, mas também a todos quantos procuram e visitam a Moita, o concelho, ao longo do ano» conclui o autarca.

Carlos A. Carvalho Os utentes da linha do Alentejo querem que o comboio regional inicie a sua marcha no terminal ferroviário do Barreiro. Os autarcas concordam com a medida até porque viria contemplar os muitos alentejanos sem outro tipo de transportes e que fazem viagens frequentes “à terra”. Longe vão os tempos em que alentejanos e algarvios rumavam à Moita e ao Barreiro onde lhes estaria assegurado trabalho na Companhia União Fabril, nas corticeiras e outras unidades industriais da região. A realidade mudou e por cá ficaram com suas famílias, sendo frequentes agora as idas ao fim-de-semana, por um ou dois dias, às terras de origem, com intuito de matar saudades ou de visita a amigos e parentes. Ora são precisamente estes, maioritariamente homens e mulheres os mais Publicidade

Foto: D.R.

Comboio “Regional” a sair do Barreiro

frequentes utilizadores dos comboios do Alentejo e dos Algarves” que «desejamos sejam melhor servidos» diz Américo Leal, da Comissão de Utentes da linha do Sado. Com a electrificação completa da “Linha do Sado” o comboio Regional que actualmente funciona entre Pinhal Novo e Faro, «faz todo o sentido que passe a ter início e fim da sua marcha no Barreiro». Uma larga maioria dos utentes que se deslocam para o sul do país através do

comboio Regional, fazem-no acompanhados de volumes. «A partida e chegada ao Barreiro virá facilitar-lhes a deslocação sendo além disso um convite ao aumento do número de utentes, ao contrário do que acontece actualmente ao terem de se deslocar a Pinhal Novo, obrigando-os a mudar de comboio, com os visíveis inconvenientes do transporte de volumes e crianças, por vezes» acrescenta o rosto dos utentes da ferrovia.

«Estamos a referir-nos aos comboios 3701 e 3703 que actualmente têm a sua partida de Pinhal Novo, respectivamente às 7h03 e 17h03 horas, e aos comboios 3700 e 3702 que partem de Faro às 5h50 e 15h28» esclarece Américo Leal. «Tudo faremos para que esta nossa pretensão venha a ser realidade» assegura Américo Leal da Comissão de Utentes da Linha do Sado. Um primeiro passo foi dar conta desta nossa ideia à Administração da CP através de oficio, seguindo-se, agora uma série de contactos com entidades, autarquias, grupos e comissões parlamentares na assembleia da Republica para que este movimento ganhe força e sobretudo apoio por parte das centenas ou milhares de filhos do Alentejo e Algarve que «consideramos devem ser melhor servidos, ao deixar de fazer transbordos, à chuva ou frio, com interregno de horas, por vezes,

no Pinhal Novo quando o podem fazer em estações e apeadeiros, nas proximidades de sua residência» argumenta o porta-voz da comissão de utentes dos comboios na “linha do Sado”. De há muito que os utentes provenientes das estações e apeadeiros do troço ferroviário entre Barreiro/Pinhal Novo manifestam o grande interesse nesta alteração que a electrificação da linha pode e deve contribuir, para que seja implementada. Uma situação bem aceite aliás, por fontes das freguesias nos concelhos da Moita e Barreiro contactadas pela VB. Em declarações breves já que é um assunto para as Câmaras Municipais «garantem estar ao lado das populações, em tudo quanto seja para melhorar a acessibilidade aos transportes públicos, sejam eles rodo ou ferroviários», como é caso. O presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira considera mesmo «ter sido

um erro deixar de ter os comboios regionais do Alentejo e do Algarve, a servir as populações do eixo Pinhal Novo/ Barreiro e, em particular o nosso concelho, que é de alentejanos. São pessoas idosas, sem qualquer outro meio de transporte e que frequentemente voltam à terra de suas origens». Apoiam por isso, esta pretensão dos utentes dos caminhos-deferro, manifesta Fernando Carrasco Valente. «Certos de que o interesse dos utentes utilizadores do Regional para o Alentejo e Algarve vai ao encontro do objectivo de, há muito expresso pela CP “de servir as pessoas”, e de que a ligeira alteração quanto ao ponto de partida que vos expomos tudo indica vir a ser uma fonte de aumento de interesse na sua utilização, esperamos, a Vossa aceitação» lê-se na missiva enviada à administração da empresa pela comissão de utentes.


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