ESPORTIVOCENTRO EDUCAÇÃOEINCENTIVO LAZEREESPORTEPELO GOIÁSDEFEDERALUNIVERSIDADE BAUERRODRIGUESMOREIRAFELIPE
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INCENTIVOGOIÂNIAURBANISMO2022EEDUCAÇÃOPELOESPORTEELAZER 2
ESPORTIVOCENTRO
Trabalho de Conclusão de Curso como parte das exigências do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Artes Visuais - Universidade Federal de Goiás - orientado pelo Prof. Dr. Bráu lio Vinícius Ferreira.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS ARQUITETURA E
RESUMO
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Este trabalho utiliza como base a visão que traz o uso do esporte e do lazer como mecanismos educacionais e de integração social. A partir disso, busca-se fazer uma aná lise da cidade de Goiânia, entendendo suas peculiaridades e sua complexidade quanto à infraestrutura esportiva, para a escolha de um local para uma intervenção urbanística e arquitetônica com uma tipologia soltada a essa lógica: o Centro Esportivo. Na segunda parte do exercício, há o de senvolvimento do projeto deste Equipamento arquitetônico e urbanístico. Trazendo aná lises baseadas na vivência do local, em fato res físicos e meteorológicos, em estudos de similares e na experiência com a Arquitetura, é possível obter pontos principais para a confecção de um projeto no terreno. As experimentações e alterações projetuais levam a um resultado nal coerente com o contex to local e as vivências arquitetônicas do autor.As etapas de trabalho aqui detalhadas são parte das exigências das disciplinas de Seminário de Projeto e Trabalho de Conclu são de Curso (TCC), pelo curso de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Federal de Goiás (UFG).
AGRADECIMENTOS
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Por m, Agradeço, especialmente, ao professor Dr. Bráulio Vinícius Ferreira pela ajuda imensurável e orientação neste processo de nalização de curso.
Gostaria de agradecer também ao corpo docente do curso de Arquitetura e Ur banismo pela excelente qualidade de ensino durante minha formação acadêmica.
Gostaria de agradecer inicialmente a meus pais, pelo empenho em educar seus lhos com o melhor acesso possível à escola e à universidade, além de seu apoio incondicional. À meu irmão, meus amigos e minha família no geral, agradeço pela admiração, pela companhia e pelo suporte de sempre e à minha namorada, especialmente, por me ajudar tanto nessa reta nal. Agradeço a Deus por ter pessoas tão iluminadas no meu caminho e pelas oportunidades que sempre tive.
1. TEMA pg 9 2. JUSTIFICATIVA pg 10 3. METODOLOGIA pg 19 2.1 esporte e seus benefícios pg 10 3.1 análise da legislação pg 20 3.2 análise da cidade pg 25 2.2 esporte e a cidade pg 13 SUMÁRIO 5
4. ESCOLHA DO LOCAL pg43 5. ESTUDOS DO LOCAL pg55 6. ESTUDOS DE SIMILARESpg85 6.1 ginásio lycée blaise pascal pg 85 6.2 academia unileão pg 99 SUMÁRIO 6
7. PROJETO pg 109 7.1 público alvo pg 109 7.2 primeiras especulações pg 113 7.3 programa e uxograma pg 115 7.4 processo de desenvolvimento pg 119 SUMÁRIO 7
8. FINALIZAÇÃO pg 129 9. CONCLUSÃO pg 191 10. BIBLIOGRAFIA pg 193 SUMÁRIO 8
Intervenção arquitetônica e urbanística por meio do projeto de um Centro Esportivo inserido na malha urbana da cidade de Goiâ nia, em contexto de fragilidade social e de carência na infraestrutura das áreas de lazer, esporte e educação. Dada essa conjuntura, o objetivo do trabalho é promover o desenho de uma edi cação que consiga promover uma melhoria na qualidade de vida da região de inserção, trazendo também um processo de inclusão social para a população local e fomentando a educação ao se focar no esporte escolar e infantil, porém abrindo espaço para a população em geral, de ma neira meticulosa e aliada a programas de educação esportiva.
1.TEMA
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2.12.JUSTIFICATIVAosbenefíciosdoesporte 10
Há benefícios fundamentais trazidos pela prática esportiva e pelo lazer na vida humana. Aspectos como a melhoria da saúde e da qualidade de vida do indivíduo praticante são facilmente observados e uma questão siológica já veri cada. Além disso, pode-se apontar também os ganhos em habilidades sociais, coletivismo, amizades e so lidariedade (VIANNA E LOVISOLO, 2011), im portantes para a convivência em sociedade. O esporte e o lazer são também muito utilizados como formas de inclusão social, principalmente em áreas de fragilidade social. Essas ferramentas de integração são aplicadas principalmente através da educa ção de crianças e jovens em atividades lúdicas esportivas ou que emulam o esporte, com regras personalizadas para reduzir o ca
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gura 2 - convivência pelo esporte fonte: TRIBUNADONORTE.COM.BR, 2019
gura 1 - UNESCO fonte: ONU, [s.d.]
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ráter competitivo da prática. Segundo Vianna e Lovisolo (2011), os estudos de Elias e Dunning (1992) na área concluem que a competitividade controlada gerada pela ati vidade esportiva ajuda a reduzir os impactos da violência.ACarta Internacional da Educação Física e do Esporte, publicada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Edu cação, Ciência e Cultura), em 1978, já garan tia o esporte e a educação esportiva como direitos fundamentais e ressalta como essas atividades são de suma importância para os grupos sociais mais necessitados de atenção governamental. Todas as outras instâncias legislativas do contexto goianiense, desde a Constituição Federal de 1988, passando pelas instâncias Estaduais, chegando até a Lei Orgânica e o Plano Diretor do município de Goiânia também trazem o desporto e o lazer como direitos intrínsecos de todo cida dão e a rmam que é dever dos órgãos públi cos fornecerem as condições e meios necessários para que haja sua consumação. Há também, nessas legislações, pontos que tratam sobre a inclusão trazida pelo esporte e o lazer, dando bases para uma melhor inserção de grupos minoritários, como pessoas com de ciências, por exemplo. (BRASIL, 1988; GOI NIA, 1990; GOI NIA, 2022; GOIÁS, 1989; UNESCO, 1978)
2.2 o esporte e a cidade
A relação da prática esportiva e do lazer com a cidade e a malha urbana é então de fundamental importância para o fornecimento deste serviço essencial à população. Equipamentos como quadras públicas, praças e parques caminháveis com aparelhos de ginástica, quadras públicas e particu lares, estádios, centros de excelência etc são os principais meios para que um indivíduo se estimule ao esporte. A partir desta premissa, é possível então perceber que há no Brasil uma grande de ciência nessa área de infraestrutura. Estudos do IBGE, em 2016, a r mam que apenas 27,3% dos municípios pos suíam escolas da rede municipal com campo, quadra, piscina ou pista de atletismo em suas instalações (IBGE, 2017). A cidade de Goiânia ainda apresenta uma grande gama de áreas verdes em parques e praças com ca minhabilidade e conta com equipamentos de ginástica, administrada pela prefeitura e também grandes equipamentos esportivos sob a mão do Estado. O maior problema ob servado pelo estudo que será explicado na parte de metodologia (3) é uma grande mo
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gura 3 - convivência pelo esporte fonte: Acervo Atlética Pintada, 2019
Outro ponto importante para análise da situação são as intervenções anteriores com o mesmo caráter pretendido pelo projeto. Pode-se buscar alguns casos mais próximos como o do Circo Laheto, um projeto social que atende crianças em regiões periféricas no Jardim Goiás e no Jardim Novo Mundo, oferecendo aulas de atividades circenses e teatro, tendo como alvo direto 150 crianças e mais de 9000 pessoas afetadas indiretamen te, segundo informações do próprio circo. Outras experiências são relatadas por Vianna e Lovisolo (2011), que coletaram dados sobre projetos de integração social por meio do esporte em favelas do Rio de Janeiro, entrevistando os professores de tais progra mas. Segundo eles, o esporte é um importante meio de convivência e geração de habilidades sociais, mas observaram uma grande taxa de evasão nos primeiros anos de
nopolização destes serviços na parte central da cidade, em setores como o Central e Sul e bairros com uma população com mais poder econômico, como o Setor Bueno e o Setor Marista, deixando as zonas periféricas, e principalmente as regiões Oeste, Norte e No roeste com uma grande de ciência em rela ção a esse tipo de infraestrutura.
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aulas do projeto. Cruzando esses dados com as opiniões dos professores, percebeu-se que pouco era levada em conta as crenças e cultura locais em relação ao esporte, sendo este uma forma de ascensão social e econômica para a população da área e do Brasil em geral. (VIANNA E LOVISOLO, 2011)
É necessário então que se implemente as ações sociais pelo esporte com infraestru tura adequada subsidiada por pesquisas que evidenciem a necessidade dos usuários, buscando aliar as atividades lúdicas e socializa doras do esporte com a parte competitiva que pode ajudar a manter o interesse dos participantes. Como os estudos de Stigger (2007) sobre a atividade esportiva e de lazer demonstram, a discussão gerada nos anos 80 sobre a utilidade do esporte na educação é elucidada ao se trazer novas regras e dinâ micas para as práticas, sendo estas mais lúdicas, fugindo da reprodução capitalista apon tada por Bracht (2005) existente principal mente no esporte de alta performance. Levando em conta todo este contexto, é pertinente o estudo da cidade de Goiânia para a implementação de um Centro Esportivo com caráter sócio-educativo em uma de terminada região de fragilidade social. A
17 gura 4 - esporte e cidade fonte: FORTALEZA.CE.GOV.BR, 2016
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inserção deste equipamento seguiria um planejamento macro, pautado nos estudos da cidade e das regiões mais carentes deste tipo de uso, buscando também uma forma de possibilitar programas e o ensino do es porte de maneira ponderada e aprofundada, evitando assim a evasão. A metodologia para escolha do lugar e para confecção do projeto será detalhada no próximo tópico.
A metodologia utilizada para a confecção do projeto se dividiu entre: a pesquisa da legislação (A), buscando um estudo das leis e acordos relativos à área do esporte e do lazer em todas as esferas possíveis, facilitando o processo de ltragem de fatores necessários para a escolha do lugar e reforçando o processo de justi cativa do projeto; o estudo da cidade (B), ponderando diversos fatores para a escolha do lugar; o estudo do local (C) escolhido, analisando quantitativamente e qualitativamente a população local e o terre no, para a confecção de um bom projeto arquitetônico; o estudo de similares (D), bus cando casos para o enriquecimento do repertório projetual; e por m a confecção do projeto arquitetônico (E) em si, seguindo os passos tradicionais in uenciados pela Ar quitetura Modernista, trazendo etapas de partido arquitetônico, anteprojeto, projeto básico e projeto executivo.
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3.MÉTODO
A metodologia utilizada para a confecção do projeto dividiu-se entre: a pesquisa da legislação (3.1), buscando um estudo das leis e acordos relativos à área do esporte e do lazer em todas as esferas possíveis, facilitan do o processo de ltragem de fatores necessários para a escolha do lugar e reforçando o processo de justi cativa do projeto; o estudo da cidade (3.2), ponderando diversos fatores para a escolha do lugar; o estudo do local es colhido (5), analisando quantitativamente e qualitativamente a população local e o terreno, para a confecção de um bom projeto arquitetônico; o estudo de similares (6), bus cando casos para o enriquecimento do repertório projetual; e por m a confecção do projeto arquitetônico (7) em si, seguindo os passos tradicionais in uenciados pela Arquitetura Modernista, trazendo etapas de partido arquitetônico, anteprojeto, projeto básico e projeto executivo.
Em um âmbito mais geral da pesquisa legislativa da área, pode-se dizer que há muitos pontos em comum nas diferentes instâncias, trazendo diretrizes mais gerais sobre a importância do esporte como direito fundamental e os deveres dos órgãos públi cos na garantia deste.
Na esfera Federal, pode-se veri car normas similares já nas considerações iniciais e no artigo 217 da Constituição Federal de 1988. Há um apontamento novamente do direito ao acesso ao desporto e lazer e dos deveres do Governo Federal e das admi nistrações das Unidades Federativas. Nota
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3.1 análise da legislação
A primeira recomendação o cial com respeito ao esporte foi feita pela Carta Inter nacional da Educação Física e do Esporte da UNESCO, como mencionado anteriormente. Esta Carta traz diretrizes gerais apontando para o direito intrínseco do esporte e do lazer para a vida humana, reitera seus benefí cios e aponta deveres genéricos em relação aos governos das soberanias nacionais. (UNESCO, 1978)
Estadual há a Constituição do Estado de Goiás, que, na sua generalida de, aponta para a inclusão e o incentivo do esporte na Unidade Federativa, passando pela manutenção de grandes equipamentos e chegando a uma especi cidade maior na Lei Complementar Ordinária n° 12.820 de 1995, que traz deveres especí cos para diversas entidades, até mesmo particulares, do esporte. Esta lei aborda ainda assuntos de importância como a inclusão feminina pelo esporte, diferencia as práticas entre modalidades amadoras/inclusivas e pro ssionais, além de reiterar, em seu capítulo IX, sobre o papel curricular educacional do ensino do esporte. Há ainda a instituição do Conselho Estadual do Desporto e do Lazer (CEDEL) e seus deveres. (GOIÁS, 1989; GOIÁS, 1995)
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-se ainda, a recente Lei de Incentivo ao Es porte (11.438/06) que promove parcerias entre a iniciativa privada e o poder público, através de incentivos scais para patrocínio de equipes e atletas de alto desempenho, não se aplicando à área educacional do campo esportivo. (BRASIL, 2006; BRA SIL,1988)Noâmbito
A lei Estadual apresenta também diver sas emendas esparsas abrangendo até mesmo os e-sports e instituindo a Lei PRO-
ESPORTE, que tem uma lógica similar à Lei de Incentivo federal, com incentivos scais para empresas privadas investirem em equipes ou atletas pro ssionais. (GOIÁS, 2003)
Na esfera municipal, observa-se uma maior especi cidade na Lei Orgânica do Mu nicípio de Goiânia, abordando em seu artigo 263 a relação entre saúde e esporte. A lei aponta os deveres do município de manu tenção e construção de áreas livres praças e reitera sobre a importância da convivência em comunidade gerada pelo lazer. Há abor dagens defendendo a integração e a acessi bilidade, além de haver a diferenciação entre o desporto de ponta e o amador. (GOIÂNIA, 1990)Existe
ainda, em uma perspectiva mais vaga, porém abrangente, o Plano Diretor recém aprovado da cidade de Goiânia. Há capítulos fora da área do lazer que tangem o assunto, como pontos em mobilidade, muito reiterados, para que se possibilite um deslo camento seguro e rápido e uma boa caminhabilidade aos cidadãos. A parte de desen volvimento humano e econômico aponta áreas de instabilidade e fragilidade social, para expansões de programas de inclusão e densi cação. No capítulo reservado ao es porte e o lazer, a parte que mais se destaca é
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a previsão de uma ampliação dos equipa mentos de forma descentralizada, incluindo quadras poliesportivas comunitárias, par ques e praças. Essa ampliação está intima mente ligada à priorização das áreas de fragilidade e essa informação será de extrema importância para o projeto. (GOIÂNIA, 2022)
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Reunindo essa gama de informações, é possível concluir alguns pontos de relevân cia para o projeto pretendido: é importante saber que o direito ao esporte e ao lazer é assegurado por praticamente todas as instân cias da legislação, garantindo os meios ne cessários para a prática; a manutenção e expansão descentralizada dos equipamentos arquitetônicos e urbanos de esporte, dando prioridade às áreas mais necessitadas de infraestrutura, deve ser um ponto importan te para a pesquisa; Por m, a concepção projetual deve levar em conta métodos de aces sibilidade e mobilidade, buscando também programas bem moldados para um excelente aprendizado esportivo. (MAGALHÃES, 2021)
gura 5 - constituição federal fonte: JORNAL.USP.BR, 2018
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1 - equipamentos
fonte base: MAPBOX.COM, 2022
legenda:autódromo
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internacional ayrton senna e parque marcos veiga jardim 1
programas especiais da prefeitura
mapa esportivos goiânia
grandes parques / praças caminháveis
estádio olímpico pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2
estádio serra dourada e goiânia arenagrandes
1 3 2 0km N 2,5km 5km 3.2 análise da cidade 26
internacional ayrton senna e parque marcos veiga jardim 1
estádio serra dourada e goiânia arenagrandes
parques / praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes parques / praças caminháveis
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estádio olímpico pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2
legenda:autódromo
programas especiais da prefeitura
O passo seguinte para o projeto é uma análise cuidadosa e detalhada de aspectos especí cos que podem ser fatores determinan tes na escolha do local de intervenção Esses fatores são, de uma maneira geral, excludentes, ou seja, serão procurados os locais com a maior carência de equipamentos similares. Os princí pios a serem levados em conta inicialmente são a pré-existência de equipamentos de esporte na cidade de Goiânia. Foram levantados os grandes aparatos do governo estadual, como o Estádio Serra Dourada e o Centro de Excelência do Esporte (outros incluem o Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, o Ginásio Goiânia Arena, o Autódromo Internacional Ayrton Senna e o Parque Marcos Veiga Jardim), além de praças e parques com áreas caminháveis e apetrechos para atividades físicas listados pela Prefeitura de Goiânia. São esses últimos: o Bosque dos Buritis, a Praça Cívica, a Praça Tamandaré, o Lago das Rosas, o Parque Areião, o Parque Vaca Brava, o Parque Macambira Anicuns, entre outros locais de in uência de vizi nhança e de bairro. Outros pontos de interesse são os locais de atendimento do programa “Es porte nos Bairros”, lançado pela Prefeitura em 2021, por meio da Secretaria Municipal dos Esportes (SMESP), que informou oferecer aulas de diversas modalidades, como ginástica fun cional, natação, esportes coletivos e paradesportos para jovens, adultos e idosos em 9 locais diferentes, como a Associação dos Surdos, a Praça da Juventude, o Centro Esportivo Guana bara etc.
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/ praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes
ayrton
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estádio olímpico pedro
especiais da prefeitura 29 mapa 2 - equipamentos esportivos goiânia - raios de inf. fonte base: MAPBOX.COM, 2022
e
marcos veiga jardim 1
internacional senna parque
parques parques
ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2
legenda:raio de in uência - nível bairro programa especial prefeitura
raio de in uência - nível bairro parques / praças caminháveis
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legenda:raio
Para entender o signi cado dessas pré -existências, foram gra cados os raios de in u ência dessas localidades, com base nas exigências do Plano Diretor de Goiânia para a in uência de equipamentos esportivos, com 2000 metros de raio para praças e parques do bairro, 2400 metros para grandes equipamentos esportivos, 600 metros para praças da vizinhança e as praças da cidade tendo uma in uência direta ou indireta para a malha urbana como um todo. As praças e parques mais centraliza dos, como nos setores Central, Bueno e Sul, foram listados como in uentes para a cidade como um todo, assim como o Parque Macambi ra Anicuns, pela sua extensão e localização estratégica para entornos da cidade como o Município de Aparecida de Goiânia. O restante dos pontos foi analisado pela sua extensão e presença de infraestrutura. Por exemplo, o Parque Cascavel, na Região Sudoeste da capi tal, possui um tamanho físico e uma estrutura e caminhabilidade maiores que o Parque Munici pal Fonte Nova, na Região Norte. Logo este último recebe um raio de in uência de praça da vizinhança, enquanto o primeiro recebe o raio de praça do bairro, assim como os pontos do programa “Esporte nos Bairros”, por sua infraes trutura apoiada pela SMESP e por sua capacida de de atendimento, com média de 8 horários diferentes de atividades por local do programa, tendo 1967 matrículas em julho de 2021 e tendo a previsão de chegar a até 6556 em sua capacidade total.
de in uência - nível bairro programa especial prefeitura
e
legenda:autódromo
ayrton
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serra dourada e goiânia arenagrandes parques / praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes parques / praças caminháveis programas especiais da prefeitura 33
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marcos veiga jardim 1
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pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2
Com esses dados visuais iniciais, já é possível perceber que há um apontamento de direção para as regiões de carência em relação à infraestrutura de esporte e lazer. Observa-se também uma centralidade dos locais destinados à prática esportiva, à caminhabilidade e ao lazer. As regiões centrais possuem uma maior e mais completa e va riada infraestrutura na área e, talvez pela localização desses setores mais urbanizados estar mais ao Sul e ao Leste no mapa da cidade, as regiões que parecem ter uma falta de infraestrutura adequada são as Regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste.
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mapa 3 - zonas especiais de interesse social fonte base: MAPBOX.COM, 2022 fonte dados: GOIÂNIA, 2022
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Essas informações foram cruzadas com o mapeamento das Zonas Especiais de Inte resse Social do Plano Diretor, que consistem em áreas que possuem uma ocupação por uma população com uma maior fragilidade econômica e social (GOI NIA, 2022). Os resultados levam à mesma direção observada an teriormente: apesar da grande disponibilidade de aparelhos urbanos para a prática de esporte e lazer, há uma grande concentração dos mesmos nas áreas mais centrais da cidade, deixando as zonas mais periféricas com uma menor inclusão. Percebe-se também que algumas zonas que apresentam maior número destes equipamentos são áreas com menor número de ZEIS e um maior poderio econômico.
legenda:autódromo
olímpico pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2 estádio serra dourada e goiânia arenagrandes parques / praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes parques / praças caminháveis programas especiais da prefeitura 39 mapa 4 - zonas de idh fonte base: MAPBOX.COM, 2022 fonte dados: IMB, 2015
internacional ayrton senna e parque marcos veiga jardim 1
estádio
legenda:zonas especiais de interesse social (novo plano diretor)
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teixeira e centro de excelência do esporte 2
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Utilizando dados do Instituto Mauro Borges sobre as zonas de índice de Desen volvimento Humano (IDH) da cidade de Goiânia (IMB, 2015), coletados em 2010, nota-se que as zonas de menor IDH coincidem com as áreas apuradas com maior de ciência na infraestrutura esportiva, especialmente nas Regiões Noroeste, Sudoeste e Oeste da cidade. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDH é um índice resultante do bem estar da população, medido pelo acesso à renda, educação e saúde (PNUD, s.d.). Logo, um menor índice de IDH, geralmente signi ca uma maior di culdade ao acesso a esses fatores e serviços. Por consequência, essas são as áreas que terão maior enfoque para a procura de um local para a intervenção arquitetônica do trabalho.
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LOCALLOCAL1 2 legenda:autódromo internacional ayrton senna e parque marcos veiga jardim 1 estádio olímpico pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2 estádio serra dourada e goiânia arenagrandes parques / praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes parques / praças caminháveis programas especiais da prefeitura 3.ESCOLHA 43 mapa 5 - análise geral fonte base: MAPBOX.COM, 2022 fonte dados: IMB, 2015; GOIÂNIA, 2022
DO LOCAL 44
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legenda:zonas especiais de interesse social (novo plano diretor)
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LOCALLOCAL1 2 legenda:autódromo internacional ayrton senna e parque marcos veiga jardim 1 estádio olímpico pedro ludovico teixeira e centro de excelência do esporte 2 estádio serra dourada e goiânia arenagrandes parques / praças caminháveis de in uência para toda cidade 3 grandes parques / praças caminháveis programas especiais da prefeitura 45
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Unindo essas informações, foi possível focar a busca por um local de intervenção a alguns fatores principais: as áreas de busca devem se focar nas Regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste, devido a sua carência de equipamentos do tipo do projeto, especialmente nos locais mais afastados do centro urbano da cidade, situados nas periferias mais distantes dos serviços públicos básicos e que se encontram próximos a Zonas Especiais de Interesse Social e preferencialmente em zonas de média de IDH mais baixas, devido às consequências desses fatos explicadas an teriormente. Além disso, é importante que o local de escolha esteja em um terreno amplo e próximo a algum equipamento de educa ção pública, para que se possa haver uma alta adesão e para que se possa aliar as ativi dades educacionais tradicionais à educação trazida pelo esporte e pelo lazer. Seguindo esses preceitos, a procura por um terreno propício foi ltrada para dois locais em especí co: um terreno no Residencial Buena Vista IV, próximo à Escola Munici pal Residencial Buena Vista IV e outro locali zado no Conjunto Vera Cruz, próximo ao Colégio Estadual Solon Amaral. Ambos os terre nos atendiam as características pretendidas pelos estudos da cidade anteriormente realizados.
200m vistaresidencialescola N 47
escola residencialmunicipalbuenaIV 48 mapa 6 - local 1 fonte base: MAPS.GOOGLE, 2022
200m
residencialescola
N
O primeiro possível local, como dito anteriormente, é um terreno no Residencial Buena Vista IV, próximo à Escola Municipal Residencial Buena Vista IV, entre as ruas Canápolis, Ernesto Teodoro de Morais e Pouso Alegre, com aproximadamente 9690 m². Como pode-se observar pelos mapas anteriores, este local se encontra a uma distância considerável da região central da cidade, está em uma região das Zonas Especiais de Interesse Social e nas Zonas com o menor IDH.
Apesar de ser um local que atende aos critérios dos estudos, uma análise em recor te da região do terreno mostrou que a opção no Vera Cruz seria mais interessante para o seguimento do projeto. O Residencial Buena Vista, no geral, possui uma baixa densidade populacional. Em 2013, tinha densidade aproximada de 969,66 habitantes por quilô metro quadrado (GOI NIA, 2013), que comparada com a projeção para Goiânia em 2021 (2134,38 hab / m², segundo dados do IBGE cidades) é muito baixa, mesmo sendo uma região periférica. Esse fator pode afetar a adesão ao programa da edi cação. Outro fator foi a observação do terreno e seu entorno, que mostrou a pouca variabilidade dos usos do solo, contando com muitas habita ções e poucos comércios.
50
escola residencialmunicipalbuena
200m 51
colégio estadual solon amaral 52 mapa 7 - local 2 fonte base: MAPS.GOOGLE, 2022
200m
54
Já na segunda opção é o terreno no Conjunto Vera Cruz, próximo ao Colégio Es tadual Solon Amaral, entre a Avenida Argentina Monteiro e as ruas das quadras habitacionais do setor, como a Rua VC-76, com aproximadamente 12974 m². O local, assim como o anterior, está situado a uma grande distância do centro urbano da cidade, en contra-se em uma região das ZEIS e está em uma zona próxima da área de baixo IDH da cidade. Além disso, o conjunto possui uma densidade demográ ca bem elevada, comparado ao terreno anterior, com 3692,72 ha bitantes por quilômetro quadrado (GOI NIA, 2013), o que facilitaria a adesão ao programa pela população. O setor, pelas suas caracte rísticas de concepção, como será explicado nos próximos tópicos, possui uma qualidade de completude por si mesmo: mesmo estan do afastado da cidade, há variados usos para as quadras e uma setorização entre comércio, habitação e serviços. Essas característi cas e qualidades do setor, apesar de sua ca rência em equipamentos de esporte e lazer públicos de boa infraestrutura, favorecem a inserção de um projeto do tipo na região.
colégio estadual solon amaral
O Conjunto Vera Cruz, bairro da região Oeste de Goiânia, localiza-se aproximada mente no quilômetro 5 da rodovia GO-060, na saída para Trindade. O conjunto surgiu na década de 1980 (teve o início de sua constru ção mais precisamente em 1981), em um contexto de expansão da malha urbana da capital goianiense, principalmente para as regiões a oeste. A construção foi realizada pela extinta COHAB (Companhia de Habita ção de Goiás), in uenciada pelos estudos da IPLAN (Instituto de Planejamento Municipal) e trouxe conceitos de projeto urbano muito interessantes, com a criação de unidades de vizinhança. (LUCAS, 2016)
4.ESTUDOS DO LOCAL
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Essas unidades são pautadas em fatores como a distribuição de áreas verdes, a setori zação dos usos do solo e a separação entre as áreas de habitação e as áreas comerciais, gerando uma maior tranquilidade na região imediata das moradias através do uso inclusive de ruas em “u”, e aumentando a movi mentação nas principais avenidas do setor. Essas características são evidenciadas pelo texto de Edinardo Lucas, que realizou um estudo das experiências de empreendimen tos habitacionais de Goiânia e destrinchou as características dos conjuntos habitacio
Em visitas ao terreno, é realmente possí vel perceber esta sensação de vizinhança. As avenidas principais, especialmente a Aveni da Gercina Borges Teixeira, que liga o bairro à rodovia GO-060, são bastante movimentadas, com muitos comércios e estabelecimen tos religiosos, enquanto as áreas predomi nantemente habitacionais são bem mais tranquilas, porém não são completamente paradas, dando uma sensação de segurança, uma preocupação do setor. Nos primeiros anos da década de 2010, o conjunto gurou nas primeiras posições do ranking geral de homicídios da região Oeste da capital, de acordo com o relatório de análise criminal estratégica para o indicador de criminalida de da Secretaria de Segurança Pública de Goiás em 2013. Apesar disso, essa con gura ção em núcleos de vizinhança ajuda a gerar uma sensação de proteção comunitária e a movimentar áreas que poderiam se mostrar perigosas.
56
[...] Cabe destacar que, no período 1964–86, a COHAB e o BNH, sob in uência dos estu dos do IPLAN e INDUR, valorizaram projetos que tinham como características a organiza ção do espaço do bairro através de um siste ma de áreas públicas (verdes e de equipa mentos), criando unidades pequenas de vizinhança ligadas por uma centralidade de bairro. Além disso, o trânsito pesado era separado da área das habitações, dando tranquilidade e segurança. [...] (LUCAS, 2016)
nais tais como o Vera Cruz.
1km0 N 57
8 -
mapa conjunto vera cruz fonte base: SEPLAN,
58
[s.d.]
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gura 6 - mapa de uso do solo conjunto fonte: LUCAS, 2016
60
O mapa de setorização do bairro mostra claramente essa divisão de usos. A Avenida Gercina Borges Teixeira caracteriza um eixo comercial, onde se permeiam também duas grandes áreas verdes da região. Outras avenidas adjacentes e transversais à esta princi pal também possuem sua vocação mais co mercial e institucional e são consideradas vias coletoras. Já entre essas avenidas, há pouco comércio, com uma vocação mais ha bitacional, com as ruas menores e mais tranquilas (vias locais) e com áreas verdes per meando estas quadras.
vazios (quadras / vias)
61
(ocupação do solo)
legenda:cheios
1km0 N 62 mapa 9 - cheios e vazios fonte base: SEPLAN, [s.d.]
legenda:cheios
(ocupação do solo)
vazios (quadras / vias)
Observando o mapa de cheios e vazios da região, é possível perceber que a ocupa ção das quadras é alta, principalmente nos miolos dos núcleos de vizinhança, onde predominam habitações. Isso é contraposto pelos lotes onde há a construção dos edifí cios habitacionais da COHAB, que tem uma maior verticalidade, como será visto poste riormente. Nas margens das avenidas há uma redução dessa ocupação, com os comércios tendo maiores respiros e as áreas municipais destinadas a usos institucionais sendo pouco ocupadas. No geral, percebe-se que, a Noroeste, há uma maior presença de lotes e quadras desocupadas, estando fora do projeto inicial do Conjunto Vera Cruz.
1km0 N
64
O restante das vias são consideradas vias locais
MonteiroArgentinaAv. Av. Gercina Borges Teixeira Av. Noel Rosa Av. Noel Rosa MonteiroArgentinaAv.
legenda:vias coletoras
Dados segundo o novo Plano Diretor de Goiânia
65
Av.ViníciusdeMorais
Av.GercinaBorgesTeixeira
BulhõesdeLeopoldoAv.
Av. Noel Rosa 1km0 N 66 mapa 10 - vias fonte base: SEPLAN, [s.d.]
TeixeiraBorgesGercinaAv.
Av. Frei Confallone Av. Frei Confallone
TeixeiraBorgesGercinaAv.
Av.ViníciusdeMorais
BulhõesdeLeopoldoAv.
legenda:vias coletoras
O restante das vias são consideradas vias locais
Av. Gercina Borges Teixeira Av. Noel Rosa
Dados segundo o novo Plano Diretor de Goiânia
TeixeiraBorgesGercinaAv. BulhõesdeLeopoldoAv. BulhõesdeLeopoldoAv. TeixeiraBorgesGercinaAv. Av.GercinaBorgesTeixeira Av. Frei Confallone Av. Frei Confallone Av.ViníciusdeMorais Av.ViníciusdeMorais Av. Noel Rosa 1km0 N
A hierarquia das vias no setor é muito bem de nida. Como dito anteriormente, a Avenida Gercina Borges Teixeira conecta o bairro à rodovia GO-060 (via expressa de se gunda categoria, segundo o Plano Diretor da cidade). Esta e outras avenidas destacadas no mapa são consideradas vias coletoras pelo Plano Diretor. O restante das vias são consideradas vias locais, in uenciando quase que exclusivamente o interior desses centros de vizinhança.
68
69
legenda:via coletora principal via coletora principal vias não previstas no projeto do Conjunto caminhos criados no terreno
MonteiroArgentinaAv. Av. Gercina Borges Teixeira Av. Noel Rosa Av. Noel Rosa MonteiroArgentinaAv.
BulhõesdeLeopoldoAv.
TeixeiraBorgesGercinaAv.
Av.GercinaBorgesTeixeira Av. Frei Confallone Av. Frei Confallone Av. Noel Rosa 1km0 N 70 mapa 11 - vias 2 fonte base: SEPLAN, [s.d.]
BulhõesdeLeopoldoAv.
TeixeiraBorgesGercinaAv.
Av. Gercina Borges Teixeira Av. Noel Rosa
legenda:via coletora principal via coletora principal vias não previstas no projeto do Conjunto caminhos criados no terreno
TeixeiraBorgesGercinaAv. BulhõesdeLeopoldoAv. BulhõesdeLeopoldoAv. TeixeiraBorgesGercinaAv. Av.GercinaBorgesTeixeira Av. Frei Confallone Av. Frei Confallone Av. Noel Rosa 1km0 N
Em uma análise menos fria e mais física e visual sobre a dinâmica viária local, pode-se destacar que a Avenida Gercina Borges Teixeira é a via principal para o entorno do terreno, tendo um maior uxo de pedestres e veí culos. A Avenida Vinícius de Morais, mais ao norte, não possui grande in uência sobre a vizinhança do terreno, sendo mais vital para conectá-lo à parte mais norte do conjunto. Outra observação é a de que muitas vias foram organicamente criadas com o tempo, principalmente saindo da avenida principal do bairro. Era previsto, inicialmente, como a base do mapa da prefeitura de Goiânia mostra, longas quadras com recuos, que acabaram sendo fragmentadas por vias onde há trânsito de veículos e que ligam diretamente o uxo intenso dessa via coletora à calmaria das habitações no interior da vizinhança. Além disso, há também a criação de cami nhos de pedestres por entre as ruas do terreno do projeto. Com a não ocupação da área, os moradores usam o local como passagem entre as quadras e as vias, com a possiblidade inclusive da passagem de veículos. Conver sando com moradores da região, foi dito que essas passagens são muito utilizadas para acessar os prédios de habitação e a rua da feira na região e que não há a sensação de insegurança nesses caminhos, pelo grande movimento de pedestres.
72
legenda:4 pavimentos 3 pavimentos 2 pavimentos 1 pavimento 73
1km0 N 74 mapa 12 - alturas fonte base: SEPLAN, [s.d.]
legenda:4 pavimentos 3 pavimentos 2 pavimentos 1 pavimento
1km0 N
76
Pelo mapa de alturas, pode-se perceber que há uma grande maioria de edi cações com apenas um pavimento. Esse padrão só varia em alguns edifícios comerciais, com 2 ou 3 pavimentos, tangentes às vias coletoras e nas habitações construídas pela COHAB, com 4 pavimentos. Essa uniformidade dá ideia a uma possível diretriz projetual, buscando seguir o uso de poucos pavimentos, não contrastando totalmente com o entorno.
+784+786+787+788+789+791+792+793+814+813+812+811+809+808+807+806+804+803+802+801+799+798+797+796+794+795 +784+786+787+788+789+791+792+793 +827+826+824+823+822+821+819+818+817+816+814+813+812+811+809+808+807+806+804+803+802+801+799+798+797+796+794 +827 +826 +824 +823 +822 +821 +819 +818 +817 +816 +785+790 +785+790 +815+810+805+800 +820+825 +820+825+815+810+805+800+795 0 150m N 77 gura 7 - planta topográ ca do terreno gura 8 - corte topográ co do terreno
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gura 9 - topogra a do terreno
gura 10 - topogra a com entorno
+786+787+788+789+791+792+793 +827+826+824+823+822+821+819+818+817+816+814+813+812+811+809+808+807+806+804+803+802+801+799+798+797+796+794 +827 +826 +824 +823 +822 +821 +819 +818 +817+785+790 +820+825 +820+825+815+810+805+800+795 gura 7 - planta topográ ca do terreno gura 8 - corte topográ co do terreno
80
Partindo para a análise topográ ca do terreno, há uma inclinação de aproximadamente 4,1%, onde a parte mais alta é o ponto mais a Sudoeste da área, com a declividade para Nordeste. A inclinação pode parecer pouca pelos números, mas por vivências e visitas no local, é possível perceber que a con tinuidade do caimento e a extensão do terreno faz com que essa característica da topo gra a seja marcante na região.
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gura 11 - diagrama de incidência solar no terreno
POENTE
N NASCENTE 82
gura 12 - imagem do terreno fonte: Acervo Pessoal
N NASCENTE POENTE 83
gura 11 - diagrama de incidência solar no terreno
A incidência solar no terreno segue como o diagrama apresentado. A maior ex tensão da área está praticamente alinhada com o norte geográ co, logo o projeto deverá lidar com a luz solar pelo leste nas pri meiras horas do dia e o poente a oeste. De acordo com as diferentes épocas do ano, po derão haver mudanças em relação à posição solar, incidindo mais ao norte no inverno e mais ao sul no verão, de acordo com a carta solar de Goiânia (latitude 16,5° sul). Pelas visi tas ao local, é possível perceber que a incidência solar é quase constante no terreno.
Isso é explicado pelo fator estudado anterior mente: com a altura dos edifícios sendo majoritariamente baixa, isso permite o contato direto da luz solar com a região.
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6.ESTUDOS DE SIMILARES 6.1 ginásio lycée blaise pascal 85
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gura
13 - foto ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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O programa conta com quadras poliesportivas, áreas para prática de tênis de mesa, escalada e ginástica, trazendo relevância em aspectos organizacionais e estruturais.
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Para seguir com o projeto do centro es portivo, é de extrema importância que haja estudos de construções arquitetônicas com programas similares. Esses edifícios a serem analisados trazem em seus desenhos aspectos importantes e que podem gerar uma ins piração ou um modelo a ser observado para a confecção do projeto arquitetônico em questão, seja na distribuição programática, na compleição estética, no uso material, na parte estrutural ou qualquer outra característica.O ginásio Lycée Blaise Pascal é um pro jeto desenvolvido pela Ko and Diabaté Architectes para suprir a parte de educação es portiva da Escola Secundária Blaise Pascal, na maior cidade da Costa do Mar m, Abidjã. O projeto é de 2016, com aproximadamente 3820 m². (ARCHDAILY, 2019)
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O ginásio está implantado no complexo da infraestrutura do Cólegio Blaise Pascal, entre salas de aula, edifícios voltados à pes quisa e partes administrativas. A construção conta ainda com um campo de futebol e mais quadras esportivas na parte externa de suas instalações. (ARCHDAILY, 2019)
O fato do projeto situar em um país com um clima tropical quente parecido com o do Brasil, levou a soluções que são de grande interesse para o trabalho do centro esportivo. Além disso, há questões de organização funcional muito bem resolvidas, que pode riam ajudar no projeto.
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gura 14 - foto interior ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
gura 15 - implantação ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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gura 16 - nível inferior ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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gura 17 - nível superior ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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Como as imagens das plantas apontam, um aspecto ressaltante desse projeto é a centralidade que se é dada aos principais ambientes, aqueles aos quais o edifício volta seu funcionamento. No andar inferior, cen traliza-se um grande espaço para a prática do tênis de mesa e para as atividades de ginástica, sendo circundados pelos ambien tes destinadoes a funções administrativas e de apoio, como depósitos de material de limpeza, salas de reuniões etc, além dos ves tiários, muito abundantes por não existirem no andar de cima.
Neste andar superior a prioridade é dada aos ambientes das quadras poliesportivas e da área de escalada. Fora isso, há apenas uma pequena arquibancada com ca pacidade para 200 espectadores e as circulações verticais, locadas em 6 diferentes pontos bem distribuídos, compensando o fato de estarem nas periferias e não no miolo do projeto.Essacaracterística é uma qualidade de projeto muito interessante, pois ajuda a criar uma distribuição dos ambientes muito orga nizada e racional, facilitando outras verten tes do edifício como sua estruturação e denindo muito bem seus espaços.
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gura 19 - corte esquemático ginásio blaise pascal fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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gura 18 - pele metálica perfurada ginásio blaise fonte: ARCHDAILY.COM, 2019
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Outro aspecto a ser veri cado é como os arquitetos lidaram com as condições cli máticas locais, que, como a rmado anteriormente, são de um clima tropical quente, similar ao da nossa região. Aprincipal solu ção encontrada foi o uso de uma espécie de pele de material metálico perfurado. Essa pele circunda o edifício, protegendo-o da entrada do calor, mas ao mesmo tempo permitindo a entrada de luz solar e criando uma ambientação interessante. A luz solar foi mais evitada principalmente nos andares de baixo, onde atrapalharia as atividades de tênis de mesa. Mesmo com toda essa tecno logia, é importante ressaltar que ainda são necessários mecanismos de climatização arti cial para as épocas mais quentes do ano. (ARCHDAILY, 2019)
6.2 academia unileão 99
100gura 20 - foto academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
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gura 22 - foto aérea academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
gura 21 - foto interna academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
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A academia da Escola Unileão foi destinada à parte dos cursos de educação física da Universidade, atendendo os alunos e funcionários do setor. É localizado em Lagoa Seca, Juazeiro do Norte, no Ceará. O projeto do grupo Lins Arquitetos Associados foi realizado em um platô pré-existente, deixando o edifício totalmente exposto ao sol forte da região árida do Cariri. O local possui uma distribuição de ambientes contando com espaço para atividades aeróbicas, muscula ção, aulas de dança e de lutas, açém dos ambientes de apoio, como recepção com lan chonete, vestiários, salas de aplicação e de pósitos. (ARCHDAILY, 2022)
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104 gura 23 - planta academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
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A distribuição dos ambientes é feita de maneira muito inteligente. O espaço é muito bem aproveitado, com uma espécie de frag mentação do programa em vários núcleos. Na entrada o primeiro setor traz a recepção e uma lanchonete. Imediatamente ao lado deste ambiente há salas de aula / atividades físicas, assim como no ambiente da extremi dade esquerda da construção. Na extremida de direita, encontram-se os ambientes administrativos e de apoio, como vestiários e de pósitos.Essa distribuição é fundamental para gerar a estética do edifício e para que fosse possível se implementar as medidas de ate nuamento das condições climáticas locais, através de seu formato circular e seus corre dores ajardinados ao redor das salas.
gura 26 - ventilação academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
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gura 25 - corte esquemático academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
gura 24 - tijolos entretravados academia escola unileão fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
Esses são mecanismos perspicazes mas, de certa forma, com simples aplicação e de custo acessível, para uma região quente como a de Goiânia e seu entorno.
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Como já citado, a edi cação está sujeita às altas temperaturas e à aridez da região do Cariri. Logo uma medida muito inteligente para barrar essas condições extremas, foi o uso de tijolos de barro intertravados com es paçamento entre eles na materialidade. Esse material foi utilizado criando corredores ajardinados entre a parte externa e os am bientes do prédio, gerando assim uma barreira contra a incidência solar, mas ao mesmo tempo proporcionanco uma ilumi nação interessante e su ciente para o interior, além de permitir a ventilação cruzada nas salas, como mostra o diagrama esque mático ao lado. Foi utilizada também a telha termoacústica, que proporciona um maior conforto térmico para o interior do edifício. (ARCHDAILY, 2022)
7.PROJETO7.1públicoalvo
Para se ter um programa correto e bem de ni do, é necessário também que haja a especi cação do público alvo. Seguindo essa lógica, há fatores que in uenciam diretamente nesta de nição. Um desses fatores é a busca por um caráter educacional do projeto, como explica do nos primeiros capítulos do trabalho. Essa característica tende a trazer um público das camadas mais jovens da população, ainda mais servindo de apoio para as atividades da escola no terreno próximo, como foi explicado na escolha do Analisandolocal. a pirâmide etária do setor do IBGE (pelos dados do censo de 2010) onde o terreno está inserido e comparando-a com a pirâmide do distrito de Goiânia, podemos perceber que a população na área tem uma maior porcentagem em faixas etárias como de 10 a 19 anos e especialmente nas idades mais avança das, como a partir dos 50 anos, principalmente para a população feminina (IBGE, 2013). Essa visão é reiterada pelas visitas ao local, na qual foram observadas muitas crianças e adolescen tes, principalmente próximo ao Colégio Estadual, e muitas pessoas idosas andando pelas ruas.
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gura 28 - colégio estadual solon amaral fonte: Acervo Pessoal
110 gura 27 - pirâmide etária setor 520870705410005 x distrito goiânia fonte: ARCHDAILY.COM, 2022
Seguindo essa lógica, decidiu-se pelo público alvo sendo o seguinte: crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 19 anos, com prioridade para as matriculadas no Colégio Solon Amaral, com o projeto atenden do às atividades da escola; e idosos com idades a partir de 55 anos. Por m, essas duas faixas etárias serão divididas em dois núcleos, compartilhando algumas partes do programa e, no geral, atendendo um público de até aproximadamente 350 pessoas simul taneamente no edifício.
O Colégio Solon Amaral, segundo os dados do IDEB 2019, pelo portal Edu, conta va com 552 matrículas entre alunos do 6° ano do ensino fundamental e do 3° ano do ensino médio, além de alunos da educação de jovens e adultos (EJA). (EDU, [s.d.])
111
7.2 diretrizes projetuais
-Buscar maneiras de proteger o edifício da incidência solar direta, visto que uma a maior extensão do terre no é quase paralela ao sentido Oeste, que recebe grande insolação, principalmente pela tarde. Fazer isso através de materialidades, como apresentado nos estudos de caso, ou pela disposição programática;
112
-Trazer uma centralidade para os ambientes principais e de convivência (vide estudo de caso Ginásio Lycée Blaise Pascal) dispondo os demais ambientes conectados a esses centrais;
-Trazer o elemento de cobertura como um aspecto estético predominante para o edifício, com o uso do sistema de treliças para vencer os grandes vão e tratando o restante da construção estética como con sequência desta escolha, como presente no primeiro estudo de caso e nas atividades anteriores do autor do projeto.
-Distribuir os núcleos do programa pelo terreno, como observado no estudo de caso Academia Uni leão, aproveitando a extensão da área;
Todas as etapas anteriores de estudo teórico, da legislação, da cidade e, principalmente, do local, além das especulações arquitetônicas, somam informações que in uenciam no projeto e podem ser consideradas diretrizes projetuais:
-Buscar manter, pelo tratamento paisagístico do terre no, os caminhos feitos pelos moradores, sem atrapa lhar a circulação já existente;
EDUCACIONALNÚCLEONÚCLEOPÚBLICO ESPORTIVONÚCLEONÚCLEOADMINISTRATIVO 113
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
especulações de uxos
de distribuiçao
distribuiçao de uxos
especulações estruturais
piscinasemi piscinapeq. convivência convivência dança ginást.pilatesteatroaudit. refeitório coz. vest. vest. sk8 enf. rec rec dep dmladm vest.
Como estabelecido anteriormente, a co bertura terá um papel principal na estética e volumetria do edifício, trazendo o desenvolvi mento do programa abaixo dela.
A distribuição de núcleos pelo terreno é um aspecto importante para o projeto, desen volvendo-o em diferentes níveis para um melhor aproveitamento do espaço e para um melhor diálogo entre a parte interna e o entor no doEsseterreno.diagrama mostra a preocupação com os uxos já existentes no local, sendo um aspecto que deve in uenciar especialmente no tratamento paisagístico do projeto.
7.2 primeiras especulações
114
Através das primeiras diretrizes estabelecidas, pode-se iniciar as primeiras especulações projetuais em relação ao edifício. Nessas espe culações foi sempre buscada uma liberdade de desenho e distribuição de espaços, tentando imaginar o local em sua vivência e trazendo as sensações visuais e físicas proporcionadas por ele. Com isso, há alguns resultados que podem ser levados para a consolidação do partido arquitetônico.Comestes desenhos, é possível perceber a lógica pretendida na distribuição dos ambien tes no edifício, com a convivência tendo a cen tralidade, além de poder visualizar a ambientação da circulação principal.
115
7.3 programa e uxograma
Partindo para uma análise mais técnica do local, é possível fazer um exercício de imagina ção do programa e da distribuição e conexão destes em sua inserção no meio. Esse programa foi de nido de acordo com o quadro ao lado, com as áreas estimadas por layouts simples e alteradas de acordo com as necessidades do projeto. A parte dos ambientes principais do programa apresenta: uma área de convivência e circulação, uma sala para ginástica, uma sala para aulas de pilates, uma sala de aula de dança, uma sala de aulas de teatro e outras modalidades diversas, um ambiente de refeição e convivência, uma cantina, uma quadra polies portiva, uma piscina para a prática de natação, uma pista de skate e um auditório para peque nas apresentações. Já na parte de apoio, temos os ambientes de administração, contando com sala de reuniões e de supervisão, dois depósi tos de itens gerais, um depósito de material de limpeza, com área de secagem, uma enfermaria, um camarim, uma cozinha industrial para a confecção das refeições, 4 ambientes de vestiá rios para uso geral e 5 ambientes de sanitários, para usos especí cos da área administrativa de foyer do auditório e do camarim, além de uma área técnica para apoio das apresentações.
116 gura 29 - tabela programática de áreas
POLIESPORTIVAQUADRA
PISCINALÍMPICASEMI-O
117 gura 30 - uxograma funcional acessojovemnúcleo acesso serviço
ÁREAS DE CONVIVÊNCIA
SALA DE TEATRO SALA DE DANÇA PISTA DE SKATE RECEPÇÃOAUDITÓRIODEPÓSITO ADMINISTRAÇÃOD.M.L. ENFERMARIA REFEITÓRIOVESTIÁRIOS SANITÁRIOSCOPACOZINHAFUNC.VESTIÁRIOSVESTIÁRIOS SALA DE PILATESSALA DE GINÁSTICA
Pelo uxograma ao lado podemos ver as relações entre os ambientes. A área principal a ser centralizada é o núcleo de convivência e circulação. Dele partem outros recintos como as salas de aula e as áreas de quadras e piscinas. Os ambientes de apoio são distribuídos de forma a auxiliar e possibi litar o funcionamento dos principais.
118
7.4 processo de desenvolvimento 119
desenvolvimento projetual
desenvolvimento
projetual
120
gura 35dodesenvolvimentoprojeto-planta
Ao lado, podemos ver alguns desenhos e especulações do processo de desenvolvimento do projeto. Há uma grande variação na distribuição de ambientes e na volume tria do projeto. A cobertura, por exemplo, foi resultado de um grande estudo de diferen tes tipos de estruturas até se chegar a um resultado satisfatório e exequível. O mesmo aconteceu com outros aspectos como a dis tribuição programática e o tratamento paisa gístico.
8.FINALIZAÇÃO DO PROJETO
121
122
rua vc-82
acesso principal
-- LOCAÇÃO 123
coutinhosantanadealicerua
acesso carga eacessodescargaprincipal
rua vc-75
rua vc-76 saída emergênciade
0 10 20mN
avenida argentina monteiro
saídade emergência
foyer / espera auditório acesso principalruavc-75 cozinha refeitório vestiáriofem. convivência / +3,00circulação vagas carga e descarga cocçãopreparo dep.dep.frio wc f wclixom lavagem camarimwcmascwc sala de ginástica copa funcion. adm. sobe8% 8% 8% 8% sobe secagemdepósitod.m.l. wc fem wc masc superv.técnica reun. sala de pilates aula de dança wcfem acesso carga e descargaacessoprincipal +1,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 -- PLANTA GERAL COTADA 125
0 10 20m N avenida argentina monteiro rua vc-76depósito skate quadra poliesportiva piscina enfermariavestiáriofem. vestiáriomasc. vestiáriomasc. dança aula de teatro sobesobe saídade emergência saída emergênciade 8% 8% +6,00
foyer / espera auditório acesso principalruavc-75 cozinha refeitórioconvivência / +3,00circulação vagas carga e descarga cocçãopreparo dep.dep.frio wc f wclixom lavagem camarimwcmascwc sala de ginástica copa funcion. adm. sobe8% 8% 8% 8% sobe secagemdepósitod.m.l. wc fem wc masc superv.técnica reun. sala de pilates aula de dança wcfem acesso carga e descargaacessoprincipal +1,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 A -- PLANTA GERAL 127
avenida argentina monteiro rua vc-76depósito skate quadra poliesportiva piscina enfermaria vestiáriofem. vestiáriofem. vestiáriomasc. vestiáriomasc. dança aula de teatro sobesobe saídade emergência saída emergênciade 8% 8% +6,00 0 10 20m N B DC
128
129imagem foyer / recepção
foyer / espera auditório acesso principalruavc-75 cozinha refeitórioconvivência / circulação vagas carga e descarga cocçãopreparo dep.dep.frio wc f wclixom lavagem camarimwcmascwc sala de ginástica copa funcion. adm. sobe8% 8% 8% 8% sobe secagemdepósitod.m.l. wc fem wc masc superv.técnica reun. sala de pilates wcfem acesso carga e descargaacessoprincipal +1,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 A -- PLANTA GERAL 129
A planta geral do projeto representa uma vista superior do programa do edifício e seu entorno, sem a representação do sistema de coberturas. A partir disso, é possível veri car a distribuição espacial dos ambien tes e seus layouts, além da sua relação com o paisagismo. O processo de projeto levou a algumas tomadas de decisões para o segui mento dos pontos de partido projetuais e para a adaptação das ideias iniciais à realida de do local e da construção.
Uma dessas decisões, como pode ser observado, é a distribuição de três diferentes núcleos em três diferentes níveis de topogra a do terreno, fator que poderá ser observado melhor com a apresentação dos cortes da construção. O primeiro desses núcleos tem seu programa mais voltado a uma tipologia administrativa e de público geral. No segun do nível, há uma aglutinação de usos mais educacionais. Já no terceiro e de nível topográ co mais elevado, há usos mais voltados para a parte esportiva. Essa divisão gera uma organização maior em relação ao programa e ao uxo do edifício.
Pode se ter também uma noção da am bientação nesses locais de convivência e circulação, com o layout pensado para estimu lar a permanência e o lazer nos tempos de intervalo.
avenida argentina monteiro rua vc-76depósito skate quadra poliesportiva piscina enfermariavestiáriofem. vestiáriomasc. vestiáriomasc. aula de teatro sobesobe saídade emergência saída emergênciade 8% 8% +6,00 0 10 20m N B DC
130
vest. +6,00fem. teatro +3,00 dança foyertelhas+0,00com shed treliça espacial telhas com shed treliça espacial telhas com shed treliça espacial telhas comconvivênciashed +3,00 2000Ld’águacaixa A B
dança +3,00 wc +0,00m +0,45poltronas palco +1,00 arena ginástica +3,00 telhas com shed treliça espacial treliça espacial treliça espacial telhas com shed convivência +3,00 quadra +6,00 +6,00enfermaria10m0
vest. +6,00fem. dança foyertelhas+0,00com shed treliça espacial telhas com shed treliça espacial telhas comconvivênciashed +3,00 2000Ld’águacaixa A B 133
Com os cortes longitudinais, é possível perceber a distribuição desses núcleos de ambientações, mas fazendo uma interpreta ção mais física dessa decisão projetual. Os pavimentos são espaçados verticalmente por 3 metros, e em suas extremidades con versam de maneira mais natural com o terreno. É importante também ressaltar o sistema de cobertura representado, que é parte im portante da estética projetual, como mencionado nas diretrizes iniciais. Essa estrutura será melhor abordada nas páginas seguin tes, com mais detalhes e imagens que possibilitam o entendimento da estrutura treliça da.
dança +3,00 wc +0,00m +0,45poltronas palco +1,00 arena ginástica +3,00 telhas com shed treliça espacial treliça espacial treliça espacial telhas com shed convivência +3,00 quadra +6,00 +6,00enfermaria10m
0
134
quadra +6,00 piscina +4,00 telhas com shed treliça espacial auditório +0,00 +0,00espera +0,00dep.adm. +0,00 d.m.l. telhas com shed treliça espacial C D 0
Com os cortes transversais é possível perceber a ambientação das salas e das cir culações, além dos sistema do palco do auditório, mais elevado e com um forro especí co para evitar o eco no ambiente
136
137
imagem convivência segundo nível 138
-- FACHADA NORTE139
10m0 -- FACHADA OESTE -- FACHADA LESTE -- FACHADA SUL 140
As fachadas mostram a perspectiva estética do edifício, com a predominância da volu metria sendo representada pela cobertura, como mencionado nas diretrizes, com as pare des do prédio compondo o restante da visualidade. As aberturas são tratadas com a modula ção de tamanhos. O sistema da treliça de cober tura é complementado pelo conjunto de pila res externos que sustentam a mesma. Eles se sobressaem em altura, dando um aspecto de estrutura aparente ao edifício.
141
-- FACHADA NORTE
10m0 -- FACHADA OESTE -- FACHADA LESTE -- FACHADA SUL 142
salapalcotécnica copa adm. 8% depósito d.m.l.secagem
acesso serviço superv. reunião +1,00 0,00 0,00
wcwcmasc
acessoprincipal -- PLANTA PAVIMENTO 1 143
foyer / espera recepção auditório
N camarimwcmascwc copa funcion. sobe8% 8% 8% sobe mascfem entrada deacessocargas carga e descarga wcfem 0 10m 144
145
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imagem corredor área administrativa 148
recepção salapalcotécnica depósitoadm. d.m.l.superv.secagem reunião +1,00 0,00 acessoprincipal -- PLANTA PAVIMENTO 1 147
Neste primeiro nível de pavimento é possível perceber as funcionalidades princi pais do núcleo: à esquerda, as funções admi nistrativas, contando com salas de trabalho e de reunião, depósito, depósito de materiais de limpeza, área de secagem, sanitários e copa para os funcionários, e à direita o auditório e seus ambientes de apoio, como a sala técnica e o camarim, além da área central de chegada e permanência com mesas e locais de espera próximos à recepção. Esses usos foram de nidos pela facilidade de acesso ao público geral e ao relacionamento mais fácil com o meio externo, tendo maior proximida de com as áreas mais comerciais e institucio nais das ruas abaixo, como a escola, por exemplo. É visível também a centralidade e eloquência da entrada principal e a privaci dade das entradas de serviço e de carga e descarga. O sistema de circulação vertical para o próximo nível é composto por uma escadaria e uma rampa, que também trazem um aspecto formal à ambiência interna. Esse pavilhão de rampas e escadas é um aspecto que gera uma permeabilidade visual e traz o contato com a vegetação e o exterior, além de garantir melhor iluminação e ventilação ao edifício.
148
0
10m
entrada
deacessocargas carga e descarga wcfem
sobe8%
N camarimwcmasc
8% 8% sobe
refeitório cozinha depósito wc f wc m decasa lixo friodepósito preparococção lavagem convivência / +3,00circulação sala de ginástica sala de pilates aula -- PLANTA PAVIMENTO 2 149
depósito skate circulaçãodedança aula de teatro sobe sobe 8% 8% vestiáriofem. vestiáriomasc. saída emergênciade N 0 10m 150
151
imagem sala de dança 152
153
imagem refeitório 154
refeitório cozinha depósito wc f wc m decasa lixo friodepósito preparococção lavagem convivência / circulação sala de ginástica sala de pilates -- PLANTA PAVIMENTO 2
Neste pavimento, há um núcleo que con centra mais atividades educacionais, com blocos de salas de pilates, ginástica, dança e teatro à direita e com o apoio dos ambientes de refeitório, cozinha e vestiários à esquerda. As salas de aulas, com suas fachadas voltadas para o oeste, recebem um tratamento especial para se protegerem da incidência solar direta, com a diagonalidade de parte de suas paredes, gerando uma pele voltada mais para o sul. O restau rante tem seu layout distribuído da maneira mais simples possível, abrigando grande quan tidade de mesas para refeições. Esse layout estende-se para o ambiente externo, onde há o contato com a vegetação externa, e também para a área central de convivência, contribuin do para a riqueza desse setor. A cozinha do refeitório tem seu ambiente dividido em áreas de preparo, cocção e lavagem, além de contar com apoios como sanitários, depósitos frio e comum e casa de lixo, com acesso de serviço especial. Há também uma saída de emergência neste nível.
155
depósito skate circulação aula de teatro sobe sobe 8% 8% saída emergênciade N 0 10m 156
157
imagem convivência segundo nível 158
refeitório cozinha depósito wc f wc m decasa lixo friodepósito preparococção salalavagem de ginástica sala de pilates -- PLANTA PAVIMENTO 2 159
depósito skate aula de teatro sobe sobe 8% 8% vestiáriofem. vestiáriomasc. saída emergênciade N 0 10m
160
Nesse núcleo em especial é gritante a importância da área de circulação e convi vência, sendo ela uma extensão da funcionalidade dos ambientes ao redor, contando com áreas de banco e descanso, como também áreas de lazer e jogos, além de uma espécie de quiosque com uma cantina para os usuários da edi cação. Para preservar a privacidade das salas anexas, foi criado um desenho diagonal para o acesso delas, dei xando-as mais reservadas. Próximo à escada há ainda uma área para a prática de skate, com rampas e corrimãos. Essa área estende -se ainda ao meio externo, gerando uma praça do lado de fora. As rampas de skate foram inseridas nesse pavimento devido ao encaixe espacial e porque pela altura delas, há uma comunicação com o pavimento de cima. Os pilares centrais trazem também áreas verdes, com o plantio de árvores de pequeno porte. A circulação vertical do nível segue a mesma lógica do anterior, incremen tando a permeabilidade, ventilação e iluminação da área.
piscinaquadra+6,00 -- PLANTA PAVIMENTO 3 161
N 0 10m 162
quadra poliesportiva piscina
vestiáriofem.
enfermaria
vestiáriomasc. saídade emergência
163
imagem piscina / quadra 164
No pavimento mais alto do edifício há os usos de m esportivo do centro. Uma quadra poliesportiva e uma piscina com dimensões próximas à semi-olímpica, ocupam a maior parte do espaço, com o apoio de mais blocos de vestiário e uma enfermaria. O uso dessa parte foi escolhido majoritariamente por uma questão espacial, onde há uma maior exibili dade da extensão do edifício. Além disso, há também um maior isolamento da área, mesmo que esteja conectada aos outros níveis e ao meio externo pela saída de emergência na parte mais alta do terreno. Esse nível possui ainda uma cobertura mais elevada para a práti ca esportiva.
-- PLANTA PAVIMENTO 3
+6,00
165
vestiáriofem.
N 0 10m 166
saídade emergência
enfermaria
vestiáriomasc.
-- PLANTA DE COBERTURA167
telhas itrapezoidaismetálicas(sanduíche)=~9% 0 10 20m N 168
-- PLANTA DE COBERTURA169
0 10 20m N
170
telhas itrapezoidaismetálicas(sanduíche)=~9%
O sistema de cobertura, conta com treliças espaciais de 1 metro de altura cobrindo pavimento por pavimento. Nessa cobertura, há um sistema de telhas sanduíche trapezoidais, que se apoiam nos nós das barras das treliças. Essas telhas tem comprimento apro ximado de 6,5 metros e possuem uma alta angulação, gerando espaços para venezia nas que proporcionam iluminação e ventila ção extra ao edifício.
treliça espacial tubos r=5cm tubo de quedatubosde queda treliça plana de apoio das telhas calhatelhatreliçatrapeizoidalrufometálicoplanacomvenezianaconsolearmadotreliçaespacialcalhaplatibandadetelha-- DETALHE TRANSVERSAL TRELIÇA 171
-- DETALHE LONGITUDINAL TRELIÇA
armadoconsole
telhas treliça plana de apoio das telhas
treliça espacial tubos r=5cm
veneziana para shedrufotelha trapezoidal sanduíche
172
treliça espacial tubos r=5cm tubo de quedatubosde queda calhatelhatreliçatrapeizoidalrufometálicoplanacomvenezianaconsolearmadotreliçaespacialcalhaplatibandadetelha-- DETALHE TRANSVERSAL TRELIÇA 173
174
-- DETALHE LONGITUDINAL TRELIÇA
treliça espacial tubostreliçar=5cmplana de apoio das telhas armadoconsole veneziana para shedrufotelha trapezoidal sanduíche
No detalhe pode-se perceber o aspecto construtivo antes mencionado, da geração de espaços de ventilação entre as telhas e suas calhas, com venezianas controlando o uxo de ar e luz. O detalhe do encaixe da tre liça com o pilar revela o sistema de console, que é uma espécie de apêndice com arma ção para servir de apoio para alguma estru tura, no caso, a treliça. Um sistema de per s metálicos em formato redondo recebe o nó das barras de per l redondo nesses pontos. No restante dos nós, há a soldagem das barras. Já na leira de pilares centrais, mais baixos, há o apoio simples da treliça.
175
imagem piasagismo frontal 176
177
178
Nessa perspectiva, é possível entender os sistemas construtivos da edi cação. As paredes de alvenaria comum cam abaixo do sistema de cobertura com a treliça espacial. Acima dela, as telhas trapezoidais envol tas por uma platibanda também de telha. O que une e traz completude a esse sistema são as linhas de pilares nos quais a cobertura é apoiada pelos consoles.
foyer / espera auditório acesso principalruavc-75 cozinha refeitórioconvivência / +3,00circulação vagas carga e descarga cocçãopreparo dep.dep.frio wc f wclixom lavagem camarimwcmascwc sala de ginástica copa funcion. adm. sobe8% 8% 8% 8% sobe secagemdepósitod.m.l. wc fem wc masc superv.técnica reun. sala de pilates aula de dança wcfem acesso carga e descargaacessoprincipal +1,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 A -- PLANTA GERAL 179
avenida argentina monteiro rua vc-76depósito skate quadra poliesportiva piscina enfermaria vestiáriofem. vestiáriofem. vestiáriomasc. vestiáriomasc. dança aula de teatro sobesobe saídade emergência saída emergênciade 8% 8% +6,00 0 10 20m N B DC
foyer / espera auditório acesso principalruavc-75 cozinha refeitórioconvivência / circulação vagas carga e descarga cocçãopreparo dep.dep.frio wc f wclixom lavagem camarimwcmascwc sala de ginástica copa funcion. adm. sobe8% 8% 8% 8% sobe secagemdepósitod.m.l. wc fem wc masc superv.técnica reun. sala de pilates wcfem acesso carga e descargaacessoprincipal +1,00 0,00 -1,00 0,00 0,00 A -- PLANTA GERAL 181
DC
Entrando mais a fundo no tratamento paisagístico do projeto, é importante ressal tar que foi buscada uma interseção entre pa vimentações secas e de vegetações, além de buscar a implementação de usos como os bancos de descanso e equipamentos diversos para evitar a criação de espaços residuais no terreno. A parte da entrada principal do edifício é uma praça seca, que é entremeada por zigue-zagues que formam bancos. Há também o rasgo de áreas verdes para prote ção solar nessas áreas. Outro importante aspecto é a presença de uma abertura do edifí cio pelo palco do auditório, permitindo apre sentações para o público no lado externo. Para isso, foi criada uma espécie de arena visando essas apresentações. Na parte oeste do terreno, há um tratamento com os mesmos bancos em zigue-zague e um espaço reservado para alguma concessão de quiosque da prefeitura.
saída emergênciade B
182
avenida argentina monteiro rua vc-76depósito skate quadra poliesportiva piscina enfermariavestiáriofem. vestiáriomasc. vestiáriomasc. aula de teatro sobesobe saídade emergência
8% 8% +6,00 0 10 20m N
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imagem piasagismo frontal 184
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Na fachada Sul, há novamente a presença dos bancos e um platô mais alto que traz uma academia ao ar livre. Descendo para a fachada Leste, temos uma espécie de escadaria que leva a um local de playground com pavimentação de areia. Abaixo disso, há a extensão da pista de skate da parte interna do edifício e a extensão do layout do refeitório. Descendo mais pela calçada, há a baia de carga e descarga do prédio, com acessos com rampas para as entradas especí cas. Outro aspecto interessante é a presença de uma paginação especial nas calçadas circun dantes ao terreno, sendo reservadas para ca minhada na parte mais interna, corrida na parte central e para ciclismo na parte exter na. Por m, a diretriz inicial do projeto foi mantida, trazendo caminhos para circulação de pedestres por dentro da quadra, e preser vando ao máximo possível os uxos já exis tentes no terreno.
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imagem piasagismo lateral 188
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imagem piasagismo posterior 190
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Chegando a parte nal desta etapa de trabalho pode se fazer algumas conclusões: Os estudos iniciais ajudaram a fazer uma escolha muito bem pensada e clara sobre o local de intervenção, levando em consideração fatores como a pré-existência de equipamentos esportivos e de lazer e suas in uên cias, as zonas da cidade com uma população de maior vulnerabilidade econômica e social e as implicâncias das condições de terreno em relação ao seu entorno e sua proximidade com os equipamentos de educação.
Os estudos sobre o contexto do local e os estudos de caso tiveram grande in uência sobre o partido arquitetônico, mostran do-se em aspectos como a escolha de mate riais e organização do programa. Outro fator de grande importância para o projeto foi o estudo de diversas estruturas para se vencer os grandes vãos necessários a essa tipologia,
9.CONCLUSÃO
além de diversas especulações sobre distri buição programática, adequação de layouts e, principalmente, de observação de estudos similares, especialmente na área do paisagis mo. Com esse respaldo chegamos a um partido coerente e que, com seu devido desen volvimento, pode traduzir-se em um projeto nal muito dedigno e contextualizado em relação à cidade ao tema.
192
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