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Igualdade e justiça
João Morgado . Aluno do 10ºB
Adesigualdade social é o fenómeno onde alguns indivíduos são privilegiados dependendo do seu género, etnia, religião, orientação sexual, etc. Apesar de terem sido feitos progressos significativos nas últimas décadas, este problema está bastante presente na nossa sociedade. Como é óbvio, os seres humanos não são todos iguais, possuímos todos características diferentes. Estas diferenças até acabam por ser vantajosas, dado que tornam a cooperação entre pessoas mais eficaz. Podemos definir a igualdade como um valor ético, que diz que todos os indivíduos possuem direito de se realizar enquanto pessoas, e como um objetivo político, onde todos os cidadãos são vistos como iguais perante a lei. No entanto, estes conceitos não são suficientes para compreender totalmente a definição de igualdade. Como é que é possível alcançar a igualdade se somos todos diferentes? Como é possível repartir bens, encargos e cargos políticos de forma justa? Uma distribuição absolutamente igualitária do dinheiro levantaria muitos problemas. As pessoas gerem o dinheiro de formas diferentes. Enquanto que umas iam gastar o seu dinheiro, outros guardariam o seu, voltando assim a criar-se uma situação desigual. Se houvesse uma distribuição igualitária do dinheiro, não haveria nenhum incentivo para as pessoas desempenharem as suas tarefas com eficácia, visto que receberiam o mesmo independentemente da quantidade de trabalho. Outro argumento contra este método de distribuição é que há indivíduos que necessitam mais do dinheiro. Uma pessoa que sofre de uma doença e precise de um tratamento caro precisa mais do dinheiro do que um indivíduo saudável. Um ponto de vista igualitarista defende que os cidadãos têm as mesmas oportunidades no mercado de trabalho. No entanto, ainda é comum as profissões de destaque serem ocupadas maioritariamente por homens. Para combater este problema, foi proposta a discriminação positiva. Este processo favorece as pessoas que anteriormente foram vítimas de discriminação, tentando assim tornar a sociedade menos desigual. Um exemplo da discriminação positiva é a lei da paridade, que obriga a que um terço dos membros de uma lista política seja do sexo feminino. A discriminação positiva tem sido alvo de algumas críticas. Há quem considere que promover a desigualdade é injusto e não deve ser praticado. Também pode causar ressentimento, pois isto permite que haja situações onde se dá prioridade a uma pessoa com qualificações inferiores pelo facto de ser do sexo feminino. Em conclusão, a nossa sociedade ainda apresenta vários problemas de desigualdade. A igualdade absoluta é um objetivo irrealista, havendo poucas ou nenhuma maneira de ser verdadeiramente aplicado. A discriminação positiva, apesar de parecer um bom método para tentar igualar a sociedade, apresenta alguns aspetos negativos.
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