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Sociedade Joana Oliveira
Sociedade
Joana Oliveira . Aluna do 12º B
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Asociedade gira em torno da opinião dos outros. Muitas vezes, ou melhor, a maioria das vezes as pessoas não cometem uma determinada ação pelo facto de elas próprias gostarem ou se sentirem bem com isso, mas para que os outros aceitem ou aprovem.
Esta necessidade de ser aceite e não fugir à normalidade afeta pessoas de todas as idades, mas, principalmente, os jovens. Mais do que agradar a si próprios querem agradar ao grupo de pessoas em que estão ou gostariam de estar inseridos, e isto acontece mesmo que as pessoas não tenham consciência disso, e acontece em situações bastante habituais do quotidiano, como, por exemplo, na maneira como as pessoas se vestem, na forma como comem ou como falam. A aceitação do indivíduo, na sociedade em geral ou em certos grupos de pessoas, é realmente bastante relevante, pois é um fator essencial no que toca à autoconfiança e autoestima das pessoas, já que, caso não sejam “aprovadas” pela comunidade, acabam, muitas vezes, por se inibir ou ficarem constrangidas e não conseguem manter uma vida social saudável.
Nos dias de hoje, embora pareça que a sociedade aceita razoavelmente bem os que escapam um pouco à normalidade, o preconceito relativamente ao que foge ao ideal estabelecido pela sociedade em que vivemos mantém-se, e as pessoas continuam a querer ser aceites pelos outros, mesmo que afirmem o contrário.
Tudo isto faz com que as pessoas valorizem e se preocupem mais com a sua aparência, que acaba por se sobrepor ao essencial das próprias pessoas, ao que as torna interessantes. A verdadeira personalidade, as ideias, os pensamentos e opiniões é que torna os indivíduos únicos e insubstituíveis e, muitas vezes, toda esta beleza está encoberta por aquilo que a sociedade espera que sejamos. Podemos, então, dizer que o facto de as pessoas tenderem para a normalidade, o facto de serem o que a sociedade pretende lhes oculta o que as torna especiais, o que as distingue de todos os outros.
A sociedade necessita de compreender que, antes de agradarmos ao próximo, devemos gostar de nós próprios e comportarmo-nos da forma que achamos melhor, para que nos sintamos bem connosco mesmos e não somente que os outros se sintam bem connosco, pois a nossa autoconfiança é capaz de conquistar a sociedade, mesmo que fuja ao modelo pré-definido da normalidade.