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E quando...? Maria Inês Alves
E quando…?
E quando deixamos de ter força nos nossos pés para suportar o nosso próprio peso?... E quando as nossas costas parecem carregar toneladas de chumbo?...
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E quando nos parece que estão dois pratos a bater
um contra o outro constantemente e esse eco
permanece dentro da nossa cabeça?... E quando deixamos de nos importar com o nosso corte de cabelo?...
E quando deixamos de ter sonhos?... E quando cozinharem-nos o nosso prato favorito passa a não fazer-nos qualquer diferença?... E quando deixamos de ter tempo para ver repetidamente o nosso filme favorito como antes fazíamos?... E quando tudo o que vemos à nossa frente é apenas trabalho?... E quando até deixamos de gostar de ir às compras?... E quando já nem apreciamos o aconchego dos nossos lençóis? E quando deixamos de ter um jantar só a dois?... E quando não toleramos coisas que nós próprios já fizemos?... E quando queremos adormecer e nesse momento a única coisa que realmente não temos é sono?... E quando tudo o que queremos é estar sozinhos?... E quando não temos ninguém que nos dê a mão e nos ajude a levantar, sem antes nos perguntar porque caímos? E quando já não apreciamos os planos em família?... E quando já nem mesmo consideramos o nosso aniversário motivo para celebrar?...
E quando a pessoa que nós mais queremos está longe?... E quando a velha amizade deixar de ser o que sempre foi?... E quando tudo é motivo para originarmos uma discussão?... E quando nos dizem que nunca é tarde de mais e só nós não conseguimos ver isso?... E quando achamos que a vida é injusta, mas só para o nosso lado? E quando a nossa vida não passa mesmo de uma rotina?... E quando o nosso corpo nos deixa de obedecer?... E quando cometemos erros? Isso é a única coisa permissível que aqui está escrita. Nós temos o direito de errar. Até porque na maior parte das vezes é com os erros que aprendemos mais. Mas nunca podemos deixar que a nossa vida nos pareça um erro. Nós temos o direito de sermos felizes e só nós podemos fazer com isso aconteça; só nós controlamos a nossa felicidade. Quando as coisas não estão bem tudo o que temos a fazer é mudar de vida; mudar o rumo à nossa vida.
Viver não é um castigo. E a ser feliz, aprende-se! Cometer certas loucuras é bom e saudável! Somos nós
os responsáveis por dar o significado à nossa vida e de nos motivarmos a vivê-la.
Maria Inês Alves . Aluna do 12º B