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Poder da imagem Ana Fernandes
Poder da Imagem
Ana Fernandes . Aluna do 11º F
Nos tempos que correm vivemos no seio de uma sociedade autodenominada desenvolvida. Mas até que ponto nos podemos realmente considerar tal quando, a cada dia que passa, a ideia de beleza acima de inteligência é mais e mais perpetuada? Enquanto somos novos, os nossos pais e encarregados educam-nos para sermos trabalhadores, alegando que o exterior não é relevante, que apenas o esforço e beleza interior nos proporcionarão os meios para alcançar os nossos objectivos. No entanto, à medida que vamos crescendo, apercebemo-nos de que esse não é bem o caso.
Os media, nomeadamente os programas e revistas de moda, aliados à publicidade, criaram um modelo de beleza a que devemos corresponder em ordem a sermos alguém na vida. Somos contante e exaustivamente bombardeados com mensagens que transmitem como devemos parecer, o que devemos vestir, como devemos andar, basicamente controlando quem nós somos e como vivemos a nossa vida.
De facto, esta obsessão pelo alcance da imagem perfeita é-nos de tal modo imposta, que a importância da aparência se torna notória até no local de trabalho. Aquando de uma entrevista de emprego, cada vez mais o empregador toma a aparência do indivíduo como um grande fator a considerar. Temos que nos perguntar: queremos de facto viver numa sociedade em que as grandes corporações preferem empregar uma pessoa bem-parecida a uma inteligente e apta para o trabalho, mas que, infelizmente, não se enquadra num padrão pré-definido de beleza?
Assim, concluo que o poder da imagem é realmente sobrevalorizado, algo que tem que ser alterado, começando por pôr um fim à constante alimentação desta por parte da comunicação social.