Uma página pintada de interrogações sobre esta velha questão, o tema mais recorrente de poemas e canções, mas que só se consegue entender plenamente quando nos deixamos arrebatar pelo sentimento ... Isabel Pereira
http://a-velha-questao.blogspot.com/
Projecto & Execução Gráfica: Roberto Ramos Fotografia: Roberto Ramos Direitos Reservados Textos: Isabel Pereira Direitos Reservados (citações e comentários) N.º exemplares: 1
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
01 CAPÍTULO I CAPÍTULO I
O que eu sobre O que sei sei eu sobre o Amor? o Amor? Parte IParte I Domingo, 11 de Janeiro Domingo, 11 de Janeiro de 2009de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
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em pouco, confesso, bem pouco ... daí estes desabafos sobre as minhas vivências e a forma como vou lidando com esta velha questão, "o que é o Amor?", a que só alguns sortudos saberão responder ... Sei que, quando estamos apaixonados, parece que saltitamos pela rua, apetece-nos cantar o dia inteiro e olhamos para o mundo com uma perspectiva bem melhor, como se alguém nos tivesse emprestado uns óculos com lentes da cor do arco-íris :) Sentimo-nos felizes e qualquer um consegue percebê-lo quando repara no brilho dos nossos olhos e no vigor da nossa renovada paixão pela vida e ... quando vislumbramos a nossa cara-metade ... bem, é como diz a canção "sempre que te vejo, o meu coração salta um batimento" ... estamos felizeeeeeees ... Pois é, apaixonarmo-nos é verdadeiramente lindo, mas depois do encantamento e entusiasmo iniciais, e dos óculos com lentes da cor do arco-íris começarem a perder o cor-de-rosa, a realidade chega, pé ante pé ... e não é assim tão romântica ... Estou a falar de quando juntamos os trapinhos, com as expectativas de que agora vamos poder passar mais tempo agarradinhos no sofá a ver tv., acordar todos os dias lado a lado com aquela preguiça, e depois namorar mais um bocadinho, e começar a pensar em constituir família ... muito bom!
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Mas depois começa a prova mais dura, as tarefas caseiras do quotidiano que não se resolvem sozinhas e que, quando ignoradas, tendem a acumular e todas as responsabilidades que uma vida a dois implica ...
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Lara Pereira disse... Uau, finalmente o teu blog, o teu próprio blog. Que escrevas muitos e longos textos... Parabéns!!! 11 de Janeiro de 2009 21:20 soundblade disse... Antes de mais, já era altura de criares um blog. PARABÉNS!!! E como já se vai tornando hábito lá vou dando uma forçazinha em comentar os teus "desabafos" que é como tu lhes chamas... Concordo plenamente contigo, e também aproveito pra responder à "PARTE II"... se houver parte III hehe... Continuando... como estava a mencionar, concordo contigo, e também acho o Amor lindo, aliás sempre acreditei nisso, por aquilo que já vivi e senti, mas também já tive desilusões mas não será por isso que deixarei de acreditar no Amor, longe disso... acho que as tarefas devem ser repartidas por ambos, não custa nada e até sou o primeiro a me oferecer para tal passo. A partilha das acções acho fundamental para a relação a dois, porque se vermos bem, o casal até na lida da casa e outras coisas mais fica junto, e por um lado até podem tornar-se divertidas essas acções (consoante o estado de espírito das pessoas)... Contudo o sexo masculino a nível geral interessa-se em sair com amigos, bebedeiras, futebol, carros... coisas de machões e que a vida feminina é só trabalhar, limpar a casa e fazer as 3 refeições diárias para o
namorado (se for o caso de partilhar casa/apartamento) ou marido... Acho vergonhoso ainda haver quem pense assim, e ainda para mais uma falta de respeito e consenso para com a mulher, mas... há quem seja o contrário (conheço gente em que a mulher nada faz e o marido tudo faz... até dar de comida ao bebé!!!)... Por vezes essas mentalidades provêm de gerações atrás de gerações, o que se torna difícil contrariar... coisa que até pode chegar a um ponto do tipo "ou começas a te importar comigo e ajudas-me ou a coisa fica já por aqui porque não vou passar a minha vida a ser «criada/o» de ninguém"... realmente... É tudo muito bom quando as coisas são doces e o mundo é cor-de-rosa, mas isso acaba a partir do momento em que um(a) deixa de ajudar ou não se interessa em ajudar a(o) outra(o)... Namorar? SIM .. Vida a dois? SIM .. Ajuda mútua? POIS CLARO! Senão... Como costumo dizer: uma relação depende dos dois, se um recusa, passam a recusar os dois e o futuro dessa relação passa a ser uma incógnita... Beijinho... 11 de Janeiro de 2009 22:06 Tito Velosa disse... "O que sei eu sobre o amor?" Já ando por aqui à 33 anos e também ainda não descobri realmente a resposta a essa pergunta.lolololol. Mas continuo na busca épica pela resposta. lol
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16 de Janeiro de 2009 15:23 Vanda disse... Tens um blog! :D Acho que vou gostar de ler o que escreveres, assim sempre vou sabendo novidades ;) Isso do amor realmente não é tão simples como possa parecer... Acho que tem que haver uma fase de "educação" para a vida em conjunto e nem sempre é fácil aprender, especialmente se uma das pessoas (ou ambas) não costumavam fazer nada em casa dos pais... Mas já dizia o outro, "Where there's a will, there's a way"... Beijocas grandes! 25 de Janeiro de 2009 14:35 marylu disse... Estou a gostar muito do teu blog!! :) Eu até há uns tempos atrás, tinha deixado de acreditar do amor, eram só desilusões atrás de desilusões... No entanto o amor surgiu-me no local mais inesperado!!! Nunca imaginei voltar a apaixonar-me assim. No meu caso, a relação que tenho é dificil, no entanto é tão bom voltar a ter a capacidade de amar infinitamente, amar de coração aberto!! Amar ingenuamente, lutar e fazer tudo pela outra pessoa. Não sei como a minha história terminará, só sei que agora vivo com o coração cheio, mt mt cheio com todas as esperanças e os sonhos do mundo à espera de um final feliz, e enquanto assim vivo a minha vida está cheia de magia.... Beijinhos 17 de Junho de 2009 00:38
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02 CAPÍTULO 2
O que sei eu sobre o Amor? Parte II Domingo, 11 de Janeiro de 2009
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azer a cama, lavar e arrumar a roupa, cozinhar, lavar a loiça e ainda limpar a casa são tarefas que ninguém gosta de fazer e que são, muitas vezes, motivode discussões parvas, que às vezes conseguem criar um arrefecimento nada agradável na relação ... Sinceramente, eu acho o amor lindo, mas acredito que um dos principais desafios de viver juntos é conseguir repartir de forma justa essas tarefas, a que ainda se acrescem as contas para pagar e o esforço de ter de poupar dinheiro e não comprar aquela tv. enooooorme ou aquele vestido e sapatos iguais ao da revista ... Enquanto namoramos e cada um volta à sua casa no fim do dia, é um desafio que não se torna tão visível, mas que se pode tornar num problema "cabeludo" quando uma das caras-metade é preguiçosa e está sempre a adiar a lida da casa ... acaba por sobrar para a cara-metade cumpridora, que muitas vezes prescinde do descanso das folgas para limpar tudo ... sozinha ... Isso porque as caras-metades cumpridoras, vencidas pelo cansaço, e depois de repetirem incessantemente a mesma coisa ("não deites a roupa molhada no chão", "não deixes a gordura secar na loiça e fogão", "põe o lixo na rua antes que comece a cheirar mal"), são vencidas pelo cansaço e acabam por fazer tudo, porque a alternativa é ... caótica ... stressante ...
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Não vou disfarçar, estas críticas são dirigidas ao sexo masculino ... há excepções e bem sei que as mentalidades estão a mudar, mas até que as coisas sejam efectivamente justas, gostava de lembrar duas coisinhas: as tarefas repartidas demoram metade do tempo ... e a metade do tempo que sobra pode ser passada a fazer coisas bem mais interessantes ;) capice?
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Vitor Vieira disse... Querida Isabel. Concordo em grande parte com as tuas afirmações, a vida é caótica, stressante, dinâmica e divertida.... é por isso que gosto tanto dela. O melhor da miséria é quando se sai dela. Uma relação falhada (ou duas, ou três) ensina-nos mais do que pensavamos ser possível. Ensina-nos o que é para nós importante, o que é supérfluo, o que é engraçado ou simplesmente irritante. Consideraste a higiene caseira como algo fundamental, e concordo contigo... é fundamental para nós sentirmo-nos bem em casa, mas será que é fundamental numa relação? Não digo isto por ser membro da equipa masculina, digo isto porque tenho ainda de ir lavar os pratos antes da minha namorada chegar a casa. Não que ela os irá lavar por mim, mas porque não quero que higiene seja um tema visto com negatividade. :) Agora a sério... há mulheres que escolheram livremente o caminho de assegurar a higiene caseira, bem como as refeições, educação dos filhos e afins... coisa que eu
pessoalmente considero que deveria ser dividido pelos dois. Mas elas escolheram por alguma outra razão que me escapa ou então não concordo completamente. Será o machismo uma condição oferecida e mantida pelos homens? ou será algo iniciado pelas mulheres? Possivelmente ambos. Possivelmenteantes de se brigar por um prato por lavar, o casal ou a pessoa que mais se queixa do problema, deveria trazê-lo logo á frente com intenção de resolver o assunto para que não se repita. invés de ignorar e acumular resentimento. Acumular até ao ponto de explosão!... ao qual os homens olham parvos e serenos com a cara de: " mas... afinal até agora não te queixaste, pensava que era assim que querias." Agora vou lavar a loiça, beijinhos ;) 11 de Janeiro de 2009 21:49 Bruloc M3 disse... Sei que o Amor não se coaduna com as tarefas domésticas ou afins... Admito até que a maioria da existência julgue ter amado ou sido correspondida, apenas por confusão do que é a "inclinação do coração"...
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Paixões alimentadas pelo entusiasmo. Essas manifestamente são passíveis de arrefecimento, seja com o passar do tempo ou com o "juntar dos trapos". Jamais ousaria admitir que num sentimento tão fatal que não inclui sentimentos carnais, tal como o Amor, eu tivesse a capacidade de ser racional. É algo que nos ultrapassa como uma lembrança que nos acompanha até ao fim das nossas vidas. É uma fatalidade que ultrapassa a metafísica das coisas. Desde muito novo que tive o privilégio de sentir o Amor e, até hoje, não arrefeceu, não desapareceu, muito menos alterou-se com o meio. O Amor que sinto acompanha-me como um vírus cravado no coração. Jamais irá desaparecer enquanto eu viver porque nunca permitirei que a racionalidade e as coisas da vida deturpem a genuinidade do verdadeiro "Amor". Em jeito de conclusão tenho uma confidência para ti. Amei algumas pessoas nesta vida e o amor por elas nunca desapareceu... P.S.- Felicitações pelo teu blog e por falares do Amor. Beijos. 20 de Janeiro de 2009 21:37
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03 CAPÍTULO 3
Os Homens são de Marte, as Mulheres de Vénus ... Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009
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inda estou a descortinar os meandros do amor, mas de uma coisa estou certa, é mesmo verdade que "Os Homens são de Marte e as Mulheres são de Vénus", queiramos ou não, somos diferentes e se para mim, um homem não sabe o que quer porque um dia gosta muito de mim e no outro já nem me liga, acho que isso acontece por termos visões bem diferentes no que toca ao relacionar-se e apaixonar-se ... Enquanto que a maior parte de nós é romântica/sonhadora e quando conhece alguém interessante já começa a imaginar o casamento e os nomes dos filhos (exagerada!!), os homens são bem mais práticos, vivem (intensamente) um dia de cada vez e sem as expectativas que nós criamos ... tenho plena consciência que faço muitas vezes uma tempestade num copo de água por causa de uma situação que, para ele, nem era um problema! Mulheres e homens sentem e pensam de maneira diferente e não há volta a dar ... Constato isso principalmente no começo de uma relação ... não nego, acho que a melhor parte de flirtar com quem sentimos "química" é todo o desafio que isso envolve ... o jogo de sedução, a troca de olhares cúmplices e as conversas com duplos sentidos que depois se tornam deliciosamente marotas ...
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Ainda assim (e aí começam as diferenças), apesar de vivermos numa época em que as mulheres já se emanciparam, encontro homens que gostam de sentir que controlam a situação ... podem até simpatizar IMENSO connosco, mas se se apercebem de um grande entusiasmo da nossa parte, perdem rapidamente o interesse. A minha primeira reacção é a de que "são parvos e não sabem o que querem", mas também percebo que muitos homens gostem do desafio de nos rondar e envolver qual aranha na teia ... para depois nos porem "K.O." ... o problema, é que se nos mostramos logo demasiado disponíveis, eles perdem esta adrenalina do desafio e de quem ganha no jogo do gato e do rato ... e tchau aí ... Pois é, os Homens são de Marte, e por isso temos de esperar que sejam eles a dar o 1º passo, o 1º sms e telefonema, porque se formos nós, eles podem interpretar o nosso entusiasmo como ansiedade e desespero, o que é péssimo! E eu, que sou de Vénus, fico baralhada com estas duas realidades (planetas) tão diferentes em que coexistimos, mas vou continuar a tentar perceber a mente masculina, muito complicadinha por sinal, mas tão ... encantadora ... gosto de marcianos, fazer o quê?
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lara pereira disse... Oi garota, tu sabes bem a minha opinião mas para que nunca te esqueças deixo-a aqui no teu blog. O jogo do gato e o rato só não interessa qundo ele está tão apanhadinho que por mais asneiras que faças ele não sairá do teu caminho. Quando encontrares isso podes ser tu mesma e esquecer os joguinhos próprios da conquista. Até lá, segue os conselhos da sábia. Hi, hi, hi... 16 de Janeiro de 2009 14:35 Tito Velosa disse... Pois é, Isabel...o jogo da "Sedução e da Caça" (lol) são momentos importantes e excitantes numa possivel relação e não devem (na minha opinião) serem apressados.Claro que numa dada altura chega de "brincar", nao é? Mas esses jogos podem ser jogados por ambos, dependendo da personalidade de cada um(a).Há quem prefira caçar e quem prefira ser caçado.Eu gosto de seduzir, mas as vezes faz-me bem tambem sentir que estao a tentar me seduzir e/ou caçar.lol. Hoje em dia a questao de ser o Homem e a Mulher já esta mais esbatida. Depois tambem há aquela velha questão de que quando a oferta é muita e rápida, o pobre desconfia...lol PS: Parabens pelo Blog, amiga.Vi o link no Hi5.bjs. 16 de Janeiro de 2009 15:20 Anónimo disse... Aproveito para responder à tua pergunta: «gosto de marcianos, fazer o quê?». Eu, que sou de “Marte”, tabém confesso alguma dificuldade em perceber as "venusianas”. Mas, vamos por partes. Primeiro, nem todos somos iguais, nem marcianos, nem venusianas. Depois, há encatamentos, reacções e comportamentos, que não se conseguem explicar de uma forma racional e objectiva. É esse também o encatamento do Amor. Não há fórmulas, nem poções mágicas. Há amor simplesmente. E quando há amor, isso nota-se, desde o mais pequeno gesto à palavra que não se disse, que apenas se leu nos olhos de alguém. Ficcino 16 de Janeiro de 2009 19:24 soundblade disse... Bem... já tivemos meia conversa acerca disto
por via telemóvel lol... mas vou recomeçar... adelante... Homens = Marcianos / Mulheres = Venusianas Ora bem... confesso que este post mexeu mais com os meus neurónios em comparação com os postsanteriores...contudo,concordoplenamente com o que diz a Lara e o mesmo se aplica ao sexo oposto... O problema talvez seja a velha questão de que a mulher tem de esperar que seja ele a dizer as coisas (velho costume) em primeira mão que venha a dificultar a possível relação de um possível casal... É assim, na minha opinião, hoje em dia ambos os sexos são tímidos no que toca a falar de amor, mas isto acontece quando o sentimento mútuo é real, pois existe aquele "real" que é para brincar às "cores" e existe aquele outro "real" que é só pra passar o tempo, depois fartar e jogar fora... quando falo REAL (sem aspas), falo de um sentimento sério, honesto, aquele sentimento que nos reaviva o espírito e que nos faz acordar no dia seguinte com alegria de poder viver novos momentos e sensações junto daquela pessoa que nos unimos... Os homens hoje em dia não sabem o que querem, preferem os joguinhos a um relacionamento estável, é verdade... e tb no sexo oposto existe essa mentalidade, infelizmente... daí o gato e o rato... Mas digo também que após passar tanto tempo nesse jogo, qualquer um chega a uma conclusão deveras "dramática" ao ver à sua volta que afinal de contas estão sós... deitaram aperderumaoportunidadedeterumaexperiência única e duradoura na vida, o de ter uma companheira(o) com quem partilha tudo de bom que a vida pode proporcionar... Beijo. ;) 18 de Janeiro de 2009 23:37
Se o problema é a solidão e a falta de um relacionamento não é necessário Amor. Basta um rato. 20 de Janeiro de 2009 22:02
Bruloc M3 disse... Em relação ao Sol, a Terra está mais distante que Vénus e mais próxima que Marte. Num jeito de equilíbrio também os homens e as mulheres não se querem nem de Marte nem de Vénus; querem-se da Terra. Quanto ao jogo do gato e do rato eu preferiria, no teu lugar, fazer batota. Vestia a pele de gato, montava uma ratoeira e esperava que o rato surgisse.
marylu disse... Pois é, precisamos mesmo é de peceber as diferenças entre os dois, e respeitá-las de modo a que uma relação a dois possa dar certo... mas acho que cada vez mais as necessidades de uns e de outros se tornam semelhantes... 17 de Junho de 2009 05:25
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Vanda disse... Não sei se já leste esse livro ("Os Homens são de Marte, as Mulheres de Vénus"), mas eu li um bocado e não o recomendo (achei muito machista). Outro do género que eu li e que achei muito mais educativo acerca das relações e interacções entre Homens e Mulheres é "Porque é que os Homens nunca ouvem nada e a as Mulheres não sabem ler mapas de estradas" (se quiseres posso emprestar-to). Fiquei a perceber muito melhor algumas das reacções de ambas as partes (Marcianos e Venusianas - eu incluída). No entanto, aquilo de que falas muitas vezes não tem a ver com ser Homem ou Mulher, mas sim com a própria personalidade da pessoa. Há pessoas que gostam de caçar e outras que prefere ser caçadas (utilizando a expressão do Tito). Por exemplo, eu gosto de Marcianos e Venusianas(embora esteja irremediavelmente apaixonada por um Marciano :D) e já percebi que gosto de coisas diferentes, dependendo do meu "alvo", o que pode confundir algumas pessoas :P No entanto, também acho muito complicado perceber algumas Venusianas, porque realmente às vezes enviam umas mensagens que querem dizer outra coisa diferente... Mas pronto, há que continuar a tentar! :D Eu acho que o essencial é perceber as diferenças entre ambas as partes e respeitá-las e tentar lidar com elas o melhor que se consegue :) 25 de Janeiro de 2009 14:52
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
04 CAPÍTULO 4
Felicidade agora :) Domingo, 18 de Janeiro de 2009
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ão devemos fazer depender a nossa felicidade de terceiros, acredito que devemos ser felizes no presente, e lutar pelos nossos sonhos, independentemente de termos alguém "especial" ou de estarmos solteirinhos. Não vou pôr a minha vida no "pause" até chegar o príncipe encantado montado num cavalo branco para começar a viver a vida (até pode nem chegar) ... há que ser feliz é no presente, porque às vezes adiamos os nossos projectos tempo demais, à espera da pessoa e do momento certos. E esta forma de pensar também se aplica a todos os outros campos da nossa realidade, já que estabelecemos imensos objectivos de vida: ter um bom emprego, comprar casa/carro, constituir família ... e pensamos que quando tivermos alcançado tudo isso, seremos felizes. Mas continuamos depois com aquela inquietude, porque depois de já termos alguma estabilidade financeira e emocional, de os filhos já estarem crescidos, achamos novamente que só vamos ser felizes quando os nossos descendentes também estiverem bem na vida ... e por aí adiante ... Conheço tanta gente que se esquece de usufruir o "agora", de gozar os pequenos prazeres que a vida nos dá, como fechar os olhos num dia solarengo e deixar que o sol nos aqueça a face, a
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alegria no rosto de uma criança quando brincamos à bola com ela ou uma amiga que se voltou a apaixonar ... situações que me refrescam a alma e me lembram como é bom estar viva, saudável e ter uma família e amigos maravilhosos (ainda que muitos estejam longe) ... Só temos uma vida, e às vezes penso que a desperdiçamos com tantas questões menores ... estou gordinha, não tenho roupa para vestir, o carro precisa de uma pintura nova ... há que pôr as coisas em perspectiva ... há quem não tenha comida, carro ou casa, quem esteja preso numa cadeira de rodas para o resto da vida, quem tenha um filho com cancro, e nós queixamo-nos?? Eu sou apologista de rir, rir muito, e contagiar o maior número possível de pessoas com a minha alegria de viver ... sou uma mulher feliz (faço por isso) e só me arrependo do que ainda não fiz ... porque não quero um dia olhar-me ao espelho, com rugas e pele flácida, e achar que não aproveitei isto tudo, bom e menos bom, ao máximo ...
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PP disse... Não podias ter escolhido melhor imagem para o teu perfil. "Lágrimas" de ManRay transparece o teu estado do momento, pelos textos que escreves. Mas há uma vida naquele olhar e as lágrimas...não são mais do que pérolas..o que eu adoro ManRay... 18 de Janeiro de 2009 22:42
Anónimo disse... Ok. Realmente devo-te um comentário... grrr escrever... primeiro, dizer-te que o blog está bué fixe e mandar-te um bjinho. Deixo-te também um desabafo... uma daquelas nossas conversas que acontecem de longe a longe... 21 de Janeiro de 2009 18:22
HR disse... Dizem que as rugas são o mobiliário da nossa vida, em que cada uma representa um momento da vida vivido em pleno... Acabarmos cheios de rugas e plenos de alegria de termos vivido ao máximo... o resto pouco importa. 19 de Janeiro de 2009 12:53
Patrícia disse... O amor tem um prazo? Os sentimentos têm prazo? Em parte o Mundo nunca mudou. A corrida para a morte é inevitável e vale tudo para alienar o incontornável. Uma casa, dinheiro, amor. Parte do Mundo perde metade da vida a perseguir um ou os três objectivos. Eu ficava pela casa à beira mar com muito amor, claro, e já agora uma lareira. A questão é que de tanto procurar algo se
Lara Pereira disse... Isso quer dizer que vamos a Veneza? Iupi... 19 de Janeiro de 2009 15:54
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perde pelo caminho e há quem morra sem saber o que perdeu... dinheiro, amor, um jardim amoroso com vista para o mar? É possível juntar tudo, numa só vida? Quando é que se perde um amor? Há amor que resista ou há prazos para os sentimentos? Se a vida é efémera, pode ser eterno o amor? Desconfio que o excesso de confiança é que dita o fim do amor. Depois há o desmazelo, o adiar das palavras e a prioridade que se dá ao trabalho, os olhos que se desviam quando a conversa não agrada, o confronto de emoções que já não se faz... Há, então, que inverter o jogo e aí entra a verdade. A verdade é um desafio que dá sabor à vida. Sabe tão bem quanto um cacau quente num dia muito frio e com neve lá fora. Pode a verdade salvar um amor? Bjinho Patrícia 21 de Janeiro de 2009 18:23
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05 CAPÍTULO 5
Relações "fast-food" ... Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009
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H
oje em dia as pessoas têm relações a que apelido de "fast-food", tanto a nível amoroso como de amizade. Uma situação que me inquieta sobremaneira, pois revela o estado a que chegámos enquanto seres humanos. Esta é a melhor definição que ouvi até hoje deste tipo de relações e foi-me dita por um grande amigo meu ... vejam lá se não concordam: "Realmente cada vez mais observo nas pessoas como elas querem correr de uma relação para outra, passam a vida toda a correr, ao invés de andar, como se fosse uma corrida cuja meta é a morte. Para curar um coração num estado vegetativo (ou partido) procuram alguém com as características que gostam, que consideram necessárias ... e ficam apenas o tempo suficiente para descobrir se essa pessoa as possui ou não (antes era uma conversa num bar, agora são 2 semanas de sms) se sim, ficam ... se não, next! ... mas a amizade que podia ser gerada aí, mesmo que não haja o "click", a química para o amor ... essa já não tem o valor que tinha ..." Eu sei que hoje em dia é mais fácil conhecer pessoas ... nos bares, discotecas, ginásios e até através da Internet (com o msn e hi5), mas sinto que julgamos depressa demais quem acabamos de conhecer, por qualquer chatice ou mal-entendido,
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descartamos as pessoas ao primeiro sinal, por já estarmos à espera de mais uma desilusão ... Antigamente, havia quem se casasse mal conhecendo o outro, que depois se tornaria parceiro de uma vida, mas porque as pessoas não tinham grande escolha ... os divórcios eram mal aceites pela sociedade e os casais tinham de fazer um esforço maior para se darem bem ... e muitos acabavam por se apaixonar e serem mesmo felizes ... Hoje em dia, e perdoem-me o descrédito, os jovens casam e à mínima discussão, divorciam-se ... não digo que se casem de ânimo leve, mas sem a consciência plena de que um compromisso como o casamento tem imensos picos altos, de extremo amor, mas também implica cedências, discussões e momentos menos bons ... é isso que fortalece um relacionamento, resistir às contrariedades, mas parece que as pessoas desistem tão cedo, demasiado cedo ... Vivemos numa sociedade cada vez mais massificada, anónima e apressada, as pessoas passam a ser números de telemóvel, que apagamos no dia seguinte por já não nos lembrarmos delas ... Com esta lógica dos relacionamentos "fast-food", sinto que quando conheço alguém interessante, estou numa entrevista para um emprego, em que tenho de dar a melhor impressão
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possível em 30 minutos ... entristece-me pensar que me tiram a oportunidade de eu me dar a conhecer por inteiro, com tudo o que isso implica, qualidades e defeitos ... Amigos, reflictam, vejam se é desta forma "fast-food" que queremos passar pela vida, ou se às vezes não vale a pena arriscar e conhecer melhor quem nos rodeia ...
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Francisco Cardoso disse... Bem, esta é forte! E como te disse há dias, pessoalmente, vamos tendo de tudo nesta sociedade. De tudo, quis dizer relações 'fastfood', relações 'long-food', não às relações... Repara que em tudo na vida temos de evitar generalizar, sendo certo que está a imperar muito dessa primeira opção, não deixa de ser certo que muita gente continua a amar à primeira e a continuar por muitos e bons anos juntos (com todas as convulsões e vicissitudes de uma relação a dois), como também há quem não queira nem uma coisa nem outra (geralmente são pessoas demasiadamente fartas do 'fast' ou demasiado magoadas por um mau 'long')... O mais difícil hoje em dia é encontrarmos 'aquele amor', aquele que nos arrebata, que sabemos ser capaz de nos levar até ao fim do mundo, que sentimos conseguir 'aturar' (é só um termo, modo de escrever) por muitos e longos anos...porque as personalidades chocam, os interesses são comuns, as pessoas à volta (também importantes) são comuns e, por fim, a intimidade é um renovar de ideias e projectos a cada dia, semana, mês ou ano... Achei piada àquela da "entrevista para um emprego" e, no seu peso certo, até tem sentido dada a rapidez com a qual temos de nos valer para conhecer alguém que pode interessar... antigamente era muito mais difícil (pelo assim nos contam), demorava uma
eternidade o processo e conhecimento e reconhecimento entre dois jovens, sempre acompanhados dos familiares...vendo bem a coisa, aprendia-se a respeitar a família, a pessoa, a privacidade... hoje é tudo às claras! Sem pudor. Já deves ter reparado que para mim relações 'fast-food' não funciona...gostaria muito de ter uma 'long', mas estou mais inclinado para ficar no meu cantinho, 'no relations at all'...quem sabe não reparem em mim! Para quem gosta, é fácil demonstrar esse amor em público (dizem os que amam que não vêm outra coisa à frente), para quem anda a 'curtir', quanto mais escondido melhor....neste último parágrafo está um novo tema que pode explorar e com esta pergunta: Porque é que temos de mostrar aos outros que gostamos de uma pessoa, não basta ela saber? 23 de Janeiro de 2009 09:29 Bruloc M3 disse... É com a naturalidade da declaração do sr. Cardoso que afirmo que a tendência natural de vivermos individualmente ainda persiste. Podemos ser experientes pelo simples facto de dispensarmos algum tempo para observarmos, ver o fado dos outros, enfim, identificarmos o que queremos, por mais árduo que seja.
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Identifico-me com a opinião de que não temos que mostrar aos outros que gostamos de alguém. "Basta ela saber". E, é nesta incerteza que procuramos a relação onde os personagens não se pronunciam, como se estivessem silenciados pela emoção. É num simples gesto ou olhar que as relações ganham significado e, finalmente com o repetir destes gestos ganham duração quase perpétua. Eu estou numa relação duradoura, mas tal não alivia a minha solidão... o meu espaço onde penso, quero e desejo está sempre definido. 24 de Janeiro de 2009 18:20 marylu disse... Acho que nos novos tempos estão a trazer muitas coisas menos boas, querem inovar, mudar, etc, que se esquecem do que nos sustenta, que nesse caso é a familia. Quem não tem a sorte de ter uma familia decente, apoia-se nas relações pessoais. E estas constroem-se com amor, dedicação, carinho, e não com relações desprovidas de qualquer sabor. Tanto querem, que não chegam a lado nenhum.... Não é por acaso que a infelicidade a nível afectivo está tão elevada!! 17 de Junho de 2009 05:35
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06 CAPÍTULO 6
Aceitam o meu desafio? Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
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migos e colegas ... visitantes deste blog: Criei o blog nem há duas semanas e sinto-me muito feliz por saber que já vou tendo algum "feed-back", e que há quem tenha interesse em ler os meus desabafos sobre este tema tão universal (também, depois de toda a publicidade que fiz no meu hi5, não é para menos, hehehe) ... agradeço a todos os carinho e a amizade e principalmente à minha melhor amiga, a primeira a encorajar-me a reunir os meus pensamentos num blog ... tu sabes que és tu, Lara (saudades!!), sem esquecer a mais romântica das minha amigas, a Patrícia, e a menina que mais paciência tem para me aturar, a Paulinha ... Pois, pois ... parece o discurso de quem recebeu um Óscar, mas sei que muitos de vós, que escrevem neste blog, têm vidas ocupadas e por isso valorizo muito os minutos que nele dispendem ... E como eu tenho muuuuuuuita lata, deixo a partir de hoje um desafio ... darem-me a vossa opinião sobre questões que vou lançando ... e sem mais demoras, a primeira pergunta é sobre o meu último texto ... "O que pensam das relações "fast-food", uma moda passageira ou uma forma de pensar que se vai generalizar?" Aguardo os vossos comentários ... Beijo para todos!!
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HR disse... Depois do teu post com o mesmo nome, deixas me pouco a dizer já que partilho contigo na maioria das coisas o que disseste sobre as relações fast food. No entanto analisemos um pouco a perspectiva da "nova" sociedade em que vivemos: vidas em horários malucos sobrecarregados;preocupaçõesacrescidasnas nossas vidas, sejam elas profissionais ou pessoais; em fim ninguém tem tempo ou se quer dar o luxo de "investir" tempo em descobrir o ser que por vezes se esconde em cada pessoa. Ninguém tem tempo, nem a sociedade deixa que soframos muito tempo por alguém, já que no "mercado" social há tanto por onde escolher. Acho que ao globalizarmos a nossa sociedade estamosafazeromesmocomoamor;trocamos de parceiro sempre que precisarmos que uma relação mais rentável; ninguém esta aqui para "perder" nem mesmo no amor... Os "ultra-romantistas" estão condenados... Como diria Rui Veloso: "já não há canções de amor..." 22 de Janeiro de 2009 11:17 Bruloc M3 disse... As relações instantâneas não estão ao alcance de todos. Há aqueles que as desejam
sem terem sucesso, seja por timidez, fraca aparência ou falta de auto-estima. As relações, no sentido lato da palavra, são fruto dos intervenientes. O conflito dos seus conflitos existenciais minam a possibilidade de uma primeira aproximação à pessoa desejada, assim como a simples falta de beleza física tambémprovocaumareacçãodeafastamento do outro. Não encaro com negativismo as conexões "fast-food" porque são fundamentalmente um princípio, um início de algo que se manifestará com o tempo e a convivência. Neste tipo de jogo sou um inadaptado... amo com muita facilidade, amo sem racionalidade, amo por amar e, finalmente, fico na solidão. Não há espaço para o outro. Poderão chamar puro egoísmo mas é algo que me realiza. Os românticos não estão condenados, muito menos são infelizes. Têm uma visão menos prática e racional das relações; esperam e desesperam sem nunca perder a sua fantasia de uma relação idílica. Admiro aqueles que sabem o que procuram e o que querem com uma racionalidade tenaz.
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É para esses que desejo boas relações "fast-food", pois o tempo é escasso e não podem desperdiçá-lo a descobrir o outro ou a apreciar a solidão convenientemente. Vivam intensamente e colmatem a falta de amor porque é a atitude mais razoável para vós. Eu prefiro viver devagar e não correr para vencer porque esta é a minha individualidade... 23 de Janeiro de 2009 21:09 Anónimo disse... Isa, é só para te mandar um beijinho e dar os parabéns pela iniciativa de criares o teu blog. Felicidades para a tua ciberescrita!:) Beijos. Gina. 26 de Janeiro de 2009 15:19 Anónimo disse... Vivemos de facto a era "fast-food" mas... esperança amiga, as coisas vão mudar, ainda vamos assistir à passagem à cozinha "gourmet", com tempo, bom gosto, cuidado e de sabor inigualável!!! TS 10 de Fevereiro de 2009 20:47
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07 CAPÍTULO 7
A Cegueira do Amor ... Domingo, 25 de Janeiro de 2009
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o outro dia colocaram-me uma boa questão ... com o que é que sonha um cego que nunca viu? E vai daí, fiquei a pensar nos vários tipos de cegueira, não só a visual, mas a do coração ... Lembram-se dos óculos com lentes da cor do arco-íris, que colocamos quando nos apaixonamos? Pois, eles fazem-nos ver tudo muito mais colorido, mas também nos toldam a visão ... aquelas cores todas ofuscam-nos e é por isso que, quando a nossa cara-metade nos começa a negligenciar, as lentes não nos deixam ver claramente ... não deixam ver o desinteresse, o egoísmo, a falta de tacto e do brilho nos olhos que antes era tão frequente ... E por essa verdade ser tão dolorosa, percebermos que estamos com alguém que não nos ama da mesma forma, lá deixamos que a Cegueira do Amor se instale e se acomode ... A verdade é que, bem lá no íntimo, sabemos quando a relação já teve melhores dias ... mas estes óculos "maravilha" teimam em mostrar-nos um mundo diferente, uma ilusão de que as coisas parecem bem melhores do que efectivamente são ... e assim, continuamos a insistir numa relação com o prazo de validade expirado. É uma questão também de orgulho, não queremos admitir que
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o relacionamento não está a resultar, é difícil aceitar que também falhámos, principalmente depois de tudo o que investimos e lutámos ... E assim, dia após dia, aturamos atitudes e situações que nos rebaixam, ferem até ao fundo da alma e nos deixam a auto-estima ao nível do chão ... mas aguentamos e cara alegre, apertamos os óculos "maravilha" com mais força na cara, e aquietamos o nosso coração com mais uma desculpa esfarrapada, é mais fácil assim ... Acontece é que os óculos até podem ser fabulosos na visão deturpada que nos dão da realidade, mas não enganam o coração, que vai ficando pequenino e se vai esvaziando do sentimento ... e um dia acordamos, e não nos apetece voltar a olhar o arco-íris pelos óculos "maravilha" ... e preferimos encarar a verdade, por mais penosa que seja ... É aí, meus amigos, que começa uma nova vida ... recomeçar exige um lavar de alma, uma reavaliação das nossas prioridades e muita coragem para dar uma nova chance ao Amor (ainda que com alguns remendos no coração), mas acredito que vale a pena ... vale sempre a pena, só temos de voltar a acreditar :) P.S.: Deixei para o fim a resposta à pergunta sobre a possibilidade
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dos cegos de nascença conseguirem sonhar ... ficaram curiosos, certo? Pois bem, um estudo publicado por cientistas portugueses proporcionou o primeiro indício de que pessoas sem experiência visual podem sonhar com imagens, pois são activadas partes do córtex cerebral que controlam essas representações. O mais fantástico é que, se essas conclusões estiverem correctas, essas imagens surgiriam em consequência de estímulos tácteis e auditivos. E esta, hein?
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Patrícia disse... Olá! O ‘look’ a Beatriz Costa assenta-te realmente bem. Em relação à nossa conversa, não se trata de dizer bem ou mal dos homens. Penso que, por vezes, tem piada caricaturar as diferenças que nos separam mas também nos unem. Acredito piamente que se homens e mulheres se esforçarem conseguem criar um fenómeno inexplicável: o amor. O amor exige trabalho e dedicação diária, exige verdade e muito diálogo aberto e franco. Sim, e por vezes, há que por os óculos dourados ou mesmo fechar os olhos a algumas falhas. Disse que um problema dos homens é a falta de concentração, uma falha que se acentua quando o tema são as lides da casa, uma ida conjunta ao centro comercial ou a escolha da cor das cortinas novas. É uma caricatura, mas convenhamos: que homem nunca se desculpou com a frase “a sério, querida, juro que não te ouvi...” Os homens divagam, as mulheres são de Vénus. Bjinhos: Patrícia 7 de Janeiro de 2009 19:11 Bruloc M3 disse... O Amor é, definitivamente, cego. Não é com uma atitude, de quem tudo vê, que basta por unsóculoscorarco-írisepensamosqueamamos. É uma acção muito activa, aquela de quem
não acha que a relação está bem, assentar um género de filtro e desejar que com o tempo tudo melhore. Mais vale sermos humildes e vermos que as projecções que lançamos no nosso parceiro podem não ser, efectivamente, as mais práticas. Num género de disputa de personalidades, assim se vive uma relação a dois; "reclamando" ao parceiro aquilo que achamos correcto e descurando aquilo que, para nós, é errado. As nossas experiências de vida podem ser traiçoeiras no modo como entendemos as relações, pois viciam os resultados. Mas, se abstrairmo-nos de todas essas vicissitudes é óbvio que só põe os óculos quem já reparou que a relação estava mal, de acordo com os seus ideais. Por isso quem não ama, ou não tem essa capacidade, que estabeleça à priori metas, objectivos e ideais, para que no fim tudo não resulte num divórcio... Ou compreendemos ou toleramos, para que a ignorância não prevaleça. 3 de Fevereiro de 2009 19:58 Vitor Vieira disse... Neste aspecto prefiro as palavras de um Rabi americano "O amor não é cego, ele vê mais. E por ver mais está disposto a ver menos."
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A frase do amor é cego sempre foi aplicada no contexto de avaliação das características exteriores dos amantes, mas na verdade a sua intenção inicial era de retratar os defeitos mais interiores. E é aí que prefiro a versão do rabi. Foi assim que apaixonei-me pela primeira vez e sempre assim desde então. Não quero referir-me a nenhuma (ex)namorada em particular, mas sim... quando estamos apaixonados, enamorados vemos os seus defeitos, mas as suas qualidades são tão mais atraentes que escolhemos ignorar os defeitos. O problema e a desilusão aparece quando afinal as qualidades e o que nos fez apaixonar pela primeira vez já não se aplicam ou já não nos parecem tão importantes... 5 de Fevereiro de 2009 16:51 Anónimo disse... A insatisfação faz parte da natureza humana e por isso aquilo que era perfeito hoje, amanhã deixa de o ser. Não quer dizer que seja pior, é apenas diferente. Da mesma maneira que todos temos formas diferentes de expressar o nosso amor. Não quer dizer que não se ame, ama-se à nossa maneira. 10 de Fevereiro de 2009 20:43
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08 CAPÍTULO 8
Histórias de uma cozinheira e do seu pónei amarelo ... Sábado, 31 de Janeiro de 2009
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i há dias o filme "Revolutionary Road", que tinha uma premissa que sempre me intrigou ... se é verdade que a realidade do nosso quotidiano (casamento, filhos e trabalho) nos impede de concretizar os nossos sonhos de meninice ... Quando eu andava na escola dizia que, "quando fosse crescida", queria ser cozinheira e ir para o trabalho montada no meu pónei amarelo (a minha cor favorita na altura), e apesar de hoje em dia só esse pensamento me dar vontade de rir, com os meus 4, 5 anos eu afirmava-o com a certeza de quem já sabe o que quer fazer o resto da vida :) Ok, o meu sonho de infância não é o melhor exemplo de um projecto de vida, porque a bem da verdade, nunca tive um pónei e cozinhar não me deixa em êxtase, mas o que quero mostrar com este exemplo é a facilidade com que abrimos mão das nossas antigas aspirações, por acharmos que eram tontas e irrealistas ... sei que nem todos podemos ser astronautas, pilotos de Fórmula 1 ou modelos de alta costura (ou cozinheiras com póneis), mas podemos ao menos tentar e lutar pelo que outrora nos parecia tão essencial para a nossa felicidade ... Porque a alternativa é acomodarmo-nos a uma vida mais tranquila e previsível, mas em que sentimos aquela pequena
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inquietação, a de sabermos bem lá no fundo que não tivemos a coragem suficiente para arriscar e cometer uma loucura, quem sabe, e viver a vida que sempre imaginámos ... No filme, os sonhos iniciais de uma vida diferente que acabou por nunca chegar, levou a que o casal de protagonistas entrasse em ruptura ... ela recusava-se a levar uma existência sem desafios e ele achava que a conseguia fazer feliz, mesmo assim ... a história não terminou com um final feliz, embora eu tivesse essa esperança ... pensei até aos últimos minutos da película de que o amor ia ser mais forte e fazer a diferença, impulsionando o concretizar da visão de felicidade que ambos partilhavam ... Mas já diz a canção, que nem sempre o amor é suficiente ... o que vale é que eu continuo a achar que esta é a excepção à regra, e enquanto for assim, tudo bem :)
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soundblade disse... Ok... Eu queroooo um póóóóóóneiiiiii lol 31 de Janeiro de 2009 21:54 Bruloc M3 disse... A minha história é de um médico que queria ter um M3. Foram apenas cerca de oito anos a lutar para que tal acontecesse e, para que o absurdo tomasse forma, bastaram duas décimas de um valor para que tal não acontecesse. A vida pode ser irónica, mas
admito que este não é um problema digno de discussão, quando sabemos de tantas desgraças que assolam os outros. Em defesa do amor só abdiquei de ter relações amorosas com outras raparigas... certo ou errado outras coisas fiz. Quanto ao meu sonho dissolveu-se na dureza da vida que agora levo; tornei-me muito mais humilde, compreensivo e até passivo. Não foi por amor, nem por uma relação que perdura há dez anos. Mas os
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meus sonhos de infância já não existem, em detrimento de outros, bem mais capazes e suficientes para que eu tenha uma vida preenchida e feliz. Irei continuar assim e nunca deixarei que uma relação amorosa reprima a minha individualidade. O Amor é sempre suficiente, é condição necessária que este exista... 3 de Fevereiro de 2009 20:15
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09 CAPÍTULO 9
A Idade do Amor ... Domingo, 1 de Fevereiro de 2009
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uantas vezes já ouviram uma pessoa de meia-idade, viúva ou divorciada, dizer que "já estou velha demais para voltar a encontrar alguém" ... e eu ponho -me a pensar se o Amor tem idade ... Segundo a minha ordem de ideias, há um tempo para tudo: quando somos adolescentes e começamos a namorar, achamos logo que encontrámos o grande amor da nossa vida e que vai durar para sempre (ingénuas...) A verdade é que é muito raro durar, e quando nos voltamos a apaixonar na idade adulta, já temos um maior discernimento para relativizar os sentimentos e percebermos que não vale a pena usar o verbo "amar" com o 1º namorado (é muito cedo, acreditem) ... É depois dessa fase e de amadurecermos a cabeça e o coração, que vivemos os relacionamentos de uma outra forma, mais profunda, ainda que igualmente apaixonada ;) E depois aparece aquele homem que se torna o nosso companheiro de uma vida, e com quem partilhamos os momentos mais especiais, temos filhos, netos ... e que, quando desaparece, nos deixa a alma vazia e o coração em mil pedacinhos ... é depois dele, que achamos que já não vale a pena apaixonarmo-nos outra vez, nem conhecer mais ninguém ... Ainda assim, acho que não há uma idade ideal para viver um
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grande amor, ele aparece às vezes quando menos esperamos ... e apesar de eu ainda ser uma "piquena" e caloira nas artes do Amor, gosto de acreditar que podemos amar mais do que uma pessoa na vida. Ainda que haja sempre o "tal" homem que nos deixa marcas mais profundas, seria uma grande pena que só pudéssemos amar de alma e coração uma única vez em toda a nossa existência. Prefiro pensar que amamos de forma diferente todos os homens que passam pela nossa vida, e que todos eles nos ensinam algo mais (bom ou mau) acerca desta arte :) E portanto, quando oiço alguém dizer que é velho demais para voltar a amar, apetece-me perguntar-lhe "E qual é a idade do Amor?" ...
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soundblade disse... Por vezes é compreensível a forma como se comporta o ser humano mais "velho"... pela(s) experiência(s) que já viveu até ao momento, as boas e menos boas recordações que teve da(s) sua(s) relação(ões)... Por vezes chega ao ponto de que já não há força para "arrancar" uma nova experiência no Amor, "desenferrujar" o que está com "ferrugem" etc etc... atenção sem pensamentos perversos... Estou de acordo contigo Isa (mais uma vez), mas por tudo o que essas pessoas já passaram o receio de sairem magoadas ou magoar alguém, o receio de voltar a confiar quando outrora foi traída(o), o receio de pensar estar a ser infiel ao seu(sua) amado(a) já falecido(a)... são questões que pesam na consciência dessas pessoas para voltarem a ter uma nova vida, um novo doce no Amor... O Amor terá idade? Eu não sei, até lá vou esperar até que me abrace... 3 de Fevereiro de 2009 00:31
Bruloc M3 disse... Sobre este tema tenho uma situação que me aconteceu: O meu primeiro amor, tinha eu uns onze anos, surgiu. Acordava cedíssimo apenas para vê-la através do vidro do autocarro, que pontualmente, passava perto da minha rua. Sempre que possível, ia buscá-la à escola no intuito de acompanhá-la até casa. Era um passeio generoso. Finalmente, pedi-a em namoro e obtive a seguinte resposta: -Sou muito nova para essas coisas! Aprendi uma grande lição... Amar não está ao alcance de todos, assim como não há idades para o amor. Nunca deixei de amá-la, mesmo esquecendo-a em detrimento de outras raparigas... acusem-me de que fui muito precoce, mas tal não é motivo, pois não encontro idade para amar; vejo apenas aqueles que procuram um parceiro e os que usufruem de tal. Se amam
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ou não é um problema deles, mas para quem seja minimamente observador é fácil entender que amor e ódio existe em todas as idades. 3 de Fevereiro de 2009 20:32 marylu disse... O amor não tem idade, mas é natural que quanto mais jovens somos mais acreditamos nele, mais o sonhamos. E o pior da idade, é que com ela ganhamos experiencia e com isso ganhamos feridas fruto das desilusões que se tem. Por isso começa-se a perder a capacidade de amar e de se acreditar no amor...isso é mto mto triste!! Quando ouvimos os mais velhos dizer que isso é coisa de ovens, sentimos o tom de desdém na conversa, o tom a querer dizer que nem vale a pena sequer pensar em algo que já se apagou... 17 de Junho de 2009 05:44
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10 CAPÍTULO 10
A lista da mercearia :) Terça-feira, 3 de Fevereiro de 2009
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amos lá a ser sinceras ... nós mulheres, desde que começamos a pensar em namoriscar, elaboramos mentalmente uma lista do que desejamos encontrar no sexo oposto (o homem ideal): aos 15, 16 anos, procuramos homens divertidos, olhos bonitos e sorriso encantador e se tiver um bom rabiosque, melhor ainda (marotas que nós somos, só queremos saber das qualidades físicas ...) Já aos 30, 40 anos, a lista é outra, tornamo-nos mais exigentes e o sorriso Colgate não basta (mas ajuda), queremos homens com um emprego estável, que já tenham saído da casa dos papás (muito importante!) e que consigam manter uma conversa intelectualmente estimulante (e se souberem dar boas massagens, melhor ainda, hehehe) ... ou seja, continuamos a privilegiar o físico, mas também queremos o intelectual ;) Em abono da verdade, penso que o mesmo acontece aos homens, quando chegam a uma determinada fase da vida em que preferem mulheres interessantes a miúdas giras, e finalmente, uma miúda linda e burra já não lhes parece tão atraente (também são exigentes, vocês!) ... Acho que nessa fase da vida em que já sabemos exactamente o que queremos e o que não queremos, vivemos o inverso da nossa adolescência (em que bastavam uns olhos bonitos para
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ficarmos todas derretidas) ... agora, são esses olhos bonitos que têm de provar serem mesmo sinceros ... somos mais cautelosas e rimo-nos (e bem!) com os que ainda nos tentam seduzir com o conto do vigário ... Mas é como em tudo na vida, vamos amadurecendo, aperfeiçoamo-nos enquanto pessoas, e lutamos por um emprego melhor, investimos numa casa maior e exigimos por isso um relacionamento com alguém que tenha as mesmas ambições ... O problema é que esta "lista da mercearia" acaba por limitar a nossa oportunidade de conhecer homens que não cumpram esses requisitos... estamos mais selectivas, mais exigentes, e à mínima piada parva, dizemos "tchau aí" ... Daí que entenda (ainda que seja difícil de aceitar) o porquê de amigas na casa dos 30, lindas, inteligentes e fabulosas, ainda estarem solteiras ... homens com os requisitos todos, andam cegos?? Brincadeiras à parte, é por estas e por outras que, apesar de eu acreditar com todo o fervor no Amor, sinta que encontrar uma alma-gémea é também uma questão de sorte ... eu sei que o "homem ideal" anda por aí, mas se calhar precisa de um mapa melhor para me encontrar ...
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soundblade disse... Eu nem sei porque vou comentar isto lolol, rabiosques, sorrisos colgates, lindas e burras, enfins... penso que cada um de nós tem um defeito o qual o parceiro ideal vai ter de "aturar" a vida toda se gostar mesmo de nós, nós, isto é, rapaz ou rapariga... falo sempre nos dois sentidos... aliás como sempre referi em todos os meus comentários no teu blog, todas as opções, asneiras, qualidades e enfins aplicam-se 50-50 aos dois sexos, pois a guerra dos sexos em que o "ele" é melhor que a "ela" e vice-versa já era (na minha opinião)... É verdade que surpreendo-me ao ver mulheres lindas (como tu Isa) estarem solteiras, pois têm tudo, mas tudo o que um homem honesto e que tem vontade amar precisa... aí vou buscar outro tema teu... "fast-food relationship"... tudo isto deve-se ao facto de hoje em dia existir mais interesse nas relações às cores que propriamente numa relação estável com futuro (como casar, criar família, etc)... até a moda voltar às tendências de relacionamentos estáveis, isto continuará assim, as trintonas e os trintões de confiança continuam aí à espera de encontrar uma oportunidade pra mostrarem o quanto têm para dar à sua amada e vice-versa... Quanto ao mapa... tens de ver melhor os piratas das caraíbas pra lhes explicares melhor o caminho a seguir... lol ;) 3 de Fevereiro de 2009 01:55 Vitor Vieira disse... Bem... pela minha percepção de homem, tenho de concordar com vossemecê .
Nós homens também temos a nossa lista... e a exigênciamudacomanossaidade/maturidade... é de facto uma curva quadratica invertida, vulgo costa de dromedário. No principio queremos apenas uma namorada... não importa muito o que vem daí... depois queremos um corpinho jeitoso e uma carinha laroca... quando chegamos á conclusão que a nossa "barbie" tem relamente o cérebro de uma boneca, queremos algo mais interessante... algo que nos estimule. Queremos uma mulher. Uma parceira que seja capaz de nos acompanhar, de vir connosco aqui e ali, que nos faça rir e que estimule o nosso crescimento. Essa exigência começa a baixar quando envelhecemos... quando notamos que no nosso "six-pack" tornou-se num barril de cervejaeacarecatornour-semaispronunciada. A nossa confiança desce... e com ela a exigência. Até chegar á crise da meia idade. Aí as clones, loirinhas burrinhas parecem-nos mais interessantes... elas são tão burrinhas que não notam os nossos defeitos. E se notam, ignoram... Quando chegamos a venhos raquíticos já só queremos alguem ao lado... é por isso que arranjamos uma rapariga mais nova, é uma garantia que nós iremos morrer primeiro. :) 5 de Fevereiro de 2009 17:01 Anónimo disse... E há quem sempre tenha querido o mesmo em todas as idades: um carinha laroca, corpinho jeitoso, comportamento adequado a cada
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circunstância, neurónios a funcionar, cumplicidade, companheirismo, amizade, sexo de fazer ir à lua, sinceridade.... Acreditem que apesar da lista ser vitalícia, é bem lixada de conseguir! Se conhecerem alguém com uma lista parecida!.... 10 de Fevereiro de 2009 21:00 marylu disse... Quanto mais velh@s mais exigentes. Só se alguém estiver completamente desesperado e se deixa levar pelo menos bom só pra não estar só, com certeza isso também deve acontecer. A minha mãe já me disse: "Se eu tivesse a tua idade,ias ver como era, o homem que eu não arranjava!". Ou seja, a minha mae quer um principe para mim cheio de isto ou daquilo, cheio da maioria das coisas que eu não quero!! Estas listas são terriveis e devem estar ao criterio de cada um, longe do alheio, até mesmo dos pais. Porque a relação vai ser minha, e o homem também vai ser meu. Eu apenas quero um homem que eu ame, me ame, me respeite, que seja cumplice comigo, e umas coisas mais claro, para termos um minimo de vida decente em comum. Mas é só isso, eu não preciso do maridinho de sonho, com a casa, o carro e o emprego de sonho...não.. isso pra mim não serve. Além de que sou extremamente simples, aprecio as coisas simples, humanas e sinceras. Essas sim é que me vão fazer muito feliz ;) 17 de Junho de 2009 05:55
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11 CAPÍTULO 11
Confessar o Amor ... Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009
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ostumo defender que homens e mulheres são muito diferentes (de Marte e de Vénus, mais respectivamente), ainda que tenha amigos que jurem a pés juntos ter os mesmos problemas e dilemas que nós (ainda não sei se acredito ...), mas no que toca a confessar os nossos sentimentos à pessoa em quem estamos interessados, tenho de dar a mão à palmatória, pois penso que agimos de forma parecida ... Temos todos as mesmas incertezas e medos, e aquele pavor de dar um "passo em falso" quando estamos a dar os primeiros passos e a conhecer a pessoa que não nos sai do pensamento ... Em conversa com um amigo, constatei que também ele tem medo de dizer a palavra errada à mulher que ele considera certa e estragar uma relação de amizade que podia ser algo mais ... Sei que o ser humano é complicado e complexo, mas ainda não percebi qual é a dificuldade de admitir, pura e simplesmente, que gostamos de alguém, e esperar um "não" ou um "sim", como resposta ... acho que temos tanto medo de arriscar, que às vezes contentamo-nos com uma amizade que podia ser tão mais bela ... Estarei errada? Serei a única a não saber "mover-me" neste pretenso jogo do amor? Dizer abertamente que gosto de alguém não é politicamente correcto? Tenho de fazer joguinhos e
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fingir-me desinteressada durante dias a fio para conseguir conquistar o alvo da minha afeição? Pois é, quando era mais nova achava que os adultos complicavam demasiado as coisas que a mim me pareciam tão simples, e agora, com os 29 anos à porta, continuo a pensar o mesmo ... complicar para quê? ... se gostamos de alguém, não é lógico querermos afirmar esse sentimento? É o tal jogo do "gato e do rato" de que já falei no blog ... e à medida que o tempo passa, percebo melhor o "como" e o "porquê" destas regras todas nos relacionamentos, mas recuso-me a aceitá-las ... vou continuar a agir de acordo com os mandamentos do meu coração e quem não gostar ... próximo! Não vou perder mais tempo com quem não gosta de mim como eu sou ... e mai nada :) P.S.: E como eu adooooro finais felizes e a conversa que tive com o meu amigo já foi há algum tempo, ele entretanto confessou o seu amor à "mulher ideal", que receosa, o afastou ... mas ele seguiu o coração, insistiu com palavras meigas e de confiança, e hoje em dia namoram e estão bem felizes ... pois é, o "não" está sempre garantido, temos é de lutar pelo "sim"!
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HR disse... Fechas com uma frase fenomenal: "o "não" está sempre garantido, temos é de lutar pelo "sim"!" - By Isabel Pereira ;) 4 de Fevereiro de 2009 10:52 John Lemmos disse... Olá Isabel Sou o "dono" do blog Vida Com Saúde. Queria agradecer-te teres adicionado o referido blog à tua lista. Li e gostei do teu blog. Vou ficar atento. Vou assinar com outro nome para saberes que tenho mais blogs (4)mas queria que desses uma "olhada" neste (nao necessitas comentar) Obrigada.Fica bem. **beijo** 4 de Fevereiro de 2009 16:30 Sancho Gomes disse... E todavia por vezes a confissão (e/ou confusão) faz perder belas amizades. Acho que o grande problema é ter a certeza do que sentimos. Porque é tão fácil confundir... Cumprimentos, 4 de Fevereiro de 2009 18:55 Francisco Cardoso disse... Bem visto amiga. Desde que me lembro, eu também sempre fui assim, não fosse do 'Marte profundo', ainda mais pronunciado por ser um introvertido de criação, apesar das melhorias visíveis nos últimos anos... sempre que gostei da 'mulher da minha vida', acabei por ou a deixar seguir outros caminhos sem sequer ela saber os meus sentimentos ou tornei-me um grande amigo para estar mais próximo possível, mesmo sofrendo ao vê-la com o 'gajo errado'!!! Nos últimos anos aprendi muito, principalmente com os 'back-kniks' (pontapés no rabo, em tradução livre ou mal escrita) que fui levando com as 'ex' e 'potenciais' (as que me disseram o 'não')...no entanto, deixando aqui a minha nota, aprendi que nada se alcança sem corrermos atrás...e o exemplo do amigo que
descreveste é perfeito nestas situações! Não desistiu. (Con)venceu a mulher que ama... O problema, como sempre digo, é generalizarmos... há quem corra uma vida inteira e nunca consegue convencer a pessoa amada que ele/a é o/a homem/mulher certo/a....e outros que nem precisam de 'estalar os dedos'... Acontece, somos homens e mulheres, somos humanos, somos diferentes! Oxalá todos conseguissem encontrar o seu ideal de amor e companheirismo, é o meu desejo! 5 de Fevereiro de 2009 11:12 Tito disse... A verdade é que quando temos uma grande amiga por quem nos apaixonamos, às vezes o facto de confessarmos o facto, acaba por afectar a amizade, especialmente se essa atracção não for correspondida.Por outro lado, não confessar, apenas vai prolongar o sofrimento ao ver o outro e calar logo acaba por afectar a amizade na mesma por isso...a decisão é sempre dificil. lolol bjs, Isabel ;) 5 de Fevereiro de 2009 22:51 Anónimo disse... Pois é Isa... Érecorrenteaspessoassentirem-seencurraladas nesse beco que se estreita e mistura sentimentos. E depois ficam a matutar no "que ficou por dizer". Tarde demais, quiçá... Beijinhos 6 de Fevereiro de 2009 11:40 Patrícia disse... À minha amiga Isabel(Sofia, para mim) Ainda bem que continuas, nessa busca incessante pelo amor, a saborear cada momento da vida. O amor devia ser simples - ou sim ou sopas! -, mas a maioria de nós humanos crescidos gostámos de complicar e, pior, julgámos quem faz dos sentimentos uma equação simples. Tanto pior! Se não apareceu um homem capaz de entender a simplicidade do teu amor é porque cada coisa tem o seu tempo. Há o mês das cerejas,
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há o Verão, há o Inverno e há o tempo de amar... Quando chegar o teu tempo certo, não duvido que serás muito feliz. Não saberei eu se amanhã não será esse tempo, mas sei que é um dia muito especial: o teu aniversário. E, Isabel (Sofia, para mim), esperemos que seja uma noite muito divertida, uma oportunidade para estarmos juntas porque, no meio de tanta azáfama, o que mais lamento é não passarmos mais tempo juntas. A vida a tão curta... Espero que a nossa amizade nunca tenha um prazo ;-) Um beijinho:Patrícia 6 de Fevereiro de 2009 20:55 Anónimo disse... E não será a amizade a mais bela forma de amor? Amor sem sexo, que por isso mesmo não cansa, não cai na rotina, não tem medo de dizer o que vai na alma e que sim, dura a vida toda? 10 de Fevereiro de 2009 20:55 Bruloc M3 disse... Imagina lá, há mais de uma década, se tivesse seguido o teu conselho e não tivesse lutado pelo sim... porque tu confirmavas que a tua irmã não gostava de mim e que deveria mudar a minha rota de procura. É tempo de mais para iludir-me em fantasiar sobre como teriam sido estes anos, se não houvesse estreitado uma relação com a Lara. Mas, é com convicção que confirmo que teria desperdiçado um grande Amor e uma grandeza desmedida de experiências. Actualmente, num gesto ingrato, confirmo que jamais tentaria convencer alguém a afeiçoar-se ao meu ser, pois tornei-me mais idílico no que respeita às relações; mas jamais arrependo-me de outrora ter persuadido. Por isso façam o que a vossa opinião e personalidade ditarem - lutar pelo que desejam ou esperar que sejam desejados. 14 de Fevereiro de 2009 14:51
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
12 CAPÍTULO 12
Sexo ocasional, o novo Amor??
Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
L
i há dias um artigo que achei deveras pessimista e que defendia os "benefícios" do sexo ocasional e sem compromisso ... sem as angústias da manhã a seguir ou a ansiedade das duas semanas sem sms ... Isto porque a autora do dito artigo acha que o amor dá mais trabalho que gozo ... muitas chatices, depois o sexo entra na rotina e diz ela, vemo-nos a ser exactamente iguais ao casal que toda a vida desejámos não ser: mudos, sem entusiasmo, sem chama ... Esta amiga chega mesmo a questionar a duração do amor se a maior parte de nós não tivesse em mente "a procriação" (procriação??) ... defende ela que isto é o "amor sem floreados" ... Bem, eu nunca ouvi pior definição deste sentimento que idolatro ... não sei se a autora do artigo é solteira ou casada, feliz ou infeliz, não faço a mínima ideia nem tão pouco me interessa, mas espero nunca chegar ao dia em que minimize o Amor deste forma. Não sou moralista nem hipócrita ... não condeno o sexo casual, faz quem quer, mas porque lhe apetece, não como alternativa à "the real thing"! Este "novo Amor" dos tempos modernos não nos preenche da mesma forma que o original e verdadeiro ... dito por quem já experimentou pelas razões erradas, deixa-nos com uma sensação de vazio, uma mágoa no coração e um sentimento de
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
inquietude sobre algo que nunca começou, e que ficará para sempre inacabado, incompleto ... O fascínio momentâneo de uma noite de paixão é sedutor, e é efectivamente uma forma de evitar desgostos e decepções (acaba tudo no dia seguinte, sem dúvidas), mas acaba por ser uma forma de passar pela vida mais ao de leve ... Ainda assim, são escolhas e são opiniões (ela deve divertir-se, ao menos, hehehe), mas eu nunca irei preferir o sexo fortuito a apaixonar-me, só porque dá mais trabalho ... Não hesito em trocar uma noite de diversão por conhecer melhor alguém, apaixonar-me pelos seus pequenos defeitos e divertidas qualidades, andar de mão dada pela rua, chorar a ver um filme romântico ou telefonar a qualquer hora do dia só para contar aquele episódio tão giro que me aconteceu ... e que ele também vai achar piada :) São opções e há quem prefira viver somente o "agora", sem amarras emocionais, sem compromissos, sem chatices, mas eu hei-de preferir sempre a via mais "difícil" (segundo a cronista), pois quero ser mais do que um número de telemóvel na agenda de alguém, quero ser a mulher a quem querem apresentar aos amigos e pais e mais tarde, quem sabe, a quem oferecem a escova de dentes e uma gaveta no quarto ... e depois, logo se vê :)
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Vitor Vieira disse... Minha amiga romântica... concordo contigo. O que dá trabalho normalmente compensa. E sexo pelo sexo... masturbação seria idêntico (não igual). Não condeno as vulgas "one-night-stand", nem quero inferir sobre a qualidade das pessoas que o praticam regularmente. Verdadeiramente, acho que para pessoas magoadas de relacionamentos prévios, pessoas com medo de voltarem a se envolver é a escolha preferida para combater a solidão de tempos a tempos. Mas essa solidão volta sempre pois a on-night-stand não a afastou... simplesmente disfarçou-a temporáriamente. A mágoa amorosa faz parte da vida também, e acaba por fazer parte de nós, apaixonarmo-nos,entregarmo-nosesobreviver no fim é o que faz este "jogo" viciante e atraente. 10 de Fevereiro de 2009 10:45
HR disse... Quem já na nesta vida teve o privilegio de amar alguém saberá sempre que vale a pena. De amores fáceis o mundo esta cheio, e esses vem e vão, os difíceis são os que não esquecemos com facilidade e mesmo depois de passados ainda os sentimos... "one-night-stand"? tenho memoria curta para esses momentos ;) 11 de Fevereiro de 2009 13:08 Anónimo disse... Assenta que nem uma luva a quem o realmente quer. E encaixa na perfeição à muita mentira que por aí existe. 25 de Maio de 2009 00:00 marylu disse... Sinceramente a autora deste artigo ou tem de facto algum problema com o amor e a maneira como ele se deve desenrolar naturalmente, ou então apenas escreveu isso
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porque é supostamente "actual" e a revista em questão ia adorar ter um artigo daqueles. É horrível desprezar o amor dessa forma. Não sei qual o problema de se ser romântico, de viver um amor e dizê-lo. Pensem bem, qual é o mal?? O que tem de tão errado chorar ao ver filmes romanticos, querer um jantar à luz das velas, dizer palavras bonitas ao ouvido daquele que se ama?? Porquê essa fuga toda??? Não percebo mesmo...é medo, é frustração, é impaciencia, sei lá...é tudo, só não é coisa boa. Porque isso depois se torna tipo bola de neve, as relações falham pq não se criam condiçoes nem sentimentos para as ter, depois deixa-se de acreditar no amor, e em seguida acha-se ridiculo tudo o que tenha a ver com demonstração de carinho... Acham isso saudável? Eu não acho e sinceramente não sei o que essa gente quer da vida. 17 de Junho de 2009 06:09
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
13 CAPÍTULO 13
O v$lor da virgindade ... Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
E
ra uma vez uma estudante norte-americana, de 22 anos, que decidiu leiloar a sua virgindade, alegando que estava apenas a fazer uma "experiência sociológica" para avaliar a reacção da oferta pública ... Consta depois que a "menina" começou a repensar o assunto, quando viu as ofertas chegarem às dez mil, inclusive uma de um empresário australiano, de 39 anos, que lhe ofereceu nada mais nada menos do que quase 4 milhões de dólares (em euros, quase 3 milhões)! E eu achei tanta piada ao facto desta rapariga ter esquecido tão rapidamente as suas convicções, que não resisto a fazer a minha pequena apreciação ao "valor da virgindade" (que neste caso, está alto, hehehe) ... Como tudo na vida, a virgindade só é importante para quem a valoriza. Posso dizer que nunca fiz questão de honrar o branco do vestido de casamento (mas também não faço questão em casar, por isso ...) mas sei que este é um assunto delicado para muitos, julgo que por fazermos parte de uma sociedade eminentemente católica e que ainda não aceita que o sexo é um acto natural, e tão puro e mágico como a virgindade ... Mas como faço sempre questão de ressalvar, são escolhas, ainda que acredite que 80% de quem se "guarda" (seja para o
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casamento ou por qualquer outra razão que achem válida), se arrepende nem que seja um bocadinho, e pensa depois "bolas, se eu soubesse que era assim, já tinha experimentado antes" ... E acho mesmo inconcebível, nos dias que hoje correm, quem defende casar virgem e viver toda a mesma existência com um único parceiro ... acreditem quando digo que ninguém pode afirmar com 100% de certeza que encontrou o amor da sua vida ou que tem uma vida sexual fantástica, quando nunca teve uma alternativa ... Posso estar a ser injusta, mas acredito que mais do que namorar muito, devemos namorar muitos (quem me conhece bem, sabe porquê) ... E vou mais longe ao afirmar que em pleno século 21, leiloar a virgindade "para pagar os estudos" não devia ser notícia, mas motivo de chacota e descrédito, pelo aproveitamento financeiro de um momento que deve ser vivido com quem se gosta e não com quem licitou mais alto ... Mas há valores e há valores, e cada um escolhe o $ da sua virgindade ...
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Lara disse... Mana querida, Depois de ler este post pus-me a pensar... mas onde raio é que ela lê estas coisas. No 24 Horas??? Mil beijos e continua. Gosto muito de ler o que escreves embora participe pouco. 11 de Fevereiro de 2009 08:46 Vitor Vieira disse... Há muitos sítios para ler este tipo de notícias Lara. :) por acaso não me cruzei com esta em particular, mas até poderia... De qualquer maneira, compreendo e concordo com o que a minha querida amiga Isa diz. Realmente fazer um bicho de 7 cabeças da
questão sexual é mau. Mas não desvalorizo uma pessoa que queira guardar-se um pouco mais. Como disseste e muito bem, é mau, muito mau de facto guardar-se até ao casamento. É mau por diversas razões e quem vive nos dias de hoje com os pés na realidade sabe bem. Csamentos desfeitos, ilusões quebradas, frustações sexuais para o resto da vida que invariavelmente vão bater nos "miúdos". Por outro lado... desvalorizar o sexo para algo insignificante, incluindo "a primeira vez" é igualmente mau! É banalizar um momento único na nossas vidas emocionais. Desvalorizar a relação sexual, e torna-la uma "relação social" é... triste. Vazia... desprovida de
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sentido. É perder o romantismo que deveria existir entre as duas pessoas. A meu ver o valor da virgindade encontra-se quando a pessoa encontra aquela que acha que é para sempre (ou muito tempo) e entrega-se. Pode ser um erro pois normalmente o primeiro grande amor... é o primeiro grande amor, pois há sempre um segundo e um terceiro e um.... Mas não é erro nenhum em pensar que foi bom aproveitar aquele momento que foi tão importante nas nossas vidas. Mesmo que não seja com aquela pessoa a que estejamos "destinados" a ficar. Beijinhos 17 de Fevereiro de 2009 14:14
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14 CAPÍTULO 14
O Dia do Amor :) Sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
O
s apaixonados vão andar ao rubro este sábado, Dia de São Valentim ... o Dia do Amor :) Na minha adolescência, eu vibrava com esta data, já que a minha escola assinalava o Dia dos Namorados "à maneira", com músicas pedidas (nunca me vou esquecer do "Light My Fire", dos The Doors, surpresa do meu querido Marco) e um Correio do Amor, em que recebi dedicatórias mesmo queridas, ainda que também algumas cartas parvas, a gozar com o meu aparelho e óculos (coisas próprias dos "piquenos") ... hoje farto-me de rir quando me lembro disso, mas guardo tudo com grande carinho ... e saudade de um tempo bem mais inocente ... Nessa altura, com os meus 15, 16 anos, vivia o 14 de Fevereiro nas nuvens, encantada da vida, sempre à espera que me calhasse uma carta ou postal e também enviava (mas sempre sob anonimato, com receio das negas) ... havia quem recebesse flores e peluches, não me lembro de alguma vez ter recebido, mas também não fazia questão ... as declarações de paixão que recebia naquele dia ... uma vez por ano ... enchiam-me a alma ... não precisava de mais nada, só daquelas palavras :) Foram bons tempos ... a altura certa para estas coisas ... Hoje, já adulta, vivo a data com outro espírito, e em conversa com uma amiga sobre a importância deste dia, ela disse que até
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nem se importava de receber um ramo de lindas rosas, mas o namorado recusa-se a render ao espírito consumista do Cupido e prefere surpreendê-la nos restantes meses do ano ... Terá razão? Bem, tenho consciência que o 14 de Fevereiro foi completamente empolado e manipulado pelo comércio, mas confessem lá ... não gostam de ter uma desculpa para mimar ainda mais a cara-metade? Eu adoooooro e sei que um dia destes, hei-de ter quem me volte a dedicar uma música, e nesse dia, São Valentim ou não, vou escutá-la com o mesmo entusiasmo dos meus 16 anos, eu sei que sim :)
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Ricardo Pereira disse... Ao ler este artigo lembrei-me de uma “frase feita”, daquelas que eu já sei que a autora deste blog não gosta e que vou passar a citar, ok, podem pôr o piano a tocar ... -) “as mulheres são como as obras de arte, nunca lhes desfrutamos, se lhes tentar compreender!”. Então, no século em que vivemos, as mulheres ainda sonham em ser “surpreendidas” com um ramo de flores no dia dos namorados? Então, apesar de negarem, as mulheres ainda gostam de ser tratadas como “antigamente”! Eu até penso que é legitimo, afinal quem não gosta de ser bem tratado e valorizado? Independentemente do sexo que nascemos, achamos isso importante, é isso que nos faz viver. Na minha opinião é para isso que o dia dos namorados serve, simplesmente para dizer “Amo-te!” e apesar desse afecto ter de ser demonstrado ao longo do ano, faz sentido que seja especialmente destacado neste dia. 13 de Fevereiro de 2009 11:11 soundblade disse... Belos tempos esses da escola, não foram? Bem que me lembro!! Era um furor ver toda a
gente empolgada naquele dia em que todos tinham sobretudo curiosidade de quem é que tinha recebido uma cartinha, um raminho de flores, e quem era aquela cuja música foi lhe dedicada... Celebrava sempre com a minha ex-cara metade, e celebrarei com a minha futura, isso de certeza, porque por muito que seja verdade que o comercio apoderou-se deste dia e que o dia dos namorados são todos os dias, horas, minutos e segundos... Sempre achei este ser especial... Hoje por exemplo, estou sozinho mas celebrarei esta data como se estivesse acompanhado, porquê? Porque o Amor é belo e vale a pena... por muito que haja altos e baixos, nada vence o Amor! Feliz Dia dos Namorados! 14 de Fevereiro de 2009 15:21 Tito disse... Bem, nesta altura, nunca me esqueço do que um amigo meu, que tu ate chegaste a conhecer Isabel, me disse um dia. "Nunca arranjes namorada entre o Natal e o 14 de Fevereiro que poupas imenso dinheiro, e com sorte, o aniversario dela será nessa altura". muhahahhaha
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Agora a sério, o consumismo tomou conta deste dia tal como vez com outros feriados. Seja como for, nunca dei muita importancia ao dia. SE for só nesse dia que mimamos as namoradas , algo vai mal. 14 de Fevereiro de 2009 17:14 Anónimo disse... Esperar ramos de rosas?! Podiam ser mais originais, pelo menos na escolha das flores!!! Estou a brincar mas confesso que só ofereci prendas no dia dos namorados no tempo de escola, aos dezasseis, dezassete anos. Depois comecei a sentir necessidade de mimar quem mais gosto sem aviso prévio... isso sim é surpreender a outra parte. Dia dos namorados, claro que sabe bem estar com a nossa cara-metade, mas isso sabe bem sempre por isso... Ah, só mais mais uma coisa: que o dia sirva para muito mais que DIZER "amo-te" porque as palavras nos dias de hoje saem da boca das pessoas sem muito significado. Mais que DIZER é preciso MOSTRAR que se ama e isso faz-se com actos. É o mais difícil, mas acreditem que só assim vale a pena. 15 de Fevereiro de 2009 13:08
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15 CAPÍTULO 15
A "chatice" das expectativas ...
Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009
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É
uma pergunta que me coloco diversas vezes: quem cria mais expectativas no Amor, os homens ou as mulheres? Creio que este é um problema de ambos os sexos (assim como tantos outros, conforme me vou apercebendo), entendemos o que o nosso coração quer ouvir e não aceitamos uma nega, mesmo que clara ... é a tal história dos "dicionários" diferentes ... a mulher diz uma coisa e o homem ouve outra, e vice-versa ... Pela minha parte, tenho consciência de que as mulheres criam enoooormes expectativas quando conhecem alguém especial, encaramos meras coincidências como sinais divinos, de que "aquele" é o tal ... mas penso que também os homens ... Não será um problema comum, não conseguirmos ver com clareza, quando nos apaixonamos? Tolda-se-nos a visão e o raciocínio? Sonhamos acordados num delírio que às vezes se torna mesmo obsessivo ... E quando achamos que já batemos com a cabeça na parede o suficiente, e desta vez, aprendemos com os nossos erros, damos por nós a agir como adolescentes inexperientes na arte do amor ... Bem, se calhar é assim que tem de ser ... e se começarmos a agir de forma mais calculada no amor, acabamos a impor limites ao coração e a viver pela metade ... e talvez até a perder a
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
oportunidade de viver uma paixão arrebatadora ... louca ... impensada ... Pois, vendo bem as coisas, acho que prefiro continuar a arriscar, precipitar-me e a dizer mais do que devia ... a criar expectativas e a tentar encontrar quem me faça feliz ... magoar-me, desiludir-me e voltar a fazer exactamente o mesmo dias depois ... não é essa também a piada de nos voltarmos a apaixonar?
Ricardo Pereira disse... Eu as vezes ponho-me a pensar se não seria mais fácil caso tivéssemos um sistema tipo o ET -). Eu não sei se lembram do filme, mas a referida criatura acendia uma luz no peito cada vez que encontrava alguém que gostava. Eu sei que neste caso o amor não era do mesmo tipo que abordamos neste blog, até porque, é um filme que aborda o universo das crianças, mas para mim seria o ideal. Acendia a luz é já estava! Não era preciso o nervozinho miudinho, desilusão, mágoa ou tristes figuras, seria um momento,
ok..., um pouco comodista, mas de pura magia! 19 de Fevereiro de 2009 22:50 Anónimo disse... Bem, Ricardo, não podia discordar mais da tua opinião. Para mim,o melhor do amor é a expectativa, o nervoso miudinho, o não saber o que vai acontecer a seguir. 7 de Março de 2009 20:54 Ricardo Pereira disse... Caro(a) anónimo, eu logo admiti que a ideia 71
era um pouco “comodista”, contudo atendendo que a possibilidade de encontrarmos alguém 100% compatível é tão ínfima que tal artefacto poderia ajudar, só precisavas de “circular”... Mas enfim, como é, também não é mau, vamos batendo com a cabeça e aprendendo com os nossos erros e quem sabe se não acontece como no anúncio “um dia sem esperares ela/ele aparece” :) 9 de Março de 2009 19:45
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16 CAPÍTULO 16
Barcelona, a nova cidade do Amor? Domingo, 8 de Março de 2009
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E
stive em Barcelona de férias e eu, que sou uma fã incondicional do Amor, fiquei encantada por conhecer melhor esta cidade, cheia de história e espaços verdes, mas também de bebés ... Não sei se é de toda a beleza dos prédios e monumentos, se de as pessoas andarem imenso de bicicleta ou se de comerem pão com tomate, mas a verdade é que nunca vi tantos bebés por m2, o que me faz pensar que Barcelona poderá ser a nova cidade do Amor, em substituição da já tão "velha e batida" Paris (ui, blasfémia!!) ... Podem achar parvoíce, mas achei enternecedor ver tantas famílias a passearem pelas ruas, quando em Portugal reinam os divórcios e é tão difícil encontrar alguém cujos pais ainda estejam casados ... deixa-me esperançada, que querem? Mas Barcelona surpreendeu-me por outros motivos também, já que devo confessar que foi preciso vir a esta cidade de "nuestros hermanos" para ver um casal de homossexuais a namorar e de mão dada ... foi realmente inspirador constatar que, nesta cidade, o Amor é vivido de forma livre e despudorada, sem olhares preconceituosos ou críticos. E achei mesmo deveras curioso o tema dos filmes mais badalados do momento lá: o amor a três (exemplo disso é o "Vicky
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Cristina Barcelona"), em que uma paixão a três salva a relação do casal protagonista ... Enfim, é realmente enriquecedor viajar para expandir horizontes, conhecer novas pessoas, culturas e formas de viver, e constatar afinal que, podem mudar as comidas, as roupas e penteados e a língua, mas que o sentimento do Amor é igual em todo o lado ... independentemente da cor, sexo ou credo ... e que continua a ser LINDO!!
Ricardo Pereira disse... Confirma-se ela voltou!! :) 9 de Março de 2009 20:00 Vitor Vieira disse... a três?... que filmes andas a ver Isa??? :D Ainda bem que gostaste das férias, bem
vinda de volta! :) 10 de Março de 2009 10:37 soundblade disse... Lá recomeçou o massacre bloguista... LOLOL 10 de Março de 2009 23:25
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pG disse... Massacre mesmo! Ai, dona Isa, de Espanha, nem... lol 13 de Março de 2009 19:25
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17 CAPÍTULO 17
Será que é o mapa que está errado, ou eu? Domingo, 15 de Março de 2009
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E
stava um dia destes a queixar-me da minha pouca sorte com o sexo oposto, quando um cavalheiro muito simpático me soprou ao ouvido que, às tantas, o problema era meu ... A minha primeira reacção foi logo "que atrevimento! eu? logo eu, que sou tão boa rapariga?", mas depois comecei a matutar no assunto e decidi elaborar mentalmente uma lista das características dos homens por quem normalmente me sinto atraída, para ver se conseguia chegar a alguma conclusão ... ora aqui vai: personalidade forte, confiante, algo arrogante, inteligente, charmoso e quase sempre teimoso ... sempre muito frontal e honesto, e directo quando se trata de me dizer "adeus" (eu sei escolhê-los bem, hehehe). E depois deste "penoso" exame de consciência, consigo perceber que os tipos muito simpáticos e "atinadinhos" não fazem o meu género, ainda que, curiosamente, sejam os que me tratam melhor :) Acho que este meu dilema atinge muitas outras mulheres: o cérebro sabe bem que o coração é uma nódoa a escolher homens, mas a chatice é que a minha cabecinha não consegue racionalizar a química, para eu poder apaixonar-me por um homem que tenha paciência suficiente para aturar esta minha personalidade alegre,
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enérgica e desbocada ... Estarei a sobrevalorizar a faísca do primeiro encontro? Tenho plena consciência que é quase impossível gostar de alguém que não me desperte a atenção logo no primeiro olhar ou conversa ... e o pior é constatar que não consigo achar um homem simpático tão atraente como um que "tem a mania" (serei masoquista e ainda não descobri?) Será que as qualidades que mais aprecio no sexo oposto implicam que ele também seja um parvo convencido? Para encontrar um homem que me faça feliz, tenho de alterar a minha "lista da mercearia"? Solução? Não faço a mínima ideia, mas sei que os homens a que "acho piada" não me valorizam e, quando me envolvo com eles, nunca resulta ... Pois é ... no fim de contas, devo ser mesmo eu quem anda a sabotar os relacionamentos, nem que seja por procurar homens que, pela lógica das minhas preferências, são demasiado egoístas para me fazer feliz, como eu sei que mereço ... não será este o significado da palavra "ironia"? Muitas perguntas e poucas respostas ... e ainda não percebi se os opostos se atraem ou se, para amar alguém, ele tem de ser tão "baralhado" como eu ;) 79
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
Hum ... a única conclusão a que chego, com este questionário de escola, é que se calhar, a minha cara-metade anda por aí, não com o mapa errado, mas com uma "cara" diferente da que imaginei :)
soundblade disse... Muda de lista... é um conselho... tu própria referiste que os que menos te atraiem são os que te tratam melhor... :P ;) Beijo. Mais tarde elaboro uma opinião mais explícita. 16 de Março de 2009 01:06 Ricardo Pereira disse... Pois, acho que os livros da Margarida Rebelo Pinto falam desse mito o do “maravilhoso cafajeste”. É normal que se procure na nossa
cara metade aquilo que nos complementa, contudo, eu acho que isso não tem de ser forçosamente o oposto daquilo que somos. Por mim, continuo a preferir a ideia do “tu saltas, eu salto!” à de um relacionamento que até pode ser estimulante, mas que está em permanente sobressalto. 16 de Março de 2009 10:50 Lara disse... Putchi Cerdà, Eu realmente acho que deves refazer a tua 80
lista de mercearia porque até agora só tens comprado m****. Se já sabes que o que atrai está errado e até aqui chegaste a essa conclusão, há que descobrir o que pode estar certo! Alguém que mesmo que não te desperte logo o interesse, pela sua simpatia e carinho pode ser o indicado para ti. Quando tiveres em dúvida revês a tua lista de mercearia e pode ser que descubras que encontraste alguém verdadeiramente especial. 17 de Março de 2009 14:34
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18 CAPÍTULO 18
Será o Romantismo que me salva a Esperança? Segunda-feira, 23 de Março de 2009
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D
epois de inúmeras tentativas na esperança de encontrar a pessoa ideal para mim, começo a sentir algum cansaço quando tenho outra
desilusão ... É cada vez mais frustrante conhecer alguém com quem sinto uma cumplicidade tranquila, e que me deixa segura o suficiente para avançar sem medos e começar a dar-me a conhecer, e depois, por uma razão ou por outra, não tenho oportunidade para continuar e ver no que ia dar ... Vivi o momento, está certo, e disso nunca me arrependo, mas afeiçoo-me facilmente e ainda não consigo evitar sentir uma profunda tristeza pelo vazio com que fico quando tudo acaba ... Pois é ... uma pequena confissão: às vezes sinto-me só ... E, apesar de me afirmar uma mulher independente e que consigo fazer tudo sozinha, a verdade é que, de vez em quando, o coração fica apertadinho por saber que não tenho a ternura e o calor de uma paixão, passageira ou não ... Uma grande amiga disse-me acreditar que é o meu extremo romantismo que ainda não me fez perder a esperança de encontrar o "Big L" ... não sei ... acho que só o tempo dirá se ela tem ou não razão, se a minha crença no mais belo sentimento do mundo se mantém inatingível, queda após queda ...
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Eu espero que sim, porque no dia em que eu deixar de acreditar no Amor, será o dia em que me vou tornar numa pessoa triste, e vazia do brilho resplandecente e quase infantil com que gosto de encarar o mundo ... Ainda que esteja a soar pessimista, sei que isto não me vai acontecer, porque apesar de hoje poder estar triste e cansada, ainda estou muito longe de desistir de lutar pela minha felicidade ... muito longe ... Se calhar, afinal é a Esperança que me salva o Romantismo, e não o contrário :)
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Hermano Gouveia disse... Muito bom... Gostei! 24 de Março de 2009 00:20 Anónimo disse... "A esperança adquire-se. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora". (Georges Bernanos) Beijinhos para ti princesa ;-) 24 de Março de 2009 14:39 Ricardo Pereira disse... Alguém disse “que o amor é uma longa paciência”. Para frase ficar completa penso que falta acrescentar a perseverança, esperança e claro sorte. Pelo pouco que conheço de ti, não tenho a mínima dúvida
que é uma questão de tempo e vais encontrar alguém que te faça feliz, que te dê ternura e paixão. Beijos! 24 de Março de 2009 19:04 Joana Homem da Costa disse... Compreendo bem tudo o que dizes, tantas vezes pensamos assim e realmente é fácil o pessimismo tomar conta de nós, se é que se pode chamar pessimismo, eu acho que a vida e a realidade nos faz ver a vida dessa maneira. Parece o amor é momentâneo porque conseguimos estar a vivê-lo num momento e a seguir parece que tudo passou... Adorei os pensamentos e o blogue...voltarei! 30 de Março de 2009 04:03 marylu disse... Antes de eu ter conhecido o rapaz que gosto e com quem supostamente namoro, eu estava igualzinha. Identifico-me em todos os teus posts. Mas no meu caso, nos
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ultimos tempos já estava a tornar-me completamente apática em relação ao amor, ele já nem tristeza me provocava de tão 'calejada' que eu já estava. Mto triste chegar a esse ponto :/ Comecei a deixar de acreditar nele.. Lá no fundo pensava que podia encontrar alguém, mas nao alguém que me fizesse sentir profundamente bem e feliz. Bom, essa pessoa apareceu de maneira bem inesperada, e não é aceite por todos. No entanto, é por ele que me apaixonei como nunca antes, acho que desde a adolescencia não me sentia assim. E se assim é, é por esse amor que vou lutar por mais complicado que ele seja. Pode não ser o que a minha familia e amigos esperavam para mim, mas é o que me faz feliz. E o mais importante:voltei a acreditar no amor :)) 17 de Junho de 2009 06:24
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19 CAPÍTULO 19
O Sonho comanda o Amor ... Segunda-feira, 30 de Março de 2009
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E
ste fim-de-semana vi uma nova série na televisão, "Valentine" (2008), muito parecida com o "Cupid", de 1998, mas sem a ironia e o humor terrivelmente deliciosos do actor que dava vida a Cupido, Jeremy Piven ... A premissa de "Valentine" é a de que todos nós temos a nossa alma gémea, e que para a encontrarmos só temos de estar atentos aos sinais mandados por estas entidades divinas ... fácil, não é? ... Na televisão, parece ... Podem achar este tipo de séries foleiras, mas achei extremamente encantadora a lógica de o Amor flutuar pelo ar como um pózinho mágico de mil cores, que necessita de Cupido ou de Afrodite para soprá-lo na nossa face e fazer-nos apaixonar pela pessoa ideal ... Na vida real, tenho um amigo que me aconselha a conhecer melhor quem me rodeia e a não me deixar condicionar pelas primeiras impressões, pois ele acredita que sentimentos igualmente fortes podem nascer de uma forma mais calma, sem necessariamente ter de existir aquela "química" que eu tanto defendo ... e começando com uma amizade que vai evoluindo com o tempo ... Apesar de tentar entender esta perspectiva, não consigo concordar com ele, porque quando me vem ao pensamento a paixão e todo o entusiasmo que ela envolve, lembro-me sempre
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de um episódio do "Cupid", em que ele e ela se beijam de forma enternecedora, num planetário, ao som da música "Every little thing she does is Magic", dos The Police ... mais romântico era impossível :) E por isso, tenho de discordar do meu querido amigo, porque até posso acabar solteira, mas recuso-me a aceitar um sentimento morno, que comece depois de 50 cafés e 20 idas ao cinema, porque se calhar alguma solidão nos deixa a pensar que aquela pessoa até faz o nosso género ... quando no início, nem pensar! Não, eu quero ser arrebatada, sentir-me nas nuvens ... quero a euforia e o encanto de estar com alguém com quem me sinta bem, mesmo sem conseguir explicar porquê ... um sentimento de felicidade, até quando ficamos 10 minutos a tentar fazer balões com a pastilha elástica, e não conseguimos ... porque é isso que eu acho que é o Amor, uma tolice que não queremos que acabe e que nem tentamos perceber, porque não importa ... E é isso que estas séries mostram, que o Amor é o melhor do mundo e veio para ficar ... e por mais que me digam que estou a agir de forma adolescente e demasiado romântica, este é o MEU sonho, que comanda o Amor :)
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Anónimo disse... A amizade é a base de qualquer relação duradoura. Sem ela, acredita que a paixão de que tu tanto falas não vale nada. 30 de Março de 2009 10:01 Ricardo Pereira disse... Sim, o que tu falas é importante, mas não se chama amor... chama-se no máximo paixão arrebatadora, pode ser de facto um passo
muito importante para o amor, mas, repito, não é amor! O amor vem após a paixão e é muito mais... é quando a sintonia entre um casal é tal que já não importa quem paga o quê, quem ganha ou perde, se é perfeito ou não. É algo que não se pode explicar, é aquela pessoa e ponto! Como dizia o poeta “não se sente” e o pior... é que muitas vezes só se “sente” quando o perdemos e acredita, é muito frustrante, pois afinal estava ali tão
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perto! Beijos! 1 de Abril de 2009 23:58 Anónimo disse... Concordo plenamente. Tu já estiveste apaixonada (e cega) e devias ter percebido que isso nem sempre é o melhor. Paixão não é igual a amor pois a paixão passa mas o amor fica. 6 de Abril de 2009 10:46
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20 CAPÍTULO 20
Quando é que a magia acaba? Segunda-feira, 6 de Abril de 2009
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N
ão entendo, confesso, não entendo certos homens ... sabem quando conhecemos alguém interessante, e os encontros e cafés sucedem-se, as conversas tornam-se mais íntimas, e nós, mulheres, começamos a pensar "isto está a correr bem, ora aqui está uma pessoa que eu gostava de conhecer melhor ..." e passado algum tempo em que tentámos não o assustar com perguntas parvas "vamos combinar as férias em conjunto? E já agora, os meus pais estão desejosos de te conhecer!" e levar as situações com calma e naturalidade, sem pressões, os sms (dele) começam a escassear, já não falamos todos os dias, e combinar um café parece uma tarefa hercúlea ... um frete. E nós levamos (mais) um balde de água fria, porque eles se limitam a ser simpáticos, pouco directos, e não nos despacham de uma vez por todas ... E eu pergunto, quando é que a magia acaba? O que leva um homem a perder o interesse tão rapidamente por uma mulher, que à partida, é bonita, inteligente e interessante (tenho tantas amigas com estas características e que não encontram alguém que lhes dê valor) e, muitas vezes, já independente? Será por estarem tão desiludidos com o sexo oposto, que desconfiam da mulher que têm à frente? Não compreendo, acho mesmo hilariante precisar de provar a alguém que eu sou mesmo assim,
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genuína, por ele estar tão habituado a mulheres sem carácter, e ter medo de se enganar outra vez ... É como diz uma amiga ... "se queremos uma amizade, acham que já estamos caídas, se queremos algo mais sério fogem a "sete pés" porque na verdade ... têm medo de que seja eterno ..." Eterno ... ainda hoje ouvi que o casamento está interligado à ideia da eternidade, porque supostamente, quando o Amor entre um casal é verdadeiro, é para sempre ... mas sei que acreditar nisso depois de tantas desilusões, é complicado ... destrancar a chave do nosso coração, depois de tantos remendos, começa a ficar cada vez mais difícil, por isso percebo que, mais difícil do que amar, é acreditar que o sentimento vai durar para o resto da vida ... Será por causa desta incerteza que, às vezes, a magia acaba tão rapidamente, ainda num estádio tão prematuro, inviabilizando a possibilidade de surgirem sentimentos mais profundos? Hum ... ainda estou a aprender o significado de me dar por inteiro a outra pessoa (e pelo meio vou dizendo mal dos homens, hehehe) mas sei que tanto para as mulheres, como para os homens, não costuma ser fácil ... apaixonarmo-nos é acima de tudo, um acto de coragem ... e por mais que eu tenha medo de me voltar a magoar, o que me importa é poder dizer, nem que seja no fim da vida: AMEI!
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Por isso, homens, vou tentar ser menos crítica, mas por favor comecem a abrir os olhos para as raparigas decentes que vos rodeiam, tenham esperança que desta vez vai ser diferente e um dia vão ter uma surpresa ... olhem bem fundo nos olhos de quem estão apaixonados e vão conseguir ler a sinceridade que lhe vai no coração ... e se não houver um vislumbre dessa tal magia, será para a próxima ... porque ainda que o Amor nem sempre resista, a esperança de o encontrar ... ao "Big L" ... essa, tem de ser eterna ;)
Lara disse... Mana querida, BIG L soa a L Word, que é uma série sobre lésbicas. Eu acho que isso acontece porque eles até podiam estar apaixonados por ti mas não sabem o que é o amor. É por isso! Deves então procurar pessoas que sejam amigas do amor e não da paixão. 6 de Abril de 2009 10:54 Ricardo Pereira disse... Na semana passada falávamos dos 50 cafés e idas ao cinema, com pessoas que nada nos diziam e que por isso seria possível nos apaixonar e posteriormente, eventualmente, amar. Agora, falamos exactamente do oposto, dos primeiros encontros que aparentemente até correram
bem e posteriormente deixou de haver contacto. Bem, na minha opinião e havendo atracção de parte a parte, uma situação destas só pode ser explicada por sinais que foram dados ao longo dos primeiros encontros que criaram duvidas a essa pessoa, sobre o real interesse que a outra tem na relação. Eu, diria que “falar de férias juntos” ou de “conhecer os pais”, pode até não ser a melhor abordagem, contudo, mostra que está interessado e caso ele também esteja, até pode achar piada. Agora, quando uma mulher começa a falar que gostava que fossem amigos ou critica, logo nos primeiros encontros, a forma de ser da outra pessoa, na opinião dos homens pode ser um sinal que se calhar não está assim tão interessada. E nestas coisas como 92
diz outro “quem não gosta, não estraga”. Beijos, 7 de Abril de 2009 13:13 Anónimo disse... Amiga... Acredita sempre no amor! Para cada pessoa existe uma cara metade e quando menos esperares vais dar de caras com o Homem da tua Vida e terás a certeza que: «É aquele... aquele é o John» e nada voltará a ser o mesmo. Acredita mas não desesperes... às vezes a ansiedade pode impedir que vejas com clareza quem está à tua volta. Quando menos esperares o teu Princípe chegará!... Beijo grande!... 8 de Abril de 2009 17:03
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21 CAPÍTULO 21
A Validade do Sentimento ... Terça-feira, 14 de Abril de 2009
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E
star apaixonada é o melhor do mundo, ficamos com a tez resplandecente, um sorriso ofuscante e o coração bate 10 vezes mais forte só de pensarmos no nosso amado ... parece que o sol entra na nossa vida de cada vez que o vemos e passamos os dias com a cabeça nas nuvens a recordar a voz, o toque e o cheiro dele ... É lindo, pois ... mas e quando não somos correspondidos? Não falo daquelas paixonetas de três dias, falo daquela sensação de que "aquele é o tal ... é o meu John", de quando achamos que finalmente encontrámos a nossa cara-metade e todos aqueles filmes românticos lamechas começam a fazer sentido ... Continuo a defender que a esperança é a última a morrer e que devemos lutar pela nossa felicidade, mas e quando ela não depende de nós? De que vale encontrar o "amor da nossa vida" se não o pudermos viver? Valerá a pena insistir com alguém que resiste de forma permanente, e inventa mil desculpas para não corresponder ao nosso sentimento? Isso porque, se amar nos deixa nos píncaros da Lua e com uma energia inesgotável, continuar a investir numa pessoa que um dia gosta de nós, e no outro tem dúvidas e está confusa, faz com que o nosso gostar se vá esvaziando aos poucos ... lentamente ... e os
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sentimentos outrora cintilantes desfiguram-se em emoções baças e cinzentas ... Outro dia conversava com um apaixonado, e foi realmente inspirador ver a certeza nos olhos dele de que esperaria por ela até ao fim do mundo, a sinceridade do sentimento estampada no rosto (que se iluminava de cada vez que se referia a ela) ... deixou-me enternecida ... o que me partiu o coração foi ver a mágoa mal disfarçada por ela não devolver-lhe o batimento de coração acelerado ou o tremer das pernas depois de um beijo ... por não querer dar um passeio de mãos dadas e dizer parvoíces sem parar só para disfarçar o nervoso miudinho por estar na presença dele ... por não querer partilhar o segredo mais profundo, bem baixinho, e segredar "amo-te" ... senti alguma tristeza por ele ... É complicado, quando decidir que já basta? Encontrar o amor e lutar por ele até às últimas consequências, entregarmo-nos sem pedir nada em troca, e não receber o mesmo, dói, fere e magoa até ao fundo da alma ... e deixa-me a pensar sobre até onde é que é possível continuar a apostar tudo e sem ganhar, e não perdermos uma parte de nós entretanto pelo caminho? Eu que deposito toda a confiança nos afectos verdadeiros, não consigo dizer a alguém para desistir de um grande amor, porque
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me recuso a aceitar que não haja solução para os amantes desencontrados ... prefiro pensar que a pessoa amada e que não corresponde, ainda não percebeu a grandeza do sentimento de quem a ama, toda a generosidade e altruísmo que ele envolve, e se calhar só precisa de tempo para também ver o sol quando ele chega ... E se as coisas acabam por não correr bem, calma ... paciência, já diz aquela frase que se "o final não é feliz, é porque ainda não é o final" ;)
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Anónimo disse... Às vezes o final é mesmo o final e nem sempre é feliz. Por mais que me custe admitir isto, quando uma das partes não sente o mesmo bater do coração um bom bocado de nós morre e vai a enterrar com o sofrimento. E nem sempre a razão é deixar de gostar, nem sempre a razão são os sentimentos baralhados e confusos. Gostava muito de conhecer as razões que levam a trocar o amor incondicional, a paz e a tranquilidade por qualquer coisa que não passa de ilusão de óptica. Talvez um dia, quando perceber isso, a dor e o sofrimento desapareçam e eu ressuscite a parte de mim que morreu. Um dia...quem sabe? 14 de Abril de 2009 10:45 Ricardo Pereira disse... De que vale a pena ter coração e não ter amor de ninguém? A minha resposta é simples, eu acredito que lá em cima alguém gosta de mim, por isso, se ainda não encontramos a nossa cara metade é porque se calhar é melhor assim, se calhar não nascemos com o dom para os compromissos. E se continuar a passar o tempo e ela não aparecer? Paciência! mais tarde ou mais cedo acabamos sós! Não me vou comprometer porque tem de ser... ou pior, estar com alguém por caridade. Por isso... vamos é gozar a vida! Bjs 14 de Abril de 2009 11:19 HAZEL disse... Olá! Gosta de música dos anos 80? Passe pelo meu blog, pois tenho lá uma festa a decorrer até Domingo à noite. Está convidada! Um abraço! 18 de Abril de 2009 14:01 MK disse... A validade de um dado sentimento é relativo. Digo isto pois após tanto sofrer,
temos de optar por um outro caminho... a fuga da estrada da dor cujo fim não existe. Muitas das vezes o sentimento está lá, mas em estado latente, assim como um urso que hiberna. O momento de hibernar é despoletado através de indicações externas, como a falta de alimento... Refiro-me ao amor... Luís de Camões metaforicamente diz que "Amor é fogo que arde sem se ver". De que vale encontrar o "amor da nossa vida" se não o pudermos viver? Vale esperar e até lá, muita coisa boa acontece. Valerá a pena insistir com alguém que resiste de forma permanente, e inventa mil desculpas para não corresponder ao nosso sentimento? A meu ver muitas das vezes não são desculpas mas sim incertezas. O medo de sofrer é mais forte e aliás, como foi dito dói, fere e magoa até ao fundo da alma... Eu prefiro esperar por "ti" e viver a vida pois há sempre solução para os amantes desencontrados, cuja opinião pessoal é aguardar. Pena nunca me terem dito para não desistir de um grande amor... Mas continuo a correr nesta minha estrada á procura de ver o sol quando ele chega... 22 de Abril de 2009 16:58 Cláudio Jardim disse... Eu sou da opinião de que quando uma pessoa descobre o verdadeiro amor, mesmo que as coisas acabem por não correr da melhor forma, desistir é sempre a escolha mais dificil e dolorosa. Atenção que isto acaba por ser válido apenas para o verdadeiro AMOR, em todo o sentido da palavra. É extremamente cumplicado dizer o que é amor, como é amar de verdade. Descrever "sintomas", por muito que se tente, fica sempre um bocado distante da realidade. Só mesmo os poucos que têm a felicidade de dar de caras com esse belo sentimento é que ficam realmente a saber o que é o amor e acredito que todas essas pessoas poderão afirmar que, todas as definições que viram sobre o que é amar, não fazem
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realmente justiça ao que esse sentimento nos dá. Se calhar a melhor forma de o tentar descrever é como sendo a melhor sensação que alguma vez poderiamos ter. Acho que não há nada que o supere! Afirmo-o com toda a certeza, com toda a segurança porque eu sim, já conheci esse belo sentimento. Grito com toda a minha força, para que todos fiquem a saber.. EU AMO. sei em primeiramãooqueéamareindependentemente das dificuldades que possamos enfrentar para sermos correspondidos, vale sempre a pena manter a esperança. Há pessoas que certamente se assustam com a intesidade do amor verdadeiro. Ser alvo de amor verdadeiro por parte de outra pessoa pode nos colocar sob uma grande pressão, quer seja consciete ou inconsciente. A realidade é que isso acontece e pode levar a que algumas pessoas se afastem, talvez com "medo" de toda aquela intensidade! Pode parecer bom demais para ser verdade aos olhos de alguns, aos olhos de outros, ser o "alvo" de um sentimento de amor verdadeiro, coloca-os numa situação em que por vezes podem sentir-se "inferiores" .. achando que não estão à altura da sua cara metade, que não são capazes de corresponder esse amor com a intensidade que acham que deveriam corresponder e acabam por " sabotar" os seus proprios sentimentos e relação. O que eu digo é.. por muito complicada que a situação possa ficar, se o amor é verdadeiro (e garanto que irão saber se é ou não!), não desistam. É duro persistir dia após dia, acreditanto que no fim, toda a espera e sofrimento irá valer a pena mas a alternativa de simplesmente desistir de um sentimento que muitas pessoas passam a vida inteira e nunca têm o previlégio de o conhecer é algo ainda mais doloroso do que a "luta". Espero ter feito algum sentido no meio destas palavras todas ;) e a todos os que amam.. força! Vale a pena, não desistam!! É a melhor coisa do Mundo! 26 de Junho de 2009 23:29
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22 CAPÍTULO 22
Farta de batoteiros! Domingo, 19 de Abril de 2009
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E
u nem quero acreditar, mas cada vez mais confirmo a velha máxima dos homens detestarem confrontos com as mulheres, quando se trata de fazê-las entender que já não estão interessados ... Infelizmente, vou tendo noção da grande (enoooooorme) quantidade de homens que preferem dar-nos o "tratamento do silêncio" e simplesmente deixam de responder aos nossos sms, aos "olás" no msn ou aos telefonemas, esperando assim acabar no esquecimento de forma airosa, evitando um "desculpa lá, já não gosto tanto de ti como ontem" ... Eu ainda não percebi porque é que há tantos homens que optam por este "esquema", mas já me começo a cansar de tanta previsibilidade ... já sei de cor ... primeiro, é a fase do encantamento, ficam muito impressionados quando conhecem uma mulher que julgam interessante, e depois lá começa o "flirt" e a conversa do engate (normalmente regada com comentários de que "sou honesto e genuíno, e quero mesmo conhecer-te melhor, esta conversa toda não tem nenhumas segundas intenções, porque eu nem reparei nos teus atributos físicos, eu gosto mesmo é de te ouvir falar ...") pois, pois ... Depois da conversa bonita, começam os cafés, almoços ou jantares (estes últimos, segundo o que já percebi, perderam a
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conotação de "encontros", porque hoje em dia convidar uma mulher para jantar nem sempre pressupõe um interesse romântico dele) ... E depois de nós nos começarmos a deixar levar neste enredo e ficarmos entusiasmadas por acharmos que finalmente encontrámos alguém decente, um homem normal, ele muda da noite para o dia e praticamente deixa de nos falar ... e porquê, expectativas goradas? Eu compreendo e aceito que qualquer homem tem o direito de mudar de opinião, perder o interesse, ou simplesmente achar que não vale a pena ir mais além ... eu compreendo, mesmo porque acho que a maior parte de nós, mulheres, sabe aceitar uma nega sem cenas de choro à filme ... O que me custa MESMO a entender é esta incapacidade de certos homens em dar-nos essa nega na cara, não sei o que é acham que vai acontecer, mas acho tão covarde deixarem-nos na ignorância do que é que realmente se passou e que justifica o arrefecimento de comportamento ... vocês homens, não conseguem perceber que se nos contassem a verdade iam ter de lidar com raiva, frustração e tristeza (a isso não escapavam), mas ao menos mantinham o nosso respeito e quem sabe a amizade? Custa assim tanto a perceber, gajos? ... Mas vocês é que sabem ...
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E não, não estou a ficar amarga com as desilusões que vou tendo, elas passam rápido e ajudam-me a crescer enquanto pessoa e a aceitar que nem toda a gente tem os mesmos princípios e o carácter que eu desejaria ... Além do mais, a vida é demasiado curta para rancores, e lá diz a frase que temos de beijar muitos sapos até encontrarmos o príncipe encantado (traduzindo, um homem decente) ... por isso, lá vou eu continuar à procura de um homem que me surpreenda ... já estou farta de batoteiros!
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Anónimo disse... Isabel, não percas a esperança! Essa terá de ser sempre a última a ir. Mas...perder tempo com sapos? Se procurares bem, cada um desses teve o seu quê de príncipe, com que te pudeste regozijar. E no final, o que é bom guarda-se na memória. O que não presta, manda pra trás das costas! De qualquer das formas, a mim sempre me disseram (e bem!): "o que é para ti está guardado!" Portanto, a única coisa a fazer é esperar pacientemente, sem perder o tino pelo caminho, e quando a experiência se nos deparar pela frente, realmente crescer com o que de menos bom apareceu. Afinal, diz lá...não é dos grandes erros que ficam as lições? Jinhos 20 de Abril de 2009 00:11 Joao Marques disse... Parece que estás a fazer um manual sobre "O Homem", e por sinal de grande qualidade! Boa sorte e cuidado com possíveis páginas em branco. Bjo 20 de Abril de 2009 00:11 Anónimo disse... Fui ver o filme «Ele não está interessado». Interessante... uma comédia simples mas que
toca em pontos importantes. A regra é que «eles não estão interessados». Mas não há regra sem excepção!... 20 de Abril de 2009 14:15 Ricardo Pereira disse... Vamos lá deixar de coisas... as mulheres também fazem o mesmo... Um jantar, significa isso mesmo, um jantar, em que o objectivo é passar um bom momento e conhecer melhor uma outra pessoa. Se ao fim dos primeiros encontros alguém já não está interessado, paciência... a vida continua e não é preciso chamar batoteiro a ninguém, na minha opinião até fizeram um favor! Daqui, bem mais a sul, Bjs 20 de Abril de 2009 20:28 Hermano Gouveia disse... Não ha so batoteiros... ha tambem batoteiras! 21 de Abril de 2009 14:40 Anónimo disse... Muito feio "xipiti" apelidar os homens de " batoteiros". Apesar das muitas desilusões, ainda acredito que eles não são todos iguais e por mais que me custe tenho que reconhecer que muitos estão tão magoados com as
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mulheres como nós estamos com eles. Um jantar é só um jantar, amiga. É um momento onde duas pessoas se encontram para conversar e conhecer-se melhor, não tem que acabar em romance. O problema é que criamos expectativas demasiado altas na nossa cabeça. Acredita que talvez o problema seja nosso e não deles. Beijocas 22 de Abril de 2009 14:14 Anónimo disse... E que tal...deixares de procurar? Quando menos esperares, talvez te cruzes com alguém especial, alguém que aprendas a conhecer sem a obrigatoriedade de vir a ser "o tal"....quem sabe? Enquanto procurares com tanto afinco...desconfio que não encontrarás. Vai com calma, descontrai, sorri, e...confia que "o que for para ti, os ratos não roem". Aproveita bem este "estar só", vendo os seus lados positivos. Aproveita para fazer coisas com pessoas amigas, arrumar ideias, ler os livros que ainda não leste...desfrutar do sol e da chuva,tudo faz parte da vida, amiga. Beijinhos L. 22 de Abril de 2009 15:11
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23 CAPÍTULO 23
Conselho sentimental dado por um homem (lol) Segunda-feira, 20 de Abril de 2009
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QUESTÃO Caro Roberto, Espero que possas ajudar. Um dia de manhã, saí com o meu carro para trabalhar, e deixei o meu marido em casa a ver televisão, como sempre. Não circulei mais de 1 km quando o motor parou e o carro se imobilizou. Voltei para casa, para pedir ajuda ao meu marido. Quando cheguei, nem queria acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha! Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a miúda tem 22. Estamos casados há 10 anos, ele confessou que eles já têm um caso há cerca de 6 meses. Eu amo muito o meu marido e estou desesperada. Será que me podes aconselhar e ajudar?? Antecipadamente grata. Patrícia
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RESPOSTA Cara Patrícia Quando um carro pára, depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de factores. Começa por verificar se tens gasolina no depósito. Caso afirmativo, verifica se o filtro da gasolina não está entupido. Verifica também se há algum problema com a injecção electrónica. Se não se tratar de nenhum desses problemas, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injectores. Espero ter ajudado. Roberto
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soundblade disse... Vê... eu não me lembro de ter escrito algo do género lololololol 20 de Abril de 2009 23:28
levar o carro para a oficina. Afinal de contas, a menina não vai abrir os injectores no meio da rua... é inapropriado ;) 21 de Abril de 2009 12:10
Vitor Vieira disse... O Roberto esqueceu-se de mencionar o numero da ACP para chamar o reboque e
Francisco Cardoso disse... Essa teve piada, ironicamente falando! Cá para mim ela devia pedir ao marido para
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levar o carro à oficina, quando estivesse arranjado, pegar no carro, ir ao advogado, meter os papéis para o divórcio, mandar o sacana ir 'pastar cabrinhas' (de que tanto gosta!) e, pelo caminho, arranjar algo melhor com que se entreter, tipo um 'cabrito' de 22.... 23 de Abril de 2009 17:58
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24 CAPÍTULO 24
A Amizade é do melhor que há :) Segunda-feira, 27 de Abril de 2009
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T
ive um fim-de-semana fantástico ... a sério! Saí da cidade com a melhor companhia possível, e passámos o sábado numa praia distante, com um sol maroto, que ora se escondia, ora se manifestava no seu máximo esplendor, deixando a minha pele com um tom ligeiramente dourado, mais a puxar para o vermelhote, o que não nos impediu de ter uma tarde verdadeiramente espectacular ... dormitei, relaxei, tagarelei (ora!) e, melhor do que tudo, senti-me mesmo bem ... Uma sensação de um conforto ameno, sem quaisquer constrangimentos, e que se prolongou pela noite dentro com muita diversão e a boa "vibe" do fantástico TB ... e mais amigos, daqueles espectaculares, que até passam frio porque "aquela" amiga esquecida não trouxe o agasalho necessário ... enfim, nem as listas me salvam! O domingo chegou depois, depressa demais, e o sol voltou a espreitar, demasiado preguiçoso para ficarmos até ao entardecer, mas acolhedor o suficiente para a amizade se fortalecer e as chatices habituais do trabalho ficarem completamente na gaveta :) Chegada à noitinha, e igualmente bem acompanhada, fui ver um filme que me deixou extremamente bem humorada ... uma
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comédia romântica em que soltei umas gargalhadas, falei demasiado e insultei o personagem mais odiado com uma convicção exagerada ... sorry, eu sou mesmo assim, desbocada ... E quando cheguei a casa, sozinha como tem sido habitual nestes últimos tempos, vinha com um agridoce na boca e a sensação de nunca ir encontrar o homem ideal, mas ainda assim, inspirada e feliz ... Isso porque cheguei à brilhante conclusão, e óbvia, de que, depois de um fim-de-semana magnífico, posso ser uma "Cinderela sem Príncipe" (adorei a expressão!), mas nunca vou estar só enquanto tiver os meus amigos e família ... Solteira ou comprometida, eles estão sempre ao meu lado e neste caso, posso afirmar sem qualquer sombra de dúvida, que estas lindas pessoas que estão no meu coração a tempo inteiro, são exactamente o que eu sempre idealizei :) Posso estar a parecer demasiado dramática (sou um bocadinho, confesso) mas acho que às vezes, nesta minha busca incessante de encontrar o amor perdido, me esqueço que durante todo este percurso sempre tive quem me apoiasse ... Irmãos, pais, amigos e demais entes queridos, conhecem-me e respeitam-me (o mesmo não posso dizer de alguns homens que
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tenho encontrado) e mostram-me, todos os dias, de forma desinteressada e altruísta, que eu tenho uma excelente vida ... sou amada! Assim sendo, posso não ter conhecido ainda o "Big Love" e a esperança pode estar a ficar cansada, mas a Amizade é do melhor que há, e isso ninguém me tira! Venham mais fins-de-semana assim!!
Vitor Vieira disse... :D 27 de Abril de 2009 09:19 Cubanita disse... Não podia concordar mais... apesar de estares tão longe! Beijos minha querida 27 de Abril de 2009 10:10
Anónimo disse... Eu diria mais: uma princesa sem príncipe! LOL ;-) Mas com todo o tempo do mundo para encontrar um verdadeiro felizardo :-) Beijinhos 27 de Abril de 2009 13:52
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Lara disse... Fico feliz que te tenhas divertido. Mts beijinhos com saudades. 3 de Maio de 2009 20:29
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
25 CAPÍTULO 25
Acreditar sempre no Final Feliz :) Quarta-feira, 29 de Abril de 2009
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T
em sido uma semana difícil ... estes últimos dias tenho recebido umas quantas más notícias de que casais amigos se separaram, e que me deixaram atónita, mas enfim ... deixou-me a pensar ... Quando era adolescente, e nem sonhava em arranjar namorado, achava os adultos muito complicados, quando via desencontros e mal-entendidos em filmes, achava aquilo parvo e despropositado, já que na minha cabecinha despreocupada o assunto era muito simples: se eles gostam um do outro, ficam juntos ... se não, vai cada um para o seu lado ... fácil e sem dramas ... Hoje em dia continuo a achar que os adultos complicam demasiado, mas já começo a entender que não é tudo tão "preto no branco" como eu inicialmente achava. É como diz a canção "Às vezes, só o amor não é suficiente" e há diferenças entre o casal que se tornam obstáculos inultrapassáveis, por mais que se amem ... Sempre defendi que somos todos iguais, mas às vezes, as diferenças de idades, de mentalidades, de nacionalidades e até de classes sociais dificultam uma equação que, à partida parecia ser tão óbvia: Amam-se = Final Feliz ... Confesso que até eu, e perdoem-me a falta de modéstia,
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pensava que teria mais facilidade em encontrar alguém, mas os rapazes por quem me interesso ou são demasiado novos e não sabem o que querem e nem pensam em assentar; ou têm a minha idade e estão demasiado magoados para voltarem a acreditar no amor, e nem querem tentar; ou só se querem divertir e eu que me lixe ... O mais irónico é que até conheço alguns homens decentes que simpatizam comigo, mas esses não me atraem (a tal química que só vem atrapalhar) ... fantástico, não é?? Começo a convencer-me que esta história de "o amor e uma cabana" não passa disso mesmo, uma história, e que na vida real há traições que não se conseguem perdoar, que nos marcam bem fundo e nos mudam de forma irreversível (e não há volta a dar), há grandes amores que demoram anos a passar (se é que passam) e paixões passageiras que nos transtornam mais do que deviam ... e pior que isso, mulheres e homens apaixonados pela vida e que estão sozinhos, com tanto amor para dar que até se lhes dói a alma ... E o que me entristece é que, com o passar do tempo, a verdade é que se vai tornando mais difícil acreditar que da "próxima vez" é que vai dar certo ... é que dói demais voltar a confiar e entregar o coração e ter nova desilusão ...
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Não é fácil, mas também ninguém disse que seria, e por isso, apesar de ter sabido das separações de (demasiados) amigos, prefiro pensar que agora eles ficaram libertos para uma nova oportunidade de encontrarem o amor verdadeiro ... o que não magoa, nem nos deixa a auto-estima a rasar o chão ... E que dessa "próxima vez", o "Big Love" seja transparente e tão simples como eu imaginava que deveria ser nos meus tempos de menina e moça ... bons tempos, em que o Amor falava sempre mais alto, vencia todos os obstáculos e em que o "Final Feliz" não era só para os contos de fadas, mas para mim e para todos :)
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Vitor Vieira disse... "Quando era criança pensava que o mundo era preto e branco, mas quando cresci percebi que afinal é tudo graus de cinza." Minha amiga, não desanimes :) A tal equação Amor = Final Feliz aplica-se e é realmente verdade, mas há condições que são necessárias respeitar: [ Atração sexual >= 2.0 ] [ Maturidade do parceiro masculino >=0.3 ] [ Maturidade da parceira feminina >=0.3 ] [ Interesses na vida do homem == ] [Interesses na vida da mulher ] [ Capacidade de compreenção do parceiro ] [>=1.0 ] [ Capacidade de aceitação das coisas que não] [ percebemos >10.0 ] [ Visão da situação financeira do homem == ] [Visão da situação financeira da mulher ] [ E muitas coisas que ainda iremos ] [ aprender -> infinito+ ] Perdoa a abordagem engenheira do assunto. :) Beijinhos 29 de Abril de 2009 08:59 Anónimo disse... Custa demasiado voltar a acreditar e ainda doi mais quando percebes que o que ontem era verdade, hoje é mentira. Auto-estima...onde anda a minha? Já não a vejo a algum tempo!!! Se a encontrarem por aí, por favor, avisem! Beijo 29 de Abril de 2009 10:25 Anónimo disse... Kida, vou estrear-me nos comentários aos teus textos e, infelizmente, para falar do que menos gostei. Não gosto da Sofia pessimista. Tens de manter sempre esse sorriso e esse brilho no olhar quando falas de amor ou de tentativas frustradas ou não de o encontrar. Afinal, e apesar dos meus puxões de orelha, o que mais gosto de ti é essa tua ingenuidade
de ver tudo cor-de-rosa... bjos 29 de Abril de 2009 16:48 Cubanita disse... Minha querida, não te esqueças da conversa que eu, tu e a Anabela tivemos num café em Lisboa há dois anos. Ainda estavas com o teu ex-namorado e tinhas, aos 27 anos, uma vida como se fosses casada há cinquenta anos. Tiveste a coragem de acabar com essa situação, e só isso já faz com que tudo o resto valha a pena. As relações acabam e é triste; mas não penses que tens que encontrar já o teu futuro. Ele há-de chegar, e será brilhante :) Beijos grandes da ex-colega de faculdade! 29 de Abril de 2009 18:27 Ricardo Pereira disse... Enfim... Ainda vamos chegar à conclusão que o melhor era como nos tempos dos nossos bisavôs, nessa altura o “chefe da tribo” decidia quem namorava com quem, depois, pouco importava se gostavam um do outro, tinham de se entender! Como dizia o outro, a culpa foi de começarmos a questionar sobre o sentido das coisas! Nos últimos dias ouvi que os casais passam 90% do tempo a falar e apenas 10% a namorar, como tal, começo a pensar que damos demasiada importância à química, mas enfim, o que sei eu sobre estes assuntos.... Bjs, 1 de Maio de 2009 02:58 Anónimo disse... Olá linda, Também me vou estrear nos comentários por aqui. Estás desanimada e, ao ler o que escreves, parece que as esperanças se estão a separar de ti como a areia de uma mão a fechar. E isso é surpreendente, porque sempre te vimos como uma pessoa feita de uma fibra diferente.Umamulherenormeedescomplexada. Uma pessoa encantadora, que vê sempre o lado bom das pessoas, mesmo que seja bem
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pequeno. És linda e a ausência de sentimentos mesquinhos em ti - como a inveja, o egoismo, e por aí fora - tornam-te fascinante. Como vês, em meia-dúzia de linhas e em poucos segundos desfiei um ror de elogios, que poderiam continuar, caso o texto continuasse. Por isso linda, é uma questão de tempo para que Ele te encontre. Beijos, Teu fã. ;) 2 de Maio de 2009 20:49 Lara disse... Eu estou de acordo e já te tinha dito. Esquece o pessimismo e escreve coisas mais alegres. Se queres podes escrever um belo texto sobre amor entre irmãs e contar o quanto me ajudavas quando viviamos juntas e revias os meus trabalhos da faculdade e os ias entregar comigo quando os terminavamos de corrigir juntas. Isso sim é amor e amizade. Obrigada mana 3 de Maio de 2009 20:38 Anónimo disse... Para comentar o teu texto só tenho um conjunto de palavras que me possam descrever o pensamento neste momento: Vem... Ofereço-te regaço sorriso...vem apenas, Ausente de palavras que eu saberei Ler-te nos lábios o beijo que me trouxeres... Vem... E saberás no meu olhar a vontade de te guardar em mim... Dar-te-ei apenas o momento dos silêncios sem mundo Que mora no seio dos meus braços. Serei apenas ventre no acolher do teu olhar E saberei ser tempo sem compasso para que possas serenar. Guardarei no meu peito os gritos que te ferem a garganta E calarei nos lábios as mágoas que me deres a guardar... Vem...Somente! 9 de Maio de 2009 03:00
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26 CAPÍTULO 26
Descobrir a felicidade, sem precisar de colírio :) Quarta-feira, 6 de Maio de 2009
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A
té há bem pouco tempo, achava que a felicidade era coisa destinada aos outros. Estava habituado a ver quem me rodeava feliz, com alguém ao lado ou simplesmente feliz porque se sentia feliz. A felicidade dessas pessoas era daquelas verdadeiras, espontâneas, daquelas que produzem um brilho diferente no olhar e rasgam os lábios num sorriso perfeito e apaixonante. Era, portanto, uma felicidade exibicionista e autêntica, como todas as felicidades verdadeiras que se prezem devem de ser. Eu, que nunca gostei de perder nem a feijões, também mostrava a minha felicidade. Ria de orelha a orelha e fazia-o até me doerem os músculos. Os meus olhos levaram tanto soro fisiológico que ainda hoje não entendo como não ficaram baços como os do tubarão. Mas o que importava na altura era que o soro limpava os olhos e ajudava-me a ter o brilho das pessoas felizes! Assim foi durante anos. Com sucesso, deixem-me que vos diga. Foi tão assim que até eu me convenci que era realmente feliz. O meu sorriso tocava cada vez mais nas orelhas, os músculos já se tinham habituado, e os olhos brilhavam como dois faróis. Estava o assunto arrumado e, face a estes sintomas, não havia
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quem se atrevesse a me diagnosticar o que quer que fosse abaixo de felicidade extrema. Mas tal como as bolas de sabão que nascem do sopro de uma criança, também esta bela história tinha morte anunciada. Apesar de neste momento me apetecer dramatizar, para prender até ao fim os leitores deste simples escrito, tenho de admitir que a descoberta de que a felicidade se fazia de outros ingredientes não foi uma tragédia, antes pelo contrário. Descobri quando passei a senti-la realmente. Agora os meus olhos brilham sem soro – deixei de usar aquela porcaria – e o meu sorriso não é tão longo, mas é sincero. E já agora bonito também! Este texto não vem a propósito de nada, a não ser do meu estado de espírito. Teu fã ;) P.S.: Um texto tão lindo merece estar no meu blog, ainda que não seja da minha autoria, mas de alguém que me é muito querido, e que agora, é feliz :) Vêem como acontece? Basta acreditar ... IP
Lara disse... Tá bonito realmente e muito bem escrito. Parabéns ao autor/a e felicidades!!!!! 20 de Maio de 2009 09:36 121
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27 CAPÍTULO 27
Teste do SAPO: "Quem Sou Eu?" Quarta-feira, 13 de Maio de 2009
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E
ste foi o resultado de um teste que fiz no portal do SAPO, intitulado "Quem Sou Eu?", no qual recebi 45 pontos:
"Os outros vêem-na como sendo uma pessoa com vivacidade, charmosa, divertida, prática e interessante. Alguém que está sempre no centro das atenções mas que não deixa que isso lhe suba à cabeça. Também é vista como uma amiga delicada e compreensiva, sempre disposta a animar e ajudar aqueles que a rodeiam." Gostei do que li :)
Vitor Vieira disse... é verdade... 14 de Maio de 2009 08:33 Ricardo Pereira disse... Cada um é, como é, e pouco há que fazer, é claro que nunca vi nenhum deste testes a dizer mal da personalidade das pessoas, enfim, são testes para mulheres! :) Eu não sei se esta frase foi politicamente correcta :), mas indo ao encontro de um comentário de algumas semanas atrás, sobre a sensibilidade masculina, existe uma letra de uma música do José Cid que é uma autêntica pérola e que
passo a apresentar: “Às 5 e meia em ponto Telefonas-me a dizer: Não sei viver sem ti amor Não sei o que fazer” E então a resposta :) “Faz-me favas com chouriço O meu prato favorito Quando chego para jantar Quase nem acredito!” Isto sim, é uma frase de homem sensível :) Bjs 14 de Maio de 2009 14:50 124
Anónimo disse... Sim, essa descrição corresponde inteiramente ao teu perfil. Mas eu acrescentaria mais algumas coisas e chegava à marca dos 100 pontos, pois bem os mereces! lol. beijinhos para ti... (de um admirador) 17 de Maio de 2009 13:52 Lara disse... Mana, tu e os quizzs. He, he. 20 de Maio de 2009 09:38
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
28 CAPÍTULO 28
Amar para ser Feliz? Segunda-feira, 18 de Maio de 2009
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L
i há tempos um artigo que inquiria sobre a importância que o amor tem na nossa felicidade, questionando se temos de amar para atingirmos o "nirvana" ... Uma das entrevistadas defendia a teoria de que "actualmente o amor é encarado como a solução milagrosa para todas as dúvidas do ser humano e que o facto é que acaba por ser grande fonte de stress para a maior parte das pessoas". Até concordo, porque se pensarmos bem no contexto da sociedade portuguesa, quando alguém está solteiro e se assume feliz (principalmente nós, mulheres); namora há mais de 10 anos sem casar ou diz que não faz grande questão de ser mãe/pai, é logo apontado como um membro desviante da sociedade. Vou ser mázinha, mas a sorte das 4 meninas do "Sexo e a Cidade", acima dos 40 anos, solteiras, independentes e realizadas, é que viviam na "Big Apple", porque no nosso país seriam prontamente apelidadas de "solteironas que vão ficar para tias" ... hehehe Reflictam no que o artigo adianta: "Imagine alguém dizer que é contra o amor. É considerado um herege. As propagandas, as novelas, os filmes, os conselhos dos parentes, tudo contribui para promover os benefícios do amor. (...) E quando cai por terra a expectativa do romance e da atracção sexual eternos, surge a
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pergunta "o que há de errado comigo?" ... Não podia estar mais de acordo, já que eu, que nem 30 anos tenho, depois de algumas negas e desilusões (e apesar de saber que sou boa rapariga), começo a pensar se o problema não estará em mim, se sou eu que tenho de mudar e adaptar-me a uma sociedade de relações "fast-food", em que ser genuína e dizer o que penso não são as características mais desejadas. Será justo a sociedade apontar o dedo a quem não tem os mesmos anseios e prioridades do que a maioria da população? Desde quando é que pensar diferente é estar, à partida, errado? O que vale é que, conforme vou constatando, as mentalidades estão a mudar, e as pessoas vão-se apercebendo de que o casamento nem sempre é a garantia de um "final feliz", e que as rotinas do dia-a-dia, os feitios difíceis e as discussões depois de um mau dia no trabalho dificultam o romantismo e o manter da "chama da paixão" acesa ... Viver juntos, em união de facto, começa a ser uma alternativa igualmente viável, com os mesmos direitos e menos chatices ... Ainda assim, e independentemente do nosso estado civil, penso que o maior problema de muitos casais é projectarem a sua felicidade na outra pessoa, responsabilizando-a por isso e lavando as mãos dessa função ... assim, se não estão bem, a culpa é
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sempre do outro ... Por mim, assumo que sou feliz solteira, mas sei que consigo ser um bocadinho mais (um bocadinho grande!), se tiver alguém para partilhar os meus pequenos e grandes momentos de "bliss" :) mas primeiro tive de alcançar a tranquilidade interior que me permite estar numa relação de forma saudável, respeitando o espaço da outra pessoa, sem pressões e inseguranças ... E antes de começarem a pensar que estou contra o casamento, trago boas novas! Segundo o "The Sunday Times", os cientistas descobriram o amor verdadeiro! Durante uma pesquisa, e submetidos a exames ao cérebro, uma pequena parte dos casais avaliados demonstrou a mesma paixão ao fim de 20 anos de casamento, à que experimentaram no início da relação ... Isto vem baralhar os dados e o que até agora era tido como certo: o amor e o desejo sexual conhecem um pico no início da relação e diminuem com o decorrer do tempo. Segundo este estudo, há efectivamente alguns sortudos que conseguem experimentar o Amor para toda a vida :) Mas alguém tinha dúvidas? Eu não ;) E neste fim-de-semana em que comecei a escrevinhar este
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lindo texto, convivi com um casal que está junto há quase 40 anos, um casamento em que são evidentes o carinho e a cumplicidade, mas também a honestidade (não têm pruridos em dizer o que pensam) e o mais romântico de tudo é quando ela o chama de "marido", como se esta fosse a palavra mais terna, a mais importante do dicionário, e a que resume tudo o que um amor de tantos anos deve ser ... Resumindo, penso que o segredo poderá ser deixarmos de ver o amor como a solução para todos os problemas e frustrações, uma escapatória, mas como um prolongamento da nossa felicidade ... Eu acho que estou no bom caminho, pois como alguém já me disse um dia, vou encontrar o "Big Love" porque eu acredito ... e apesar dos trambolhões, a minha crença no mais belo sentimento do mundo continua inabalável e incansável :)
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Ricardo Pereira disse... Isto não é “fast-food”ou “comidamediterrânica” ao contrário de um restaurante não se pode optar, isto no amor é mais do tipo acontece ou não. A pressão existe é dentro nós, pois não gostamos parecer diferentes dos outros, até no caso do “sexo e na cidade” elas acabaram por se “render” por volta dos quarenta, com excepção da Samantha, claro! Bem como dizia o Vinicius de Moraes a grande vantagem de estar sozinho é poder utilizar a casa de banho de porta aberta e isso manifestamente pouco! Bjs 19 de Maio de 2009 11:41
Vitor Vieira disse... ...Pensava que era a de poder deixar a tampa da sanita aberta! :p lol Mas agora fazendo um comentário mais sério.... é verdade que muitos dos problemas do casal surgem porque um dos parceiros espera que o outro faça tudo pela relação, e que seja o amortecedor de todas as pedrinhas do caminho... Há também casos do exacto oposto, em que todas as questões são resolvidas com um sacudir a agua do capote. Enfim... cada caso é um caso, mas que podemos pode agrupar em esterotipos, podemos.
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Quando ao decrescimo da tensão sexual... é triste mas essa só deveria decrescer com a menopausa / andropausa. É aceitável um decrescimo momentâneo devido a condições externas impostas ao casal, stress no trabalho, filhos, etc... mas isso deveria ser combatido em medida certa no momento certo. Um fim de semana a sós, num sítio novo. Um jantar romântico onde a "lady" possa sentir-se como tal, e o "gentlemen" possa agir como tal apesar de estar com uma pontada desde o início do jantar.... :p enfim... ideas não falta. E se faltar, google! 19 de Maio de 2009 15:05
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29 CAPÍTULO 29
Rótulos?? Quais rótulos?? Manias ... Quinta-feira, 21 de Maio de 2009
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enho uma amiga que começou recentemente um relacionamento ... Estão a conhecer-se, a situação está a desenvolver-se, lentamente, mas está tudo a correr bem ... Ela está muito feliz, ele presumo que também ... mas agora os amigos dela perguntam-lhe em jeito de confirmação: "mas já são namorados?" E eu acho graça que lhe perguntem isso, porque penso que reflecte a necessidade do ser humano (ou será só do português?) de dar nome a tudo ... rótulos! Ainda acho mais piada porque eles estão à beira dos 30 e eu pensava que nesta idade já não se chamava "namorar", mas "estar num relacionamento" :) Actualmente, vivemos numa sociedade em que vejo cada vez mais relações "fast food", e encontrar alguém decente é tão difícil, acho que é mesmo uma questão de sorte, que eu não entendo o porquê das pessoas ainda precisarem de complicar, com perguntas desnecessárias (pelo menos na minha perspectiva). Eu coloco a situação desta forma ... se eles estão bem, estão a entender-se, vão apaixonar-se mais depressa, ou mais intensamente se tiverem o rótulo de "namorados"? A palavra valida o sentimento, torna-o real?
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Acho que as pessoas têm esta necessidade para acreditarem, para compreenderem melhor que o relacionamento é sólido, porque se já namoram, não é uma brincadeira de uma noite, é a sério! E depois já podem começar a pensar no casamento e nos filhos! Xiii, exagerada que eu sou, hehehe ... Por mim, eu só quero é que esta menina seja feliz, porque ela bem merece, e que a ter rótulos seja o de "amiga do coração que está a redescobrir o Amor porque nunca deixou de acreditar" :) Agora só falta o "happy end", ou essa frase é outro rótulo romântico? Manias!!
Lara disse... Acho que sei quem é a tua amiga e estou contente por ela e embora não seja preciso rotular, às vezes ajuda para ver se as 2 pessoas estão na mesma onda e sintonia. Claro que também acho o pedido de namoro demodé, mas é uma questão de se perguntar ou chamar à pessoa em questão namorado/a e ver a reacção. Bjs 21 de Maio de 2009 22:06 133
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30 CAPÍTULO 30
Casamento: acto de fé ou de loucura?
Domingo, 24 de Maio de 2009
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E
ste fim-de-semana fui ao casamento de dois jovens bonitos e bem dispostos :) Eu, romântica convicta, adorei cada minuto e não consegui evitar sorrir a cada gesto de carinho e felicidade estampada nos rostos deles. Foi um dia bem passado, sem complicações, e que me renovou toda a esperança de que é possível encontrar a cara metade e ter o tão desejado "happy end". Ainda assim, e apesar de ter confirmado neste dia a minha crença quase cega no Amor, não posso dizer o mesmo da forma que eles escolheram para o afirmar, através da instituição casamento. Isso porque sei, infelizmente, que para muitos (com as devidas excepções), assinar um papel significa possuir o outro, que passa a ser sua propriedade, como se de mercadoria se tratasse. Podem não concordar comigo, mas eu acho que por mais apaixonado que um casal esteja, é saudável um pequeno sentimento de insegurança e a sensação de que nem todos os erros e asneiras são perdoáveis. Conheço muitos casos de pessoas que, depois de casadas, pensam que a relação está garantida, é para toda a vida, e que "mas eu sou a tua mulher/marido!", é justificação para as mágoas ficarem prontamente resolvidas.
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Não sou contra o casamento, mas ainda não entendi bem os seus benefícios, há quem diga que o casal se sente mais estável e mais tranquilo do que antes, mas penso que isso acaba por ser um argumento algo fraco, não me convence. No contexto actual da sociedade, em que já não há empregos para a vida, mudar de casa 4 vezes já é hábito, e passamos mais tempo com os colegas, no trabalho, que com amigos e família, custa-me a conceber uma instituição que une "para sempre" ... Para mim, e desculpem os casados, o casamento não garante mais amor nem mais felicidade, é só um papel, mais burocracia perante uma sociedade para a qual somos cada vez mais números e menos seres humanos ... Questiono-me mesmo se, em tempos de vidas "fast-food", casar será um acto de fé ou de loucura? Ainda não tenho resposta para isso, sei para o casal de ontem, é de fé ... se calhar, eu só preciso de encontrar quem esteja disposto a ficar comigo até ao fim dos nossos dias, na saúde e na doença, para perceber a lógica de querer uma aliança no dedo. Apelando à minha lamechice, e tentando ver a situação com os olhos do coração, se calhar é fé e loucura, é confiar na fidelidade longe do olhar, é conseguir perdoar, mesmo com mágoa, é dizer "vamos a eles!", apesar da carapaça de
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desconfiança causada por tantas desilusões, é acreditar que é possível voltar a apaixonarmo-nos, dia após dia, pela mesma pessoa, e mostrar toda a vulnerabilidade da alma e corpo, ao repeti-lo, todos os anoiteceres ... Sim, sim, gosto mais desta resposta ... estarei eu a aprender a lição e finalmente a compreender o significado de Amar? Hum, tenho de ir a mais casamentos, hehehe ;)
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Anónimo disse... Fé e loucura é viver! Hermano Gouveia 24 de Maio de 2009 19:31 Cláudio Jardim disse... O Amor existe.. que ninguem duvide disso. A questão que se coloca é.. todos os que amam ou que já amaram, estão realmente conscientes do que é de facto amar? Todos conhecem a palavra e todos ou quase todos afirmam já ter amado mas eu acredito que apenas uma "mão cheia" de pessoas é que realmente conheceu o verdadeiro amor, o real sentimento que a palavra amor tenta classificar. Isso é pena, porque desta forma, acabamos por nos apercebermos que afinal, grande parte do mundo tem apenas a ilusão de que sab o que é o amor.. se as coisas não fossem assim, tudo seria melhor em vários aspectos. Mas cá estou eu a divagar um pouco... e sobre o casamento.. concordo, de facto foi bonito e deu para ver que estão ambos mesmo muito apaixonados. Desejo as maiores felicidades a ambos e que tenham a grande alegria de sentir o verdadeiro amor. Eu já tive o "previlégio" de sentir o que é amar..e afirmo com toda a certeza de que não há nada melhor nesta vida do que o amor ;) 25 de Maio de 2009 01:32 Vitor Vieira disse... Pois minha amiga... a minha visão é pouco romântica nesse aspecto. O casamento é um contracto entre duas pessoas. ponto. O amor no casamento é uma coisa moderna! O casamento como contracto ou "instituição" como a igreja gosta de chamar, existe á muito tempo apenas para ligar duas familias. É um contracto económico para manter a propriedade dentro da(s) familia(s) e de pessoas que se conheçem... é igualmente um contracto que trás mais segurança á mulher. É
suposto de garantir que o homem irá providenciar para ela (na doença e na saúde). Isto porque o casamento foi criado numa altura em que é comum o homem ser bígamo... e seria necessário algo para o obrigar a pagar a comida à mulher e filhos, pois esta não o pode fazer por si só. O amor é algo que foi acrescentado depois. Afinal de contas estás a assinar um documento que te obriga, teóricamente a estar com essa pessoa para o resto da vida, é mesmo bom que escolhas alguem com quem queiras REALMENTE passar o resto da vida! O casamento não trás amor. Duas pessoas não casam por amor. O amor por si faz com que as duas pessoas estejam juntas, e para isso não é preciso contracto nenhum. É igualmente uma questão de confiança. Então porque é que as pessoas se casam no dias de hoje? A questão económica ainda prevaleçe: Benefícios nos impostos, direitos legais de parentesco, heranças, etc... E o amor? Bem... no momento é possível que ambos digam que queiram passar o resto da vida um com o outro. E será que dura? Como a minha amiga Isa contou, muitos casais acabam por se dar mal por acharem que o contracto do casamento resolve tudo. Já não somos crianças e já vemos que isso não é verdade. Na verdade, só vejo necessidade em assinar o contracto porque ambos querem viver juntos, ter casa, possivelmente filhos e podem obter benefícios fiscais se estiverem oficialmente casados. Pressão familiar, social é igualmente uma das razões. Não é necessário ter ninguem por detrás da orelha a dizer que devem casar... é simplesmente um sentimento que está ali presente, no olhar dos pais quando chegam os dois a casa, uma palavra do padre da paróquia (que ainda tem muita influência), etc...
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Resumindo e concluíndo. Casamento = amor? NÃO. Amor leva a Casamento? Muito possivelmente. Casamento leva a Amor? Vai acabar mas é em pancadaria e divórcio. 25 de Maio de 2009 12:17 Hugo disse... o casamento é 1 acto desnecessario, porque a meu ver, se 2 pessoas se amam, nao vejo a necessidade de afirmarem o seu amor perante a igreja e outros. Alem disso, assinam 1 papel que parece ser mais 1 contracto do que acto de afirmacao do que sentem um pelo outro(sem qualque finalidade, na minha perspectiva). tirando isso, so te quero dizer, que tu és UMA POETA, escreves muito bem e deverias continuar a escrever estes artigos tao interessantes de se ler. beijos do teu unico mano kerido, que gosta muito de ti 27 de Maio de 2009 16:17 marylu disse... O Vitor Vieira disse tudo sobre o que era e é um casamento. Mas mesmo assim eu acho que é o ideal para um casal. Ok que de facto é um simples papel assinado que pode trazer alguns beneficios, mas o amor em nada tem a ver com esse papel assinado. Só que ainda assim há quem seja do "como manda a tradição". Está mais que provado que as sociedades ao afastarem de certos e determinados valores e costumes,não obtem grandes vantagens em termos essencialmente emocionais. Pode de facto ser mais prático, mas acho que todos precisamos de algo mais profundo. É por isso cada vez mais vemos familias monoparentais, etc, fruto das novas mudanças. Até onde queremos ir? Respeito quem goste e queira. Mas sem dúvida o casamento como instituição é um pilar importantenaformaçãodeumafamiliaestável. 17 de Junho de 2009 06:41
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31 CAPÍTULO 31
Quando é que a magia acaba? Parte II Segunda-feira, 1 de Junho de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
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meu desabafo de hoje é sobre relacionamentos que acabam sem uma explicação plausível ... Todos conhecemos um amigo ou amiga que teve uma relação que terminou de forma inconclusiva e em que a pessoa "abandonada" nunca percebeu bem o que é que aconteceu ... Infelizmente, conheço algumas, e uma amiga em particular, que conheceu há tempos o homem perfeito: inteligente, com alma de poeta, super carinhoso, divertido e simpático ... fazia-a feliz e ela andava nas nuvens, começava mesmo a achar ter encontrado, finalmente, a sua cara metade. Eis senão quando chega um belo dia, ele deixa de lhe atender o telemóvel e responder aos sms. Sem mais nem menos, sem qualquer discussão prévia, estavam a dar-se lindamente! Passados uns dias, esta minha amiga começa a pensar que aconteceu algo e insiste nas ligações e mensagens escritas, recebendo apenas ... silêncio ... Passou-se um mês, e ela sem receber notícias dele, nem nenhuma justificação para tanta indiferença e desprezo, e o pior, sempre na expectativa de que ele mudasse de ideias, fosse sensato, e tentasse reatar com ela, alegando insanidade temporária (teria de ser uma teoria recambolesca para explicar esta atitude, certo?) ...
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Moral: a história não acabou bem e agora estão mesmo separados, ela está arrasada e ainda não teve direito a uma conversa franca, adulta, e em que ele abrisse o coração e alma e lhe dissesse olhos nos olhos o que se passara ... E eu, que gosto imenso desta amiga e confidente, sofro com ela e sinto cada lágrima gorda que lhe escorrega no rosto quando fala dele, como se fosse minha ... já passei por uma situação idêntica e sei bem a sensação demolidora deste tratamento de silêncio ... Se os homens que fazem isto às mulheres soubessem como nos sentimos ... até acho que imaginam, mas não querem saber: passamos de uma fase inicial em que pensamos estar paranóicas e que ele ainda não ligou por não ter saldo ou "até pode ter perdido o telemóvel, coitadinho!!", para a fase seguinte de ficarmos preocupadas "será que lhe aconteceu algo? partiu uma perna e está incomunicável no hospital!!" (coitadinho outra vez!! até ficamos com pena deles) ... Pois, pois, mas de volta à vida real, não aconteceu mal nenhum (nunca acontece), se eles realmente quisessem falar connosco arranjavam forma ... ou pediam o telemóvel emprestado a alguém, mandavam um e-mail, ou iam ao nosso trabalho ... A verdade nua e crua? A magia acabou e eles não têm pachorra
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nem coragem para nos dizer ... Os motivos? Talvez a imaturidade deles, não estavam preparados para um novo relacionamento, talvez ainda gostassem da namorada anterior ou se calhar, não gostavam assim tanto de nós ... Inclino-me mais para este último motivo, porque acho que se a pessoa com quem partilhámos experiências, trocámos carinhos e confidências, ainda que por pouco tempo, não tem sensibilidade e consideração para uma conversa sincera para confessar porque é que tudo acabou, então é porque nunca gostou o suficiente de nós ... O que mais me incomoda é não saber o que realmente se passou, até podia ser a razão mais estúpida ou inconcebível do mundo ("cheiras mal dos pés!"), mas ao menos uma pessoa consegue perceber, aceitar e ultrapassar ... e depois compra um desorizante para acabar com o chulé ;) Brincadeiras à parte, sei que a maior parte de nós, mulheres, imagina todos os cenários e mais alguns no que toca aos assuntos do coração e conseguimos ficar obcecadas com a mínima coisa, e é por isso que muitas de nós não conseguem ultrapassar muito bem uma nega mal explicada ... Para mim, a pior parte são as consequências, o coração volta
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a fechar, a esperança a encolher e a certeza de irmos encontrar a pessoa certa a ficar ainda mais envergonhada ... Chego à conclusão que, às vezes, nunca vamos ter a explicação desejada, o motivo esclarecido, e temos de aprender a lidar com isso e seguir em frente, por mais que nos custe ... Tenham eles razão ou não em terminarem tudo, nem sempre podemos saber o porquê, se foi algo que fizemos mal, uma atitude mal interpretada ou um mexerico maldoso ... há que aceitar e pronto! É a vida ... O caminho do Amor é duro, e ainda fica mais difícil com homens "criança", que não respeitam as mulheres o suficiente para pôr as cartas na mesa ... continuo a esperar que estes sejam a excepção e que a "regra" esteja novamente a ter dificuldades em ler o mapa para me encontrar, e a outras românticas, mulheres a 100%, que tal como eu, ainda acreditam que é possível viver um grande amor :)
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Anónimo disse... Calma Isabel. Nem todos os homens são assim. Ainda os há frontais e sinceros. Beijinho do "Anónimo" habitual... lol. PS: muito obrigado. Se não fosses tu, não teria conhecido uma pessoa única neste mundo! ;-) 1 de Junho de 2009 14:23 Anónimo disse... Ora e que dizer daquelas pessoas a quem se apresentam todos os motivos e MAIS ALGUNS, e que mesmo assim não entendem (ou fazem por não entender) que a relação já não funciona? "...aprender a lidar com isso e seguir em frente,
por mais que nos custe..." Isabelinha! Rapariga jeitosa como tu, com certeza já deste umas tampas "justificadas"! Tiveram sempre o efeito desejado? Beijoka 1 de Junho de 2009 22:41 Vitor Vieira disse... Bem... Terei de contrariar o segundo anónimo. A isabelhina não estava a referir-se a tampas justificadas. Mas sim á não existência clara de uma tampa. Pois a tampa em si, que seja pelo chulé, é um acessório necessário para permitir fechar
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portas e seguir para a frente. E permite ao mesmo tempo elaborar no futuro (não no momento da tampa) a verdadeira razão pelo qual as coisas não funcionaram e aprender com isso. Falta de tomates ou desinteresse serão certamente as duas razões mais provaveis. Enfim... um apelo á maturidade das pessoas... pois afinal de contas as mulheres por vezes também fazem isso ;) Beijinhos 3 de Junho de 2009 14:44
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32 CAPÍTULO 32
Timidez, a quanto impedes ... Terça-feira, 9 de Junho de 2009
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enho vindo a matutar neste assunto há já algum tempo, naquela timidez tão extrema e crónica, que consegue dificultar grandes paixões de se concretizarem ... Apesar de ninguém acreditar em mim quando o afirmo, sou tímida (não vale rir, sou mesmo!), mas esforço-me por ultrapassar este problema tentando ser engraçada, o que nem sempre acaba por resultar ;) É sempre a mesma coisa ... com os meus amigos sou uma tagarela imparável (que às vezes precisa de se lembrar que um diálogo é feito a dois, hehehe), mas quando encontro o alvo da minha afeição, ui! ... nada, a minha mente esvazia como um balão que perde o ar ... o cérebro deixa de funcionar e só consigo balbuciar palavras parvas e falar do tempo ... e quando a conversa acaba, só me apetece esbofetear-me pelas tolices ditas e fico sempre convencida de que aquele foi o primeiro e último encontro ... Acredito que isto não me acontece só a mim, e tenho um amigo cuja timidez é grave ... tão grave ao ponto de impedir mesmo um leve sorriso quando na presença da "mais que tudo". A cara dele parece que se transforma numa máscara inerte, muda, e que não deixa transparecer a felicidade interior, radiosa e saltitante por a ter encontrado ... Uma paixão que infelizmente é facilmente confundida com
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indiferença, já que o nervosismo e a timidez impedem que ele responda aos sinais de interesse que ela lhe envia, e não consiga sequer começar uma conversa, dizer um "olá". Penso que ela também sofre do mesmo mal, o que ainda dificulta mais este bloqueio ... E eu, uma romântica incurável, pergunto-me, como é que dois tímidos, que gostam um do outro (é que é mesmo óbvio!) se entendem? Se nenhum dá o 1º passo e consegue ultrapassar a timidez, será este um amor impossível? Recuso-me a aceitar esta ideia, porque há quem passe uma vida inteira à procura da sua cara metade e estes dois já andam neste "vai, não vai" há quase dois anos! São fiéis sem compromisso, e sem sequer se conhecerem! Acho isto incrível e posso mesmo arriscar dizer que eles foram feitos um para o outro :) Quando estes meninos estão no mesmo espaço, por mais pessoas que estejam, eles conseguem sempre encontrar-se ... uns olhares de soslaio, mas que não conseguem descolar ... e depois do primeiro olhar, passam só a existir eles e mais ninguém ... A atracção é tão forte que até irrita! Na discoteca, vão-se aproximando sem querer e quando reparam, já estão costas com costas, a roçar um no outro, como se fosse um carinho especial e só deles ...
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Nunca soube de uma paixão assim ... calada, mas tão cúmplice e parecendo tão vivida ... o meu amigo fala dela como se fosse uma antiga conhecida com quem perdeu o contacto, mas que conhece como a palma da mão ... reconhece o cheiro e a suavidade da pele ... Eu sei, sou lamechas, mas fico frustrada porque sei que a maior parte de nós sonha com um sentimento assim e ele tem-no ali, tão perto e ao mesmo tempo ... tão longe ... Quero mesmo que esta história tenha um final feliz, e por isso escrevo este desabafo para ver também se obtenho uma luz, alguma clarividência para ajudar o meu querido amigo a calçar o sapato a esta "Cinderela" ... Ideias, sugestões ... precisam-se! Mas já vou avisando que ideias brilhantes como empurrá-lo para cima dela na discoteca, com copos de bebida cheios na mão, não são opções e já foram tentadas ... ups! Vivendo e aprendendo, hehehe ;)
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Anónimo disse... és uma romântica incurável mesmo! e com um jeito para as palavras... Esse teu "amigo" é mesmo complicado, só com psicólogo ou tratamentos de choque... sugestões???? tenho várias concretizá-las????????? Ui... :) 9 de Junho de 2009 11:20 Vitor Vieira disse... Ai... o problema da tímidez... é verdade, eu também sou / era tímido ao ponto de não fazer nada ou de fazer figura de parvo. Entretanto aprendi que se não fizer nada, nada aconteçe... Se for aquele enterrego... aquele rem-rem... então mais vale mandar tudo á merda. É mesmo ou tudo ou nada! Por isso toca a fazer de palhaço! E a minha amiga Isa em nada é palhaça. É genuínamente engraçada, e agora já sabe meio mundo... quando ela está muda, é bom sinal ;) Em resposta á tua pergunta retória.... Se nenhum dos dois dá o primeiro passo então vão ser ambos tristes e infelizes para o resto da vida. porque não arriscaram e alguem (ou alguma distração) entretanto apareceu, ou simplesmente desprediçam as suas vidas com medo de rejeição. Sugestões para além da bebida e noitada? -Ciúme?... Comentar com um ou com o outro em
privado que o sua cara-metade está a ser aproximada por um terceiro(a). E que se ele(a) não se mexe, vai perder algo que nunca mais na vida encontra. <- podes fazer daqui um dramatísmo brasileiro para realçar a importância da acção vs inacção. -Uma conversa privada ora com um ora com outro, neste assunto... promover algum tipo de acção. Que o rem-rem em que vivem não tem jeito nenhum!... -Um pouco infantil mas possivelmente eficaz é perante todo o grupo de amigos com todos presentes... chocar com uma pergunta do gênero: E então como é que o "josé" é na cama, "maria"? Ele beija bem? ;) Esse casamento quando é que é anunciado??? O resultado será frustação momentânea.... irritação muito certo, mas au mesmo tempo força os dois a abrir os olhos para a realidade... estão ali a por-se com merdas. Boa sorte :) 9 de Junho de 2009 14:19 HR disse... Acrescentem: Ultra-romântica do SEC XIX é isso que tu és Isabel :P Admiro te por isso e pelo facto de o assumires; é algo bonito nos dias de hoje. As sugestões acima feitas são sempre validas e muito praticas nos dias que correm. Mas pelos vistos este caso é especifico e único de mais
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para ser tratado como tal, as vezes casos extremos, merecem e precisam de medidas extremas (ou talvez criativas). Um grande método que já foi falado foi o de incutir o medo de perder essa pessoa, penso que a ideia é boa mas precisa de uma abordagem a medida das pessoas em causa. Criar a tal situação de medo onde tudo pode acabar de vez talvez ajude alguém a dar o primeiro passo, mas cuidado com as pessoas de baixa estima porque acabam por desistir pelo medo de não conseguirem. Nada mais atormentador do que ver terceiros a "roubarem" o que mais amamos, as vezes o amor descobre o seu véu e mostrasse a todos em momentos assim. Se esta artimanha não resultar (e leia se que não sou muito a favor do que vou dizer, mas como já disse em casos extremos....) sera bom um terceiro vestir a pele de cupido e fazer ve-los a realidade antes que o amor se transforme em algo "menor" porque o tempo as vezes faz muitos estragos... Has de chegar a uma boa solução; felicidades e boa sorte para eles.. 9 de Junho de 2009 15:10 Ricardo Pereira disse... Haverá situação mais parva do que falar dos 14 pontos do Presidente Wilson para entrar na 1º Guerra Mundial? Enfim, acho que neste campo sou um verdadeiro campeão!!! :) Bjs, 9 de Junho de 2009 19:34
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33 CAPÍTULO 33
A gota de água ... Sexta-feira, 12 de Junho de 2009
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S
abem aqueles casais que parecem perfeitos? Dão-se super bem, são bonitos, inteligentes, estão juntos há anos e até já dividem um apartamento? E um dia, sem ninguém perceber porquê, terminam a relação ... os amigos ficam estupefactos ... nem sabiam que eles tinham problemas e acabam? Sem mais nem menos?! Pois é ... mas eu tenho a teoria da "gota de água" ... Tenho um casal amigo que encaixa a 100% nesta descrição, já não falo com eles há algum tempo, mas hoje lembrei-me deste assunto, nem sei porquê, mas preciso de desabafar ... Se conhecessem o meu amigo, ficavam a adorá-lo ... é giro, simpático, encantador mesmo, e toda a gente é da opinião que adora a cara-metade acima de tudo, que está sempre a mimá-la e que não há nada que não faça por ela, só para a agradar ... Quanto a ela, é um doce, inteligente ... uma das melhores amigas que alguém pode desejar, mas quem a conhece mais atentamente, consegue ler-lhe no rosto a tristeza que lhe vai no coração ... ela não é feliz, e o motivo é o extremo egoísmo do "fabuloso" mais que tudo ... A ele, reconheço-lhe todas as qualidades e mais algumas, enquanto amigo ... já enquanto companheiro ... trata-a bem, ouve os conselhos que ela lhe dá ... mas na hora da verdade, quando a
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minha amiga mais precisa dele, revela-se um insensível sem precedentes, incapaz de tentar sequer fazer um esforço para a tentar compreender e ajudar ... Para mim, o amor revela-se nas dificuldades, quando estamos na "mó de baixo" e mais vulneráveis ... é nessas horas que o nosso namorado/marido não pode falhar mesmo, porque se a pessoa a quem nos entregamos de corpo e alma não nos agarra a mão que, em súplica, estendemos a pedir apoio, como podemos alguma vez confiar que ele nos vá amparar no futuro? Sabem ... é que, às vezes, a indiferença consegue ser bem pior que um estalo na cara ... Não entendo porque é que custa tanto a certos homens perceberem que, de vez em quando, as mulheres só querem colo, que cuidem delas quando estão doentes, e que sejam solidários com as dores femininas que o sexo masculino nunca vai experimentar ... por mais forte que nos achem, a dor afecta-nos ... consome-nos, e precisamos que estejam lá para dizer que vai correr tudo bem, mesmo que seja mentira ... Mas como ele não entende, a minha amiga vai sofrendo a cada dia que passa, o coração vai emagrecendo a cada nova desilusão, a cada nova humilhação ... mas sempre na expectativa que ele mude e a trate com o mesmo amor e consideração que ela lhe
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dedica ... Sei bem a sensação de nos sentirmos enclausuradas numa relação e, todos os dias ao acordar, inspirar do fundo da alma, e fazer novo esforço para acreditar (iludindo-nos) que hoje vai ser diferente ... que nesse dia ele vai ser mais sensível e preocupar-se ... E quanto à "gota de água"? O meu copo já transbordou há um par de anos, mas este meu casal amigo, pelo que sei, ainda continua "de pedra e cal" ... Se calhar, no caso dela, a gota de água está presa no canto do olho, à esperança, lutando para não sair de rompante e acabar finalmente com um relacionamento vivido a dois, mas em que só um se importa ...
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Anónimo disse... Amiga Kida;) Estou muito solidária com a tua amiga, ou com o casal, mas acima de tudo: Ainda vais autografar-me um livro teu... «a gota de água está presa no canto do olho, à esperança, lutando para não sair de rompante...» LINDO Paula e Ricardo Caldeira (também quer um livro de borla) ;) 14 de Junho de 2009 19:55 Anónimo disse... Isabel querida Sempre que te falo disto, respondes-me com um sorriso, mas vai por mim: tens mesmo de editar um livro, pois nasceste para isto. Adoro ler-te e estou a ver que não sou o único fã. Os meus quase vinte anos de experiência dizem que estamos na presença de uma futura escritora, especializada em temas do coração. Também quero um livro de borla autografado! Beijinhos Do "Anónimo habitual" LOL ;-) 15 de Junho de 2009 00:54 Ricardo Pereira disse... Como diz o Woody Allen “Em todos os casais, só um é que faz os trabalhos pesados.” 15 de Junho de 2009 12:18 Vitor Vieira disse... Oláminhaamiga.Agotadeáguaquetransborda o balde poderá nunca vir se o balde for d evidamente esvaziado regularmente. Recebi á tempos uma anedota sobre a eterna guerra dos sexos, onde dizia (entre outras coisas): "as mulheres casam com a esperança queohomemmudeeoshomenscomaesperança que elas fiquem para sempre como são. O que acontece é que o homem nunca muda a sua maneira de ser e as mulheres mudam sempre" Ou qualquer coisa assim... Mas pronto, o único conselho que posso dar é o seguinte: Uma relação é feita a dois, e por muito fácil que seja atribuir a culpa a apenas uma das partes, não é 100% certo. Culpem a situação ou o tempo
ouasograsenãoquiseremculpar-seasipróprios... O teu amigo, se ele é capaz de fazer tudo por ela como tu própria dizes, porque raio é que não faz? A resposta de qualquer homem seria, pois não sabe o que fazer... E é aí que entra o papel da mulher na situação. É o "dever" dela explicar o que lhe faz falta, e explicar que não é preciso o homem compreender a situação, simplesmente aceitar... Se a tua amiga está triste porque ela tem falta (ouexcesso)dealgoemconcreto(emocionalmente falando) ela tem de aprender a explicar-se e expor a situação de modo a que o casal possa lidar com a situação. Não é simplesmente encolher o ombros e andar com a lágrima no canto do olho. Pois o que acontence é que mais cedo ou mais tarde há uma perda de confiança no casal. E isso por sua vez é mortal. Que os homens (em geral) são incapazes de compreender as intrincardes feminias é um facto. Seja pela sua complexidade, obscuridade ou simples ilógica... o homens não percebem. PONTO Não percebem mas podem aceitar... O concelho para a tua amiga é falar com ele, e dizeroseguinte:"estoutriste..."istodeverácolocá-lo em sentido. "Porque sinto falta de um carinho teu, não de uma rosa ou disto ou aquilo..." "não tentes compreender o porquê, aceita simplesmetne que preciso disto ou daquilo" . E resolver o problema a dois, invés de esperar eternamente que ele compreende algo que está (e sempre estará) completamente fora da sua esfera de conhecimento. E se não funcionar, então não há remédio para resolver a situação (sem querer ser fatalista :p ) Beijinhos até logo! 16 de Junho de 2009 10:40 Anónimo disse... Bem falar de Amor, não é complicado! Complicadosim,sãoosactoresquerepresentam esse papel. E quando digo actores, refiro-me ao homem e à mulher, porque não vale a pena entrar em demagogias quer feministas, quer machistas. (hehehehe) Vou apenas deixar-te um pequeno texto que
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escrivi sobre o amor, reflecte uma experiência não falhada, mas bastante gratificante, porque os erros, ou nossa forma de estar e análisar, só servem para "errar-mos" melhor: A VIDA É COMO UMA PONTE..... A vida é como uma ponte, são precisos sempre dois pilares para a poder suportar! Mas um ruiu e caiu! .... e agora? Agora,vamosvoltarasonhar,aviver,arenascer. A não ter medo do passado, a sorrir! Vamos voltar a sonhar! Vamos voltar a tentar! Vamos voltar a construir uma nova ponte! Mas desta vez, com alicerces robustos, não dois, mas um! Sim, apenas um, consolidado no tu e eu, no nós! Umúnicosópilar,paraqueaguentetempestades, que posso abanar, mas que seguramente não cairá! Pois tu, tu estarás lá de pedra e cal, tu não me deixarás cair. Pois eu, eu estarei lá de pedra e cal e eu não te deixarei cair. Apenas porque nós não estamos sozinhos, eu estou entrelaçado na tua vida e tu na minha! Logo não podemos ruir. Porque dificuldades existem, altos e baixos também, mas aí devemos nos lembrar sempre que tu és o meu espelho e eu o teu. Porque a fortaleza do carinho, da compreensão, do diálogo, da autenticidade tudo vencerá, basta que para isso acreditemos, como disse umaqueridaamigaminha,semmedos,semreceios, sem angústias. Porque a vida existe! E é tão bela. Masparaavivermosprecisamosdeumingrediente fundamental, o amor, vamos então, olhar mais com o coração! Vamos sentir, vamos voar, vamos delirar entre nuvens, entre raios de sol, entre luas, entre estrelas, apenas vamos, mas apenas entre tu e eu, eu e tu, entre nós ….. O futuro é o que construímos hoje. Ensinaste-me que devemos voltar a acreditar, sem medos, sem receios. ...! Bjnhos. Cláudio Micael 22 de Junho de 2009 00:04
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34 CAPÍTULO 34
A Abordagem Certa Sexta-feira, 19 de Junho de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
A
chei extremamente curioso ler no jornal os resultados de uma pesquisa realizada numa universidade na Pensilvânia, segundo a qual os homens preferem uma abordagem directa quando recebem o elogio de uma mulher ... De acordo com esse estudo, os homens sentem alguma dificuldade em entender os sinais que indicam o nível de interesse que uma mulher pode ter em relação a eles, mesmo que a linguagem corporal dela seja convidativa. Deixou-me a pensar em algo que já me disseram há algum tempo, mas que eu sempre me recusei a acreditar: "Alguns homens dizem-te o que for preciso para conseguirem o que querem de ti" ... E eu não quero pensar que isto é verdade, porque sempre me regi pelos princípios da honestidade e da frontalidade, e quando quero algo (ou alguém), não me ponho com joguinhos, simplesmente digo-o e luto por isso ... e aborrece-me mesmo que alguém me tente retirar o poder de decisão, só para se divertir um pouco ... O que não entendo é porque é que (muitos) homens assumem sempre que lhes vamos dar uma nega se nos contarem as suas reais intenções?! Nem todas as mulheres querem encontrar o príncipe encantado, casar e ter filhos ... às vezes, tal como certos homens, só queremos passar bons momentos, com o prazo de validade à vista.
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Acho que é o eterno "jogo do gato e do rato", o predilecto de tantos moços que gostam de exercitar os dotes de sedução e saber que, se quiserem, conseguem levar "aquela menina específica" para a cama, com palavras bonitas e promessas que não tencionam cumprir ... Eu gosto de saber com o que é que posso contar, quer me agrade ou não, porque assim posso decidir de "olhos abertos" ... E quando reflectia sobre os resultados do estudo, cheguei à conclusão de que, mais do que uma abordagem directa, prefiro uma sincera ... mas infelizmente, vou percebendo que o álcool deturpa as verdades, e que a paixão de uma noite parece bem menos inflamada e glamorosa no dia seguinte, ao raiar do sol, e depois ... as desculpas do costume, "hoje já tenho planos, encontramo-nos noutra altura", pois ... pois ... Mágoas à parte, continuo a defender o mesmo ... a verdade ... considero-me uma pessoa compreensiva e entendo que as pessoas têm o direito a mudar de opinião, a não sentirem as borboletas na barriga quando a cabeça lateja por causa da ressaca, mas não me tentem enganar ... simplesmente digam-me! Não gosto de perder tempo com quem não sabe o que quer, porque eu sei ... e agora, melhor do que nunca :) E ponto final!
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
HR disse... Sabes qual é o "maior" medo de um homen numa situaçao assim? É o medo de que aquilo que ele vai transmitir (seja uma paixao perdida, seja para uma one night stands) não va nem de perto nem de longe com o que a mulher quer, e assim sim provocar um não seco. Claro que isto é a minha humilde e pessoal opinião. jinhos. 19 de Junho de 2009 10:19 Ricardo Pereira disse... Eu sinceramente não me revejo no tipo de homens que referes, nem acho sinceramente que a maioria seja assim, por vezes não percebo a tendência suicida que algumas mulheres têm em apostar, constantemente, no cavalo errado. O tipo de homem que estás a descrever é do tipo adolescente, que não sabe o que quer a não ser, não ter compromissos e divertir-se. Como é obvio ele está no seu direito e de certeza deu diversas dicas que fazia prever isso. Muito provavelmente bastava analisar o seu passado histórico. Só não vê quem não quer... Estamos numa altura que tudo o que é sério e responsável é considerado chato e bota de elástico, provavelmente este texto vai ser considerado assim... :) A nossa sociedade só valoriza o “pacote” normalmente nem quer ver o conteúdo, por isso é que temos o nosso país neste estado. A começar na política e acabando no amor, não vale a pena tentar encontrar os culpados, pois ele está constantemente à nossa frente sempre que olhamosaoespelho.Sótemosoquemerecemos... Peço desculpa se fui inconveniente... Um grande Bjs 19 de Junho de 2009 11:01
Vitor Vieira disse... Ora bem.. :) é esse o espírito! Já tinhamos abordado este assunto quando foi a história da tampa inconclusiva... Há muita gente no mundo, muitas maneiras de lidar com as situações... e dessas podemos construir esterotípos. Pois a triste verdade é que acabamos (homens e mulheres aqui) por cair nas clássicas armadilhas. "Eu ligo-te depois..." que significa: "quando eu estiver aborrecido com a vida, não tiver mais nada que faça e tu fores a única pessoa que me vai atender o telefone." Beijinhos até logo! 19 de Junho de 2009 12:01 Cláudio Jardim disse... Realmentehámuitoshomensquetêmdificuldade em interpretar os sinais muitas vezes obvios que algumas mulheres transmitem.. isso deve-se tanto à falta de atenção como também ao receio de estar a interpretar mal os sinais, se calhar por causa de alguma situação embaraçosa no passado em que alguma mulher transmitia tais sinais..mas sem ter essa intenção (sim.. isso tambem acontece). Isto tudo aplica-se a ambos os sexos! A questão da honestidade e frontalidade também tem muito que se lhe diga! Sei de mulheres que gostam das coisas frontais, para não ficar o "dito por não dito" .. etc..etc.. mas que quando as coisas apertam, fecham-se em copas!Ondeestáafrontalidadeetransparência agora?? A dualidade de critérios, no que diz respeito a assuntos do coração, deveriam existir? Pior.. deveriam existir em pessoas que à partida defendem a frontalidade e abertura?
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Porque razão essas pessoas "fecham-se" e não são capazes de ter uma conversa adulta, honesta, frontal para deixar as coisas bem claro e, muitas vezes, chegar à fonte do que realmente está errado na relação? (ou na falta dela..). Este blog sendo escrito por uma mulher, naturalmente que foca o lado das mulheres nestas questões mas digo-vos que os homens tambem passam por muitos dos problemas que a nossa amiga descreve cá no seu blog. Não estou a defender o sexo masculino, pois tenho consciencia de que os homens (não todos..mas uma percentagem bem elevada!) não são correctos na forma como abordam e tratam as mulheres. Isto acaba por levar a um jogo de gato e rato..e tambem ao jogo do empurra em que começam ambos os lados com artimanhas,atitudesestranhaseexcessivamente defensivas e tambem atitudes que chegam até a desrespeitar a pessoa do sexo oposto tanto a nivel emocional como até a insultar a sua inteligência enquando ser racional. Agora pergunto.. quando uma mulher se fecha em "copas" e recusa-se sequer a falar, dialogar como dois adultos perfeitamente conscientes e inteligentes, o que é que um homem é suposto pensar, fazer e sentir perante isso? Quando tudo parecia perfeito, com tudo ou quase tudo em comum..e depois afinal vêm dizer que não era tudo perfeito ou quase perfeito e que .. afinal de contas, tudo o que tinham em comum.. não era em comum!! (Apesar de ser.. claro, pois coisas em comum, não é propriamente facil de ser mal "interpretado"!!!) 22 de Junho de 2009 23:55
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35 CAPÍTULO 35
As Espécies Raras :) Segunda-feira, 22 de Junho de 2009
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abem quando, depois de repetidas desilusões, nos começamos a questionar sobre se alguma vez iremos encontrar o Amor? E que por mais que queiram ajudar, não facilita os amigos do peito repetirem até aos ouvidos doerem "não procures, porque quando menos esperares, ele encontra-te ..."? É uma seca ... mas a minha explicação é muito simples, acho que o mundo anda ao contrário! Porquê? Porque por aquilo que eu constato, homens e mulheres sem escrúpulos e sem carácter, que só querem brincar com os sentimentos alheios, nunca estão sozinhos ... enquanto que pessoas íntegras, decentes e sensíveis, e com o coração a transbordar de amor, deambulam de mágoa em mágoa ... Conheço vários casos, de "espécies raras" ... tão especiais e únicas, mas a quem a sorte ainda não bateu à porta ... Tenho um amigo que é uma das melhores pessoas que conheço e que já encontrou a sua "princesa", uma menina 5 estrelas, mas que está tão "escaldada", que ainda não se sente preparada para deixar que o mais belo sentimento do mundo volte à sua vida ... Acho graça quando ele me diz que a mulher perfeita tem de ter três qualidades, nesta ordem: coração, inteligência, beleza, e
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depois, com um sorriso resplandecente, me confessa que encontra esses talentos e muitos mais na sua princesa, mas aguarda, pacientemente, que ela o veja com os olhos do coração e não com os da amizade ... uma dedicação que me impressiona :) Conheço outra "espécie rara", que tem tudo o que o sexo oposto poderia desejar: simpatia, inteligência, estabilidade e independência ... demasiado modesta e a precisar de uma dose reforçada de confiança, é um ser humano decente e bondoso, mas que ainda procura a alma gémea ... anda aí muita gente cega! E não entendo, palavra que não, como é que homens e mulheres assim não têm uma legião de fãs, a fazer fila à porta de casa! É que são bem poucos!! Um destes moços disse-me uma vez que o pouco sucesso com o sexo oposto poderia ser por não ter a aparência do Brad Pitt e só me apeteceu bater-lhe (desculpa, mas apeteceu!) ... se vocês soubessem que há tantas mulheres que preferem um coração de ouro a certas belezas ocas, não diriam esses disparates ... Acreditem em mim quando afirmo que prefiro um homem interessante a um modelo de revista, e que fico mais exultante quando me elogiam a escrita ao invés do sorriso ... Outro dia ouvi alguém dizer: "A beleza exterior só conta no início, depois passa a ser secundária" e lembrei-me das inesquecíveis
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palavras d´ O Principezinho ... "só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos" ... lindo, não é? Dito isto, e para não pensarem que o meu romantismo está a perder vitalidade, conheço uma outra espécie rara que está a trilhar o caminho da felicidade, lentamente, mas segura :) É uma menina de sorriso meigo e olhos cor do céu, que com a sua paciência e doçura está a conseguir conquistar um homem que à partida parecia agreste e distante, mas que tem vindo a revelar a timidez e insegurança de um rapaz grande, que tem uma vida difícil, e que só precisa de quem lhe transmita a segurança de um Amor sem barreiras, idades ou preconceitos ... É por saber que esta história do "Soldadinho de Chumbo" e da sua Bailarina está a ter um final feliz (ao menos esta!), que eu renovo os votos na esperança de que vai correr tudo bem às espécies raras, pessoas que tal como eu, ainda não tiveram a chance de encontrar outra espécie semelhante ... de coração puro e sentimentos nobres ... Acho que tenho de magoar mais um pouco os ouvidos, e escutar os amigos que não se cansam de acreditar que o Amor me vai encontrar :)
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HR disse... Como na vida e em tudo o resto o amor não se faz única e exclusivamente de encontrarmos a nossa cara metade, mas sim da capacidade de mante-lo e por mais cliché que pareça, também faz se da capacidade de saber estar "só" e aprender a amar e perceber se que a beleza desta viagem por mais árdua que seja não se resume ao destino mas sim a cada passo que damos para la chegar.... 22 de Junho de 2009 10:34 Anónimo disse... Isabel Obrigadopelastuaspalavras.Fiqueisensibilizado. E podes bater-me à vontade, que eu aceito! ;-) LOL. Beijinho grande e obrigado por seres tão querida 22 de Junho de 2009 11:27 Patrícia disse... E insisto:
"Não procures porque, quando menos esperares, ele vai te encontrar". 22 de Junho de 2009 20:38 Cláudio Jardim disse... A realidade é que todas as pessoas, de forma mais ou menos consciente, estabelecem certos "padrões" pelos quais acabam por se guiar no que toca a um possivel parceiro. Felizmente há algumas excepções, em que realmente quando o amor nos encontra, esses padrões pré-estabelecidos caem por terra e a magia acontece. Há que seguir o que o nosso coração nos diz, deixar-nos guiar pela alma e não questionar demasiado com a nossa mente racional certos sentimentos que por vezes surgem 22 de Junho de 2009 23:44 marylu disse... Às vezes essas espécies raras não se dão a conhecer, é preciso que elas tb estejam nos
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sitios certos, nas horas certas. E, infelizmente, é isso que às vezes não traz a oportunidade. Não podemos esperar que os principes nos venham bater à porta, mas tb não podemos sair por aí desesperados atrás de alguém. Por isso o melhor é ir vivendo com tranquilidade e estar atento às oportunidades boas que nos surgem. Pq às vezes elas estão mesmo ali e nós não damos por elas ou não as agarramos. Na vida o que tiver de ser será, e o que for teu um dia virá para ti... 24 de Junho de 2009 02:22 Carlota ;-) disse... Comprei morangos, para o meu amor. Mais uma vez, comprei morangos! Porque magoa, o meu amor? Não sabe bem. Nunca sabe! 25 de Junho de 2009 22:41
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
36 CAPÍTULO 36
As Ânsias do Amor Parte I Segunda-feira, 29 de Junho de 2009
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C
ada vez mais me convenço de que amar alguém é uma das tarefas mais difíceis que alguém pode querer levar a cabo ... Quando está tudo bem, é o melhor sentimento do mundo, parece que levámos com uma injecção de felicidade, cujo efeito nunca parece passar, e que nos faz sentir que afinal, era possível acontecer-nos a nós :) Mas quando amamos e não somos correspondidos, começa o tormento ... uma dor de alma que não pára nem a dormir, nem a comer, nem a passear, simplesmente não pára ... e consome-nos ... dia e noite, substituindo a lembrança dos dias de puro contentamento, por uma dolorosa picada constante ... Outro dia, ouvia o desabafo de um apaixonado que encontrou a sua alma gémea, com quem viveu uma história de amor como aquelas que vemos nos filmes ... eram apelidados de "casal perfeito", e com ela, ele aprendeu a saborear a vida e todos os seus maravilhosos detalhes com uma intensidade até então desconhecida ... Confessou-me que a sua amada o tornara uma pessoa melhor, mais sensível e menos distante, e que tinha mesmo a certeza de ter encontrado a mulher ideal para partilhar o resto da vida ... Infelizmente, as certezas não eram mútuas ... julgo que a maioria
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ficaria assustada com um sentimento tão belo e avassalador, quando não sente o mesmo ... é preciso ter coragem para deixar-se levar e arriscar na mais louca aventura de sempre. Pois ... o "casal perfeito" separou-se, mas ele não se conforma ... não depois de ter encontrado o que tantos procuram, às vezes durante uma existência inteira! E é com um brilho nos olhos, que ele me afirma, sem vacilar, que não está disposto a desistir do grande amor da sua vida. Não sei as razões dela, mas gostava de acreditar que este "encontro de almas perfeitas" vai ter um final feliz, porque seria muito triste se uma história tão linda e mágica terminasse assim, como se de um sonho se tratasse, e agora fosse altura de acordar, na mesma cama fria e vazia de todos os dias ... No pior dos cenários, já disse a este apaixonado, que mesmo que as coisas não corram como ele espera, ninguém lhe pode tirar o tempo que passou com ela, e a recordação desta menina especial, com quem aprendeu o que significa gostar de alguém mais do que a própria vida e estar disposto a tudo, para a ver feliz ... Aborrece-me só o poder ajudar com palavras, gostava de fazer mais, mas não posso interferir ... nestas situações, ou se sente, ou não se sente e ninguém merece um afecto morno, quando se entrega de olhos vendados e coração inteiro, escancarado de
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sentimento ... Há porém uma pergunta que me inquieta e para a qual não tenho resposta, por mais que tente: "quando desistir?" ... quanto tempo terá de passar para percebermos que não vale a pena continuar a insistir? Este apaixonado luta e desespera por este amor há meses, e não obtém mais do que sinais confusos, mas nunca um primeiro passo ... se ele sucumbir à repetida nega, passará definitivamente a fazer parte do passado dela, da alma gémea que nunca pensou sequer existir? Já estive na mesma situação ... nunca quis pressionar o moço nem encostá-lo à parede, pedindo uma prova de amor, uma prova de interesse, porque sempre soube no meu íntimo, que ela me seria recusada ... por ter tanto medo desta verdade dolorosa, acabei por nunca saber até que ponto ele gostava de mim ... Penso que este é o principal problema deste apaixonado, a quem eu tentei fazer ver que, se ele tem receio que a sua amada falhe o derradeiro "teste" (ainda que deteste esta palavra!) e o deixe sair da vida dela, sem luta, será ela merecedora do sentimento que ele lhe oferece? Ele acha que sim, como eu também já achei em tempos ... até o copo transbordar ... mas até lá, quanto mais sofrimento e mágoa terá ele de aguentar? Já não
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sei o que pensar, digo-lhe simplesmente que siga o coração e persista, enquanto acreditar no amor de ambos, e ver o que acontece ... Mas estas ânsias do Amor, levam-me a outro desabafo, que agora dói demais escrever ... depois quem sabe ... resta-me a esperança, como sempre ...
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marylu disse... Tambémeujáeuestivenestasituação,achoque infelizmente muita gente já passou por isso, sortudos os que nunca passaram... Naminhamodestaopiniãopensoquecadacaso é um caso, não vale generalizar. Existem uns que não vale a pena lutar, ter todo o sofrimento de um esperança que depois não dá em nada. Outros casos que de facto têm hipoteses de se resolveremedaremalgoverdadeiroeprofundo. Este teu amigo gosta demasiado dela, sei o que é isso, e eu acredito que vale a pena lutar nem quesejapaficarcomtodasascertezas,edepois senãoderseguircomasuaconsciênciatranquila. Mas também é preciso ver quando se está cego, e quando já ultrapassamos limites. Se ele está há meses nisso, não sei se seria melhor repensar a sua vida e arranjar alguém que mereça a sua atenção.Porqueograndeamorparaumapessoa, pode não ser o grande amor pa outra. E é assim que não se é correspondido. Mas eu já conheci dois casos, em que elas tanto lutaram, fizeram de tudo para estar com eles, ao ponto de quase cairem no ridículo, e eles não lhes davam a menor bola, mas por fim conseguiram queelesgostassemdelas.Umdestescasosjádeu em casamento. Tudo depende de cada casal, das pessoas envolvidas. Precisa é de haver esperança e nunca deixar de acreditar que o amor pode aparecer. Pra uns chega mais cedo, pra outros mais tarde, mas chega. Tem dias em que tudo é muito triste, sem amor a vida perde muito o seu sentido, por isso não nos dar ao luxo de pensar que ele não virá pra nós. Beijins 29 de Junho de 2009 03:35 Lara disse... Xiça penico, escreves sempre melodramas. Acho que quando encontrares namorado se acaba o blogg, não?! Beijos e continua!!! 29 de Junho de 2009 09:10 Cláudio Jardim disse... É realmente uma situação complicada e muito dolorosa. E saber quando desistir, continua a ser, pelos vistos, uma questão extremamente complicada. Por muitas adversidades que se encontre,pormuitonegraqueasituaçãoesteja,o
amor impede-nos de baixar os braços.Coragem amaisou"cobardia"?Dependedopontodevista! Serácoragemamaisserealmenteesseamornos deixar com uma grande força para continuar a lutar,mesmocontraasadversidades."Cobardia" ..poderiaserserecusaradesistirportermedodo sentimento que essa desistência poderá trazer. Achoqueninguempoderealmentepreverquando é a altura de desistir. Tudo depende do coração e força de espirito de cada um e também da quantidade de sofrimento que cada individuo consegue suportar derivado à luta muitas vezes inglória. A pessoa que ama, fica realmente com a sua objectividade e racionalidade um bocado comprometida.. pois mesmo que seja capaz de verclaramenteascoisastalcomoelassão,oseu coração não permite que a mente processe isso de forma 100% racional e isso é um factor que realmente condiciona o comportamento de cada um. Com o passar do tempo, começam a surgir alguns conflitos internos entre a parte emocional e a parte racional e aí julgo que o mais acertado a fazer é tentar definir um limite e "escolher" a que lado de nós é que então deveremos dar ouvidos. A esperança é a ultima a morrer e se calhar, para muitas pessoas, essa esperança só irá morrer realmente quando a própria pessoa morrer mas seria realmente triste se fossemos a passar anos e anos a fio sempre com esperança..e depois, no momento da nossa morte,reconhecermosquedeitamosforaoresto da nossa vida, com uma esperança que não nos trouxenada.Seráoamorverdadeiro..realmente eterno? Amor de alma gémea é mesmo eterno comoalgunsdizem?Acreditoquesim!Pormuitadôr que isso nos possa trazer, simplesmente não podemos fugir a isso a partir do momento que o encontramos. E o que se costuma dizer que é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado? Bem... complicadinho,não acham? Se calhar até poderia dizer que tinha sido melhor nunca ter amado, pois dessa forma não teria passado o resto da vida com aquela dôr aguda no coração! Faz todo o sentido e mesmo os mais românticos, poderão ver a lógica desta afirmação.Mas,claroqueenquantohouverenergia eesperança,continuaaseaplicarosermelhorter amado e perdido do que nunca ter amado, porque continua a haver a esperança de que 176
algum dia as coisas vão mudar e tudo irá voltar asecompor,havendooregressodafelicidadee estado de embriaguês permanente. O amor não tem limites e provavelmente a esperança também não tem. O que terá limites é a capacidade de sofrimento da alma de cada um de nós e será isso a determinar realmente até quepontoéqueoapaixonadoemsofrimentoirá persistirnasualutaparareconquistarasuaalma gémea. 29 de Junho de 2009 21:53 Duarte disse... O amor é a força propulsora de tudo, do mundo, se calhar Deus é realmente amor, mas eu cada vez menos percebo de amor. Quanto mais avanço nesse caminho, mais encruzilhadas surgem adiante. Que fazer? Será utopia? Gostei de cá aparecer, beijos 29 de Junho de 2009 22:11 Anónimo disse... Querida Isabel...por muito bem que escrevas e acredita, adoro os teus textos, o que é feito da outraparteda"história"?Hásempreduasverdades da mesma situação... Já não há liberdade para recusar esse "grande amor", que afinal até poderia não ser assim tão grande? Agora já se podem sufocar aqueles que são objecto do nosso dito "amor"? Se realmente fosseesseoverdadeirosentimento,oúnicopasso lógico a dar seria conceder a liberdade para que a pessoa a quem dizemos amar seja feliz. Assim não sendo, só encontro uma palavra para todo esse desperdício de tempo: "obcessão"! Sim,porquenãoacreditoqueapósmeses,homens e mulheres feitas mandem sinais confusos...com certeza há alguém a querer tapar o sol com a peneira. Um BIG HUG pra ti, Isabelinha. ;) 2 de Julho de 2009 00:02 Anónimo disse... Olá amiga, desconheço, por completo, o caso a que te referes mas a tua história dramática só ouviu um lado. Já tentaste saber do outro lado qual a verdade da história? Os jornalistas ouvem sempre os dois lado...Lol 7 de Julho de 2009 18:18
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
37 CAPÍTULO 37
As Ânsias do Amor Parte II Terça-feira, 30 de Junho de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
N
uma altura em que cada vez mais me sinto a afundar num mar de incertezas sobre se algum dia irei ser atingida pelo Cupido (sem que isso me faça sofrer mais do que a solidão de estar solteira), ponho-me a pensar se estarei a tomar o caminho certo ... Sei que aprendo a cada erro, a cada tentativa falhada de relacionamento, mas não me parece servir de muito ... Acho que a adolescente que ainda vive em mim gostava de acreditar que é possível alguém apaixonar-se pela minha alma à 1ª vista e conseguisse sentir (não me perguntem como, só tenho a teoria) que sou uma boa menina, com o coração a transbordar de amor e carinho, que até dói reprimir dia após dia ... um cenário idílico e preferível à realidade, em que me olham com a desconfiança de muitas mágoas causadas por outras mulheres ... Às vezes acho que há demasiados homens que magoam propositadamente e sem razão quem não merece, por não conseguirem atingir quem realmente queriam ... e cospem desprezo e indiferença a quem nunca lhes fez mal, perdendo muitas vezes a oportunidade de conhecer alguém decente e verdadeiro que, quem sabe, lhes podia voltar a ensinar o significado do Amor puro e desprendido ... sem pressões, nem egoísmos ... que só quer dar e dar ...
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
A verdade é que é difícil estar sozinha, apesar de rodeada pela família querida e amigos inacreditáveis, e continuo a jogar-me de cabeça e achar que vai resultar, à primeira conversa mais simpática, a um olhar mais intenso ou mesmo depois de um beijo roubado que nos deixa com um sorriso parvo (mas que tentamos disfarçar com uma indignação digna de actriz) ... E insisto em seguir o coração tolo e irresponsável, que ignora o "grilo falante" sentado no ombro, que me sussurra ao ouvido para ter calma, aquietar a imaginação demasiado sonhadora, e aguardar pacientemente que o "Big Love" me descubra ... Quero encontrar alguém diferente, especial, mas a soma de desgostos leva-me a ponderar no que tenho feito, nas decisões adolescentes e precipitadas que tomo, por ser uma romântica incurável que pensava ser bem mais fácil trilhar os caminhos do Amor ... É este o resultado de ler tantos romances de cordel quando era mais nova, pois a vida nem sempre corre como esperávamos e tenho aprendido que por mais que deseje ser amada com toda a força do meu ser, isso não significa que o consiga ... E agora, depois de mais uma desilusão, dou por mim a compreender o que um grande amigo me disse um dia: "conhece a pessoa com que te queres envolver".
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Na altura, não percebi o conselho, mas agora vou percebendo a importância de investir na amizade, antes de me apaixonar irremediavelmente ... de ter uma base mínima de conhecimento (que convém ser mútua), antes de deixar escorregar do juízo as reservas e desconfianças ... Isso porque o amor à 1ª vista só resulta nos filmes, e na vida real, o entusiasmo inicial ... intenso e inebriante ... esfuma-se rapidamente, tal como começou, deixando pelo caminho uma tristeza não tão momentânea ... Custa-me a reconhecer que o romantismo nem sempre me ajuda a pensar claramente, e que o meu eterno optimismo me faça colorir em demasia faíscas ainda prematuras, que precisam de tempo para amadurecerem e poderem tornar-se no mais belo sentimento do mundo, aquele pelo qual tanto anseio ... Vou tentar interiorizar o sábio conselho do meu amigo, mas nunca me tornarei demasiado adulta e realista, pois não sei o que será de mim se mudar a forma que tenho de ver as coisas, tantas vezes ingénua, mas sempre genuína ... Não sei mesmo o que seria de mim se não continuasse a querer ver e esperar o melhor das pessoas ... Se deixasse de acreditar que vou encontrar a alma gémea, ao som da minha canção favorita ...
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
Se permitisse que os amores falhados que vou testemunhando me destruissem a esperança ... Pois é ... se calhar são as minhas pequenas ilusões, divertidas e malucas, que me fazem continuar a lutar pela felicidade e a saber que todos têm direito ao seu "happy end", por mais tempo que leve ... E se eu não desisto, também não deixo ninguém baixar os braços ... e vou continuar a "tocar" todos os que me são especiais com a seta do Cupido ... um dia vai chegar a minha vez :)
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Vitor Vieira disse... Tenho completa certeza de haver um par de setas de cupido reservadas para ti e para o teu par. :) ele continua é tímido por aparecer, mas concerteza com a tua determinação e abertura de espírito o encontrarás. Na questão romantica relativa ao amor á primeira vista, já deves ter percebido como a maioria de nós... ele é apenas uma ilusão. Não é amor mas sim atração. Física ou mesmo platónica. Não amor... Parece uma chama que arde intensamente, mas na verdade é mais uma estrelita... que depois de se abanar por uns minutos acaba o combustível e arrefece. O big L como gostas de lhe chamar, existe. Já o vi, vivi e revivo ;) Mas há aquelas condições que teescrevipréviamentequesãonecessáriaspara que uma relação qualquer resulte e passe de uns flirts mal amanhados, de umas "one-night-stands"para o que se possa dizer:"sim! Amo-te." Desejo-te minha amiga a melhor sorte deste mundo,poismereces.Talcomotemereceorapaz com quem irás estar, e não mereciam os com quem estiveste até agora. Beijinhos até breve. 30 de Junho de 2009 13:13 marylu disse... Agora o que tens de fazer é saber reconhecer os homens que só querem estar com as mulheres pra passarumbombocadoequenãotêmsentimentos
e um coração puro para se entregar ao amor. Àsvezesporquerermos‘àforça’alguém,ficamos um bocado cegos e nos entregamos demasiado a quem afinal não nos merece. O importante é primeiro perceber se a pessoa é digna da nossa atenção, do nosso amor, porque se for para arranjar qualquer um..isso qualquer pessoa consegue. E o principal de tudo é que tu é que mereces mais e o melhor, e um rapaz tem de fazer por te merecer..senão apesar de tudo antes estar só... O amor irá chegar, mais cedo ou mais tarde chega:) 30 de Junho de 2009 19:52 Anónimo disse... Nina, não perder a esperança é uma coisa boa! Agora agarrares-te a ela "com unhas e dentes", a incomodar o outro...vê lá, põe-te na pele dele antes que algo irremediável aconteça. E ainda digo mais: "be careful with what you wish for, 'cause you just might get it"...e sabes que as coisas quase nunca são como queremos! Há uns anos invejava a relação de um casal amigo...tanto desejei, tanto desejei que acabei porrealizarodesejo,anosdepois...Acredita,visto de fora é sempre tudo mais bonito. Quando nos encontramos "in the shoes" as coisas mudam. Continua com a boa escrita!
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Beijokas. 2 de Julho de 2009 08:02 p disse... "Às vezes o amor, no calendário, noutro mês a dor, é cego e surdo e mudo" Sérgio Godinho Olá Isabel! Às vezes o amor não surge ao som da música perfeita, nem na praia mais bonita, nem na hora mais conveniente. Outras vezes o amor não surge de todo porque simplesmente não lhe damos oportunidade. Andamos ocupados a procurá-lo ou a mostrar que o esperamos. Gosto de te ler... Descobri-te através de um amor muito pouco provável mas até agora muito bonito. Que o meu moliceiro te leve um beijinho com sabor a ovos moles... 5 de Julho de 2009 22:06 Patrícia disse... Claro que há amores perfeitos! Assim, de repente, lembro-me dos meus avós. Claro que, um dia destes, vais encontrar o teu. Enquanto, esse tempo não chega, aproveita bem as outras coisas da vida... Isa, estamos na Madeira: aqui, há mar, há sol, há flores, há calor, amizade... há gelados no Verão... os gajos que esperem!!! 6 de Julho de 2009 21:16
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
38 CAPÍTULO 38
Tenho o que mereço! Terça-feira, 7 de Julho de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
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epois de ler os comentários que tão amavelmente me vão deixando neste blog, cheguei à conclusão de que ando a ficar demasiado dependente da "ideia fixa" de encontrar o Amor ... Tenho escrito textos demasiado doridos, lamechas e que acabam por não reflectir a minha estonteante alegria de viver, que não se esgota (nem pode!) pelo facto de me encontrar solteira :) Evito rótulos, mas quando releio o que tenho escrito, fico com a sensação de estar quase obcecada pelo "Big Love" e de não conseguir usufuir na plenitude as vantagens de não ter namorado (porque as há!) ... E sinto que ultimamente me tenho esquecido de que sou muito mais do que uma tonta romântica, que procura incansavelmente a cara metade, porque essa é só uma faceta da minha personalidade, a que se juntam ser independente (e gostar de o ser), positiva, boa amiga, engraçada e nada convencida (hehehe) ... Não vou armar-me agora em hipócrita e negar o desejo de me apaixonar, mas tenho a certeza que isso não pode estar no topo das minhas prioridades! O que me vale são os amigos ... tenho uma confidente que me está sempre a aconselhar para manter a mente aberta a novas experiências, amizades, e a não ser fiel a um "potencial namorado"
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que ainda mal me conhece (sim, sou parva a esse ponto ...) Mas acho que é por ter uma vontade demasiado impaciente, sôfrega ... parece que às vezes estou numa "corrida contra o tempo" ... e insisto e insisto nas tentativas de encontrar o "homem certo" ... Insisto tanto que as minhas pacientes amigas já só ouvem, divertidas, as minhas confissões repetidas de mais uma paixão falhada ... também tenho de rir ... não sou volátil, mas apesar de ainda não ter 30 anos, tenho a sensação que esta vida é demasiado fugidia para conseguir aguardar muito mais tempo sem que a solidão me assombre pelo resto dos meus dias ... Sei que são parvoíces, tenho de dar tempo ao tempo, e sei que se as coisas ainda não correram como eu gostaria, a culpa tem dois lados ... sei também que a cada experiência, aprendo algo e cresço com os meus erros (e com os alheios) ... Posso mesmo afirmar que as desilusões me forçam a amadurecer, porque me apercebo de que tenho de ser mais realista, menos sonhadora ... e deixar de girar à volta do Amor, como se de o Sol se tratasse ... E deixar que esta Estrela me ilumine e aqueça quando tiver de ser, porque este é um sentimento inconstante e matreiro, esconde-se demasiado e de tal maneira que é sempre tão difícil
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descobrir onde está ... mas não impossível :) Mas de uma coisa tenho a certeza, é que enquanto o Cupido não me mandar a tal "setinha", sei que posso continuar a contar com a família e amigos, já que ao contrário dos "alvos" dos meus insucessos amorosos, estas preciosidades raramente me desiludem, nunca me fazem chorar (só de alegria), e estão sempre presentes quando eu mais preciso! Para mim são perfeitas e são elas que tenho de trancar no coração a 7 chaves :) O mais belo sentimento do mundo pode ainda não me ter juntado a um príncipe (aos meus olhos, pelo menos), mas é uma presença constante no meu dia-a-dia, transmitido pelas pessoas mais importantes da minha vida ... E por isso, até posso estar solteira e ainda à espera da música dos "The Police", mas acima de tudo, sou FELIZ, porque tenho a sorte de ter uma família que só me deseja o melhor do mundo, e amigos que me oferecem conselhos, apoio, carinho e respeito, sem segundas intenções ou à espera de retribuições (e sem testes!) ... Tenho mais é que continuar a celebrar a vida, porque afinal, acho que tenho mesmo o que mereço!
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HR disse... Ninguem é perfeito, mas talvez ai resida a perfeição de tudo. Tu és como és, e esta é a Isabel que tanta gente conhece e adora... Só devesmudarquandooteucoraçãoassimodisser, porque de resto é assim que gostamos de ti ;) 7 de Julho de 2009 10:19 Lara disse... Pois estou de acordo, tens o que mereces e que neste caso não é nada mau. E tenho a certeza que ainda será melhor na primeira semana de Setembro pois vou confirmar se és ou não Chavelha consoante os sítios a que me leves, hehe. 7 de Julho de 2009 14:47 Anónimo disse... Pois é, Isabel...tens tudo o que mereces! ;) E quanto a esperares pelo Big L, acredita, não vale a pena, pois com certeza pinta-lo com imensas cores e muita vida mas depois...afinal também tem tons de cinza e negro e momentos menos bons, o que para muitos sonhadores como nós, poderá ser decepcionante. O melhor será mesmo fazer como por aí se diz: enquanto não chega o homem certo, vai-te divertindo com os errados. Quem sabe se não aparece, só por acaso? Um abraço! 7 de Julho de 2009 21:26 marylu disse... Assim é que se fala!! Olha além de tudo isso, familia, amigos, etc, dá graças a deus por seres uma menina com saúde, que quando esta falha mesmo com homem, acredita que irias adorar ser a menina saudável e solteira que és.
Mas bem, a vida é assim, para o amor quase nao existe explicação, melhor que fazes é ir vivendo um dia de cada vez... Eu tou numa relaçao que não está nos melhores dias, diria que está quase terminada...está a haver muitas confusões entre nós, por isso tou prestes a ser solteira de novo, e tenho 25anos, sei que quando a idade avança custam mais as separações. Mas sabes, quando me encontrava solteira, pensavamuitoemondeestariaoamordaminha vida, o homem que um dia iria a partilhar tudo comigo até ao resto dos meus dias. Era engraçado porque eu pensava em alguém que ainda não conhecia e pedia muito para eu ou ele me encontrasse... Penso ou pensei que já o tinha encontrado, amo muito o meu actual namorado mas estamos a ter discussoes muito grandes, além de que a nossa relaçao nao é facil por diversos motivos. Se nós terminarmos vou voltar a passar pela fase de ter de esquece-lo, e voltar a acreditar que irei encontrar a pessoa, que será afinal o homem da minha vida... Vamos a ver...fico a torcer pa que tudo dê certo e por ti também. Tu mereces e vais ser mais feliz do que aquilo já que és!!! 8 de Julho de 2009 03:11 Ricardo Pereira disse... Olá Isabel, estive algumas semanas ausente na lista dos habituais comentadores, pelos habituais motivos profissionais, mas estou de volta e vou continuar a não ir pelo caminho mais fácil que seria dizer: é mesmo isso! Vais no bom caminho! Tens montes de amigos! A tua família é o máximo! O que interessa é a saúde! Já entenderam,nãoé?Poisbem...tudoistoatépode ser verdade, mas por um lado se a resposta
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fosse assim tão simples este blog poderia acabar amanhã e acho que ninguém está interessado nisso, por outro, nos anos 60 havia uma cantora que fazia uma questão da qual ainda não obtive qualquer resposta e a mesma é a seguinte “De que vale ter coração e não ter oamordeninguém?”Sendoassim,parece-meque a resposta está mais próxima do texto da passada 2ª feira, que na prática sugere “uma mente aberta”, do que, utilizando a gíria futebolista, utilizar o “pontapé para a frente”, pois essa táctica até no referido desporto raramente funciona. Enfim... vou acabar, o comentário de hoje, por aqui dado que daqui a pouco ainda começo a divagar sobre outra canção aquela que diz que “quem faz um filho fá-lo por gosto!” :) Bjs 8 de Julho de 2009 17:47 Anónimo disse... Neste momento tens dois caminhos E podes um deles escolher Vais em busca de principes sozinhos Ou esperas ele aparecer Faz um favor a ti, menina Não desistas do que acreditas Ele pode estar em qualquer esquina Embora não o admitas Procura-o em todo e qualquer recanto E acredita que ele existe Deixa que se perca no teu encanto E que NUNCA te deixe triste ACREDITA! 20 de Julho de 2009 22:58
O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
39 CAPÍTULO 39
Os Acasos do Amor ... Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009
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O QUE SEI EU SOBRE O AMOR ? • ISABEL PEREIRA
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enho andado a reflectir sobre a minha abordagem ao mais belo sentimento do mundo e às expectativas que crio em relação a como ele deve ser ... depois de uma conversa deveras interessante com alguém detentor de uma perspectiva curiosa, fiquei a pensar nos "acasos do amor". Como romântica convicta e confessa que sou, gosto de acreditar na possibilidade da "paixão à 1ª vista" e de ver todo o processo de conhecer alguém como se de um filme se tratasse, em que até há "pós de perlimpimpim" a flutuar no ar e a tocar bem levemente os dois apaixonados, que sabem que encontraram a alma gémea só com um olhar ... Mas, de volta à realidade, estive à conversa com um moço bem casado e que tem uma forma de olhar para este sentimento de forma mais crua, ainda que não menos intensa ... afinal, ele já encontrou a mulher da vida dele :) E ao contar-me como tudo começou, explicou-me que foram meros acasos, aqueles encontros fortuitos em que se arrisca para ver no que dá, com poucas expectativas ... engraçou com a menina e deu o 1º passo para a conhecer melhor ... ela por sua vez, decidiu dar-lhe uma oportunidade e saber mais sobre ele, passando por cima de uma primeira impressão, pouco favorável ...
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Ou seja, se nenhum deles tivesse agido desta forma, o mais provável era nunca se terem voltado a cruzar, perdendo a oportunidade de serem felizes juntos ... e é isto que me incomoda, não houve uma grande magia nem o friozinho na barriga, nem uma história incrível e fantástica de um 1º encontro para contar aos netos ... Segundo ele, foram casualidades que resultaram, mas que se não se tivessem proporcionado, hoje, passados tantos anos, provavelmente não passariam de uma boa e ténue recordação ... E custa-me a admitir que às vezes (a maior parte das vezes) é assim que tudo acontece, as primeiras impressões não passam disso mesmo, impressões, e que apesar de acharmos alguém interessante, e de até termos uma conversa engraçada, isso não significa que tenhamos "marcado" de forma irremediável a nossa paixoneta ... no dia seguinte, o mas provável é nem se lembrar do nosso nome ... Sei que este rapaz "realista" tem razão ... porque apesar de eu gostar que fosse como nos filmes, nem sempre é um primeiro olhar que nos faz estacar o coração e exclamar, sem nos conseguirmos conter "é ele, é o meu John!!" ... às vezes, o sentimento aparece mais tímido, pé ante pé, e sem o fogo de artifício pelo qual a maior parte de nós espera ...
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E no fim de contas, este casal é feliz e planeia sê-lo por muitos e bons anos, porque houve dedicação, empenho e paciência no cultivo de uma atracção que agora permite conjugar o verbo "amar" a dois :) E depois da conversa que tive, percebi que tenho de começar a levar a vida menos a sério e a acreditar que as pessoas podem mudar de ideias ... Conhecer alguém e deixar-me ir, e não imaginar cenários idílicos que acabam por se revelar prematuros e irrealistas ... Os relacionamentos devem começar sem planos, porque ninguém sabe o dia de amanhã ...
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40 CAPÍTULO 40
Declaração de Amor ... Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009
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i esta conversa num blog e não resisto a publicar ...
"Ele: Se tivesse de escolher entre amar-te e respirar, usaria o meu último suspiro para sussurrar ... amo-te! Ela: Escolhe respirar e faz de mim o teu ar!" Ele: Tu és o meu Ar! A minha Água! O meu Fogo! E a minha Terra ... mais ... tu és o meu 5º elemento ;)" São declarações de amor como estas que me renovam a esperança de um dia ter algo assim, tão romântico e lindo como o sentimento partilhado por este casal :) é possível, basta continuar a acreditar ...
Anónimo disse... Descansa, amiga, que hás-de ter. Quando for o momento. Não somos nós que escolhemos... acontece. Eu também acredito...ainda. Beijo,L. 6 de Agosto de 2009 21:50
Anónimo disse... Se eu tivesse um namorado que me dissesse essas frases feitas, dava-lhe com um dicionário na cabeça! Lol 7 de Agosto de 2009 19:50
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Margarita disse... Honestamente, minha querida, concordo com esta do dicionário. Odeio estes lugares comuns, são ridículos! Quero que o homem da minha vida invente uma linguagem nova para falar de mim. 9 de Agosto de 2009 19:06
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41 CAPÍTULO 41
O que eu aprendi com o Greg: A Caça! Segunda-feira, 7 de Setembro de 2009
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C
onfesso ... tenho andado desanimada e um pouco zangada até com o sexo oposto ... as repetidas desilusões e poucas alegrias deixam-me sem paciência para inspirar novo fôlego de esperança e escrever mais um texto que começa com grandes melodramas mas acaba com uma mensagem super positiva ... Vai daí, e já em desespero de causa (face às inúmeras reclamações do meu silêncio prolongado, hehehe), recorri a ajuda, algo que sempre achei meio pateta, mas que se tem revelado ser confiável ... posso chamar-lhe um manual de instruções sobre os homens, e que tenho achado bastante elucidativo sobre o perfil e comportamentos masculinos (ainda que isso nem sempre seja muito bom) ... Chama-se "He´s Just Not That Into You" e tem-me feito perceber que tenho de parar de aceitar o pouco que recebo dos inúmeros imbecis que conheço, deixar de os desculpar, e começar a ser mais exigente (peço desculpa pela honestidade, mas mereço melhor!) E por isso, decidi partilhar convosco o que aprendi com o autor deste livro (Greg Behrendt, com a ajudinha de Liz Tuccillo), uma obra que está escrita de uma forma tão divertida e criativa, que até já foi adaptada para filme, passo a publicidade ;)
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Aqui vai ... verdade número 1: a maior parte dos homens gosta de perseguir as mulheres (o eterno jogo do gato e do rato), saboreando ainda mais o facto de não terem a certeza de nos conseguir agarrar ... e quando isso finalmente acontece, sentem-se super viris, especialmente quando a "caçada" é longa ... Segundo o autor, os homens sabem que houve uma revolução sexual e têm noção de que as mulheres são capazes de mil e uma coisas ... como governar, chefiar grandes empresas e criar crianças amorosas, às vezes, tudo ao mesmo tempo ... isso, no entanto, diz o Greg, não torna os homens diferentes na lógica de gostarem de ser eles a tomar a iniciativa ... Muito esclarecedor para mim, na medida em que nunca pensei que esta fosse uma opinião tão generalizada, e um autêntico soco no estômago ... Perceber que a maior parte dos homens ainda se porta de forma tão retrógrada (para ser simpática) no que toca a este tema faz-me extrema confusão, já que enquanto mulher independente e que tem coragem suficiente para dar o 1º passo, isto é um balde de água fria ... considero-me uma mulher ambiciosa e luto por aquilo que quero na vida, e agora ouvir que, no que toca a conhecer alguém, tenho de refrear-me e esperar por um sinal dele ... muito frustrante!
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Mas sabem o que me incomoda mesmo?? É constatar que sempre que tomei a iniciativa, acabei por nunca ter sucesso em iniciar um relacionamento (ou cancelavam o café em cima da hora, ou prometiam-me um 2º encontro que nunca chegou a acontecer ...) E agora? Terei de dar a mão à palmatória e ficar à espera que sejam eles a querer conhecer-me ... como antigamente, em que os rapazes iam pedir permissão ao pai da moçoila para a poderem começar a cortejar? Ou tenho de dar uma foto minha à família para me escolherem marido?? Insultuoso para nós? Completamente! Mas parece que ainda é verdade ... Ai ai ... se calhar é como diz o Greg, é uma tradição que ainda subsiste e que por algum motivo, está completamente enraizada na mente masculina: se a mulher se fizer ao piso, não vale a pena. Bem, enquanto as mentalidades não mudarem ... vou soltar os longos cabelos pela janela da varanda, e esperar, qual Rapunzel, que um príncipe encontre o meu castelo ;)
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HR disse... Não acho que devas pensar assim. Sabes que como tudo na vida o que é difícil da sempre mais gosto a obter, mas não faz disso uma regra em que as mulheres tem de obrigatoriamente esperar pelo avanço do homem, no entanto muitos homens (eu ainda estou a ver se me encaixo nesta categoria) desconfiam o avanço feminino, principalmente se for nesta terra onde muitas mulheres ainda se regem pela difícil socialização com os homens.... Ou seja o que quero dizer é que o homem desconfia quando a "esmola é muita". Um conselho simples entra no jogo do rato, mostra o "rabinho" (desculpa o termo) e foge um pouco mais... vais que as vezes terás melhor feedback. Agora e para acabar confesso que também gosto de uma mulher com a atitude de assumir querer estar com um homem sem estar presa ou a conceitos retrogrados ou ate mesmo feminismos extremistas. Não te julgues errada, simplesmente tens tido pouca pontaria... 7 de Setembro de 2009 18:40
Anónimo disse... Querida Sofia, já tinha imensas saudades das tuas "palavrinhas". Muitas vezes considero-as bombons para reconforto da alma, uma vez que ainda tenho a mesma réstia de esperança que tu: o AMOR NÃO ESTÁ EXTINTO E AINDA EXISTEM BONS HOMENS (leia-se de forma ambígua...)nós é que, por alguma razão, andamos ao largo! Penso que nos esforçamos demais e damos prioridade aos outros em nosso detrimento; regemo-nos sempre pelo que o outro possa pensar e não arriscamos nas alturas ideais! E depois???...PUFFF! Dejaparxeu e já nã volta! Há que confiar naquele 1º impulso e agir de imediato, sem pensar duas vezes. "Oh, ele pode não gostar e foge...!" Eles não são todos iguais! E se fugir, não sabe o que fica a perder!!! Sofia, keep up the good work! 7 de Setembro de 2009 21:35 Lara disse... Oh Rapunzel, acho que foi nesse mesmo livro que dizia que os homens preferem "cortar um
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braço" a dizer-nos que não! Mas não precisas de regressar tanto no tempo. Só tens é de conquistá-lo e levá-lo a tomar a iniciativa, para que pense sempre que é ele que te está a seduzir e nunca o contrário. Tenta com sorrisos e olhares marotos, com timidez e risinhos e espera que venha ele ter contigo. Senão tenta outra vez com outro, até que eles venham falar contigo. Vai praticando e diverte-te. 7 de Setembro de 2009 22:45 Anónimo disse... É bem pior virem ter contigo sem mexeres uma palha, conquistarem o teu coração ao ponto de estares disposta a dar a vida por eles e depois, sem um sinal, perceberes que afinal, o sonho nem sequer existiu. Gostava muito de voltar a acredirar que ainda há homens com "H" grande, frontais, directos, honestos! Pode ser que um dia volte a acreditar para depois ser traída novamente! Cansa. 9 de Setembro de 2009 15:47
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O que eu aprendi com o Greg: O Telefonema! Quarta-feira, 9 de Setembro de 2009
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E
stava algo céptica quando comecei a ler o livro que mencionei no texto anterior, não acreditava que este Greg pudesse saber mais do que os sábios conselhos dos meus amigos, mas não sei porquê, sinto que estou a descortinar a forma de pensar masculina a cada capítulo que passa, e de uma forma surpreendentemente clara (ainda que assustadora!) Isso porque o autor fala de diversas situações sem "paninhos quentes", generalizando claro, mas fazendo-me ver que tenho agido de forma errada nas minhas relações, exigindo muito pouco e contentando-me com ainda menos ... Cheguei à conclusão de que se sou tratada com menos respeito, é porque o permito, ainda que isso não desresponsabilize quem me magoa ... Cada vez mais começo a acreditar numa frase do livro, que por mais dura que seja, tem a sua lógica ... a de que devemos olhar para nós próprias como a "regra", não a "excepção" ... porque desculpamos demasiado quando pensamos que somos encaradas como "especiais" (e que o descuido foi pontual), em vez de "só mais uma" ... todas queríamos que ele conseguisse ver a mulher espectacular que sabemos ser, mas se ele é um imbecil e não nos dá essa oportunidade, temos de encarar a realidade ... ele não está assim tão interessado em nós ...
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De qualquer forma, comecei (finalmente!) a desvendar uma das desculpas masculinas mais utilizadas, a de que "não te telefonei porque estava muito ocupado" ... quantas de nós, mulheres, já não ouvimos esta frase? Segundo o Greg, eles dizem que nem tiveram um momento no "insano e ocupado" dia para pegarem no telefone ... foi assim tão louco o dia! Tretas!! E posso afirmá-lo porque sei bem o que é ter um trabalho tão stressante e movimentado que às vezes nem tempo tenho para comer qualquer coisa ... e muitas vezes faço horas extraordinárias e tenho horários malucos, trabalhando fins-de-semana, feriados, 1º do ano ... Apesar disso, também sei que, mesmo nesses "wild days", arranjo sempre forma de falar com aquela pessoa que considero importante e especial na minha vida, seja como for. Um telefonema rápido (nem que seja para mandar um beijo) nem demora 5 minutos, e se eu consigo, porque é que ele não?? O dia dele tem menos de 24 horas, ou pior, o tempo dele é mais importante que o meu? Não me parece ... E se eu não valho a energia de alguém esticar o braço para fazer um telefonema, então essa pessoa também não merece o meu tempo. E mai nada!
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Aprendi também outra lição muito valiosa ... por mais doces e gentis que sejam as palavras do sexo oposto quando nos tenta seduzir, as acções devem falar mais alto que os elogios momentâneos, e se ele não nos liga, é porque ... já sabem a resposta, certo? Parece simples, não é? Mas custa a interiorizar, porque nós queremos sempre acreditar que o homem que acabámos de conhecer é carinhoso e correcto ... e está interessado! E quando vemos o primeiro sinal de um potencial comportamento duvidoso, agarramo-nos à esperança de estarmos enganadas e a fazer um mau julgamento ... e queremos ter a certeza de não estarmos a exagerar com melodramas, punindo-o injustamente pelos erros de outras desilusões ... Na minha modesta opinião, sempre defendi que devemos ver o relacionamento como uma balança e pesar os bons e os maus momentos, fazer as contas, e recuar quanto o "homem dos nossos sonhos" nos começa a parecer um pesadelo ... Sair com alguém e tentar conhecê-lo melhor, implica sentimentos agradáveis e positivos, não preocupações acrescidas, certo? No fim de contas, se ele não me telefona, é porque não estou no pensamento dele, como ele está no meu, e eu não quero isso ...
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E mais importante que tudo, lembra o Greg, se o rapazinho já começa a falhar em algo tão básico e mínimo como fazer um telefonema, como será em situações mais importantes? Anotar na minha agenda: eu mereço um telefonema!!
Vitor Vieira disse... Atrevo-me a dizer que mais do que um telefonema... mas pronto ;) 21 de Setembro de 2009 15:58 205
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O que eu aprendi com o Greg: A Indiferença ... Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009
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que eu tenho aprendido estes dias sobre o sexo oposto! Mas não me deixa nada satisfeita, acreditem ... sei que há excepções (é o que vale!), mas se a maioria dos homens é assim ... acho que prefiro continuar sozinha ... Voltando ao livro, o Greg afiança que um homem que esteja minimamente interessado numa mulher, quer vê-la, estar com ela, conhecê-la e dar-lhe muitos mimos e carinhos ... tão simples como isso. Mas para mim, que já tive a minha quota parte de desilusões, às vezes é fácil esquecer-me do que é suposto acontecer quando nos apaixonamos, o que no mínimo, é deveras desmoralizador ... No jogo das relações, quando nos interessamos por alguém, tentamos levar as coisas com calma ... não avançar muito depressa e não assustá-los com comentários do género, "achas que Carlota é um bom nome para um filho nosso?" ou estarmos a jantar e dizer "este foi o restaurante onde o meu pai pediu a minha mãe em casamento, não achas lindo??" ... não, nós não queremos cometer erros destes nem sermos a rapariga desvairada e descontrolada que quer saber exactamente o que está a acontecer no início do relacionamento ... queremos que olhem para nós como sendo a miúda "cool", a que sabe deixar levar e que não pressiona ...
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O problema é que este tipo de raparigas "fixes" ainda acaba magoada, e posso afirmá-lo sem sombra de dúvidas, porque faço por ter este comportamento e ainda assim levo com "baldes de água fria" ... às vezes nem direito tenho a um "está tudo acabado", fico a saber que não nos vamos voltar a ver depois de uma temporada prolongada de silêncio, e de nem sequer atender o telemóvel nem responder aos sms. Fantástico, não é? É duro aceitar que, regra geral, os homens demonstram a todo o momento o que sentem por nós, e que por qualquer motivo, o sexo feminino continua a ignorar todos estes pequenos (e grandes) sinais ... ah, o poder da auto-negação! A verdade é que queremos mostrar-nos despreocupadas, com poucas expectativas, mas ainda esperamos que ele ligue, imaginamos quando é que o vamos voltar a ver, e se ele vai ficar emocionado no nosso reencontro ... fantasiamos mil e um cenários e em todos, ele consegue perceber imediatamente o nosso íntimo e valorizar a mulher fantástica que tem à sua frente (por isso é que se chamam fantasias ...) No fim de contas, sinto-me desanimada pela minha pouca sorte e repetidas mágoas ... às vezes só me apetecia estar vazia de emoções e voltar a sentir algo quando tivesse a certeza absoluta que ele gostava mesmo de mim.
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Apesar de tudo, quero continuar a acreditar que nem todos os homens são iguais, que vale a pena atirar-me de cabeça e pensar "desta vez vai ser diferente, desta vez é que é" ... porque eu quero envolver-me e não fingir que sou indiferente ao desprendimento e à "coolness" dele. Porque já estou exausta de encontrar homens que só conseguem justificar o pouco que me dão com desculpas como "fui muito magoado ... não estou preparado ainda, tenho medo ... estou doente, estou cansado" ... mereço encontrar quem me queira agradar e ver feliz, e que se preocupe com o meu bem-estar . Mas é vivendo que se aprende, errando, caindo e voltando a levantar-me mais forte e ajuizada ... sendo mais cautelosa no que dou de mim à outra pessoa, resguardar-me mais e não confiar tanto nas palavras doces e precipitadas de quem mal me conhece ... E muito mais importante que tudo ... deixar de me esforçar para ser valorizada quando ele não está assim tão interessado :) Por isso, chega de lamentos, e "next!", que venha o próximo ;)
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Anónimo disse... Querida Sofia, É tudo isto bem verdade. Mas deveremos nós, com base naquilo que pensam terceiros, privar-nos da felicidade de a qualquer instante apaixonarmo-nos de novo, por quem quer que seja? Adoro ler mas ainda não tive a oportunidade de me dedicar ao Greg, nem tão pouco vi a adaptação cinematográfica. Mas considero o seguinte: esse tipo de "relato" deverá servir apenas para distrair e dar umas risadas com determinadas situações mas nunca, em ocasião alguma, deverá servir como sendo algumas "linhas orientadoras" sobre o que podemos fazer afinal para que sejamos notadas pelo "tal", simplesmente porque estaremos a agir de uma forma completamente diferente daquilo que somos e depois, que acontece? A qualquer altura, mais pra frente, "descaímo-nos" sem querer, ele dá por isso e vê que na verdade afinal somos apenas o produto daquilo que ele quer e não o "artigo genuíno". As pessoas têm de ser amadas por aquilo que são...agora vamos mudar a nossa forma de ser só para agradar? É bem melhor que vejam clarinho como água logo desde início, pois caso contrário, iremos apenas estar a adiar a sua recusa.
Portanto: ri-te um bocadinho com o Greg, tira algumas dicas (pequeninas), mas fia-te naquilo que tens aí dentro, aquele impulso que sai das entranhas (que poderia ser mais forte do que é) mas que é crucial. Independentemente de quem quer que sejam os outros de quem adoptamos conselhos e perspectivas, seríamos nós todos muito mais felizes se não lhes dessemos ouvidos e NOS escutássemos, pelo menos, de vez em quando. Ups...já me estiquei! É o que dá, escrever estando fresquinha que nem uma alface... Jinhos e sê feliz! 11 de Setembro de 2009 07:56 HR disse... Permite me que te diga só uma ideia sobre o que escreves te: Não são só os homens que reagem assim como descreves, apesar de existirem cenas tipicamente de homens, em geral as pessoas (homens e mulheres) o fazem assim. O que tu descreves já me aconteceu a mim também com mulheres. Porque? Simples porque quem ama entrega se por completo, e quando assim o é só tens duas saídas: ou a pessoa que esta do outro lado da linha não sente o mesmo (e já conheces bem como isso é); ou essa pessoa esta perdidamente apaixonada do mesmo modo por ti então ai verás que o teu amor terá um "retorno"
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idêntico de entrega... 11 de Setembro de 2009 11:08 Anónimo disse... Há uma terceira hipótese. A outra pessoa responde ao que sentes e também está perdidamente apaixonada mas depois de te conquistar, criar todas as expectativas, permitir as tais perguntas difíceis e até fazer algumas delas....pufff!!! Esfumou-se no ar 11 de Setembro de 2009 20:10 Vitor Vieira disse... Bem se alguma rapariga me perguntasse: "Carlota é um bom nome para um filho nosso?" Eu respondia-lhe: "mas afinal queres um rapaz ou uma rapariga???? Se achas bem chamar um rapaz de carlota, eu vou-me já embora!" :D Bem... Um comentário mais sério às tuas dificuldadesdecompreençãodocomportamento masculino seria: Depende muito do homem / rapazito em questão, e da sua propria maturidade em dar uma resposta concreta. No entanto, ficar á espera de uma resposta é que não. Ou ela vem num tempo aceitável, ou então como os cavalos na parada: "Cagando e andando". 21 de Setembro de 2009 16:28
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44 CAPÍTULO 44
I will survive :)
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minha condição de solteira há já alguns anos leva-me a reflectir sobre quanto mais tempo estarei sozinha e qual o impacto dessa situação
na minha vida ... Quando a maior parte dos meus amigos já está casada e com filhos, começo a sentir que nunca mais chega a minha vez e até que ponto é que isso me incomoda ... Isso, porque da mesma forma que sempre defendi ser feliz, quero reafirmar que consigo continuar a sê-lo, mesmo sem um relacionamento duradoiro ... mas será isso possível? Questiono-me até que ponto é que o Amor é importante na nossa existência ... poderá alguém afirmar ser realmente feliz, se nunca tiver amado de corpo e alma? E não me refiro a paixonetas, estou a falar daquele amor que nos marca irremediavelmente, e que fica tatuado no coração, mesmo que a história não tenha o tão desejado "happy end" ... Sei a importância que a maior parte de nós dá a este sentimento sublime, mas a frase de Moliére "viver sem amar não é realmente viver", deixou-me a pensar em quão injusto isso é ... não há hipótese de plenitude para os que falham na vida a dois, por escolha ou destino? Conheço tanta gente com um rol de qualidades invejáveis ...
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pessoas extraordinárias e com uma vida preenchida, mas a quem falta "aquela" pessoa especial, e que por isso, carregam uma mágoazinha no olhar, só perceptível quando olhamos bem de perto e com muita atenção ... Todos temos aspirações: um bom emprego, a nossa própria casa, um carro todo vistoso ou uma viagem naquele cruzeiro de luxo ... e a cereja no topo do bolo? Alguém para partilhar tudo isso ... Sei bem que para alguns, até é aceitável uma relação mediana, por ser preferível à solidão (que parece perseguir-nos à medida que vamos envelhecendo), mas será que todas as pequenas e grandes vitórias que vamos alcançando na vida têm um sabor menos doce quando estamos sozinhos? Numa sociedade de relações "fast-food", em que é tão difícil voltar a confiar pelas repetidas mágoas, encontro cada vez mais pessoas de coração fechado ... ultimamente, então, só conheço homens "mascarados" de adolescentes irreflectidos e amendrontados, com desculpas tão batidas que já vou conhecendo de cor ... E assusta-me pensar que, lentamente, estou a perder a ingenuidade que me faz olhar o mundo com tantas cores como as do arco-íris ... Por outro lado, quero acreditar que as experiências menos
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positivas que vou tendo, acabam por me tornar mais forte e esperta ... e que, mesmo solteira, consigo aproveitar tudo o que a vida me oferece e partilhá-lo com quem tanto me dá, uma família maravilhosa e amigos a 200% :) Os laços familiares e de amizade que acarinho, como se de um tesouro se tratassem, enriquecem-me enquanto pessoa e enchem-me de uma alegria extremamente luzidia e positiva ... é por causa deles que acordo diariamente com um sorriso nos lábios :) Sei que, enquanto os tiver, nunca me vou sentir verdadeiramente só, mesmo depois do 8º ou 11º desgosto amoroso (é verdade, eles andam cegos, hehehe) ... Não vou negar que gostaria de estar apaixonada por alguém decente e ser correspondida, mas a minha vida é muito mais do que estar à espera do "príncipe encantado" ... caramba, sou melhor do que isso! Por isso, até que ele chegue (e mesmo que tal não aconteça, "i will survive"), vou continuar a fazer o que tenho feito até hoje ... a dar o melhor de mim a quem merece, e a acreditar na pureza e bondade humanas, por mais que me desiludam ... os batoteiros e desencantados do Amor não me vão vencer!!
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Vitor Vieira disse... :) É bom ler uma mensagem de esperança. Sabes, em tempos que já lá vão... na minha adolescência, percebi algo que me deixou um pouco desanimado e confuso. É que a minha vida estava vazia... se morresse agora mesmo (isto há mais de 10 anos atrás), é claro que os meus pais chorariam, familia e talvez algum amigo mais chegado fosse tocado. Mas eu nunca vivi com a intensidade que todos descrevem no amor. Poderia dizer que a minha vida foi tão calma e pacífica que nem dei conta dela. E fiquei triste. Depois apaixonei-me... e as ilusões desapareceram... as emoções fortes chegaram. Fecharam com uma violência que não suportei. Não foi um soco nos queixos, barriga ou ser atingindo por um comboio, foi mais... ter sido esmagado por um cometa. Amei, chorei, desamei, sofri, levantei-me e depois disso é que fui capaz de dizer: Vivi. Ora o encanto do primeiro amor passou, e depois chegou a mágoa que não saber o que vêm a seguir, a história do "nunca mais vou encontrar alguem assim"... Houve depois uma amiga (creio que ela nunca soube) que me ensinou uma verdade sem crer: É verdade que as pessoas são insubstituíveis. Mas as suas funções podem sempre ser desenpenhadas por outrem. E soube então com uma certeza inabalável que vai haver um outro alguem que me faça sentir assim. E houve... :) e já foi... :( e voltou! :D penso que desta vez é para durar. Isa minha amiga, mereces melhor do que os homens / rapazes que conheceste até agora sejam capazes de oferecer. E tenho a certeza que algures está o "josé" ou "joão" a fazer-se de tímido. Terás de ter paciência e ser mais forte até que ele tenha a coragem de avançar. <- isto num sentido
figurativo, claro! Pois acho muito bem que as mulheres sejam auto-suficientes para chegar ao gajo, "agarra-lo pelos tomates" e dizer, como é? vais fugir é?.... :p beijinhos até logo! 23 de Setembro de 2009 14:25 Patrícia G. disse... Segue o teu destino "Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam" Ricardo Reis 25 de Setembro de 2009 17:06
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lyvmary disse... Revejo-me no teu texto...uma vontade de querer encontrar o amor, aquele amor que vale a pena viver, profundo e verdadeiro... mas ele nao aparece...e por outro lado um desejar viver a minha independência de mulher, e nao querer perdê-la para um homem qualquer... onde anda esse amor que aspiro? Ainda estou a espera... 27 de Setembro de 2009 22:37 O Cantinho da Mimi disse... Olá... Dá uma espreitadela no meu blog ;p www.ocantinhodamimi.blogspot.com Beijos* 7 de Outubro de 2009 23:00 Lara disse... Estou de acordo com o Vitor e por um lado até me alegro que ultimamente não escrevas. Isto porque significa que não tens tido desilusões amorosas para nos relatar. Não sei que te diga a não ser carpe diem e esquece que os homens existem por uns tempos. Quando saíres, como muitas vezes fazes, imagina que são tudo mulheres que tens à tua volta e verás como aproveitas melhor a noite e te relaxas. Se alguma dessas mulheres vier falar contigo, encara-“a” como uma rapariga simpática e que busca amizade. Penso que assim será mais fácil moveres-te neste mundo ao contrário. Só quando essa tua amiga se declarar ou realmente fizer algo que consideres desproporcional para uma rapariga heterossexual então passa a encará-la como um homem e aí terás a tua relação de futuro. Just a thought... 8 de Outubro de 2009 10:55
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45 CAPÍTULO 45
E depois??
Terça-feira, 3 de Novembro de 2009
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ste domingo assisti à minha primeira Ópera ("Orquídea Branca") e foi como sempre imaginei ... vozes grandiosas, uma orquestra a acompanhar (como antigamente, nos filmes mudos), guarda-roupa sumptuoso e uma história de amor de derreter o coração e deixar-nos com uma lágrima escorregadia no canto do olho ... Uma Ópera que, para mim, foi magnífica e que contava a paixão proibida entre uma princesa e um jardineiro no século 19 ... no fim, saí do Teatro algo triste pelo infortúnio dos amantes, e a matutar sobre o impacto das diferenças sociais na nossa actualidade. Quando abordei este tema no "Acreditar sempre no Final Feliz", não fui lá muito positiva, na altura acreditava haver barreiras inultrapassáveis ... mas entretanto, o tempo passou e vivi mais :) Conheço quem defenda acerrimamente que há diferenças que não se conseguem esbater nem diluir, por mais forte que seja o sentimento, seja pela classe social, idade, credo ou nacionalidade ... Para alguns enamorados, há barreiras que dificultam a aceitação de quem os rodeia, ou mesmo o entendimento mútuo, reconheço, mas ... e depois? E pergunto isso, porque tenho a sorte de chamar "amigos" a um casal excepcional, e que por acaso, não partilha a nacionalidade ...
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o que acarreta a que nem sempre entendam exactamente o que o outro quer dizer, e a que de vez em quando, haja piadas que simplesmente nem vale a pena tentar explicar mas ... e depois?? Há gestos que nunca precisaram de palavras para traduzir um puro e sincero afecto, e basta olhar para eles uma única vez para constatar que, apesar da barreira linguística, partilham tanto, com tão pouco ... um olhar embevecido ... um encostar de testa preguiçoso ou uma carícia na nuca depois de um dia de trabalho ... E será necessário saber inglês ou espanhol para entender um "amo-te" sussurrado num singelo piscar de olhos? Apesar do que disse em textos anteriores, acho que a chave é sentir mais e pensar menos ... Numa sociedade onde cada vez é mais difícil encontrar pessoas de coração aberto, quem é que se achará no direito de criticar e apontar o dedo a um casal só porque ela é mais alta (ou gorda) do que ele, ou porque ele tem dez tatuagens e ela nem furou as orelhas? Quero acreditar que o Amor não escolhe caras ou corpos ... preferindo gargalhadas, actos de bondade e uma leveza de espírito ... Quero acreditar que o Amor se ilumina a cada abraço generoso e a cada beijo descolado da alma ... e que não olha para carteiras,
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diplomas, sotaques, ou BI (a menos que a pessoa em causa seja menor, hehehe) ... Num mundo em que prolifera a ironia, a desconfiança e a maledicência, deixemos os preconceitos de lado e vamos acreditar que, às vezes, o Amor vence mesmo tudo :)
Bruloc disse... "O Amor vence mesmo tudo"... não vence, mas ajuda à vitória! 3 de Novembro de 2009 19:41 222
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46 CAPÍTULO 46
O Remédio da Alma :) Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009
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e o Amor é o tema recorrente deste blog, hoje vou devanear sobre outra das minhas paixões ... a música :) Sons combinados em harmonia e que já convivem com o ser humano desde o início da nossa existência, na natureza ... através do rufar enfurecido dos trovões, do sacudir das árvores em dias ventosos, do salpicar da chuva fina ao tocar nas plantas, passando pelo alegre chilrear dos pássaros ou pelo canto das cigarras ... e mais tarde, com os instrumentos musicais imaginados pelo Homem ... Para muitas culturas, o som é uma força divina que se manifesta através das vibrações rítmicas, e na Antiga Grécia havia quem tratasse os doentes fazendo-os ouvir cânticos considerados mágicos ... e já o filósofo Platão afirmava na altura que "a música é o remédio da alma" e que chega ao corpo por intermédio dela. Ainda segundo este filósofo, a alma pode ser condicionada pela música, assim como o corpo pela ginástica. Não podia concordar mais, pois não concebo viver sem música, e nas horas que passo sem os auscultadores nos ouvidos, ela ecoa na minha mente, como um prolongamento da minha essência ... A minha Rádio favorita tem um programa que se chama "As Bandas Sonoras das Nossas Vidas", em que os convidados seleccionam as melodias que mais os marcaram ... se me
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pedissem para escolher o meu TOP 10? Impossível! Tenho centenas de músicas favoritas, desde os anos 80, à música electrónica alemã e inglesa, passando pelo jazz e pelo pop, terminando nas românticas melodias francesas, que me recuso a ouvir quando me sinto mais em baixo ... Em vez de escolher um CD com uma dezena de faixas, se eu pudesse, faria acompanhar cada momento chave do meu dia (e da minha vida) com canções como "I Can See Clearly Now" (do Johnny Nash) ao acordar ... o tema do "Psycho" para um dia mau no emprego ... o "I´ll be there for You" (da série "Friends) para os bons momentos com os amigos ... "Call on Me" para o ginásio e "We Are Family" para quando estivesse a rever a família querida ... e "last but not least" ... para um encontro com o homem ideal o "Every Little Thing She Does Is Magic", dos fabulosos "The Police" :) Teria temas até para andar à chuva ... a que associaria imediatamente ao inesquecível Frank Sinatra ... Sei que para onde quer que eu vá, o meu leitor de mp3 vai comigo ... antes era o já velhinho "walkman" e depois o também ultrapassado leitor de CD´s ... escolho ouvir o que o meu estado de espírito determina, e estou sempre ávida de melodias originais e inovadoras, num mundo musical abundante em cópias e reciclagens da música que se fez nos anos 70 e 80.
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Agora não posso é deixar de ouvir, e arrepio-me sempre que recordo a cena do memorável "Babel" em que uma jovem japonesa surda vai a uma discoteca e os espectadores deixam de ouvir, como ela, dando um realismo inquietante à acção, já que ela percorre o espaço rodeada por uma multidão, que dança e vibra ao som de uma energia que esta personagem nem sentia ... senti-me sufocada, confesso ... E se para mim (e para muitos outros), a música é tão importante como o ar que respiro, há que relevar outros aspectos positivos realçados por ciências paramédicas como a Musicoterapia, que defende as vantagens da utilização da música ou dos seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) para facilitar e promover a abertura de canais de comunicação em autistas ou pessoas com deficiência mental ... Pois é ... se para muitos a música é o "remédio da alma", para outros poderá ser o "remédio da mente" e isso não é simplesmente fantástico?? Sem contra-indicações ou efeitos secundários a não ser sentirmo-nos bem melhor :) Para terminar este devaneio, não encontro texto mais apropriado do que este início do fabuloso tema dos Apoptygma Berzerk ... "Kathy´s Song":
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"In the beginning God created the heaven and the earth. And the earth was without form and void. And darkness was upon the face of the deep. And God said: "Let there be light" And there was light. And God saw the light that it was good. And God divided the light from the darkness. And God called the light day, and the darkness he called night. And God saw everything that he had made, and behold ... it was good. And God created man. And man created machine, And machine, Machine created music. And machine saw everything it had made and said: "Behold" ..."
Lara disse... Essa música parece bem bonita. Depois tens de ma passar! Ultimamente não oiço muita música porque estacionei o ipod. A ver se o tiro do parque e volto a andar com ele. Bjs 6 de Novembro de 2009 10:04 227
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47 CAPÍTULO 47
A Escola do Bem-Estar ... Sexta-feira, 6 de Novembro de 2009
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á cerca de um ano voltei a estudar, mas numa escola diferente daquela em que nos ensinam Português, Geografia e Matemática ... gosto de lhe chamar "Escola do Bem-Estar" :) Nesta escola, tenho aulas às horas e aos dias que me convém e as matérias são sempre diferentes ... ora posso pular num trampolim, levantar pesos, pedalar furiosamente numa bicicleta ou dançar ao som de uma valsa ... há para todos os gostos ... E os professores, apesar de exigentes, acolhem-me sempre com um sorriso aberto e com uma paciência infinita quando mostro preguiça nas aulas ... acompanham-me atentamente exercício a exercício, corrigindo-me quando faço mal o que me tinham pedido e tendo também presença de espírito para saberem castigar-me quando não me esforço o suficiente, incitando-me a repetir ... Quem frequenta o "Bem-Estar" tem logo de decorar a regra de ouro (que é recente): quem reclama, repete o exercício 5 vezes ... "É como na tropa!", dizem-me eles :) Desde criança que a aula de Educação Física era sempre a disciplina em que tinha a nota mais baixa e sempre preferi dedicar-me ao intelecto do que a jogar à bola com os colegas e, por isso, continuei a ter notas vergonhosas nas outras escolas do
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género do "Bem-Estar" que frequentei nestes últimos anos ... Surpreendentemente, estou a aplicar-me bem mais nesta escola em que estou agora ... já não tenho tantas faltas de presença e penso mesmo que vou conseguir passar o ano com nota positiva :) Mas acho que é porque no "Bem-Estar" não há monotonia, estamos constantemente a ser surpreendidos com actividades divertidas e não só: organizam visitas de estudo para aprender mais sobre temas como a História Antiga de Roma (em que até vídeos nos dão para ver), passeios de barco, jogos de aventura e até bailes de máscaras ... há também desfiles de moda e cocktails saudáveis, para que nada nos falte! Ainda assim, não são só "fun and games" ... de três em três meses (para os menos aplicados é mais espaçado) é tempo da avaliação, em que os professores testam e examinam o nosso progresso e determinam se estamos prontos para uma nova fase, em que os exercícios são mais complexos e rigorosos ... tudo em prol de um melhor aproveitamento das nossas capacidades. Confesso ... acho que pensei para esta escola o melhor nome possível, porque não lhe consigo pôr defeitos: os professores são uns bem-dispostos, mesmo quando há um ou outro que me prega uma partida com exercícios inventados (porque na "Bem-Estar"
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tudo é possível, até lanches com salame de chocolate e tartes) ... e os alunos que a frequentam ... bem, nem tenho palavras, parece que foram todos seleccionados do país imaginário "Mais Simpático Não Podia Haver" e tratam-me com uma naturalidade como se já me conhecessem há anos ... Sinto que nesta escola posso relaxar das preocupações do quotidiano, esquecer os problemas e esforçar-me ao máximo até os músculos me doerem ... e tudo isso sem me preocupar se olham para o que visto, para quem são os meus pais ou para o meu diploma ... porque nesta escola, somos todos iguais e o objectivo dos professores é simplesmente ajudar-me, sem juízos de valor ou preconceitos. No "Bem-Estar" não há lugar para bilhardices, "cortar na casaca" ou ambições desmedidas ... impera a boa disposição e energia positiva porque estamos todos para o mesmo ... corpo são, para uma mente mais pura e saudável :) Por isso, é bom voltar à escola!
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Gonçalo Castro disse... Não é preciso "voltar á escola" para manter a boa forma fisica...basta alguns passeios a pé, umas voltas de bicicleta, um jogo de futebol entre os amigos, um mergulho e umas braçadas dentro de água...lembro-me perfeitamente da "isinha" nas aulas de Ed. fisica do antigo campo da escola da Nazaré (por coincidencia encontrei hoje o nosso antigo professor de Ed fisica do 5º ano...lembraste...?)e como disseste preferiste exercitar o cerebro...mas podias ter-lhe ensinado uma grande lição..."o teu melhor professor para tudo na vida chama-se "Força de Vontade"... Não estou a dizer para desistires dessa nova escola e praticares exercicio por ti...é sempre bom ter alguem com quem contar para pedalar/correr/passear/...apenas digo que se queres manter a boa forma fisica...tudo depende de ti... 7 de Novembro de 2009 20:23
Vitor Vieira disse... Ainda bem que estás a estimular o corpo. Tal como tu isa nunca fui desportista... e cheguei a ter negativa em educação fisíca no primeiro periodo pois não tinha pachorra de correr. O professor Durmon se bem me lembro do nome dele, tentou dessa forma meter-me medo e motivar-me. Falhou, pois continuei a cagar para ele e as suas indicações. No entanto fiz o mínimo esforço para ter um 3 :p Entretanto já na universidade é que descobri um pequeno interesse em artes marciais... tentei Aikido e adorei :D http://www.youtube.com/watch?v=fN7yn0XOSMQ Tive um optimo mestre que me ensinou mais do que uma arte marcial, ensinou-me uma arte de viver. Depois de evoluir um pouco (nunca subi muito de cinto, diga-se de passagem), começei a sentir uma necessidade de mexer... dançar... mexer ainda mais... Descobri aqui no centro desportivo uma cena chamada super-fitness.
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E mais tarde Ultimate frisbee! http://www.youtube.com/watch?v=aAyEti-_lR8 Que máximo... Tens toda a razão Isa, corpo são e mente saudável. Tenho orgulho em ti amiga :D força aí! beijinhos 8 de Novembro de 2009 16:11 Hermano Gouveia disse... Quero voltar a escola tambem... 8 de Novembro de 2009 22:38 Lara disse... Victor, este senhor parece un Van Dame, se até o Ninja ele domina. Parece-me um desporto um pouco violento mas gosta da música do vídeo, sim senhor. Em relação ao segundo vídeo vejo que se corre bastante por isso, neste caso, o Stôr Durmon é que devia estar orgulhoso de ti :) 1 de Dezembro de 2009 10:00
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48 CAPÍTULO 48
BeautifulPeople.com Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009
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urgiu recentemente uma nova rede social, a "BeautifulPeople.com", em que, basicamente, só entram pessoas lindas ... O seu fundador, um dinamarquês de 32 anos chamado Robert Hintze, não podia ser mais claro: "os outros sites são selvas de hipopótamos e bodes. A "BeautifulPeople.com" é uma reserva de caça magnífica de leopardos e gazelas" (simpático, não é?) ... Mas melhor do que isso é a missão do site: "criar uma comunidade mundial perfeita de beleza." UAU, esta é que é uma causa louvável!! Confesso que por curiosidade naveguei na página e é como se lê nas notícias: qualquer pessoa pode inscrever-se no portal, ainda que a probabilidade de não ser aceite seja muito forte. Os promotores do site calculam que a taxa de sucesso entre os que se candidatarem seja de apenas 20%. O processo é simples e rápido: a pessoa envia uma foto e um perfil. Nas 48 horas seguintes, todos os membros do sexo oposto votam se querem ou não que o candidato a membro seja admitido. Durante a votação, o candidato tem acesso a um gráfico em tempo real com a sua cotação e poderá ver, através da cor verde ou vermelho, se vai ou não entrar. E as estatísticas desta rede social demonstram bem o impacto
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que tem tido junto das pessoas "lindas": desde que começou, o site deu origem a "10 mil relacionamentos" e destas relações nasceram "400 bebés bonitos". Sem querer ofender (muito) quem concorda com esta ideia, eu penso que é do mais fútil e preconceituoso que tenho ouvido falar ... não nego a importância que o factor atracção tem para mim na escolha da cara-metade, mas considero que a beleza é subjectiva e um homem que eu penso ser atraente, poderá não o ser para outra mulher ... já diz o ditado "Quem ama o feio, bonito lhe parece" :) E pensar que é uma cambada de pessoas, cuja beleza não tem qualquer mérito nem representa qualquer conquista (foi herdada), quem vai determinar se eu sou bonita ou não? Não me parece! A beleza não é uma qualidade "per se", nem torna ninguém mais apto para se sentir melhor do que o seu semelhante e portanto, para mim, esta é mais uma desculpa para reforçar a superficialidade e estupidez crescentes na nossa sociedade. Mas ... como mulher coerente que penso ser, sei também que vivemos numa democracia e como tal, as pessoas têm o direito de querer pertencer à "BeautifulPeople.com", já que o pior que pode acontecer é ficar com a auto-estima beliscada, se rejeitados ... e quem é aceite, pode conseguir casar com uma "Barbie" ou
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um "Ken" e viver felizes para sempre :) E isso é sempre bom, certo? (tenho de parar com as ironias ...) De qualquer forma, ao escrever estas linhas, recordo-me de ter visto na televisão que no maravilhoso país que deve ser a Mauritânia, o ideal de beleza para os homens são as mulheres gordas e com estrias!! Lá, a magreza das meninas é considerada um sinal de doença e fraqueza ... e se eles o dizem, quem somos nós para contestar? Ok, brincadeiras à parte, esta forma de pensar, tão diferente da do mundo ocidental, só reforça a minha ideia de que o conceito de beleza é subjectivo e varia conforme o país, cultura ou época em que nascemos ... E agora, muita atenção para quem sofre do síndrome "baixa auto-estima": é por esta razão ... por haver mil e uma formas de pensar, que temos de nos valorizar mais e gostar de nós como somos, pois já dizia a Helena Rubinstein, "Não existem mulheres feias, só desleixadas" e se há homens que gostam de mulheres altas e esguias, há também os que preferem as baixas e mais fofinhas (ufa!) ... Conclusão: somos todos diferentes, uns mais vistosos do que outros, mas cada um de nós é especial à sua maneira :) Termino voltando a citar uma frase do fabuloso "O Principezinho",
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"só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos" ... e não será por causa disso mesmo que beijamos de olhos bem fechados? Para ouvir atentamente o bater em uníssono dos corações ... que não se importam com a cor da pele, nacionalidade, ou medidas 86x60x86 :)
Lara disse... Mana, isso é uma seita disfarçada porque eu sei, de fonte segura, que eles adoram o Marilyn Manson (The Beautiful People, uarrrrrrrr) 1 de Dezembro de 2009 10:02 Vanda disse... Bem, isso é mesmo uma futilidade! :P
Mas acho que eles estão com azar... A beleza de uma pessoa não é determinada pela beleza dos pais, mas sim pela configuração dos genes destes. Pode sair uma configuração em que a pessoa não corresponde aos ideais de beleza dessas pessoas. Se eu fosse mázinha, desejaria que todos esses bebés se tornassem em pessoas "feias" (segundo os padrões deles, 239
claro), mas isso não ia ensinar nada aos pais e as crianças é que provavelmente seriam prejudicadas... Enfim... Por um lado é bom que isso exista, assim essas pessoas fúteis reproduzem-se entre elas e não andam a disseminar os seus genes fúteis pelo resto das pessoas :D 8 de Dezembro de 2009 13:58
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49 CAPÍTULO 49
Ser ou não ser ... eis a questão!
Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009
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k, o Amor pode mover montanhas, mas não tem agitado a inspiração desta piquena ... e vai daí, decidi diversificar os meus devaneios, sendo que neste texto vou desabafar sobre um assunto que me deixa os nervos em franja e que considero ser extremamente delicado: o que é ser racista? O dicionário refere que o racismo é a "atitude preconceituosa e discriminatória contra indivíduos de determinada(s) raça(s) ou etnia(s)". Posto isto, nunca me considerei racista, já que sempre achei que o carácter e a integridade de um ser humano nada têm a ver com a cor de pele ou forma do cabelo, mas com a educação que teve e o ambiente em que cresceu ... e mesmo isso não é determinante. Todos conhecemos famílias equilibradas que têm "ovelhas negras" e, por outro lado, filhos de pais violentos que conseguem ultrapassar isso e serem adultos pacíficos e generosos. Gosto de acreditar que, independentemente dos modelos que nos vão inspirando de uma forma ou de outra (na família, escola ou amizades) e porque, infelizmente, nem todos temos a sorte de nascer numa boa família ... acabamos por conseguir discernir os bons dos maus exemplos, pensar pela nossa cabeça e tornarmo-
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-nos na pessoa que queremos ser ... Pensando assim e por nunca ter rotulado uma pessoa pela sua naturalidade, sempre achei não ser racista, até ao dia em que me perguntaram se eu era capaz de casar com um negro ... ao que eu respondi "provavelmente, não" (ainda que abrisse uma excepção para o Seal ou Taio Cruz) ... tendo recebido a pronta resposta: "então és racista!!" O quê?! Logo eu, que sempre detestei anedotas racistas e sou a primeira a criticar quem acha engraçado gozar com os negros (há quem ache que eles tenham de ter "fair-play" quando são achincalhados) ... eu?? Estarei baralhada? Para ser completamente "não racista" teria de estar disposta a casar com qualquer raça do planeta? E as minhas preferências em relação ao sexo oposto? Nunca escondi ter um fraquinho por homens de olhos claros, uma panca por asiáticos e não dar muita atenção aos louros (tipo Ken) ... isso faz de mim racista e xenófoba?? Não consegui levar os meus argumentos por diante na conversa que tive e agora sou encarada como sendo "algo racista" ... Apesar de respeitar esta opinião (são formas de pensar diferentes), sinto-me algo injustiçada, porque nunca maltratei
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ninguém por causa da sua raça ... trato e respeito todos por igual e espero igual tratamento, independentemente da cor da pele, formato do nariz ou tamanho dos pés ... E vou mais longe ao afirmar que em pleno século 21 a palavra "racista" já nem devia existir, porque discriminar alguém por causa de uma cor de pele ou sotaque diferentes, para mim, só revela a estupidez de quem se sente inferior e é covarde demais para o admitir! E estas pessoas, sim, eu desprezo! E tenho dito ... love and peace, my friends :)
Lara disse... Oi mana, não acho que sejas racista mas também acho que não deves responder a perguntas parvas desse género, porque quando nos apaixonamos esquecemos o que idealizávamos e não há cores nem credos. Depois muitas vezes aparecem os problemas, mas isso são outras conversas. Beijos e fico muito contente que tenhas alargado o espectro do teu blogue. CONTINUA! 17 de Dezembro de 2009 16:25
Pineca disse... Olá Isabel! Se assim for, então somos duas! :-) Eu NÃO sou racista e ponto final. O que acontece é não achar o homem negro o meu tipo de homem! Claro que até existem uns bem jeitosos que até, se calhar, poderia abrir também alguma excepção. No entanto, não considero isso de forma alguma racismo! Por esse ponto de vista, eu também sou racista quanto aos homens louros e de olhos claros 244
(tipo Ken, como disseste), àqueles de estilo surfista ou à Nick Carter dos BSB.. Acho triste hoje em dia alguém AINDA pensar assim, mas que podemos fazer?? :-( Para terminar: gosto muito do blog e já estou a segui-lo! :-) Só não gostei da foto choramingona. Deixo a sugestão para colocares cá uma mais "arreganhada" :-) Beijocas. Tudo de bom ;-) 17 de Dezembro de 2009 19:27
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50 CAPÍTULO 50
Um Sopro de Esperança ... Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010
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i hoje o extraordinário filme "Up in the Air" e AMEI!! É o meu tipo de filmes favorito, que tal como "The Curious Case of Benjamin Button" e "Revolutionary Road", me deixam com uma ligeira inquietação, um desconforto miudinho e um formigueiro no cérebro, que me obrigam a reflectir e a repensar a forma como levo a vida ... Normalmente, chego sempre à mesma conclusão ... ADORO a minha vida e sou mesmo uma sortuda por tudo o que tenho, daí acreditar que tenha de continuar a defender a minha filosofia de vida ... positiva, alegre e mostrando a quem me rodeia de que a felicidade está ao alcance de todos, se a conseguirmos ver com olhos de ver ... Dou-vos o exemplo deste filme, com a magistral actuação do George Clooney, que interpreta um homem com uma vida algo insípida e vazia e que, tendo uma profissão que o obriga a viajar grande parte do ano de avião, tem como extravagância querer acumular um número absurdo de milhas de passageiro frequente ... Um solitário sem amigos e que raramente vê a família, acreditando que os laços que criamos com as pessoas são objectos pesados e dispensáveis que carregamos na vida, que compara a uma mochila. Uma forma de viver e de pensar desprendida e sem compromissos e com a qual este personagem até estava satisfeito,
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até ao dia em que conhece uma mulher, por quem acaba por se apaixonar e que revoluciona o seu mundo ... a partir daí, todas as certezas se desvanecem e a vida que achava organizada, perde sentido ... fica vazia ... E o filme coloca uma pergunta, que achei deliciosa: "nos teus momentos e memórias mais felizes, estavas sozinho ou acompanhado?" ... a maior parte de nós responderia "acompanhada/o", porque se pensarmos bem, as coisas boas que nos acontecem assumem a sua plenitude quando as partilhamos com quem amamos, certo? "A vida é melhor com companhia, toda a gente precisa de um co-piloto", dizia o personagem do Clooney a dada altura ... e não é verdade que quando tudo à nossa volta se desmorona (seja por uma doença ou problemas no emprego) é a família e amigos que nos recompõem e dão força para enfrentar as contrariedades? Pois é ... filmes como este só vêm confirmar a minha teoria de que devemos elogiar mais e criticar menos, conservar uma certa ingenuidade, sem sermos tontos, acreditar SEMPRE na bondade humana e claro, rir muuuuuito!! Posso parecer um disco rachado, mas nunca me vou cansar de anunciar ao mundo que a felicidade está em apreciar as nossas vitórias, por mais pequenas que sejam e desvalorizarmos as coisas menos boas do dia-a-dia ... faço por afastar sentimentos negativos
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como a mágoa, raiva e desprezo .... acho que a vida é demasiado curta para a gastarmos com lamentos que só nos desgastam e não nos tornam pessoas melhores ... Sei quem são e onde estão as minhas prioridades e é por saber a importância que a família e amigos têm na minha vida, que mal consigo ouvir os relatos da catástrofe no Haiti. Ainda hoje uma amiga me alertou para uma reportagem na televisão sobre um homem que tinha perdido tudo, mulher e filhos ... nem precisei de olhar para o ecrã para os olhos ficarem imediatamente marejados de lágrimas e o coração apertado ao tentar imaginar o sofrimento daquele ser humano ... Por isso e porque a maior parte de nós se esquece da sorte que tem, terminava este texto com um apelo à solidariedade de todos quanto me lêem ... vamos ajudar quem tanto precisa ... de um estender de mão, de um sopro de esperança ... Deixo aqui vão algumas sugestões, consideradas pela DECO como organizações de confiança: • AMI - Missão de Emergência no Haiti: www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p7p28p827&l=1 A Assistência Médica Internacional (AMI) lançou uma campanha de ajuda ao Haiti apelando à sociedade civil que participe com donativos. Encontra-se aberta uma conta de emergência Haiti
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com o NIB: 0007 001 500 400 000 00672 ou Multibanco: Entidade: 20909 Referência: 909 909 909. • Cáritas Portuguesa: www.caritas.pt/noticia.asp?caritaid=1&noticiaid=2927 • Cruz Vermelha Portuguesa: www.cruzvermelha.pt/cvp_t/ As formas de donativo para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa – apelo vítimas do Haiti, são as seguintes: 1. Nas caixas multibanco ou por netbanking, optando por “pagamento de serviços” e marcando entidade 20999 e referência 999 999 999. 2. Nas caixas multibanco, optando por “Transferências” e “Ser Solidário” (campanha SIBS). Seleccionar opção “Factura” para obter logo o comprovativo de donativo para efeitos fiscais. - Oikos - Angariação de Fundos "Emergência no Haiti": www.oikos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id =360&Itemid=70
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Lara disse... Mana, fui ver o filme e também gostei muito. Só tu para no fim do teu escrito deixares um apelo de ajuda para as vítimas do terremoto. Vou fazer o meu donativo para a Cruz Vermelha! Um beijinho com saudades 24 de Janeiro de 2010 17:31 Pineca disse... Olá Isabel!
Adorei o filme e achei-o bem real. Nunca tinha pensado assim e de certa forma aquelas duas frases que falas acima são uma espécie de "wake up call" para todos nós!.. Às vezes estamos tão centrados no nosso umbigo e nos nossos problemas que nos esquecemos das pessoas que estão ao nosso lado e que nos fazem felizes. E esquecemos que há pessoas que estão em situações bem piores que as nossas, como o
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povo do Haiti. Obrigada por chamares à atenção sobre este assunto! Beijocas grandes e continua o óptimo trabalho neste blog delicioso! :-) 26 de Janeiro de 2010 22:45
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51 CAPÍTULO 51
Ai, a minha vida ... Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2010
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Dia de São Valentim deixou-me a reflectir na forma como actualmente se vivem as relações e a temer o pior num futuro próximo ... Por exemplo, no que toca à traição, tenho plena consciência de que sempre foi um tema recorrente e se há umas gerações as mulheres tinham de se sujeitar às "escapadinhas" dos maridos, por não trabalharem e não terem forma de se sustentar, também sei que havia senhoras que procuravam um "ombro amigo" quando os maridos eram ausentes e não lhes davam atenção. Além dos factores económicos, as traições eram "abafadas" pelo facto dos divórcios serem mal vistos pela sociedade de então. Não quero com isto desculpar ninguém e, fossem quais fossem as razões, reconheço que a traição não é exclusiva do sexo masculino, mas confesso ouvir muitos mais casos de traidores do que de traidoras (desculpem lá, homens ...) Mas o que mais me inquieta na traição é a despreocupação e ligeireza de quem a pratica depois de ter assumido um compromisso, seja o namoro ou o casamento (para mim, a responsabilidade é idêntica). Revolta-me e repugna-me mesmo saber de indivíduos que, perante a sociedade, são os "companheiros perfeitos" e apregoam aos "sete ventos" o quanto amam a pessoa com quem escolheram
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estar e depois, num momento de fraqueza, vulnerabilidade ou cansaço da monotonia, têm comportamentos inapropriados e que desrespeitam claramente a pessoa com quem estão. Chamem-me antiquada, ingénua até, mas eu acredito na fidelidade plena quando escolhemos partilhar a vida com alguém e vou até ao ponto de afirmar que quem não se sente capaz disso, não deve assumir um casamento "até que a morte os separe". Há coisas que não se fazem de ânimo leve! Preciso de acreditar que num relacionamento, por mais longo que seja, o ego e a vontade de "quero ver se ainda não perdi o jeito e continuo atraente" não se deveria sobrepor à mágoa, tristeza e à desconfiança que as traições acarretam ... Não entendo como é que o risco, a emoção e a adrenalina de viver um "affair" possa ser mais importante do que manter um sentimento há muito acarinhado ... e muito menos concordo que haja "deslizes" que salvam um casamento (até podem salvar, mas só se nunca forem descobertos, hehehe ...) Aparte a gracinha, recuso-me terminantemente a aceitar que a traição é um mal menor e que é melhor fechar os olhos e perdoar, do que acabar com um casamento de décadas e ficar sozinha/o ... ... (mas sei o quanto custa a solidão) ...
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O pior é que quando leio os meus textos iniciais, percebo que estou a ficar menos romântica e confiante na esperança de encontrar o homem certo. Não me considero muito exigente, porque acho que não é pedir demais alguém que me ame e respeite e que goste de me tratar bem e mimar ... Infelizmente, tenho encontrado homens que só se querem divertir "sem compromisso", o que para mim é mais uma desculpa para justificar a promiscuidade ... Sei que há homens decentes, mas os que conheço ou são família (e há a chatice da consanguinidade), ou estão comprometidos ... ou são homossexuais (o que é realmente uma pena ... para mim claro!) :P Sentir-me sozinha deixou de ser novidade e acho que me vou habituando à ideia de que o homem que procuro só existe na minha imaginação, mas caramba, sou assim tão difícil de satisfazer que terei de me resignar a estar com alguém que me liga duas vezes por semana e saltar de contente por ele se ter lembrado de mim? Esta sociedade de relações "fast-food" estará manchada por uma mentalidade tão livre e despudorada que querer um relacionamento (e ainda para mais que ele me seja fiel) é assim tão absurdo e descabido?
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Nesta vida apressada e em que conhecer (e descartar) pessoas é tão fácil como escolher produtos no supermercado, estará o Amor no fim da nossa lista de prioridades? Quando eu era criança, achava que os adultos complicavam coisas tão simples - e ainda continuo a achar o mesmo - mas não vou mudar a minha mentalidade algo adolescente ... apesar das desilusões, vou continuar fiel a mim própria e a preferir estar sozinha do que aceitar um homem que não me respeita, achando que ele vai mudar um dia ... ou um "menino da mamã" que não me defenda perante as provocações da matriarca e, definitivamente não vou ficar ao lado de quem não é capaz de dar o braço a torcer e mostrar que gosta de mim, mesmo quando eu não tenho razão ... É claro que gostava de ter alguém a meu lado, mas não me vou sujeitar novamente a ser relegada para segundo plano por quem não me sabe valorizar ... mereço ocupar o 1º lugar no coração de alguém e permanecer lá, como uma tatuagem :) Ele anda por aí ...
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Anónimo disse... Isabel, adorei o teu texto. Concordo contigo plenamente. Para a traição não existem desculpas, se acontece é porque algo vai muito mal, e as pessoas envolvidas não o querem enxergar. De facto, quando olho para as relações amorosas das pessoas que me rodeiam, são bem poucas aquelas que vejo que têm uma relação saudável. Mas também são essas que ainda me fazem acreditar, que um dia encontrarei o meu "principe encantado", um homem com defeitos e qualidades, como qq pessoa normal. Quero apenas q esse "príncipe" ame, respeite e aceite a pessoa fantástica que eu sou. E vice-versa :D Qnto ao relacionamento será sempre preciso o empenho e amor das duas pessoas envolvidasafimdeobterumresultadoprodutivo. Acredito que a esperança é sempre a última a morrer, por isso prefiro manter uma atitude positiva. Beijinhos. Carla 15 de Fevereiro de 2010 16:52 Bruloc disse... Reza a história que a primeira traição foi
quando Adão e Eva foram tentados pela serpente a comerem o fruto do pecado, tendo logo se apercebido que estavam nus, o que conduziu ao aspecto sexual, passando a se associar sexo com pecado. Já a religião Cristã remete ao inferno todos os que praticam o adultério, seja por pensamentos, palavras ou actos. Todos traem, sem excepção! Perdoamos constantemente traições e infidelidades sem mesmo nos apercebermos, quando perdoamos ao outro a quebra de uma promessa, quando revelamos coisas que nos foram pedidas como segredo, quando passamos por uma fase em que não sentimos prazer com o parceiro, quando fingimos que foi bom quando na realidade nem estávamos ali. É pena que para a maioria das mentes a traição seja apenas concretizada pelo acto sexual; ainda pior é que generalizem tal ideia como verdade suprema válida para todos. Serão os swingers estúpidos? Será uma aberração aquele/ /aquela que satisfez uma necessidade sexual, um desejo ou uma fantasia? Compreendao que existem muitas formas de ver o mundo e de aceitá-lo, não sendo por isso errado tudo
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aquilo que ultrapassa a nossa compreensão. Tudo isto para compreender que,cada vez mais, assumir um compromisso com alguém poderá ser deveras castrador a nível intelectual e físico, pois estaremos condenados (até que a morte nos separe) às projecções e valores do outro e ninguém quer sujeitar-se "novamente a ser relegado para segundo plano por quem não me sabe valorizar". É instintivo, é um acto reflexo. Continua fiel a ti própria e não desesperes porque quando menos esperares irás estreitar relações com alguém que partilhe a tua visão e, quem sabe, nascerá um verdadeiro Amor... 17 de Março de 2010 21:38 Bruloc disse... Errata :-) onde se lê compreendao deve ler-se compreendam. Tava a reler uns textos e dei com isto. Beijinhos 3 de Dezembro de 2010 22:56
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52 CAPÍTULO 52
As expectativas da Felicidade ... Domingo, 14 de Março de 2010
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H
á dias uma grande amiga colocou-me uma boa questão ... se será preferível estar com alguém por quem não estamos loucamente apaixonadas, mas que nos trata com afecto, carinho e respeito ... ou procurar o amor romântico, aventureiro e imprevisível como é retratado nos livros e filmes e que, na vida real, acaba por estar representado num "bad boy" que nem sempre nos trata como merecemos ... Hesitei na resposta ... se por um lado acho que todos merecemos o "big L" e que o amor tem de ser vivido na sua plenitude - pois não será justo estar com alguém que me ame verdadeiramente e não ser recíproco (e vice-versa) - sei também que às vezes idealizamos este sentimento de uma forma algo irrealista (eu culpo a literatura e o cinema!) ... Penso mesmo que a ideia do que o amor deve ser é muitas vezes sobrevalorizada e acabamos por desperdiçar a oportunidade de sermos felizes com alguém porque à partida não fazia "o nosso género". Se me perguntassem há algum tempo a mesma questão, não haveria dilema e a minha resposta seria pronta e firme: quero o homem da minha "lista da mercearia"!! Mas agora que vivi um pouco mais e vou somando desilusões, vejo caírem por terra muitas das minhas certezas e convicções no
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que toca ao assunto Amor. Ai ai ... espanta-me constatar a rapidez com que tenho mudado a minha forma de olhar para o mais belo sentimento do mundo, cada vez menos romântica e ingénua ... pensava que não seria nada complicado encontrar a felicidade ao lado de alguém que me completasse e agora sinto que me estou a tornar numa pessoa descrente e mais desconfiada ... e temo nunca mais voltar a ser como era ... Calma, dirão os meus amigos ... um dia de cada vez! Assim sendo, a minha resposta à pergunta sobre as expectativas da felicidade é que neste momento prefiro estar só a viver um sentimento mais morno ... ainda não estou disposta a prescindir da esperança em encontrar alguém especial. Por outro lado, também estou mais realista e começo a compreender que haja quem privilegie a estabilidade e segurança num relacionamento em detrimento de uma paixão arrebatadora ... E infelizmente, também conheço quem não aguente estar só e se contente com "gostar" em vez de "amar" ... porque ao fim de algum tempo a solidão mói e dói de tal forma que faz mirrar o coração, até mergulharmos numa tristeza dolorosa que nenhuma amizade ou familiar consegue atenuar ... Apesar de estar rodeada por pessoas que gostam de mim e me
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valorizam pelo que sou, ainda continuo a achar que estar apaixonada é revigorante a todos os níveis e que nada consegue substituir essa sensação ... uma chatice, digo eu!! Pois é, acabadas as certezas, chego à conclusão de que independentemente das opções de cada um, há que viver um dia de cada vez, com um sorriso nos lábios e esperança na alma e ver o que acontece ... porque o melhor da vida é que ela não cessa de nos surpreender :)
Pineca disse... Querida Isabel, não pude deixar de comentar depois de ter lido o teu texto.. Eu entendo-te perfeitamente e adoraria poder fazer-te mudar de ideias.. O amor como nos filmes está longe de ser verdadeiro e o homem por quem nos apaixonamos tem algo de príncipe encantado e "bad boy" à mistura. Nada é perfeito, isso é certo. Mas uma coisa eu te garanto: o simples "gostar" não chega.. Se o sentimento não é recíproco, não vale a pena. Acredita que um dia, quando menos esperares, irá acontecer o grande "big bang" na tua vida e serás realmente feliz como mereces ser, como eu te tenho dito ;-)
E nunca te esqueças duma coisa: numa relação é preciso nos apaixonarmos várias vezes.. sempre pela a mesma pessoa! That's the secret ;-) Um beijo minha linda! 14 de Março de 2010 23:25 Lara disse... Estou totalmente de acordo com a tua amiga Pineca (nome giro que nos chamavam e que nunca me passou pela cabeça por por escrito), hehe. Tu tranquila que quando menos esperares e menos buscares ele aparecerá. Entretanto vai poupando uns trocos para me vires visitar!!! Bjs 16 de Março de 2010 08:54 260
Francisco Gonçalves disse... Amifa Isabel... como te compreendo! De factod tocaste em pontos que considero fulcrais e ao mesmo tempo iluminadores de dúvidas... Não chega gostar para manter uma relação, a estabilidade pessoal e financeira pode ajudar... mas só por algum tempo e por fim o santo graal das relações o Amor profundo e verdadeiro. Penso que a melhor sabedoria que podes ir buscar é nas relações mais antigas, saber porque tantos casais mantêm-se por mais de 30 anos juntos...Podia mentir-te e dizer que foi a chama do amor que se amnteve acesa, mas não é... Pelo menos é o que me dizem...! 23 de Março de 2010 10:32
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53 CAPÍTULO 53
O elogio à ignorância ... Quarta-feira, 17 de Março de 2010
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T
enho um amigo que acredita que a felicidade é pura ilusão e que as pessoas realistas são pessimistas por Natureza. Essa lógica fez-me lembrar o heterónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, que dizia que "pensar é estar doente dos olhos" ... Lembro-me de em criança - antes de "aprender" a pensar sentir essa felicidade plena e viver numa ignorância tranquila, em que eu sabia que qualquer problema que surgisse era prontamente resolvido pelos meus pais ... para mim eles não tinham defeitos, eram super-heróis :) E podem rir, mas eu cresci a pensar que todas as pessoas eram assim: bondosas, sempre prontas a ajudar e que se magoassem alguém seria por descuido, nunca de propósito ... a minha enorme ingenuidade de então fazia-me vislumbrar sempre o melhor dos outros e "cegar" a qualquer acto mal intencionado. À medida que fui crescendo, apercebi-me de que o mundo não é cor de rosa ... uma verdade que me atingiu da forma mais dolorosa, a tão famosa perda da inocência, a fase em que percebemos que temos de começar a tomar conta de nós e que as pessoas que idolatramos também falham ... Tudo isto para dizer que nestes últimos anos e depois desse despertar abrupto, o que me estava a custar a entender era o
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porquê de certas pessoas fecharem o coração e tornarem-se desconfiadas ... achava-as tontas e descrentes no mais belo sentimento do mundo ... e sempre disse a mim própria que isso nunca me ia acontecer ... Disse? Dizia ... porque quanto mais me decepciono, mais tenho saudades dos meus tempos de menina, em que acreditava que tudo se resolvia a conversar e que as pessoas eram sinceras no que diziam ... agora só me dá vontade de rir e chorar ao mesmo tempo ... Não me tornei repentinamente pessimista, mas tenho noção de que era bem mais feliz quando via o mundo pelos tais óculos com lentes da cor do arco-íris e a noção de "engano" não existia no meu dicionário ... No fundo, sei que a maior parte das vezes me iludo conscientemente, mas só porque a alternativa me é insuportável: constatar que há quem magoe outros propositadamente e até com prazer, que é maledicente de forma gratuita e não se importa com o seu semelhante ... sinto um tal asco e mal-estar que a maior parte das vezes prefiro fingir que não vi, não percebi ou nem ouvi ... Não defendo com isto o "Síndrome de Peter Pan", a recusa em crescer, nem nada que se pareça, mas prefiro ser uma pessoa feliz na minha "simulada" ignorância do que esvaziar-me de ilusões e
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tornar-me num corpo vazio de expectativas e esperanças ... Por mais irrealista e quase tolo que possa parecer, quero continuar a acreditar no melhor das pessoas, a dar segundas e terceiras oportunidades (mesmo que depois me desiluda), a achar que os empurrões e pisadelas não eram intencionais e que há quem ainda fale verdade quando diz "amo-te" ... preciso disso para me manter sã, lúcida e para que a criança que (ainda) idolatra os pais nunca desapareça ... E porque este é um elogio à ignorância, termino com um poema que dispensa apresentações:
O Mundo não se Fez para Pensarmos Nele O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás ... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem ...
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Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras ... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo ... Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender ... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo ... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos ... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência é não pensar ... Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"
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Anónimo disse... Miga será que sofres do mal de muitas nós do "dedo podre"? Tenho uma amiga que diz sofrer desse mal quando se tratar de escolher alguém para namorado :S Rita 17 de Março de 2010 19:23 Bruloc disse... O porquê de certas pessoas fecharem o coração e tornarem-se desconfiadas (perdendo a tal inocência): Para alguns, não acreditar no fatalismo e ter a certeza de que só a acção humana, movida pela inteligência e racionalidade, pode alterar os limites da condição humana leva a uma forma de amor (a qual eu repudio) contratual. Aqui a pessoa avalia todas as possíveis vertentes antes de deixar-se iludir num
romance. Se a possível relação tiver futuro, ela atira-se. Se não, abstém-se. Elabora uma lista de pré-requisitos para o parceiro ideal e pondera muito antes de se comprometer. Deseja um bom amante, um óptimo pai ou uma boa mãe para os filhos e não esquece o bem-estar material. Está sempre cheia de perguntas. O que será que os outros ou a minha família vão achar? Se eu me casar, como estarei daqui a alguns anos? Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que espera algo em troca. Por outro lado, o lado em que eu identifico-me revela que o desprendimento de si próprio em favor do outro vem sempre antes do próprio interesse. Quem ama assim rende-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no
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relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sente-se bem quando o outro demonstra alegria. No limite, é capaz até mesmo de renunciar ao parceiro se acreditar que ele pode ser mais feliz com outra pessoa. Considero como uma forma incondicional de amar e, o amor para ser verdadeiro, não pode depender de restrições. Considero que durante anos vivi uma relação em que ambos representávamos lados diferentes desta dualidade. Não me arrependi de ter sido o ingénuo que amava, tal como espero que tu não te arrependas dessa ingenuidade que alimenta a tua alma. Para que vivas na plenitude espero que sintas, se for preciso que sofras, mas que nunca percas a capacidade de amar... 17 de Março de 2010 20:10
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54 CAPÍTULO 54
A Ilusão do Ser ... Terça-feira, 6 de Abril de 2010
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N
ão me querendo armar em socióloga nem em psicóloga, tenho andado a reflectir sobre o impacto que a forma como nos vemos tem na nossa existência e como isso determina a percepção que temos do mundo e, por conseguinte, a nossa relação com ele, para o melhor e para o pior ... seja nos relacionamentos amorosos, amizades ou trabalho. E digo isto porque me sinto triste e impotente com o comportamento de certas pessoas que conheço e que sei serem fantásticas, lindas por dentro e por fora e que simplesmente não conseguem reconhecer o seu potencial e valor, pela forma deturpada e pessimista como se vêem. É a tão conhecida e falada falta de auto-estima, não tão grave como a anorexia ou a dismorfofobia (um transtorno em que há um sentimento crónico de não aceitação da imagem corporal), mas que provoca grandes transtornos em pessoas que não gostam tanto de si como deviam. Um mal-estar com elas próprias que poderá ser resultado de uma infância difícil, pais controladores e exigentes demais, amigos e familiares invejosos e mesquinhos, ou até traumas difíceis de ultrapassar, num acumular de más experiências que as tornam em adultos inseguros, que acham que têm pouco valor e
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não merecem ser felizes, contentando-se a maior parte das vezes com migalhas de carinho e reconhecimento. E quando eu encontro seres humanos maravilhosos, repletos de qualidades, mas a sofrerem desta maleita e com o ego completamente espezinhado, só me apetece abaná-los repetidamente, até que eles acordem desta ilusão e se vejam como eu os vejo, no espelho certo e não naquele que têm em casa e em que vêem um reflexo cinzento e sem brilho. E revolta-me não conseguir que tenham este discernimento e não se vejam como as pessoas espectaculares que são, enquanto há outras que têm o ego inflacionado e andam por aí com o nariz empinado demais e como se tivessem o rei na barriga, a julgarem-se melhores do que os outros ... e pior, tratando muitas vezes de forma jocosa estas almas boas. Sei que o mundo não é justo e que cada um tem de lutar com as armas que tem, não vou agora ser hipócrita, mas faz-me confusão que certas pessoas não lutem pela felicidade que merecem pela ideia que fazem delas próprias ... e andem por aí perdidas, cabisbaixas ... anónimas ... Seres iludidos, acordem! Somos todos diferentes, seja pela cor da pele, estatura ou peso e é verdade, nem todos podemos ser modelos, mas TODOS temos um coração vivo e vibrante, que
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pulsa ansioso por afecto e uma vida que merece ser vivida no seu pleno. E privarmo-nos do milagre que é viver por causa de inseguranças é inadmissível para mim!! Daqui a uns anos nem nos vamos lembrar de metade (com as devidas excepções para os casos mais graves) ... Muitas vezes, somos os nossos piores críticos, mas o que são uns pneuzinhos a mais quando temos uma simpatia vibrante, o que são uns centímetros a menos (estou a pensar na altura, LOL) quando ajudamos o próximo sem esperar nada em troca ... Em vez de olharmos para os nossos defeitos e falhas (todos os temos!), orgulhemo-nos das qualidades que as pessoas que gostam de nós adoram ... a nossa generosidade, boa disposição, largo sorriso e amizade. Vamos aproveitar a vida, pormo-nos mais vezes em 1º lugar e amar a pele que vestimos!! E se se sentirem em baixo, venham falar comigo ou desabafem à vontade neste blog, eu tenho um vocabulário extensíssimo em elogios (sinceros, sempre!) e já diz a publicidade «se eu gostar de mim, quem não gostará?»
Lara disse... Gostei muito deste texto mana, escreve mais assim. Dás força e esperança e não é uma mensagem triste, mas sim positiva. Continua!!! 6 de Abril de 2010 08:54 270
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55 CAPÍTULO 55
O peso da solidão ... Sexta-feira, 30 de Julho de 2010
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E
ste é um blog que respira através da minha inspiração, que tem andado algo cansada ... mas depois de uma conversa de café, voltei a sentir a urgência de escrever sobre a forma como a solidão nos pode afectar e condicionar a existência. Isso porque há dias conversava com uma amiga sobre uma conhecida nossa ... uma senhora espectacular e que sei estar com alguém que não lhe acelera o coração, nem a trata particularmente bem, mas que a dita senhora não consegue deixar. Ele dá-lhe migalhas de afecto, não a faz rir até ficar sem fôlego e raras vezes a defende perante quem realmente importa. E ela sabe disso e sujeita-se, contentando-se com o pouco que recebe ... e vai dizendo aos outros (e tentando convencer-se a si própria) que ele lhe faz companhia, até lhe dá a mão quando andam na rua e que assim sempre pode sossegar a mãe, porque "agora não acaba os dias solteira". E fico triste por pensar que esta senhora, um ser humano decente e de quem gosto muito, tem consciência que esta não era a relação que desejaria, mas uma aceitável ... e vai vivendo um dia de cada vez, acreditando que os sentimentos vão mudar e crescer ... e quem sabe, um dia, até pode chegar a amá-lo ... e ele a ela? Mas enquanto esse despertar do coração não chega, ela está
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acomodada num relacionamento opaco, porque a alternativa é muito pior ... é continuar só ... e estar carente de afecto, de um carinho, de um toque mais íntimo ... e chegar todos os dias a uma casa vazia ... de voz e de calor humano ... e noite após noite, dormir sozinha, numa cama em que é o cansaço quem a embala e não o abraço de alguém especial ... Perdoem-me pelo desalento, mas conheço tantas pessoas assim, que se tornam "realistas" e desistem de encontrar uma relação que as faça rebentar de alegria, permitindo-se amar perdidamente ("e dizê-lo cantando a toda a gente"), porque deixaram de acreditar na magia do romance ... Na minha forma de pensar, entendo que quando somos novos, a frescura do espírito renova-nos a força para voltar a apostar no mais belo sentimento do mundo ... mas à medida que os anos vão passando e as rugas nos vão marcando a face, a esperança começa a esfumar-se, levando com ela todas as expectativas e sonhos de juventude ... e quero (sinceramente) estar enganada, mas é isto que vejo e ouço das pessoas que me rodeiam ... Por outro lado - e enquanto romântica confessa - custa-me reconhecer que o amor não acontece por magia, por mais que queiramos. E que a realidade acaba por não ser tão "fofinha" como nos filmes, em que há sempre o "happy end" ...
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Ainda que por vezes aconteça o inesperado a alguns sortudos, que vivem autênticas histórias de amor (felizmente, conheço alguns casos!), cada vez mais acredito que a felicidade é uma conquista ... não cai do céu ... e que muitas vezes temos de ser nós a dar o primeiro passo, se calhar um passo maior do que a nossa perna, mas arriscar um "leap of faith" ... porque a felicidade não pode ser medida pelos medos, mas pela esperança numa realidade melhor ... E preciso mesmo, mesmo de acreditar que, apesar da solidão ser madrasta para muitos, há quem consiga conviver com ela e prefira estar só do que com alguém que não a deixe com borboletas no estômago! E falo por mim, eu preciso de quem me faça sorrir o coração e continue a gostar de mim, mesmo depois de ouvir as minhas gargalhadas sonoras no cinema ... porque é assim que deve ser :)
Bruloc disse... Acredito que uma das grandes causas que provocam uma falsa sensação de solidão são os outros. Devíamos importarmo-nos mais com aquilo que temos de fazer e não com o que os outros pensam. É uma regra que deveria pautar a vertente mais ordinária da nossa vida, também como a vertente intelectual da nossa existência. Aqui muitas vezes distingue-se a grandeza de um ser, que tendencialmente é educado a viver de acordo
com a opinião das gentes, esquecendo-se de saber viver consigo próprio na solidão. A solidão, na minha opinião, deverá fazer parte da nossa vida, não como forma de exclusão social, mas como parte fundamental do nosso crescimento e identificação pessoal, pois quem não convive com a solidão torna-se tão banal, assim como as próprias opiniões das gentes que vive seguindo. Como eu sei que tu não te enquadras neste panorama (ainda bem), apenas posso desejar274
-te que continues a ser tão especial e única, não esquecendo que o "amor verdadeiro" tem tantasinterpretaçõesquantaspessoasexistem. Aprender a respeitar o que para nós seria julgado como errado é crescer, viver e tomar um pouco do outro... Um abraço e continua a partilhar connosco a tua visão sobre o AMOR! 2 de Agosto de 2010 15:48
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56 CAPÍTULO 56
O prazo do sentimento (e sim, ainda continuo lamechas) Quarta-feira, 1 de Setembro de 2010
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V
i hoje um filme ternurento, "Cartas para Julieta" e que me deixou lamechas quando saí do cinema. Sem querer estragar a história, o filme fala sobre uma senhora que procura um amor perdido no tempo e que já não vê há cinquenta anos. Independentemente de como acaba esta comédia romântica, gostei muito da ideia que pretende transmitir ... a de que um amor verdadeiro resiste ao passar da areia na ampulheta e às contrariedades e que, quando gostamos realmente de alguém, nunca é tarde demais para viver esse sentimento ... Achei uma mensagem realmente positiva, principalmente nos dias que hoje correm e quando me faz tanta confusão o estado a que o ser humano chegou ... fechamos o coração, desconfiando de tudo e todos, sempre de pé atrás para nos protegermos da dor e acabando muitas vezes por não existir em pleno, com medo de somar mais uma decepção. E eu, que voltei recentemente a sofrer mais uma desilusão, posso afirmar sem sombra de dúvida que continuo esperançada no mais belo sentimento do mundo. Tive a sorte de encontrar alguém que me voltou a fazer confiar na decência e hombridade masculinas e, apesar de não ter resultado, fui feliz enquanto durou.
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Porque para mim, a vida é isso mesmo ... lembrarmo-nos com carinho dos melhores momentos, aprendendo com os momentos menos bons e crescendo pelo caminho. Não estou rancorosa, nem magoada, estou triste sim, mas com a esperança renovada nos relacionamentos e a expectativa de que vai correr tudo bem para a próxima ... O filme "Cartas para Julieta" mostra isso também, que viver não é fácil, mas que vale sempre a pena arriscar amar, entregarmo-nos sem reservas, dar tudo sem esperar nada em troca e ver o que acontece ... seguir o coração e simplesmente ... sentir ... Temos de continuar a acreditar no final feliz, porque um dia ele acaba por chegar e temos de o abraçar sem reticências ... E como me disse há tempos uma grande amiga sobre o que deve ser o amor: «sim, tem que ser como nos filmes!» ... em que nos apetece cantar e dançar na rua, querer abraçar toda a gente e, pelo meio, suspirar de 5 em 5 minutos com um sorriso parvo na cara ... Um sentimento em que o dia fica melhor assim que o vemos, que faz partir o nosso coração em mil pedacinhos quando ele está triste, mas que rejubila quando ele nos manda uma mensagem a dizer «gosto de ti» ... Porque se não for assim, não é o amor que eu quero e não
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serve para mim ... hei-de esperar o tempo que for necessário e mais algum ... e se ficar para tia, hei-de ser feliz na mesma ... porque já me sinto inteira sozinha, um amor só me tornará ainda mais resplandecente :)
Lília disse... Querida amiga, os caminhos não são todos iguais e "ficar para tia" só era uma desgraça no tempo das nossas avós, em que as mulheres tinham de casar para terem um meio de subsistência. Mas tu não ficarás para tia, believe me. O que se passa é que quanto mais especiais são as coisas,mais demoram em chegar. Esperar por aquilo em que acreditamos vale sempre a pena; eu esperei, espero, esperarei :) 2 de Setembro de 2010 01:12
Vanda disse... Muito bom! E acredita, vem mesmo a calhar :) 3 de Setembro de 2010 01:07 Lara disse... Mana, estás proibida de ver essas comédias românticas que só acontecem no cinema! A partir de agora só sangue e violência, tá?! Tens de dar tempo ao tempo e verás que a tua espera será compensada. Um beijo 3 de Setembro de 2010 07:23 278
Bruloc disse... Hoje revi na SIC o "27 Dresses" e transmite bem a tua ideia. Depois de ter sido dama de honor em 27 casamentos de amigos acaba casando com alguém inesperado que lhe causa a sensação "em que nos apetece cantar e dançar na rua, querer abraçar toda a gente, e pelo meio, suspirar de 5 em 5 minutos com um sorriso parvo na cara..." Um abraço e desfruta da tua disposição emocional 11 de Setembro de 2010 20:36
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57 CAPÍTULO 57
"Adeus", por Eugénio de Andrade Segunda-feira, 11 de Outubro de 2010
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empre quis escrever sobre o sentimento de desprendimento e indiferença que (infelizmente) se cola a nós no fim de um relacionamento ... como olhamos de forma tão diferente para a nossa paixão, depois de o amor acabar ... faltavam-se-me as palavras, Eugénio de Andrade encontrou-as por mim ... Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar.
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Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
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Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus. Eugénio de Andrade
Bruloc disse... Querida Isa, esse "nós" devia ser substituído por alguns... e para recordar-te tive que regressar ao segundo texto que escreveste, desde que iniciaste o blog: "Desde muito novo que tive o privilégio de sentir o Amor e, até hoje, não arrefeceu, não desapareceu, muito menos alterou-se com o meio. O Amor que sinto acompanha-me como um vírus cravado no coração. Jamais irá desaparecer enquanto eu viver porque nunca permitirei que a racionalidade e as coisas da vida deturpem a genuinidade do verdadeiro "Amor".
Em jeito de conclusão tenho uma confidência para ti. Amei algumas pessoas nesta vida e o amor por elas nunca desapareceu..." A propósito disto acrescento que ser assim é ser irracional e leva-nos a arrependimentos e sofrimentos,mas é BOM. 11 de Outubro de 2010 18:19 Isabel Pereira disse... Ainda bem que sentes isso, Bruno, porque eu não consegui preservar a amizade que tinha com todas as paixões que têm passado pela minha vida. Para mim, o afastamento faz parte do processo de cura, e depois o tempo 282
encarrega-se de aumentar a distância ... e ficamos como dois estranhos. Mas cada um gere uma ruptura da maneira que sabe ... beijo grande! 11 de Outubro de 2010 23:35 rouxinol de Bernardim disse... Eugénio de Andrade continua vivo e bem vivo! 16 de Outubro de 2010 14:25 Lara disse... Achoquejávaisendoalturadenospresenteares com um novo texto, não? Beijocas 26 de Novembro de 2010 10:23
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58 CAPÍTULO 58
A definição do relacionamento ... Sexta-feira, 3 de Dezembro de 2010
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H
á dias estava no café com um amigo, que comentava comigo que conhecia um casal que só se dava bem a nível sexual. Uma situação que o confundia e incomodava, visto que, para ele, não é somente nisso que um relacionamento deve assentar. Eu respondi-lhe que "se eles se dão bem, porque não?" ... acho que cada um deve ter uma relação à medida dos seus desejos, independentemente disso ser, ou não, bem "aceite" socialmente. E dei-lhe como exemplo uma reportagem intrigante que vi há uns tempos num canal televisivo, que falava sobre a chegada do "poliamor" a Portugal, um conceito que já existe nos Estados Unidos há vinte anos e «defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente» (wikipédia) ... e com o conhecimento de todos. Apesar de a conversa ter ficado um pouco por ali, vim para casa a remoer no assunto e a questionar até que ponto é que poderemos definir um relacionamento como melhor ou pior, certo ou errado, com esta nova forma de estar na vida. Se as pessoas se entendem e estão felizes, não será isso o mais importante? Mas o que me deixou algo inquieta, porque balança com todas as minhas certezas, foi a resposta à pergunta: será possível amar
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duas ou mais pessoas ao mesmo tempo? (é que a definição é "poliamor" e não "polipaixão") ... E independentemente disso, será este o futuro dos relacionamentos? Já escrevi sobre as relações "fast-food", mas estarão as pessoas tão descrentes no Amor para a vida toda, que preferem reparti-lo por várias "hipóteses" de caras-metades? E as dúvidas continuaram a borbulhar, emergentes, na minha mente ... se actualmente vemos (na minha perspectiva, pelo menos) que as pessoas são cada vez mais exigentes e lutam menos afincadamente pelo sucesso de uma relação - quando esta não lhes parece dar o que esperam - como conseguirão gerir duas ou mais? Ou se, por outro lado, tendo mais do que um amante, a pressão das expectativas acaba por se diluir e o namoro ganha nova energia com isso? ... ai ai O mais curioso é que há uma série que passa num dos canais da FOX que se chama "Big Love" e que segue a vida de um homem que vive com as suas três mulheres e respectivos filhos, debaixo do mesmo tecto, em harmonia, respeito e são felizes! Vejo-a de vez em quando, para tentar entender a lógica da poligamia, mas sem grandes resultados, confesso, porque eu ... mulher ... ciumenta quanto baste e muito sensível, sei que o meu coração se partiria em mil bocados se visse aquele que amo beijar
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outra mulher com a mesma intensidade e paixão com que me beija a mim, então engravidá-la e vivermos juntos?? Não me parece! (lá se vai a tolerância, hehehe ...) Mas fico confusa ... será que o ocidental rejeitou a poligamia para uma melhor e mais eficiente organização/gestão social e ela ainda reside em nós, pulsante e a aguardar que as mentalidades mudem? Bem ... a verdade é que não consigo ser imparcial nesta questão, porque sou uma mulher de muitas paixões mas de um só Amor ... aquele a quem me dedico de corpo e alma, por quem suspiro, por quem o coração bate descompassadamente, aquele que me queima a pele ao toque e que me faz suster a respiração por breves segundos quando se aproxima para um tocar de lábios apaixonado ... e não sou capaz de sentir isso por duas pessoas ao mesmo tempo ... Posso parecer antiquada face a esta nova forma de pensar os relacionamentos, mas prefiro viver plenamente o mais belo sentimento do mundo com um só homem, com todos os seus defeitos e falhas, do que esbater-me em "poliamores" e nunca ser inteira para nenhum ...
Anónimo disse... Simplesmente brutal este teu texto! Adorei!! Vânya Abreu 3 de Dezembro de 2010 19:58
Bruloc disse... La vie en rose. Há quem veja as coisas através de uns óculos com lentes cor de rosa, parecidas com aquelas que falavas que eram de cor arco íris ;-) 3 de Dezembro de 2010 20:06 286
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Para a autora...
Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2011
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Minha linda Isa, É sempre uma grande alegria quando estou contigo e, quando não estou, sinto falta do teu optimismo contagiante. Tens, de facto, essa capacidade de alegrar a vida dos que te rodeiam. Obrigada por seres quem és e pela tua presença na minha vida. É com grande orgulho que tenho o prazer de te chamar de “minha amiga” e espero que seja para sempre... Rita Caires
Minha querida amiga Isabel, muitos parabéns, que não seja apenas mais um ano, mas sim a celebração da comunhão de muita amizade, felicidade, sucesso tanto a nível pessoal como profissional e muita saúde selada com um belo laço num presente de aniversário... Que tenhas sempre esse sorriso que te caracteriza. Beijos, Ana Oliveira
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Risonha .. Apaixonada .. Sonhadora .. Teimosa .. Emotiva .. Inteligente .. Romântica .. Impulsiva .. Natural .. Hiperactiva .. Amiga! És a minha RASTEIRINHA!! Luv U!!! ;) Carla Pereira
Hello, Tinkerbell! ;-) Ora, hoje, é o dia de receberes felicitações dos familiares, amigos (com ou sem cor), colegas, conhecidos e “assim-assim”. Como sei que não és apreciadora de números que tendem para o infinito, dou-te PARABÉNS (sim!), mas pela pessoa que és! See, u this time, next year. X.o.X.o. Pedro Berenguer
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O que poderemos dizer sobre a nossa amiga “Rasteirinha”?? Enfim, descrever a Isa não é difícil, pois ela é um doce de pessoa, sempre com um sorriso na cara para todos e os seus olhos brilham como estrelinhas quando está feliz. É uma grande profissional, uma grande amiga que está sempre presente quando necessitamos e é uma eterna apaixonada pela vida!! Para ti, Isabel, desejo-te aquilo que muitos querem, poucos conseguem, mas só tu mereces: toda a felicidade do mundo!!! Eunice Freitas
Rosto sorridente, olhos brilhantes, com uma alegria contagiante, impulsiva, por vezes com ideias e teorias "absurdas" que me deixam de boca aberta e me levam às gargalhadas... Enfim, são vários os elogios e adjectivos para te descrever, Isabel Sofia. Mas penso que o principal se resume à palavra AMIGA (que implica estar presente nos bons e nos maus momentos e uma sinceridade que também pode e deve magoar). Por aquilo que já vivemos juntas e pela banda sonora que nos tem acompanhado, composta pelos Melhores, tenho certeza que já construimos uma amizade para a vida. Adoro-te hoje e sempre. Paula Abreu
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O sonho dá-nos muitas vezes o que o mundo nos nega. Mas o mundo deu-me algo que nem o sonho mais perfeito me daria. A tua amizade. Obrigada. Teresa Gonçalves
Lembro-me do dia em que conjecturámos a nascença desde ‘blog’ e do dia em que abordámos por alto a sua conversão em livro. Agora, também há um bocadinho da nossa amizade impressa. Fiquemos por cá, para lá do dia em que outros livros nascerem, sempre com amor, sempre com amizade, sempre com alegria. Patrícia Gaspar
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For Isabel: For all the laughs, the burgers, the dancing, the coffees, the fun, the discos, the gossiping, the shots, the drinks and, most of all, the friendship; thank you. Lots of love from Fiona McGuire & José Nuno Brito
A amizade é algo que transcende todas as questões, é algo que nos une como seres Humanos... não de uma forma linear mas não teria tanta piada se a vida assim o fosse... é lembrarmo-nos que estamos aqui e que as nossas palavras e os nossos pensamentos fazem-nos voar... Bruno Aguiar
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Já lá vão uns anos que nos conhecemos… Sempre norteados pela tua sinceridade, amizade e simpatia. Brincando um pouco não sei como, com a tua estatura, consegues abrigar tantas qualidades em tão farta quantidade!? Espero que assim continue por muitos e muitos anos…! Que 25 passem a 50! Beijos e votos de um Feliz Aniversário! Francisco Gonçalves
Muitas primaveras já passaram por ti, mas a questão é, que és como o vinho do Porto e com a idade, ficas sempre mais bela. Sempre irás ter um mano querido a te chatear, com muitas saudades a ficar e que sempre te vai desejar os parabéns, nem que seja por telefone para contente ficares. Em últimas palavras proferidas por mim, apenas te quero dizer, PARABÉNS e que tenhas um feliz dia. Beijos do mano querido, Hugo Pereira
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Isa, três letrinhas apenas para descrever uma pessoa espectacular. Para mim és mais que uma irmã, és a minha melhor amiga e a minha confidente de toda a vida. Sim, és desbocadita mas eu gosto de ti na mesma. Quando uma pessoa precisa de ti estás sempre disposta a ajudar por isso toda a gente sabe que se pode contar com alguém, é com a minha Isa. És muito boa pessoa e por vezes ingénua… não deixes que te enganem e continua com esse bom humor e sorriso característico da família Ferreira. Lara Rute Pereira
Estarei sempre contigo, nos bons ou nos maus momentos. Que a vida sempre te sorria, que bem mereces. Todo o amor do mundo para ti da tua mãe. Hélia Ferreira
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Foi a 8 de Fevereiro de 1980 que o alvoroço e a azáfama começaram A “correria” de um hospital em Lisboa para Alhandra, onde morávamos na altura, foi feita com o coração nas mãos Faltava algo, uma alcofa, fraldas, um bibe? O que seria, já não me lembro… Só sei que “levei” os irmãos mais novos, Lara e Hugo… Pelo caminho, para me fazerem companhia porque a mãe não podia ir!!! A Isabel, assim se “chamava” ela, esperou pacientemente Na barriguinha quente da mãe que eu chegasse com os irmãos Aguardava ansiosa pela luz do dia Um belo dia, radioso, com o Sol a acariciar as nossas faces E que em breve também iria banhar aquele corpo, Obra divina e humana! A realidade supera a ficção! Eis que passados “vinte anos” Mais formosa que uma deusa A nossa Isabel está presente! P.S. – e que muitos anos a conservem, sempre linda, ao lado dos seus entes queridos! Em honra de: 8 de Fevereiro de 2011 António Cornélio Pereira
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Querida Isa, E cá estou eu a cumprir uma promessa que te fiz no Verão passado, a qual me referia de que em 2011 irias ter um livro só teu.. Ora bem.. aqui o tens nas tuas mãos! ;) Foi um prazer criar-te este livro, sobretudo, com carinho por uma amizade longa que temos mantido desde 1993, época essa que marca a nossa adolescência e aventura/percurso escolar. Quero salientar que, embora tenha sido ideia minha criar esta obra, porque é realmente uma obra de arte, a tua escrita, se não fossem todos os que aqui deixaram a sua mensagem, a contribuirem para que este projecto único se realizasse, muito dificilmente conseguiria levá-lo à avante. Quero agradecer a todos a vossa simpatia e disponibilidade em colaborar comigo neste projecto que, para mim, é um incentivo para esta talentosa jornalista, assim como quero desejar que este seja o primeiro de muitos livros que venha a ter em sua autoria. Aproveito, Isa, para te deixar aqui os meus mais sinceros votos de um dia muito feliz, que é o teu aniversário, e que muitos 8s de Fevereiro hajam para estarmos todos juntos a celebrar, seja onde for.. Espero que esta surpresa te tenha agradado, assim como agradou a todos os que aqui demonstraram o verdadeiro carinho e amizade que nutrem por ti, jovem guerreira e verdadeira crente do Amor. Estou contigo, amiguinha! ;) Beijo, Roberto Ramos
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