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No verão, a água também precisa de um protetor: você. Durante o verão, aumenta muito o número de pessoas utilizando água no litoral. E você precisa fazer a sua parte, usando a água com consciência. O Governo do Estado de São Paulo e a Sabesp também estão fazendo a parte deles. Foram inaugurados os sistemas Jurubatuba e Mambu-Branco, com capacidade de produção de 250 milhões de litros de água por dia, e o centro de distribuição na Baixada Santista, com capacidade de armazenar mais de 10 milhões de litros de água. Mesmo assim, não se esqueça, faça a sua parte: economize água.

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ao leitor Foto Valclei Lemos

ANO XIII - Nº 139 - janeiro/2014 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br

E mais... Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Belisa Barga, Bruna Vieira, Claudio Milito, Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Marcus Neves Fernandes, Maria Helena Pugliesi e Renata Inforzato Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Reino encantado Entre as espécies animais e vegetais, há um grande reino independente, pouco conhecido por nós, o Fungi, formado por cerca de 1,5 milhão de variedades em todo o planeta. Falo aqui dos fungos, dos quais pouco mais de 97 mil desenvolvem-se com a estrutura que associamos aos cogumelos, com mais de treze mil tipos catalogados. Quando olhamos para a mata, ou mesmo para o jardim, notamos as árvores frondosas, os arbustos verdes, as sementes, os frutos e as flores. Mas, uma busca mais apurada certamente revelará, entre os galhos e as folhas caídos no chão, na parte mais úmida e escura, a beleza dos cogumelos. Embora pareçam fazer parte do fim, na verdade, representam o começo do infinito ciclo da vida natural. O fungo alimenta-se de matéria orgânica morta, e a devolve ao solo na forma de nutriente. Possui formas, cores, texturas e tamanhos variados, compondo um mosaico de rara beleza, pouco visto, é verdade, porque nascem e se desenvolvem longe dos olhos humanos menos treinados. Seu ambiente é o “submundo vegetal”, escuro, úmido e, para o leigo, em “decomposição”. Seu papel no teatro da vida, contudo, é de grande importância, uma vez que atua no equilíbrio dos ecossistemas. Atualmente, os fungos são alvos de inúmeras pesquisas mundiais. Alguns resultados já dão conta do grande manancial de substâncias fundamentais para a alimentação, saúde e, até mesmo, para a economia dos países que os produzem. E a boa gastronomia agradece. Eleni Nogueira


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Foto Luciana Sotelo

24 Por dentro da Alfândega de Santos

Foto Luciana Sotelo

36 Amor na dose certa

E mais...

Foto KFpress

Fungos 12 Ser sustentável 30 Itu 34 Senpar Terras 42 Gastronomia 64 Moda 68 Flashes 72 Celebridades em foco 76 Alto astral 78 Destaque 80 No clique 82 Erramos

As fotos da entrevistada Sônia Maria Machado, publicadas na reportagem Chega de Tricô (edição 138 - dezembro) são de autoria da fotógrafa Angélica Serpa.


Foto Marcelo Magnani

48 Charmoso refúgio no litoral

Capa

Foto Bruna Vieira

60 Do concreto à arte

Foto Belisa Barga

Bagnes pág. 52

Cogumelo típico da Mata Atlântica Foto Mauricio Simonetti/Pulsar




meio ambiente Foto Valclei Lemos

Dádivas da natureza para a humanidade Um organismo biológico de formas, tamanhos, cores, texturas e sabores. Nem poderia ser diferente, afinal, conhecem-se cerca de cem mil espécies. Frutos de ambientes escuros e úmidos, os fungos são fundamentais para a flora, alimentação, saúde e, até mesmo, economia

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Por Belisa Barga O início de estações mais amenas, como primavera ou outono, e os períodos de chuva, provocam mudanças nas paisagens silvestres e, algumas vezes, no jardim de nossas casas. A vida pode surgir de locais inusitados, como um pedaço de madeira apodrecida. Os cogumelos são parte da história passada e recente da humanidade. Desde as antigas civilizações são consumidos nas refeições, algumas envenenadas para vitimar poderosos personagens como papas e imperadores. Se, no passado, foram usados para o bem ou para o mal, hoje são pesquisados para promover qualidade de vida e prevenção de patologias na sociedade contemporânea. Os fungos, entre eles os cogumelos, são organismos que constituem um reino inde-

pendente, o fungi. Há perto de 1,5 milhão de espécies no planeta, e pouco mais de 97 mil desenvolvem-se com a estrutura que associamos aos cogumelos, do ‘chapéu’ e ‘pé’, como são popularmente conhecidos os fungos com píleo e talo. Esse gênero é o mais numeroso, com mais de treze mil tipos catalogados. Podem ser azuis, vermelhos, verdes, violetas, fluorescentes. Alguns possuem uma seiva gelatinosa que parece sangrar ou o píleo (chapéu) do tamanho da cabeça de um alfinete. Uns têm aparências curiosas, que lembram cérebros, falos, corais marinhos, dobraduras de origami, ninhos de pássaros, estrelas da terra ou barbas grisalhas. Há os que parecem prontos para casar, como a espécie ‘véu de noiva’,

Foto Leticia Mikami/sxc.hu

O cogumelo Lacaria amethystine. Há perto de 1,5 milhão de espécies no planeta. Na página ao lado, o Lepiota sp

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meio ambiente Foto Danilo Castro e Alves/sxc.hu

O processo de brotamento é rápido e pode acontecer em menos de um dia

Divinos cogumelos A história do cogumelo data de três e sete mil anos, por meio de antigas sociedades que viam os cogumelos como sinais religiosos, por sua capacidade de brotar rapidamente na madeira apodrecida ou esterco. Os egípcios já usavam os fungos nos processos de fermentação das leveduras para a produção de pão e cerveja e consideravam os cogumelos oferendas da divindade Osíris. Já os gregos e romanos acreditavam que os agáricos eram dádivas do deus Júpiter durante as chuvas, e foram os pioneiros em usá-los em alimentos e remédios. O fungo Amanita caesarea é assim chamado porque foi uma iguaria típica dos césares. Os chineses, por sua vez, faziam usos medicinais do fungo e, até pouco tempo, o consumo no país era restrito à colheita de espécies silvestres. Já na América Central, as culturas pré-colombianas usavam os cogumelos ‘mágicos’ em rituais religiosos por causa de suas propriedades alucinógenas.

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que brotam cobertos de renda. “São quase 30 mil espécies de fungos superiores, Basidiomycota, considerados o grupo mais evoluído do reino, dada a complexidade de estruturas que pode formar” explica Alejandra Fazio, bióloga e pós-doutoranda na Universidade de São Paulo (USP). Todo esse espetáculo de características físicas produzidas pela natureza depende de aspectos ecológicos como clima, solo, vegetação e abundância de matéria orgânica para sua alimentação. A real função destas variações vai além de salpicar a natureza de morfologias e tons exóticos: é uma estratégia para garantir sua reprodução. “Os cogumelos são a parte do fungo responsável por produzir, proteger e espalhar os esporos para outros locais, com a ajuda de outros agentes, tais como o vento, a água ou animais”. Enquanto que para diversas espécies a vida está associada ao calor do sol, os cogumelos encontram na sombra, umidade e materiais em decomposição, como troncos, o ambiente favorável para seu crescimento. Nessas condições, tidas como ideais, o processo de brotamento é rápido e pode acontecer em menos de um dia. Por esse motivo, eram considerados celestiais na Antiguidade, pois apareciam de forma inexplicável para a época. “É muito comum encontrar em bosques, árvores ou troncos caídos colonizados por diferentes colônias de cogumelos saprófitos, que se alimentam do consumo de matéria orgânica morta e devolvem ao solo como nutrientes”, explica a bióloga. Alguns tipos de fungos são utilizados para decompor resíduos orgânicos tais como o açúcar, fenóis da indústria de madeira ou plástico, degradação de corantes, petróleo e biorremediação de solos contaminados com organoclorados. Cruciais para o equilíbrio do ecossistema, os cogumelos ajudam na manutenção do

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Foto Alexandre Kuyumjian/sxc.hu

Há espécies tóxicas como a Amanita muscaria, com efeitos alucinógenos

ambiente e também são indicadores de desequilíbrios naturais, especialmente aqueles encontrados em áreas preservadas. “Há grupos raros que merecem atenção especial no processo de preservação, pois estão ligados a outros habitantes, por vezes também ameaçados. Muitos filos estão em declínio como resultado da destruição de seus habitats ou por mudanças no uso da terra e poluição ambiental”. Os cogumelos são importantes agentes de prevenção a incêndios na floresta. Por serem excelentes decompositores de matéria orgânica, como madeiras, contribuem para a formação do solo. Diz Alejandra: “Sem esse processo, folhas, ramos, árvores mortas e arbustos demorariam a se decompor, levando ao esgotamento dos nutrientes do solo necessários para a flora e, consequentemente, o acúmulo desse material aumentaria o risco de fogo”. Outra função dos agáricos é contribuir para a sobrevivência de alguns tipos

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de vegetação por meio de associações simbióticas entre fungos e raízes, chamadas de micorrizas. Elas são fundamentais, pois as hifas se ligam às raízes e aumentam sua extensão proporcionando maior capacidade de absorção de nutrientes, como ferro e fósforo do solo, especialmente em regiões de pouca fertilidade do solo ou baixa precipitação. Esse mutualismo permitiu a conquista do ambiente terrestre pelas plantas e é tão essencial que algumas só sobrevivem na presença dos fungos. O Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil descreve um total de 3.068 espécies no Brasil, sendo 1.664 encontradas na Mata Atlântica, segunda maior floresta neotropical do mundo. Segundo a bióloga, “uma delas é o nativo Agaricus brasiliensis, conhecido como Cogumelo do Sol que não só é comestível, como também é utilizado como medicamento para aumentar a resposta imune em quimioterapia e portadores de HIV”.

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Foto Arquivo pessoal

meio ambiente

A bióloga Alejandra Fazio alerta para a importância dos fungos na natureza

Ainda na Mata Atlântica paulista, encontram-se fungos luminescentes como o Mycena luxeterna, localizados em troncos pelo professor Denis Dujardin. Estima-se que entre as 1,5 milhão de espécies existentes, apenas 71 sejam bioluminescentes. Uma curiosidade sobre esses fungos luminescentes são relatos de seu uso por soldados em incursões noturnas, durante batalhas. “A emissão de luz produzida pelos fungos é semelhante a dos vaga-lumes, mas ainda não se sabe qual sua função”, explica Marina Capelari, doutora em botânica, taxonomista e pesquisadora do núcleo de pesquisa em micologia do Instituto de Botânica de São Paulo (Ibot). Um dos principais objetos de estudos do Ibot são os fungos da ordem Agaricales, principal predominância da categoria no ecossistema atlântico. “Coletamos amos-

Foto Marcio Luiz Ingenito/sxc.hu

tras de cogumelos, as estudamos e identificamos em laboratório antes de catalogar no herbário”, diz. No núcleo de micologia do Instituto são estudadas também espécies tóxicas e venenosas como a Amanita muscaria, o famoso cogumelo vermelho de escamas brancas. “Trata-se de uma espécie mais tóxica do que venenosa, porém perigosa para crianças e idosos. Em adultos normais, seus efeitos são alucinógenos”. Há também os fungos microscópicos, com funcionalidades bem distintas. Às vezes, eles podem produzir males como vassoura-de-bruxa do cacau, doenças em plantações de inhame, café, ou ainda afetar positiva ou negativamente a saúde de animais e humanos. No entanto, podem ser úteis na indústria alimentícia na fabricação de cervejas, vinhos e pães.

Foto Leticia Mikami/sxc.hu

Eles assumem variadas e surpreendentes formas. Aqui, a gentil rusticidade do Pleurotus ostreatus e a delicadeza do Pleurotas djamour

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Da floresta para a mesa

Fotos Belisa Barga

Diferentes dos cogumelos nocivos, as variedades comestíveis são altamente valorizadas pelos seres humanos por seu sabor, textura e propriedades nutricionais e medicinais. Das 40 espécies consumíveis no mundo, nove são comercializadas no Brasil: champignon de Paris, o mais popular e consumido, shimeji, shitake, maitake, nameko e os cogumelos piedade, salmon, gigante e amarelo. Apesar de produzir quase um quarto das espécies comestíveis conhecidas no mundo, o consumo de cogumelos no país é menor que em outros locais, por falta do hábito alimentar e cultural. Os chineses, consumidores dos fungos há milênios, comem oito quilos ao ano enquanto os brasileiros, cujo consumo teve um gradual aumento a partir de 1996, ingerem o equivalente a 160 gramas/ano, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Há quase quatro décadas, a doutora em biologia Arailde Urben integra a equipe de pesquisas do Embrapa, onde desenvolve estudos sobre cogumelos em diversas áreas como biodiversidade na Mata Atlântica e Floresta Amazônica, sobre produção e cultivo, usos alimentares e terapêuticos, entre outros. Atualmente, são 405 tipos, entre espécies e linhagens de cogumelos, armazenados no banco de cogumelos para uso humano da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Uma das variedades existentes nas florestas nacionais é o macrofungo Tremella fuciformis, ainda não cultivado no Brasil, mas já presente na coleção de cogumelos da Embrapa. Segundo a pesquisadora, existem cientistas brasileiros que estudam essa espécie e seus benefícios para a saúde humana. Estudos nessa área são constantes, não apenas no Brasil como no mundo todo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.

Cultivo de cogumelos apreciados na culinária nacional: shimeji, champignon e shitake

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meio ambiente As propriedades medicinais favorecem o aumento das células de defesas do organismo e criam um sistema de proteção contra vírus, bactérias, fungos e parasitas. Esses componentes ativos combatem as toxinas do organismo e são usados como tratamentos complementares em casos de doenças respiratórias, artrites reumáticas e até mesmo tumores cancerígenos. É muito comum a comercialização de cogumelos capsulados com fins terapêuticos, como o caso da espécie piedade, vulgarmente conhecida como Cogumelo do Sol. “As propriedades medicinais dessa espécie, usada como tratamento complementar de patologias como artrites e enfisema, e do cogumelo rei, já foram divulgadas na literatura nacional e estrangeira, e têm sido comprovadas cientificamente por pesquisadores brasileiros e publicadas em periódicos especializados sobre o assunto” diz a pesquisadora. No entanto, ressalta que é preciso conhecer a origem comercial do produto e as condições de cultivo. “O produtor deve mandar frequentemente analisar o seu produto sob os aspectos nutricionais e medicinais em laboratórios químicos credenciados, para ter certeza de que o seu produto é de boa qualidade antes de vendê-los”. Os cogumelos são importantes fontes de proteínas, sais minerais, fibras e vitaminas como as do complexo B, essenciais para a utilização da glicose pelo cérebro que gera a energia disponível para as atividades mentais. Sua ausência pode causar perda de memória, apatia e demência. Já a vitamina C, também encontrada nos agáricos, possui ação ativadora das funções cerebrais. Sua ingestão regular melhora o desempenho em testes de inteligência, explica Arailde. São também alimentos de elevado teor proteico, rico em carboidratos e com baixo teor de gorduras, além de ofertar substâncias como tiamina, riboflavina, ácido ascórbico. “O cogumelo contém 21 aminoácidos essenciais para o corpo e apresenta um número de proteínas duas vezes maior do que o encontrado na carne bovina. Sem contar as fibras solúveis, es-

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Foto Belisa Barga

Brotamento do eryngui, raro no Brasil, mas muito popular na Ásia, em países como Japão, Coreia e China, por seu sabor e textura crocante

senciais para o bom funcionamento do sistema digestivo e na remoção de resíduos e toxinas intestinais”, explica a nutricionista Carina Araújo. Por sua riqueza alimentar, os cogumelos comestíveis não possuem contraindicações e auxiliam no processo de desintoxicação do álcool e cigarro, melhoram a atividade cerebral e a absorção de ferro e fósforo, fortalece o sistema imunológico e muscular, previne aterosclerose, infecções, inflamações e alergias, além de beneficiar pessoas com doenças crônicas, diabetes e em processos quimioterápicos. E para desfrutar ainda mais desses benefícios, a nutricionista dá a dica: “Prefira sempre os cogumelos frescos, pois além de mais saborosos, preservam mais os nutrientes.” Além dos proveitos alimentares e terapêuticos, o segmento de cosméticos já descobriu as vantagens dos fungos há milênios, pelo menos nos países asiáticos. Na China e Coreia do Sul, por exemplo, os cogumelos são vendidos como cosméticos em cremes para a pele, sabonetes, xampus e condicionadores, desenvolvidos por cientistas de diversas áreas da ciência.

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Negócio da China O potencial mercadológico de cogumelos no Brasil está em expansão gradativa. O cultivo e a demanda por cogumelos comestíveis têm crescido em média 16% ao ano. A técnica de cultivo chinesa (juncao), uma das responsáveis por esse crescimento, foi adaptada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e permitiu o aumento no número de produtores de cogumelos no Brasil. Para Arailde Urben, pesquisadora da empresa, a falta de hábito alimentar por parte dos brasileiros e o baixo incentivo dos órgãos financiadores para auxiliar os produtores fazem com que o cogumelo chegue à mesa do consumidor ainda caro. “Se houvesse apoio do governo, haveria um maior número de produtores de cogumelos, baixo custo do produto e, consequentemente, maior mercado consumidor. Há 18 anos, o consumo interno era de 30 gramas ao ano por pessoa; hoje é de 160 gramas. Um consumo pífio quando comparado a outras nações.” Bem pertinho do litoral paulista, a cidade de Mogi das Cruzes, limítrofe com Santos

Cuidado no consumo Não se deve, em hipótese alguma, consumir cogumelos silvestres, pois na natureza não existe uma característica fácil que permita diferenciar o comestível do venenoso. Não se deve usar truques caseiros para verificar os níveis de toxicidade, pois as informações não comprovadas podem resultar em graves problemas, desde intoxicações até óbito. Por isso, é importante atentar para algumas dicas: - Cozinhar cogumelos com objetos de prata e ver se a peça escurece, supostamente indica peçonha. Na verdade, a prata pode escurecer caso o fungo contenha substâncias derivadas de enxofre, logo, não comprova que seja tóxico. - Colocar cogumelos venenosos em sal e vinagre para eliminar a substância não funciona. - Não confie que os cogumelos mordidos por animais são comestíveis. Nem todos os organismos têm a mesma resistência a substâncias malignas.

Foto Claudia Bezerra

A pesquisadora da Embrapa Arailde Urben incentiva o cultivo e consumo de cogumelos

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meio ambiente Fotos Belisa Barga

Processo de embalagem do shitake e as sutis diferenças entre o champignon de primeira linha, mais claro, e o de segunda linha

A cidade de Mogi das Cruzes, limítrofe com Santos e Bertioga, é o principal centro produtor de cogumelos no Brasil, responsável por 80% do total nacional

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e Bertioga, é o principal centro produtor de cogumelos no Brasil, responsável por 80% do total nacional. São 150 cultivadores que disponibilizam cinco toneladas do produto ao ano no mercado. Entre eles, a empresa Cogumelos Urakami, uma das maiores empresas do segmento na cidade, com produção mensal de shimeji, o carro-chefe, champignon, shitake, nameko, portobello e eryngui, que beiram 65 toneladas por mês. Este último tipo, o eryngui, raro no Brasil, é muito popular na Ásia, em países como Japão, Coreia e China, por seu sabor e textura crocante. “Seu processo de fabricação é similar ao do shimeji, desde a compostagem até as temperaturas durante as fases de desenvolvimento”, explica Eduardo Urakami, empresário e produtor de fungos. As técnicas de cultivo utilizadas pelo produtor foram desenvolvidas a partir de literaturas japonesas. Atualmente, testam o plantio de uma variedade ainda incomum na América do Sul, a enoki, de sabor suave e levemente adocicado, porém ainda sem previsão de comercialização. Nada oriundo dos cogumelos é desperdiçado, nem mesmo os substratos, normalmente descartados ao término da colheita. “É um subproduto procurado por agricultores que utilizam essas sobras como adubo orgânico, pois não estraga o solo e o mantém úmido”. O resultado são verduras mais verdes, crocantes, macias e saborosas, se comparadas com as cultivadas em terras fertilizadas com produtos químicos, garante Eduardo. Desde 1996, a Embrapa capacitou mais de 1.500 produtores em seus cursos, orientando- os sobre como iniciar as plantações de cogumelos, como escolher as espécies desejadas para iniciar sua produção em pequena escala, para adquirir conhecimento e experiência antes de partir para escala comercial. Já foram orientados alunos de diversas regiões do Brasil, além de participantes de países da América do Sul e Europa.

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COMUNICADO SABESP A Sabesp vem a público esclarecer que o abastecimento de água no litoral paulista está completamente normalizado desde o último fim de semana. Com isso, a população residente de cerca de 1,7 milhão de pessoas e os mais de 2 milhões de turistas podem aproveitar com tranquilidade as férias no litoral, mas sempre com o alerta para que façam uso racional e consciente de água. Nesse fim de ano, a coincidência de três fatores levou a casos isolados de baixa pressão e falta d’água em alguns pontos da Baixada Santista, diferentemente do que vinha ocorrendo nos últimos cinco anos e, inclusive, no último feriado, quando não houve ocorrência de falta d’água no litoral. Os três fatores foram: elevação do consumo per capita por conta do calor excessivo, grande aporte de turistas por 15 dias e ausência de chuvas para abastecer os mananciais. Elevação do consumo per capita: atualmente a companhia distribui 11 mil litros de água por segundo na Baixada Santista, volume suficiente para abastecer 4 milhões de pessoas, considerando-se um consumo médio de 150 litros per capita por dia. A ONU considera recomendável o consumo de 110 litros per capita por dia. A Baixada Santista registrou 3,7 milhões de pessoas, entre moradores e turistas, nesse fim de ano. Ou seja, o sistema que abastece as nove cidades da região contava com água suficiente para ser distribuída a todos, se fosse mantido o consumo histórico. Por conta do calor excessivo (sensação térmica de 44º C), o consumo per capita passou de 350 litros por dia, mais de três vezes o volume recomendado pela ONU. Grande aporte de turistas por 15 dias: nesse Natal e Ano-Novo, foram registrados 15 dias seguidos de lotação no litoral, já que os feriados permitiram que os turistas emendassem as datas. Então, tivemos 2 milhões a mais de pessoas durante um período prolongado e com alto consumo diário, o que gerou estresse no sistema. Ausência de chuvas no período: diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, no fim do ano, não ocorreram chuvas na Baixada Santista que fossem capazes de recuperar os mananciais na mesma proporção da elevação do consumo. Além disso, a ausência de chuvas fez com que a temperatura média ficasse alta e com uma sensação térmica ainda mais elevada, o que impactou no aumento do consumo. A Sabesp informa os moradores e turistas de que todo o trabalho para o período de verão atual foi orientado e planejado no sentido de atender uma população até duas vezes superior à residente. Para isso, foram investidos mais de R$ 500 milhões na construção de duas novas Estações de Tratamento de Água (Mambu-Branco, para as cidades de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e, indiretamente, Santos e Cubatão; e Jurubatuba, para o Guarujá), ampliando a capacidade de produção, reservação e distribuição para toda a Baixada Santista. A Sabesp também disponibilizou e treinou equipes especialmente para este período e realizou as seguintes ações: - adotou regime de plantão de 24 horas para mais de 400 técnicos; - disponibilizou atendentes móveis com motocicletas, para tornar mais rápido o caminho até o local da ocorrência; - colocou à disposição 30 caminhões-pipa, 17 caminhões guindautos, equipamentos retro e minirretroescavadeiras, caminhões basculantes e geradores de energia. A Sabesp lamenta os transtornos recentes e reafirma que mantém a sua política de investimentos para garantir a segurança no abastecimento de água em todas as cidades em que opera no Estado de São Paulo. Água. Sabendo usar, não vai faltar.




turismo

Pelos meandros da

Alfândega de Santos São mais de 12 mil metros quadrados de pura história a ser explorados com o auxílio de guias integrantes do programa Vovô Sabe Tudo

Por Luciana Sotelo Na região central de Santos, os muitos prédios antigos chamam a atenção ou pela grandiosidade, ou pela importância histórica, ou ainda devido aos detalhes arquitetônicos. Há, também, os que se destacam por reunir todos estes atributos, caso da bela edificação que abriga a principal unidade aduaneira do Brasil, a Alfândega do porto de Santos. E para deleite de todos nós, ela agora está aberta à visitação monitorada. Ao entrar na Alfândega de Santos, o passado retorna. A primeira unidade surgiu em 1550 e, de lá para cá, várias foram as sedes até que, em 1928, a Companhia Docas recebeu a incumbência de construir o prédio atual, definitivo. “A estatal demoliu a edificação anterior, que ficava no antigo Colégio dos Jesuítas”, explica a professora

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de história Sandra Ramos. Outro apelo que torna o roteiro irresistível são os detalhes da construção. A arquitetura segue os padrões do ecletismo, com linguagem clássica austera e influência art-déco. Construída nos tempos áureos do café, um terço do interior da edificação recebeu mármores importados da Itália, Espanha e Portugal. Os vitrais retratam momentos da história e foram feitos pela Casa Conrado, ateliê pioneiro na fabricação de vitral no Brasil, fundado em 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht. São mais de 12 mil metros quadrados a ser explorados com o auxílio de guias da prefeitura local, integrantes do programa Vovô Sabe Tudo. Os experientes vovôs Ronaldo e Jether estão entre os anfitriões da casa. São eles que dão as boas-vindas aos

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Foto Luciana Sotelo

Atual prédio da Alfândega, construído em 1928 Beach&Co nº 139 - Janeiro/2014

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turismo Fotos Luciana Sotelo

convidados e iniciam a programação com um panorama geral das atividades da Alfândega de Santos, responsável pelo controle fiscal de pelo menos 25% de todas as mercadorias em circulação no país, como bem informa Ronaldo Dias. Você sabia que o prédio da Alfândega possui 90 janelas protegidas por 66 grades de ferro? Isso só no primeiro andar... Há muito mais à espera dos visitantes. Matheus dos Santos, 11 anos, ficou encantado, particularmente, com os vitrais. Para o estudante, a arte expressa no vidro mostra de uma forma diferente e divertida momentos e símbolos importantes da economia local e nacional. “É bom saber que nem só através dos livros é possível aprender”, disse o menino. No segundo dos quatro pavimentos do prédio, a programação tem como foco a Sala Brás Cubas, onde funciona o Museu da Alfândega. Quarto do gê-nero no mundo, o lugar tem banners educativos que ilustram a história da instituição e, consequentemente, dos principais ciclos

Estudantes aguardam para conhecer a história ao vivo. Abaixo, a professora de história Sandra Ramos dá detalhes aos estudantes

Para se programar As visitas são realizadas aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h, a cada meia hora. Durante as quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 14h, apenas para estudantes, grupos da terceira idade, entre outros, devendo ser previamente agendadas com a Setur (Secretaria de Turismo) pelo telefone (13) 3201 8000, no ramal 8054. O agendamento deve ser solicitado com antecedência mínima de sete dias úteis.

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Fotos Luciana Sotelo

Detalhes da escada e dos vitrais da bela construção. Abaixo, Jether e Ronaldo, integrantes do programa Vovô Sabe Tudo

econômicos do país. “Por intermédio dos painéis, voltamos no tempo e resgatamos o ciclo da cana-de-açúcar de Pernambuco, o ciclo da borracha na Amazônia e assim por diante”, exlica o vovô Jether Lúcio Ribeiro. A professora Sandra não perdeu tempo ao levar seus alunos até onde a história está. “Os alunos têm que sair da sala de aula e conhecer a própria cidade. A abertura de prédios públicos faz com que a criança reconheça sua essência e queira preservar o bem”, afirmou. Bem ao lado da Sala Brás Cubas fica a última atração, o Museu dos Produtos Contrafeitos, com dezenas de artigos falsificados que prejudicam a saúde do

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Fotos Luciana Sotelo

turismo

Dentre os destaques da construção, o piso em mármore europeu. O passeio inclui visita ao Museu da Alfândega e ao Museu dos Produtos Contrafeitos

consumidor que, muitas vezes, não sabe os grandes riscos que corre. Mas, ao examinarem as mercadorias apreendidas ficam mais conscientes. Breno, de 11 anos, tirou uma grande lição e aprendeu que, por mais que seja barato e, inicialmente, vantajoso, não se deve comprar nada de procedência duvidosa. Ele diz: “Um óculos de sol pode prejudicar e muito a visão.

A lente escura faz com que a pupila fique dilatada, propiciando a entrada de luz solar, que chega mais forte do que o habitual, por falta de proteção”. Idealizado pela própria Alfândega, a visita tem duração média de 30 minutos. A viagem no tempo é rápida, mas os ensinamentos que propicia, podem se estender por toda vida.



ser sustentável

O pântano

da vida

Por Marcus Neves Fernandes Há 20 anos, dois biólogos santistas, Fábio Olmos e Robson Silva e Silva, fizeram uma polêmica constatação. Eles descobriram que, em uma das regiões mais poluídas do mundo, a vida selvagem não só se fazia presente, como era extraordinariamente diversa. E o mais paradoxal: isso se devia justamente às intervenções provocadas pelo homem na natureza grandes dragagens, abertura de canais, e instalação de portos nos manguezais de Cubatão, ou seja, tudo, absolutamente tudo, o que o bom senso manda não fazer. Olmos e Silva começaram seus estudos por volta de 1990. Cerca de três anos depois, tomei conhecimento da pesquisa. Na época, eu trabalhava como correspondente da Folha de S. Paulo na Baixada Santista. O relato deles era impressionante. Em 50 quilômetros quadrados de mangues em Cubatão, eles haviam catalogado 146 espécies de aves - 30% a mais do que no Pantanal mato-grossense, uma região 2.800 vezes maior. Hoje, o número já passa de 250. Como isso era possível? Como, naquele ambiente hostil, cercado por toda sorte de poluentes, havia, entre outros, uma colônia de guarás, aves consideradas extintas no estado de São Paulo desde 1950? Essa história se transformou em uma reportagem, que acabou publicada em um

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domingo, ocupando duas páginas (algo raro na temática ambiental), além de uma imensa chamada na primeira página, com uma foto dos guarás ocupando toda a parte superior do jornal - algo ainda mais raro. No texto, lembro-me de uma frase de Olmos: “Se Cubatão ficou conhecido como o Vale da Morte, seus manguezais são o pântano da vida”. A repercussão foi imediata. De um lado, os incrédulos duvidavam, não só dos números, mas também da forma como as aves haviam sido atraídas para lugar tão inóspito (veja quadro). De outro, aqueles que viram naquele episódio uma imensa oportunidade. Os guarás, em pouco tempo, viraram slogan, tema de campanhas, aves símbolo da chamada recuperação ambiental de Cubatão. Afinal, se durante anos a pecha de ‘Vale da Morte’ perseguiu o polo industrial cubatense, fruto de toda sorte de constatações aterradoras e pesquisas alarmantes, aquelas aves eram como a redenção, principalmente, o belo e raro guará-vermelho. Tudo o que marqueteiros e publicitários não haviam conseguido ‘limpar’, as descobertas de Olmos e Robson sobre a explosão de vida nos mangues o fariam. E assim foi (ou pelo menos assim se tentou). Hoje, sabemos que não é bem dessa for-

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Fotos Robson Silva e Silva

Lado a lado com as indústrias, as colônias de guarás-vermelhos enfeitam a paisagem cubatense

Banquete para as aves

ma. As indústrias ainda têm um enorme legado a ser reparado - idem o poder público. Tanto, que as últimas medições oficiais, apenas no tocante à poluição atmosférica, comprovam o quão insustentável ainda é respirar na zona industrial - só para citar um dos problemas. Por vezes, acredito que o que falta é coragem, seguida de uma visão mais moderna sobre como atuar em parceria com cientistas e natureza. Os benefícios seriam enormes para todos, inclusive e, notadamente, do ponto de vista da imagem das empresas - que julgo ser tão importante quanto o lucro. Percebe-se um nítido receio com o diálogo, obviamente alicerçado nas dificuldades que ainda precisam ser enfrentadas. Há desconfiança mútua de cada lado; há grandes interesses em jogo. Tudo conspira para o isolamento e, isso, todos sabem, é um tiro no pé. É possível fazer melhor, fazer diferente. Mas é preciso querer. E isso, infelizmente, não parece ser o caso. Basta ver algumas situações que ainda

se repetem aqui na região. Um recente e escabroso exemplo vem de Guarujá. Lá, diante de ações totalmente baseadas na lei, a Secretaria de Meio Ambiente local embargou obras. Isso gerou uma reação imediata, culminando (pasmem!), com dois projetos na Câmara, um deles tentando retirar da mesma secretaria o poder de fiscalização, algo inconstitucional. Na Baixada Santista, assim como em várias outras partes do país, ainda se age dessa forma truculenta. O interesse particular, o imediatismo, tenta falar mais alto, nem que para isso seja necessário ‘entortar’ a lei. Mas não se enganem: estamos mais atentos, mais participantes, menos alheios ao que nos cerca. Muitos já perceberam que a natureza conservada é, sim, sinônimo de qualidade de vida. Nossos mangues ainda são um enorme abrigo para centenas de espécies. O que não podemos é baixar a guarda diante daqueles que querem permanecer vivendo em um cemitério de falsas e inconfessáveis boas intenções.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Fábio Olmos e Robson Silva e Silva descobriram que a grande quantidade de aves nos mangues em Cubatão tinha relação com a fartura de crustáceos, alimento pre-ferencial da maioria das espécies catalogadas. Daí, ato contínuo, pesquisaram o que ocasionou essa abundância. Eles concluíram que isso se devia às obras de abertura de canais e dragagens no mangue, que geraram imensos bancos de lodo, como trincheiras serpenteando o manguezal. Ali, os crustáceos se multiplicaram, e isso se transformou em um irresistível banquete para as aves. Quanto aos guarás, até hoje não se sabe com certeza de onde vieram, já que desde a década de 1950 não havia mais registros deles no estado, e as únicas colônias da espécie estão hoje no Maranhão e Piauí. Uma das hipóteses é que tenham fugido de algum criadouro, como o Orquidário, em Santos. Seja como for, eles estão lá, lado a lado com as indústrias, como uma pedra no sapato, um incômodo lembrete de que a vida é algo, ainda, acima de qualquer outro valor mundano. 31




Na rota da

Copa do Mundo Referência em hospitalidade, Itu receberá as seleções do Japão e da Rússia

Prefeito Antonio Tuíze (ao centro) e demais autoridades oficializam anúncio das seleções em Itu

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O estado de São Paulo receberá 15 seleções durante a Copa do Mundo Fifa 2014. Diante deste cenário, somente três cidades paulistas receberão duas seleções ao mesmo tempo. Itu, com seus 163 mil habitantes, destacase graças às presenças das delegações do Japão e da Rússia. Os outros dois municípios, de dimensões metropolitanas, são Santos e Campinas, que irão hospedar, respectivamente, as seleções de Costa Rica e México, e de Portugal e Nigéria. A estância turística, que prima pelas fazendas históricas, pelas belezas naturais e nichos que preservam as raízes caipiras, também é conhecida por sua economia pujante, geração de empregos e expansão de indústrias, notadamente às voltadas ao desenvolvimento tecnológico. Itu se destaca, ainda, pela infraestrutura, localização privilegiada e, principalmente, em hospitalidade. A cidade, que brilhou nacionalmente nos ciclos da cana-deaçúcar, do algodão e do café, sobressai hoje

como um polo turístico, oferecendo uma rede hoteleira completa, comércio forte e serviços diversos. Localizada a 102 km de São Paulo, a cerca de 40 km do aeroporto internacional de Viracopos, e a aproximadamente 100 km dos aeroportos de Congonhas e Cumbica, Itu está ligada às maiores cidades do estado por meio de três rodovias: Castello Branco, Bandeirantes e do Açúcar.

Experiência esportiva Conhecida nacionalmente por “terra dos exageros”, Itu conta com centros esportivos e de lazer, ginásios poliesportivos e campos de futebol oficiais. A experiência com eventos nesta área foi bem-sucedida nos anos de 2008 e 2010, quando sediou os Jogos Regionais do Interior: acolheu 62 cidades participantes, num total de mais de 10 mil atletas. O Estádio Municipal Dr. Novelli Jr., que abriga os jogos do Ituano Futebol Clube, passa por ampliação e, em conjunto com o Hotel San Raphael, será o lar dos russos. Os japoneses, por sua vez, optaram pelo Spa Sport Resort, no qual, certamente, deverão se sentir em casa, uma vez que os proprietários do local descendem da terra do Sol Nascente, e investiram muito para oferecer o melhor aos seus hóspedes. O prefeito de Itu Antonio Tuíze afirma que a vinda das delegações de dois países para a cidade será importante para o desenvolvimento do turismo e para a divulgação do nome do município para o mundo todo. Segundo Tuíze, o fato de Japão e Rússia preferirem Itu, dentre

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as demais cidades indicadas pela Fifa, prova a capacidade do município em sediar grandes eventos e receber adequadamente os visitantes. De acordo com Tuíze, a infraestrutura oferecida por Itu foi decisiva: “A proximidade com São Paulo, a pequena distância em relação ao aeroporto de Viracopos, os equipamentos para treino e prática de futebol, como centros de treinamentos e o estádio municipal, foram diferenciais favoráveis a Itu perante os outros municípios catalogados pela Fifa”. O prefeito conta que, desde a administração do ex-prefeito Herculano Passos, Itu se prepara para a Copa de 2014, credenciando-se com dois centros de treinamento para receber seleções durante o mundial. A cidade foi visitada por 14 países, e todos mostraram interesse em ficar no município durante a Copa. “Além do Japão e da Rússia, recebemos Estados Unidos, Alemanha, Irã, Turquia, Grécia, Portugal, França, Coreia do Sul, Bélgica, Suécia, Espanha e Suíça. A escolha final deu-se somente após os sorteios dos grupos, ocasião em que as equipes puderam avaliar a distância entre os locais dos jogos e os dos treinos“, completou Tuíze. O anúncio oficial da estadia de duas seleções estrangeiras em Itu foi feito por representantes da prefeitura de Itu e do Comitê Paulista da Copa do Mundo Fifa 2014 em coletiva de imprensa, realizada no gabinete do prefeito. Na mesma ocasião, houve a confirmação de que a delegação de Honduras ficará na cidade vizinha, Porto Feliz. Participaram do evento membros do Comitê, como a coordenadora executiva Raquel Verdenacci, os prefeitos Antonio Tuíze (Itu) e Levi Rodrigues Vieira (Porto Feliz), e representantes dos centros de treinamentos, fornecendo aos jornalistas os esclarecimentos necessários sobre o assunto. O atleta pentacampeão pela seleção brasileira Juninho Paulista (gestor do Ituano Futebol Clube), o vice-prefeito ituano Neto Beluci, a deputada estadual Rita Passos e o ex-prefeito de Itu Herculano Passos também participaram.

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Fotos Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Itu

San Raphael Hotel; ao centro, Spa Sport Resort e, abaixo, Estádio Municipal Novelli

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saúde Foto Márcia Rocha

Lambidas e latidos na dose certa

Cães da raça schnauzer oferecem amor e energia a crianças hospitalizadas no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. Uma terapia capaz de espalhar alegria, espantar o medo e revigorar até os pacientes mais desanimados 36

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Por Luciana Sotelo TAA, em São Paulo, sob a coordenação de Vinícius Ribeiro, fisioterapeuta, técnico em terapia assistida por cães e presidente da Reata - Rede Nacional de Atividade, Terapia e Educação Assistida por Animais, uma ONG que visa, entre outras coisas, a padronização de condutas, técnicas, aferições e ações voltadas à pet terapia. “Fui aprender com quem entende do assunto”, diz Victória. Na sequência, detalhes como nome e estrutura do projeto, uniforme dos cães, logotipo e público-alvo foram se definindo na cabeça da jornalista.

Foto Luciana Sotelo

Freud e Jung são pai e filho. Toda semana, eles têm uma missão inadiável: passar em visita aos pacientes do setor de pediatria do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. Assim que chegam à unidade, colocam o uniforme, percorrem os corredores da ala e quando encontram a criançada, é uma euforia só. Em resposta, recebem sorrisos sinceros, prova de que carinho é sinônimo de um bem-estar que nenhum remédio pode proporcionar. Esses doutores nunca estudaram medicina. São cãezinhos da raça schnauzer, uma dupla que se vale de latidos e lambidas para levar inúmeros benefícios ao seu público fiel. A iniciativa baseia-se na troca de amor e energia, resultados da pet terapia, método adotado há muitos anos como auxiliar na recuperação de doentes, em especial, crianças e idosos. “É a terapia assistida por animais (TAA). O animal é o coterapeuta e auxilia o doente na cura”, explica a jornalista e produtora Victória Girardelli, fundadora do projeto Au Au, desenvolvido no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. O projeto surgiu há nove anos, quando Victória se apaixonou por Freud. “Eu estava fazendo um tratamento de saúde, em São Paulo, e vi um lindo cãozinho à venda numa petshop. Foi amor à primeira vista. Eu senti um bem-estar tão grande que decidi multiplicar isso”. Para compartilhar o amor incondicional de seu mais novo amigo, Victória realizou pesquisas sobre o tema e fez um curso de

Freud é tranquilo, dócil e treinado para receber todo tipo de carinho e afagos. Na página ao lado, Victória e seus dois cães: Freud e Jung

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saúde ganismo. Os benefícios são comprovados cientificamente e o método tem prescrição médica garantida. De acordo com o médico Fernando Pereira de Sá, diretor da pediatria do HGA, a pet terapia é fundamental, faz com que os pacientes percebam que a vida continua, apesar de se estar num hospital, o animal faz a ponte com o mundo exterior. Ele confirma: “Clinicamente, a criança fica mais tranquila, aceita melhor o tratamento, reage melhor e, consequentemente, o tempo de internação se reduz com essa melhora do humor e estado geral. Isso tudo facilita a alta e diminui os riscos de infecção hospitalar.” Os olhos do pequeno Enzo, de três anos,

Fotos Luciana Sotelo

Com o projeto Au Au estabelecido, a cena passou a se repetir semanalmente, de leito em leito. Ao entrar na ala da pediatria, devidamente vestidos com uniformes médicos personalizados, os cães espalham uma alegria contagiante. Quem está deitadinho, levanta; quem está triste, fica feliz. Os desanimados, revigoram-se. É imediato. “A proposta é esquecer que se está num ambiente hospitalar. Antes de mais nada, pedimos licença e oferecemos a brincadeira”, fala Victória. Ao aceitar o convite, pode beijar, apertar, fazer carinho, levar para passear no corredor, contar segredos ao pé do ouvido ou, simplesmente, admirar. Depois, é só esperar a reação do or-

O precursor da pet terapia foi o psicólogo americano Boris Levinson que, em meados dos anos 1950, por acaso, descobriu a influência desse contato animal/paciente por meio de um menino autista. O doutor vinha tentando estabelecer contato com o novo paciente, sem sucesso. Um dia, o garoto chegou mais cedo ao consultório e encontrou o cão labrador de Levinson na sala de espera. A interação foi imediata. O psicólogo deparou-se com o garoto abraçado ao cão Jingles e, a partir de então, passou a utilizá-lo nas consultas para propiciar às crianças a chance de expressarem suas emoções.

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brilharam ao primeiro contato com Jung. Minutos antes, o menino estava cabisbaixo, no preparo para uma cirurgia. “Lindo. Que legal”. A mãe do garotinho, Márcia Caroline de Amorim, ficou surpresa com o projeto e ao mesmo tempo satisfeita. “Tenho certeza que o meu filho adorou, ele é fã de cachorro. Acho que, por algum tempo, ele conseguiu curtir e esquecer a pressão.” Ruth, de 10 anos, já é amiga da dupla. “Eu fico esperando passar logo a semana para receber essa visitinha especial. Eu adoro esses bichinhos e tenho até minha preferência pelo Freud. Ele é fofo, gosto de fazer carinho. Eles correm, brincam e nos ajudam a ficar bem”. A garota está internada

há mais de um mês por problema no rim. Dependendo do quadro clínico, a criança pode ainda optar por um passeio com o cão pelos corredores ou ainda ter companhia na brinquedoteca. Victória acredita que, “enquanto caminha, o paciente se distrai e o intestino funciona. Não importa o local, ao ficar feliz, o paciente libera endorfina, hormônio responsável pela sensação de prazer e euforia. Isso também ocorre com a ocitocina, hormônio do amor.” O melhor amigo do homem é o mais solicitado para ações sociais como essa. Entretanto, já foram feitas experiências com gatos, coelhos, cavalos, tartaruga e outros animais. O mais importante é que

A pet terapia é um método adotado há muitos anos como auxiliar na recuperação de doentes, em especial, crianças e idosos

Os olhos do pequeno Enzo brilharam ao primeiro contato com Jung. Na página ao lado, Ruth e Freud. Ela espera ansiosa pela visita semanal

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Fotos Luciana Sotelo

saúde

Preparativos para a visita Se quarta-feira é dia de fazer visita, terça é dia de banho. A agitação é grande na casa de Victoria, onde residem Freud e Jung. Assim que os companheiros acordam, começa um ritual de limpeza. Esfrega daqui, enxágua dali, até que toda sujeirinha saia do corpo dos “doutores”. “Primeiro, eles tomam banho com sabonete de enxofre. Recebem xampu e condicionador. Depois, seco cada um. Demora mais ou menos uma hora e meia. Quando já estão bem limpinhos e cheirosos, não saem mais de casa, até o dia seguinte”. Quando chega o momento esperado, na porta do HGA, passam novamente por uma higienização das patas. “Todo esse cuidado tem um motivo especial: não oferecer riscos à saúde das crianças. Além da higiene, de três em três meses, eles tomam vermífugos e passam, frequentemente, por exame veterinário”.

Jung e Victória levam alegria à brinquedoteca

“Clinicamente, a criança fica mais tranquila, aceita melhor o tratamento”. Dr. Fernando Pereira de Sá

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ele seja tranquilo, dócil e treinado para receber todo tipo de carinho e afagos, nem sempre tão suaves. “É um prazer tão grande vê-los fazer o trabalho; eu sempre me emociono, coleciono muitos momentos marcantes. A maior prova de que o projeto está no caminho certo me foi dado por um menino que estava internado havia quatro meses. Eu sempre insistia para ele interagir conosco e, nada. Um belo dia, o vi abraçado com eles. Foi de uma hora para outra. Ele perdeu o medo e se atirou com tudo na aventura proposta. É lindo quando isso acontece”, diz Victória que, ao final do expediente canino, leva os dois “filhos” para casa. Pelos braços da dona, recebem de volta parte do carinho depositado no coração de cada uma das crianças brindadas por este amor incondicional.

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Interior classe A

Empreendimentos desenvolvidos com o propósito de aliar qualidade de vida, opções de lazer cheias de estilo e muito conforto em meio à natureza e paisagens exuberantes, sem abrir mão da segurança. Estas são algumas das características que fazem do interior paulista o local ideal para investir em casas de veraneio Imagine casas suntuosas dentro de um loteamento de alto padrão que dispõe de estrada privativa, vias pavimentadas com portaria e vigilância 24 horas, espaço gourmet, hípica, campos de golfe, tênis e futebol society, trilhas e vistas para lagos e grandes áreas verdes. Para completar, este local conta com fácil acesso às principais rodovias do estado que levam à capital paulista em poucos minutos. Nada de trânsito e poluição, enquanto o silêncio intenso permite ouvir o canto dos pássaros. Mais que imaginação, esta é a realidade dos empreendimentos imobiliários desenvolvidos em cidades do interior de São Paulo, incluindo Itupeva e Itu, pelo Grupo Senpar Terras. Tais benefícios são os principais atrativos para quem busca um ambiente seguro e bem localizado para construir uma casa de veraneio. É também uma opção para quem prefere o verde ao mar ou para quem ama o litoral, mas pensa no interior como uma segunda opção de investimento para aproveitar o tempo livre com as pessoas que mais gosta.

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Espaço não falta. Alguns loteamentos contam com mais de 2 mil m² para construção. O valor da compra do terreno somado aos custos para levantar o imóvel é ainda menor que o valor pago em apartamentos de luxo dos bairros nobres das zonas oeste e sul de São Paulo.

Pioneirismo Fundado pelos empresários Jacob Federmann e Rosaldo Malucelli há 50 anos, o Grupo Senpar Terras, hoje referência em engenharia, terraplenagem, pavimentação e urbanização, teve origem na Senpar, uma das mais tradicionais construtoras de engenharia pesada do Brasil. A empresa participou em licitações de importantes vias nacionais como as rodovias Castello Branco, Bandeirantes, Rio-Santos, Anhanguera, Washington Luiz, além de dezenas de estradas vicinais, totalizando mais de 200 obras realizadas. Na década de 70, houve uma mudança de foco. Federmann e Malucelli viajaram aos Estados Unidos e retornaram ao Brasil com um novo

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conceito em moradia. Foi nesta época que o grupo desenvolveu e lançou o primeiro loteamento fechado de alto padrão do Brasil: o Terras de São José, localizado em Itu. O conceito de manter uma segunda moradia ou viver próximo à capital com muito mais conforto foi bem aceito pelo público, fator que possibilitou uma nova tendência no mercado imobiliário. Criava-se, então, uma nova visão de moradia no Brasil, e que antecipava questões relevantes na sociedade como meio ambiente, segurança, incentivo à prática de esportes e estilo de vida. O sucesso do Terras de São José possibilitou o lançamento de outros loteamentos de alto padrão. Terras de São José II e Villas do Golfe, ambos em Itu, são alguns dos destaques. Os diferenciais ficaram por conta da preocupação com sustentabilidade e a disposição de tecnologias do novo século, como energização subterrânea, tratamento duplo de água e fibra óptica para rede de dados. O respeito ao meio ambiente rendeu à empresa o reconhecimento da ONU (Organização das Nações Unidas) com a principal modalidade, Gold, de seu programa “Parceiros da Paz e da Sustentabilidade.” Outro empreendimento que merece atenção é o Fazenda SerrAzul Santa Maria, em Itupeva, cidade localizada entre Campinas e São Paulo, distante apenas 70 km de São Paulo. O local tem ao seu lado o Centro Hípico de Excelência SerrAzul (Chesa), com pista coberta, infraestrutura completa para cavalgada e hipismo clássico, e faz parte do Polo SerrAzul, complexo que engloba o shopping SerrAzul Plaza - único shopping aéreo da América Latina e vencedor do Prêmio Master Imobiliário pela Fiabci Internacional em 2009 -, os parques Hopi Hari e Wet’n Wild, o Hotel Quality Resort e o Outlet Premium, este último um open mall com área superior a 100 mil m², e que oferece mais de 90 lojas de fábrica ou de representantes exclusivos de marcas estrangeiras e das melhores grifes nacionais e internacionais com preços acessíveis.

Investimento em hotelaria O Grupo Senpar Terras, em parceria com a SolBrasil Empreendimentos, anunciou recentemente o lançamento do Novotel Itu - Terras de São José Convention Center. Projetado para ser uma referência do setor, o hotel, que terá bandeira rede Accor, tem previsão para inaugurar em 2017 e atenderá especialmente o mercado corporativo, oferecendo grande estrutura para convenções, shows, exposições e eventos diversos. Será também uma excelente opção para investidores. Os apartamentos são comercializados individualmente e o lucro obtido com as hospedagens e demais serviços será dividido entre os investidores. “É uma opção mais rentável do que comprar e alugar um imóvel para terceiros. O investidor estará trocando inquilinos por hóspedes. Além disso, o mercado está aquecido e existe grande demanda de hóspedes, não atendida em São Paulo, dois fatores que contribuem para o sucesso do negócio,” comenta Malucelli. Aos investidores interessados, os quartos já estão disponíveis para compra. O Novotel Itu - Terras de São José Convention Center será construído em um terreno de 36 mil m², ao lado do loteamento de alto

padrão Terras de São José, local de fácil acesso às rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Bandeirantes e Anhanguera. Ao todo, são 343 apartamentos, sendo 12 suítes com terraço, 12 apartamentos triplos e 319 apartamentos duplos. Esta é a segunda incursão do Grupo Senpar Terras no ramo hoteleiro. A primeira deu-se com o lançamento do Quality Resort & Convention Center em Itupeva. Este oferece estrutura completa para receber turistas e convidados de eventos sociais e corporativos, além de ser uma excelente alternativa para convenções empresariais. O hotel, com 220 apartamentos, conta com piscina, quadras de tênis, campo de futebol e paintball, salão de jogos e uma ampla área verde, apropriada para atividades outdoor e eco training.

Terras de São José Localização: acesso pelo km 78 da rodovia Castello Branco (SP-280); seguir 3 km na direção de Itu (saída 16A da rodovia Dom Gabriel Bueno Couto (SP-300), seguir por 9 km. Perímetro urbano de Itu. Área total: mais de 4 milhões e 500 mil m² Média de tamanho dos lotes: 2.500 m²

Portaria do loteamento Terras de São José II. Na página ao lado, a Fazenda SerrAzul

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Academia de golfe Jack Nicklaus e vista aérea e heliponto no Terras de São José

Características: conta com 20 quadras de tênis, duas quadras de squash, duas quadras de vôlei de areia, quadra poliesportiva, três campos de futebol, três sedes esportivas, capela, pista de cooper, playground, heliponto, trilhas e lagos. Reconhecimento: levou o Prêmio Master Imobiliário pela Fiabci Internacional em 2005. Plus: hípica, Terras de São José Golfe Clube, campo com 18 buracos e eleito pela revista Golf Digest como um dos 10 melhores do Brasil, e salão panorâmico com vista para o campo de golfe, este ideal para eventos.

Terras de São José II Localização: acesso pelo km 78 da rodovia Castello Branco (SP-280); seguir 3 km na direção de Itu, acesso pela saída 16ª da rodovia Dom Gabriel Bueno Couto (SP-300), seguir por 5 km. Área total: mais de 4,7 milhões de m² Média de tamanho dos lotes: 2.300 m² Características: conta com 20 quadras de tênis, centro hípico, dois campos de futebol,

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playground, trilhas, lagos, energização subterrânea e sistema de comunicação de dados via fibra óptica. Plus: ao lado, encontra-se a única unidade da América Latina da Jack Nicklaus Academy of Golf e espaço gourmet com quatro ambientes interligados.

Fazenda SerrAzul Santa Maria Localização: retorno pelo km 72 da avenida dos Bandeirantes (SP-348), na saída do Wet’n Wild e do Hopi Hari Área total: quase 800 mil m² Média de tamanho dos lotes: 1.200 m² Características: conta com quatro quadras de tênis, campo de futebol society, quadra poliesportiva, pista de cooper, 16 praças, lagos, capela, energização subterrânea, sistema viário inteligente sem cruzamentos e alamedas independentes para pedestres sem interferência com o sistema viário de automóveis. Plus: vizinho do Polo SerrAzul e do Centro Hípico de Excelência SerrAzul (CHESA), local que dispõe de uma das maiores pistas cobertas

do Brasil, além de Sede Social e Casarão Colonial, ambos ideais para realização de eventos.

Villas do Golfe Localização: Ao lado do Terras de São José Golfe Clube. Área total: mais de 480 mil m² Média de tamanho dos lotes: 500 m² Características: três quadras de tênis, piscina, campo de futebol e sede de esportes, pista de cooper, quadra poliesportiva e playground. Plus: vista e acesso privilegiados ao campo de golfe do Terras de São José.

Jack Nicklaus Academy of Golf O que é: centro de aprendizagem e aperfeiçoamento, que conta método exclusivo e tecnologia de última geração para garantir a melhora no desempenho dos praticantes do golfe. Única na América Latina. Localização: ao lado do Terras de São José II Coordenação: TedBritschgi, eleito pela Golf Magazine como um dos 250 maiores instrutores de golfe dos Estados Unidos.

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Foto Marcelo Magnani

arquitetura e decoração

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Refrescoalma para a

De sua casa, em São Paulo, ao apartamento, no Guarujá, não são mais do que noventa quilômetros, porém, suficientes para que a advogada Inês Camparato troque o estresse da semana pela tranquilidade e o bem-estar

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Por Maria Helena Pugliesi

Algo que tornasse o apartamento charmoso, e não fosse complicado de manter e limpar”. Sem quebra-quebra, a profissional aqueceu e deu personalidade às paredes com painéis de tecido e de madeira, projetou uma iluminação automatizada que possibilita criar diferentes climas aos ambientes, e priorizou móveis de materiais naturais e estofados com capas. Em três meses, o refúgio de veraneio estava pronto, do jeito que os proprietários queriam. “A Deborah foi muito competente, eliminou os pontos fracos do apartamento e soube interpretar direitinho nossos desejos”, fala a cliente. Entre as deficiências do imóvel que incomodavam o casal estava o living comprido, um tanto quanto sem graça. Para driblar o problema, a arquiteta segmentou o espaço trabalhando as paredes de forma distinta. “Com a instalação de painéis de madeira, consegui delimitar a sala de estar. Um deles faz pano de fundo para a TV. O outro, bem em frente à porta de entrada, dá boas-vindas calorosas para quem chega. Já para setorizar a área do jantar, ins-

Foto Marcelo Magnani

Faça sol ou faça chuva, desde janeiro de 2012, a paulista Inês Camparato e o marido Marcelo descem a Serra do Mar todos os finais de semana para espairecer no seu apartamento do Guarujá. “Escolhemos esta praia do litoral paulista pela proximidade com São Paulo. Rapidinho chegamos lá, e mais depressa ainda deixamos para trás a correria do nosso dia a dia”, explica ela. O que determinou a escolha do imóvel de 170 m² foi a vista. Construído numa das pontas da orla, o prédio tem, em todos os andares, varandas e janelas voltadas para o mar. Inês acha “lindo acompanhar a curva suave que o oceano faz, contornando a faixa de areia. À noite, os edifícios se iluminam e um atraente colar brilhante domina a paisagem. Só de olhar, minha cabeça já relaxa.” Por isso, para usufruírem o mais rápido possível do seu “mais bem pago investimento”, nas palavras do casal, marido e mulher não quiseram saber de reforma. A arquiteta Deborah Roig diz: “Eles me procuraram e pediram um projeto rápido de decoração.

Integrada à sala de estar, a varanda gourmet (página ao lado) faz com que a vista da orla do Guarujá participe da decoração

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Fotos Marcelo Magnani

arquitetura e decoração

Piso cerâmico ganhou temperatura aconchegante por meio de painéis de madeira em todos os ambientes, inclusive na cozinha

talei uns requadros vazados de marcenaria pintada de branco, e revesti a parte interna de palha de seda azul. Ficou chique, mas na medida certa para uma casa de praia”, completa Deborah. Por sinal, está aí outra característica que agrada muito os proprietários. “A decoração passou longe dos clichês praianos. Guarujá fica no litoral, mas é uma cidade urbanizada. Do jeito que a Deborah trabalhou, com móveis de design em materiais rústicos, os ambientes ficaram elegantes e práticos”, comemora a advogada. Mestres-cucas de fim de semana, Inês e o marido ganharam cozinha e varanda gourmet bem equipadas para dar conta do recado de seus pratos elaborados. Segundo a arquiteta,

“Os dois espaços são simples, porém têm tudo o que eles precisam: equipamentos de última geração, armários espaçosos, com divisórias sob medida para o grande arsenal de apetrechos culinários, e uma distribuição que permite que ambos cozinhem ao mesmo tempo sem que um atrapalhe o outro.” Tudo muito prático, tanto, que conta com os aplausos de Inês: “Sim, nosso apartamento é uma receita de conforto. Onde quer que estejamos, só nós dois, ou acompanhados dos filhos e amigos, tudo funciona perfeitamente, sem improvisos. É difícil querer ir para a rua quando se está tão bem instalado. E olha que não faltam, no Guarujá, boas atrações, até mesmo quando chove.”

Móveis: Artefacto e Dpto; Luminárias: Bertolucci

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Apartamento com vista p/ serra 144 metros de área útil, 3 dormitórios, 3 suítes living p/ 2 ambientes, 2 vagas, varanda com churrasqueira. Valor R$ 1.690.000,00

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Av. Itapuã, 1190 - Morada da Praia Boracéia, Bertioga/SP morada@ramonalvares.com.br Tel.: (13) 3312-1862


internacional

Bagnes,

Foto Renata Inforzato

um cantinho escondido na Suíça

Arrume as malas e vá para a Europa. A temporada de esqui segue até fevereiro, e Bagnes é um ótimo destino para esquiar, passear e comer bem

Por Renata Inforzato Áustria, França, Itália e Suíça são alguns dos destinos mais procurados para esquiar, na Europa. Os vilarejos suíços, apesar de não serem os mais baratos, impressionam pela beleza e qualidade das suas estruturas. É o caso de Bagnes, que abriga, entre outras atrações, a estação de Verbier. A cidade de Bagnes faz parte do cantão de Valais, e é a terceira maior da Suíça

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em área, com 282,2 km², uma superfície comparável à do cantão de Genebra, com 282,44 km². É banhada pelo Dranse, um afluente do Rhône (Rodano), o famoso rio que corre pela Provença, na França. O vale que abriga a cidade conta com vários picos de grande altitude. O mais famoso deles é o Grand-Combin, com 4.314 m de altura, o que faz a alegria dos amantes dos esportes radicais.

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Bagnes é o paraíso, com uma natureza de tirar o fôlego. Mesmo fora do inverno, é um ótimo passeio. As paisagens naturais oferecem trilhas muito bonitas. No escritório de turismo ou na estação de Verbier, podem-se contratar guias para vários percursos e graus de dificuldade. Embora seja muito conhecido na Europa, Bagnes é um lugar menos badalado e com menos pessoas do que as destinações de inverno mais tradicionais, como Chamonix ou Val Thorens, na França. E esse é o charme de Bagnes. Em alguns momentos, em meio à natureza exuberante, tem-se a impressão de se estar só no mundo, mas o sentimento é de paz, e não, de solidão. Os habitantes locais, assim como os visitantes, são simpáticos, abertos e gostam de conversar. Outro destaque da cidade é a gastronomia. Encontram-se as conhecidas delícias das montanhas, como o fondue e a raclette - esta é feita em uma panela especial, na qual se derrete o queijo, e o espalha por cima de frios, milho e batatas. Mas também há pratos específicos da região, como a assiette valaisanne, uma tábua com pão de seigle valaisiano AOC (o pão legítimo do lugar), carne seca, também da região, presunto cru, salsicha, bacon e queijos de Valais. É uma delícia e bem calórica. Enfim, visitar Bagnes é uma experiência que mexe com os sentidos, principalmente o da visão, diante de tanta beleza, e o do paladar, pela razão óbvia descrita acima. É um lugar que aguarda ser “descoberto” por turistas de fora da Europa, e que tem muito a oferecer. Bagnes possui pequenos vilarejos, que, à primeira vista, parecem não ter nada a oferecer. Mas o próprio espírito do lugar já é uma novidade para os brasileiros, além da oferta de restaurantes, áreas para esquiar e até museus. Alguns dos principais vilarejos são:

Foto Renata Inforzato

Passagem de teleférico sobre o vilarejo de Sarreyer. Na página ao lado, vista das montanhas geladas, a partir de Bruson

Le Châble - É o vilarejo mais importante de Bagnes. Ficou conhecido na Idade Média pela abadia de São Maurício.

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internacional Fotos Renata Inforzato

Vista de Châble, com suas casas cobertas de neve. Na página ao lado, pista de trenó em Verbier, uma das estações mais importantes da Europa

Principal estação de esqui da região, Verbier também é muito procurada por adeptos do snowboard

Situa-se a meio caminho da estação de Verbier, e atrai até mesmo as pessoas que vão somente esquiar. Nele fica o museu de Bagnes, com obras de artistas da região ou que retratam o modo de vida dos Alpes. O próprio museu está abrigado em uma construção típica do século XII. Bruson - Situado em frente ao Verbier, é um vilarejo no coração de uma natureza selvagem e muito bonita. Também possui uma estação de esqui, que oferece pistas para uma prática mais calma e familiar. No verão, há trilhas bem sinalizadas floresta adentro. Champsec - É um vilarejo cultural. Uma de suas principais atrações é a La Maison de la Pierre Ollaire, que significa casa da pedra sabão. Trata-se de um museu que

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Foto Renata Inforzato

abriga a história deste tipo de mineral. Estão expostos artesanatos e equipamentos feitos de pedra sabão desde a época dos romanos, até as mais atuais, inclusive de outras partes do mundo. Champsec oferece também a possibilidade de esquiar para aqueles que preferem caminhos ainda poucos explorados. Loutier - Para quem gosta de neve e gelo, ali se encontra a Maison des Glaciers. Ela era a casa de Jean-Pierre Perraudin (1767-1858), um simples nativo da região que começou a estudar o gelo, depois do rompimento de um dique no vilarejo, em 1818. Mesmo com condições modestas, ele foi um dos primeiros a constatar que, debaixo de pedaços “inofensivos” de gelo, pode-se esconder um gigantesco iceberg. Na maison, além dos objetos do

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pesquisador amador, conhecemos também detalhes da sua teoria. Sarreyer - Este tem uma atração muito interessante: um moinho e uma serraria. A construção data do século XV, mas foi reformada no XIX. Fora de uso, foi reabilitado pelo governo local nos anos 1960. Além de servir como atração turística, qualquer pessoa pode manusear os equipamentos para cortar madeira, moer farinha ou fabricar cidra. Fionnay - É a estação de esqui mais antiga da região, e também a última acessível de carro durante o inverno. No verão é o ponto de partida para várias trilhas.

A raclette é um dos pratos típicos da região

Verbier - Principal estação de esqui da região, está entre as mais importantes da Europa. Embora seja bem cosmopolita, é

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Fotos Renata Inforzato

internacional

Trem que liga a cidade de Martigny a Châble. Ao lado, aspecto de Loutier, um dos vilarejos mais charmosos da região

menos badalada que as estações francesas, por exemplo. Por isso mesmo conserva ainda intacto seu charme local. Possui mais de 150 km de pistas, desde o nível iniciante até o profissional. Há também áreas verdadeiramente calmas e isoladas, em meio a outras onde reinam o burburinho e a agitação social. No inverno, além do esqui, há snowboard. No verão, a agitação não para, com moutain bike, trilhas, parapente e até golfe. Além de um festival de música clássica e visitas guiadas que mostram as tradições locais. Serviço: é possível chegar à região a partir de Genebra (160 km) ou Zurique (280 km) por trem (www.cff.ch/home. html). Para saber mais sobre Bagnes e região, acesse: www.verbier.ch/en.

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arte

Mãos e sensibilidade:

obra de arte em concreto

Por Bruna Vieira Colaborou Jessyca Biazini “Primeiro tem que sentir; jogar todo o espírito da arte para as mãos, estudar, voltar ao passado, pensar no futuro e fazer, deixar fluir a obra de arte. O artista não tem que falar, quem fala é a obra. É ela que tem que berrar”, revela Nivaldo Julião de Moura que, depois de 40 anos como desenhista, pintor e escultor de areia, descobriu, nas esculturas de concreto, aquilo que o completa na sua essência de artista plástico. Sim, concreto. Resultado da mistura de areia, cimento e pedra. Depois de passar para o papel a obra imaginada, Julião parte para a estrutura de ferro, experimenta formas com areia e as aplica aos poucos no concreto. Assim nascem as esculturas de cimento. Tartarugas, cavalos, cobras, santos, budas, anjos, mulheres, reis magos e presépios são esculpidos pelo artista com uma mistura que, para muitos, serve somente para construir muros, casas, prédios. Julião não mede esforços para encontrar inspiração. O escultor foi em busca de rãs, colocou-as no quintal de casa para observar suas formas e movimentos. A intenção agora é

Atração no quiosque Malibu, na praia Massaguaçu

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reconstituir os anfíbios em concreto e ornamentar uma piscina natural, ainda em projeto, no quintal de sua casa. E tem mais, a cascata da piscina sairá de dentro da boca de uma naja. Outro experimento precisou da ajuda de um amigo, que lhe trouxe uma cascavel viva para servir de modelo para uma réplica em cimento. Conseguiu a cobra, mas, depois de alguns minutos, ela fugiu. “É preciso ver e sentir a arte. Sem movimento, a obra fica morta. As formas trazem expressividade para a obra”, explica o artista. Caiçara nascido em 1957 na Fazenda dos Ingleses, em Caraguatatuba, Julião demonstrou aptidão pela arte desde pequeno. Ele lembra que desenhou uma bela paisagem do litoral, o que lhe valeu o 2º lugar no concurso da escola Adaly Coelho Passos. Seu período criativo entrou em recesso após os 18 anos, quando foi morar em São José dos Campos, e lá trabalhou como controlador de produção e processador de dados. Voltou a morar no litoral norte há duas décadas. Desde então, dedica-se totalmente às artes plásticas. Chegou a vender 52 quadros, elaborados em óleo e tinta acrílica sobre telas

ou chapas de fibras, em apenas quatro meses, expondo num supermercado local. Algumas dessas pinturas estão na Itália, França, Estados Unidos, Angola, Espanha, Portugal, México, Inglaterra e Argentina. Após obter sucesso com as pinturas em tela, Nivaldo Julião partiu para as esculturas tridimensionais. Ele aprendeu a técnica de esculpir em areia na cidade de Itanhaém, com o então diretor de cultura e escultor Ronaldo Lopes. Em equipe, nos anos de 2007 e 2008, fizeram presépios de Natal em tamanho natural, com mais de dez peças de areia. No ano seguinte, esculpiu o seu primeiro presépio de areia na Praça do Caiçara, atrás do Museu de Arte e Cultura de Caraguá. “As pessoas queriam levar para casa as peças de areia. Mas não tinha como. Então comecei a pensar uma obra que durasse mais tempo. Foi nessa época que observei algumas esculturas feitas em concreto numa viagem ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no Vale do Paraíba. Pronto! Esse foi meu novo desafio: produzir obras de arte com areia, pedra e

Foto Bruna Vieira

Nas mãos do artista, uma parede pode virar aquário com variadas formas de vida

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Fotos Bruna Vieira

Na praia do Indaiá, o artista Julião expõe duas obras: uma tartaruga gigante de 200 quilos e uma naja real de 600 quilos

O tema religião também é inspiração para o artista, como o Buda indiano exposto em condomínio particular

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cimento”, explica Julião, que considera o ofício de escultor uma extensão do de pedreiro. As esculturas de concreto, atualmente, são a razão de ser do artista Julião. Suas obras despontam por vários locais de Caraguá, e já se tornaram atrações turísticas. Sua obra-prima, a Mulher com movimento corporal estilizado, é uma escultura com três metros de altura e mais de uma tonelada, que atrai todos os que passam em frente ao quiosque Malibu, na praia Massaguaçu, no Km 91 da rodovia Caraguá/ Ubatuba - SP 55. “Levei mais de um ano para concluir essa escultura, cujo acabamento fiz com tinta automotiva dourada e pó de ouro. Uma obra como essa não poderia ficar escondida e, por isso, fiz parceria com o proprietário do quiosque para deixá-la em exposição. Depois de três meses, veio a surpresa: motoristas paravam os carros para apreciar a arte. Virou uma atração turística e trouxe mais clientes ao quiosque. Acabei vendendo a escultura ao proprietário”, revela Julião. Também no bairro da Massaguaçu, num condomínio fechado, Julião esculpiu um buda indiano na cor prata. Na praia do Indaiá, no quiosque da Belle, há duas obras de concreto em exposição: uma naja real de 600 quilos (com um

metro de altura por três de comprimento) e uma tartaruga gigante de 200 quilos (com noventa centímetros). “Muitos que estão caminhando no calçadão da praia, se detêm para admirar a escultura da cobra. Temos um movimento maior devido ao atrativo das esculturas”, confirma a proprietária do quiosque. Ainda na loja de decoração na entrada de Caraguá, Julião assina a escultura de Shiva (de dois metros de altura, e duas toneladas e meia). “Julião faz obras de vários tamanhos. Ele tem o dom da caracterização. Suas peças são únicas”, considera a comerciante Solange Ribeiro. Ele não para. O próximo desafio é produzir esculturas em mosaicos para facilitar a locomoção e venda das esculturas em placas para outras localidades. “Será em São José dos Campos, mas estou decidindo o local para instalar a primeira montagem de placas em mosaico de concreto. É uma forma de homenagear a cidade que me acolheu no início da carreira”, explica o artista, que trabalha com a alma e o coração. Serviço: o artista plástico e escultor Julião atende nos telefones: (12) 3882 6759, (12) 8127 0115. Seu blog é http://juliaoescultura.blogspot. com.br/ e seu e-mail juliaoescultor@gmail.com

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gastronomia

Sucos

funcionais para refrescar e nutrir

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Produção e foto Fernanda Lopes

Saudáveis e saborosos eles são muito bem-vindos no verão

Por Fernanda Lopes Nesta estação do ano, temos de estar ainda mais hidratados. E isso pode ser feito com sucos poderosos, chamados de funcionais, que nutrem o corpo e trazem muitos benefícios. Além de saudáveis, eles são refrescantes, e podem ter infinitas combinações. Os sucos funcionais resultam da mistura de frutas, verduras e hortaliças, ricas em propriedades benéficas ao nosso organismo. São inúmeros os ingredientes e combinações, e cada receita combina, na medida certa, as propriedades nutritivas e fitoquímicas dos alimentos. A nutricionista Karoline Jorge diz: “O gengibre, por exemplo, é termogênico (acelera o metabolismo), e melhora a circulação. O suco de uva, rico em resveratrol, é bom para a saúde do coração. O chá verde é rico em antioxidantes”. Segundo Karoline, a couve é a base do chamado suco verde devido às suas propriedades: é rica em fibras (solúveis e insolúveis), que auxiliam no funcionamento do intestino; possui vitamina C (maior quantidade do que em várias frutas cítricas) e antioxidantes; apresenta grandes quantidades de ferro e cálcio; é benéfica ao fígado, e apresenta uma diversidade de efeitos em doenças sistêmicas. Para driblar a falta de tempo, a nutricionista dá a dica de sempre ter no freezer cubinhos de gelo verde (veja receita). Ela

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gastronomia

diz que é melhor usar produtos orgânicos e evitar, ao máximo, coar. “Esses sucos contêm fibras, boas para o funcionamento do intestino. Evite adoçar, mas, se quiser, prefira o mel, o açúcar de coco, o açúcar demerara ou o agave”. Outro ponto citado por Karoline é a importância de variar as frutas e hortaliças para nutrir todo o organismo. Os

sucos funcionais podem substituir um lanche da manhã ou da tarde. Mas não substituem refeições. E mesmo ingerindo os sucos, procure também comer a fruta in natura. São indicadas pelo menos três porções por dia. Se tomar o suco, pode contar como uma porção. Não esqueça de lavar muito bem as frutas e legumes antes de preparar o suco.

Receitas

Ingredientes • 2 xícaras de couve picada; • 1 xícara de agrião picado; • 1/2 xícara de hortelã; • 1/2 xícara de salsinha.

Modo de preparo Bata os ingredientes no liquidificador, e ponha para gelar em formas de gelo.

Produção e foto Fernanda Lopes

Gelo verde

Utilize dois cubinhos para cada suco.

Sucos Potentes

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Bom dia

Energético

Acelerador

Ingredientes • 2 cubos de gelo verde; • 4 cubos médios de abacaxi; • 1/2 maçã verde; • 100 ml de laranja (meio copo americano); • 10 folhas de hortelã; • 1 copo de água.

Ingredientes • 150 ml de água; • 1 pera; • 1 rodela grande de abacaxi; • 1/2 lima sem casca; • 1 colher (chá) de guaraná em pó.

Ingredientes • Um pedaço de gengibre fresco descascado (2 a 3 cm); • 1 fatia grande de melancia, com as sementes; • 1 fatia de beterraba ralada; • 1 copo de água filtrada.

Modo de preparo Bata tudo no liquidificador, por aproximadamente 30 segundos.

Modo de preparo Bata tudo no liquidificador, por aproximadamente 30 segundos.

Modo de preparo Bata tudo no liquidificador, por aproximadamente 30 segundos.

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Ice Park Riviera convida A The Ice Promoções, empresa líder em pistas de patinação no gelo de alta qualidade, estabelecida há mais de duas décadas, sob o comando de Roberto Guimarães e Luiz Carlos Decressenzo, profissionais do staff do Holiday On Ice Internacional, realiza o sonho de muitos brasileiros em patinar sobre gelo. Neste verão, .Neste verão,aaThe The Ice, Ice,em em parceria parceria com com oo idealizador idealizador deste deste projeto, projeto, Caio Prospero, convida você e sua família para conhecer sua pista de gelo de 300 m², instalada em um ambiente atraente e climatizado, na Riviera de São Lourenço. Dentre as atrações, destaque para o carrinho bate-bate, simuladores de F1, área de entretenimento, loja de roupa de grife multimarca e restaurante. Para as crianças têm muito mais: recreação com maquiagem, tatuagem e animação com personagens animados.

As atividades vão de 20 de dezembro deste ano a 02 de fevereiro de 2014, diariamente das 16 às 24 horas

Venha brincar com seu filho. Esperamos por você!


moda

Saia

do básico

As saias assimétricas viraram hit em passarelas e nas ruas. A proposta de desconstrução dessa peça tão básica agradou em cheio

Por Karlos Ferrera A saia é um clássico absoluto entre as mulheres. Um curinga que representa o estilo e o charme femininos. Ao longo das décadas, a peça ganhou novos comprimentos, opções e combinações. Nessa temporada, uma proposta ganhou a preferência de criadores e consumidores mundo afora. A saia assimétrica virou queridinha. O motivo é fácil de entender. Superversátil, a peça tem muitas possibilidades. Junte a isso a gama de estampas, materiais e cores

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da estação. Pronto! As mulheres têm à sua disposição uma peça capaz de transformar o look em muitas produções. Para combinar sua saia assimétrica, a escolha das outras peças vai determinar a ocasião e o estilo. Com camisetas, ficam ainda mais descontraídas e, com camisas, alinham o visual. Um salto alto deixa tudo mais charmoso, e peças em couro injetam sensualidade instantânea. A aposta é certa, e a ideia é desconstruir o guardaroupa com novas e incríveis possibilidades. Saia do óbvio e saia do básico.

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Fotos KFPress

Proposta futurística com frente plana em neoprene com zíper lateral

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Josh Goot

Lublu Kira

Em seda texturizada e com impressão de xadrez gráfico nas camadas

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Na mesma onda dos maxicolares, os maxibrincos chegam com tudo como os queridinhos do verão. Bastante conhecido pelas mulheres e em forma de candelabro, o acessório deste verão se destaca

pelo tamanho, e não pelo brilho. Os brincões da vez também substituem as pedrarias em excesso e ganham mais forma. Os modelos em metais são a aposta central, assim como as cores diversificadas, as formas geométricas, franjas, e claro,

muita extravagância. Combina muito com cabelos presos e decote tomara-que-caia. Quando usar brincões, dispense ou minimize o uso de outros acessórios, mas lembre-se de dar atenção especial à maquiagem e ao cabelo.

Feito a mão Com tramas bem evidentes e com cara de artesanato, o crochê e o tricô de verão serão peças-chave, principalmente se vierem com a cor febre da estação, o rosa chiclete. Aqui, a minibolsa modelo Clutch arremata o visual.

Giovana Dias

Orelhas de peso

Dolce & Gabbana

Andre Lima

Fotos KFPress

moda

Kenzo

Oceano mix

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Cores e estampas inspiradas no mar invadem o verão. Azul, verdeágua e tecidos cintilantes são uma forte tendência. E é claro, além das cores, as estampas com motivos marinhos também são bem-vindas. Âncoras, conchas, peixes e o famoso mix de cores e estampas abstratas que lembram o fundo do mar. Os acessórios repetem a tendência, e chegam com tudo para os dias quentes.

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Flashes Inauguração, aniversário e festa de final de ano. Bem-vindo2014

Cristina Oliveira e Pedro Bichir, anfitriões do coquetel de inauguração do Buteko da Villa, em Bertioga

Os pais do chef, Maria José e Edson Bichir

Muita gente foi conferir o novo ponto de encontro de Bertioga

Família Zaidan, amigos e o prefeito Mauro Orlandini

Família Arieta em festa: Maria Tereza, Márcia Nicola, Maria Paula, Maria Carolina, Paulo, Maria Gabriela

Réveillon dos Haddad

Roberto Haddad e sua mãe Alzira Haddad

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Flávia Patriota, Roberto Haddad, João Fernandes e Regina Fernandes

A linda família Biondo

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Santos

de todos os

encantos Charmosa e com muitas belezas naturais, cercada por um rico patrimônio histórico que pode ser conhecido em bondes originais do século passado, Santos tem encantos que não se limitam a sete quilômetros de praias de águas tranquilas, ao maior jardim à beira-mar do mundo e ao Santos Futebol Clube. Destino ideal para quem busca lazer, tranquilidade e segurança, Santos oferece um complexo de diversão, cultura, esporte e aventura, com o apoio de uma completa infraestrutura hoteleira e gastronômica. Difícil elencar e escolher, tal o número de atrações e opções. Até prato turístico a cidade tem: é a Meca Santista, um sabor que desperta sensações. Por tudo isso, Santos merece sua atenção e visita. Mas prepare-se para ser conquistado. Porque Santos é uma paixão que fica para todo o sempre!

www.santos.sp.gov.br facebook.com/PrefeituraSantos


Flashes Galeria do casamento de Fábio Ferreira e Carolina Capella Rodrigues Ferreira

Carolina e o pai Zezinho Rodrigues

Enlace na capela Nossa Senhora das Graças, na Riviera de São Lourenço

Rodrigo, Marcio, Carolina, Fabio, Marta e Diego

Momentos do casal

Cleonice Colichini Rodrigues, os noivos e Antônio Rodrigues

Com os amigos Junior, Amanda, Marco, Erika, Peterson e Karine

Uma panorâmica da alegria coletiva

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Todo o charme e requinte da festa ficou por conta da impecável Rinaldo Decorações

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Festa-surpresa para comemorar o aniversário de Pepe Altstut, organizada pelo amigo Hugo Rinaldi, em sua residência em Guarujá, reuniu centenas de amigos

Hugo Rinaldi, Luis Carlos da Silva, Edson Arantes do Nascimento e Pepe Altstut

Aniversário à parte, não poderia deixar de clicar e mostrar a beleza de Marcia Aoki, nesta foto com o namorado Pelé, convidadíssimo para a recepção

A festa-surpresa deu um pouco de trabalho em sua organização, mas nada que a super Patrícia Franco não resolvesse

O glorioso Marcos Veiga, carinhosamente chamado de Kiko, e sua amada Patrícia

O empresário Hugo Rinaldi e o filho do aniversariante, Leonardo Fabian Altstut

Calçando as famosas, o empresário Fernando Pires e sua amiga Tereza

Acompanhado da namorada Liandra Maia, o filho do rei Pelé, Joshuá Nascimento

Momentos alegres: Edson Arantes do Nascimento e Edison Prata

Marcus de Rosis, um exemplo de vereador, em Santos

Stephanie Teixeira Altstut e o aniversariante

Marcia Aoki e sua irmã Mariana, na bela festa-surpresa

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Encontros e momentos felizes

Paulo, Nara e Paola Novaes, Juracy e Walkyria Sanches com a aniversariante Olívia, Kaká Marques e este colunista

Na Lucky Scope, este colunista ladeado pela família Mastellari: Luizinho, Luiz pai e Sandro Roberto

Flávio e Renata Santos Galvão comemoraram seus 19 anos de casados no restaurante Garcia

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Mateus Yoshimi, Ana Carolina Russo, Graziela e Marco Sanchez, em seu aniversário de 60 anos, e Marco Aurélio Russo e Maísa Borges

Durante Réveillon do fenomenal 2014: o esplendor dos fogos nas praias de Santos

Durante época natalina, inauguraram o Boteco Seu Guedes: Gabriel Batalha, Eliana Franzosi e Paulo Sérgio Batalha

Na inauguração da Clínica Vari Medical Laser, recebiam os convidados Carlos Alberto Martins Carvalho e Elsa Rodrigues

Na 1ª Mostra Natal Design Decor News, vários arquitetos ousaram na criatividade, como Célia Spada, o idealizador da mostra João Antônio de Oliveiros Netto, e uma das proprietárias da D’Casa, Adriana Zucchini Beach&Co nº 139 - Janeiro/2014



“Destaques” // Luci Cardia Abertura de 2014 em grande estilo, com pessoas sensacionais

A colunista, Dorival Rossi, Lidia Rossi e Fernando Cardia

Grupo de amigos liderados por Kalled Abel

Isabela Salvatti e Renan Valente, lindos

A grande família Favano e Marcos Carreira

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Lidia Rossi, o filho Roberto Rossi, Fernando Cardia, Dr. Dorival Rossi e José Cardia

Cleide Abel, Kalled Abel e Constantino Abel

O aniversariante do mês Marcos Carreira e Ieda Carreira

Flávio Favano, as filhas Ana Paula e Mariana, e a mulher Claudia Favano

Os Doracio: Rosangela, Carlos e Júnior

André e Elaine Favano, Ieda e Dirce Carreira, Adelize e Rosario Delmanto e Marcos Carreira

Festa linda com mulheres maravilhosas

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“No clique” // Cláudio Milito Verão Show 2014 em São Sebastião

A dupla Marcos e Belutti abrilhantou o evento

Este colunista com a sensacional Claudia Leite

Supershow da banda local Sr. Bamba, com Bruno Nogueira, Renato Lazzaro, Thiago Fonseca, Carlos Bossolani e Alberto Peixoto

O instrumentista Carlos Bossolani e o trompetista Adilson do Espírito Santo

O querido DJ Pippo, no camarim da banda Sr. Bamba

Foto Luciano Vieira/PMSS

O prefeito de São Sebastião Ernane Primazzi e a primeira-dama Roseli Primazzi, ladeados pela dupla Fernando e Sorocaba, no camarim

A dupla sertaneja Leandro e Thiago e o prefeito Ernane Primazzi (ao centro)

André Chagas e o vereador Simei Ferreira, no camarote

O vereador Edivaldo Pereira Campos, o Teimoso, e sua filha caçula Monica

Os queridos Afonso Escudero e Romilda Escudero

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Luan Santana levou a galera ao delírio com recorde de público

Os amigos Arlene Oliveira e Gervásio Oliveira

O casal Flávio Vera Cruz e Fabiana Centurião

Franciele Pereira, Mônica Ferreira e o vereador de São Sebastião Simei Ferreira Beach&Co nº 139 - Janeiro/2014




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