Mariana de Oliveira Pereira Nยบ 18 Turma C
A Flor Amarelinha nasceu num pinhal, no meio do musgo verde, carumas secas e pinhões caídos lá de cima, das pinhas abertas.
ď‚– A Flor Amarelinha tinha de estar presa Ă terra e nĂŁo poder, como o Vento, andar por todos os lados, ver todas as coisas, passar dos jardins para o mar e do mar para o pinhal.
Ela passava a vida ali, entre os pinheiros e as urzes, sempre à espera que o Vento viesse contar histórias dos sítios por onde passava. Então uma noite o Vento prometeu-lhe:
Dito isto o vento saiu apressado. Tinha muito que fazer: varrer colinas, arejar janelas, assustar ratinhos... E, claro, concretizar o sonho da pequena flor Amarelinha. Mas era difícil! Como é que ele podia levar uma flor de um sítio para o outro se esta estava presa à terra?
ď‚– Foram estas perguntas e muitas mais que invadiram a fĂşria do Vento durante as semanas seguintes. Foram estas perguntas e muitas mais que derrubaram a fĂşria do Vento, dando lugar a um Sol grandioso e admirado.
ď‚– A Flor Amarelinha esperava pacientemente pelo dia em que ouviria o mar e conheceria a praia. Mas o dia nunca mais chegava...
Numa tarde em que o Sol não sorria tanto, o Vento entrou de rasteirinho no pinhal. Foi tão mansinho que a Flor Amarelinha quase não deu pela sua chegada, quase não o reconheceu... Com ele trazia um suave cheiro a maresia, alguns grãos muito fininhos de areia e um lindo búzio branco.
ď‚– Flor Amarelinha ficou radiante ao descobrir todas as coisas magnĂficas que o mar guardava. Estava muito feliz, sentia-se concretizada. Embalada ao sabor da maresia, acabou por adormecer, sem nunca mais acordar.