Rosinha, o mar e os sonhos

A ROSINHA, O MAR E OS SONHOS

A Rosinha era…

A Rosinha era uma menina com dez anos de idade. Era muito sonhadora.

Gostava muito de ficar sentada no areal a olhar para o mar, tentando responder à questão que a intrigava: “Porque é que o mar parava, ao chegar junto à praia e recuava?”

A Rosinha encontrou‌

Num dos seus passeios pela praia, viu uma

chave de cobre enterrada na areia. Rosinha apanhou-a. Ao limpรก-la ouviu uma voz que lhe dizia que aquela chave era a que abria a porta do Castelo do Grande Tesouro. Esse castelo encontrava-se no alto mar.

A Rosinha foi até…

Como não sabia o que era o alto mar, foi perguntar ao avô João que tinha sido pescador.

O avô João não conseguia explicar o que era o

alto mar. Dizia que o alto mar não se explica, mas sente-se. Cada vez mais curiosa, Rosinha decidiu ir buscar o velho barco do avô João, que estava atracado na praia, e ir à procura do alto mar.

A Rosinha vislumbrou…

O jardim era lindíssimo!

Parecia que tinha andado alguém a medir tudo, milímetro a milímetro.

As cores das flores eram tão vivas, que parecia que alguém as pintara.

Havia uma fonte, vários banquinhos e uma enorme árvore que estava numa ponta do jardim.

Era um espaço agradável e aconchegante.

A Rosinha viu…

A sereia chamava-se Ă?ris.

O

rosto

era

perfeito,

os

olhos

eram

esverdeados e transparentes, o cabelo era comprido e as pestanas grandes. O cabelo e as pestanas tinham a mesma cor, prateada.

Vestia um fato de escamas cor de cobre que

envolvia a barbatana.

Estava sentada num banco, junto a uma ĂĄrvore.

A sereia pediu-lhe‌

A sereia Ă?ris guiou a Rosinha pelos aposentos do Castelo do Grande Tesouro. No final da visita, conversaram sobre os sonhos. A Ă?ris pediu-lhe ajuda para impedir que as pessoas se esquecessem dos sonhos. Rosinha ao ouvir o pedido, sentiu-se um pouco assustada porque

nĂŁo sabia como o iria concretizar, mas aceitou esse desafio.

A Rosinha resolveu‌

Todos os dias, Rosinha voltava à praia para encontrar a solução que impedisse as pessoas de deixar de sonhar. Cansada de tanto procurar, subiu a uma rocha, sentou-se e ouviu uma voz muito fininha que dizia:

- Força, Formiga sem fadiga! Continua!

Ela aproximou-se e viu uma formiga. Começaram a conversar e a Rosinha soube que a formiga tinha o sonho de tocar na Lua. Depois de algumas perguntas feitas pela menina, a formiga contou-lhe que

apesar de todas as dificuldades para atingir o seu objectivo, tudo tinha valido a pena porque durante este percurso tinha conhecido muitos animais que a tinham ajudado.

A menina ao ouvir aquele discurso, compreendeu que a melhor forma

de cuidar dos sonhos era tentar realizá-los, mesmo que pareçam impossíveis, e não a desistir deles.