PALANAI
José Bruno Braga Lopes 9º G – 2016/2017
BRUNO LOPES
Num lugar distante onde a magia existia, havia uma ilha cheia de animais e coisas estranhas que assustavam as pessoas. A ilha tinha o nome de Palanai e localizava-se no oceano Pacífico. Era verde e selvagem, estava repleta de árvores gigantescas, que tapavam a entrada da luz do Sol. Por esse motivo, em grande parte da ilha dominava a escuridão, o que fazia com que a maioria dos animais, principalmente os macacos, sofresse de alguma loucura. Porém, em 2
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alguns lugares belíssimas.
havia
paisagens
A ilha Palanai era unicamente habitada por uma tribo indígena, os Palaneses, que tinham os animais como vizinhos. ◊ Luís e sua filha, Romana, estavam no Aeroporto de Sá Carneiro, preparados para embarcar. Os motores faziam um barulho ensurdecedor e a jovem estava 3
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assustadíssima, pois aquela era a sua primeira viagem acima das nuvens. Pai e filha iam passar três belíssimas semanas no Havai. Luís tinha intenções de tratar de negócios. As reuniões decorriam à noite e no período da manhã. Sobravam-lhe, assim, algumas horas da tarde para estar com a sua filha. Tencionava levá-la a alguns lugares de atração, como o Hawaiian Paradise, o famoso parque aquático de O´ahu. Estava na hora! Finalmente, iam embarcar! 4
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Foram pelo corredor adiante, entraram no avião e ficaram a saber que os seus lugares ─ 33B e 34B ─ se situavam exatamente ao lado da asa. O piloto, pelo intercomunicador, disse aos passageiros que pusessem os cintos e que se preparassem, pois o avião iria levantar voo. Passado algum tempo de voo, Luís disse à filha: - Romana, espera aqui que eu já volto! Luís tinha descoberto o bar do avião e foi lá para beber uma 7up 5
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com gelo e limão. Não era muito de beber bebidas alcoólicas e, portanto, raramente as bebia. Contudo, subitamente, o avião começou a estremecer e Luís caiu. Ninguém sabia o que estava a acontecer. Levantou-se, correu para o seu lugar e, apressadamente, apertou o cinto. Quase de imediato, o avião caiu no mar. Luís estava assustadíssimo, assim como a sua filha, mas, milagrosamente, não estavam feridos. Desesperadamente, tentou encontrar uma saída. Encontrou a porta de embarque e abriu-a. Pouco 6
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tempo depois, já ele e sua filha estavam fora do avião. Olharam em redor. Estavam cercados de água por todo o lado. Contudo, ao longe, avistaram uma enorme silhueta escura que se destacava do mar. Seria numa ilha? De facto, era mesmo uma ilha!!! Tinham de nadar até lá! Quando chegaram a terra firme, sentiram-se completamente perdidos. Decidiram então ir à procura de sobreviventes da queda do avião. Caminharam pelas praias, ao redor de toda a ilha, e 7
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encontraram alguns: o Henrique, um amigo do Luís, Luísa, Orseu e André. Estava a anoitecer. O grupo dos seis decidiu então preparar-se para descansar. Deitaram-se sobre os estofos do avião, que tinham encontrado, espalhados pela ilha, e que tinham recolhido durante a tarde. Como estavam relativamente confortáveis, começaram a adormecer. Decorridas sensivelmente duas horas, num salto silencioso, a tresloucada da Luísa levantou-se e caminhou, aparentemente sem 8
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destino. Noite dentro, foi andando para o interior da ilha. De repente, ouviu um barulho. Eram animais, sobretudo macacos. Ficou assustadíssima. Os restantes sobreviventes, que ainda dormiam, acordaram num salto. Só se ouvia guinchos de macacos…. Olharam ao redor e não viram Luísa. Orseu, um homem de cinquenta anos, conhecido de Luísa e seu parceiro de negócios, perguntou: - Onde foi a tresloucada da Luísa?
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- Não sei, temos que a procurar! ─ respondeu Luís. Decidiram então procurá-la. Observaram a areia e notaram algumas pegadas, que optaram por seguir. Foram pela ilha adentro. Passados vinte minutos a andar, depararam-se com Luísa, cercada por centenas de macacos estranhos e loucos. Estavam no interior da ilha e havia muito pouca luz. A sorte deles era terem uma lanterna, que tinham encontrado nos destroços do avião. 10
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Resgataram Luísa e saíram dali a correr. De volta ao acampamento, tudo estava calmo, mas logo notaram que faltavam coisas e que não estava lá o André. Os cinco decidiram ir imediatamente à sua procura. Andaram ao redor da ilha, durante horas, até, finalmente, encontrarem pistas. Descobriram as coisas que tinham desaparecido do acampamento. Ouviram então sons estranhos. ─ Parecem rugidos de tigres! ─ disse Orseu, assutado. 11
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Eram jaguares e, para espanto deles, não os atacaram. Passado um momento, apareceu um homem. Chamava-se Julião e fora, durante muitos anos, dominador de felinos. Isso explicava o porquê de eles não terem sido atacados. Luís perguntou-lhe o que ele fazia ali e quem ele era. Ele respondeu que também era um sobrevivente da queda do avião e que ia ao Havai a um espetáculo de felinos, para o qual fora convidado. Luís perguntou ao homem se tinha visto passar ali alguém e ele 12
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disse que não se lembrava, pois, naquele momento, as suas pernas funcionavam melhor do que a cabeça. Contudo, passados alguns momentos, disse que sim, que se lembrara de um homem, na casa dos quarenta, que tinha passado ali a correr. Então, eles e Julião foram à procura do misterioso André. Após uma caminhada de cerca de trinta minutos, encontraram uma fogueira. Perto dela estava André. Luís perguntou:
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- Porque fugiste e levaste as nossas coisas? - Por nada, era só a brincar! ─ respondeu André. Luís disse-lhe que não achara graça à brincadeira e André começou a correr em direção ao interior da ilha, seguido pelos outros seis sobreviventes, que queriam saber quem ele era realmente. Foram em direção ao interior da ilha, encontraram André com um bando de macacos e pensaram que era ele que estava na origem de tudo 14
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aquilo: o espetáculo dos macacos loucos. De repente, ouviram um barulho. Para sua surpresa, era um barco que vinha à procura de sobreviventes da queda do avião. Luís, Romana, Henrique, Orseu, Luísa e Julião subiram a bordo e André ficou para trás, na ilha, porque era um malfeitor e escolhera aquele destino. Nessa noite, eles dormiram profundamente, enquanto o barco continuava a sua marcha. Quando 15
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acordaram, já era de manhã e já estavam no Havai, o seu destino inicial. Todos estavam muito felizes por terem saído daquela ilha e por se terem livrado da companhia de André. Luís levou então a sua filha ao Hawaiian Paradise, como tinha prometido. Os restantes viajantes despediram-se ali, e cada um seguiu o seu caminho.
Fim
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