PROJETO VIII INTERVENÇÕES
BEATRIZ BOSSCHART DOMINIQUE DE CARVALHO MIRELLA AZIZ
APRESENTAÇÃO O presente trabalho tem como objetivo analisar o polígono situado no bairro da Boa Vista, bem como observar os diferentes aspéctos baseado na tese de Nivaldo Andrade Jr. Este foi desenvolvido pelas Alunas Beatriz Bosschart, Dominique de Carvalho e Mirella Aziz, na disciplina de projeto arquitetônico VIII, sob orientação dos professores Nilson Andrade e Lourdinha Nóbrega, na Universidade Católica de Pernambuco, ano de 2018.2
SUMÁRIO
01. 02. 03. 04. 05. 06.
INTRODUÇÃO LEGISLAÇÃO ANTEPROJETO
PROPOSTA
ESTUDO DE CASO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
01
01. INTRODUÇÃO
01
INTRODUÇÃO
A) APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO A área de estudo está localizada no centro cidade do Recife, no bairro da Boa Vista, tradicionalmente se configura como espaço que congrega pessoas de todas as partes do região metropolitana, além de abrigar cerca de 15 mil moradores. O terreno em questão está inserido numa ZEPH (Zona Especial de Preservação Histórica) e em uma SPR-1 (Setor de Preservação Rigorosa). IMAGEM 01: IGREJA DE SANTA CRUZ. (FONTE: JOSÉ NETO)
Ao caminhar pelas ruas do bairro da Boa Vista, observamos que as igrejas se impõem como grandes equipamentos de destaque. A área de estudo em questão é marcada pela presença da Igreja de Santa Cruz (imagem 01) e da Igreja de São Gonçalo (imagem 02). Ambas encontram-se tombadas e guardam parte da memória antiga da Boa Vista.
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IMAGEM 02: IGREJA DE SÃO GONÇALO (FONTE: ANTES QUE SUMA)
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Outro forte equipamento na área de estudo é o Mercado da Boa Vista (imagem 03), construído no início do século XIX, já abrigou diversos usos como por exemplo: estrebaria, cimitério da capela, mercado de escravos. Houve diversas intervenções no mercado, entretanto, tais alterações não impediram que se mantivesse muitas caracteristicas arquitetônicas do mercado até os dias atuais, o que garante a preservação da memória do local. Tais equipamentos e o forte comércio presente no bairro contribuem para a grante vivacidade da área, caracterizada pelo intenso fluxo de pedestres.
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IMAGEM 03: MERCADO DA BOA VISTA (FONTE: APONTADOR)
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MAPA 2: QUADRA EM QUE TERRENO ESTÁ INSERIDO
01
INTRODUÇÃO
ASPÉCTOS MORFOTIPOLÓGICOS A área em análise caracteriza-se por ser formada a partir de uma morfologia de quadras de tamanhos bastante distintos e diversos. Elas refletem, de forma clara, a desordem em suas divisões, que aparentam ter origem bastante espontânea e sem planejamento quando à formatação e dimensões. O projeto localiza-se em uma quadra de dimensões medianas e com loteamentos, em sua maioria, uniformes. Estes loteamentos, por sua vez, demonstam uma certa ordem quanto à suas formatações e dimensões. A grande parte dos terrenos tem formato pastante retangular, com sua menor face voltada para a rua, e grantes medidas quanto à sua profundidade intra-lote.
CHEIOS ÁREA DE INTERVENÇÃO
FLUXOS Sobre o fluxo de transportes da área, observamos um fluxo moderado na Rua da Glória, e um intenso fluxo de transporte na Rua de São Gonçalo e na Rua Velha, devido ao fato de ser uma via que interliga os bairros de São José, Boa Vista e Coelhos. Já sobre o fluxo de pedestres, observamos que ele se dá em grande maioria pelo comércio, que está muito presente na área em questão, gerando um fluxo intenso no período diurno. Contudo, no periodo diurno esse fluxo passa a aser baixo, devido ao fechamento do comércio e ausencia de outros estabelecimentos que funcionem neste horário. Na rua de São Gonçalo os fluxos de pedestre também intensificam-se devido a presença de paradas de ônibus e ligação com o IMIP. Estas paradas também influenciam na fluidez do transito, já que as ruas são estreitas, com apenas duas faixas, e os transportes publicos atrapalham um pouco o fluxo.
FLUXO INTENSO FLUXO MODERADO PARADAS DE ÔNIBUS
MAPA 4: FLUXOS DE PEDESTRES
01 USOS A partir do estudo do sítio, observamos que a predominância dos usos nas edificações é de habitação formal. Contudo, vemos também uma quantidade bastante significativa dos usos comérciais e de serviço nesta área. Fator que é responsável, de certa forma, por garantir uma maior vitalidade para o bairro. Em menor quantidade, a área em questão apresenta algumas edificações de uso misto, com o uso comercial no térreo e habitação nos pavimentos superiores.
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Usos Mapa Geral
COMÉRCIO SERVIÇO USO MISTO SAÚDE HABITAÇÃO FORMAL INSTITUCIONAL CULTURAL RELIGIOSO SEM USO
MAPA 5: USOS
Habitação Formal Habitação Informal Misto Comércio Serviços Vazio/Sem Uso/Em Construção
TIPOLOGIAS A área em estudo caracteriza-se, principalmente, por edificações de tipologias de casa de porta e janela, casa de porta e janela modificada e sobrado. Fator decorrente do uso habitacional e comercial, que ocasiona uma maior amplitude visual, maior contato com a rua e com o pedestre. Ainda que com uma menor constância, outras tipologias também sao encontradas na área de estudo, como: Casa solta no lote, Casa germinada, Edifício caixão, Edifício pilotis, Edifício podium, Edifício com térreo recuado, Galpão e Construção religiosa. Garantindo, assim, uma diversidade tipologica das construçoes da área. A maior parte das edificações de esquina, como no caso trabalhado no projeto a ser proposto, apresentam edificações com tipologia do tipo sobrado e casa com porta e janela. A implantação das construções na área se dá com recuo nulo, como já observado, caracterizando as tipologias encontradas.
CASA COM PORTA E JANELA CASA OM PORTA E JANELA MODIFICADA SOBRADO CASA SOLTA DO LOTE CASA GERMINADA EDIFÍCIO CAIXÃO EDIFÍCIO PILOTIS EDIFÍCIO PODIUM EDIFÍCIO COM TÉRREO RECUADO GALPÃO CONSTRUÇÃO RELIGIOSA
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MAPA 6: TIPOLOGIAS
37 %
01
INTRODUÇÃO
B) A TESE DE NIVALDO ANDRADE JÚNIOR Em sua dissertação ‘metamorfose arquitetônica – intervenções conceituais contemporâneas sobre o patrimônio edificado’, de 2006, Andrade Júnior estabelece dois conceitos projetuais para interpretar a contextualização de um edifício com seu entorno pré-existente, são eles a consonância e dissonância. Uma edificação será consonante com seu entorno quando estiver de acordo com os padrões existentes, garantindo, assim, uma harmonia morfológica entre o novo e a preexistência. Já quando a edificação é dissonante com seu entorno, significa que ela se difere e destaca em relação ao preexistente, não havendo relações de harmonia. O autor estabelece seis aspectos para relacionar os conceitos de consonância e dissonância, para estudar o projeto proposto. São esses: implantação, volumetria, escala, densidade e ritmo, além disso, cores e texturas que são outros aspectos importantes a serem analizados. B.1 IMPLANTAÇÃO A implantação de uma edificação equivale à localização do novo objeto arquitetônico em relação ao espaço urbano e às edificações preexistentes, com as quais se encontra em relação visual. Para Nivaldo Andrade Jr. (2006), no caso de novas edificações construídas em terrenos vazios de conjuntos históricos consolidados, por exemplo, a intervenção será considerada em consonância quando respeitar as lógicas do traçado urbano e de implantação das edificações do tecido no qual se insere. No exemplo abaixo, a construção do lote 04 está dissonante com as demais.
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IMAGEM 04 | FONTE: GOOGLE EARTH
B.2 VOLUMETRIA A volumetria corresponde à forma geral ou a morfologia de uma obra arquitetônica e esse é, certamente, um dos aspectos mais importantes na definição da aparência final da obra. Considera-se uma edificação em consonância quando a volumetria da nova edificação é semelhante as volumetrias das edificações preexistentes. Uma intervenção estará em dissonância quando for inserido um novo volume com formas distintas daquelas presentes na área em questão.
ILUSTRAÇÃO 02: VOLUME | EDIFICAÇÃO 4 É DISSONANTE EM RELAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES 1,2,3,5,6
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ILUSTRAÇÃO 01: IMPLANTAÇÃO | LOTE 04 DISSONANTE DOS LOTES 01,02,03,05
IMAGEM 05 | FONTE: GETTYIMAGE
B.3 ESCALA A escala de um edifício diz respeito à relação entre as dimensões da nova a arquitetura proposta e as edificações da preexistência, na qual a intervenção ocorre. É considerada uma edificação consonante com a preexistência, aquela que a nova edificação possui dimensões gerais correspondentes ou próximas àquelas existentes no seu entorno. IMAGEM 07 | FONTE: VISITE NOVA YORK
B.5 RITMO ILUSTRAÇÃO 03: ESCALA | EDIFICAÇÃO 4 É DISSONANTE EM RELAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES 1,2,3,5,6
O ritmo se refere ao padrão estabelecido pela repetição de determinados elementos utilizados na composição das fachadas do edifício, configurando assim a sua aparência. O ritmo pode ser estabelecido através de aberturas; da estrutura – quando aparente -; elementos de decoração salientes ou com reentrâncias na fachada, mudança de materiais ou de cores de acabamento. Os ritmos se apresentam de 3 formas: aqueles que respeitam o ritmo da preexistência, aqueles que são completamente distintos e, ainda, aqueles que possuem uma abordagem intermediária.
IMAGEM 06 | FONTE: JC ONLINE
B.4 DENSIDADE/ MASSA A densidade de uma edificação corresponde ao peso aparente do objeto arquitetônico, ou sua massa. Os conceitos de densidade e volume estão totalmente interligados, uma vez que, a densidade pode reforçar o volume do objeto ou esvanecê-lo, dependendo dos materiais de construção utilizados.
ILUSTRAÇÃO 04: DENSIDADE | EDIFICAÇÃO 3 É DISSONANTE EM RELAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES 1,2,4
ILUSTRAÇÃO 05: RITMO | EDIFICAÇÃO 4 É DISSONANTE EM RELAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES 1,2,3,5,6
ILUSTRAÇÃO 06: RITMO| ABERTURAS DA EDIFICAÇÃO 4 SÃO DISSONANTES EM RELAÇÃO ÀS ABERTURAS DAS EDIFICAÇÕES 1,2,3
01
IMAGEM 08 | FONTE: GISELE CATTANI
B.6 CORES E TEXTURAS É o aspecto que diz respeito as características dos materiais e texturas utilizados para revestir a superfície das edificações, as fachadas. Um fator importante que o relacionada com as edificações à sua volta: A cor e a textura são outros meios importantes de definir o elementos-massa. [...] Através de um uso apropriado da cor, um elemento-massa pode separar-se visualmente do que o rodeia. (NORBERG-SCHULZ, op. cit.: 87-88).
ILUSTRAÇÃO 06: CORES E TEXTURAS | EDIFICAÇÃO 3 É DISSONANTE EM RELAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES 1 E 2
IMAGEM 09 | FONTE: GOOGLE
INTRODUÇÃO
02
02. LEGISLAÇÃO
02 01 A área de estudo está localizada na cidade do Recife, no bairro da Boa Vista. O terreno em questão está inserido numa ZEPH (Zona Especial de Preservação Histórica) e em uma SPR-1 (Setor de Preservação Rigorosa). ZEPH são “áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio histórico-cultural do município.” (Fonte: Prefeitura do Recife) Já a SPR é uma divisão da ZEPH e são “áreas de importante significado histórico e/ou cultural que requerem manutenção, restauração ou compatibilização com o sítio integrante do conjunto.” (Fonte: Prefeitura do Recife). Desta forma, o terreno está inserido em uma importante área histórica da cidade, que requer parâmetros especiais na hora de construir. Segundo o anexo 11 da LUOS (Lei de Uso e Ocupação do Solo), o bairro da Boa Vista deve seguir os requisitos especiais A e U para a regulamentação da ocupação e aproveitamento na ZEPH, que dizem respeito a: A) Análise especial para cada caso a critério do órgão competente, objetivando a restauração, manutenção do imóvel e/ou sua compatibilização com a feição do conjunto integrante do sítio, sendo permitida a demolição dos imóveis cujas características não condizem com o sítio, ficando o parecer final a critério da CCU. U) ZEPH selecionada com proposta de Plano Específico. Assim, com embasamento na lei, vemos que a construção de uma nova edificação nesta área deve ser compatível com o sítio, reforçando os conceitos de consonância, ou seja, mantendo o respeito e a ligação com o entorno e suas características históricas e arquitetônicas. De acordo com a legislação vigente, analisamos as relações de consonâncias e dissonâncias da proposta com o sítio, se aprofundando nos quesitos da volumetria, implantação e escala. Dessa forma, demonstrando uma proposta compatível em relação ao sítio.
LEGISLAÇÃO
A) IMPLANTAÇÃO A partir do mapa de cheios e vazios pode-se analisar nas edificações um padrão de tipologias de casa porta e janela e sobrado. Sendo estes tipicamente português de casas sem recuo frontal e lateral e possíveis quintais nos fundos. Com a ausência de afastamentos laterais, a ventilação se restringe à fachada frontal e posterior ou por criação de pátios internos.
É possível observar, ainda, que a edificação é considerada compatível com o entorno, uma vez que segue seus alinhamentos e padrões construtivos, além de manter a marcação original dos lotes, ainda que estes devam estar, na prática, remembrados.
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S/N
55
Em relação ao requisito Projetual e sua 57 implantação, a mesma é locada sem 5-A recuos frontais ou laterais, mantendo apenas um recuo na parte posterior de um dos terrenos seguindo o alinhamento dos lotes perpendiculares.
84
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IMAGEM 11: RUA DA GLÓRIA (FONTE: GOOGLE STREET VIEW) 2
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É notória a influência da colonização portuguesa no local, observando-se que as Igrejas de Santa Cruz e São Gonçalo (localizadas próxima ao terreno) foram grandes definidoras da malha urbana da área. As casas respeitaram a implantação das construções religiosas, e voltaram-se para elas e/ou seus pátios, que funcionavam como local de encontro e, a partir deles, foram formando-se as ruas. Tal configuração de implantação é muito comumente encontradas nos sítios históricos de Ouro Preto, Olinda ou Paraty.
DOMESTICA IG DE REJ A GO SAO NC AL
D. MARIA BORBA
02
LEGISLAÇÃO
B) VOLUMETRIA Analisando o mapa morfotipológico do sítio, encontramos os tipos de construção: Casa com porta e janela, Casa com porta e janela modificada, Sobrado, Casa solta no lote, Casa germinada, Edifício caixão, Edifício pilotis, Edifício podium, Edifício com térreo recuado, Galpão e Construção religiosa. Observamos através da análise, a predominância de edificações de tipo casa porta e janela, casa porta e janela modificada e sobrado.
IMAGEM 12: RUA DE SANTA CRUZ | FONTE: GOOGLE STREEET VIEW
Mesmo com edificações bastante modificadas devido à instalação do comércio, ainda encontramos na área diversos sobrados que mantêm suas características originais, como adornos, coroamento, sacadas gradeadas com cercas de ferro, e as características portas e janelas. Observamos também a predominância dos telhados de duas ou quatro águas, que são mantidos até hoje e independem da tipologia da edificação. A Proposta de Intervenção é uma edificação de tipologia sobrado, que segue com a característica do caimento do telhado de duas aguas no menor dos lote. Quanto ao lote maior, foi proposta uma releitura do telhado típico de um sobrado de esquina. Entretanto, a proposta será trabalhada com novos materiais para que possa se destacar entre as antigas.
IMAGEM 13: RUA DA SANTA CRUZ (FONTE: GOOGLE STREET VIEW)
IMAGEM 14 | FONTE: GOOGLE STREET VIEW
CASA COM PORTA E JANELA CASA OM PORTA E JANELA MODIFICADA SOBRADO CASA SOLTA DO LOTE CASA GERMINADA EDIFÍCIO CAIXÃO EDIFÍCIO PILOTIS EDIFÍCIO PODIUM EDIFÍCIO COM TÉRREO RECUADO GALPÃO CONSTRUÇÃO RELIGIOSA
MAPA 08: TIPOLOGIAS
ILUSTRAÇÃO 07: DIAGRAMA VOLUMÉTRICO
IMAGEM 15: PERSPECTIVA PROPOSTA
02
LEGISLAÇÃO
C) ESCALA A partir de análise do mapa de gabarito da área podemos observar a predominância de edificações térreas - principalmente no tipo casa porta e janela- e edificações com 02 e 03 pavimentos, geralmente sobrados. Poucas são as edificações com mais de 05 pavimentos, sendo assim, uma área de com gabarito predominante baixo. IMAGEM 15
A proposta de intervenção buscou atender esse padrão identificado na área, fazendo referência também a antiga casa existente no local. Sendo assim, foi proposta uma edificação com aproximadamente oito metros de altura, estando esta, em consonância com o seu entorno preexistente.
IMAGEM 16
IMAGEM 17
TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 A 4 PAVIMENTOS 5 A 10 PAVIMENTOS 11 A 20 PAVIMENTOS MAIS DE 20 PAVIMENTOS
EIXO MAIOR EDIFICAÇÃO EIXO MÉDIO EIXO MENOR EDIFICAÇÃO
IMAGEM 18 | PERSPECTIVA
03
03. ANTEPROJETO
03 01 De acordo com os as análises desenvolvidas acerca da área de estudo, assim como o entendimento dos conceitos abordados por Nivaldo Andrade Júnior, com ênfase nas definições dos conceitos de consonância e dissonância, foi possível desenvolver a proposta de intervenção no polígono. O projeto deverá abrigar um uso misto, tendo térreo com uso comercial, primeiro pavimeto habitaional, e terceiro pavimento de lazer. A edificação desenvolvida deve ser analisada de acordo com o contexto em que está inserida, através dos seguintes aspéctos: Implantação, Volumetria, Ritmo, Escala, Densidade/massa e cores/texturas
ANTEPROJETO
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Ao analisar o entorno foi observar que nele existe um padrão de implantação nas edificações existentes: recuo nulo nas fachadas e presença de recuo ao fundo para criação de quintal. Nas edificações de esquina, o padrão de anular recuos se repete, mas, na mioria dos casos, ocupando o lote por inteiro, como a imagem abaixo. Tais características foram tomadas como referência para a implantação da nova edificação proposta para a área. Os recuos foram utilizados apenas no térreo com o intuito de melhorar o conforto do passante, porém, artifícios como pele metálica foram utilizados para fazer o alinhamento desta edificação com o limite do lote. No trecho correspondente ao menor lote, o recuo dos fundos foi dado permitindo a criação de um pequeno quintal. O recuo do térreo se anula nos andares superiores. Portanto, o projeto encontra-se consonante com as implantações do entorno, mantendo o padrão de faalta de alinhamento e oupação quase que total dos lotes.
AD EIR A
A) IMPLANTAÇÃO
MAPA 10: IMPLANTAÇÃO
IMAGEM: GOOGLE EARTH | DESTAQUE PARA LOTES DE ESQUINA
03 01 B) RITMO No que diz respeito ao ritmo, as edificações do entorno estudado seguem um certo de padrão de aberturas e parcelamento de solos (larguras dos lotes). Tais aberturas são cacterísticas das tipologias do tipo sobrando e porta e janela, presentes na área e descritas anteriomente. Sobre o parcecelamento do solo, foi observado que as edificações seguem uma média 3 a 8 m de largura, havendo pouca variação entre eles, as discrepâncias existentes de tamanho de fachada frontal são notadas principalmentes em construções localizadas nas esquinas. No projeto prosposto, optou-se por seguir o padrão de cheios e vazios utilizados nas edificações próximas, com aberturas estreitas e altas, intervalo entre elas que marcam o uso do térreo sem perder o padrão do bairro ou descaracterizar a unidade do lote.
SKYLINE 01: RUA DE SÃO GONÇALO | CONTORNO FACHADAS
SKYLINE 02: RUA DA GLÓRIA | CONTORNO FACHADAS
SKYLINE 03: DE SÃO GONÇALO | ABERTURAS
SKYLINE 04: DA GLÓRIA | ABERTURAS
SKYLINE 05: DE SÃO GONÇALO | FRONTÕES
SKYLINE 06: DA GLÓRIA | FRONTÕES
03 01 C) ESCALA Assim como abordado anteriormente, podemos observar que as edificações presentes na área possuem um gabarito, na grande maioria, térreo ou de 2 a 3 pavimentos. Além da análise das edificações existentes, tornou-se necessária a observação do gabarito da construção anterior (imagem 19) do terreno a ser ocupado. Nela, pode-se observar a existência de três pavimentos, estimando, assim, um altura em torno de 10 metros. Buscando seguir o mesmo padrão de altura de todo o perímetro estudado, e principalmente, do entorno imediato ao local de implantação, o projeto propõe um gabarito de 8 metros de altura, tornando-se consonante, também, com a edificação anterior.
IMAGEM 19: EDIFICAÇÃO ANTIGA | FONTE: NILSON ANDRADE
SKYLINE 05: RUA DA GLÓRIA | ESCALA
FACHADA DO PROJETO MAIOR FACHADA NO SKYLINE MENOR FACHADA NO SKYLINE
SKYLINE 06: RUA DE SÃO GONÇALO| ESCALA
03 01 D) DENSIDADE A partir do estudo da proporção entre cheios e vazios, materiais utilizados e volumetria na região, podemos concluir que a mesma caracteriza-se de forma densa, devido ao uso padrão de materiais como alvenaria, madeira e ferro, assim como o rítmo entre abertuas e suas repetições. Com o intuito de trazer inovação à área, com uso de materiais e tecnologia atuais, optou-se por utilizar de materiais mais leves, como o vidro, e painéis vazados na fachada, protegendo o recuo existente no térreo, para assim estabelecer uma maior permeabilidade visual entre o passante e a edificação. Conclui-se, assim, que esta característica, devido aos materiais utilizados, classifica-se dissonante em relação ao seu entorno.
IMAGEM 20 | PERSPECTIVA
SKYLINE 09: RUA DE SÃO GONÇALO | ABERTURAS
SKYLINE 10: RUA DA GLÓRIA | ABERTURAS
E) CORES E TEXTURAS Ao observar a área, podemos destacar o uso constante de materiais atemporais como pintura(imagem 23), assim como uma forte presença de azuleijaria com estilo português(imagem 22), de diferentes padrões geométricos. Além disso, os adornos são importantes elementos para a caracterização do local. Eles formam desenhos marcando aberturas, platibandas e formando imponentes frontões. No projeto proposto optou-se por fazer referência a estes ítens identificados, com a utilização de uma pele metálica que segue padrões geométricos e de dimensão similares aos azuleijos portugueses. Além disso, o rítmo e os frontões da área foram referenciados com a utilização de uma estrutura metálica aparente, que faz também marcação e referência ao material utilizado nos gradios e janelas (imagem 23) Assim, podemos concluir que a nova edificação coloca-se de forma dissonante ao entorno, por se tratar de uma releitura do que é existente (azulejaria e gradios) mas com aplicações contemporâneas (uso em pele metálica e estrutura, respecivamente).
IMAGEM 24| FOTO: BEATRIZ BOSSCHART IMAGEM 21: PERSPECTIVA
IMAGEM 22 | FOTO: BEATRIZ BOSSCHART
IMAGEM 23 | FOTO: BEATRIZ BOSSCHART
F) VOLUMETRIA Com a análise do local, pudemos identificar uma maior constância da tipologia do tipo casa com porta e janela(item 1 da ilustração), casa com porta e janela modificada (item 2 da ilustração) e sobrado(item 3 da ilustração). Tais tipologias apresentam como característica em comum a presença predominante dos telhados de duas águas, com inclinação elevada, e ocorrências, em menores proporções, de telhados com quatro águas, normalmente encontrados nas casas de esquina. Além disso, tais tipologias tem aberturas direto para a rua e volumetrias com fachadas mais retandulates verticalmente. Com o intuito de manter consonante esta e outras características, propõe-se a utilização de um telhado de estrutura metálica no menor dos lotes, remetendo aos utilizados na área. Em relação ao telhado do trecho do projeto que ocupa o terreno de esquina, a utilização do ultimo pavimento fez com que neste local fosse utilizada a laje plana, mas, fazendo referência aos padrões de coberta utilizados, uma estrutura metálica reproduz o que suponha-se ser a base para um telhado da antiga edificação ali existente. Outra característica marcante destas tipologias é a utilização de elementos estéticos que marquem seus frontões. Pensando nesta característica, decidiu-se por marcar o coroamento da edificação com o prolongamento da estrutura metálica.
IMAGEM 20 | PERSPECTIVA
04
04. PROPOSTA
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04 01 PROPOSTA COBERTA ESC: 1/125
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04 01 PROPOSTA TÉRREO ESC: 1/125
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04 01 PROPOSTA PRIMEIRO PAV. ESC: 1/125
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04 01 PROPOSTA SEGUNDO PAV. ESC: 1/125
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PROPOSTA SEGUNDO PAV. ESC: 1/125
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PROPOSTA FACHADA GONÇALO ESC: 1/125
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PROPOSTA CORTE BB’ ESC: 1/125
ROOFTOP
APTO. 02
MEZANINO
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ÁREA VERDE
CORTE AA’ ESC: 1/125
ROOFTOP
LOUNGE
APTO 01
APTO 02
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PORTARIA
LOJA 01
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SOBRELOJA
LOJA 02
SOBRELOJA
LOJA 03
APTO 04
SOBRELOJA
LOJA 04
CIRC.
05
05. ESTUDO DE CASO
05 01 DEPARTAMENTO DE POLÍCIA ANTUÉRPIA – JDS ARQUITETOS
ESTUDO DE DE
Localizado no bairro de Antuérpia, na Bélgica. O projeto está localizado num importante eixo da cidade e tem como objetivo atender ao departamento de polícia de Antuérpia. Os arquitetos responsáveis optaram por isolar o edifício de seus lotes vizinhos, tanto como um desejo de sair do cenário histórico, quanto uma questão ligada ao potencial do edifício com forte potencial de transformabilidade. Visto que, ao conceber o projeto os arquitetos pensaram em um edifício que pudesse, dentro de um certo tempo, se tornar um edifício residencial.
IMAGEM 28 | FONTE: JDS ARQUITETOS
A) IMPLANTAÇÃO No que diz respeito a implantação, podemos afirmar que, mesmo possuindo um certo isolamento dos lotes vizinhos, a implantação se dá de forma bastante consonante com a área preexistente.
ILUSTRAÇÃO 06 | FONTE: JDS ARQUITETOS
B) ESCALA Quanto a escala, o edifício é classificado como consonante. Uma vez que, seu gabarito respeita o gabarito das edificações preexistentes, garantindo assim, uma harmonia com o entorno.
ILUSTRAÇÃO 07| FONTE: JDS ARQUITETOS
C) RITMO No que diz respeito ao ritmo, o edifício classifica-se como dissonante, ainda que de forma sutil, quanto as suas aberturas. Visto que as edificações preexistentes apresentam um padrão com um menor número de aberturas, quando comparadas com as da nova edificação. Contudo, estas aberturas não apresentam muita discrepância.
ILUSTRAÇÃO 08| FONTE: JDS ARQUITETOS
05 01 D) DENSIDADE A densidade do novo edifício é considerada consonante pois a proporção e peso da mesma está de acordo com as demais edificações do seu entorno.
E) TEXTURA A escolha dos materiais da edificação se deu de forma bastante consonante com o entorno preexistente. Respeitando a paleta de cores já utilizadas no entorno, como também, os seus materiais
IMAGEM 29 | FONTE: JDS ARQUITETOS
F) VOLUMETRIA A volumetria da nova edificação segue a mesma proporção das demais edificações do local. Tornando, assim, o edifício consonante nesse aspecto. IMAGEM 30 | FONTE: JDS ARQUITETOS
06 01
RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTES QUE SUMA. Poesia discreta da igreja de são gonçalo, entre boa vista e coelhos. Disponível em: <https://antesquesuma.com.br/centro-do-recife/poesia-discreta-da-igreja-de-sao-goncalo-entre-boa-vista-e-coelhos/>. Acesso em: 01 out. 2018. JDS ARCHITECTS. Apd / antwerp police department. Disponível em: <http://jdsa.eu/apd/>. Acesso em: 01 out. 2018. JUNIOR, Nivaldo Andrade. Metamorfose arquitetonica. ., Salvador, ago. 2006. LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. Lei de uso e ocupação do solo. Disponível em: <https://www.recife.pe.gov.br/pr/leis/luos/index.html>. Acesso em: 17 out. 2018.