Jornal Saiba+

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Desde 2006

24 de junho de 2014

Faculdade de Jornalismo - Puc-Campinas

Estádios têm futuro incerto Foto: Acervo do clube

Foto: Pontepretano

Com um passado cheio de histórias, casas dos times campineiros podem ser vendidas pág. 11

Basílica do Carmo passa por reformas Foto: Nathália Lopes

Campinas na Copa: Confira toda a movimentação de Campinas entorno do Mundial da FIFA e o dia a dia das seleções de Portugal e Nigéria, que estão hospedados na cidade. Pág. 7 Foto: André Montejano

Próximo jogo de Portugal será contra Gana, no dia 26 às 13h, no Estádio Mané Garrincha em Brasília Fachada terá ornamento de concreto e nova iluminação

A Basílica do Carmo, primeira Igreja-Matriz de Campinas, está em reforma. Conheça melhor o projeto que prevê, entre outras ações, um novo sistema de iluminação. Pág.12

O câncer infantil é a principal causa de mortalidade por doenças nas crianças brasileiras, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Conheça as possíveis causas do desenvolvimento da doença. Pág. 3


Editorial

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Maria Rita em Jaguariúna A cantora Maria Rita se apresenta na Red Eventos, em Jaguariúna, no próximo dia 19 de julho. A abertura dos portões é às 22h, e no repertório do show, músicas do novo álbum de Maria Rita, “Coração a Batucar”. Foto: divulgação

19° COLE – Congresso de Leitura do Brasil Com o tema “Leitura sem margens”, o 19º Congresso de Leitura do Brasil (Cole) acontece de 22 a 25 de junho de 2014, no Centro de Convenções da UNICAMP. Dessa vez o evento quer dar vez e voz aos dizeres que habitam terceiras margens – palavras, sopros, sussurros, sibilos, ventanias, líquidas superfícies, se fazem (in)visíveis. As inscrições podem ser feitas pela internet. A programação do 19º COLE contará com minicursos, conferências além da Feira de Literária e Cultural. O evento é uma realização da Associação de Leitura do Brasil.

Festival Terça Insana chega à Campinas Chega aos palcos de Campinas, no Teatro Amil o espetáculo “Festival Terça Insana”, dentro da mostra Grandes Baratos. Trazendo o elenco diferente a cada apresentação e esquetes interativas, o espetáculo foi resultado da escolha dos espectadores através da página oficial do grupo no Facebook. As apresentações duram 90 minutos e serão realizadas até o dia 29 de junho. Foto: divulgação

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Ser jornalista em plena Copa do Mundo no Brasil Era começo do 7º semestre do curso de jornalismo da PUC-Campinas, quando foi sorteado entre os alunos da turma, qual grupo seria o primeiro, o segundo e o último a produzir o jornal Saiba + da universidade. Queríamos ser os primeiros, mas calhou de sermos os últimos e, particularmente, que bom que foi assim. Ter a oportunidade de ser repórter, editor e diagramador de um jornal especial da Copa do Mundo no Brasil, ainda como estudantes, talvez seja e não sabemos quando a Copa voltará à nossa terra, para que outros formandos tenham esse mesmo trabalho. Pois é deu trabalho!

Policiais militares que não podiam conceder informações sobre os possíveis trajetos que as delegações da Nigéria e Portugal fariam ao chegar, na cidade; Pautas que caíram, por exemplo, a da estátua do jogador português Eusébio, considerado um dos melhores futebolistas da história, segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFHHS); Os números da expectativa de movimento em Campinas, que a cada dia diminuía e tornava a matéria instável; A necessidade de encontrar novas pautas de última hora para preencher páginas adicionais que há nesta edição – detalhe

que não contamos com publicidade; Além de responsabilidades com outros trabalhos do semestre. Hoje, mesmo tendo a consciência de que não somos perfeitos, apenas futuros jornalistas, ao ter esse material em mãos temos aquela sensação de dever cumprido, porém sabendo que ainda temos e vamos melhorar muito. Essa edição do Saiba + ficará guardada na estante e na memória dos alunos que colaboraram para que ela seja finalizada, afinal, pode ser que somente daqui a 64 anos ela se repita, e ser jornalista em plena Copa do Mundo no Brasil não é nada fácil.

A primeira vez na torcida Por Marina Filippe

Nunca assisti a um jogo da Copa do Mundo de Futebol inteiro. Nunca torci numa Copa. Ou melhor, torci apenas no dia 2 de julho de 2010, quando o Brasil disputou as quartas-de-final e fui convidada para assistir ao jogo na casa de uma família de corintianos. Até esse dia nunca tinha tido a sensação de como era torcer num jogo de futebol. Antes acredi-

tava ser quase impossível ficar 90 minutos em frente à TV vendo a bola rolar de um lado para o outro. Mas, repare: eu disse quase. Naquele jogo estavam os avós, pais, filhos, tios, primos e dois intrusos: meu amigo e eu. Nós dois éramos completos alheios até a tal vuvuzela e gritos sinceros encherem nossos corações e nos fazer perceber a união e felici-

dade daquela família que tinha no futebol uma representação que não é pra qualquer um. Para eles a Copa de 2014 será a primeira do bisneto. Para mim será uma série de partidas que motivam e unem pessoas. E dessa vez eu torcerei, não por algum time, mas para que todos tenham a sorte de encontrar um grupo de pessoas como as quais encontrei.

Joga a chave Por Mirela Das Neves

Expediente Jornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas. Centro de Comunicação e Linguagem (CLC): Diretor: Rogério Bazi; Diretora-Adjunta: Cláudia de Cillo; Diretor da Faculdade: Lindolfo Alexandre de Souza. Tiragem: 2 mil. Impressão: Gráfica e Editora Z Professor responsável: Luiz Roberto Saviani Rey (MTB 13.254). Edição: Mayara Dias Diagramação: Beatriz Santos e Evandro Sabbatini

Faltam apenas vinte minutos para passar o cartão. Nada podia tirar minha alegria, pois era quase 17h20 de sexta-feira, dali dez minutos iria embora e estaria tudo bem. Eis que ouço o estrondo, penso comigo “vai chover, melhor eu já me preparar para ir embora”. Não deu tempo. Quando vi estava na porta de saída observando os automóveis que paravam na Avenida. Olho à frente e vejo meu carro: a água estava no nível da porta. “Tenho compromisso inadiável, não posso desmarcar” e com esse pensamento resolvo enfrentar

o desafio. Pergunto a um amigo como fazer para conseguir sair com o carro, pois nunca havia passado por aquela situação. “Engata a primeira, acelera, acelera, até você sair da água”. Saio. Faço um show a parte, até chegar ao carro, com funcionários do alto escalão me observando, afinal, passo em frente à prefeitura. Dou partida, acelero, acelero, engato a primeira. O carro começa a andar, acelero um pouco mais e pronto. Saí da Avenida. Aumento o som e entre gritos de alegria, bato no volante em comemoração: tudo deu certo.

Ao chegar em casa recordo que não peguei a chave ao sair. Faço competição entre os trovões e a buzina. Nada, minha mãe não ouve, aperto a campanhia. Após alguns minutos ela aparece na varanda e aos gritos peço: joga a chave para mim. De maneira súbita ela lança a chave na minha direção... A bendita passa pela minha cabeça e segue na direção da calçada. Em câmera lenta cai perto da correnteza, corro para tentar pegar, chego perto e como quem olhasse para mim e risse de maneira mordaz, ela se vai com a água.


Saúde

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Câncer é principal causa de morte de crianças no Brasil, indica estudo

Foto: divulgação

Centro Infantil Boldrini de Campinas realiza estudo para detectar até que ponto o ambiente influencia no desenvolvimento do câncer Por Jéssica Fontoura

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câncer infantil é a principal causa da mortalidade por doença das crianças brasileiras de todas as regiões do país, segundo o Instituto Nacional do Câncer

(INCA). O mais recente estudo do instituto aponta que de 2012 a 2013 foram registrados 11.530 novos casos da doença em crianças e adolescentes no Brasil. A pesquisa tem como base o Registro de

Câncer de Base Populacional (RCBP) formado por hospitais, clínicas e laboratórios distribuídos em todo o país. O câncer infantil é considerado raro quando comparado ao aparecimento de

Fatores ambientais influenciam no surgimento do câncer infantil Uma das causas para o maior desenvolvimento de tumores em crianças e adolescentes é a poluição ambiental e outros fatores exterFoto: Reprodução

nos. A conclusão é da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. No último relatório mundial da agência, foi apontado como causas do surgimento de tumores em crianças nos EUA o uso de drogas e hormônios pela gestante, poluição urbana, além de pesticidas e agrotóxicos presentes

nos alimentos. Esses fatores contribuem ainda para a má formação do feto e surgimento de doenças congênitas. Foi detectado também aumento da incidência do câncer em crianças de 0 a 14 anos de idade, principalmente leucemia e linfomas. No Brasil existem estudos semelhantes que confirmam essa tendência. Segundo a presidente do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, pesquisas da área médica no país comprovam que existe influência do meio ambiente durante a gestação que afetam diretamente na possibilidade de desenvolver

tumores em adultos. Além disso, os tumores mais frequentes em crianças a partir do primeiro ano de vida até o final da adolescência são os que atacam os glóbulos brancos e o sistema nervoso central e linfático.

O INCA aponta também que, embora seja alta a incidência de morte por câncer infantil, se detectada precocemente, a doença apresenta chance de 70% de cura.

o câncer. “A má formação durante o período da gravidez tem uma ligação com o câncer, que envolve diversas condições, dentre elas fatores externos à mãe e ao feto”, explica. Frente a isso a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou ao centro a realização de um estudo contínuo para detectar até que ponto o ambiente pode influenciar nos índices de câncer infantil. A pesquisa acompanha desde 2012 cerca de 100 mil crianças nascidas na região de Campinas desde o pré-natal até os 18 anos. Haverá também questionários estatísticos durante o início e o segundo trimestre da gravidez, e depois nos primeiros meses da vida da criança. O estudo tem orçamento calculado em R$

12 milhões, que será custeado pela iniciativa pública e privado. O objetivo é apresentar estatísticas que serão fundamentais para detectar possíveis fatores que dão origem ou aceleram o desenvolvimento de tumores e direcionar ações de prevenção. Além da pesquisa também foi lançado em Campinas um fórum permanente para debater os assuntos relacionados ao meio ambiente e o câncer da criança. Durante quatro meses entidades públicas e privadas se reunirão para divulgar pesquisas e resultados da área, além de sugerir ações públicas para apoiar ações de prevenção ao câncer infantil. Essas propostas serão divulgadas no último evento do fórum, previsto para o final deste ano.


Curiosidades

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Baixas temperaturas fazem aumentar a procura pelo reconfortante cafezinho Proprietário do Café Regina, o mais tradicional da cidade, estima aumento de ate 30% nas vendas Foto: Reprodução

Por Mayara Dias

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om a chegada do inverno no dia 21 de Junho, as lanchonetes e cafeterias da cidade começam a se preparar para aumentar o trabalho no atendimento de clientes que pedem um ‘cafezinho’ ao longo do dia. O consumo da bebida quente nessa época do ano pode chegar a 30% a mais que em outras estações, estima Jorge Vaz, proprietário do Café Regina, em Campinas (SP), o estabelecimento mais tradicional do ramo e considerado o ponto de encontro de profissionais liberais e uma espécie de “Boca Maldita” da cidade. “Diariamente, em outras épocas que não o inverno, vendemos cerca de mil xícaras com café, e com a chegada da estação esse número pode ultrapassar a marca de 1300 xícaras por dia, principalmente em dias nublados, com chuva fina, propício para uma xícara de café”, afirma dono da cafeteria, que diz ainda que os preferidos dos clientes são com conhaque ou licor. Nos anos 1980, a procura era maior, porque a concorrência também não era tão grande, “mas a saída nessa época do ano ainda aumenta”, lembra Jorge que ainda diz que o consumo de cappuccinos, chocolates quentes e xícaras de chá também crescem com a estação mais fria do ano.

Um café no coador, por favor! Uma das tradições da cafeteria é o café feito no coador de pano, segundo Jorge as xícaras de café expresso saem menos de 80 por dia, enquanto que os cafezinhos de coador cerca de 1.000 são consumidos por dia. A explicação da preferência é o processo. “Nós aqui no Café Regina aumentamos a qualidade do café cuidando para escaldar os utensílios usados para ele sair sempre quente, a

No inverno, o estabelecimento chega a vender 1300 xícaras de café por dia

uma temperatura de 96 a 98 graus, nós investimos em uma máquina norte-americana e por isso as pessoas têm essa preferência”, afirma. Em 1984 Jorge Vaz passou a comandar a administração do Café Regina quando comprou dos antigos donos, e no dia 20 de setembro deste ano ele completará 30 anos a frente da cafeteria, e como de costume esse ano também terá uma comemo-

ração, porém, ainda não foi definida qual atividade será feita, mas a ideia é preservar a interação com o cliente. O Café Regina foi fundado em 1952. O nome deriva de um prédio que existiu no local onde ele está instalado. Ao longo de várias décadas, abrigou políticos e empresários e muitas decisões foram tomadas em seus balcões. Consta no histórico político da cidade que a

candidatura a prefeito de Orestes Quércia, em 1968, saiu de uma reunião em seu recinto. Quércia, posteriormente, foi senador e governador paulista. Para se esquentar nesse inverno já sabe aonde chegar: Rua Barão de Jaguara, 1302, Centro de Campinas. A cafeteria fica aberta de segunda a sábado, das 6h às 22h15 e aos domingos e feriados das 8h às 22h. Foto: Nathália Lopes


Cultura

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Documentário propõe discussões sobre o rap nacional 42 nomes da velha e nova escola falam sobre temas como a atual relação do rap com a mídia e a aceitação do estilo como musica popular brasileira Por Bruno Garcez

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ançado no primeiro semestre deste ano, com exibição exclusiva para festivais, o documentário O Rap Pelo Rap, dirigido por Pedro Henrique Fávero, tem como proposta colocar em pauta discussões que assombram o rap nacional. Para isso, depois de um ano de trabalho, foram reunidos depoimentos de mais de quarenta nomes que transitam pela cena Hip Hop, entre eles alguns bastante expressivos, como KL Jay, Criolo, Daniel Ganjaman, Sandrão, Kamau, De Leve, Dexter e GOG. O Rap Pelo Rap é fruto do trabalho de conclusão de curso de Pedro, formado em Rádio e TV pela UNESP, e a produção foi completamente independente. Porém as limitações técnicas e os poucos anos de experiência não atrapalharam o andamento das filmagens, até porque, segundo o diretor, as pes-

soas envolvidas com o rap são bastante acessíveis e dispostas a colaborar. “Incrível como os MCs, DJs e produtores que eu conheci são humildes. Não digo mais humildes do que os artistas em geral, mas sim mais do que as pessoas em geral.” Agora recém-formado, o diretor viu no TCC a possibilidade de trabalhar com um produto que permite maior liberdade de criação em seu desenvolvimento, oportunidade encontrada com mais dificuldade no mercado de trabalho. A escolha também teve uma motivação pessoal, já que há alguns anos ele está diretamente envolvido com a cultura hip hop. Além de ser fã de rap, Pedro é baterista e já participou de diversos projetos musicais, inclusive fazendo raps e participando de rodas de improviso. “Na época estava gostando muito de rap, participando de diversos shows, rodas de rima, de improviso... Cada vez escutando, estudando o gênero, me envolvendo Foto: divulgação

mesmo no rap.” O conhecimento e vivencia do diretor foram essenciais para o resultado final da produção. O único lamento de Pedro em relação ao conteúdo foi a impossibilidade de entrevistar outros nomes importantes como Emicida, Mano Brown, Black Alien, entre outros. Ele também gostaria de ter entrevistado mais mulheres da cena. As representantes dessa ala do rap presentes no documentário são Karol Conka e Lívia Cruz. Através dos temas discutidos, o documentário tenta traçar um panorama das contradições e dogmas presentes no meio do rap. “Creio que ele é um importante registro das muitas ideias de figuras importantes do rap nacional e levanta questões a meu ver pertinentes e mal resolvidas dentro do rap nacional hoje”. Entre estas questões Pedro cita “a relação rap e mídia, diferenças entre rap novo e antigo, preconceito dentro e fora do rap, a difícil aceitação do rap como música popular brasileira, entre outros”. O documentário já foi exibido no , nas edições de São Paulo e Salvador, de-

Shaolin, um dos entrevistados do documentário

Foto: divulgação

pois de ser escolhido para integrar o seleto grupo de 23 produções participantes. Por enquanto, a íntegra não está disponível na internet, nem sendo comercializada, pois os festivais exigem que o material seja inédito. O lançamento na rede e em DVD está previsto para 2015, pois além da exclusividade exigida pelos festivais, ainda estão em busca de um patrocínio para lançar o material físico a preço acessível. Mas na página do facebook do

filme são divulgados teasers e extras, além de uma série semanal, que será lançada em breve. A divulgação bem pensada do material tem causado muita expectativa na internet. Um dos teasers, que conta com uma declaração do rapper Neto, já tem por volta de dez mil visualizações. As páginas oficiais onde este material e mais informações podem se encontrados são www. youtube.com/orappelorap e www.facebook.com/orappelorap. Foto: divulgação

O documentário foi apresentado Festival Internacional de Documentário Musical

Show de Helião, um dos personagens do documentário


Copa

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Após iniciar com continuam pre Luxo e discrição marcam ambiente de hotel que recebe Seleção Portuguesa Por Pedro Lopes

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ono de uma casa avaliada em 5,4 milhões de euros no bairro madrilenho de Pozuelo de Alarcón, o português Cristiano Ronaldo desfruta de uma infraestrutura luxuosa durante sua permanência em Campinas. Escolhido após uma triagem criteriosa da delegação lusitana, o The Palms – hotel reservado dentro do complexo do resort Royal Palm Plaza –, casa de CR7 durante a Copa do Mundo, preparou uma recepção à altura do futebol do principal destaque da Seleção Portuguesa. Desde o dia 11 de junho – data do desembarque da equipe em Campinas –, 116 quartos estão à disposição dos comandados do técnico Paulo Bento. Diferentemente dos nigerianos, que reservaram uma das quatro torres do Hotel Vitória, os portugueses exigiram a interdição do The Palms para outros hóspedes. O objetivo é garantir o silêncio e a privacidade para que os atletas tenham tranquilidade nos momentos de preparação das partidas. Responsável por monitorar os corredores e assegurar que os hóspedes dos outros setores do complexo não tenham contato com os jogadores, uma equipe de segurança 24 horas foi acionada pelo corpo diretivo do hotel. As exigências não terminam aí. Em dezembro, após a confirmação de que

Palm Plaza reserva o que há de melhor para atender a seleção portuguesa em Campinas

Campinas seria a base da equipe, os atletas solicitaram televisões com entrada compatível para videogames em todos os quartos. Tudo para que os portugueses possam simular virtualmente as jogadas que podem ser feitas nessa primeira fase do torneio. Em seu cômodo, Cristiano Ronaldo, frequentemente associado à sua vaidade, usufrui de um espelho que não embaça; travesseiros com aroma – da alfazema à camomila – e uma cama king size. O conforto não se restringe às acomodações. Com isolamento dos demais hóspedes, o spa disponibiliza aos atletas uma sauna

e sessões de massagem em horários exclusivos. Entre os funcionários do complexo, a palavra de ordem é seriedade. Há recomendações da direção para que os jogadores não sejam abordados nos corredores. Nem fotografias com os membros da delegação serão permitidas. “Só temos pessoas que são da nossa confiança. Estamos trabalhando com um pessoal que tem um pouquinho mais de tempo na casa, uma vez que será

nossa primeira experiência em Copa do Mundo”, conta Cintia Miranda, gerente do The Palms. Acostumado às duas piscinas de sua residência em Madri, Cristiano Ronaldo, caso queira dar um mergulho no complexo, terá que enfrentar o frio campineiro – a média de temperatura na cidade é de 18°C para esse mês, até julho – e o assédio dos fãs. Mesmo sem as di-

mensões do Moisés Lucarelli e do CT da Ponte Preta – locais em que Portugal está realizando os treinamentos -, um campo de society foi reformado para que os gajos possam mostrar suas habilidades. Há diárias no resort a partir de R$ 700. A assessoria do The Palms, entretanto, não divulga os valores envolvidos no pacote solicitado pela Seleção Portuguesa.


Copa

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m o pé esquerdo, seleções eparação em Campinas Seleção da Nigéria pede dicas para passeios durante estada em Campinas Por Vinicius Falavigna

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ampeã da última Copa Africana de Nações, a Nigéria decidiu, após indefinição, que Campinas seria a cidade em que fariam a preparação para a Copa do Mundo. Os locais escolhidos para treino e estadia de toda delegação foram, respectivamente, o Estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani, e o Hotel Vitória. Além dos jogos, os nigerianos prometem aproveitar tudo o que a cidade tem a oferecer. A dele-

gação nigeriana chegou à Campinas no dia 10 de junho. O diretor de marketing do Hotel Vitória Eduardo Porto, garantiu qualidade e preparo para a recepção. Ao todo, são 45 quartos utilizados para os africanos. “Nosso staff é qualificado e treinado constantemente para receber com excelência e receptividade. O hotel passou por adaptações, readequações e modernizações para o conforto da seleção”, explica. Ele ainda ressalta que os jogadores não estão tendo contato com os hóspedes. “Todo período da estada será seguro e reservado, de acordo

Espaços do Hotel Vitória em Campinas, onde John Obi Mikel (imagem) e a delegação nigeriana estão instalados

com as normas da FIFA”. As exigências dos nigerianos para a estadia foram poucas, porém curiosas. Segundo Porto, em relação ao cardápio, conforto nos quartos e instalação de equipamentos, não houve nenhum pedido especial. A real cobrança foi direcionada para dicas passeios em Campinas. “Eles querem conhecer festas, restaurantes e shoppings da cidade e nos pediram pra preparar dicas de lugares para eles conhecerem, como um city tour mesmo”, disse.

Por se tratar de uma Copa do Mundo, o hotel está organizando estratégias de segurança no “padrão FIFA”. Foram contratados 15 seguranças terceirizados, o triplo do que se costuma trabalhar. “As pessoas vão ter muita curiosidade nos jogadores e nós resolvemos aumentar a segurança para blindar os jogadores mesmo”, explicou o diretor. Curiosidades da seleção O campeonato nacional da Nigéria - chamado de Premier League - não é muito famoso mundo a fora. Por essa razão, apenas três jogadores dos 23 convocados pelo técnico Stephen Keshi atuam no país, enquanto o restante joga na Europa. Os principais des-

taques ficam por conta do goleiro Vincent Enyeama (Lille-FRA), do volante camisa 10 John Milek Obi (Chelsea-ING) e dos atacantes Victor Moses (Liverpool-ING) e Ahmed Musa (CSKA MoscouRUS). Esta será a quinta participação dos nigerianos em Copa do Mundo. As primeiras aparições foram em 1994 e 1998 e em ambas avançaram até as oitavas-de-final. Já em 2002 e 2010, não passaram da primeira fase. O grupo da Nigéria não é dos mais fáceis, porém mesmo iniciando o torneiro com o pé esquerdo, em um empate de zero a zero contra o Irã, venceu a Bósnia por um a zero e terá pela frente a Argentina.


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Campinas reforça segurança para recepcionar seleções e turistas Por Bianca de Paula

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om a estada das seleções de Portugal e Nigéria em Campinas, as conexões das seleções de Costa do Marfim, Honduras, Japão, Argélia e Rússia no Aeroporto Internacional de Viracopos e a expectativa de 40 mil turistas na cidade, o município integrou todas as forças de segurança como a Polícia Federal e Militar, Exército, Secretaria de Segurança, Guarda Municipal e outros órgãos e desenvolveram um plano de segurança para atender todas as demandas durante a Copa do Mundo. O relatório elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIn) traz medidas de segurança para serem tomadas durante a escolta com as seleções de Portugal e Nigéria. Para isso, há uma coordenação no Centro Integrado de Monitoramento de Campinas (CIMCAMP) para fiscalizar 24 horas toda a movimentação das áreas de trajeto das seleções. A seleção nigeriana está hospedada no Hotel Vitória, próximo ao Estádio Brinco de Ouro, local onde estão sendo realizados treinos para os jogos. Já na área noroeste da

cidade, a seleção de Portugal está no The Royal Palm Plaza e os treinos estão ocorrendo no Estádio Moisés Lucarelli. Todo o trajeto é monitorado por câmeras de segurança para acompanhar e fiscalizar as seleções. Por questão de segurança, não foi divulgado (até o dia da entrevista) o trajeto a ser utilizado para fazer o transporte das seleções, mas foi disponibilizado três possíveis rotas. Além disso, o delegado da Polícia Federal, Hermógenes de Freitas Leitão Neto explica que há duas frentes de segurança: a primeira no Aeroporto de Viracopos e segunda refere-se a escolta das seleções na área da Delegacia de Campinas: Portugal e Nigéria, instalados em Campinas e Costa do Marfim, hospedados em Águas de Lindóia. “A Polícia Federal conta com duas viaturas com 6 policiais para cada seleção. Além dos dois delegados da P.F, denominados como oficiais de ligação, que permanecem o tempo todo com cada uma das seleções, andando nos mesmos ônibus, ficando hospedados, acompanhando os treinamentos, e man-

Trajeto entre Aeroporto, hotel e centro de treinamento da seleção portuguesa

tendo contato direto com a base da polícia militar sobre as demandas e possíveis remanejamentos.”, afirma Hermógenes. Os times da Argélia, Honduras, Japão e Rússia, que utilizaram o Aeroporto Internacional de Viracopos entre os dias 6 e 11 de junho, também passaram pelo novo terminal com acesso restrito ao público.

Trajeto entre Aeroporto, hotel e centro de treinamento da seleção nigeriana

Reforço de segurança Para garantir a segurança das seleções e dos turistas, a Polícia Federal recebeu um reforço significativo e expressivo de três viaturas ostensivas, que serão somadas às 10 viaturas ostensivas e descaracterizadas já existentes, que acompanha nos trajetos das seleções. Em trabalho conjunto com a Polícia Federal, a Militar através do Batalhão de Ações Especiais (BAEP), responsáveis pela locomoção das seleções via Aeroporto-Hotel- Centro de Treinamento aumentaram cerca de 10% o reforço de policiais militares. Já a Secretaria de Segurança da Prefeitura de Campinas juntamente com a Guarda Municipal elaborou um plano de fiscalização, incluindo mais cinco novas câmeras, além das 372 já existentes, em lugares estratégicos na cidade, como a Av. Norte Sul, Centro de Convivência e Av dos Esportes. Todo o expediente será composto por 700 guardas municipais, número sem novas contratações. Além disso, a Empresa de Trânsito de Campinas,

EMDEC, diz estar coordenando todo o projeto de trânsito e movimentação na cidade.

Manifestações

Cada setor apresenta suas estratégias para controlar e reverter situações, caso ocorra manifestações na cidade durante a Copa. Para a Polícia Federal, segundo delegado Hermógenes de Freitas Leitão Neto, o problema da manifestação está quando vira “bagunça”, e se alguma ação encaminhar para este sentido, já existe um plano para intervir. Para o Coronel Marci Elder, há um planejamento focado e específico para essas ações. “O Batalhão de Ações Especiais está pronto para agir (caso haja manifestação) e a tropa de proteção está posta 24h por dia para garantir a segurança.”, afirma Elder. Além disso, a secretaria de segurança de Campinas informa que, desde as manifestações do ano passado, a Guarda Municipal já está treinada para lidar com todas as possibilidades que um grande evento possa oferecer.


Copa

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Transporte público de Campinas está longe do “padrão Fifa” Sub-sede da Copa, a cidade não investiu em melhorias no transporte coletivo, mas afirma que isso não será problema Por Jéssica Nogueira

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Copa do Mundo no Brasil já começou e dois dias antes do evento começar Campinas (SP) ainda não havia terminado de arrumar para receber os turistas, principalmente quando o assunto é o transporte público. A cidade é sub-sede das seleções de Portugal, que desembarcou no dia 11 de junho, às 12h05, e da Nigéria que tem chegou à cidade na terça-feira, dia 10. Segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), passarão pela cidade, durante a Copa, cer-

ca de 40 mil turistas, entre brasileiros e estrangeiros. E eles poderão ter transtornos ao utilizar o transporte público, pois os pontos de ônibus não estão devidamente sinalizados e nem todos possuem placas de informação ao usuário. Para o secretário de transportes e diretor-presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) Carlos José Barreiro, haverá ônibus suficientes nas ruas para atender a demanda de turistas, pois não se projeta grande impacto no sistema de transporte coletivo mu-

nicipal e que o município recebe cerca de 90 mil turistas mensalmente, ou seja, no período da Copa esse número caíra pela metade. “O estudo realizado pela Administração Municipal aponta que esses turistas são organizados em grupos e viajam principalmente de ônibus fretado, com menor impacto no trânsito”, explica ele. Com relação à movimentação dos turistas, a Emdec afirmou que disponibilizará, caso seja necessário, mais agentes de trânsito para auxiliarem os 328 que já estão fotos: Jéssica Nogueira

responsáveis pela Mobilidade Urbana. Esses funcionários são pessoas que cumprem funções internas dentro da empresa e poderão ser remanejados para dar um reforço aos orientadores de trânsito. O turista podem ter problemas nos pontos de ônibus também, pois dos 5,2 mil pontos, muitos não possuem demarcações suficientes, ou não possui informativos. E em alguns, a cobertura está danificada. De julho do ano passado até agora, apenas 400 pontos foram reformados e tiveram sua comunicação visual atualizada. Esse trabalho vem sendo feito em várias regiões da cidade e segundo o secretário, um novo lote de adesivos estão sendo implantados. Para a estudante Giselle Freitas Eler, Campinas não se preparou o suficiente para a Copa. “Sinceramente em todos esses anos que se passaram desde que foi decidido que a Copa seria no Brasil, eu não vi nenhum tipo de melhoria ou preparação do transporte público. A única coisa que vi de diferente foi um ônibus com as cores da bandeira e com os temas

da Copa, minha reação foi rir de nervoso diante de tanta ironia”.

Viracopos O aeroporto internacional de Viracopos recebe diariamente cerca de 25 mil pessoas, e segundo o diretor-presidente de Viracopos Luiz Alberto Küster, não haverá grande movimento no local, mesmo com a Copa ocorrendo no Brasil. “Nos dias de jogos este movimento deve cair muito no aeroporto. Essa estimativa depende das companhias aéreas, mas podemos estimar que, no geral, o movimento possa crescer em torno de 10% nesse período”, diz. Küster acrescentou ainda que Viracopos preparou uma equipe que recebeu as delegações, autoridades e eventuais torcedores. “Foi instalado um telão no saguão de passageiros, que transmite os jogos da Copa. Nas áreas de segurança e operações reforçamos as equipes para atender os passageiros”, explica o diretor.

Rodoviária A rodoviária de Campinas – Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, também está com problemas em sua estrutura física e organização para receber turistas. As placas de sinalização não são bilíngues, e os funcionários não possuem um segundo idioma. Não há variedade de restaurantes no local, a maioria são redes de fastfood, e uma das escadas rolantes que dá acesso ao terminal urbano está interditada. A assessoria de imprensa da Socicam, empresa que administra a rodoviária foi procurada para falar sobre este assunto, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.

Usuários criticam o tempo de espera de ônibus em Campinas


Copa

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Bares de Campinas apostam em novos pratos e superstição para assistir jogos da Copa Por Nathália Lopes

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s setores de comércio e serviços de Campinas devem movimentar R$ 300 milhões na cidade durante o período da Copa, que ocorre entre os dias 12 de junho à 13 de julho. O número foi estimado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). Com essa expectativa, bares e restaurantes se preparam para receber os clientes nos dias de jogos do Brasil e diversas estratégias foram programadas para isso. “Além do cardápio e das decorações relacionadas ao Brasil e à Copa, resolvemos brincar também com as superstições e espalhamos pela casa pimenta, sal grosso e fitas de Bonfim”, conta a representante de marketing de um bar e restaurante da cidade Carol Mancini. Ela conta ainda que a Copa já faz parte do calendário do estabelecimento de quatro em qua-

tro anos. “Já é a quarta Copa que nós fazemos aqui, então já entrou para o calendário de eventos do bar, e este ano criamos drinks pensando no Brasil, Espanha, Alemanha, Holanda, decoramos a casa inteira e também vamos chamar algumas atrações”, afirma Carol. Uma das cidades subsede, Campinas receberá as seleções de Portugal e Nigéria que estão hospedadas e treinam no município. Com a presença de duas das trinta e duas seleções que participarão do evento esportivo, a ACIC estima ainda um acréscimo de 50 mil pessoas em circulação tanto nos estabelecimentos dos setores comerciais quanto nos de serviço. Esse aumento pode ocorrer também porque algumas pessoas podem sair do trabalho horas antes do início dos jogos: “Serei liberado do trabalho com apenas

uma hora de antecedência, não tem como organizar muita coisa. No bar já está tudo pronto, só sentar e assistir”, conta o economista Adriano Anesi. Com toda essa movimentação, a inovação para prender os turistas e conterrâneos é indispensável. E foi pensando nisso que seu Zé, mais conhecido

como Portuga - o nome refere-se a sua nacionalidade - teve a ideia de criar um lanche em homenagem ao melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo. “A ideia do lanche surgiu exatamente no dia em que ele ganhou a bola de ouro como o melhor do mundo, e é um lanche em homenagem a

todos os portugueses que levam o nome do país aos quatro cantos do mundo”, conta Portuga. Segundo dados da ACIC a cidade possui 3.710 bares e restaurantes, e a expectativa é que o faturamento destes estabelecimentos em 2014 passe de R$5,9 milhões. Foto: Nathália Lopes

Torcedores poderão fazer pedidos para seleção e amarrar em mural

Jogador da Copa de 82 tem biografia lançada em Campinas Por Beatriz Santos

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livro Renato: o futebol de discreto charme, de autoria do jornalista campineiro João Nunes, foi lançado no dia 27 de maio, no Giovanetti Cambuí. Boa fonte de informações sobre a história do futebol praticado no Brasil, a biografia do jogador, que participou da Copa de 1982, como reserva de Sócrates e Zico, é bem amarrada e fácil de ler. A produção do livro foi rápida: apenas quatro meses. Foram entrevistadas 21 pessoas, mas o tempo curto impediu que o autor falasse com todos que gostaria. “Por exemplo, o ex-jogador Oscar, que levou Renato para o Japão, o apresentador Milton Neves, dirigentes do Atlético Mineiro, o ex-jogador Walter Casagrande e mais alguns jornalistas de São Paulo, Belo Horizonte e Campinas”, elenca. Renato gostou da experiência. “Achei muito

Foto: Beatriz Santos

Renato (esq.) e João Nunes em noite de autógrafos, no Giovanetti Cambuí

gratificante. Realmente é o que fica da carreira de um atleta”, diz. O jogador, que começou a carreira profissional no Guarani foi uma das grandes revelações do Campeonato Brasileiro de 1975, aos 18 anos. Venceria o torneio três anos depois, pelo mesmo

time. Ao longo da carreira jogou, também, pelo São Paulo, Botafogo, Atlético Mineiro, Yokohama Marinus e Kashiwa Reysol (times japoneses), Ponte Preta e Taubaté, onde se aposentou em 1997. A biografia de Renato – o Nato de Morungaba – é o

quarto livro de Nunes, jornalista e escritor, que não para de produzir: já tem uma novela, chamada “O dia em que Paul morreu”, pronta para ser lançada na internet. “Ainda não sei em qual site, mas estou estudando algumas possibilidades. Trata-se da história

de um garoto de 17 anos, nos anos 1960, que tem a vida completamente modificada depois da suposta morte de seu ídolo”, conta. Apesar de ser fã de futebol, o jornalista não pretende ir aos estádios assistir aos jogos da Copa do Mundo. “Até gostaria, mas não irei. Além disso estou escrevendo outra novela e vou aproveitar que o Brasil vai parar para escrever”. Renato também vai torcer para a seleção brasileira longe dos estádios. Quanto à escalação de Felipão, Renato apenas diz que “Gostaria de ver o Miranda na seleção”.

serviço Livro: Renato: o futebol de discreto charme Autor: João Nunes Preço: R$39,00 Editora: Pontes


Copa

24 de junho de 2014

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Históricos, estádios podem desaparecer do cenário da cidade Por Ana Benoti

O

estádio do Guarani Futebol Clube faz parte da historia do futebol campineiro e do Brasil. Foi nele que o clube se sagrou campeão brasileiro em 1978. O estádio existe há 61 anos, no entanto, os problemas encontrados, principalmente estruturais, são tantos que a possibilidade de venda é um pesadelo real. Fernando Pereira da Silva, historiador do Clube, lamenta: “está caminhando para um ponto que pro Guarani é mais negócio vender tudo do que concertar o estádio que tem e com esse dinheiro tentar pagar suas dividas e recomeçar em outro lugar.” As infiltrações são muitas, os canos e fiações antigas e

o tobogã que era sinônimo de modernidade na época, está vetado pelo corpo de bombeiros. As reformas são inviáveis, já que o Clube Social, que sustentava o time, deixou de ser importante para a população. Diante das dificuldades, a capacidade do Brinco de Ouro foi reduzida a menos da metade. E pensar que este estádio já registrou 51.720 pagantes em 1990, quando o Brasil venceu a Bulgária por 2 a 1. A seleção já tinha pisado no gramado em 1966 durante a preparação para a Copa do Mundo na Inglaterra, contra um combinado campineiro, mas nada que atraísse tamanho publico. Sob a luz de seus refletores esteve também o poderoso time do San-

Foto: Acervo do clube

O Brinco de Ouro é o único estádio do interior que já sediou um jogo da seleção brasileira

tos, de Pelé e companhia. Nesse dia, no ano de 1965, o Guarani obteve uma das suas vitórias mais expressivas, com a goleada de 5 a 1. Jogos que marcaram a história do estádio, inaugurado

em 31 de maio de 1953. Um estádio cheio de histórias e tesouros, que podem chegar ao fim. Fernando Pereira da Silva teme o futuro do Guarani: “ele pode perder ainda mais torcedores

com isso. Pode ter um estádio vazio, longe, não conseguir montar times competitivos e tornar-se um clubinho pequeno do interior. É triste ver a situação que chegou, é o sinal dos tempos”.

Majestoso tem fachada tombada, mas não escapa das especulações Por Marina Prado

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os últimos anos a Ponte Preta protagoniza especulações sobre a venda do Estádio Moisés Lucarelli. Em 2011, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC) decretou o tombamento da fachada do Majestoso, porém alguns elementos da arquitetura não poderão ser modificados independente do estabelecimento que será construído no futuro. “Qualquer proposta de construtora que envolva o Moisés precisa ser avaliada pelo conselho. Ainda há todo um caminho dentro e fora do clube para isso acontecer”, ressalta o historiador do clube José Moraes Neto. Apesar de não confirmada a demolição do Moisés, estima-se que nos próximos anos a “Macaca” receberá em

troca uma Arena Multiuso com capacidade para 30 mil pessoas, no local do Majestoso um shopping poderá ser construído. No entanto, o sentimento de perda que a demolição provocará será inevitável, como afirma Neto. “Os pontepretanos têm amor pelo local, acredito que eles gostariam que a Ponte conseguisse ter uma arena, mas continuasse com o Moisés, porém com modernidade para jogos menores”. O Moisés Lucarelli representa o maior patrimônio da Ponte e sua torcida. Inaugurado na década de 40 por iniciativa de Moysés Lucarelli e outros dirigentes do clube, o Majestoso é um dos únicos estádios do Brasil construído por seus próprios torcedores. Em 46, a “campanha do tijolo” ganhou fama em Campinas. Para concluir o levantamento do estádio, durante a sem-

Foto: Pontepretano

O Moisés Lucarelli é a casa da Associação Atlética Ponte Preta, um dos clubes mais antigos do país

ana caminhões passavam na Rua Barão de Jaguara para arrecadar doações de cimento e tijolo. Assim, nos finais de semana os pontepretanos organizavam-se em mutirões para ajudar nas obras. Após seis anos de construção, em 48, o sonho se tornou re-

alidade. A inauguração oficial aconteceu em 7 de setembro, com solenidade política e uma Missa. Já no dia 12, a Ponte enfrentou o XV de Piracicaba, protagonizando a primeira partida no local. Para Neto, a inauguração do Majestoso rep-

resentou não só um marco grandioso no esporte, mas também auxiliou no desenvolvimento da cidade. “Esse fator fez com que a Ponte jogasse a primeira divisão do paulista, além de agilizar a urbanização da região do Proença, onde é localizado o estádio”.


Turismo

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24 de junho de 2014

Elemento de espiritualidade e de luz, Rosácea será reposta na Basílica do Carmo Projeto de restauro prevê a volta do ornamento de concreto em sua fachada principal e novo sistema de iluminação para realçar o templo à noite Por Fernanda Martins

U

ma das novidades que o restauro da Basílica do Carmo, no centro de Campinas, irá apresentar será a reconstituição da Rosácea em sua fachada frontal, restituindo sua feição original da reforma dos anos 1920, segun-

do o arquiteto Marcos Tognon, encarregado do projeto. A Rosácea é elemento de ornamentação arquitetônica, ostentado pelas catedrais europeias durante o período gótico. São peças de cimento armado que foram retiradas no passado da parte frontal da Basílica em razão de problemas es-

truturais. Além desse aspecto, o projeto de restauro em andamento engloba a instalação de novo sistema de iluminação de suas fachadas, visando dar maior visibilidade noturna a um dos templos católicos mais relevantes da cidade e local de visitação turística. O conceito da RosáFoto: Nathália Lopes

cea é o de transmitir, através da luz e da cor, o contato com a espiritualidade e a ascensão ao sagrado. É constituída de abertura circular onde um desenho geométrico de bandas de pedra é preenchido por um vitral, cujas cores se projetam no interior da nave. A previsão de término do restauro, segundo

Tognon, é para o início de 2015. O processo mais demorado é o dos testes e avaliações dos materiais a serem aplicados na Basílica, com a finalidade de analisar a compatibilidade físico-química entre as partes antigas e novas da construção. Não é possível ainda calcular os custos finais das obras.

Histórica A Basílica do Carmo é um templo histórico. Está ligada aos tempos da fundação de Campinas. Foi, efetivamente, a primeira Igreja-Matriz da cidade. Antes dela, foi erigida a capela junto ao Largo Santa Cruz, datada do século 18 e construída por tropeiros em trânsito pelo caminho de Goiazes e por escravos. O prédio original da Matriz do Carmo foi inaugurado em 14 de julho de 1774, com a missa celebrada por ocasião da criação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso, elevada a Vila de São Carlos em 1797. Era uma matriz provisória, coberta de sapé, localizada na praça onde hoje se encontra o monumento ao compositor campineiro

Antônio Carlos Gomes. Essa matriz provisória funcionou desde a fundação da cidade até que estivesse pronta a matriz definitiva, inaugurada em 25 de julho de 1781, a atual Basílica do Carmo. Esta igreja foi sede da freguesia durante o período do Brasil colonial e no Império. As obras da Catedral Metropolitana iniciaram-se em 1807. Em 1870, já como Catedral de Nossa Senhora da Conceição e ainda em construção, passou à condição de Matriz, mas como a população à época não quis que a antiga matriz perdesse a condição de paróquia , foi feita a divisão do núcleo urbano de Campinas em duas paróquias, a da “Matriz Nova” (a Catedral) e a da “Matriz Velha”. Foto: Nathália Lopes

Basílica do Carmo passa por reforma no centro de Campinas

A basílica é o único templo gótico da cidade e é tido como ponto turístico muito visitado


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