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Experiências e investigações
Limites e bordas
Os limites externos e internos dos parques naturalizados precisam ser planejados. Se os pais, mães e cuidadores sentirem que as crianças estão seguras, dentro de limites claros, é mais provável que relaxem e as deixem correr e brincar livremente.
Limites externos: em locais como praças urbanas, onde há tráfego de veículos próximo, é possível pensar no desenho dos limites externos lançando mão de recursos paisagísticos como cercas vivas, de forma a garantir a segurança das crianças. Estratégias ou elementos de redução da velocidade dos veículos nas imediações também podem funcionar (acalmamento do trânsito).
Em espaços mais protegidos, como parques urbanos, as cercas vivas podem oferecer a ideia de contorno. Elas são alternativas de custo relativamente baixo e podem oferecer segurança e beleza. Diferentes espécies exigem diferentes manejos e possuem tempos de crescimento variáveis. Recomenda-se a escolha de espécies já adaptadas ao clima da região. Algumas espécies de cercas vivas para bordas externas: clúsia, murta, giesta, caliandra e azaleia.
Limites internos: cercas e delimitações internas devem refletir a estrutura física do local e os padrões de atividade dentro dele. A vegetação pode ser um sistema de bordas eficaz, ajudando a diferenciar os espaços, separá-los daqueles adjacentes e adicionar uma sensação de mistério, protegendo os ambientes mais frágeis. As barreiras verdes baixas
podem definir diferentes zonas de atividade e proporcionar brincadeiras. Algumas espécies adequadas para delimitar bordas internas são: pingo de ouro, cinerária, laurotino, camélia e agapanto.
Experiências e investigações
Diversas instalações em parques naturalizados podem possibilitar experiências de observação e pesquisa e assim aguçar a curiosidade de famílias e crianças em relação a diferentes aspectos da natureza. Aqui relacionamos algumas possibilidades:
Hotel de insetos: são muito frequentes em parques naturalizados na Alemanha, Escandinávia e Inglaterra. Trata-se de uma pequena cobertura com pedaços de madeira em decomposição. Insetos encontrarão esses locais e depositarão seus ovos ali.
Meliponário: abelhas sem ferrão proporcionam um grande fascínio para a observação - seu movimento matutino, como entram e saem da colmeia, como se organizam internamente. Além disso, ajudam na polinização de diversas espécies de plantas e árvores. Existem muitas espécies nativas de abelhas sem ferrão, originárias dos diversos ecossistemas do Brasil. O parque pode ter uma ou mais caixas com colmeias dessas espécies.
Viveiro: para começar um é preciso apenas sombra, potes, matéria orgânica, água e sementes. As mudas podem ser plantadas no próprio espaço ou doadas. Uma sementeira também pode ser uma ótima alternativa para proporcionar experiências investigativas às crianças.
Telescópios: existem alguns telescópios resistentes que podem ser instalados em espaços públicos e que permitem tanto observar estrelas quanto contemplar detalhes da paisagem.
Hotel de insetos em um parque naturalizado na Alemanha