Coleção Bernoulli FILOSOFIA
Caderno Extra FILOSOFIA
A Filosofia é a mãe de todos os saberes e ciências humanos, ou, pelo menos, o afirmaram muitos pensadores – certamente não sem discordância – ao longo da história. Por seu caráter crítico e reflexivo, há estudos que indicam resultados positivos em alunos que são inseridos formalmente nos estudos filosóficos ainda na infância. Essa coleção foi preparada visando instigar nos alunos o desejo pelo conhecimento, a autonomia ético-intelectual e o respeito à humanidade. Nos 4 anos que a compõem, os estudantes serão convidados a explorar várias áreas do pensamento filosófico, como a metafísica, a ética, a política, a estética, a filosofia da mente, a epistemologia, a lógica e a filosofia da linguagem. Os exercícios e atividades indicados no material buscam desenvolver habilidades das mais diversas, desde algumas mais abstratas, como refletir sobre a possibilidade do conhecimento, até outras mais concretas, como propor soluções para problemas do convívio social.
Conteúdo programático 6º ano VOLUME
1
2
CAPÍTULO
CONTEÚDO
1
O animal que pergunta
2
Corpo: a fronteira com o mundo
3
Dividindo o mundo
4
Vivendo em sociedade
5
Viver em conjunto
6
O que é meu e o que é de todos?
7
Tempo
8
Espaço
Conteúdo programático sujeito a alteração sem prévia comunicação.
Conteúdo programático 7º ano VOLUME
1
2
CAPÍTULO
CONTEÚDO
1
Como fazer a coisa certa?
2
Felicidade: o bem que todos querem
3
Nem só de razão vive o ser humano
4
A alegria de estar com o outro
5
A liberdade
6
Autonomia × Heteronomia
7
Ética
8
Valores e normas
Conteúdo programático sujeito a alteração sem prévia comunicação.
Conteúdo programático 8º ano VOLUME
1
2
CAPÍTULO
CONTEÚDO
1
O poder da política
2
O que é ser justo?
3
Organizando a política
4
A política de todos quando todos estão na política
5
Corpo e mente
6
Linguagem
7
A arte
8
Arte e sociedade
Conteúdo programático sujeito a alteração sem prévia comunicação.
Conteúdo programático 9º ano VOLUME
1
2
CAPÍTULO
CONTEÚDO
1
A busca pelo conhecimento
2
O conhecimento do homem e do mundo
3
Lógica formal e lógica aristotélica
4
Verdade e validade
5
Metodologia filosófica
6
O caráter provisório da ciência
7
Bioética
8
Os limites da ciência
Conteúdo programático sujeito a alteração sem prévia comunicação.
FILosoFIa .Uma das maiores mudanças acerca da visão filosófica sobre a natureza aconteceu na Idade Moderna. Diferentemente do pensamento clássico e medieval em geral, a Filosofia moderna passou a questionar até que ponto e de que forma é possível ter um conhecimento seguro sobre os objetos do mundo.
TRANSMITIDA, POR NENhuMA fORMA E NENhuM MEIO, SEjA MEcâNIcO, ElETRôNIcO O, Ou quAlquER OuTRO, SEM PRévIA AuTORIzAçÃO POR EScRITO RITO PElO BERNOullI SISTEMA DE ENSINO.
A crença advinda da Idade Moderna prega que todo fenômeno natural deve ser analisado e experimentado, a fim de se chegar a uma lei matemática que reja todos os casos comuns a esse fenômeno. Por meio dessa lei é que se torna possível prever como uma determinada situação irá se desenvolver na realidade. O exercício filosófico não buscaria mais a origem das coisas, como era proposto pela Filosofia antiga e pela medieval, mas sim a maneira como as coisas se comportam no mundo. Dessa forma, a natureza passa a ser vista, então, como uma realidade a ser decodificada, um padrão a ser descoberto.
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Dessa forma, foi criado um padrão com o objetivo de delimitar o que deveria ser feito para obter um conhecimento seguro a respeito das coisas. A esse padrão foi dado o nome de método científico. Trata-se de um sistema de regras de experimentação que garante que o conhecimento obtido é verdadeiro. A ideia era criar um processo para alcançar uma resposta verdadeira para as diversas perguntas levantadas, evitando o maior número possível de dúvidas e incertezas. Para isso, seria necessário comprovar as teorias criadas acerca de um vERSÃO PRElIMINAR: SujEITA A REvISÃO DE cONTEÚDO, DE lÍNGuA E DE lAYOuT. determinado fenômeno natural (a luz, a gravidade, o movimento) por meio de experimentos. Esses experimentos deveriam ser criados de forma que qualquer pessoa do mundo pudesse obter os mesmos resultados ao executá-los, criando assim uma lei geral sobre um dado fenômeno. Por exemplo, o filósofo Isaac Newton (1642-1727), ao constatar que todo corpo, quando é abandonado no ar, sofre uma queda até alcançar uma superfície, decidiu investigar esse fenômeno em busca de respostas que o explicassem e, para isso, fez uma série de experimentos até chegar à formulação da Lei da Gravitação Universal Universal,, também conhecida como lei da gravidade, que, além de explicar por que os objetos caem na atmosfera terrestre, explica também o movimento dos astros no céu.
Figura 8. Conta-se que o filósofo Isaac Newton descobriu a fórmula da gravitação universal quando uma maçã caiu sobre sua cabeça. Apesar de divertida, essa história não é inteiramente verdadeira: as leis científicas são descobertas mediante o trabalho árduo e a experimentação realizada pelos cientistas.
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Coleção eF6
FILOSOFIA E quanto dura cada tempo? Agostinho diz que a percepção da passagem do tempo depende de nossa mente, de nossa consciência, que se volta para o momento vivido e nele se fixa. Enquanto a consciência permanecer ligada a um momento específico, ele se torna presente na mente, seja na memória, como presença do passado, seja na intenção ou na visão, que é o presente do presente, seja na espera, que é o presente do futuro. Isso significa que passado e futuro são construções psicológicas, existindo somente na consciência ou mente humana, não na realidade.
Rafael Resende
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Por ter uma concepção psicológica do tempo, Agostinho afirma que não o medimos, mas sim a impressão ou percepção que temos dele. Essa duração poderá ser maior ou menor, dependendo da extensão da mente, da ligação desta com a experiência vivida ou com a expectativa.
Figura 3. Representação da concepção de tempo na filosofia de Santo Agostinho.
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 02. De acordo com a concepção de tempo de Agostinho, é correto afirmar que o passado, o presente e o futuro existem? EXPLIQUE sua resposta.
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Coleção EF6
Capítulo 2: Felicidade: o bem que todos querem
exerCíCios de aPreNdizagem 06. CoMPLete o quadro a seguir de acordo com as ideias de Epicuro acerca do prazer:
tipos de prazer
Quando devem ser buscados
exemplos
Naturais e necessários
Naturais e não necessários
Não naturais e não necessários
07. aSSoCie os conceitos de aponia e ataraxia a cada uma das situações a seguir: A) Flávia via se alimenta a cada três horas. Dessa forma, ela se mantém satisfeita todo o tempo. B) Ricardo começou o dia mal: o despertador não tocou e ele teve tev de se apressar para chegar à escola na hora. Mas isso não alterou sua concentração nas aulas. C) Mesmo com o dia quente, Ana não se importa com o calor. Ela usa roupas frescas, mas que também a protegem das queimaduras do Sol. D) Jonas precisava de um tênis para corrida. A vendedora lhe ofereceu um modelo de marca, mas ele preferiu outro calçado mais barato.
© Mauricio de Sousa Editora Ltda.
08. Veja eja a tirinha a seguir:
De acordo com as ideias de Epicuro, arGUMente sobre a ideia apresentada na tirinha.
Bernoulli Sistema de Ensino
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FILOSOFIA
ExErcícios dE aprENdizagEm
Na conhecida obra O beijo, do artista austríaco Gustav Klimt, um casal que vive um terno momento estaria coberto por um manto dourado que representa o amor.
Gustav Klimt / Domínio Público
A obra Iracema, do artista brasileiro Antônio Parreiras, representa a clássica personagem da história homônima de José de Alencar, no momento em que a índia desaba em profunda tristeza, quando recebe uma mensagem de seu amante pedindo-lhe que o esqueça.
Vincent van Gogh / Domínio Público
Antônio Parreiras / Domínio Público
01. Observe as obras a seguir:
A obra La Siesta, do pintor holandês Vincent van Gogh, representa um casal em um momento de descanso ao cair da tarde.
DIFERENCIE os conceitos de sensação, emoção e sentimento e IDENTIFIQUE, em cada uma das obras, aquele que mais se destaca. JUSTIFIQUE sua resposta. 02. CONCEITUE os termos pathos e afetividade e APONTE a relação existente entre eles.
2. O sentimento guiando a ação Para algumas teorias éticas, como a ética kantiana, o critério para julgar se uma ação é boa ou não está baseado na racionalidade: para Kant, a razão deve criar leis universais (imperativos categóricos). Por conta disso, é possível designar essa teoria como racionalista, ou seja, que defende que a origem do julgamento moral está na razão humana.
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Coleção EF7
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filosofia
1. As várias formas de amizade Conforme apresentado no capítulo anterior, para os gregos antigos, a amizade pode ser entendida como uma das formas de amor, caracterizada pelo termo filia (philia, no grego). Diversos filósofos se dedicaram ao estudo desse tema na antiguidade e, entre eles, destaca-se Aristóteles. Embora o tema apareça em mais de uma obra do filósofo, é interessante notar que o texto que mais chama a atenção sobre o assunto está presente em Ética a Nicômaco, livro dedicado à reflexão sobre como se deve agir para que se tenha uma vida feliz. A inserção do tema nessa obra se justifica pelo fato de Aristóteles considerar a amizade necessária à felicidade. Sobre isso, ele afirma: Porque sem amigos ninguém escolheria viver, ainda que possuísse todos os outros bens. E acredita-se, mesmo, que os ricos e aqueles que exercem autoridade e poder são os que mais precisam de amigos; pois de que serve tanta prosperidade sem um ensejo de fazer bem, se este se faz principalmente e sob a forma mais louvável aos amigos? Ou como se pode manter e salvaguardar a prosperidade sem amigos? (ARISTÓTELES, 1979, p. 179).
O Menino Maluquinho / Ziraldo
A amizade, dessa forma, está relacionada ao bem viver, à felicidade. Não se imagina que uma pessoa sem amigos possa ser feliz, afinal, com quem irá compartilhar suas conquistas e alegrias?
Figura 1. As boas amizades, apesar dos problemas, podem durar uma vida inteira.
para sabEr Er mais O poder das amizades na vida de uma pessoa
Seus amigos podem lhe trazer saúde, riqueza e felicidade – ou tirar tudo isso de você. Veja por que eles são ainda mais importantes do que você imagina. Em 1937, na Universidade Harvard, começou o maior estudo já realizado sobre a saúde humana. O projeto, que continua até hoje, acompanha milhares de pessoas. Voluntários de todas as idades e perfis, que têm sua vida analisada e passam por entrevistas e exames periódicos que tentam responder à pergunta “o que faz uma pessoa ser saudável?” A conclusão é surpreendente. O fator que mais influi no nível de saúde das pessoas não é a riqueza, a genética, a rotina, nem a alimentação. São os amigos. [...] Os amigos são o principal indicador de bem-estar na vida de alguém. [...] Isso acontece porque a ocitocina [...], hormônio que estimula as interações entre as pessoas, age no corpo como um oposto da adrenalina. Enquanto a adrenalina aumenta o nível de estresse, a ocitocina reduz os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, o que diminui a probabilidade de ataques cardíacos e derrames. E pesquisas feitas nos EUA constataram que a ocitocina também aumenta os níveis no sangue de interleucina, componente do sistema imunológico que combate as infecções.
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Coleção EF7
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FILOSOFIA
Para que um rei (ou rainha) exerça seu poder, é necessário que este seja legitimado, ou seja, é necessário que os súditos o reconheçam como detentor da capacidade de realizar algo. No fim das contas, é necessário que o poder do governante seja reconhecido para que este possa exercer o poder. Ilustrando com um exemplo: imagine que um dia, em um reino distante, todos acordassem com amnésia total (isto é, as pessoas não se lembrariam de mais nada). Como saber quem é o governante? Se não há pessoas que acreditam que o presidente ou o rei é quem governa, ou seja, que reconhecem seu poder, esses governantes não exercem poder algum sobre ninguém. O poder de um governante advém do reconhecimento das pessoas de que ele é capaz de agir no comando da sociedade. Foucault critica a ideia tradicional de poder como sendo algo que alguém possui o tempo todo, sendo capaz de fazer qualquer coisa independentemente da vontade de todas as outras pessoas. O poder precisa estar justificado para ser exercido. Talvez a forma mais fácil de perceber o que é a legitimação do poder seja nos casos em que ele está apoiado no uso da força física. Em casos em que uma região é tomada por outro país em uma guerra, o poder é legitimado pelo uso da força física, isto é, pela repressão que o exército faz à vida da população que não respeita esse poder. Em outra situação, como o caso de uma ditadura, a legitimidade do poder vem da repressão exercida sobre os opositores do governo. Nesses casos, o que justifica o poder é o fato de que o governante decide pela vida ou pela morte de seus governados. Por essa lógica, seria possível concluir que todo poder deve ser legitimado pela força física, isto é, pela repressão a qualquer tipo de pensamento que discorde ou que não reconheça o poder de um determinado governante? Foucault diz que não:
Istockphoto
Ora, me parece que a noção de repressão é totalmente inadequada para dar conta do que existe justamente de produtor no poder. […] O fundamental seria a força da proibição. Ora, creio ser esta uma noção negativa, estreita e esquelética do poder que curiosamente todo mundo aceitou. Se o poder fosse somente repressivo, se não fizesse outra coisa a não ser dizer “não”, você acredita que seria obedecido? O que faz com que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como uma força que diz “não”, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso. Deve-se considerá-lo como uma rede produtiva que atravessa todo o corpo social muito mais do que uma instância negativa que tem por função reprimir.
Figura 5. Em uma guerra, exércitos rivais se enfrentam até que um deles imponha seu poder sobre o outro pelo uso da força física. Para Foucault, esse tipo de repressão, sozinho, não garante o reconhecimento do poder de uma pessoa ou grupo.
Capítulo 1: O poder da política
08. Aristóteles afirmava que a ética e a política eram inseparáveis, de modo que a ação do político deveria, sempre, pautar-se em critérios éticos. Com base nessa afirmativa, POSICIONE-se contrária ou favoravelmente à concepção aristotélica, fundamentando a sua argumentação com um exemplo da prática política atual. 09. Foucault oucault fala de micropoderes, isto é, de estruturas de poder que não são as tradicionais e oficiais (macro), mas que compõem igualmente a política. NARRE um caso que você conheça ou ELABORE um caso fictício em que os micropoderes conseguiram se organizar e gerar uma mudança notável (seja numa rua, num bairro ou em qualquer outro lugar). 10. Leia o texto a seguir sobre Elisabeth I, rainha da Inglaterra na segunda metade do século XVI:
Domínio Público
Ao se casar com a Inglaterra, uma das armas mais diplomáticas e mais poderosas de Elisabeth era oferecer sua mão em casamento. Isso servia para a bem-sucedida política de equilíbrio de poder (Balance of Power)) da Inglaterra; utilizou-se do seu próprio valor potencial para dividir a Europa numa eventual combinação contra ela. Além de que pôde criar uma imagem pública de “Rainha Virgem”, eternamente jovem, santa, pura, casta e que dedicaria sua vida para o povo inglês.
Retrato de Elizabeth I da Inglaterra.
A rainha Elisabeth possuiu a virtú, as virtudes, por excelência, para governar (cautela, prudência, moderação, tato, sensibilidade política e arrojo nos momentos difíceis) e a capacidade de imprimir mudanças no curso da história, realizando grandes obras. Ela foi capaz de promover a estabilidade no reino da Inglaterra, dominar as situações de desafio à sua autoridade, romper definitivamente com a Igreja Católica, conter revoltas intestinas, vencer uma guerra feroz contra a, até então, Invencível Armada Espanhola, e fez de suas esquadras reais a marinha soberana de todos os mares. SILVEIRA, José Renato Ferraz da. A Inglaterra elisabetana e os conflitos pelo poder. Aurora: revista de arte, mídia e política. São Paulo, v. 6, n. 16, p. 9-23, fev. / maio. 2013.
Com base no texto e nos estudos deste capítulo, REDIJA um parágrafo identificando os elementos maquiavélicos no governo de Elisabeth I e se posicionando em relação às atitudes da monarca.
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Capítulo 2: O que é ser justo?
08. Leia os fragmentos de texto a seguir, que apresentam argumentos contrários e favoráveis à política de cotas para pessoas negras e pardas em universidades brasileiras. Texto I Infelizmente, existe hoje um abismo entre as oportunidades que têm negros, pardos e brancos, uma herança da escravidão e da forma como a mesma foi abolida: sem nenhuma compensação ou garantia para os negros. Hoje, pretos e pardos – 50,7% dos brasileiros – ocupam em torno de 30% do funcionalismo brasileiro, são 17,6% dos médicos e menos de 30% dos professores universitários. Disponível em: <http://brasildebate.com.br/cotas-nas-universidadesfederais-a-lei-e-seus-efeitos>. Acesso em: 31 out. 2016.
Texto II O sistema de cotas, favorecendo vorecendo quem foi historicamente desfavorecido pela sociedade, como negros, índios e pobres, ataca as consequências do problema e não suas causas. Ao fazê-lo, pode ajudar a perpetuar essas causas negativas, escondendo-as sob a novidade das cotas. Disponível em: <http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna. php?seq_coluna=22>. Acesso em: 31 out. 2016.
Considerando ando a relação entre a política de cotas e a ideia de concessão de privilégios apresentada anteriormente e com base nos conhecimentos adquiridos ao longo do capítulo, POSICIONE-se -se a respeito da política de cotas. JUSTIFIQUE sua posição.
Charge de Ivan Cabral
09. Veja a charge a seguir:
Com base nos conhecimentos adquiridos no capítulo, RELACIONE o contexto da charge ao papel da justiça e das leis no combate à desigualdade social.
©Joaquim S. Lavado Tejón (QUINO), TODA MAFALDA / Fotoarena / Quino
10. Leia a tirinha.
Com base na tirinha apresentada e na teoria de Hobbes, REDIJA um parágrafo argumentando sobre a importância dos acordos internacionais.
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Para saber mais
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Arte e Ciência
A arte e a ciência têm convivido através dos séculos como formas distintas de produção de conhecimento. Enquanto a ciência exige controle da experimentação e da observação, rigor metodológico e à obediência a normas e paradigmas rígidos, a arte contemporânea inova e busca permanentemente a ruptura dos padrões estabelecidos. Estes dois campos do conhecimento, arte e ciência, contudo, podem e devem colaborar e enriquecer-se mutuamente. Isto já ocorreu em períodos anteriores da história. Pode-se destacar o Renascimento e os trabalhos de Leonardo da Vinci que, sendo um artista, muito contribuiu para o conhecimento da Anatomia e da Física. A partir do século XIX, a ciência configurou seus paradigmas, que ainda influenciam a produção e o conhecimento atuais. Um dos aspectos que caracterizam a produção científica é a linguagem que busca a univocidade, ou seja, a maior exatidão possível. O discurso científico procura aproximar-se da linguagem matemática. Já a linguagem poética e as linguagens artísticas em geral, buscam o contrário, a riqueza e a pluralidade de significados, o que as enriquece. Arte Revista, São Paulo, n. 4, ago. / dez. 2014. Disponível em: <http://fpa.art.br/fparevista/ojs/index.php/00001/>. Acesso em: 04 abr. 2015
5. A arte na idade Contemporânea Durante muito tempo, no percurso da história do pensamento humano, especialmente nas concepções grega e medieval, a arte era a exposição imediata de uma verdade divina. Não se questionava essa expressão. Essa manifestação artística foi o verdadeiro fundamento e a razão de ser da existência humana. Em contrapartida, o homem moderno, na era do iluminismo, da confiança na razão e no pensamento reflexivo, não se contenta mais com essa visão. Ele estabelece a apreciação crítica como princípio, faculdade aplicada, inclusive, para investigar a própria arte. Bernoulli sistema de ensino
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capítulo 7: arte
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FILOSOFIA
Se a comunicação verbal mostra, explicitamente, a dimensão social e cultural do ser humano, a comunicação não verbal (que se manifesta por meio da linguagem corporal) deixa transparecer, implicitamente, as reações, os sentimentos e as emoções que acompanham o ser humano em suas relações com os outros. É importante não esquecer o contexto no qual o ser humano está envolvido, pois os significados dos gestos corporais têm relação com a cultura, que os reconhece. Vamos tentar perceber e entender o processo de comunicação corporal, não verbal, de conduta. O corpo fala por meio dos gestos, das expressões faciais, dos tons de voz, do controle dos movimentos, sejam eles voluntários ou não. Essas linguagens devem ser analisadas por diferentes perspectivas, sejam elas psicológicas, sociais ou culturais. Nesse processo de comunicação acontece uma interação entre as pessoas, que compartilham sentimentos e emoções, ideias e convicções, com a possibilidade de influenciar no comportamento do outro. O corpo emite sinais relacionados às diferentes experiências da vida: amor e ódio, saciedade e fome, serenidade e perturbação, etc. Esses sinais aparecem em todos os sentidos do corpo humano.
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Você já deve ter percebido e analisado diferentes sinais do corpo. Emoções positivas e negativas. Por exemplo: a diferença entre um sorriso autêntico que indica prazer e aprovação e um sorriso que indica ironia, desprezo, superioridade, agressividade. Palavras que afirmam algo que é negado pelo corpo. O olhar que se concentra na pessoa ou se desvia dela durante a fala. Permanentes dores nos ombros, etc.
Figura 5. O corpo emite sinais relacionados às diferentes experiências de vida.
ExErcícios dE aprENdizagEm 05. DIfERENCIE a comunicação verbal da comunicação não verbal, mostrando seus alcances e limites.
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Coleção EF8
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Maíra Damásio
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A esta altura de nosso estudo, você compreendeu que é possível que o homem conheça o mundo de várias formas. Mas vamos pensar somente nas formas racionais. É mesmo possível conhecer o mundo e a si mesmo? Afinal, o que é conhecimento? O homem tem a necessidade de conhecer? Quando é que o conhecimento acontece? Será que qualquer conhecimento que elaboramos em nossa mente sobre o mundo é verdade ou podemos ter apenar opiniões a respeito dos assuntos sobre os quais discutimos? Opinião é um conhecimento verdadeiro? Afinal, existe essa tal de verdade ou isso é apenas ilusão ou conversa de filósofo? Mas se for assim, todos os conhecimentos são duvidosos? É possível conhecer seguramente alguma coisa?
Maíra Damásio
Essas questões filosóficas vão guiar nosso estudo neste capítulo. Você verá que o conhecimento é, sim, possível e que não é qualquer ideia sobre o mundo que chamamos de conhecimento verdadeiro, afinal, os indivíduos podem formular ideias equivocadas sobre o mundo. Você verá também que a verdade está vinculada a uma busca incessante do ser humano, sendo que a possibilidade de se alcançá-la é altamente questionável.
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Capítulo 3: Lógica formal e lógica aristotélica
De acordo com Aristóteles, as proposições podem assumir 4 formas lógicas:
UA
CONTRÁRIAS
Todo A é B
Nenhum A é B
Todos os homens são mortais.
UN
tr
di
on
tó
C
ria
s
Nenhum homem é mortal.
s
Algum A não é B
Alguns homens são mortais.
Alguns homens não são mortais.
SUBCONTRÁRIAS
PA Legenda A - homens B - mortais
UA - Universal afirmativo UN - Universal negativo
Rubens Lima
on
ria
C
itó
tr
ad
Algum A é B
PN
PA - Particular afirmativo PN - Particular negativo
Figura 1.
exercícios de aPre aPreNdizagem reNdizagem re dizagem zagem 02. IDENTIFIQUE e CLASSIFIQUE as proposições abaixo em: UA – Universal Afirmativa
(
) Todos os homens são bons
UN – Universal Negativa
(
) Nenhum homem é bom
PA – Particular Afirmativa
(
) As formigas são insetos
PN – Particular Negativa
(
) Os morcegos não são pássaros
(
) Sócrates é filósofo
(
) Aristóteles não é ateniense
2.2. Argumento ou inferência Uma dedução (argumento) é um discurso em que, quando certas coisas são enunciadas (as premissas), algo diferente delas (a conclusão) se segue por necessidade do fato de que as coisas enunciadas são tais. Aristóteles, Primeiros Analíticos 24b19-22.
Chamamos de argumento o encadeamento lógico de várias proposições (ideias), corretamente estruturadas, que levam a uma conclusão*. No argumento, a conclusão é sustentada pelas proposições anteriores, denominadas premissas*. Sendo assim, o argumento pode ser compreendido como um conjunto de enunciados que, relacionados entre si, levam a uma conclusão. Bernoulli Sistema de Ensino
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