Folder Coleção Eu no Mundo - Anos Finais 6° e 7° anos - 2021

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ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS 6ยบ E 7ยบ ANOS

Conhecendo a si mesmo para desvendar o mundo.


Coleção Eu no Mundo A Coleção Eu no Mundo é orientada para o desenvolvimento das competências socioemocionais. Essa proposta atende à necessidade, cada vez mais urgente, de desenvolvimento de habilidades de vida dos estudantes, para um mundo mais conectado, globalizado e empático. COMPOSIÇÃO DA COLEÇÃO:

Competências gerais

EU NO MUNDO EDUCAÇÃO INFANTIL (4 E 5 ANOS) EU NO MUNDO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

EU NO MUNDO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS (6º E 7º ANOS)

EU NO MUNDO PROJETO DE VIDA ENSINO MÉDIO (1ª E 2ª SÉRIES)

Quer conhecer os livros da Coleção para outros segmentos? Saiba mais com o seu consultor pedagógico.


Competências gerais da BNCC norteadoras da Coleção Eu no Mundo

4. COMUNICAÇÃO Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital – bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. CULTURA DIGITAL Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. TRABALHO E PROJETO DE VIDA Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.


7. ARGUMENTAÇÃO

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. EMPATIA E COOPERAÇÃO

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. RESPONSABILIDADE E CIDADANIA

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Referência: Base Nacional Comum Curricular, 2017, página 9.


O que são competências socioemocionais? Capacidade de aplicar conhecimentos, valores, atitudes e habilidades para:

Enfrentar situações adversas de maneira ética, criativa e construtiva.

Tomar decisões autônomas e responsáveis.

Estabelecer metas e atingir objetivos. Relacionar-se interpessoalmente e consigo mesmo.

As competências socioemocionais alteram como o sujeito se comporta, as suas decisões, o modo de pensar e agir, bem como a forma como percebe o mundo que o rodeia.

Identificar, nomear e compreender emoções e gerenciar pensamentos e comportamentos.


Estrutura da Coleção

PERSEVERANÇA

COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

PENSAMENTO CRÍTICO

RESILIÊNCIA

AUTONOMIA AUTOCONFIANÇA

AUTOCUIDADO

O MUND E O EU

EU COMPROMETIMENTO

EU

EO

OU T R O

AUTOCONHECIMENTO

CONSUMO SUSTENTÁVEL

AUTORREGULAÇÃO COLABORAÇÃO

CRIATIVIDADE

HONESTIDADE EMPATIA

CIDADANIA CORAGEM

RESPEITO

AMIZADE

ABERTURA AO NOVO

PROATIVIDADE

USO CONSCIENTE DE RECURSOS DIGITAIS


Por dentro da Coleção A Coleção Eu no Mundo compreende que as competências e habilidades socioemocionais podem ser ensinadas, praticadas e aprimoradas considerando as diretrizes expressas na Base Nacional Comum Curricular.

Estimula o autoconhecimento e a percepção da diversidade e da tolerância como valores a serem buscados.

Ajuda a desenvolver a empatia, baseada na compreensão dos próprios sentimentos e dos sentimentos do outro.

Promove a discussão de temas atuais e altamente relevantes, como o consumo consciente e a cidadania digital.

Oferece subsídios para o professor repensar as práticas e trabalhar com intencionalidade para o desenvolvimento integral dos estudantes.


A Coleção Eu no Mundo BNCC para osda Anos Finais do Ensino Fundamental propicia reflexão e formação para a cidadania. A proposta foi estruturada em três frentes:

1 SOCIOEMOCIONAL Desenvolvimento de habilidades de vida, como autoconhecimento, comprometimento, comunicação assertiva, gestão de conflitos e empatia.

2 EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO Desenvolvimento da percepção de aspectos emocionais e éticos relacionados ao consumo, de modo que colabore para a formação de cidadãos capazes de definir metas em prol do alcance de objetivos, de tomar decisões, de assumir atitudes de consumo conscientes e de fazer uso do dinheiro de forma crítica e responsável.

3 CIDADANIA DIGITAL

Desenvolvimento de postura responsável, segura e ética para autoexpressão e interação no meio digital, ampliando a conscientização 7. ARGUMENTAÇÃO - Argumentar com base em fatos, informações emdados favor dee práticas respeitosas de relacionamento virtual e do uso confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista adequado e saudável da internet.

e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si


Princípios da Coleção Eu no Mundo Desenvolvimento de mindset de crescimento.

Habilidades de vida podem ser desenvolvidas e aprimoradas.

Todo ser humano tem o direito a ser respeitado.

Erros são oportunidades para aprender.

Foco na solução de problemas.

Todos são importantes e precisam pertencer.

Reconhecimento e gestão das emoções.


Composição 6° E 7º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Dois livros do aluno (um por semestre). Ambiente virtual para o professor com orientações para a mediação dos encontros e conteúdos digitais para a formação docente.

SUPORTE PEDAGÓGICO O projeto é implantado com a capacitação da equipe escolar e o acompanhamento de um consultor pedagógico.

CARGA HORÁRIA EXIGIDA 1 aula semanal 34 encontros anuais


Conteúdo programático

6º ANO

TÍTULO DOS ENCONTROS

PALAVRAS-CHAVE

• Meu ponto de partida • Meu eu positivo • Minhas superforças • A fórmula da minha felicidade • O museu do eu

• Autoconhecimento (quem eu sou, meus gostos, minhas preferências, minhas forças, qual é a minha tribo) • Autoestima e autoconfiança • Acordos de convivência • Virtudes e forças de caráter • Crenças positivas sobre si mesmo; autocrítica • Felicidade subjetiva e os impactos das influências sociais, em especial as influências das mídias sociais • História pessoal e familiar; raízes e pertencimento

• As emoções vão ao cinema • Sarau das emoções • Tribunal das emoções • E o Oscar vai para...

• Consciência emocional • Empatia • Distinção de emoções e sentimentos • Cuidados e criticidade ao compartilhar conteúdos na Internet e fora dela • Autenticidade no mundo digital • Real X Virtual

• Quem supera, vence • Eu sou o que penso • Ser corajoso é preciso • O poder da perseverança

• Sentir com o coração do outro • Respeito, gentileza e empatia • Simpatia ou empatia, eis a questão • Sempre haverá um alguém

• Resiliência • Adaptabilidade • Superação • Coragem • Positividade • Persistência e perseverança • Autoconfiança • Generosidade • Bullying • Cyberbullying • Empatia • Gentileza • Respeito • Tolerância • Escuta ativa

*Material em desenvolvimento: SUJEITO A MODIFICAÇÃO SEM AVISO PRÉVIO


TÍTULO DOS ENCONTROS

PALAVRAS-CHAVE

• Falando de objetivos • Encorajado! • Doe elogios • Esperança: à espera do melhor

• Automotivação • Esperança • Otimismo • Perseverança • Foco • Gentileza / Gentileza na rede • Planejamento de curto, médio e longo prazo • Adiamento de recompensa

• Conexão com a natureza • Fazer a diferença • Tempo de (re)nascer • Diferentes, mas conectados

• Respeito ambiental • Sustentabilidade • Consumo consciente • Responsabilidade social • Preservação da natureza • Biodiversidade

7º ANO TÍTULO DOS ENCONTROS

PALAVRAS-CHAVE

• Nosso Jogo • Múltiplas inteligências • Inteligência em ação • Sou o que tenho ou tenho o que sou? • Eu offline, eu online

• Acordos de convivência • Autoconhecimento / identidade • Autenticidade no mundo digital • Inteligências múltiplas • Aptidões e vocação • Coletividade • Felicidade • Publicidade e criticidade

• Apreciando • AdoleSER • Somos todos vulneráveis! • Gerando impacto

• Positividade / Otimismo • Apreciação • Empatia • Autoestima • Empreendedorismo • Encorajamento • Vulnerabilidade • Felicidade e consumo

*Material em desenvolvimento: SUJEITO A MODIFICAÇÃO SEM AVISO PRÉVIO


TÍTULO DOS ENCONTROS

PALAVRAS-CHAVE

• Eu te sinto • Eu te vejo, eu te escuto • Histórias que conectam • Cyber responsabilidade

• Autorresponsabilização • Conexão com o próximo • Empatia • Ética relacional • Bullying / Cyberbullying • Apreciação positiva do outro • Conservação de patrimônio • Postura sustentável • Responsabilidade • Fake News

• De geração para geração • Meu mapa geracional • Histórias de vida • Conexão offline

• Gerações e grupos sociais • Memórias pessoais e identidade • Senso de pertencimento • Valores pessoais

• Amor não é tabu! • Meus amigos • Amor em rede • Amor ao próximo

• Amor • Ética • Amizades • Pertencimento • Coletividade • Generosidade

• Muito mais que uma massa cinzenta! • Cérebro programável, parte 1: a percepção • Cérebro programável, parte 2: a empatia • Cérebro programável, parte 3: a integração

• Autoconhecimento • Conscientização • Metacognição • Reprogramação cerebral • Visão mental

• A mente sustentável • Eu, sustentável • Futurologia • A minha boa prática

• Causa e efeito • Coletividade • Princípios e valores • Sustentabilidade • Visão de longo prazo

• Análise de cenário • Fábrica de solução • Modelando • Desfrutando • Aprendizagem mútua

• Argumentação • Engajamento • Relacionamento e interdependência • Visão resolutiva

*Material em desenvolvimento: SUJEITO A MODIFICAÇÃO SEM AVISO PRÉVIO


Demonstrativo do material


CONHEÇA SEU LIVRO

#SeLiga Aperte o play! Esta seção indica o início de um bloco e tem o objetivo de introduzir o tema a ser tratado nos encontros a partir de uma situação-problema.

Para inspirar Esta seção traz conteúdos instigantes e inspiradores relacionados às temáticas abordadas em cada encontro que certamente despertarão sua curiosidade e o seu interesse em refletir sobre a mensagem transmitida.

Fora da escola

Em ação Esta seção apresenta propostas de vivências (jogos, dinâmicas, dramatizações...) que possibilitarão a você analisar, identificar problemas ou pontos de melhoria, elaborar hipóteses e buscar soluções.

Nesta seção você encontrará dicas informativas, curiosidades, sugestões de sites, filmes, músicas, livros e muito mais.

Galera Este é o momento em que você e seus colegas irão ser os protagonistas ao compartilhar suas ideias e reflexões acerca das atividades realizadas nos momentos anteriores e desenvolver suas habilidades comunicativas.

Nesta seção serão propostas atividades para serem desenvolvidas em parceria com familiares e amigos, a fim de colocar em prática os temas trabalhados nos encontros e ampliar o assunto também fora do ambiente escolar.

CHECK IN e CHECK OUT

Fez sentido? Ao final de cada bloco, você será desafiado(a) a realizar uma autorreflexão e uma análise do seu próprio desempenho: Como me saí? O que aprendi e como aprendi? O que posso melhorar?

Este é o nosso ambiente virtual no qual você fará o registro processual da sua jornada de aprendizado. Assim, você poderá acessar as reflexões realizadas para avaliar seu desenvolvimento ao longo do projeto.

Nestas seções você será provocado(a) a olhar para si ao início e ao final de cada encontro, respondendo perguntas que ampliarão a sua consciência emocional, seu autoconhecimento e a percepção do seu crescimento pessoal ao longo da jornada.

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.


SUMÁRIO

BLOCO 1

03 P Á G I N A

PRAZER EM ME CONHECER ENCONTRO 01

Nosso jogo

ENCONTRO 02

Múltiplas inteligências

ENCONTRO 03

Inteligência em ação

ENCONTRO 04

Sou o que tenho ou tenho o que sou?

ENCONTRO 05

Eu online, eu offline

BLOCO 2

21

P Á G I N A

POSITIVANDO ENCONTRO 06

Apreciando

ENCONTRO 07

Adolescer

ENCONTRO 08

Somos todos vulneráveis!

ENCONTRO 09

Gerando impacto

BLOCO 3

P Á G I N A

EMPATIA, SINTONIA, RESPONSABILIDADE... AÇÃO! ENCONTRO 10

Eu te sinto

ENCONTRO 11

Eu te vejo, eu te escuto

ENCONTRO 12

Histórias que conectam

ENCONTRO 13

Cyber responsabilidade

BLOCO 4

40 57 P Á G I N A

RAÍZES EMARANHADAS ENCONTRO 14

De geração para geração

ENCONTRO 15

Aprendizado entre gerações

ENCONTRO 16

Cativa-me

ENCONTRO 17

Minhas raízes

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BLOCO 1

PRAZER EM ME CONHECER!

Aperte o play!

Agora, imagine-se em uma situação na qual irá compartilhar uma imagem com seus colegas que estão interessados em conhecer você. A questão é que você tem o limite de apenas um único post. Pense e represente em seu Diário de Bordo, da maneira como desejar, como você se apresentaria.

Bora registrar sua imagem em seu Diário de Bordo?

Rubens Lima Crédito

Qual é o significado dessa imagem, na sua opinião? Observe a cena representada e o que a personagem está fazendo. Você se identifica com o que vê de alguma forma?

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ENCONTRO

CHECK IN

NOSSO JOGO

Antes de começarmos, que tal avaliar: você se conhece bem?

1%

Não é de hoje que o esporte é utilizado como uma metáfora para nos auxiliar na compreensão da natureza humana: a mente, os relacionamentos, os comportamentos... E isso não acontece por acaso. Como uma criação humana, o esporte pode ser entendido, de fato, como um grande reflexo da vida individual e coletiva. Por isso é muito positivo que nós possamos fazer uso das pistas que o mundo esportivo nos traz para analisarmos alguns aspectos de nós mesmos e dos outros e crescermos.

100%

Rubens Lima

01

Para inspirar No QR Code a seguir, você e seus colegas terão acesso a uma seleção de algumas cenas do filme Duelo de titãs, que conta a história de Hermann Boone, um técnico de futebol americano que aceita o desafio de treinar um time que há muito vinha perseguindo a vitória nos campeonatos regionais, sem êxito. O grande dificultador dessa história é que o Sr. Boone se vê na mira do preconceito, pois, sendo negro, é obrigado a encarar um cenário no qual o racismo imperava, inclusive entre os próprios jogadores do time. De uma forma engajada e firme, Boone luta para estabelecer laços entre os jogadores e transformar o time numa verdadeira e bem-sucedida equipe. O momento é de se deixar contagiar pelo poder do espírito de equipe e do comprometimento! Assiste aí e se joga!

Sobre equipes, propósitos, princípios e quebra-cabeças Os trechos do filme que você assistiu contêm algumas cenas que transmitem mensagens bem importantes, que mostram a maneira como o treinador Hermann Boone foi capaz de transformar um grupo de jovens relutantes com a sua chegada e pouco envolvidos com o sucesso do time em uma equipe coerente e unida por propósitos e princípios comuns. Chamamos de princípios aqueles valores que consideramos tão essenciais que são os que escolhemos para nos nortear nas nossas escolhas. O propósito, por sua vez, está muito ligado aos princípios, e diz respeito a algo interno que nos move, isto é, que nos mobiliza a agir, que nos motiva a caminhar. Muito maior que uma simples vontade ou hábito, o propósito é uma força interior. 4

EF7 | Coleção Eu no Mundo

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Desde a sua chegada até os dias do verdadeiro campeonato, durante os treinos e conversas com a equipe, Boone foi estabelecendo com os jogadores do time algo que podemos chamar de uma “declaração de propósito”, convidando aqueles que estivessem envolvidos com o objetivo de crescimento individual e coletivo a se tornarem corresponsáveis na busca por um propósito, um objetivo comum que guiaria a todos, tornando-os conectados uns aos outros.

Hoje, você e seus colegas iniciam, assim como o time de basquete do filme, uma nova jornada. Com ela, muitas possibilidades surgirão, todas elas voltadas para o seu crescimento, seu bem-estar e sua evolução. É verdade que nem sempre será leve, fácil ou alegre, afinal, o processo de crescimento também pode ser desafiador em vários momentos, especialmente em uma fase como a que você está vivendo, tão oscilante e repleta de altos e baixos!

Se inspire

Viktor Morozuk / Getty Images

Mas há algo muito legal nisso tudo: se todos se comprometerem pessoalmente a dar o melhor de si ao longo desse caminho, o resultado pode ser muito positivo! Isso porque, quando trabalhamos em equipe, “a coisa” funciona mais ou menos assim: cada um, com a sua individualidade, seus talentos, suas capacidades e contribuições e, é claro, seus princípios e propósitos, comprometendo-se a fazer a sua parte, torna-se peça fundamental de um quebra-cabeça que, quando completado, promete ser uma bela criação.

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Aqui, fica um espaço para a pergunta: e se, na situação representada na cena, algum membro da equipe se recusasse a entregar a sua peça? Será que o resultado do quebra-cabeças seria o mesmo? E aí? Está disposto(a) a se comprometer com o seu grupo?

#SeLiga Trabalho em equipe: UBUNTU Você já ouviu falar na expressão UBUNTU? ? Trata-se de uma palavra que representa uma filosofia e uma antiga ética africana e quer dizer: SOU PORQUE NÓS SOMOS. Basicamente, esse princípio representa a ideia de que somos seres únicos e, ao mesmo tempo, todos parte de uma coletividade, por isso, dependemos uns dos outros. E o que será que isso tem a ver com o conceito de “equipe”? Assista ao vídeo disponível a seguir e tire, você mesmo(a), as suas conclusões! Agora, responda aí: vale ou não a pena adotar a filosofia UBUNTU como princípio para a sua vida? 5


Em ação

Contrato de equipe Hoje, você e sua turma terão uma oportunidade especial: construir a sua própria declaração de propósito. Isso acontecerá por meio da elaboração de um documento: um contrato. Esse contrato garantirá que, se cada um fizer a sua parte, o grupo terá criado um lindo cenário ao final desta jornada.

Ponomariova

tty Images _Maria / Ge

Mas esse não será um contrato comum. O que dará o tom dessa construção é algo muito importante, que pode ser considerado a base, ou o princípio, quando se fala na maneira como o ser humano se comporta e nas escolhas que faz: as virtudes. Caso você não saiba do que se trata, fique tranquilo(a)! Seu (sua) professor(a) ajudará vocês a compreender melhor que história é essa.

Cole a seguir a virtude sorteada por seu grupo. Você também poderá utilizar o espaço para registrar suas ideias e as de seus colegas por meio de desenhos, frases, tags, palavras-chave, esquemas, etc.

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EF7 | Coleção Eu no Mundo

Galera Depois que o seu grupo tiver construído sua meta, escolham um porta-voz para comunicá-la aos demais colegas. A hora é de usar a fala e a escuta para aprimorar o trabalho, então, entregue-se ao poder de uma boa conversa!

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Todas essas virtudes também estão disponíveis para a sua consulta no QR Code ao lado.

Agora, escreva ou cole aqui o conjunto das cláusulas criadas por toda a turma: uma para cada virtude disponível nos cards. Esse é o contrato da turma, um documento que deve guiar as escolhas e ações de todos ao longo do ano. Recorram a ele sempre que necessário.

CHECK OUT

Reflita: você considera que, após as vivências deste encontro, se conhece um pouco mais do que se

conhecia no início dele?

Sim

Não 7

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ENCONTRO

02

CHECK IN

MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS

Antes de começarmos, que tal avaliar: você se conhece bem?

1%

100%

Para inspirar Que tipo de mensagem será que a música a seguir vai transmitir a você? Ouça, acompanhe a letra e perceba quais serão os pensamentos e sentimentos que ela irá despertar aí dentro!

Admirável chip novo Pane no sistema, alguém me desconfigurou. Aonde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido. Eu sempre achei que era vivo! [...] Mas lá vem eles novamente e eu sei o que vão fazer: Reinstalar o sistema. Pense, fale, compre, beba. Leia, vote, não se esqueça. Use, seja, ouça, diga. Tenha, more, gaste, viva. Não senhor, sim senhor, não senhor, sim senhor. [...] ADMIRÁVEL chip novo. Intérprete: Pitty. Compositor: Pitty. In: Admirável chip novo. Intérprete: Pitty. Rio de Janeiro: Deckdisk, 2003. 1 CD, Faixa 2. [Fragmento]

Para ajudar na organização do raciocínio, registre um pouquinho do que você entendeu sobre essa letra. Para isso, escolha algumas tags que representem suas ideias e preencha o espaço a seguir com elas.

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Pense em um mundo no qual todas as leis, regras, ideias, teorias e pensamentos fossem construídos e desenvolvidos a partir da ideia de que todos os seres humanos seriam idênticos na maneira de pensar, sentir, agir, e também apresentariam preferências e escolhas iguais e, portanto, deveriam se comportar de uma forma totalmente previsível, como os robôs da música que você acaba de ouvir. Agora, responda francamente: você se imagina vivendo feliz em um mundo como esse? Justifique seu ponto de vista.

De modo algum! Cada um deve ser respeitado em sua individualidade!

spfdigital / Getty Images

Sim, acho perfeitamente possível.

Bem, a verdade é que o respeito à individualidade das pessoas nem sempre foi algo considerado pela sociedade. Há não muito tempo, a ideia de que tratar as pessoas com igualdade era sinônimo de que todas elas seriam iguais entre si. Quer um exemplo? Veja a ilustração a seguir. Ela foi produzida por um artista chamado Jean-Marc Côté no ano de 1899, e seu título é nada mais, nada menos que A escola do futuro! Com o passar do tempo e a evolução das maneiras de enxergar o ser humano, as suas relações e o mundo, isso foi mudando. Aos poucos, as particularidades das pessoas foram se tornando elementos importantes a serem considerados quando se fala em Se inspire desenvolvimento humano. E, felizmente, a escola foi uma das instituições que acompanharam esses avanços! É que antigamente, quando se falava em um aluno inteligente, geralmente o que se tinha em mente para “medir” essa inteligência era um número chamado Quociente de Inteligência, também conhecido como Q.I. O problema de se usar o Q.I. como medida única e absoluta para indicar a inteligência de uma pessoa é que, embora essa seja uma forma importante de avaliar determinados tipos de capacidades, essas capacidades não resumem todas aquelas que um indivíduo pode possuir.

Há dois séculos, a ideia que se tinha sobre os seres humanos pode ser representada por imagens como essa, que mostra como seria uma escola nos anos 2000. CÔTÉ, Jean-Marc. A escola do futuro. 1899. Ilustração.

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VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT. Não senhor, sim senhor!


#SeLiga Um tempo após a criação do Quociente de Inteligência, um cientista chamado Howard Gardner passou a defender a ideia de que haveria outras formas de medir a inteligência humana. Isso porque, segundo ele, existiriam outros tipos de inteligência que iriam além da indicada pelo Q.I. Daí surgiu o conceito das múltiplas inteligências, que postula o seguinte:

Rubens Lima

Há, pelo menos, 9 maneiras de categorizar a inteligência de alguém. Cada tipo de inteligência corresponde a um conjunto específico de habilidades, que varia de pessoa para pessoa de acordo com os seus talentos, suas experiências, suas aptidões e preferências.

Em ação Chegou a hora de entender um pouco melhor sobre as múltiplas inteligências. Para isso, você e seus colegas precisarão colocar em prática suas habilidades de comunicação e expressão! Nos cards disponíveis em seu material complementar, você vai encontrar os 9 tipos principais de inteligência. Divididos em grupos, vocês se organizarão para representá-los, criando e encenando uma situação na qual eles precisem ser colocados em prática. Seu (sua) professor(a) irá ajudá-los a se prepararem, portanto, fique atento(a) às orientações que ele(a) vai passar! Após a atividade, retorne ao diagrama com o tipo de inteligência representado por cada símbolo e preencha os espaços com o nome das inteligências correspondentes.

Galera Show time! Hora de apresentar as situações que vocês construíram para a turma. Fiquem bem ligados nas apresentações dos colegas, pois elas ajudarão a compreender melhor cada tipo de inteligência. 10

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VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.


Fora da escola Minha lista de inteligências Para completar, agora chegou o momento mais significativo: é hora de entender quem é você no meio de toda essa teia de inteligências! Para isso, você deverá seguir um passo a passo. Essa parte da vivência deverá ser realizada em momento extraclasse, combinado? Confira como irá acontecer: •

Primeiro, escolha de três a quatro pessoas de sua confiança (podem ser familiares, amigos ou mesmo colegas de turma) e converse com elas a respeito dessa teoria. Você pode utilizar a figura disponível na seção “#SeLiga” e os conhecimentos que construiu sobre essa teoria para explicá-la brevemente, antes de tudo.

Pergunte a essas pessoas quais são os pontos fortes que elas consideram que você possui. Elas podem apontar talentos ou competências, características psicológicas, virtudes, quaisquer aspectos que elas acreditem que possam ser utilizados por você para contribuir com alguma melhoria em seu mundo, seja no seu entorno ou para as pessoas que nele vivem.

Construa um mind map (mapa mental) ou outro tipo de esquema ou desenho contendo as características apontadas e as inteligências relacionadas a elas, identificando as inteligências que predominam em você a partir desse exercício. Utilize o espaço a seguir para isso.

Saiba mais sobre mapas mentais acessando o QR Code ao lado.

CHECK OUT

Reflita: você considera que, após as vivências deste encontro, se conhece um pouco mais do que se

conhecia no início dele?

Sim

Não 11

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

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ENCONTRO

03

CHECK IN

INTELIGÊNCIA EM AÇÃO 1%

Antes de começarmos, que tal avaliar: você se conhece bem?

100%

Galera

Parte 1. Bate-papo: quem somos nós?

gostos;

modos de pensar;

desejos;

pontos fortes;

Alona Savchuk / Getty Images

Você e seus colegas se dividirão em grupos de acordo com os tipos de inteligência indicados nos cards do material complementar. Apresentem uns aos outros as produções que construíram na seção “Fora da escola”, contando um pouco sobre o que ela representa. Procurem identificar pontos que vocês possuem em comum: •

capacidades e aptidões.

Vocês podem produzir uma lista com esses itens para facilitar a visualização do conjunto.

Parte 2. Brainstorming: o que podemos fazer? Com as informações anteriores em mãos, você e seu grupo irão fazer um brainstorming para pensarem em uma forma de construírem, juntos, algo que seja relevante para a turma, seja no espaço da escola, seja em algum outro espaço comum a todos (como o bairro da escola), ou mesmo para a comunidade local. É importante que essa construção vá ao encontro da inteligência que desejam representar, bem como dos pontos comuns identificados no bate-papo anterior.

Sudowoodo / Getty Images

Utilize o espaço a seguir para registrar ideias, rascunhos, desenhos e outros elementos (verbais ou não verbais) que possam ajudá-los a chegar a uma ideia final sobre o que será feito.

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Em ação

Inteligência na prática Hora de colocar a mão na massa! Seguindo as orientações do seu(sua) professor(a), você e seu grupo construirão um protótipo da ideia que tiveram. Caprichem nas produções! Ao final da construção, cada grupo compartilhará o resultado com o restante da turma. Guarde aqui uma lembrança desse momento. Que tal uma foto para eternizá-lo?

Registre esse momento também em seu Diário de Bordo!

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Reflita: você considera que, após as vivências deste encontro, se conhece um pouco mais do que se

conhecia no início dele?

Sim

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ENCONTRO

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SOU O QUE TENHO OU TENHO O QUE SOU?

Antes de começarmos, que tal avaliar: você se conhece bem?

1%

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Para inspirar Sem mais delongas, para dar início ao encontro de hoje, assista ao vídeo disponível no QR Code ao lado. Agora, registre aqui, em uma única frase, uma reflexão que o filme tenha despertado em você: Insira aqui sua frase |

A gangorra da felicidade Um psicólogo estadunidense chamado Tim Kasser tem se tornado bastante conhecido por realizar estudos importantes sobre os tempos do consumo. Em uma de suas obras, traduzida para o português como O alto preço do materialismo, Kasser reúne uma série de informações que podem nos ajudar a refletir sobre algo muito relevante: afinal de contas, nossa felicidade pode ser medida pelo que temos? A seguir, você poderá conferir alguns dados bem interessantes desse estudo e pensar um pouco sobre isso. •

Kasser fala sobre dois tipos de visão: a visão materialista, que é estimulada pela indústria do consumo, e a visão baseada naquilo que chama de valores intrínsecos. O esquema é mais ou menos assim:

Valores materialistas “Uma vida de bem pode ser alcançada por uma vida de bens.”

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Valores intrínsecos Para ser feliz, é fundamental investir em valores que objetivem o crescimento pessoal, aqueles que não se encontram fora, mas dentro de cada um.

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VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT. O que sabemos?

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1. Quanto mais as pessoas valorizam objetivos materialistas, menores são sua satisfação com a vida e sua felicidade, e menos emoções agradáveis elas sentem em seu dia a dia. 2. Depressão, ansiedade e até mesmo o uso de substâncias tóxicas tendem a ser maiores entre pessoas que valorizam objetivos incentivados pela sociedade do consumo. 3. Pessoas que defendem fortemente o dinheiro, o status e a imagem tendem a se concentrar menos em cuidar do ambiente ao seu redor. 4. Estudiosos concluíram que os valores materialistas e os valores intrínsecos se comportam como se estivessem em uma gangorra: à medida que um lado sobe (e aumenta), o outro tende a descer (ou diminuir). Você e seus colegas participaram recentemente de vivências nas quais se conheceram um pouquinho a partir de tendências intrínsecas que possuem, que se encontram dentro de alguns domínios da inteligência: são aptidões, capacidades, desejos, gostos que influenciam verdadeiramente em quem são.

Rubens Lima

Com essas ideias e as novas informações em mente, converse um pouco com seus colegas sobre o título que dá nome a este encontro: afinal, somos o que temos ou temos o que somos?

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#SeLiga Gostou das informações apresentadas anteriormente? Quer conhecer um pouco mais a respeito? O vídeo disponível no QR Code ao lado traz as ideias de Kasser apresentadas de uma forma bem fácil de entender.

Em ação

Publicidade do bem Como você deve imaginar, um dos recursos mais poderosos dos quais a mídia e a indústria fazem uso é a publicidade, uma atividade humana dedicada à divulgação de empresas, produtos, serviços e até ideias junto ao público, com o objetivo de induzir pessoas a adotarem determinados tipos de comportamento, como o do consumo. Hoje, você e sua turma irão fazer uso da publicidade por uma boa causa! Divididos em grupos, vocês construirão uma campanha publicitária composta de 3 a 5 peças cujo tema deve ser o que dá nome a este encontro: “Sou o que tenho ou tenho o que sou?”. Vocês podem promover a reflexão sobre valores intrínsecos, sobre a busca pela verdadeira felicidade, sobre a visão materialista e o cultivo aos valores que verdadeiramente importam, ou qualquer outro recorte que pertença a esse tema. Para isso, será necessário fazer uso da capacidade de comunicação, argumentação, persuasão e de muita criatividade. Mãos à obra!

Galera As peças publicitárias criadas podem ser afixadas em locais estratégicos da escola (converse sobre esses locais e a forma de organizar as peças com os membros do seu grupo), com o objetivo de estimular a reflexão e a conscientização de toda a comunidade escolar sobre o trinômio consumo, felicidade e valores.

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ENCONTRO

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EU ONLINE, EU OFFLINE

Antes de começarmos, que tal avaliar: você se conhece bem?

Para inspirar

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Se inspire

CASEZY / Getty Images

A matéria disponível no QR Code a seguir vai dar o que falar! Leia em casa e traga suas ideias a respeito do tema para o encontro. Você conversará sobre elas com sua turma.

Em ação Influenciadores digitais, identidade nas redes sociais, mundo real e virtual. A reportagem da seção anterior traz temas muito relevantes para os dias de hoje, não é mesmo? Por isso, você e seus colegas vão participar de um momento bem legal: juntos, organizarão um debate em torno do tema “Identidade e limites no mundo virtual”. Prepare seu repertório, sua capacidade de comunicação e seu poder de argumentação e fique atento(a) às explicações que o(a) professor(a) vai transmitir. Quando o debate terminar, escreva a seguir qual é a sua posição final sobre o tema.

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Se quiser, você pode compartilhar uma foto dessa atividade no Diário de Bordo.

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Galera Compartilhando verdades! Nos encontros anteriores deste bloco, você teve a oportunidade de refletir um pouco a respeito de características suas que vão além da imagem ou aparência: suas virtudes, seus princípios, suas aptidões, seus desejos, seus propósitos. Esses aspectos são aqueles que definem as escolhas que você realiza, as atitudes que você toma, sua forma de pensar e sua visão de mundo.

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Preencha agora a tela da bio ao lado com algum conteúdo que represente o que você refletiu e descobriu sobre si próprio(a). Você pode utilizar a ferramenta que quiser: um desenho, uma música (criada por você ou não), um texto ou qualquer outro tipo de produção. Capriche, afinal, você está falando sobre a pessoa mais importante da sua vida: você mesmo(a)!

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Perceba que o conteúdo que você acaba de produzir é parte daquilo que podemos chamar de sua identidade, pois ela é composta daqueles aspectos que compõem os seus “valores intrínsecos”, certo? Quando falamos em mundo virtual, ainda que em muitas situações seja comum ocuparmos alguns papéis e representarmos personagens, é muito importante que não percamos de vista os nossos valores intrínsecos. Podemos dizer que eles é que são o núcleo de quem somos, do nosso “eu offline”, verdadeiro. Agora, você fará um exercício importante: mostrar que é possível levar esse “eu offline” para o mundo online, sendo verdadeiro, útil e relevante! Para isso, irá construir um post online que retrate quem você é e, ao mesmo tempo, sirva a uma causa relevante para as pessoas. O(A) professor(a) vai orientar você melhor sobre como proceder. Use o espaço a seguir para registrar suas ideias e esboçar o seu projeto.

Eu offline

Eu offline

Vamos levar esse registro para o Diário de Bordo?

#SeLiga

A verdade é que não há verdades absolutas sobre nenhuma dessas perguntas. Cada pessoa tem suas crenças e convicções a esse respeito, e elas estão todas ligadas aos valores intrínsecos que possui.

Divulgação

O que é viver? Por que estamos aqui? Qual é o nosso propósito? E a vida, é algo fácil de se levar, ou essa é uma missão difícil?

Mas, para que se tenha crenças próprias, pensar e construir ideias sobre isso é importante. E esse é justamente o objetivo do filósofo e escritor francês Oscar Brenifier, que reúne no livro O sentido da vida doze ideias interessantes sobre temas como a felicidade, os bens materiais, o cotidiano, a realização pessoal e até mesmo a morte! Tudo apresentado de uma forma simples e muito agradável de ler. 19

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Fez sentido? Nos encontros deste bloco, você pôde refletir a respeito de características que fazem de você alguém maior do que as fotos que posta na Internet. Você é uma pessoa única: é inteligente, capaz, virtuoso(a), talentoso(a), tem seus próprios sonhos, propósitos e muitos recursos para buscar uma vida feliz. Pensando nisso, ao analisar um pouco mais sobre si mesmo(a) e seus valores intrínsecos, você aprofundou seu autoconhecimento? Antes de responder, volte àquela situação inicial lá da página de abertura, verifique sua resposta e faça, novamente, o mesmo exercício, pensando se a sua posição permanece a mesma, ou se a sua forma de falar sobre si próprio(a) seria diferente. Agora, responda aí: os últimos encontros fizeram sentido para você? Retorne às suas anotações no Diário de Bordo. Compare e reflita sobre as diferenças do início e a deste momento.

AUTOAVALIAÇÃO

E aí, fez sentido?

Foco

Sim, com certeza!

Participação

Não, ainda não aprendi.

Bora registrar sua autoavaliação no Diario de Bordo?

Aprendizado Ainda estou tentando entender... Conte mais

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Manual do Professor

EF 7º ano | Volume 1 | Eu no Mundo

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Eu No MuNdo

BLOCO 1 – PRAZER EM ME CONHECER Para início de conversa Professor(a), suponha que você irá proferir uma palestra para um grande público de pessoas e precisa se apresentar brevemente para a plateia. Em seu roteiro de preparação, você elenca cinco palavras para essa apresentação. Sem pensar muito a respeito, procure identificar quais seriam essas palavras. Escreva-as no espaço a seguir.

Com isso, podemos acabar por nos distanciar daquilo que realmente carregamos de maneira intrínseca: valores, virtudes, forças de caráter, princípios, propósito. Carl Rogers, expoente da Psicologia Humanista, disse certa vez: “O paradoxo curioso é que, quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo” (ROGERS, 1961). Ora, depreende-se disso, então, que o crescimento e a evolução que pressupõem a mudança só são possíveis quando se aceita a si próprio, o que, por sua vez, só se torna viável quando se conhece sua verdadeira essência: seja com a finalidade de utilizar as próprias forças em favor do aperfeiçoamento pessoal, seja para identificar os pontos frágeis que carecem de investimento para que se desenvolvam. Esse bloco, o primeiro de um total de oito que se seguirão, tem como mote a proposta de um mergulho interior a ser vivido pelos aprendizes, superando qualquer visão de si fragilmente sustentada em crenças superficiais, reducionistas ou efêmeras sobre quem se é.

Faça, agora, uma análise das qualidades que você acaba de escrever. Pergunte-se: elas descrevem traços essenciais ou estados impermanentes? Dizem respeito a suas forças de caráter ou a aspectos ligados ao seu status atual? Elas remetem a características profundas ou superficiais e efêmeras, passíveis de mudança? Elas dizem respeito a quem você é de fato ou aos papéis sociais que você desempenha? A Psicologia denomina “persona” a porção da personalidade humana que assume a forma com que nos apresentamos ao mundo, que é desenhada por nós a partir da imagem que desejamos projetar, isto é, da maneira como desejamos que o outro nos enxergue. A persona também remete ao conceito de “máscara”. Na Antiguidade, o uso de máscaras foi adotado pelos gregos como uma forma de manifestação em rituais típicos das festas dionisíacas. Na sequência, passaram a ser utilizadas nos teatros, como meio de expressar o caráter de diferentes personagens em dramas e tragédias gregos. O significado de máscara associado à ideia de persona deve ser compreendido não como o adorno estético propriamente dito, mas sim com base no simbolismo implícito a esse tipo de artefato: ele representa a imagem da qual nos revestimos em diferentes situações para nos manifestarmos ao mundo. Trata-se, portanto, de um aspecto importante da personalidade, na medida em que diz muito sobre nossas visões, inclinações e desejos. Contudo, há um risco importante quando nos identificamos unicamente com esses traços superficiais: é o risco de distanciamento da nossa essência. Aquilo em que se deseja focar ou os aspectos sobre os quais se debruça ao buscar se conhecer são determinantes na constituição da identidade e no processo de desenvolvimento do sujeito. Essa escolha se pauta em duas opções fundamentais: QUEM SOU EM ESSÊNCIA?

QUEM EU DESEJO QUE O OUTRO ENXERGUE EM MIM?

É muito comum que acabemos nos inclinando para a segunda opção, nos identificando prioritariamente com aspectos de nossa persona: os papéis sociais que desenvolvemos nas diversas esferas da vida e do cotidiano (profissão, formação, modos de vida, estilo e visual, hábitos de rotina, entre outros elementos).

Você é nosso(a) convidado(a) neste início de jornada: desfrute do processo a ser experienciado por seus alunos e abra-se para os aprendizados que ele pode oferecer a você também, experimentando o prazer que é conhecer a si próprio(a)!

Para aprofundar Afinal de contas, é possível pensar em autoconhecimento sem educação? E a educação sem o princípio do autoconhecimento, seria possível? Para responder a essas perguntas, há que se ter em mente, antes de tudo, que tipo de concepção se possui acerca de educação, seus papéis, suas contribuições e suas responsabilidades. O artigo disponível no QR Code a seguir traz uma breve, mas proveitosa reflexão acerca da delicada relação entre a educação e o tão desejável “mergulho em si”. Boa leitura!

Algo mais Conforme introduzido anteriormente e sugerido pelo título, esse bloco tem como enfoque primordial o autoconhecimento. A sequência de encontros aqui construída foi pensada a partir de uma progressão que pretende partir da reflexão, por parte dos alunos, dos próprios atributos, e seguirá mantendo o foco no reconhecimento de valores e características intrínsecos, mas realizando transposições e projeções desses elementos para diferentes cenários da vida real. No primeiro encontro, que dá início a esse projeto, os alunos serão convidados a refletirem sobre seus papéis e responsabilidades na jornada que se iniciará: enquanto como pessoa, enquanto colega, enquanto membro de um grupo no qual a interdependência entre as partes é característica fundamental. Pretende-se sensibilizá-los para a importância de se buscar uma conduta virtuosa, baseada em forças consistentes de caráter. É interessante, professor(a), que esteja claro para eles que o resultado do caminho que será percorrido coletivamente depende do esforço e da conduta individual do grupo.

Bernoulli Sistema de Ensino

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Procure observar qual é o nível de consciência dos estudantes em relação à importância de uma vida construída sobre o cultivo das virtudes e averigue qual será o impacto dos conhecimentos aqui trabalhados sobre cada um deles, identificando aqueles que possuem senso de crescimento mais aguçado e aqueles que necessitam de um acompanhamento mais cuidadoso para que desenvolvam um olhar mais sensível. No segundo encontro, o contexto das múltiplas inteligências foi utilizado como pano de fundo para conduzir os alunos à percepção de sua individualidade, de modo que possam engatar um processo de busca por seus atributos e capacidades, superando visões e crenças derrotistas sobre si mesmos que por ventura tenham sido introjetadas com o passar do tempo, ao longo de seu processo de criação e educação. Há, aqui, uma oportunidade de trabalhar, a partir do resgate que será proposto, aspectos ligados à autoestima, à autocrítica consciente e à valorização de si. A proposta do terceiro encontro consiste em uma continuidade do anterior. Os alunos deverão fazer uso de suas capacidades de expressão para construir algo que remeta ao conjunto dos aspectos que identificaram em si, provando para si próprios que são capazes de fazer uso de suas aptidões em favor de causas e projetos que julguem relevantes.

dentro de si, de caminhar ao encontro de seus atributos essenciais, de se aproximar de seus propósitos para então analisar criticamente o mundo ao seu redor e, mais seguros e cientes de quem são, estudarem possibilidades de colocarem seus talentos, suas aptidões e suas virtudes a serviço da transformação pessoal e coletiva. Conforme dito anteriormente, nesse primeiro encontro, o objetivo é proporcionar ao aluno um mergulho em seu interior. Para isso, ele será convidado a analisar o cenário que se constitui com o advento da tecnologia e das redes sociais, identificando alguns dos pilares que sustentam visões de mundo que associam a felicidade a aspectos como a aparência, o status e os bens materiais. Na sequência, será proposto que aprofundem sua linha de análise, evocando valores, princípios e bens mais intrínsecos e muitas vezes intangíveis, reconhecendo em si os pilares mais basilares e significativos que de fato nutrirão sua caminhada pela vida. Essa página de abertura propõe justamente um exercício inicial de contraposição entre essas duas realidades: aquela

O quarto encontro traz para os alunos uma oportunidade de aprofundamento da reflexão acerca de si mesmos, abordando a importância do cultivo dos valores intrínsecos em um cenário marcado pelo fomento ao comportamento consumista desenfreado e a uma visão materialista que atribui contornos efêmeros e superficiais à ideia de felicidade. Aproveite o ensejo para promover o fortalecimento interno dos alunos a fim de torná-los conscientes das possíveis armadilhas da mídia e da indústria, quando há identificação com a máxima de que o consumo é fonte de felicidade e bem viver.

que se sustenta em bens e recursos efêmeros, e uma visão

Por fim, o quinto e último encontro desse bloco lança sobre o universo digital e sobre o mundo virtual um olhar acerca de seus aspectos intrínsecos, provocando os alunos a pensarem sobre as qualidades que fazem parte de quem são no mundo dito offline e sobre os papéis que assumem no mundo online, identificando coerências ou incoerências entre essas personas. Aqui, professor(a), é bastante recomendável que o âmbito da identidade seja abordado de forma central, de modo a levar os alunos a perceberem que aquilo que compõe seus aspectos mais profundos e a maneira como compõem a sua visão sobre si mesmos devem ser sólidos e consistentes, de modo a lhes conferir coerência entre as duas condutas, online e offline. Avalie aqui, professor(a), o nível de apreensão dos alunos acerca da importância de se fazer da Internet, das tecnologias digitais e do mundo online ferramentas a serviço do bem viver, e de se tornarem senhores de si nos espaços virtuais, utilizando-os como locais para expressão de sua individualidade e para a atuação cidadã.

imagem dentro dela. O que isso representaria? Um sentimento

Orientações para as vivências Encontro 1: Nosso jogo Página de abertura

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Não por acaso, pretende-se oferecer aos jovens estudantes e aprendizes desse projeto a oportunidade de olhar para

mais aprofundada e integral do sujeito. Explore o cenário representado na imagem. Ele retrata de modo bastante objetivo a primeira das visões referidas anteriormente. A imagem sugere que a personagem sente-se entristecida por estar cultivando um modo de vida voltado para a manutenção das aparências e para o comportamento alienado que é típico no mundo digital. Pergunte-os a respeito da relação entre essa lágrima e a de vazio, insuficiência? Uma angústia por tentar corresponder às expectativas do mundo exterior e se distanciar de si? Permita que se expressem livremente a esse respeito e, se necessário, realize intervenções que os permitam perceber as possibilidades de interpretar essa ligação com mais clareza. É desejável que, além de identificar comportamentos típicos de muitos internautas que fazem uso das redes sociais (os chamados comportamentos de manada nas redes sociais), mas que de alguma forma, se aproximem dessa visão crítica. Para isso, após permitir que analisem e leiam a ilustração, leia para eles a instrução do texto, solicitando que pensem em como desejam ser lembrados pelas pessoas, isto é, quais características pessoais consideram que são realmente representativas de si próprios. Estabeleça essa linha de comparação: quando limitamos nossa atenção a aspectos temporários e efêmeros como os que comumente são “ostentados” e valorizados no mundo da internet, o que ocorre quando esses aspectos, frágeis e passageiros que são, chegam à sua finitude? Quem nos tornamos quando eles deixam de existir? Por outro lado, se nosso olhar parte fundamentalmente dos valores e aspectos virtuosos, duradouros e intangíveis, e os escolhemos para conduzir nosso caminho, nossas escolhas, e até mesmo quando permitimos que eles venham à tona,

Este é o primeiro de oito blocos que se seguirão, compondo

se materializando através dos nossos cuidados com nossa

a progressão didática pensada para o sétimo ano no projeto

aparência e com a imagem que transmitimos, será que em

“Eu no Mundo”.

algum momento nos sentiremos vazios ou frágeis?

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Eu No MuNdo

Peça a alguns alunos que apresentem suas produções para os colegas, explicando-as. Evite censurá-los, caso tenham optado por preencher o espaço com desenhos que acompanhem o padrão denunciado pela imagem de abertura. A ideia dessa página é justamente que você, professor(a), tenha um olhar mais claro sobre os conhecimentos prévios e o nível de consciência dos estudantes em relação ao tema para que, ao longo dos encontros que se seguirão, possa intervir de maneira positiva e contributiva para o desenvolvimento de seu olhar.

Para Inspirar Esse é o encontro que abrirá toda a sequência de proposições que dará origem às experiências a serem vividas nos próximos meses no projeto Eu no Mundo voltado para o sétimo ano do Ensino Fundamental. Espera-se que essas vivências constituam oportunidades reais e significativas de aprendizado e crescimento para todos os envolvidos. Para que isso aconteça, uma condição faz-se crucial: a de que todos os participantes, na condição de aprendizes, comprometam-se com as propostas que se seguirão, fazendo jus ao potencial delas como propulsoras do desenvolvimento socioemocional. É a partir dessa condição que esse encontro foi elaborado: por meio dele, espera-se mobilizar internamente os aprendizes, aqui entendidos como membros de uma equipe, de modo a estabelecer conexões tanto interpessoais, a partir das quais uns se conectarão aos outros, quanto motivacionais (ou intrapessoais), que construirão pontes entre os sujeitos do grupo e as situações que surgirão ao longo das vivências, possibilitando que desfrutem ao máximo dos ensejos por ela suscitados. Para disparar essa atividade, optou-se por utilizar como fomentadora de uma reflexão uma seleção de cenas do filme estadunidense Duelo de titãs (Remember the Titans), produzido em 2001 e dirigido por Boaz Yakin. O filme conta a história de Hermann Boone, um técnico esportivo que aceita o desafio de se tornar o treinador do time de futebol americano da cidade de Alexandria, nos Estados Unidos, na década de 1970, quando os pensamentos racistas e segregacionistas imperavam. O convite ao técnico Hermann partiu justamente em decorrência do movimento iniciado por algumas escolas em prol da integração entre negros e brancos, que acreditavam no esporte como um possível facilitador para que esse ideal fosse atingido. Contudo, com uma forte herança ideológica que pregava a superioridade dos brancos em relação aos negros, os próprios membros do time e a comitiva desportiva que o acompanhava se mostraram bastante relutantes em relação à chegada de um técnico negro como Hermann. Logo, é possível perceber uma forte crise de princípios no grupo, além de uma incoerência de propósitos dos jogadores, que tinham seus objetivos voltados para questões ligadas ao sucesso financeiro e individual. Tratava-se de um grupo sem identidade, e o grande objetivo de Hermann passa a ser o de contribuir para transformá-lo em uma equipe, encontrando seu propósito, além de ajudá-los a vencer as barreiras do preconceito. O filme gira em torno desse enredo, que conta com lições preciosas de liderança, comprometimento, senso de coletividade, responsabilidade e outras atitudes afeitas ao desenvolvimento individual e de grupo. O foco da seleção de cenas aqui realizada projeta-se justamente nos passos dados pelo treinador para evocar o senso de comprometimento de cada um dos membros do time: ao longo de suas aulas e treinos, ele procura estimular

uma postura reflexiva dos jogadores em relação aos seus princípios, suas crenças, seus objetivos, seus propósitos e, é claro, a relação entre tudo isso e o seu desempenho como equipe, que se encontrava bastante defasado. Juntos, os participantes do novo grupo que começa a se formar dão início a uma jornada de autoconhecimento, descobertas e aprendizado que os conduzirão à construção da identidade do grupo e transformarão a realidade de todos de forma tamanha que até mesmo os desistentes optam, em dado momento, por retornar ao time. Esse é o objetivo da atividade aqui proposta: o de inspirar os alunos para que realizem a mesma reflexão a respeito de si próprios e do grupo do qual fazem parte, e a respeito de suas responsabilidades pessoais e das possibilidades de contribuição para que o grupo obtenha êxito no aprendizado que se proporá ao longo dos próximos meses com o projeto Eu no Mundo. Apresente a seleção das cenas para a turma e chame a atenção deles para a forma como a frequente ênfase dada pelo treinador a questões ligadas aos princípios que norteiam os jogadores e à união da equipe em torno de um propósito comum tornou possível uma grande e positiva transformação. A proposta de uma construção coletiva de um contrato (que consistirá no documento que oficializará a declaração de propósito a ser elaborada coletivamente) será utilizada para dar início ao caminho a ser percorrido pela turma. O recorte de cenas disponível no QR Code a seguir pode ser assistido na íntegra pelos alunos em período extraclasse ou, caso disponha de tempo, dentro de sala. No link seguinte, você terá acesso a um artigo sobre o filme Duelo de titãs, relacionando-o com conceitos da Psicanálise.

Para extrapolar Professor(a), conforme apresentado no próprio livro do aluno, tanto no filme em questão como em diversas situações de aprendizado, o esporte foi e é costumeiramente selecionado como elemento de analogia com as relações humanas e com a vida em sociedade para despertar reflexões importantes. Mas, além dessa figura de linguagem, há aqui o uso de uma outra, talvez mais sutil, mas de igual importância para uma melhor compreensão do contexto de grupo e das trocas e relações que nele se estabelecem: pretende-se aproximar a turma (ou o grupo de alunos e o(a) professor(a) que participa do projeto) ao conceito de “equipe”. Alguns autores de estudos recentes voltados para as áreas de liderança e desenvolvimento de pessoas apontam algumas diferenças essenciais entre os formatos de “grupo” e de “equipe” dentro de um espaço organizacional. Dois deles, John Katzenbach e Douglas Smith, afirmam que: “Não se pode referir a uma equipe apenas como um grupo de pessoas trabalhando juntas” (KATZENBACH; SMITH, 1993). A dupla arremata, no que diz respeito a essa diferenciação: Os membros de um grupo de trabalho não assumem a responsabilidade pelos resultados que não sejam os seus próprios, nem procuram gerar contribuições que incrementem o desempenho, o que exige o trabalho conjunto de dois ou mais membros.

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[...]

Uma declaração coletiva de propósito pode fortalecer o senso de identidade do grupo (ou equipe, no caso) e estabelecer conexões importantes que ajudarão seus membros a alcançarem as metas individuais e coletivas, assim como aconteceu na história do filme apresentado.

O contrato a ser construído deve ser levado a sério por todos os membros que estiverem verdadeiramente

A essência de uma equipe está no comprometimento coletivo. Sem ele, o desempenho do grupo é individualizado. Com ele, os membros se tornam uma unidade poderosa de desempenho coletivo. Esse tipo de comprometimento exige um propósito em que os membros da equipe possam acreditar.”

dispostos a crescer com o projeto. KATZENBACH, John; SMITH, Douglas.

A disciplina de equipes. Harvard Business Review, Massachusetts, mar. / abr. 1993. [Fragmento]

Assim sendo, pode-se afirmar que uma equipe se difere de um grupo de trabalho devido à relação de interdependência que se estabelece como condição para que os seus membros alcancem um bom desempenho e atinjam as metas coletivas. Para além do comprometimento, os mesmos autores anteriormente citados frisam, ainda, no mesmo artigo, a fundamental relação de confiança que precisa se instituir entre os membros de uma equipe para que esta obtenha uma boa performance de trabalho. Ora, o ambiente escolar como conjunto de pessoas que trabalham em prol de objetivos comuns e individuais,

#Seliga O conceito de equipe que se pretende evocar com o trabalho proposto nesse encontro tem muito em comum com o princípio por detrás do termo africano ubuntu, que representa uma antiga ética de tribos africanas que resume a ideia de interdependência entre os indivíduos. O que se pretende aqui é ampliar ainda mais o repertório dos alunos a respeito de uma perspectiva mais humanística e arrojada de coletividade, entendendo o trabalho em equipe sob a ótica da ética dos relacionamentos e tornando-os mais sensíveis aos laços que se estabelecem intrínseca e naturalmente entre eles e seu próximo. Oriente os alunos para que assistam ao vídeo, disponível no QR Code a seguir:

com seus propósitos coletivos e subjetivos, constitui uma grande teia associável a um sistema organizacional. Nessa perspectiva, e considerando a realidade do projeto Eu no Mundo, é fácil compreender que, devido à relação

Pergunte aos alunos se eles julgam ser possível que sejam

de interdependência necessária para que os membros da

verdadeiramente felizes quando estão cientes da tristeza

turma tenham êxito, as relações a serem desenvolvidas

ou miséria do outro. Converse com eles sobre a relação de

aqui devem perseguir o ideal de uma equipe.

interdependência e sobre a noção de felicidade atribuída à

Caso deseje e disponha de tempo, você pode compartilhar

coletividade.

essa distinção com os alunos, professor(a), e convidá-los

O texto disponível no QR Code a seguir traz um esclarecimento

para uma reflexão mais aprofundada acerca das relações

a respeito da ética ubuntu: sua origem, seu significado e suas

que se estabelecem entre eles, com o objetivo de

implicações.

engajá-los um pouco mais na proposta que se seguirá na próxima seção, lembrando-os da para a importância de se comprometerem uns com os outros e com o projeto e seus objetivos, para que todos tenham êxito.

Sobre equipes, propósitos, princípios e quebra-cabeças Essa leitura pretende tornar oportuna uma reflexão a respeito do filme que conectará os alunos com a atividade vivencial proposta para esse encontro: a construção de um contrato da turma, que deverá ser elaborado coletivamente e seguido por todos com o objetivo de que a equipe dê início à jornada mais bem preparada, conectada e engajada. Realize uma leitura oral do texto (é interessante que os alunos se revezem nessa leitura) e evoque as suas ideias principais, a saber: •

Em uma equipe, cada membro tem a contribuir com sua parte, o que pode ser comparado a um quebra-cabeça ou mosaico composto de partes distintas que dependem umas das outras para que o todo se constitua.

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Coleção EF7

Em ação É melhor ensinar as virtudes do que condenar os vícios.

SPINOZA, Baruch apud COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

Em suma, o que se pretende com a proposta vivencial desse encontro é descortinar, inicialmente, elementos que evoquem o já mencionado sentimento de conexão, e que de alguma maneira criem um senso coletivo de propósito e pertencimento. Para isso, entendeu-se como sendo de grande pertinência adotar o enfoque das virtudes, que também podem ser conhecidas por “forças de caráter”. Trata-se de elementos intrínsecos ao sujeito, isto é, que faz parte de sua essência. Como tais, elas são comuns a todos, e devem ser mandatórias quando se fala em conduta humana e, consequentemente, em relacionamentos. O termo “virtude” remonta ao latim virtus, palavra da qual se extrai o prefixo vir-, associado à ideia de pessoa forte. Assim, pode-se dizer que a virtude, diferentemente do que é comum se convencionar, não é apenas uma qualidade positiva.

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Cada grupo trabalhará a partir de uma virtude. Caso haja menos grupos que o número de virtudes disponíveis (15 ao todo), é interessante que cada grupo tenha a oportunidade de eleger a virtude que mais lhe parecer pertinente, em uma negociação com os demais. Contudo, o sorteio também é uma possibilidade (mais ágil) de organização.

Essa linha filosófica aristotélica compõe o arcabouço teórico que reveste o estudo encabeçado por Martin Seligman acerca das forças de caráter. Trata-se de um grande legado da área da Psicologia Positiva que agrupa, a partir de 6 grupos de virtudes, 24 traços (designados “forças de caráter”) cujos exercício e prática tornariam essas virtudes alcançáveis.

Já em grupos, os participantes deverão recorrer, no material complementar, ao card correspondente à virtude a ser trabalhada. A ideia é que leiam a respeito e discutam sobre seus entendimentos acerca da virtude escolhida, utilizando não apenas as informações disponibilizadas, como também seus conhecimentos prévios e relatos de experiência. Caso haja tempo hábil, professor(a), é interessante que eles tenham a oportunidade de realizar pesquisas extras na Internet e em outras fontes para compreenderem ainda melhor o significado e as ideias daquele conceito.

Para eleger esses 6 grupos de virtudes, Seligman e o grupo de estudiosos que trabalhou com ele recorreram a tradições milenares e correntes filosóficas de grande significado e representatividade na história da humanidade, que remontam à sabedoria oriental (a exemplo da indiana e da muçulmana) e ocidental (a exemplo da romana, da tradição cristã e da filosofia grega, dentro da qual encontram-se expoentes como Platão e o próprio Aristóteles, com a sua ética das virtudes).

Após essa pesquisa inicial, o grupo deverá refletir sobre as maneiras como a virtude em questão se aplica à realidade da turma e a forma como ela poderia ser aplicada e aproveitada em prol da construção de uma equipe bem preparada para viver uma jornada significativa ao longo do ano, nos encontros que se seguirão.

A partir disso, deverão produzir, então, uma “cláusula” do contrato que será construído, o qual consistirá em um termo de compromisso coletivo a ser seguido por todos com vistas a estabelecer um período proveitoso e positivo de convivência e aprendizado. Cada cláusula deve estar ligada à virtude trabalhada pelo grupo e deverá expressar um compromisso a ser assumido individual e coletivamente pelos membros da turma.

Uma pessoa considerada virtuosa é aquela que possui uma disposição interna de praticar o bem. A virtude pressupõe a intencionalidade e a vontade de agir em nome não apenas do próprio bem, mas também do bem comum, coletivo. Assume-se, então, uma ligação direta entre os conceitos de virtude e ética. O sujeito só pode ser considerado virtuoso quando usa seus atributos de maneira ética, utilizando seu arcabouço moral para exercitá-los e desenvolvê-los. A ética das virtudes, sistema proposto por Aristóteles, apregoa que, enquanto seres sociais e racionais, os seres humanos, para prosperarem, devem buscar aquilo que os gregos chamavam de eudaimonia, conceito que poderia se aproximar, grosso modo, da ideia de um estado de felicidade. Para alcançá-la, segundo o filósofo grego, é fundamental que o sujeito busque viver uma vida virtuosa, focada no autoaperfeiçoamento e no bem não apenas individual como também coletivo.

Há que se frisar, portanto, que embora não signifiquem a mesma coisa, os estudos da Psicologia Positiva não contradizem a ética aristotélica das virtudes, posto que esta consiste em uma filosofia que serve, junto a outras correntes e paradigmas de entendimento acerca da temática das virtudes, como base para o desenvolvimento do olhar cognitivista elucidado por Seligman. Para a realização dessa atividade, foi utilizado como base o livro Pequeno tratado das grandes virtudes (Petit traité des grandes vertús), obra do filósofo francês André Comte-Sponville, na qual é apresentada uma seleção de 15 virtudes consideradas de grande relevância no que tange à busca humana pelas alegrias, pelo bem viver e pela felicidade. As 15 virtudes apresentadas na obra serão utilizadas nessa atividade. Elas foram organizadas em cards que estão disponibilizados no QR Code a seguir, cada um deles contendo o seu nome e uma definição geral (evidentemente inspirada nas ideias de Comte-Sponville).

A proposta é que a atividade aconteça da seguinte maneira: •

Proponha a organização da turma em grupos. Recomenda-se que a divisão seja aleatória, por isso, é desejável que seja feita mediante sorteio. A quantidade de grupos não precisa, necessariamente, ser equivalente à quantidade de virtudes disponíveis, embora essa seja uma possibilidade interessante. Caso a turma tenha uma quantidade pequena de alunos, organize para que haja, no mínimo, 8 grupos.

Observação: reforce, professor(a), que encontrar pontos que favoreçam uma conexão entre os membros de um grupo é o que permite que ele se torne uma equipe, fazendo jus aos laços de interdependência que se estabelecem entre os participantes.

@Galera Quando todos os grupos tiverem produzido suas cláusulas, proceda, então, ao momento de socialização das construções. Cada grupo deve eleger um porta-voz, que comunicará aos demais qual foi a virtude trabalhada, seu significado e as conclusões a que o grupo chegou a respeito de sua aplicabilidade no contexto da turma. Por fim, deverá ler a cláusula construída. É importante que esse momento consista não apenas em uma exposição, mas em um debate, no qual todos os alunos sintam-se à vontade para participarem, dando contribuições e até mesmo sugestões de aprimoramento. Como se trata de um contrato a ser assinado por todos, é fundamental que haja o respaldo da turma em relação às cláusulas construídas. Caso os alunos não se sintam à vontade com algum aspecto evocado por uma ou mais cláusulas, é importante que tenham liberdade para compartilhar isso com os demais sem que haja censura ou qualquer desaprovação. Finalizada a discussão, proceda então à formalização desse documento. Você pode providenciar (inclusive com a ajuda dos alunos) a transcrição das cláusulas digital, organizando-as no

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formato de um contrato formal a ser assinado por cada um dos alunos. Outra sugestão é a plotagem desse contrato em um painel, que poderá ser afixado em local visível por todos, ou ainda a confecção de um painel por parte dos próprios alunos, caso haja tempo disponível. Como se trata de um contrato de condutas virtuosas, ele, evidentemente, deverá ser objeto de interesse dos alunos não apenas ao longo dos encontros do projeto Eu no Mundo, mas em todas as demais disciplinas, podendo ser utilizado como base por todo o corpo educacional e discente sempre que necessário. Professor(a) solicite aos seus alunos que assinem o contrato como forma de aumentar o engajamento com a atividade.

Encontro 2: Múltiplas inteligências Para inspirar A seção “Para inspirar” desse encontro apresenta uma canção da cantora baiana de rock Pitty chamada “Admirável chip novo”. A mensagem transmitida pela música vai ao encontro da provocação inicial que se pretende realizar aqui.

Trata-se de uma alusão à conhecida obra Admirável mundo novo, do escritor Aldous Huxley. A história de Huxley retrata um universo fictício e futurista que seria controlado por um “Estado Mundial”, que impediria, mediante o uso de algumas estratégias, qualquer tipo de iniciativa autônoma por parte da população, que é controlada inteiramente por esse governo impositivo. Nesse universo, não havia espaço para questionamentos ou inseguranças de nenhuma natureza, tampouco para a expressão de emoções que fugissem aos padrões e regras estipulados, como o medo, a tristeza ou a raiva. É uma crítica explícita à forma controladora com que as instituições políticas e ideológicas procuram exercer seu poder sobre as pessoas, desconsiderando sua individualidade. A música de Pitty repete essa crítica, desenhando um mundo no qual todas as pessoas são tratadas como se fossem robôs a serem programados de acordo com os comportamentos e ações esperados. É interessante compartilhar essa informação com os alunos, de modo a estimular sua curiosidade sobre o contexto da canção, professor(a), remetendo especialmente ao âmbito comportamental por ela denunciado. Após apresentá-la para os alunos, peça que expressem o entendimento que tiveram da canção, registrando no espaço disponível do livro algumas tags (ou palavras-chave) que expressem suas ideias e pensamentos a esse respeito. A próxima seção promoverá um aprofundamento dessa reflexão.

Não senhor, sim senhor!

O texto dessa leitura tem um propósito elucidador: ele se inicia com uma provocação justamente conectada à mensagem transmitida pela música apresentada na seção anterior, e que pretende levar os alunos a pensarem no respeito à individualidade como condição essencial à felicidade pessoal e coletiva. Para isso, são realizados questionamentos sobre um mundo hipotético no qual todos fossem tratados como se suas características, reações e comportamentos precisassem, necessariamente, ser os mesmos, como os robôs da canção.

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Coleção EF7

Faz-se, então, uma remissão à maneira como a própria educação no Ocidente esteve, ao longo de muitos séculos e, devido a diferentes contextos que foram se modificando com o passar do tempo, atrelada a uma visão de “transmissão de conteúdo”, em que se entende os alunos como sujeitos passivos no processo de aprendizagem, desconsiderando quaisquer elementos individuais, identitários ou ligados à personalidade, bem como ignorando objetivos relativos ao desenvolvimento socioemocional. Para tornar mais palpável esse entendimento, foi utilizada a ilustração do artista francês Jean Marc Cotê, datada do ano de 1899, como parte de uma série de desenhos criados pelo ilustrador com o objetivo de retratar o mundo em um tempo futuro, que a população daquela época jamais chegaria a testemunhar, mas que poderiam imaginar como seria. A ilustração em questão é intitulada A escola do futuro, mostrando como seria, em seu imaginário, a escola dos anos 2000. A gravura expressa claramente o entendimento da época a respeito da educação, que por sua vez, traduz muito da compreensão que se tinha acerca de conceitos ligados à humanidade, à individualidade, à sociedade e à ideia de ser humano: a cena retrata uma sala de aula na qual todos os alunos, assentados em posições idênticas, em carteiras enfileiradas, com materiais e expressões parecidas, recebiam um capacete por meio do qual, supostamente, o conteúdo seria transmitido diretamente dos livros, “moídos” em uma máquina, para o cérebro de cada um deles, chegando pronto e sendo assimilado. A concepção por detrás desse desenho denuncia um ideal de educação voltado exclusivamente para a apreensão de saberes prontos e alude também à ideia de inteligência como sendo algo restrito ao âmbito intelectual, o que consiste na temática central desse encontro. Essa ideia se sustentaria especialmente no princípio de que a inteligência seria um fator medido na íntegra pelos chamados testes de Q.I. Criados no princípio do século XX por um psicólogo francês chamado Alfred Binet, esses testes pretendiam medir o chamado “quociente de inteligência”, mensurado a partir do desempenho do raciocínio lógico-matemático de um sujeito. Binet compreendeu que, como o raciocínio matemático envolve uma complexidade maior que a relacionada ao aprendizado das palavras, por exemplo, este seria um bom parâmetro para se diferenciar os alunos mais inteligentes e os menos inteligentes. Durante muito tempo, o Q.I. foi utilizado como medida da inteligência de alunos em todos os cantos do globo. Evidentemente, a inteligência mensurada pelo Q.I. existe, mas utilizar essa medida como absoluta para avaliar a inteligência dos alunos é algo deveras restritivo e limitado no sentido daquilo que se compreende como a(s) capacidade(s) do sujeito. Isso porque essa seria uma forma taxativa de rotular os alunos como sendo ou não inteligentes, atribuindo ao intelecto e ao raciocínio lógico-matemático todas as chances de êxito de uma pessoa e ao desempenho acadêmico toda possibilidade de ela prosperar ou não na vida. Promova uma leitura oral do texto dessa seção (você pode propor que os alunos se revezem nessa leitura) e realize intervenções sempre que julgar pertinente, complementando o conhecimento oferecido com os dados aqui compartilhados. Enfatize, também, a concepção de que cada um deve ser respeitado em sua individualidade e em suas aptidões e que o desempenho acadêmico, embora seja um indicador relevante e

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Eu No MuNdo

importante, não é absoluto e deve ser entendido como parte de

particularidades não fossem consideradas. Pergunte-os: “seria

um conjunto complexo de potenciais e capacidades do sujeito.

possível viver em harmonia em um contexto como esse?”, ou

Foi sustentando essa máxima que o cientista estadunidense

“você se visualiza sendo feliz em uma realidade como essa?”

Howard Gardner, formado nas áreas da Neurologia e da Psicologia, desenvolveu a sua teoria das múltiplas inteligências,

Especial para você

que será introduzida na seção “#Seliga” a seguir.

No podcast disponível no QR Code a seguir, a teoria das

#Seliga

inteligências múltiplas é apresentada de uma forma breve e repleta de exemplos:

Nas palavras do próprio Howard Gardner, a teoria que estipula o Q.I. como indicador maior da inteligência humana seria restritiva na medida em que ela partiria do princípio de que as pessoas são ou não inteligentes, que nasceram assim, que esse é um dado imutável e que os testes podem dizer se a gente é um dos inteligentes ou não. Os alunos aprenderão mais sobre isso na seção seguinte.

No canal ao qual ele pertence, há uma série de outros podcasts explicativos sobre cada um dos tipos de inteligência classificados por Gardner, abordando sua aplicabilidade de forma voltada para o autoconhecimento do ouvinte.

Segundo Gardner, a concepção de inteligência careceria de um entendimento mais abrangente e complexo. O autor define inteligência como a capacidade de um sujeito de buscar soluções relevantes para problemas diversos, agregando valor ao contexto social e histórico vigente. Dessa forma, para além da inteligência lógico-matemática, haveria pelo menos outros

Em ação

8 tipos de inteligência, que foram classificadas pelo neurocientista

Conforme dito anteriormente, o objetivo dessa seção é

a partir de diferentes e diversificadas naturezas das aptidões, competências e habilidades humanas.

promover um maior entendimento dos alunos em relação aos tipos de inteligência classificados por Gardner, fornecendo-lhes

No QR Code a seguir, há uma breve reportagem sobre a teoria

insumos para que possam refletir acerca de si próprios e de

de Gardner e as contribuições deixadas por ela para o universo

suas aptidões mais adiante.

da educação.

No material complementar, há um conjunto de cartas disponíveis, cada uma delas contendo uma das nove inteligências e uma explicação breve a respeito de cada.

Por ora, vale destacar o grande legado trazido por Gardner e seus sucessores no que tange ao respeito à individualidade e às particularidades dos sujeitos, já que cada aluno passa a ser considerado em suas aptidões e visto como um ser com potenciais próprios e inúmeras possibilidades de aprimoramento e crescimento a partir do estímulo às suas diferentes inteligências. Na seção seguinte, os 9 tipos de inteligência serão apresentados e trabalhados. Após o trabalho de identificação desses tipos de inteligencia ser concluído, peça aos alunos para que retornem ao desenho dessa seção #SeLiga para nomear cada uma das inteligencias de acordo com os símbolos na imagem. Por ora, o interessante é conduzir a reflexão iniciada na leitura anterior, aprofundando-a a partir das informações constantes nessa seção, bem como dos aprofundamentos oferecidos neste Manual. Ao realizar a leitura da informação apresentada nessa seção, estimule os alunos a identificarem alguns elementos que os tornam totalmente únicos e os diferenciam de seus colegas. Auxilie-os a perceber que cada um deles possui valores, experiências, objetivos e vários outros elementos próprios que os tornam pessoas dotadas de individualidade: seus talentos, suas habilidades, seus gostos. Esses elementos, junto a alguns outros, é que determinam o rumo das suas escolhas para a vida, os seus objetivos e as suas preferências. Questione-os a respeito de um cenário no qual, assim como na música apresentada na seção “Para inspirar”, essas

A turma deve se organizar em 9 grupos para a realização dessa atividade. Cada grupo deverá ser responsável por representar um tipo de inteligência para os demais, em um “teatro de bolso”, a partir da construção de cenas breves e objetivas e da consequente atuação diante da turma. Promova um sorteio das 9 cartas, entregando uma para cada grupo. O grupo deverá ler o tipo de inteligência sorteado e, se desejar, pesquisar um pouco mais a respeito dela. Conceda alguns minutos para que eles possam definir juntos de que maneira irão explicar essa inteligência para os demais por meio da encenação, reproduzindo algum tipo de situação cotidiana no qual ela possa ser utilizada como um meio de criação de algo de valor ou como um mecanismo de resolução de um problema ou demanda. Essa é uma proposta na qual a capacidade argumentativa, aliada à criatividade e ao senso crítico dos alunos, precisará ser utilizada, por isso, professor(a), monitore ativamente os debates entre eles, intervindo sempre que necessário para que esse seja um momento coletivo de construção e para que o processo comunicativo se dê de maneira assertiva e resolutiva. É interessante que os alunos construam, caso haja tempo hábil, um breve roteiro, contendo alguns elementos fundamentais para a preparação da cena, a saber: •

Tipo de inteligência a ser oferecido.

Problemática central da cena.

O local, o tempo e o contexto da cena.

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Pequeno enredo apresentando a história a ser representada: introdução, clímax e desfecho.

Número de personagens e perfil de cada uma delas, além da associação aos respectivos atores (quem vai representar quem?).

A ideia é que cada cena tenha curta duração (de 2 a 4 minutos), portanto, é importante que a capacidade de síntese dos alunos seja exercitada durante essa construção.

@Galera Esse é o momento de colocar em prática o planejamento e a organização realizados na seção anterior. Conforme apontado anteriormente, sugere-se que cada grupo reproduza sua cena no período de 2 a 4 minutos. Oriente os alunos a realizarem, em um caderno ou folha à parte, anotações a respeito de seu entendimento acerca de cada apresentação e do tipo de inteligência a ela associado. Promova, ao final da atividade, uma breve síntese a respeito da experiência, dando a eles espaço para que compartilhem o que compreenderam e pedindo a cada grupo que leia em voz alta a descrição do tipo de inteligência que apresentou e explique

Construído o mapa ou esquema, eles deverão confrontar as percepções destacadas com as próprias percepções que haviam registrado a princípio, identificando pontos de convergência ou divergência e refletindo acerca destes. Ao final, o objetivo é que tenham insumos para identificar o(s) tipo(s) de inteligência que predominam em seu perfil, isto é, as tendências para as quais suas características mais intrínsecas, capacidades e pontos fortes apontam. Leia as instruções da atividade com eles e peça que levem o mapa mental construído no próximo encontro, quando terão a oportunidade de se conhecerem e pensarem sobre si próprios de uma forma diferente, e também de se aproximarem de seus colegas a partir de outras perspectivas, ampliando os vínculos entre si. Professor(a), reforce a importância de concluírem a atividade proposta antes do próximo encontro, pois ela será essencial para que o aluno participe das atividades. Caso não tenha conhecimento sobre a ferramenta do mapa mental (mind map), o QR Code a seguir traz alguns esclarecimentos. Trata-se de uma ferramenta de grande relevância no que diz respeito à sistematização do aprendizado.

qual foi sua intencionalidade.

Fora da escola O objetivo dessa seção é possibilitar que os alunos, dotados da concepção das múltiplas inteligências, se analisem nessa teia, identificando suas aptidões, suas características, seus talentos e outros elementos que apontariam para determinados tipos de inteligência, identificando qual (ou quais) tipos seriam predominantes em si próprios. É importante deixar muito claro para a turma que todos os indivíduos são dotados de todos os tipos de inteligência descritos por Gardner, e que todos eles podem e devem ser desenvolvidos; é justamente o conhecimento sobre o próprio perfil que dará a eles indicadores referentes aos tipos de inteligência que compõem suas fortalezas e também àqueles em que devem investir para que se desenvolvam mais e melhor. Essa autoanálise acontecerá a partir da conversa com outras pessoas que façam parte do círculo de confiança dos alunos. É necessário que as pessoas escolhidas os conheçam bem. A ideia é que possam contar com o olhar de pessoas de seu círculo íntimo que estejam dispostas a contribuir para a construção de um olhar positivo e acolhedor sobre si mesmos. Oriente os alunos para que expliquem às pessoas a quem escolheram escutar sobre a importância de evitarem a nomeação de qualidades físicas, já que o foco dessa atividade é a busca de atributos ligados às inteligências. Ao final da conversa, caberá aos alunos realizar o mapeamento das qualidades e atributos apontados pelos seus interlocutores na forma de um mapa mental ou algum outro tipo de esquema de registro, apontando os principais destaques. Como os mapas mentais não são uma ferramenta conhecida por todos, é interessante sugerir que recorram ao QR Code disponibilizado no material para que conheçam mais a respeito, e até mesmo esboçar, em momento prévio à realização da atividade, um exemplo de um mapa mental no quadro, ou exibir alguns exemplos disponíveis na Internet (no próprio QR Code há alguns) para ter certeza de que os estudantes serão capazes de construir um mapa mental de forma autônoma posteriormente.

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Coleção EF7

Encontro 3: Inteligência em ação @Galera Parte 1. Bate-papo: quem somos nós? A proposta desse encontro é uma culminância do trabalho iniciado no encontro anterior e, mais especificamente, da autorreflexão promovida a partir da atividade da seção “Fora da escola”. Nesse primeiro momento da vivência, a ideia é que os alunos se agrupem de acordo com os tipos de inteligência que se destacaram em seus esquemas (ou mapas mentais). O(A) aluno(a) que tiver percebido a predominância de mais de um tipo de inteligência (o que é bastante provável que aconteça) poderá optar por aquele que considera mais desejável trabalhar no momento. Caso haja algum tipo de inteligência no qual apenas um(a) aluno(a) tenha se sobressaído, é interessante encorajá-lo(a) a pensar em uma segunda alternativa, segundo as características apontadas em seu mapa mental, para que não trabalhe sozinho(a). O primeiro momento, chamado no material de “quem somos nós?”, acontecerá da seguinte maneira: •

Conversa inicial: oriente os alunos a conversarem sobre o tipo de inteligência escolhido, recordando seus aspectos principais.

Socialização dos perfis individuais: como uma continuidade dessa conversa, eles deverão, um de cada vez, compartilhar com os demais o seu mapa mental, explicando quais foram as características apontadas, quais são seus gostos, desejos, modos de pensar, talentos, pontos fortes, capacidades e aptidões que, segundo sua percepção e a percepção das pessoas de seus círculos de confiança com quem conversaram, os destacariam no tipo de inteligência em questão.

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Observação: o objetivo prioritário dessa conversa é que sejam capazes de identificar pontos convergentes entre seus perfis, e até mesmo aqueles divergentes, que enriquecem o grupo com um leque diversificado de habilidades e potenciais.

Lista de pontos convergentes e heterogêneos: peça aos alunos que construam, em um caderno ou folha à parte, uma lista ou tabela contendo aspectos em comum e, também, aqueles que os diferenciam. Essas informações contribuirão para a realização da segunda parte dessa socialização.

Parte 2. Brainstorming: o que podemos fazer? É chegado, então, o momento da segunda parte, o do brainstorming. Antes de dar sequência à proposta, é interessante que você, professor(a), tenha conhecimento dessa técnica, que estimula a geração de ideias a partir do compartilhamento de diferentes pontos de vista de modo livre e sem censura. No QR Code a seguir, você terá acesso a algumas informações relevantes a respeito.

os alunos poderão se organizar para apresentar para a turma um número musical breve. No caso de um projeto maior, como a construção de um sarau literário na escola ou a organização de gincanas matemáticas, por exemplo, os alunos podem elaborar um roteiro de organização contendo o cronograma, o pessoal e os recursos que serão empregados na realização do evento. Para extrapolar Professor(a), embora o objetivo dessa atividade seja que os alunos vislumbrem possibilidades de expressar seu próprio potencial em favor da transformação positiva de seu entorno em conjunto com seus pares, o que pode acontecer a partir desse exercício simbólico, seria extremamente desejável que os grupos fossem encorajados a levar adiante os seus projetos e ideias, buscando formas de executá-los. Para isso, seria interessante reservar um período extraclasse, caso seja possível, ou atuar em parceria com professores de outros componentes curriculares, em prol da execução desses projetos. Nesse caso, o recomendável é que haja acompanhamento e mediação ativa de facilitadores, como você próprio(a) e outros professores ou membros do comitê pedagógico da escola, de maneira a monitorar, auxiliar e prover os projetos. A realização de reuniões coletivas periódicas de feedback com os alunos para estimular o compartilhamento das boas práticas e do andamento dos projetos pode ser, nesse caso, uma estratégia favorável.

Com essas informações em mente, dê início ao brainstorming, incentivando os alunos a expressarem suas ideias de maneira livre e provida de um olhar contributivo e respeitoso em relação aos pontos de vista alheios. Nessa conversa, o objetivo é que os alunos elaborem, juntos, algum tipo de construção (que pode ser uma solução para um problema existente ou uma criação que agregue algum tipo de valor à realidade) que faça uso dos atributos que compartilharam na conversa inicial.

Encontro 4: Sou o que tenho ou tenho o que sou?

Essa construção pode ser um produto físico propriamente dito, algo artístico, uma solução de base tecnológica ou mesmo um produto simbólico. É desejável que essa criação esteja voltada para a realidade local dos alunos (esteja ela circunscrita ao âmbito da escola, do bairro, da comunidade ou cidade), estabelecendo impacto direto sobre ela.

De forma continuada em relação ao trabalho iniciado nesse bloco, esse encontro pretende aprofundar o foco da autoanálise à luz de perspectivas e entendimentos que se contrapõem à visão materialista incentivada pela mídia e pela indústria do consumo.

Em razão da disponibilidade de tempo, professor(a), esse será, a princípio, um exercício de maior valor simbólico do que prático. Assim, é interessante deixar claro para os alunos que não há necessidade de pensarem em um projeto grandioso, que demandaria muita dedicação e recursos muito arrojados para que seja concretizado. Essa construção deve ser algo passível de ser construído em um período breve. O espaço disponibilizado no livro pode ser utilizado como local de registro de esboços e ideias obtidas a partir da conversa, como um mecanismo auxiliar na construção da ideia final.

Em ação Tendo chegado a um consenso em relação ao que irão criar, os alunos irão, então, construir um protótipo da ideia, isto é, trazê-la para o âmbito concreto, ainda que não de uma forma palpável ou física propriamente dita. É importante frisar que as possibilidades de prototipagem e de execução da ideia são limitadas à sua natureza, ao tempo e aos recursos disponíveis.

Para inspirar

Opondo-se à ideia de felicidade e bem-estar como elementos diretamente vinculados à posse de bens materiais, as vivências serão promovidas sob o viés de um olhar mais aprofundado e sistêmico sobre o ser humano, incentivando os alunos não apenas a resgatarem as características que perceberam sobre si próprios nos últimos encontros e as entenderem como atributos realmente valorosos e como as reais riquezas que possuem, mas também a começarem a construir uma visão consciente sobre a sua própria identidade a partir de seus elementos mais essenciais. Além disso, espera-se começar a dotá-los da capacidade de enxergar criticamente as estratégias midiáticas e de mercado que se aproveitam do contexto ideológico e social, bem como de mecanismos biológicos decorrentes da própria estrutura cerebral para estimular o comportamento inconsciente de consumo e o desejo desenfreado por bens materiais. Apresente o vídeo inicialmente indicado na seção. Trata-se do curta-metragem Wake up call, produzido pelo ilustrador e designer inglês Steve Cutts no ano de 2015. Esse vídeo é um alerta sobre o impacto social e ambiental do comportamento consumista desenfreado e do poder de controle da mídia sobre os desejos e vontades humanas.

Se a ideia é, por exemplo, construir um blog sobre sustentabilidade, o protótipo não precisa, necessariamente, ser a construção do blog em si, mas poderia ser o desenho inicial do blog e a apresentação dos objetivos e metas dessa construção. Se, por outro lado, a ideia for a montagem de uma banda,

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