Coleção Bernoulli Ensino Médio 2020 - 100% BNCC

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1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO

Formação integral para a vida e para o futuro.


O Novo Ensino Médio FORMAÇÃO INTEGRAL PARA A VIDA E PARA O FUTURO Nos últimos anos, a Educação Básica no Brasil passou por uma grande reformulação. Para o Ensino Médio, a Lei de Diretrizes e Bases (alterada pela Lei nº.13.415/2017) bem como as Diretrizes Nacionais Curriculares para o Ensino Médio (DCNEM) definiram uma nova estrutura curricular que deve ser composta por duas partes:

1ª PARTE - FORMAÇÃO GERAL BÁSICA

Contempla competências e habilidades previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – articuladas como um todo indissociável e enriquecidas pelos contextos histórico, econômico, social, ambiental e cultural locais, tanto do mundo do trabalho quanto da prática social – e é organizada por áreas de conhecimento: I. Linguagens e suas Tecnologias; II. Matemática e suas Tecnologias; III. Ciências da Natureza e suas Tecnologias; IV. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

2ª PARTE - ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Constituem um conjunto de unidades curriculares que possibilitam ao estudante aprofundar os conhecimentos em determinada(s) área(s) e se preparar para o prosseguimento dos estudos e também para o mundo do trabalho. Inseparáveis da Formação Geral Básica, os chamados Itinerários Formativos integram a parte flexível e de escolha dos estudantes do Novo Ensino Médio, de acordo com a disponibilização da escola.

Novo Ensino Médio Formação Geral Básica (BNCC) Até 1 800 horas

Itinerários formativos Pelo menos 1 200 horas Partes indissociáveis


Proposta de Trabalho Bernoulli Diante do Novo Ensino Médio, o Bernoulli Sistema de Ensino, atendendo às normas legais e ao seu Projeto Pedagógico, propõe uma implementação gradativa. Para 2020, a 1ª série do Ensino Médio terá a Coleção totalmente alinhada à Formação Geral Básica, conforme as habilidades e competências da BNCC e com a proposta de um trabalho de, aproximadamente, 1 200 horas anuais (das 1 800 previstas para o total da formação geral nas três séries).

Livros da 1ª série do Ensino Médio alinhados à BNCC.

Coleção Bernoulli da 1ª série do Ensino Médio A Coleção principal do Bernoulli Sistema de Ensino para a 1ª série é composta pelas 4 áreas de conhecimento propostas pela BNCC: Matemática e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Linguagens e suas Tecnologias. Em cada área, os conteúdos das disciplinas são tratados de forma a alcançar interdisciplinaridade e maior fluidez.

Implementação gradativa respeita a trajetória do estudante.

SUGESTÃO DE CARGA HORÁRIA Considerando 35 aulas semanais, sugerimos:

Linguagens e suas Tecnologias

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Matemática e suas Tecnologias

PRINCIPAL

26 aulas semanais

Filosofia Livro 1 + Livro 2 1 aula semanal

Sociologia Livro 1 + Livro 2 1 aula semanal

Composta pelas áreas de conhecimento propostas pela BNCC

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

+

Projeto de Vida 1 encontro semanal

Laboratório Física 1 aula quinzenal

Língua Inglesa Livro 1 + Livro 2 2 aulas semanais

Laboratório Biologia 1 aula quinzenal

Língua Espanhola 1 aula semanal

Arte Livro 1 + Livro 2 1 aula semanal

Laboratório Química 1 aula semanal

Importante: • Sociologia, Filosofia, Arte e Língua Inglesa: são conteúdos imprescindíveis para cumprir as habilidades da BNCC Formação Geral. • Língua Espanhola, Caderno de Laboratório (Química, Física e Biologia): são unidades curriculares extras.

Abordagem interdisciplinar

Novas seções, atividades interativas e o uso de tecnologias digitais ampliam as experiências de aprendizagem e o protagonismo do estudante.


Composição dos materiais extras Para garantir às escolas parceiras maior autonomia na reconstrução da proposta pedagógica, bem como adequar as soluções didáticas às necessidades dos estudantes, algumas disciplinas deixaram o caderno principal:

Fale com o consultor pedagógico e conheça todos os detalhes dos materiais extras.

Conteúdos Programáticos BIOLOGIA VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

TÓPICOS A composição química dos seres vivos

1

Arte 2 livros

Água e Micronutrientes: ingredientes dos seres vivos

Filosofia 2 livros

Sais minerais Vitaminas Proteínas

A

Disciplinas retiradas dos livros principais

Água

1

Enzimas 2

Macronutrientes, Ácidos Nucleicos e Energia: outros ingredientes dos seres vivos

Carboidratos Lipídios Ácidos nucleicos

Língua Inglesa 2 livros

ATP B

1

Comunidades e População: os seres vivos sempre conectados

Organização e conceitos biológicos Relações ecológicas Ecologia Tamanho, número e forma das células Tipos de organização celular

Sociologia 2 livros

Revestimentos externos das células

Obrigatórias para Formação Geral

3

Organização Celular (Revestimentos Externos das Células e Citoplasma) e Síntese de Proteínas

A

Citoplasma O mecanismo de síntese de proteínas

2

O mecanismo de splicing Mutações gênicas

Língua Espanhola 2 livros

Passa a ser optativa

B

4

Metabolismo Energético

2

Cadeia Alimentar e Ciclos Biogeoquímicos

Fotossíntese e quimiossíntese Respiração celular e fermentação Cadeia alimentar Ciclos biogeoquímicos


VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

TÓPICOS

QUÍMICA

Experiência de Balbiani Forma e tamanho e número de núcleos

VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

Componentes do núcleo 5

Organização Celular (Núcleo) e Divisão Celular

Os cromossomos humanos Mutações cromossômicas Determinação cromossômica do sexo Divisão celular Características dos vírus

A

Reprodução dos vírus Viroses

3

Classificação dos seres vivos 6

Vírus e Classificação dos Seres Vivos

1

Modelos Atômicos: do clássico ao quântico

2

Tabela Periódica: 11 mil anos em 118 elementos

1

Sistemas Químicos: o que compõe a natureza?

3

Ligações Iônicas e Metálicas

4

Ligações Covalentes

A

Categorias taxonômicas Noções sobre sistemática e árvores filogenéticas

1

Os reinos dos seres vivos Os domínios dos seres vivos Regras de nomenclatura científica para os seres vivos Sucessão ecológica B

3

Sucessão Ecológica e Ecossistemas e Biomas Brasileiros

Características de uma sucessão Ecossistemas terrestres Biomas brasileiros B

Características gerais 7

Bactérias

Reprodução das bactérias Utilidades e nocividades das bactérias Bacterioses Características gerais Protozoários flagelados

A

Protozoários ciliados 8

Protozoários e Fungos

Protozoários sarcodinos Protozoários esporozoários

A

Algas

4

Fungos

2

Líquens e micorrizas Etapas do desenvolvimento embrionário Desenvolvimento embrionário humano

4

Embriologia e Histologia

Formação de gêmeos Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular Tecido nervoso

Modelos Modelos atômicos primitivos Teoria atômica de Dalton Natureza elétrica da matéria Modelo de Thomson O experimento de Rutherford O modelo atômico de Rutherford Ondas e o espectro eletromagnético Energia quantizada Espectros atômicos Modelo atômico de Bohr Modelo de Sommerfeld Teoria quântica moderna Números químicos Semelhanças atômicas Átomos neutros Distribuição eletrônica Breve histórico Classificação periódica atual Estados físicos dos elementos Propriedades periódicas O que encontramos na Natureza Como a matéria se encontra na Natureza A dinâmica da Natureza Natureza, Ciência, Tecnologia e Sociedade Ligações químicas e a simbologia de Lewis Teoria do octeto (ou dueto) Ligação iônica Propriedades físicas dos compostos iônicos Ligação metálica Propriedades físicas dos metais Reatividade química dos metais Ligas metálicas Ligações covalentes Variação da energia potencial versus formação da ligação covalente Estrutura de Lewis e ligação covalente Classificação das ligações covalentes Tipos de fórmulas Regras aplicadas na montagem de fórmulas Exceções à regra do octeto Substâncias covalentes versus substâncias moleculares

Anexos embrionários B

TÓPICOS

B

2

Separação de Misturas

Alotropia Análise imediata Processos mecânicos Processos físicos Processos químicos


VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

5

Polaridade das Moléculas e Interações Intermoleculares

A 6

Ácidos e Bases

3

B

3

7

Reações Nucleares

Ligações Iônicas e Metálicas

A

TÓPICOS Geometria molecular Polaridade das moléculas Interações intermoleculares Solubilidade Funções inorgânicas Número de oxidação Teoria de Arrhenius Ácidos Bases ou hidróxidos Escala de pH Indicadores O que são reações nucleares? Então é possível produzir artificialmente elementos químicos? As equações das reações nucleares devem ser balanceadas como as reações químicas?

FÍSICA VOL

B

Ligações Covalentes

B

4

Separação de Misturas

Elemento químico Definindo um padrão de medida para a massa de um átomo Unidade de massa atômica (u) Constante de Avogadro Mol Massa molar Quantidade de matéria (n) Volume molar Cálculo de fórmulas (só o básico) Leis das reações químicas – princípios das relações estequiométricas Principais casos de problemas envolvendo cálculos estequiométricos Sequência prática para montagem de problemas envolvendo cálculos estequiométricos

Movimentos Simultâneos: uma relação inesperada entre um satélite e um arremesso no basquete

1

Fundamentos da Óptica Geométrica: luz, cor, sombra e informação

3

Leis de Newton: das caminhadas ao lançamento de foguetes

4

Leis de Newton: aplicações e estática dos sólidos

2

Reflexão da Luz e Espelhos

5

Movimento Circular e Dinâmica do Movimento Circular

6

Mecânica Celeste

3

Refração da Luz e Instrumentos Ópticos

7

Trabalho e Energia e Impulso e Quantidade de Movimento

8

Princípio da Conservação da Energia e Energia e Meio Ambiente

4

Hidrostática

A 3

A indústria química e a obtenção de substâncias 4

2

2

Representando as reações: equações químicas Reações com oxigênio Balanceamento de equações

Conhecendo a Física: a ciência e os movimentos

A

Reconhecendo a ocorrência de uma reação química

4

1 A

Como foram descobertas as reações nucleares? Radioatividade No mundo moderno, é possível viver sem os materiais radioativos? Cinética das emissões radioativas Fissão nuclear Fusão nuclear Definição de Arrhenius para os sais Reações de neutralização Solubilidade dos sais Principais sais do cotidiano Óxidos Óxidos no cotidiano Reações químicas

TÍTULO

MÓDULO

1

Reatividade química: uma primeira visão

B

FRENTE

B

A 4

B

TÓPICOS Introdução ao estudo da Física Medições Caracterizando o movimento Movimento retilíneo uniforme Movimento variado Movimento uniformemente variado Queda livre Vetores Composição de movimentos Decomposição de movimentos A luz Princípios da óptica geométrica A Primeira Lei de Newton: as causas do movimento A Terceira Lei de Newton: das caminhadas aos foguetes espaciais A Segunda Lei de Newton: o movimento explicado Roldanas e tensões em cordas Força de atrito Forças no plano inclinado Força elástica Equilíbrio Momento de uma força A reflexão da Luz Espelho plano Espelhos esféricos Caracterizando o movimento curvilíneo Movimento circular uniforme Movimento circular uniforme Alguns movimentos curvilíneos Sistemas planetários Leis de Kepler Lei da Gravitação Universal Refração da Luz Fenômenos decorrentes da refração Lentes Olho humano Instrumentos ópticos Trabalho Energia Energia cinética Impulso de uma força Quantidade de movimento Teorema do Impulso A conservação da energia mecânica Conservação da energia Energias convencionais Energia limpa Conceitos fundamentais Pressão em um líquido Princípio de Arquimedes


MATEMÁTICA VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

1

Conjuntos e Números: a lógica por trás da Matemática

2

Divisibilidade, MDC e MMC: introdução à teoria dos números

A

1 1

Razões e Proporções: as comparações e igualdades

2

Produtos Notáveis e Fatoração: elementos dos algarismos matemáticos

B

C

1

Ângulos e Triângulos: pensando além do transferidor

3

Potenciação, Radiciação e Sistemas Métricos

4

Funções

A

2

B

C

3

Equações e Problemas

4

Porcentagem

2

Semelhança de Triângulos e Teorema de Tales

5

Função Afim e Função Inversa

A 6

Função Quadrática e Função Composta

5

Juros

6

Médias

3

Quadriláteros, Polígonos e Circunferência

3

B

C

TÓPICOS Noções de lógica Fluxogramas Conjuntos Conjuntos numéricos Módulo de um número real Divisibilidade Máximo Divisor Comum (MDC) Mínimo Múltiplo Comum (MMC) Relação ente MDC e MMC Razão Proporção Regra de três simples e composta Produtos notáveis Fatoração Ângulos Retas paralelas cortadas por uma transversal Triângulos Potenciação Radiciação Base decimal de numeração Sistemas métricos Noção intuitiva de função Notações Gráfico de uma função Crescimento e decrescimento de uma função Taxa média de variação de uma função Raízes e sinais de uma função Equações Sistema de equações Porcentagem e proporcionalidade Semelhança de figuras geométricas Semelhança de triângulos Teorema de Tales e suas aplicações no triângulo Função constante Função linear Função afim Inequações do 1º grau Função inversa Função quadrática: a função geral do 2º grau Inequações Função composta

VOL

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

7

Função Exponencial

8

Logaritmos e Função Logarítmica

7

Progressão Aritmética

8

Progressão Geométrica

4

Triângulo Retângulo e Leis dos Senos e dos Cossenos

A

4

B

C

Função exponencial Equações exponenciais Inequações exponenciais (simples) Definição Propriedades operatórias dos logaritmos Mudança de Base Equações logarítmicas Definição Gráficos Funções logaritmicas e funções exponenciais Inequação logaritma (simples) Aplicações dos logaritmos Sequências Progressão aritmética – P.A. Progressão geométrica – P.G. Soma dos termos de uma P.G. Relações trigonométricas Relações métricas no triângulo retângulo Lei dos senos Lei dos cossenos

GEOGRAFIA VOL

FRENTE

MÓDULO

TÍTULO

1

Cartografia: representações da Terra

2

Noções de Geologia: compreendendo a superfície da Terra a partir de seu interior

1

Demografia: conexão espaço-tempo na dinâmica populacional

A

1

Juros Média aritmética Média geométrica Média ponderada Quadriláteros notáveis Polígonos Circunferência

TÓPICOS

B

TÓPICOS Orientação cartográfica Coordenadas geográficas Os movimentos da Terra Fusos horários Relações escalares Projeções cartográficas A análise e a interpretação de mapas Convenções cartográficas Representação topográfica Aerofotogrametria Sensoriamento remoto A estrutura interna da Terra A deriva continental e a tectônica de placas Expansão do fundo oceânico Tipos de movimentos de placas Agentes endógenos Conceitos essenciais Distribuição espacial da população Crescimento populacional Transição demográfica Fases do crescimento populacional Teorias demográficas


VOL

FRENTE

MÓDULO

TÍTULO

3

Agentes do Relevo Terrestre

4

Pedologia: Formação e Tipos de Solo

A

2

B

2

Estrutura da População e Migrações

TÓPICOS

VOL

Rochas Estrutura geológica O tempo geológico Agentes exógenos Relevo Principais características do relevo brasileiro Pedogênese: a formação dos solos Classificação dos solos Degradação e empobrecimento dos solos Técnicas de conservação dos solos Estrutura etária Estrutura social

FRENTE

7

A

A produção agropecuária no mundo

A

6

Vegetação Geral e do Brasil

Revolução Verde e transgênicos: grandes transformações

Tempo e clima

Agricultura orgânica

Atmosfera Precipitação Pressão atmosférica Fenômenos climáticos Massas de ar Classificação climática Climogramas Principais tipos climáticos brasileiros Fatores abióticos Formações vegetais

Agronegócio brasileiro: ascensão e desafios Etapas de industrialização no mundo Revoluções Industriais Principais modelos de organizações empresariais Divisão Internacional do Trabalho – DIT Classificação industrial Fatores que determinam a localização industrial A distribuição espacial da indústria no Brasil e no mundo As regiões industrializadas da Europa A indústria nos Estados Unidos

Espaço urbano no mundo contemporâneo Urbanização brasileira Sítio urbano, situação urbana e a função urbana Rede urbana e hierarquia urbana 3

Organização do Espaço Urbano e Problemas Sociais e Ambientais Urbanos

Agricultura urbana Política agrícola e mercado mundial

Organização do espaço urbano

B

4

Correntes marítimas

Degradação

3

Agricultura

Migrações

Insolação

Elementos de Climatologia

TÓPICOS

Ciclo hidrológico Utilização dos rios Aquíferos Introdução à Hidrografia e Hidrografia A questão da água potável do Brasil Regimes hidrográficos Bacias hidrográficas As hidrelétricas e os impactos sociais Fatores que interferem na atividade agrícola Os sistemas de produção agrícola Relações de trabalho identificadas na zona rural Classificação das atividades agrícolas Estrutura fundiária

Indicadores sociais - IDH 8

5

TÍTULO

MÓDULO

As cidades e suas características na era contemporânea Os espaços urbanos Lixo urbano Macrocefalia urbana A ocupação dos espaços urbanos Mobilidade urbana Chuvas ácidas Ilhas de calor Inversão térmica

B

4

Indústria

Indústria na Ásia Industrialização brasileira A distribuição espacial da indústria no Brasil e no mundo


HISTÓRIA VOL

FRENTE

MÓDULO

VOL TÍTULO

1

Grécia e Roma: a Antiguidade Clássica

2

Europa: do Medievo aos Estados Nacionais

A

1

3

Absolutismo e Mercantilismo: novos poderes

FRENTE

MÓDULO

TÓPICOS A importância contemporânea das sociedades clássicas A civilização grega A civilização romana Periodização da Idade Média Alta idade média: o surgimento do mundo cristão ocidental O islamismo e o recuo do comércio europeu no mediterrâneo Origens políticas do feudalismo A baixa idade média e a crise do sistema feudal (séculos XIV e XV) A formação das monarquias nacionais europeias A formação das monarquias nacionais ibéricas A política absolutista: origens e características A formação do absolutismo francês

7

Iluminismo e Revolução Americana

8

Revolução Francesa e Período Napoleônico

A

A formação do absolutismo inglês

9

Contexto europeu

B

1

Expansão Marítima e América Espanhola

2

América Inglesa

4

Renascimento

5

Reforma e Contrarreforma

A 2 6

Revolução Inglesa

3

Povos Africanos

4

Implantação do Sistema Colonial no Brasil

B

Expansionismo português Expansionismo espanhol América espanhola Considerações finais A Inglaterra antes da aventura colonizadora O começo da colonização: perseguidos, camponeses e escravos Sistema administrativo Aspectos sociais e culturais da Europa na Baixa Idade Média O Renascimento Cultural O Renascimento Científico Igreja Católica e religião no início da Idade Moderna As causas da Reforma Protestante As Reformas Protestantes A Contrarreforma Panorama político-econômico da Inglaterra A dinastia Stuart e a crise do absolutismo A Revolução Puritana (1642-1649) A República puritana (1649-1660) A restauração da dinastia Stuart (1660-1688) A Revolução Gloriosa (1688-1689) Diversidade e formação dos povos africanos Reinos africanos Povos indígenas Os primeiros portugueses na América

TÓPICOS O Século das Luzes Os precursores do iluminismo Os principais teóricos políticos do iluminismo O liberalismo O despotismo esclarecido A Revolução Americana Antecedentes da Revolução A eclosão da Revolução As fases da Revolução O significado da Revolução Francesa Período Napoleônico O significado da Revolução Industrial As causas gerais da Revolução Industrial

3

Mercantilismo

B

TÍTULO

5 B 6

10

A 11

12

4

7

B 8

Revolução Industrial e suas Consequências Sociopolíticas

O pioneirismo inglês na Revolução Industrial O início da industrialização

As transformações fundamentais A Segunda Revolução Industrial O movimento operário As doutrinas sociais: o socialismo Cana-de-açúcar Brasil Colônia: Economia e Atividades Econômicas Escravidão Complementares Atividades econômicas complementares Invasões francesas Brasil Colônia: Invasões Estrangeiras Invasões holandesas O Congresso de Viena e a restauração Congresso de Viena, As revoluções liberais Independência da América A política das nacionalidades Espanhola e Nacionalismos Europeus A unificação da Itália A unificação da Alemanha no Século XIX A posição de Itália e Alemanha na política internacional após 1870 Estados Unidos após a independência Estados Unidos no Século A conquista do Oeste: dinheiro, diplomacia e guerra XIX A Guerra de Secessão (1861-1865) A política externa estadunidense A industrialização e o capitalismo monopolista Imperialismo O Imperialismo ou Neocolonialismo A interiorização da colônia Brasil Colônia: Bandeirantismo, Mineração e A sociedade da mineração Período Pombalino Período Pombalino O processo de independência A Independência do Brasil (1822) Rebeliões Nativistas, Situação da América Espanhola no século XVIII Separatistas, Período Fatores determinantes da independência Joanino e Independência As etapas da independência do Brasil Os processos de emancipação O pós-independência


LÍNGUA PORTUGUESA VOL

FRENTE

MÓDULO

TÍTULO

1

Texto e Textualidade: tecendo com palavras, tramando histórias e costurando redes sociais

O que é texto O texto e a linguagem: o tecido e a confecção A comunicação e seus elementos: a trama e os fios condutores Texto e textualidade: costurando saberes

2

Tipos Textuais e Gêneros Textuais: do cinema mudo aos booktubers

Tipologia textual: a estrutura

1

O Que é Saber Ler? A Importância da leitura para o entendimento do mundo

1

O Universo da Linguagem: desvendando conceitos

Competência leitora e habilidades de leitura Estratégias de Leitura Compreensão e interpretação de texto Intertextualidade e interdiscursividade Linguagem e língua: conhecendo os conceitos básicos Normas de uso: visão crítica do estudo de gramática O signo linguístico Os registros linguísticos Convenções da escrita: ortografia e acentuação gráfica O que é literatura? Para que serve a literatura? Gêneros literários Palavras, sentidos e intenções Amor é prosa: um olhar para os elementos da narrativa Você gosta de poemas? E agora, José? Alguns elementos da poesia Intertextualidade Dissertação e argumentação A linguagem dos textos dissertativos O texto dissertativo-argumentativo Elaboração do projeto de texto O texto dissertativo-argumentativo no ENEM: competências avaliadas A argumentação Estratégias expositivas e tipos de argumentos Uso dos diferentes tipos de argumentos em um texto O nível de informatividade da argumentação A organização dos argumentos Estratégias argumentativas Parágrafo padrão Como identificar uma situação-problema em um texto? Os esquemas mentais na interpretação textual A língua é variável Situações sociocomunicativas Situações sociocomunicativas da oralidade: contextos e interlocutores Dialetos e registros Preconceito linguístico A língua é viva Figuras de linguagem: efeitos de sentido Algumas figuras de linguagens Contexto histórico e cultural Trovadorismo Humanismo: transição da Idade Média para o Renascimento Teatro de Gil Vicente Camões lírico Camões épico Contexto sociocultural A literatura de informação A Carta de Caminha Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz Literatura de catequese

A

B 1 C

1 D

Literatura e Gêneros Literários: reflexões iniciais acerca da literatura

2

Prosa, Poesia e Intertextualidade

3

Estrutura dos Textos Dissertativos e Argumentativos

A

B

2

C

VOL

4

Elementos Persuasivos

2

Situações-Problema: ativando esquemas mentais

2

3

Variação Linguística

Figuras de linguagens

D 4

Classicismo e Quinhentismo

FRENTE

TÍTULO

MÓDULO

TÓPICOS Elementos das narrativas A linguagem nas narrativas Estrutura das narrativas Gêneros narrativos Elementos da descrição

TÓPICOS

5

Narração, Descrição e Injunção

6

Cartas

B

3

Linguagem Visual, Sonora e Audiovisual

C

3

Morfossintaxe I

5

Barroco e Arcadismo

6

Romantismo: 1ª Fase

7

Gêneros jornalísticos

8

Gêneros digitais

B

4

Leitura: Vida Pública, Estudo e Pesquisa

C

4

Morfossintaxe II

D

7 8

Romantismo: 2ª Fase Romantismo: 3ª Fase

A

Gêneros textuais

3

D

A

4

A linguagem na descrição Estrutura das descrições Gêneros descritivos Elementos da injunção A linguagem na injunção Estrutura das injunções Gêneros injuntivos Introdução Estrutura e linguagem das cartas Gêneros de cartas Textos não verbais e publicitários O poder argumentativo dos textos publicitários Outras estratégias utilizadas nas propagandas e publicidades Regulação da publicidade Formas contemporâneas de publicidade As palavras em uso Categorizando: as classes de palavras Estudo do substantivo Estudo do artigo Estudo do adjetivo Estudo do numeral Contexto sociocultural em que surgiu o Barroco Características O estilo barroco na expressão escrita O Barroco no Brasil Contexto sociocultural em que surgiu o Arcadismo Características Arcadismo no Brasil A poesia lírica A poesia satírica A dimensão épica Você se considera romântico? Paixões e revoluções Românticos x neoclássicos: reflexões A linguagem romântica Romantismo no Brasil: poesia O papel da imprensa no meio social Linguagem dos textos jornalísticos Gêneros jornalísticos Mobilizando diferentes linguagens Redes sociais e os gêneros contemporâneos (post, comentário, vlog, meme, podcast, gif, chats (Messenger, WhatsApp), audiobook, gameplay, etc.) Projetos autorais O discurso e a propaganda política Os textos e documentos legais Curadoria de informações e levantamento de dados Estudo dos pronomes Estudo das preposições Estudo das conjunções Romantismo: 2ª fase Romantismo: 3ª fase


Demonstrativo do material


FRENTE A

1

PDCST

Comunidades e Populações: os seres vivos sempre conectados!

BIOLOGIA | Capítulo 1 VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

O que você sabe sobre as abelhas? Já pensou em como elas vivem e qual a relação delas com os alimentos que você consome além do mel? Maracujá, melancia, abóbora, caju, maçã, tomate, entre outros... Só de pensar já ficamos com água na boca! Nós nunca atribuamos os méritos de termos uma mesa farta às abelhas, mas são elas as verdadeiras responsáveis por 75% da alimentação humana. Entretanto, isso pode mudar. O uso indiscriminado de agrotóxicos faz com que as abelhas, que são importantes polinizadoras, percam a capacidade de comunicação. Isso impede que retornem às colmeias, levando ao extermínio dos enxames. Para fundamentar e propor decisões sustentáveis que solucionem esse problema de escala mundial e que traz grave ameaça à vida no planeta, inclusive ao ser humano, é importante conhecer a dinâmica dos seres vivos e suas relações.

1. Organização e conceitos Ecológicos No estudo da Ecologia, adota-se a organização hierárquica dos seres vivos. Assim, organismos com características físicas e genéticas semelhantes, que cruzam naturalmente entre si e produzem descendentes férteis, isto é, que são capazes de se reproduzir, constituem uma espécie.. Vários organismos ou indivíduos de uma mesma espécie, que vivem em um mesmo ambiente, formam uma população.. Populações que compartilham um mesmo ambiente, interagindo entre si, formam uma comunidade. As comunidades e os componentes abióticos de um ambiente formam um ecossistema. Quando comparamos os ecossistemas terrestres, estamos fazendo um estudo sobre a biosfera. Definimos biosfera como o conjunto de todos os ecossistemas terrestres, ou seja, a faixa terrestre onde existem seres vivos. Essa faixa vai desde a camada da troposfera até as zonas oceânicas abissais. Além da organização biológica, a compreensão de determinados conceitos é fundamental para os estudos da Ecologia. O habitat se refere ao local na natureza onde uma espécie vive, se desenvolve e reproduz. Já o nicho ecológico diz respeito ao conjunto de limites de tolerância da espécie. Esse termo é muito mais do que a “profissão” ou o comportamento de uma determinada espécie em seu ambiente. Ele trata do modo de vida, relações com outros seres vivos, modo de reprodução, hábitos alimentares e predadores naturais, entre outras características. Para conhecer o nicho ecológico de uma espécie de peixe, teríamos de estudar, por exemplo, a força da correnteza suportada, a exigência de oxigênio dissolvido, a faixa de tolerância para o pH, a temperatura suportada e as relações ecológicas de que a espécie participa. Assim, o nicho ecológico evidencia as interações que uma espécie possui com outras espécies e como ela utiliza os recursos ambientais para sobreviver. Para aprofundar ainda mais esses conceitos, vamos analisar os elefantes. O que você sabe sobre eles? Saber que esses simpáticos proboscídeos são os maiores animais terrestres do planeta é muito pouco se comparado à sua grande importância ecológica. Seu nicho ecológico é surpreendente! Seja na savana africana ou nas florestas asiáticas, o elefante é insubstituível em seus ecossistemas. Digno do título de jardineiro das florestas, ele é um dispersor de sementes sem igual. Capaz de espalhá-las por um raio de, aproximadamente, 50 km, contribui para o reflorestamento e o fluxo gênico de espécies vegetais. Bernoulli Sistema de Ensino

ROIBIDA A IMPRESSÃO: uSO u ExcluSIvO DO GRuPO BERNOullI. TODOS OS DIREITOS RESERv RESERvADOS vADOS. NENhuMA PARTE P DEST PuBlIcAçÃO PODE SER REPRODuzIDA Ou DESTA RANSMITIDA, POR NENhuMA fORMA E NENhuM MEIO, SEjA MEcâNIcO, ElETRôNIcO, Ou quAlquER OuTRO, SEM PRévIA AuTORIzAçÃO POR EScRITO PElO BERNOullII SISTEMA DE ENSINO. RANSMITIDA

CAPÍTULO

BIOLOGIA

ROIBIDA A IMPRESSÃO: uSO u ExcluSIvO DO GRuPO BERNOullI. TODOS OS DIREITOS RESERv RESERvADOS vADOS. NENhuMA PARTE P DEST PuBlIcAçÃO PODE SER REPROD DESTA REPRODuz uzIDA Ou uz RANSMITIDA, POR NENhuMA fORMA E NENhuM MEIO RANSMITIDA MEIO, SEjA MEcâNIcO, ElETRôNIcO, Ou quAlquER OuTRO, SEM PRévIA AuTORIzAçÃO POR EScRITO PElO BERNOullII SISTEMA DE ENSINO.

VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

3


Intraespecíficas Harmônicas

Colônias Sociedades

Interespecíficas

Desarmônicas

Harmônicas

Desarmônicas

Canibalismo Competição

Mutualismo Protocooperação Comensalismo > Inquilinismo > Foresia

Predatismo Parasitismo Competição Amensalismo Esclavagismo

Tabela 1. Principais relações que os seres vivos podem estabelecer entre si.

2.1. Colônias Os antozoários são uma classe do filo dos cnidários que inclui os corais. Esses seres formam colônias isomorfas, indivíduos que têm a mesma morfologia e realizam as mesmas funções. Não há, portanto, divisão de trabalho. Esse é o tipo mais comum de colônia encontrado na natureza.

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mihtiander / Istockphoto / Getty Images

Essa relação entre as formigas e os pulgões tem característica desarmônica, já que os pulgões são mantidos em cativeiro. Assim, sob esse ponto de vista, trata-se de uma relação do tipo esclavagismo. Por outro lado, existe também uma relação relativamente harmônica, pois os pulgões são beneficiados pela facilidade de encontrar alimento e até pela proteção oferecida pelas formigas, que chegam, inclusive, a cuidar de sua prole. Sob esse outro ponto de vista, temos uma relação do tipo protocooperação. Nem sempre é fácil estabelecer limites entre duas relações ecológicas. Muitas vezes, mais de um tipo de relação ecológica pode estar presente numa mesma associação, envolvendo indivíduos de espécies distintas. Isso acontece, na associação descrita, entre certas espécies de formigas e pulgões. BERNOULLI NO

AY PL

Figura 1. Corais são exemplos de colônias isomorfas.

Os pulgões, insetos parasitas de plantas, retiram seiva elaborada (rica em glicose) diretamente dos vasos liberianos das plantas hospedeiras para usá-la como alimento. Em consequência da ingestão excessiva de açúcar presente na seiva elaborada, os pulgões eliminam o seu excesso pelo ânus. Esse açúcar eliminado é aproveitado pelas formigas que, como forma de obtê-lo, carregam os pulgões para dentro do formigueiro e os mantêm em cativeiro. Feito isso, as formigas passam a fornecer aos pulgões partes recém-cortadas de plantas (folhas, caules, etc.) para que eles suguem a seiva elaborada e, posteriormente, eliminem produtos açucarados que elas, então, usam como alimento. Muitas vezes, as formigas chegam a acariciar com suas antenas o abdome dos pulgões com o objetivo de estimular contrações da musculatura abdominal desses insetos, fazendo com que eles eliminem mais rapidamente os produtos açucarados.

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Relações ecológicas Nesse objeto de aprendizagem, você deverá associar a descrição de uma relação ecológica à ilustração que melhor a exemplifique e responder a perguntas relacionadas ao tema. A sua pontuação total será baseada nos acertos e no tempo gasto para finalizar o jogo.

Figura 19. Relação de esclavagismo entre formigas e pulgões.

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Relações ecológicas

O esclavagismo é a relação em que uma espécie se beneficia do trabalho de outra, prejudicando-a. Em alguns casos, indivíduos de uma espécie mantêm em cativeiro indivíduos de outra espécie para obter vantagens. Algumas espécies de formigas, por exemplo, “sequestram” e “aprisionam” no formigueiro larvas de outras espécies, obtendo, assim, um trabalho escravo.

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Conforme envolvam seres de uma mesma espécie ou de espécies diferentes, as relações entre os seres vivos podem ser intraespecíficas (entre seres de uma mesma espécie) ou interespecíficas (entre seres de espécies diferentes). Ao causarem ou não prejuízos aos organismos, essas relações podem ser classificadas de duas maneiras. Nas relações harmônicas (interações positivas), não há nenhum tipo de prejuízo para os organismos. Nas relações desarmônicas (interações negativas), pelo menos um dos organismos associados é prejudicado.

2.11. Esclavagismo (sinfilia)

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Em uma comunidade – conjunto de populações de um ecossistema –, existem muitas interações que ocorrem entre os seres vivos para o equilíbrio ambiental.

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SOLUÇÕES RE

1. 2. Relações ecológicas

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Para compreender esse e outros assuntos relacionados à ecologia das populações, é necessário analisar diversas características mensuráveis, como taxa de natalidade, taxa de mortalidade, migração e emigração. População é um conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem em uma mesma área (espaço físico), em um certo intervalo de tempo. Nesse caso, tenhamos como base a população de javalis no Brasil. O tamanho da população de javalis evidentemente depende do número de indivíduos que a compõem. A relação entre o tamanho da população e o espaço ocupado por ela constitui a densidade populacional. O crescimento ou não da população depende da interação de quatro fatores: taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de imigração e taxa de emigração. Taxa de natalidade (N)

Indica a proporção de novos indivíduos adicionados à população, em um certo intervalo de tempo, por meio de nascimentos.

Taxa de mortalidade (M)

Indica a proporção de perdas de indivíduos da população, em um certo intervalo de tempo, em razão de mortes.

Taxa de imigração (I)

Indica a proporção de indivíduos que entram na população, em um certo intervalo de tempo, procedentes de outras áreas (de outras populações).

Taxa de emigração (E)

Indica a proporção de indivíduos que saem de uma população, em um certo intervalo de tempo, em direção a outras áreas (outras populações).

Tabela 2. Conceitos para o estudo das populações.

A natalidade e a imigração são fatores que acrescentam indivíduos a uma população e que, portanto, contribuem para aumentar a densidade populacional. Por outro lado, a mortalidade e a emigração retiram indivíduos de uma população, contribuindo para diminuir a densidade populacional. A densidade é uma grandeza física que indica a distribuição de matéria em determinado espaço. Matematicamente falando, calcula-se a densidade pela razão entre duas outras grandezas, a massa e o volume. Assim, temos que Densidade =

massa volume

Esse cálculo possui aplicações diversas. Na biologia e geografia populacional, ele serve para medir a distribuição de uma população em determinada área, tornando possível relacionar a capacidade de suporte do meio ao tamanho da população estudada, levando em conta as necessidades dessa população e os impactos gerados no ambiente. Número de indíviduos de uma população (N) N Densidade e (D) D Unidad A Unidade de área ou volume ocupado (A) Na química, é utilizado na aferição da qualidade de combustíveis por meio de um densímetro. A gasolina comercializada no Brasil, por exemplo, deve possuir densidade entre 718 e 775 g/L (gramas por litro). Valores inferiores a 718 g/L ou superiores a 718 g/L indicam que podem ter ocorrido misturas indevidas no combustível, tornando o produto irregular de acordo com as normas de comercialização.

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Ao analisar os visitantes florais da região da Floresta Amazônica, quais espécies podem ser consideradas polinizadores efetivos? Se você pensou nas abelhas, acertou! 90% das polinizações realizadas por animais são feitas por esse inseto. Estima-se que, em todo o mundo, existam mais de 20 000 espécies de abelhas que dependem das flo flores para sua sobrevivência, retiran retirando delas os nutrientes necessários para a sua dieta. Para as abelhas, o néctar e o pólen são excelentes fontes nutricionais ricas em carboi carboidratos e proteínas, respectivamen respectivamente. Ao longo do processo evolutivo, as flores que apresentavam odores, cores e néctar adocicado foram se selecionadas por atraírem esses ar artrópodes, e, dessa forma, produzi produzirem sementes. Entretanto, a perda do habitat natural, mudanças climáticas e más práticas agrícolas, como altos níveis de pesticidas, têm interferido na densidade popupopu lacional das abelhas. Pesquisadores já alertam que o sumiço de abelhas e de outros insetos polinizadores pode gerar perdas bilionárias para o setor de produção de alimentos. Basta um simples raciocínio para nos ajudar a enxergar quão trágico é esse cenário: sem abelhas, sem comida.

PARA REFLETIR Discuta com os seus colegas sobre como a preservação desses polinizadores pode contribuir para a erradicação da pobreza. Considere, para a sua reflexão, os princípios da sustentabilidade ambiental. Debata em sala de aula sobre os impactos econômicos e ambientais da redução das populações de abelhas na região onde você mora. Reflita sobre quais políticas públicas podem ser adotadas para a preservação das abelhas e os motivos que interferem nessas tomadas de decisão.

Nas posições b e d, os astros, Sol, Terra e Lua ficam alinhados, o que permite a formação dos eclipses, duas vezes por ano, aproximadamente. Durante a maior parte do ano, esse alinhamento entre os astros não ocorre, como está retratado nas posições a e c, em que a Lua se encontra a 5°, acima ou abaixo, do plano da órbita da Terra. Por essa razão, a Lua poderá ser vista e não ocorrerá os eclipses.

d

Cheia (eclipse da Lua)

Cheia

Nova Nova (eclipse do Sol)

c sol

a Não ocorrem eclipses

Nova

Não ocorrem eclipses

5o

Nova (eclipse do Sol)

Cheia

b Cheia (eclipse da Lua)

Figura 34: O plano da órbita da Lua em torno da Terra (retângulos menores) estão inclinados 5° em relação ao plano da órbita da Terra em torno do Sol (retângulo maior). Nas posições b e d, ocorre a interseção entre esses planos, e os eclipses podem ocorrer. Nas outras posições, a e c, a Lua estará um pouco abaixo ou acima do plano da Terra e, assim, não formará os eclipses.

A raridade e a beleza dos eclipses fazem deles eventos marcantes e únicos. Ao acessar esse QR Code, você aprenderá mais sobre eclipses e sobre os fatores necessários para que eles ocorram.

SITE

2.7.

As estações tações climáticas

A Terra gira em torno do Sol com um período de 365 dias e 6 horas por meio de uma órbita elíptica, com o Sol ocupando um dos focos da elipse, como se estuda na Primeira Lei de Kepler, e, por essa razão, a distância entre a Terra e o Sol é variável. Todavia, essa variação da distância é pequena, e a sua influência sobre o clima na Terra é desprezível. As quatro estações climáticas (verão, outono, inverno e primavera) ocorrem na Terra porque ela apresenta um eixo polar de rotação inclinado cerca de 23° em relação a uma normal ao plano orbital, conforme pode ser visto na figura 35.

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Figura 35. A inclinação do eixo de rotação da Terra interfere nas suas estações climáticas.

Raios Solares

23°

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Introduzido no Brasil na década de 1960, principalmente para o consumo de carne, o javali (Sus scrofa) se tornou um grande problema ambiental. Sua alta taxa de natalidade, agressividade natural, facilidade de adaptação e a ausência de predadores naturais são a razão do aumento de sua densidade populacional.

COTIDIANO

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TÁ NA MÍDIA

3. Ecologia das Populações

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21 de março Equinócio Outono

N

Sol 22 de junho Solstício

N

N

21 de dezembro Solstício

S

S

Verão

N

Primavera Inverno S

S

Figura 36. Alternância das estações climáticas da Terra no Hemisfério Sul.

23 de setembro Equinócio

COTIDIANO A fotografia não existiria se não fosse a existência da luz. A arte de registrar as imagens começou quando a humanidade inventou a câmara escura de orifício para reproduzir paisagens, retratos e monumentos. Sua evolução seguiu passando pelas máquinas de filmes fotográficos, em preto e branco, depois coloridos, até os dias de hoje, da tecnologia digital. O fotógrafo deve conhecer e dominar como a luz interage com o objeto que se deseja fotografar. Os efeitos desejados nas fotos podem ser realizados por várias técnicas, como a cor da luz no ambiente, os filtros de luz utilizados nas máquinas, os ângulos envolvidos e até a interferência das sombras. Para um cenário mais suave, por exemplo, utilizam-se luzes difusas (que propagam em todas as direções) para diminuir as sombras. Já em um cenário de época, usa-se uma iluminação de cor mais amarelada, dando também a sensação de conforto. Por fim, para se promover um cenário de bem-estar e limpeza, é importante utilizar a luz branca. O bom fotógrafo pratica seus conhecimentos e experiências para garantir sempre a melhor fotografia.

Fotografia de Michael Wesley, pioneiro em fotografias de longuíssima exposição. Em 2001, ele começou a filmar uma série de fotografias sobre a demolição e reconstrução do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, durante 3 anos.

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Agora é com você Que tal colocar em ação um pouco do que você aprendeu neste capítulo? É possível fazer fotografias de longa exposição utilizando um smartphone, porém, geralmente, os aplicativos de câmera nativos dos smartphones não permitem o controle manual do tempo de abertura da câmera e este é o fator fundamental para tirar uma foto de longa exposição. No QR Code a seguir, você encontrará um aplicativo que permite controlar, de maneira simplificada, o tempo de abertura da câmera para tirar fotos com o efeito de longa exposição. Para garantir uma boa foto, fique atento ao fato de que, como a câmera fica muito tempo exposta, é importante que o ambiente tenha uma iluminação ideal. Ambientes menos iluminados são preferíveis para que a imagem não sature (imagem branca). Se puder, apoie a câmera em algum suporte, como um tripé ou outros, para que sua imagem não fique tremida. Depois, poste a sua foto nas redes sociais com a hashtag #SouBernoulliFísica.

#souBernoulliFísica A EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL A evolução da construção civil é notória e a cada dia propõe mais soluções inovadoras e sustentáveis. Os arquitetos e engenheiros, atualmente, incluem em seus projetos, além das dimensões das vigas, espessuras das paredes, área de cada cômodo, especificações da instalação elétrica e hidráulica, também o melhor posicionamento do imóvel em relação ao movimento relativo do Sol. A posição do Sol é uma das variáveis que determina a disposição dos ambientes de uma residência, a posição das janelas e até das placas de aquecimento de água ou fotovoltaicas para geração de energia elétrica. A figura 1 mostra uma planta de uma casa em que a posição de seus cômodos foi determinada em razão do Sol. NORTE

OESTE

Varanda

Quarto

Quarto

Cozinha Quarto

Sala de estar

LESTE

Lavanderia

Layout dos cômodos de uma casa. Os quartos estão voltados para o leste, a sala para o norte / oeste e a cozinha e área de serviços para o sul.

SUL

Analisando a planta com mais detalhe, pode-se perceber que a área privativa fica na posição em que o Sol nasce, a leste, garantindo que os quartos tenham temperaturas agradáveis, já que receberão raios mais amenos pela manhã. Já na posição em que o Sol se põe, oeste, devem ser direcionados os cômodos de pequena ou média permanência, já que receberão pouca iluminação, como as escadas, áreas de serviços e garagem. Ao norte, como a luz incidirá quase o dia todo, ficam as varandas, janelas de uma sala e também, quando possível, as placas de aquecimento de água e fotovoltaicas. A orientação sul é a mais problemática, já que no inverno quase não há incidência do Sol e no verão há luz apenas nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde.

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Não se pode negar que a luz solar na quantidade certa é boa para a saúde, para o meio ambiente e para o bolso, já que gera economia. Um projeto bem executado pode diminuir as despesas com ar-condicionado, ventilador e lâmpadas, beneficiando o dono do imóvel e, ao mesmo tempo, a natureza. Para os prédios, o desafio de aproveitar a luminosidade ambiente é ainda maior. É possível, por exemplo, que alguns apartamentos fiquem todos voltados para o norte, o que provocaria a incidência solar em quase todos os cômodos o dia todo e um aquecimento indesejado nesses ambientes. Ao passo que aqueles voltados para o sul não receberiam quase nenhuma luz, o que poderia provocar mofos nas paredes, intensificando processos alérgicos em seus moradores. Essa questão é tão importante que, no mesmo andar de um prédio, é possível ter apartamentos com preços diferenciados de acordo com a sua posição em relação ao movimento aparente do Sol. E agora, antes de comprar uma casa ou um apartamento, que tal fazer esta pergunta: Onde nasce o Sol?

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Seis meses após o momento ilustrado na figura 35, haverá uma completa inversão do clima nos dois hemisférios do planeta. No Hemisfério Norte, será verão e, no Hemisfério Sul, inverno. As estações climáticas nas várias áreas do planeta se alternam ao longo da órbita da Terra, como ilustrado na figura 36. Os equinócios ocorrem nos dias 21 de março e 23 de setembro, e referem-se aos momentos do ano em que as durações do dia e da noite são iguais. Os solstícios, que ocorrem nos dias 21 de dezembro e 22 de junho, referem-se à máxima ou à mínima duração do dia solar, dependendo se é verão ou inverno, nessa ordem, no hemisfério analisado. As indicações das estações na figura 36 referem-se ao Hemisfério Sul.

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para escrevê-lo? – Quais documentos o autor do artigo utilizou para escrevê-lo? narrativa do artigo? – Como esses documentos afetaram a narrativa do artigo? para a a construção construção do do artigo? artigo? (Vide Referências – Quais leituras foram feitas para Bibliográficas) o que foi proposto na introdução? – O autor conseguiu fazer o que foi proposto na introdução? Para finalizar, cada grupo deverá responder ao seguinte questionamento: É possível explicar de um fato histórico sem antes realizar uma pesquisa científica na área?

2.1. Surgimento e crescimento do Cristianismo

Da região da atual Palestina, essa nova religião propagou-se para Roma, conseguindo instalar-se em todo o Império e em todas as camadas sociais. Inicialmente, os romanos viam no cristianismo apenas mais uma religião entre tantas existentes na época, já que prezavam pela tolerância religiosa e aceitavam as religiões dos povos dominantes. Contudo, aos poucos, essa visão foi se modificando e os romanos passaram a ver o cristianismo como uma religião clandestina e subversiva, uma vez que muito se diferenciava dos outros cultos professados na época: o cristianismo era pacifista, enquanto o império era militarista; era monoteísta, enquanto as demais religiões eram politeístas e professavam o culto ao imperador, considerado uma divindade; propunha a vida após

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a morte e pregava a igualdade entre os homens, o que contrariava os interesses das elites escravistas, já que os escravos, que chegaram a compor quatro quintos da população romana, não poderiam ser considerados iguais aos outros homens. Além desses fatores, o cristianismo pregava que só ele possuía a verdade e que todas as outras religiões praticadas pelos romanos, inclusive as do Estado, eram falsas. Os cristãos recusavam-se, por exemplo, a cumprir os rituais ligados à figura do imperador. Devido a essa discordância entre os seguidores de outras religiões e os cristãos, estes foram duramente perseguidos pelos imperadores, que consideravam seu culto ameaçador ao poder imperial. Por esses motivos, os adeptos do cristianismo eram perseguidos e mortos. Mas, mesmo assim, a influência dessa nova religião se expandiu e, em 313, o imperador Constantino promulgou o Edito de Milão, dando liberdade de culto aos cristãos (sua própria esposa era cristã). Devido às crises do Império e todo os desfortúnios gerados, muitos romanos viam nas pregações cristãs a salvação e o entendimento do que estavam sofrendo. Dessa forma, em 391, por decreto do Imperador Teodósio, a religião cristã se tornou a oficial do Império Romano, e Roma se tornou a sede da cristandade.

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Figura 17. O Coliseu.

A língua latina surgiu na região do Lácio e se tornou a oficial de Roma e da Igreja Cristã (Católica, a partir do século XI). Do latim cotidiano, vulgar, em associação com as línguas germânicas introduzidas com o escravismo e as invasões, surgiram as línguas neolatinas (português, francês, espanhol, italiano, romano, dentre outras). Apesar de a língua latina não ser mais utilizada (exceto pela Igreja Católica), seu alfabeto, de origem etrusca e grega, é o mais utilizado no mundo. Por fim, um dos maiores legados dos romanos à posteridade foi seu código de leis, que se divide em: direitos naturais (compêndio de filosofia jurídica); direito dos povos (leis aplicáveis a estrangeiros) e direito civil (leis aplicáveis aos cidadãos romanos). O

Figura 18. Ruínas romanas dos banhos termais de venosa, Basilicata, sul da Itália.

RNOULLI BE P

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Originada do judaísmo, cujos adeptos esperavam a vinda do Messias libertador, a doutrina cristã fundamenta-se nas pregações de Jesus de Nazaré, também chamado Cristo (em grego, Messias), um carpinteiro da Galileia que afirmava ser filho de Deus e que, por isso, foi julgado, condenado e crucificado no ano 30 de nossa Era, durante o governo de Tibério. A vida e a doutrina de Cristo foram registradas no Novo Testamento, em quatro livros chamados de Evangelhos, escritos entre os anos 70 e 90 por Mateus, Marcos, Lucas e João, com base em tradições transmitidas oralmente pelas primeiras comunidades cristãs.

As termas romanas também se destacavam no cotidiano da população. Eram locais de banhos públicos, pontos de encontro dos cidadãos e exercício da vida política e intelectual.

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Deuses gregos e romanos

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Assista a esse vídeo para conhecer algumas características e diferenças das divindades idolatradas pelos povos romanos e pelos gregos.

Cleópatra (Cleopatra) Cleópatra (Cleopatra). Reino Unido, 1963. Narra o relacionamento amoroso da rainha do Egito, Cleópatra, com os generais romanos Júlio César e Marco Antônio. O filme exibe cenas do primeiro encontro da rainha com César, a batalha de Ácio e o suicídio de Cleópatra. A queda do Império Romano (The Fall of the Roman Empire). EUA, 1964. Após a morte do imperador Marco Aurélio, tem início a luta entre o seu filho adotivo (Maximus) e o seu filho legítimo (Comodus). Galeria de Filmes: Para mais sugestões de filmes sobre a história das civilizações clássicas, acesse a Galeria de Filmes. FILMES

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omano – cada grupo deverá selecionar • Pesquise sobre os motivos da Queda do Império Romano – cada grupo deverá selecionar um artigo diferente e guiar-se pelos seguintes tópicos:

As pinturas e esculturas romanas tinham influência etrusca e helenística. A literatura romana se destaca por obras como Arte de Amar, de Ovídio; História de Roma, de Tito Lívio, e Eneida, de Virgílio (poema épico que narra a fundação mítica da cidade). Anfiteatros como o Coliseu foram palco de espetáculos de gladiadores, festivais públicos e encenações teatrais.

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• Acesse o Google Acadêmico em: <https://scholar.google.com.br/>. Ao acessar acessar esse esse .google.com.br/>. Ao link, você será direcionado para a ferramenta de pesquisa acadêmica do Google, que permite entrar em contato com a produções científicas universitárias e artigos variados.

Os romanos eram politeístas e, com o tempo e as expansões, foram assimilando divindades de outros povos, principalmente as dos gregos, sob denominações diferentes. Além disso, herdaram dos gregos também a visão humanista do mundo.

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Para compreendermos tal processo, desenvolva uma pesquisa em grupo partindo das seguintes orientações:

2.2. A Cultura Romana

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O Império Romano corresponde ao período pós-República Romana, sendo marcado por uma forma de governo autocrática cujo líder era um imperador. Esse sistema começou com Otávio Augusto e findou-se com Rômulo Augusto. Você conseguiria explicar a origem das narrativas sobre os fatos ocorridos ao longo da história mundial, como a Queda do Império Romano no Ocidente?

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NTEÚDO CO N

Quem explicou a Queda do Império Romano no Ocidente?

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A região em que desembarcaram puritanos, católicos, presbiterianos, camponeses pobres, degredados e demais perseguidos político-religiosos ingleses nos séculos XVI e XVII não estava despovoada. Esse local era habitado por centenas de tribos indígenas. Historiadores, etnógrafos e arqueólogos estadunidenses estimam que a população indígena na região que viria a ser os Estados Unidos era de, aproximadamente, 850 mil pessoas no início da colonização. Entretanto, em 1850, durante o movimento da Marcha para o Oeste, a população indígena caiu para menos de 250 mil pessoas. Essas populações foram atingidas pelo processo de colonização nas terras da América do Norte:

O preconceito [...] não foi o único dano que os ingleses causaram aos índios. Mesmo se não fossem agressivos, os europeus já seriam perigosos. A imigração europeia havia introduzido na América do Norte doenças para as quais os nativos não tinham defesa. As epidemias nas colônias inglesas atingiram os indígenas da mesma forma que nas áreas ibéricas. O sarampo matou milhares de indígenas em toda a América. KARNAL, L.; PURDY, S.; FERNANDES, L. E. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 59.

Estudos mostram que havia grande diversidade linguística e cultural entre os povos nativos das Treze Colônias britânicas. Estima-se, por exemplo, que eram faladas centenas de idiomas pelas diversas tribos que habitavam a região. A organização social dos nativos era bastante diferente da europeia. Os povos indígenas eram caçadores / bastante diferente da europeia. Os povos coletores e se organizavam em tribos com níveis diversos de sedentarização. No âmbito da religião, enquanto os europeus seguiam os preceitos cristãos, os índios norte-americanos praticavam rituais xamanistas e totêmicos, isto é, adoravam as forças da natureza e acreditavam na ação cotidiana de espíritos de animais e de árvores, que representavam o bem e o mal.

Figura 3. Representação do encontro de Europeus e índios na região que atualmente é o Mississippi.

Os colonos ingleses, bem como os espanhóis e os portugueses, não reconheceram os nativos americanos como semelhantes. Para os colonizadores, esses povos eram inferiores e deveriam ser removidos para que a terra pudesse pudesse ser ser ocupada ocupada pelos pelos verdadeiros povos a ela destinados – os cristãos das diversas vertentes que ali chegaram perseguidos pelo Estado inglês. Ao longo do Período Colonial, os ingleses, ao mesmo tempo que estabeleciam relações comerciais com os indígenas, expulsavam-nos para terras além dos Apalaches, em um movimento violento que levou ao extermínio de várias etnias. A exclusão dos povos indígenas da sociedade colonial foi agravada pela falta, na colonização inglesa, de um projeto de catequização sistemática do gentio. Enquanto no processo de colonização dos países ibéricos, motivados pelo afã evangelizador da Contrarrefoma católica, a conversão dos povos indígenas ao catolicismo foi adotada como um dos objetivos primários da empresa colonial, os colonos ingleses pouco se preocuparam, após os contatos iniciais com as populações nativas, em realizar ações missionárias para a conversão desses povos.

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Há casos isolados de catequização de gentios na América Inglesa, porém, como afirma o historiador Leandro Karnal, não se pode tomar esses casos como regra:

Existem, é bem verdade, experiências puritanas de conversão do índio [...]. Havia mesmo um colégio índio em Harvard, onde os puritanos pretendiam formar elites índias cristianizadas para atuarem próximos aos índios. Os índios deveriam estudar Lógica, Retórica, Grego e Hebraico. É fácil imaginar que o colégio não foi um sucesso enorme entre as populações indígenas. Em 1665, um índio com o complexo nome de Caleb Cheeshahteaumuck concluiu seu bacharelado no colégio. Foi o único. Nenhum outro índio conseguiu essa proeza. O colégio tornara-se um fracasso, e, em 1698, foi demolido. Houve outras experiências de conversão e catequese. Nunca houve um processo sistemático e permanente como no mundo da América Ibérica. Os esforços do reverendo Eliot, que chegou a traduzir o Novo Testamento para os índios algonquinos, são exceção, não a regra.” KARNAL, L.; PURDY, S.; FERNANDES, L. E. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 62.

O extermínio dos povos nativos foi realizado por meio de conflitos abertos – guerras entre os colonos e os indígenas – abertos – guerras entre os colonos e da disseminação de mortíferas epidemias, que devastavam populações inteiras de índios desprotegidos frente às moléstias trazidas pelos europeus. Além disso, o desequilíbrio econômico e social provocado pela presença europeia na vida cotidiana das tribos fez com que, desprovidas de seus territórios ancestrais, muitas nações indígenas perdessem sua fonte de subsistência e expressivos contingentes populacionais por fome e miséria. Até o século XX, as populações indígenas foram duramente perseguidas pelos colonos ingleses (depois cidadãos dos Estados Unidos), o que levou o filósofo e historiador francês Alexis de Tocqueville a afirmar, em 1831, que os índios foram arruinados por uma competição para a qual não tinham os meios de sustentação. De muitas tribos, restaram apenas os nomes, adotados por alguns estados dos Estados Unidos, como Massachusetts, Iowa, Illinois, Missouri, Delaware e Dakota. No entanto, ao longo do século XX, os sucessivos governos dos Estados Unidos passaram a se preocupar com a situação das tribos remanescentes, muitas confinadas a estreitas reservas indígenas federais com péssimas condições de subsistência.

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01

O Meme é um termo criado pelo escritor e biólogo Richard Dawkins, em seu livro The Selfish Gene (O Gene Egoísta), lançado em 1976, cujo significado é um composto de informações que podem se multiplicar entre os cérebros ou em determinados locais, como livros. [...] O Meme pode ser considerado uma ideia, um conceito, sons ou qualquer outra informação que possa ser transmitida rapidamente. [...] Em referência ao campo da informática, a expressão “Memes de Internet” é utilizada para caracterizar uma ideia ou conceito, que se difunde rapidamente através da web. O Meme pode ser uma frase, link, vídeo, site, imagem, entre outros, os quais se espalham por intermédio de e-mails, blogs, sites de notícia, redes sociais e demais fontes de informação. Disponível em: <https://www.infoescola.com/comunicacao/memes/>. Acesso em: 13 ago. 2019.

O meme anterior ironiza a política migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Analise como se desenvolveu a relação entre colonizadores e indígenas e associe esse contato entre os povos com o meme apresentado.

02

[...] Primeiras aproximações europeias do território dos Estados Unidos já causaram um efeito duplo sobre as imensas populações indígenas da região. Primeiro, foram trazidas doenças novas como o sarampo e a gripe, que causaram milhares de vítimas entre os povos nativos, absolutamente despreparados para esse contato biológico. Também restaram cavalos nas terras da América do Norte, trazidos e depois abandonados pelos conquistadores, tomando-se selvagens. Esses cavalos passaram a ser, depois de domados, utilizados pelos índios, que assim modificavam suas táticas de guerra e seus meios de transporte. KARNAL, L.; PURDY, S.; FERNANDES, L. E. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 62. [Fragmento]

Com base no texto anterior, aponte as consequências do contato com os europeus para os povos indígenas.

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2.1. Colonos e indígenas: desconhecimento e extermínio

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A função fática evidencia-se em textos em que o canal de comunicação é colocado em foco. Trata-se de uma função bem comum na oralidade, em que os falantes, durante um diálogo ou exposição, utilizam expressões para se certificarem de que seus ouvintes estão atentos e / ou entendendo o que está sendo dito. Exemplos dessas expressões fáticas são: “né”, “tá”, “certo”, “entendeu”. Em conversas ao telefone, faladas ou escritas em aplicativos, expressões como “alô”, “hum”, “ahã” também são exemplos de função fática da linguagem, pois, nesses casos, servem para confirmar que o canal de comunicação entre os falantes está ativo.

oi, sumido... opa Uhum. E aí? ?

Por conta de seu caráter esporádico, é praticamente impossível encontrar textos que sejam em toda a sua extensão produções com a função fática. O que se presencia são manifestações dela ao longo de textos maiores.

Cutucadas Viviane cutucou você. Cutuque de volta

A função fática está cada vez mais presente em comunicações virtuais, por exemplo, ao se mandar mensagens rápidas e curtas para certificar-se de que o receptor está online também. Um interessante exemplo de mensagem na qual predomina a função fática é a “cutucada” do Facebook. Ela tem o propósito de alertar o usuário para a presença de amigos ou interessados no perfil. A atenção do receptor é direcionada para o próprio canal de comunicação após o rápido aviso, que funciona como os termos comuns em qualquer diálogo (“oi”, “ei”, “alô”, etc.).

INTERDISCIPLINAR A função fática pode ser usada de forma produtiva, inclusive, para manifestações artísticas. A premiada cantora britânica Adele, por exemplo, tem como uma de suas músicas mais conhecidas a canção “Hello” (“Olá”), que simula um monólogo por telefone e, em virtude disso, há presença de função fática em parte da letra, por exemplo, no trecho “Hello, can you hear me?” (“Olá, você pode me ouvir?”). Acesse o QR Code e confira o clipe da música.

2.6. Função metalinguística: o texto sobre o texto A função metalinguística predomina nos casos em que o foco é o próprio código. No que se refere aos textos verbais, por exemplo, são metalinguísticos todos aqueles que tratam da própria linguagem. É o caso dos dicionários, exemplo mais tradicional, dos romances em que os personagens são escritores, e também dos textos em que os autores discutem questões da própria escrita ou falam sobre os motivos que os levaram a escrever algo. Isso não significa, entretanto, que sejam metalinguísticos apenas os textos verbais que tenham a língua como tema. De fato, essa função é importantíssima no ramo artístico e textual, sendo explorada das mais diversas formas, como em filmes que abordam o próprio fazer cinematográfico (basta pensar em alguns documentários ou em cenas extras, por exemplo, que revelam imagens de bastidores ou de gravações), em pinturas em que há a representação de artistas pintando, em novelas e em seriados em que os personagens são atores ou diretores, enfim, as possibilidades são inúmeras. Em “Autopsicografia”, por exemplo, Fernando Pessoa compõe um poema para refletir sobre a própria poesia, sobre o fazer poético e sobre a recepção do poema pelos leitores.

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Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa

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A função metalinguística pode ser evidenciada já no título. “Psicografia”, segundo o verbete do Dicionário Aurélio, significa “história ou descrição da mente ou das suas faculdades; análise psicológica” ou ”escrita dos espíritos pela mão do médium”. O prefixo “auto”, por sua vez, significa “de si mesmo”. “Autopsicografia” é, assim, um neologismo, o qual pode ser entendido como “escrita de si mesmo” ou como uma descrição do poeta sobre o próprio ato de escrita. A linguagem é a matéria-prima dos escritores. Manipulando-a e moldando-a, eles são capazes de fazer parecer real tudo o que sentem e o que pensam, inclusive a dor. Por isso, o eu lírico afirma que “o poeta é um fingidor” e “que chega a fingir que é dor / a dor que deveras sente”.

É possível entender que o poeta trabalha tanto com a linguagem a fim de se expressar de forma bela, que, ao terminar de escrever o poema, tudo o que foi sentido já não é mais sentimento, e sim linguagem “fingindo” ser sentimento, ou seja, representação. Na segunda estrofe, o eu lírico focaliza o leitor e fala do prazer de ler poesia e, na última estrofe, o eu lírico refere-se ao coração, metáfora para os vários sentimentos que os poetas representam em sua poesia. Como se percebe, todo o poema é metalinguístico, uma vez que trata do processo de produção e de recepção de textos poéticos. A metalinguagem também é comum em textos não verbais. Observe na pintura de Diego Velázquez como esse efeito é produzido:

Essa pintura possui função metalinguística, pois trata-se de um quadro que reproduz a ação da pintura em si, o momento exato em que um pintor elabora sua produção artística. Isso fica evidente com a presença, ao lado esquerdo da tela, de um pintor com pincel e aquarela na mão, durante a execução de uma tela (o observador vê apenas o lado de trás do cavalete) para a qual posa a menina localizada ao centro. Assim, cria-se um jogo de espelhamento, pois o quadro que o artista produzirá terá uma perspectiva bastante semelhante a de quem observa (talvez apenas com a mudança de ponto de vista, uma vez que o artista observa a cena pela lateral; a menina, pelas costas; e os espectadores da obra a observam de frente).

VELÁZQUEZ, Diego. As meninas. 1656. Óleo sobre tela, 3,18 m × 2,76 m. Museu do Prado, Madrid, Espanha.

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2.5. Função fática: o canal em teste

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NO COTIDIANO

O documentário Jogo de Cena (2007), do diretor brasileiro Eduardo Coutinho, explora o uso da função metalinguística para confundir seus espectadores. Trata-se de uma sequência de depoimentos feitos por atrizes famosas e cidadãs comuns, em uma série de histórias narradas para a câmera, sem uso de cenário elaborado ou outros efeitos estéticos. A sequência faz com que, em um certo momento, seja impossível identificar com clareza quais histórias foram inventadas; quais estão sendo criadas pelas atrizes; quais são reais, mas estão

TÁ NA MÍDIA APLICATIVO

FG Trade / Getty Images

A função metalinguística tem sido cada vez mais usada na contemporaneidade, mesmo que de forma não intencional, devido à presença constante de tecnologias digitais. Um típico caso de produção metalinguística são as selfies, retratos tirados pelo próprio usuário da câmera ou, mais comumente, do aparelho celular. Elas são muito exploradas nas redes sociais, sobretudo por blogueiros de moda e de maquiagem. Ao ser, ao mesmo tempo, fotógrafo e elemento fotografado, tem-se um jogo que revela aos observadores como o mecanismo de produção da foto ocorreu, o que evidencia a presença da metalinguagem. Como a selfie opera de forma semelhante aos autorretratos na pintura, também é possível identificar nela uma forte presença de função emotiva. Isso ocorre porque um mesmo texto pode apresentar mais de uma função da linguagem.

sendo narradas por outras pessoas que não as viveram; enfim, as possibilidades narrativas são várias e evidenciam o poder de criação e de reflexão do cinema, deixando claro o processo de gravação e de ficção para o receptor. Acesse o QR Code e confira!

SISTEMATIZANDO Existem diversos canais de booktubers disponíveis no YouTube. Como foi visto, eles têm a função de apresentar obras literárias e fazer alguns comentários pessoais a respeito delas. A seguir, há sugestão de dois desses canais para você. Assista a alguns vídeos disponíveis. O Literature-se é um canal feito pela estudante de Estudos Literários Mell Ferraz e conta com a produção de conteúdo diverso a respeito de literatura e do mundo dos livros. Normalmente, há postagens sobre as leituras realizadas, que vão de clássicos da literatura a best-sellers. O Lidolendo é um canal literário no qual sua produtora, Isa Vichi, engenheira de formação, analisa algumas leituras feitas ao longo de sua vida. O canal é interessante por ser feito por alguém de fora do mundo das Letras, mostrando que a leitura é, sim, para todos. Agora, pense: qual é a tipologia predominante nesses vídeos com comentários a respeito de livros? Escolha um dos vídeos e analise o posicionamento tomado pelo booktuber, com base nas seguintes reflexões: as escolhas argumentativas se sustentam, isto é, o autor do vídeo consegue fundamentar bem a opinião a respeito do livro? Por quê? Reúna-se, depois, com seus colegas e escreva um texto justificando suas respostas. Apresente-o para a turma. Vocês podem, inclusive, gravar a análise e exibi-la para a classe, como booktubers.

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