Mais Redação - 2021

Page 1

2ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO MAIS REDAÇÃO Unidade Curricular de Aprofundamento

Formação integral para a vida e para o futuro.


Mais Redação Redigir e argumentar são competências muito exigidas pelo mercado de trabalho e que têm reflexos nas relações humanas, além de impactarem todos os outros aprendizados — individuais e, principalmente, coletivos. Dessa maneira, o Mais Redação, Unidade Curricular de Aprofundamento de Itinerários Formativos do Bernoulli Sistema de Ensino, visa aprimorar a escrita e o repertório do estudante, além de propor reflexões sobre os temas globais bem como a consciência a respeito de situações cotidianas e o aprofundamento nas discussões fundamentais para a formação cidadã e uma compreensão mais ampla.

Doze capítulos que trazem, cada um, temáticas diferentes e propostas de redação no estilo Enem e em outros tipos textuais.

Aprimoramento das características dos diversos gêneros e tipos textuais.

Ampliação do repertório. Possibilita reflexões sobre temáticas relevantes do mundo.


Demonstrativo do material


PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

TÁ NA MÍDIA

Reprodução

Outro problema nessas classificações está no fato de que uma manifestação artística considerada popular, em determinado período, pode passar a ser identificada como erudita em outro momento histórico. Um exemplo disso são as cantigas medievais que, na Idade Média, eram associadas a uma expressão artística popular e, na atualidade, têm status de arte erudita por seu valor histórico e pelos conhecimentos que devem ser acionados para interpretá-las e apreciá-las. Também o acesso a essa arte literária está mais restrito a determinados círculos sociais, como o ambiente acadêmico. Assista agora a um vídeo que enfoca exatamente essa questão.

Acesse o QR Code e assista ao vídeo em que o ator, dançarino, cantor e coreógrafo Antonio Nóbrega problematiza a utilização do termo “folclore” para categorizar as manifestações artísticas populares, bem como critica a contraposição entre “cultura popular” e “cultura erudita”, como forma de hegemonia de uma sobre a outra.

DÁ O QUE PENSAR

AÇÃO CIE IG

A ÍFIC NT

INVE ST

VÍDEO

Considerando as informações e ideias contidas nos textos lidos e nos vídeos a que você assistiu, além das discussões sobre eles, analise este quadro, com uma síntese dos aspectos característicos da cultura popular e da cultura erudita.

Cultura popular

Cultura erudita

Origem

Artistas sem formação específica.

Artistas com formação profissional.

Elaboração

Espontânea.

Pede estudo e planejamento.

Transmissão

De forma oral.

Através de escolas e registro escrito.

Acessibilidade

Para todos os públicos.

Público específico, normalmente com formação escolar formal.

Participação da comunidade

É essencial para a realização.

Participa de forma passiva, normalmente como público.

AGÊNCIA PAPOCA. O que é cultura erudita e popular: entenda quais são as diferenças. Blog Cultura Erudita. Disponível em: https://laart.art.br/blog/ cultura-erudita-popular/. Acesso em: 20 jun. 2020. [Fragmento]

Redija um texto opinativo, avaliando a consistência e a coerência das informações do quadro. Apresente argumentos que sustentem a sua avaliação e cite exemplos, retirados do texto e do vídeo, para comprovar essa validação. O seu texto pode ter de 10 a 12 linhas e deve ser redigido de acordo com o padrão formal de linguagem. Depois, em grupo, reescreva o quadro adequando as informações sobre “cultura popular” e “cultura erudita”.

FALA, PENSADOR! Todas as muitas e diversas soluções sociais formuladas pelo indivíduo em diferentes culturas – por exemplo, para o acasalamento ou o comércio – são igualmente possíveis com base na capacidade original do ser humano. A cultura não é um conjunto que se transmita biologicamente. BENEDICT, Ruth. Padrões de cultura. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 21.

10

Bernoulli Sistema de Ensino

Ruth Benedict foi uma antropóloga americana da Escola de Cultura e Personalidade e professora da Universidade de Columbia. Dentre suas obras, destacam-se: Padrões de cultura (1934) e O crisântemo e a espada (1946).

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

Capítulo 1 VERSÃO


Porque para nós “cultura” não é simplesmente um referente que marca uma hierarquia de “civilização”, mas a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa. Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. DAMATTA, Roberto. Você tem cultura? In: DAMATTA, Roberto. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 2011. p. 122.

Roberto DaMatta é um antropólogo brasileiro. É professor emérito da Universidade de Notre Dame (EUA) e foi professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Carnavais, malandros e heróis (1979) e A casa e a rua (1985) são os destaques de sua produção intelectual.

PROPOSTA DE REDAÇÃO Considere este fragmento: [...] Exemplos de manifestações da cultura erudita em nosso país são obras literárias de escritores como José de Alencar, Machado de Assis e Guimarães Rosa; pinturas e esculturas como as de Victor Meirelles, Portinari, Tarsila do Amaral, Aleijadinho, Victor Brecheret; músicas como as de Carlos Gomes e Villa-Lobos; obras de arquitetura como as de Oscar Niemeyer; realizações em diversos domínios científicos. Mas a cultura brasileira vai além e adquire milhares de outras formas. Carros alegóricos do Carnaval carioca, roupas dos palhaços de circo, bonecos do Carnaval de Olinda, cestos de buriti, toalhas de renda de bilro, bonecas de pano, miniaturas de ônibus feitas de metal, bandeiras do Divino, moringas esculpidas, flores de papel, procissões, pastoris, congadas, cavalhadas e bumbas-meu-boi, folhetos de cordel – tudo isso e muito mais são exemplos das artes que o povo faz, expressando o seu jeito de ser, pensar, fazer e sentir, ou seja, a sua cultura. [...] CENPEC. Artes do povo – a arte é de todos. São Paulo: CENPEC, 2001. p. 2. Disponível em: https://www.cenpec.org.br/wp-content/uploads/2019/08/ Amigos-da-Escola-Artes-Povo.pdf. Acesso em: 20 jun. 2020. [Fragmento]

01

A sua escola criou o projeto “Vamos conhecer mais de perto o universo da cultura e da arte brasileira”, propondo a elaboração de diversos trabalhos. Como participante do projeto, elabore um texto informativo de apresentação de uma obra ou uma manifestação artística local, regional ou nacional, com base na pesquisa em fontes confiáveis. O seu texto deve ter de 25 a 30 linhas e não pode meramente reproduzir trechos das fontes pesquisadas; deve ainda conter uma ilustração que identifique a manifestação ou a obra artística retratada. Na produção do texto, as informações, os conceitos e as declarações de especialistas devem ser expostos de forma lógica, articulada e organizada, no registro formal de escrita, adequado à norma-padrão. A versão final do seu texto será publicada no “MURAL DA CULTURA E DA ARTE BRASILEIRA”.

02

Considere este texto, retirado do Portal da Câmara dos Deputados: PL 2 836/2020 (Projeto de Lei) Altera a Lei nº 8 313, de 23 de dezembro de 1991, a fim de possibilitar que recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) sejam utilizados para estimular a participação de artistas locais e regionais em projetos de instituições públicas de educação básica e de entidades sem fins lucrativos e para fomentar a gravação e transmissão de espetáculos teatrais e circenses, além de incluir a música regional e popular entre os segmentos atendidos por doações e patrocínios à produção cultural. [...] O enquadramento da música regional e popular, e da produção de vídeos ao vivo, com interação popular via Internet, para a promoção da cultura brasileira em todas as regiões do país, nas linguagens de audiovisual, circo, cultura popular, dança, música e teatro no artigo 18 da Lei nº 8 313, de 23 de dezembro de 1991, permitirá que o patrocinador de um projeto cultural deduza do imposto de renda 100% do valor investido, desde que respeitado o limite de 4% para pessoa jurídica e 6% para pessoa física. [...] BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei 2 836/2020. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_ mostrarintegra;jsessionid=15E2A4AC23E96E541143997C77F067E9.proposicoesWebExterno2?codteor=1896904&filename=PL+2836/2020. Acesso em: 30 jun. 2020. [Fragmento]

No Portal oficial da Câmara de Deputados, o cidadão pode participar das “Enquetes Legislativas”, por meio de pesquisa de opinião sobre projetos em tramitação na Câmara, com possibilidade de indicação de pontos positivos e negativos. Ao acessar o Portal, foram dadas as seguintes possibilidades de opinião: Bernoulli Sistema de Ensino

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

MAIS REDAÇÃO VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

11


PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

O que você acha disso? Concordo totalmente

Concordo na maior parte

Estou indeciso

Discordo na maior parte

Discordo totalmente

TÁ NA MÍDIA

FerreiraSilva / Getty Images

Escolha um desses posicionamentos e redija um artigo de opinião, de 25 a 30 linhas, sobre o PL 2 836/2020. Qualquer que seja o seu ponto de vista, faça referência ao que seriam, na sua opinião, os pontos negativos e / ou positivos da proposta. O texto deve apresentar argumentos coerentes, consistentes e articulados, num registro escrito adequado à norma-padrão.

Acesse o QR Code e visite a página do Projeto de Lei e da enquete.

SITE

Dando continuidade aos estudos sobre o tema “Cultura e arte”, vamos ampliar os conhecimentos e as reflexões sobre essa temática, abordando outros fatores, como a atuação da mídia e da indústria cultural, os impactos desses sistemas na relação da sociedade com a cultura. Além disso, será enfocada a questão da valorização do patrimônio artístico e cultural do Brasil.

3. Cultura de massa e indústria cultural A expressão “indústria cultural” é uma categorização relacionada à produção industrial de bens culturais, à modernização dos veículos de comunicação, ou seja, está atrelada às transformações advindas com a Revolução Industrial e à constituição da sociedade capitalista, de consumo. Essa expressão está também no campo da discussão sobre “cultura de massa”. No artigo que compõe o verbete “Cultura popular”, há a referência a essa categorização da cultura.

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

03

12

Releia o texto “Cultura popular” e registre a seguir, sinteticamente, o conceito de “cultura de massa”.

Bernoulli Sistema de Ensino

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

Capítulo 1 VERSÃO


Qual seria a relação entre “cultura de massa” e “indústria cultural”? A que se refere esse sistema de produção cultural? Acesse o QR Code e assista à animação Indústria cultural e cultura de massa, que estimula uma reflexão crítica sobre o funcionamento dessa indústria e seus impactos na cultura. Assista ao vídeo na íntegra e, depois, interprete e analise, em grupo, o que foi exposto.

VÍDEO

Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema do vídeo, leia agora o texto “Indústria cultural”. MARQUE O

Texto I Indústria cultural

XTO TE

O século XX assistiu a um desenvolvimento acelerado dos meios de comunicação, bem como sua rápida popularização e disseminação pelo planeta. Ao mesmo tempo que se dava esse desenvolvimento, crescia o coro de vozes que viam no emprego da tecnologia nos processos de produção cultural um caminho para a democratização do conhecimento e para a emancipação do indivíduo. Em meio à euforia causada pelo potencial comunicativo de tecnologias como o cinema e a televisão, existiam, porém, aqueles que apresentavam postura mais cética frente a esse processo. Uma das respostas veio na forma do conceito de indústria cultural, elaborado pelos filósofos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer. Cultura como estratégia de dominação [...] A expressão “indústria cultural” foi utilizada pela primeira vez no livro Dialética do esclarecimento, escrito por Adorno e Horkheimer e publicado em 1947. [...] Adorno e Horkheimer defendiam, contudo, que o aspecto emancipatório da razão foi deixado em segundo plano em favor da razão instrumental, que buscava o domínio técnico-científico da natureza, incluindo a natureza interior do homem e do mundo social. “Isso começa no século XVIII, com a produção em série e a comercialização da literatura, e no século XX se amplia com as novas expressões culturais, como o cinema, o rádio e a televisão”, explica Bruno Campanella, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). “A cultura passou a ser produzida e distribuída de maneira a atingir o maior número possível de pessoas, adquirindo um caráter massificador, que acabou por naturalizar a visão de mundo das elites”, diz. A ideia é que, numa lógica de mercado, a cultura também vira mercadoria e estratégia de controle. Sabe esses cantores e bandas que parecem todos iguais, reproduzindo um certo padrão de música que “deu certo” comercialmente? Ou então aquelas telenovelas que parecem seguir a mesma fórmula, sendo esteticamente parecidas e tendo sempre a mesma estrutura, os mesmos tipos de personagens e até o mesmo final feliz? Ou ainda revistas que impõem a seus leitores, veladamente, um certo modelo de consumo e comportamento? Esses são típicos produtos da indústria cultural, que padroniza as expressões artísticas para que elas possam ser facilmente reproduzidas e comercializadas. E essas “mercadorias” são importantes tanto para gerar lucros como para disseminar determinadas crenças e formas de se comportar. Por isso, em geral deixam pouco espaço para que o consumidor reflita sobre o que está vendo, ouvindo ou lendo. A ideia de indústria cultural, portanto, tenta um diálogo com o pensamento marxista. “Esse conceito busca refletir sobre as implicações que a base material do sistema capitalista – ou seja, o controle dos meios de produção pelas elites – teriam na conformação da ideologia”, diz Campanella. [...] Massificação Campanella destaca que, na visão de Adorno e Horkheimer, com a produção em série de cultura e sua transformação em mercadoria para ser comercializada visando ao lucro, a produção cultural perdeu o seu valor como forma de expressão. E isso se manifesta, de acordo com o artigo de Rafael Cordeiro Silva, por exemplo, na distinção entre a alta cultura, como a música erudita, e a baixa cultura, produzida pela indústria cultural: Bernoulli Sistema de Ensino

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

TÁ NA MÍDIA

Reprodução

MAIS REDAÇÃO VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

13


SE LIGA NO ENEM Instruções: Para os exercícios a seguir é necessário ler os textos motivadores e em seguida escrever propostas de redação de acordo com o comando.

01

Textos motivadores Texto I A Constituição de 1988 rompe com uma história de quase 500 anos de negação da autonomia cultural dos povos indígenas e do direito à diferença étnica e reconhece o Brasil como um país pluriétnico e multicultural. Há cerca de 300 povos indígenas ou sociedades indígenas com identidade própria, diferentes entre si e da sociedade dominante. Há mais de 3 000 comunidades quilombolas no Brasil. O seu conceito de cultura abrange as manifestações das “culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional” (art. 215, §1º). [...] A Constituição não manda mais integrar todos numa única cultura, ao contrário, reconhece o direito à manutenção das diferenças étnicas e os direitos culturais dos indígenas, afrodescendentes e demais grupos participantes do processo civilizatório nacional. [...] [Mas] os direitos culturais não são suficientemente reconhecidos no Brasil. Faltam normas que complementem o que consta na Constituição e nos instrumentos internacionais ratificados, assim como estruturas administrativas que assegurem a prática dos direitos pelos povos e grupos humanos culturalmente diversos. [...] CASTILHO, Ela Wieko V. de. Diversidade cultural, esquecida da Justiça. Outras palavras, São Paulo, 15 jan. 2019. Disponível em: https://outraspalavras.net/crise-brasileira/ diversidade-cultural-esta-esquecida-da-justica/. Acesso em: 25 jun. 2020. [Fragmento]

Texto II [...] O pressuposto de que não é possível separar cultura popular e de elite de maneira fixa, congelada e polarizada, ganha cada vez mais espaço na produção do conhecimento histórico, de modo que os pesquisadores têm se convencido de que ambas as formas culturais se comunicam e, sobretudo, são polissêmicas, mutantes, forjadas por mediações, atualizadas e reatualizadas em cada contingência histórica específica. [...] É preciso, assim, questionar (e desconstruir) o conceito de cultura popular e ir além das dualidades (culto / popular, ilustrado / rude, refinado / arcaico, moderno / tradicional, letrado / oral) para pensar a cultura como arena de clivagens, disputas, conflitos e fraturas entre interesses antagônicos, qualificando como popular a produção cultural que se configura como manancial crítico, alternativo e contraponto à cultura hegemônica e / ou dominante. DOMINGUES, Petrônio. Cultura popular: as construções de um conceito na produção historiográfica. História, Franca, v. 30, n. 2, p. 401-419, dez. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742011000200019&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 15 set. 2020. [Fragmento]

Texto III [...] Não está claro quantas pessoas a Internet cultural tem potencial para beneficiar. Na verdade, parece que esta oferta ampliada de arte, música e informação pode ser acolhida por um grupo relativamente pequeno de pessoas altamente educadas. Outros usuários podem não estar cientes das possibilidades ou não querem tomar o tempo para explorar novas ideias. E as minorias significativas que ainda não têm acesso à Internet significativa, é claro, não têm escolha. A possibilidade de que a Internet pode nos apresentar para um mundo de maior desigualdade cultural e informacional representa um desafio para a democracia cultural e política. MAGGIO, Paulo di. A Internet e a indústria cultural. Go2web, Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.go2web.com.br/es-ES/blog/a-internet-e-a-industria-cultural.html. Acesso em: 25 jun. 2020. [Fragmento]

Bernoulli Sistema de Ensino

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

MAIS REDAÇÃO VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

19


Texto II Despesa do Governo Federal com cultura, segundo os órgãos Brasil – 2011/2018 9,7 8,4

Instituto Brasileiro de Museus

23

Ministério da Cultura Fundo nacional da Cultura

15,7 8,9 1,3

Fundo nacional das Artes

5,6

9,6 23,8 24,2

Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Fundação Cultural Palmares

1,8 1,2 7,7 5,8

Fundação Biblioteca Nacional Fundação Casa de Rui Barbosa

2011

2018

3,0 2,5 12,4

Agência Nacional do Cinema 0,0

5,0

10,0

15,0 20,0

35,4

25,0

% 30,0 35,0 40,0

IBGE. Setor cultural ocupa 5,2 milhões de pessoas em 2018, tendo movimentado R$ 226 bilhões no ano anterior. Agência IBGE Notícias, 05 dez. 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26235-siic-2007-2018-setor-culturalocupa-5-2-milhoes-de-pessoas-em-2018-tendo-movimentado-r-226-bilhoes-no-ano-anterior. Acesso em: 14 ago. 2020.

Nota da autora: Em janeiro de 2019, o Ministério da Cultura foi extinto pelo então presidente, Jair Bolsonaro, e transformado em setor da secretaria do recém-criado Ministério da Cidadania, que engloba ainda esporte e desenvolvimento social. Texto III Nas terras dos indígenas Yawalapiti, no Alto Xingu, fala-se kalapalo, kamaiurá e kuikuro. O próprio yawalapiti, a língua original da etnia, sobrevive hoje na voz de apenas três homens, todos já em torno dos 70 anos. O mais velho, Aritana, 76, é o cacique da tribo. Quem trabalha para revitalizar o idioma é seu filho, Tapí Yawalapiti, 43, mestrando em linguística na Universidade de Brasília (UnB). Ele agora tem ao alcance o mais completo estudo descritivo já publicado sobre a língua, feito há mais de 40 anos e recuperado pelo Museu Nacional, no Rio de Janeiro. É o primeiro extenso trabalho de resgate e publicação de um arquivo linguístico indígena da instituição após o incêndio de setembro de 2018, que destruiu quase todo o seu acervo, então o quinto maior do mundo em número de peças. Estima-se que o museu guardasse 20 milhões de itens, entre diversas áreas. Escritos entre 1976 e 1977, os cadernos de campo, agora digitalizados, trazem a caligrafia original da época, fotografada e colorida. São 2 762 entradas, com vocabulários e expressões yawalapiti, transcritos em um sistema fonético, que abrangem temas como corpo, indumentária, animais, ambientes da casa, festas e rituais. [...] COSTA, Luís. Com apenas três falantes, língua indígena tem estudo recuperado pelo Museu Nacional. BBC News, 19 jun. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53114568. Acesso em: 25 jun. 2020. [Fragmento]

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “A valorização do patrimônio histórico e cultural do Brasil Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

GABARITO Acesse o QR Code ao lado para verificar o gabarito.

Bernoulli Sistema de Ensino

PROIBIDA A IMPRESSÃO: uso exclusivo do GRUPO BERNOULLI. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, eletrônico, ou qualquer outro, sem prévia autorização por escrito pelo BERNOULLI SISTEMA DE ENSINO.

MAIS REDAÇÃO VERSÃO PRELIMINAR: SUJEITA A REVISÃO DE CONTEÚDO, DE LÍNGUA E DE LAYOUT.

21


Ficou com dĂşvidas ou quer saber mais? Entre em contato com o seu consultor pedagĂłgico. Contato: (31) 3029-4949 bernoulli.com.br/sistema


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.