O impacto das Redes Sociais na vida dos adolescentes

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Introdução A crescente utilização das redes sociais pelos adolescentes , bem como o impacto que têm nas relações dos jovens suscitou a nossa curiosidade e vontade de as conhecer melhor . Nesse sentido, seleccionámo‐las para o tema do nosso trabalho de Área de Projecto, procurando avaliar o que são e, em que situações são utilizadas. Através de um inquérito à comunidade educativa também procurámos identificar os eventuais perigos que podem representar, no sentido de apontarmos alguns conselhos para a protecção da imagem individual dos seus frequentadores

1. Inquéritos O desenvolvimento de um projecto sobre as Redes Sociais, inserido no âmbito de Área de Projecto do 12.º F, conduziu o nosso grupo de trabalho à realização de um inquérito para avaliar o impacto das redes sociais nos adolescentes. Depois de recebermos os inquéritos recorremos à sua análise. Nestes inquéritos pretendíamos saber quais as redes sociais, mais ou menos conhecidas; se os estudantes utilizavam estas redes e quais utilizavam; a frequência de acesso às mesmas e o seu local de acesso; o modo como foi tomado conhecimento destas redes por parte dos estudantes e o motivo porque criaram contas nas mesmas. Na primeira pergunta de resposta aberta pretendíamos que os alunos dessem a sua opinião acerca do contributo das redes sociais para a personalidade de cada um, nomeadamente gostos e interesses. Na última pergunta do nosso inquérito intentávamos saber se os adolescentes consideravam que as redes sociais influenciavam o seu comportamento. Através deste inquérito conseguimos compreender melhor o efeito das redes sociais nos estudantes e quais as redes sociais mais conhecidas. As redes mais conhecidas são, o Facebook, Hi5, Youtube e MySpace. A maioria dos inquiridos afirmou possuir uma conta numa rede social e aceder a ela diariamente, a partir do seu computador pessoal, em casa. No que concerne ao conhecimento das redes sociais, a maioria dos alunos declara ter adquirido conhecimento das mesmas através de amigos e Internet. Quanto ao motivo da sua criação, a maioria apontou a socialização como razão principal. Em relação ao contributo das redes para a personalidade de cada um, a maioria dos alunos mencionou que estas são uma forma de partilhar gostos, sentimentos e


interesses, uma forma de socialização e um meio de comunicação e troca de ideias. Os inquiridos concordaram que estas redes influenciam os seus comportamentos, na sua maioria, negativos, como o isolamento social.

2. O que são Redes Sociais? Por redes sociais entende‐se todas as páginas virtuais, que permitem que os utilizadores, em comunidade, interajam e se liguem uns com os outros através de comentários, partilha de informações, fotografias, valores, objectivos, ideias, amizades, sem o obstáculo do espaço e das fronteiras geográficas. Podem considerar‐ se, ainda, como formas de representação dos relacionamentos afectivos ou profissionais. Estas comunidades virtuais têm a capacidade de atrair pessoas de todas as idades, em especial, as crianças e adolescentes, que aí encontram um espaço em que podem comunicar, conhecer novas pessoas, partilhar aplicações, aderir a grupos e causas do seu interesse e ainda jogar. As redes sociais têm um alcance cada vez maior quanto à sua influência e são utilizadas de maneiras diversificadas. Estas redes são utilizadas para localizar pessoas (desaparecidas ou amigos, conhecidos, familiares, que não vemos há muito tempo ou cujo paradeiro desconhecemos), para divulgar notícias ‐ ‘’dar‐nos a conhecer ao Mundo e conhecer esse mesmo Mundo’’, convocar manifestações (como exemplo, temos a mais recente ‘’Geração à rasca’’), entre outras… Os utilizadores destas redes descobrem as mais diversas utilidades de que esta dispõe. O Papa Bento XVI elogia o seu potencial, mas alerta que as amizades online não servem como substituto para o contacto humano real.

Em seguida, apresentamos um mapa, que nos permite ter uma melhor leitura acerca da expansão das redes sociais no ano de 2010.


Fonte: http://www.flowtown.com/blog/category/facebook#ixzz17pGBERcX

Este mapa (relativo ao ano de 2010) é uma forma original e expressiva de mostrar a mundialização decorrente das redes sociais. Assim, podemos ver que o Facebook é a rede social com mais utilizadores até à data (500 milhões, um número extravagante), motivo pelo qual se encontra no centro do “mapa‐múndi”. Segue‐se o Habbo, com 174 milhões de usuários e, apesar do Twitter se encontrar destacado, ocupando uma maior dimensão no mapa, o Myspace e o Bebo têm um maior número de utilizadores. O Hi5, que outrora teve muita adesão, caiu em desuso, pelo que já só tem 70 milhões de usuários e a tendência é de decréscimo.


Neste mapa, também está visível, o uso das aplicações do telemóvel, que cada vez mais inclui várias redes sociais no seu software e que contribui para o aumento de usuários das redes sociais. Portugal é o terceiro país da Europa nas redes sociais. De acordo com uma notícia publicada no Diário de Notícias, no dia 22 de Fevereiro de 2009, redigida pela jornalista Paula Brito, a adesão da população portuguesa às redes sociais permite que o nosso país se encontre na terceira posição, relativamente aos restantes países da Europa. Com um público maioritariamente jovem, estas redes começam a ter uma adesão cada vez maior de políticos, jornalistas, criativos da publicidade e profissionais liberais. De acordo com as nossas pesquisas, apurámos que as motivações, que levam a nossa população a aderir a estas redes são diversas e podem ir, desde motivos profissionais até ao convívio ou contacto com os amigos, de modo a pertencer a um determinado grupo. Neste sentido, o nosso grupo, como meio de obter informações estatísticas, que corroborassem os dados acima referidos, realizou um inquérito destinado à comunidade escolar do ensino secundário da Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, com a questão “Por que motivo criaste uma conta numa destas redes?”. No gráfico abaixo, temos uma pequena amostra das turmas de 12º ano, num total de vinte e três alunos, em que a socialização é, sem dúvida, o factor de adesão predominante.

Fonte: Inquérito sobre as Redes Sociais, 2010, Área de Projecto.


3. Perigos das Redes Sociais: Segundo o Guia das Redes Sociais da McAfee, que se baseou em dados obtidos pela European Online Safety Study, Comscore, McAfee & Harris Research Institute e EU Kids Online, 67% dos adolescentes europeus passa a maior parte do seu tempo na Internet em redes sociais. O Facebook é o website de redes sociais que cresce mais rapidamente em todo o mundo, registando um crescimento de 153% em visitas. Um inquérito recente revelou que 20% dos adolescentes participaram em actos de intimidação online, tais como publicar fotografias embaraçosas e informações cruéis ou prejudiciais, espalhar rumores, divulgar comunicações privadas, enviar mensagens anónimas de correio electrónico ou pregar partidas de mau gosto online; sabemos, ainda, que 28% dos adolescentes dizem não saber o que fariam se fossem assediados ou intimidados na Internet e que o perigo mais comum para os adolescentes europeus é publicar informações pessoais. Estes números devem‐se a vários factores. Estes advêm da demasiada quantidade de informações pessoais expostas nos perfis das respectivas redes sociais. Assim, os utilizadores das redes sociais devem ter em atenção aspectos como, o tempo despendido nelas; a protecção da nossa privacidade e, consequentemente, da nossa identidade pelo que devemos ter em conta o que devemos ou não partilhar e, com quem o fazemos. Contudo, com a crescente adesão às redes sociais, a classe etária predominante tende a esquecer todas estas medidas que nos permitem navegar em segurança. Como consequência, os casos de intimidação online têm vindo a aumentar. Esta forma de “ataque” define‐se pela publicação de conteúdos na Internet com o objectivo de prejudicar/embaraçar outros. Assim, a intimidação online pode‐se apresentar sob a forma de mensagens ofensivas que visam baixar a auto‐estima da vítima, provocando timidez e mudando os seus interesses o que, consequentemente poderá levar a um menor aproveitamento escolar, e até mesmo, em casos mais graves, a depressões. Podemos, ainda, mencionar os roubos de identidade (spoofing), que são cada vez mais frequentes e que têm por objectivo denegrir a reputação do lesado. Existem sinais de alerta que nos poderão despertar a atenção para uma situação destas, nomeadamente o facto da pessoa sentir desconforto em frente ao


computador ou ao telemóvel; não querer sair de casa ou ir para a escola e afastar‐se de amigos e familiares. É necessário ter em atenção que um dos principais perigos da Internet são os pedófilos. Estes atraem crianças, manipulando‐as, com a finalidade de as molestar. Para atingir este objectivo, os criminosos estabelecem uma ligação forte com as crianças de modo a que estas confiem plenamente neles. Através da criação de diversas personagens conseguem aceder à intimidade da vítima, por meio de mentiras, extorsão e culpa. Uma das estratégias utilizadas pelos pedófilos é a marcação de um encontro pessoal. Uma outra, poderá ser a obtenção de informações pessoais acerca da vítima, resultando, muitas vezes, em sequestros.

4. Conselhos para proteger a nossa imagem nas Redes Sociais: Hoje em dia a Internet tem um grande impacto na nossa vida. Aprendemos a viver com ela, e, apesar de todas as informações disponíveis sobre os seus perigos, inclusive das redes sociais, ainda existem muitos internautas que não têm cuidado com as informações que colocam online. Este descuido pode causar danos irreparáveis, como, por exemplo, o rapto da pessoa que expõe informações verídicas. Para evitar estes perigos, existem conselhos que devemos seguir. Uma das redes sociais de que se fala muito hoje em dia é o Facebook. Através desta rede, muitas pessoas publicam constantemente informações pessoais, chegando a actualizar diariamente, e mais que uma vez, o seu estado. Este factor, apesar de parecer inocente, pode levar a pessoa a correr um risco desnecessário, e como tal, não devemos anunciar todos os aspectos da nossa vida, nas redes sociais. O roubo de imagens para fins comerciais ou para criar identidades falsas é cada vez mais frequente nas redes sociais, que têm sido o alvo preferencial para roubo de dados e identidade. São muitos os fins que os usurpadores dão às nossas imagens: ou para efeitos comerciais ou para criar uma nova identidade ou até para fraudes relacionadas com adopção de crianças ou tráfico sexual. De uma coisa podemos ter a certeza: a nossa imagem pode dar lucro a quem não deve.


Para nos protegermos deste roubo, podemos tomar medidas simples, sendo a mais ‘drástica’, evitar colocar fotografias online. No caso de optarmos por postar fotografias online, deveremos colocar uma marca de água, usar imagens de baixa qualidade, para impedir que estas sejam utilizadas para outros fins e tentar não publicar imagens em que apareçamos sozinhos. Devemos ter um cuidado redobrado com os retratos de crianças. Muitas pessoas utilizam o Facebook como se este fosse um diário, expondo episódios comprometedores, o que pode vir a custar‐lhes o emprego ou até processos judiciais em tribunal. Por exemplo, publicar informações sobre os aspectos negativos do nosso trabalho ou dizer como odiamos o nosso chefe nunca é boa ideia! Dar a entender que traiu o seu companheiro(a) ou publicar fotos explícitas deste(a), pode levar a um processo judicial em tribunal. Hoje em dia, este tipo de provas é valioso para os advogados com processos litigiosos em mão. Copiar algo, nas redes sociais, pertencente a outro internauta, como uma foto ou um trabalho, é plágio, e, como tal, é punível por lei. Apesar de ser um recurso bastante utilizado pelos estudantes, o facto de utilizarmos um trabalho de outrem como se fosse nosso, é crime. Um dos erros mais frequentes que os utilizadores cometem, é darem a entender que não estão em casa (vários assaltos são ligados ao facto desta informação ter sido colocada online) ou que receberam algo de valioso (como o novo IPad ou uma “jóia muito cara”). Esta informação pode chamar a atenção dos ladrões! Para protegermos a nossa imagem nas redes sociais devemos verificar sempre as opções de segurança. O Facebook e outras redes sociais oferecem várias opções para restringir o acesso ao conteúdo publicado. Entre elas, estão as que se relacionam com fotografias. Assim sendo, podemos escolher se os dados e as imagens que publicamos são públicos ou se só podem ser vistos por um número restrito de pessoas. Bibliografia: http://www.flowtown.com/blog/category/facebook#ixzz17pGBERcX

http://www.ruadireita.com/internet/info/os‐jovens‐e‐os‐perigos‐das‐redes‐sociais‐na‐ internet/ http://internetparatodos.blogs.sapo.pt/359550.html http://www.ester.janz.pt/McAfee_Guia_Redes_Sociais.pdf


Grupo 3 ‐ 12.º F Bárbara Pinho Cátia Santos Claúdia Rocha Filipa Pinho Xavier Costa


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