7º ano
Nesse mesmo dia, a Presidente da Câmara impôs umas leis para que nos pudéssemos orientar, mas a população estava dividida em facções. Uns acreditavam que a riqueza tinha chegado à cidade, outros pelo contrário, queriam que o petróleo fosse vendido, para não provocar nem problemas, nem infelicidade à população. Como seria de esperar, a população entrou em conflito. Como seria de agora em diante? As crianças não poderiam brincar todas juntas, os homens e a as mulheres poderiam trabalhar no mesmo espaço e até o cão e o gato deixariam de não se poder ver. Tudo isto por uma simples “fonte” que saía da terra e que nem eles próprios tinham a certeza do que era. Um dia, todos os cidadãos daquela cidade juntaram se cansados de estarem divididos, para discutir o futuro da cidade: - Não podemos continuar assim! – ouvia-se no meio da multidão. - Por mim continuamos com o petróleo que há-de render muito. Dizia um dos apoiantes do petróleo na cidade. - Mas o dinheiro vai todo para o governo e o que vamos ter nem vai chegar para construir uma nova estrada. Refilava uma das pessoas que estava m revoltadas. Depois de tanta confusão e de tanta gritaria, tomou-se um a decisão. As pessoas da cidade iriam chamar uma outra pessoa mais informada para resolver o assunto. Uma que não se importasse só com o dinheiro, mas também com o bem estar da cidade. Mas onde iriam encontrar essa pessoa? - Podemos vir a encontrá-la nesta cidade! – disse alguém. - Mas quem? Durante meses a população procurou a pessoa ideal, mas, sem sucesso. Até que um dia, surgiu diante do edifício da Câmara Municipal uma nave transportadora, que andava à velocidade da luz. Quando as pessoas viram aquilo, concluíram que se tratava de homens do governo, porque só eles as possuíam, para usar em caso de grande urgência. Da nave saíram três homens vestidos de negro. - Viemos dar uma solução para este problema – disse um deles. -.O que vão fazer? - Perguntou a Presidente da Câmara Municipal, mostrando curiosidade. - Vamos encontrar a pessoa ideal! – Respondeu um dos homens. No dia seguinte, procuraram por toda a cidade, mas não encontraram nada. Quando estavam prestes a desistir passou diante deles um rapazinho descalço e com as roupas sujas. Era um rapazinho pobre. - Ele é a solução - pensaram eles. Os cidadãos chamaram-no para ele entrar dentro da Câmara Municipal e ele aceitou. Quando o Presidente começou a falar, o menino começou a ter uma “chuva de ideias”, até que a certo ponto a menina perguntou: - Eu…eu…eu… vou ter de tomar uma decisão? – perguntou o menino. E a Presidente afirmou: -.Claro! Só tu nos podes ajudar. Em seguida o menino disse que tinha que ir embora, pois tinha a mãe à espera. A Presidente insistiu para o levar a casa e o menino todo contente, deu um grito: - Esplêndido, vou andar numa nave espacial. Ao entrar na nave espacial os seus olhos até brilharam de alegria, pois nunca tinha sobrevoado o espaço, no entanto estava preocupado, pois não sabia como resolver o problema do petróleo. Quando chegou a casa foi logo contar à sua mãe o que se passara: - Mãe, tu nem sabes o que me aconteceu! - Diz lá, já começo a ficar preocupada, - disse a mãe. - A presidente da Câmara pediu-me para resolver um problema de petróleo, - disse o rapaz - E tu, o que disseste? -.Não disse nada, não sei como resolver o problema. Depois de uma conversa preocupada, com a sua mãe, foi-se deitar, porque depois daquele dia, era o que mais lhe apetecia fazer, no entanto apesar de estar cheio de sono, não conseguia dormir, até que teve uma ideia explosiva. Depois de muito pensar, adormeceu… No dia seguinte, acordou e muito apressado, saiu de casa. Mal podia esperar para contar à Presidente da Câmara, a sua brilhante e extraordinária ideia. Quando chegou à cidade, reparou que estava uma enorme e extensa multidão à porta da Câmara. O rapaz muito aflito, pensou: - O que é que eu vou fazer agora? - Não posso contar a minha ideia à Presidente! Toda a gente naquela multidão gritava: - Queremos o petróleo, queremos o petróleo!! Batiam com o s pés no chão…
O rapaz estava cada vez com menos vontade de ajudar, mas não desistiu, pois a cidade precisava da sua grande e preciosa ajuda. Depois de muito pensar, no que havia de fazer, resolveu passar por aquela multidão e ir ter com a Presidente que se encontrava à janela e assim fez. Levou 10 minutos, mas quando lá chegou contou a sua ideia à Presidente. Esta não gostou muito da ideia, mas mesmo assim contou aos cidadãos. - O nosso escolhido decidiu vender o petróleo e dar o dinheiro aos menos favorecidos. Os cidadãos estavam divididos, por isso foram a votos. Apesar disto os votos foram diversificados, ninguém estava de acordo com o que o menino escolhera. E falaram durante muito tempo, até que ficaram fartos de tanto discutir e chegaram a um acordo. Iriam vender o petróleo e dar o dinheiro a crianças desfavorecidas. No dia seguinte chamaram à cidade um perito para avaliar o petróleo e estabelecer um preço justo e este descobriu partículas de ouro no petróleo. Devido a esta descoberta o preço iria ser mais elevado. No entanto, achou que um bom preço seria 1000 000 de euros por litro. Com a venda do petróleo, que continha partículas de ouro, a cidade de Silves ficou riquíssima, pois se por cada litro vendido, tinham um lucro de 1000 000, então imaginem lá o lucro que tiveram quando venderam uma tonelada…! Quando o petróleo se tinha esgotado, começou-se pouco a pouco, a modernizar a maravilhosa cidade de Silves. Construíram -se novas casa, pelo que, os que não tinham casa, passaram a possuir uma. Construíram-se ainda inúmeras bibliotecas, fazendo desta cidade, uma cidade de grandes sábios…construíram-se novos jardins, plantaram-se milhares de árvores e plantas, criaram-se parques desportivos para fazer mais exercício físico. Até que, a certa altura vieram pessoas de outros países para ver quem é que ficava com aquela fonte de ouro negro, que a certo ponto lhes tinha subido à cabeça. Com aquela corrupção toda começaram os países em guerra e milhares de pessoas sofriam por causa de tanta ganância e tanto ódio. Todo o mundo estava interessado no dinheiro do petróleo. Com toda essa riqueza para gastar não sabiam o que fazer, até que chegou a uma altura em que todos se roubavam entre si, por causa da ganância. Havia brigas nas ruas, lançavam bombas nucleares. Entretanto Silves não participava nessa guerra, pelo contrário protegia-se da guerra. Com o dinheiro construíram uma barreira à volta da cidade de Silves, ela protegia tudo. A barreira era feita com a energia das ondas do mar e com a força do vento. A população levou algum tempo a perceber que a maneira de resolver este problema não era de certeza fazer guerra por uma fonte de petróleo que já não servia para muito, apenas era rara. Já não se usa o petróleo tão frequentemente. Pois agora já há robôs à venda, daqueles que são tipo empregados de limpeza. É mesmo “fixe”. Os tempos mudaram e a tecnologia anda avançada. Já há naves para andar debaixo de água. Os apartamentos têm aquecimento total. Já criaram telemóveis que é só falar para ele e ele faz tudo o que se lhe pede. Mas, regressando ao conflito…Ninguém queria dar o braço a torcer, por isso as medidas tiveram de ser maiores, afinal o mundo estava em guerra por dinheiro. Lembram-se daquele rapazinho que teve aquela ideia?...pois talvez ele não estivesse tão errado, talvez as pessoas mais pobres o merecessem…mas teriam de o provar. Toda agente andava “maluca”, só pensava no dinheiro e estava a esquecer-se do mais importante: da população. Para que servia tanta tecnologia, tanto dinheiro se as pessoas não se entendiam. A Presidente estava cansada de tanta confusão, muitas vezes só lhe apetecia fugir com o dinheiro, pensou, pensou… Até que um dia, fugiu mesmo num submarino por um túnel de água ligado ao oceano e foi para o Brasil. Na cidade de Silves apareceu um velho sábio que disse para esconderem o petróleo todo e para dizer aos governantes que o petróleo todo tinha acabado. O velho, passado um mês, foi buscar o petróleo e escondeu-o em casa, mas uns gangsters roubaram-no. Após algumas horas de buscas, a polícia conseguiu prender os bandidos. Para obterem liberdade teriam de ter uma ideia brilhante que salvasse a cidade, pois nesse momento Silves parecia Las Vegas e os velhos habitantes tinham saudades da outrora pacata e histórica localidade. Duas semanas depois os bandidos pediram uma audiência ao Presidente da Câmara que agora era o menino, para exporem a sua ideia: “Com a venda dos últimos barris de petróleo os habitantes reconstruiriam a sua cidade de sonho - a antiga Silves” O presidente concordou e todos puseram mãos á obra. Um ano depois, Silves estava um paraíso. Uma feira medieval dava início às festividades para a sua inauguração. O castelo dominava a cidade, as ruas estavam apinhadas de gente alegre, as crianças brincavam, todos estavam felizes. O presidente da Câmara e os bandidos que agora eram os seus conselheiros espreitavam esta alegria da varanda da Câmara Municipal. O poço de petróleo foi selado, pois nesta cidade nunca mais se quis ouvir falar de poluição.
8º ano Desde 2040 que se pensara que o petróleo acabara no mundo… Em Silves por volta de 2050, estava instalado um laboratório ultra secreto, para estudar e criar a antimatéria. Nos obscuros túneis debaixo do castelo circulavam cientistas desorientados com os resultados das suas pesquisas. Manel Astro, cientista de renome mundial, apaixonado pelas galáxias onde “navegava” frequentemente, precisava de um local para instalar o seu Astromil, máquina que encontrava buracos negros. Assim, uma retroescavadora escava, na serra, na zona do moinho, para instalar o Astromil e …eis que aconteceu…uma descoberta alucinante !! O que seria?... Um líquido negro brotava da terra, alguns afirmaram: É Petróleo! Vieram cientistas e empresários de todos os quatro cantos do mundo. Depois de muita pesquisa soube-se que o petróleo provinha de uma decomposição extremamente rápida de muitos corpos anteriormente enterrados devido a uma epidemia terrível. Estes cadáveres, por serem tantos, não tinham sido devidamente enterrados. O Manel Astro descobriu que estes cadáveres estavam ali há séculos. Então que iria fazer? Deixar o petróleo e investigar os componentes dos cadáveres ou continuar com aquele acontecimento extraordinário? Não teve tempo para optar, pois os residentes de Silves estavam a ficar doentes devido ao aparecimento do petróleo. Em pouco tempo a população ficou reduzida a metade. Manel Astro estava intrigado. Após várias investigações encontrou uma aranha com 50 cm de comprimento. Com medo, agarra na sua caçadeira lazer e dispara contra a ranha repetidas vezes. Surpreendentemente esta divide-se em várias e Manel Astro desesperadamente recolhe uma aranha e volta apara o laboratório para a analisar. Após uma semana de investigação, descobriu que foi o veneno desta espécie de aranha que provocou a epidemia e que matou grande quantidade de pessoas. Agora, estavam a decompor-se naquele “petróleo”. Manel Astro continuava indignado sem saber o que fazer. A população de Silves continuava a diminuir de uma forma drástica e assustadora, mas por outro lado, o petróleo era uma relíquia, uma fonte de abastecimento natural. Começa a pensar como é que há 30 anos, aquele petróleo que as pessoas usavam par abastecimento de carros, aquecimento e toda a produção de objectos do dia-a-dia lhes tinha levado a uma grande crise económica e uma dependência irreversível. Surgem-lhe então, grandes dúvidas se deveriam alarmar as pessoas sobre a sua descoberta ou escondê-la. Em caso de as alarmar, reviveriam o caos do passado e as pessoas não se iriam importar com o mal que fazia, apenas queriam que a sua qualidade de vida melhorasse. Estas pessoas viveram por volta de 10 anos sem petróleo, onde criaram substâncias que não libertavam tantos gases para a atmosfera, mas a sua qualidade era pior. Se escondesse, tentaria levar este petróleo para um buraco negro, assim as pessoas nunca iriam saber esta descoberta e continuariam a viver normalmente apesar das suas más qualidades de vida. Mas por outro lado, tinha de arranjar uma solução para eliminar estas aranhas e diminuir as mortes da população. Transtornado, voltou a ao seu laboratório e começou a estudar várias fórmulas para solucionar o problema. Após vários dias de pesquisa, descobriu que em França, existia um homem chamado “Virrado”, um vilão imparável, que enviou essa espécie de aranhas para exterminar por completo os Portugueses. Mas que horror? Que tipo de ser humano seria capaz de cometer uma barbaridade daquelas? Manel Astro compreendeu que estava na altura de fazer algo. Decidiu ir ver os seus contactos e encontrou… Era mesmo disto que ele precisava! Um agente secreto! Marcou o número. Uma voz de mulher respondeu. O nome da agente secreta era x13. Manel Astro disse-lhe que precisava da ajuda e combinaram encontrar-se num bonito café, ao lado do rio Arade. Depois de algumas horas, x13 já estava a par dos acontecimentos e depois de alguns dias, Manel Astro e x13 tinham já fabricado um antídoto para exterminar as aranhas. Decidiram que enquanto Manel ficava a tratar do problema das aranhas, x13 ía a Paris fazer uma visitinha a “Virrado”. E assim foi. Dois dias depois já nem havia sinal das aranhas e x13 voltou a França, levando consigo Virrado. E agora, que fazer com este vilão? E que tal mandá-lo para o espaço, ou melhor, para um planeta deserto? Foi mesmo isso que fizeram! O planeta ficou com o nome de Virrado, e uma placa de aviso de perigo mantinha longe visitantes indesejados. Nunca mais se ouviu falar do vilão francês que outrora quisera aniquilar a raça Portuguesa. Restava apenas um problema, o Petróleo! O melhor era de certeza esquecê-lo, pois os diferentes países iriam lutar pela sua posse, o que desencadearia novas guerras, iriam lutar e conflitos. E assim, a vida continuou normalmente na pacata cidade de Silves, as pessoas lutando por melhorar as suas vidas, todos os dias e adaptando-se ao meio ambiente onde viviam, tal como faziam desde sempre.
9º ano
Em 2050, quase não existia petróleo no mundo. Após a descoberta, a população de Silves, em busca do cobiçado líquido, começa a abrir buracos, servindo-se de cães “narcopetróleo” e destruindo os habitats dos animais. Silves torna-se conhecida e industrializada, chegando a capital de Portugal. Espanha, atravessando uma grave crise económica, pede a Portugal um avultado empréstimo. Não tendo capacidade financeira para liquidar a dívida, fica dependente de Portugal. A escassez de petróleo gera uma disputa mundial pela sua posse. Representantes de todos os países chegam a Silves para negociar o seu preço. As negociações não são concretizadas, pois todos querem o petróleo para si. Ninguém se entende, a confusão é total! Iniciase a III Guerra Mundial, o nosso fim… Instalou-se o caos. As pessoas saíram à rua com todos os recipientes encontrados, a fim de conseguirem recolher a maior quantidade de petróleo possível. No dia seguinte, aparece todo engravatado, o sr. Presidente da Câmara, engenheiro Tiago Moutinho, acompanhado pelo Dr. Labumba, conhecido cientista Silvense, encarregue de analisar o misterioso líquido. Com o decorrer da investigação, o Dr.Labumba informa o Presidente da Câmara da necessidade de uma maior quantidade de líquido, para analisar no seu laboratório secreto. Algumas semanas mais tarde, descobre-se que o Dr. Labumba havia vendido o cobiçado terreno, sua propriedade, a uma petrolífera estrangeira. Conclui-se que o tão desejado líquido não passava de água poluída. Alguns meses mais tarde, a TVI noticia que um conhecido cientista português tinha sido encontrado morto num hotel do Rio de Janeiro. Durante cerca de 30 anos, o petróleo tinha sido dado como extinto. O mundo parou. Vivia-se um clima de desespero e estagnação. A população não se soube adaptar à vida sem petróleo, que durante anos foi o seu recurso energético. Sofreu-se uma grande crise económica e social. Para além do fim das guerras, a extinção do petróleo contribuiu para a formação de um estilo de vida mais ecológica e saudável. Perante a nova descoberta petrolífera, os habitantes silvenses pressentiram o regresso à vida antiga e o fim da crise que durante tanto tempo tinha parado asa suas rotinas. No entanto, os outros pressentiam que algo de mau se avizinhava. A notícia foi-se espalhando pelo resto do mundo e quando as grandes ex-potências industriais receberam a novidade, pensaram imediatamente em negociar com o povo silvense. Contudo, Silves mostrou-se resistente e gerou-se um conflito. Estavam então instaladas as condições necessárias ao início da 3ª Guerra Mundial. Estavam felizes com a grande descoberta na cidade de Silves, pois todos se imaginavam com grande riqueza, outros infelizes pois estavam preocupados com a luta que iria surgir. Os problemas já se notavam, uns contra os outros. O padeiro chega e grita: - ” Estamos ricos!” O dono da retroescavadora logo lhe responde: -“Como fui eu que descobri o petróleo, ele pertence-me”. De seguida chega o dono do terreno e exclama: “- Meus caros senhores, este terreno pertence-me, logo o petróleo também.” Entretanto iniciam-se os insultos, instantes depois começa a violência. Durante estes actos de violência, o dono do terreno morre. Chega o Presidente da Câmara e grita “- Acabou! Acabem com esta algazarra. O petróleo pertence ao estado, pois o dono do terreno faleceu. Chega um vendedor de energias renováveis e diz: “- Porquê petróleo? Com uma tecnologia tão avançada, o petróleo já não tem o valor que tinha.” Ao início era uma grande alegria para a maior parte das pessoas, pois o petróleo que seria encontrado iria proporcionar uma boa situação financeira `cidade e aos seus habitantes. Mas chegaram os problemas, devido à ganância das pessoas por quererem e necessitarem de dinheiro, exigindo uma parte dos lucros que supostamente iriam ganhar pelo encontro do petróleo e argumentavam que o mesmo petróleo pertencia à sua terra, criando uma guerra entre muitos. Uma semana depois, peritos industriais preparavam-se para aprovar a construção de plataformas de extracção de petróleo, quando todos os moradores foram informados de que o líquido negro se tratava apenas de uma fuga de óleo vinda de uma fábrica. A cidade de Silves já não é o que era…O grandioso castelo, uma vez habitado por grandes nobres, estava agora desmoronado, com um repuxo negro no seu meio, destruindo as poucas memórias dos poucos que se lembravam… Os membros da Câmara apostaram tanto nas previsões dos cientistas, que até à data da “Grande Descoberta” já tinham construído 5 refinarias, nos locais onde se demoliram algumas velhas construções silvenses, incluindo a Biblioteca Municipal… Podemos dizer que nestes 20 anos, depois da descoberta do petróleo, a indústria de Silves evoluiu, mas somente num aspecto…o Arade que era dantes uma poça de lama da qual todos se queixavam, é agora uma corrente negra, que com peixes mortos a flutuar, relembra à gente de Silves o negro futuro ao qual estão destinados. Silves já não passa duma nódoa negra na face do Belo Algarve. Na terra do senhor Zé, onde brotou o líquido negro, a que chamaram petróleo. Sim, porque há mais de 10 anos que o petróleo se extinguia por todo o mundo.
As pessoas gritavam:”Milagre, Milagre”, enquanto outros se lamentavam pelo facto da cidade ser explorada. A notícia correu por todo o mundo e cedo chegaram cientistas que levaram amostras do líquido negro. Mais tarde, Pedro, um dos melhores cientistas de Portugal, anunciou
na televisão, a todo o mundo, que o líquido negro encontrado na cidade de Silves não era
petróleo, mas sim consequências da poluição de há muitas décadas atrás, agora encontrado nos lençóis de água. Esta descoberta foi uma desilusão para alguns, mas um enorme alívio para muitos. Os que rejubilavam de alegria apenas pensavam no dinheiro e no quanto a cidade aia ficar rica, o que poderiam vira ganhar com o petróleo. Os outros pensavam que, apesar da cidade ir ficar rica, isso iria trazer vários tipos de problemas. Os outros países iriam ficar bastante interessados na cidade, mas Sócrates, como ganancioso que era, iria utilizar o dinheiro para fazer algo muito bom, tanto para a cidade como para o povo em si. As pessoas sabiam como ele era, mas a confiança que ele mostrou para com as pessoas, deixou-as a pensar… Decidiram juntar-se para falar sobre o assunto, e um dia disse: -.Eu não concordo com isso, pois Sócrates não tem nada a ver com isto. Juntaram-se todos e fizeram uma manifestação contra Sócrates para não lhes tirar o dinheiro que iriam receber para a cidade. E assim Sócrates foi expulso a “pontapé” e à “chapada” da cidade, e Silves ficou rica! Estava cada vez mais perto um futuro inesperado, onde dias antes o sol brilhava, agora uma terrível escuridão invadia a pacata cidade. Reinava o desespero e com ele a desorganização. Quando todos que pensavam não havia mais nada a fazer, eis que surge alguém com a salvação em suas mãos. A solução consistia no desaparecimento do tal líquido que muitos pensavam ser petróleo. Todos se interrogavam: “ Mas como poderemos destruir este líquido que nos traz infelicidade? “ Perante esta questão, o salvador afirma que a única solução era espremer todas as laranjas de Silves. Uns riram-se, enquanto outros puseram mãos ao trabalho… Ao fim de longos dias, eis que alcançam a normalidade.