é de pau é de pedra
Álvaro de la Vega Vitor Ribeiro
é de pau é de pedra Álvaro de la Vega Vitor Ribeiro
17 Maio - 15 Setembro Biblioteca da FCT NOVA
“ É pau, é pedra É o fim do caminho É um resto de toco É um pouco sozinho... … É madeira de vento … Pedra de atiradeira... …. São as águas de março Fechando o verão É a promessa de vida No teu coração... ” (Águas de Março, Elis Regina, Vinicius de Moraes & Tom Jobim)
é de pau, é de pedra
Vitor Ribeiro e Álvaro De la Vega
juntem-se dois escultores, um português e um galego, esculpam-se materiais tão nobres e tão diferentes como pedra e madeira, misturem-se técnica e experiência, arrojo e imaginação (e imaginário)… faça-se ouvir ao longe a música da Elis… e obtem-se a receita de uma poção inebriante, que transporta para longe do espaço da Biblioteca... é todo um mundo recriado, onde os materiais evocam o brincar com o fogo, fogo lento em olhar ardente (e que se sente), são paisagens de troncos e árvores em dias claros, à procura de luz, no jardim ou não, apaixonadas e solitárias, em flor… são cenários para (por) habitar… que podem acolher figuras as quais olhamos, e nos olham, corpos que trepam e pairam, sós ou em grupo, estando dentro vão para fora, e não há barreiras… é o fim do caminho, é a partida… é promessa de vida… e continuamos a ouvir música ao longe…
José Moura (Diretor Biblioteca), maio 2018
Álvaro De la Vega
estamos nun prisma Caparica é arquitectura de prismas. É a fragmentación do espazo en verticais-horizontais. Paredes, chan, aire. Elementos cos que ten que pactar o artista. O peso da escultura necesita descansar sobre o chan, arrimarse á parede, tensar coa parede, pisar forte. Mirar para a parede é reclamar a bidimensión que nalgún instante foi toda a escultura, buscar o deseño antepasado. Mirar para a parede ou mirar dende a parede é atopar algo que tamén está en nós. A parede compite co chan á comenencia. Faille ver que é necesario e de repente prescinde del. Esta coreografía de magnetismos é a esencia destas obras, que non se fixeron para o ceo aberto, para a chaira, para o mar. Foron pensadas para manter unha guerra xorda pero teimuda cos elementos dun prisma. Fabrican un espazo claustrofóbico para rompelo e saír del. Non hai calma nen paz. Sempre un desexo de que todo o que vemos hai que cámbialo e darlle a volta como se lle dá a un xersei ou a un calcetín. A arte e o artista son unha sesión de autopsia. Sen descanso. Cortan, buscan, cosen e volta a empezar. Exercicios de quecemento para a carreira que acabamos de rematar. Álvaro De la Vega BERRAR ÁS PAREDES Madera de eucalipto. 155 x 35 x 52 cm. 2015
SUSPENSIÓN III Madera de eucalipto. 105 x 22 x 38 cm. 2015
BABY (HOMENAXE a P. Otto Runge) Madeira de plรกtano. 70x180x60 cm 2009
TRECE MULLERES Madeira de olmo e aceiro. 200 x 300 x 280 cm 2008
HOMENAXE A GERICAULT Ferro e madeira. 160x65x55 cm c/u. 2006
POSE Madeira e arame. Técnica mixta. 180x55x45 cm 2001
Vitor Ribeiro os olhos para o sol E é o que Vítor faz, desde o seu mundo, povoar o espaço com formas distintas, orgânicas, ósseas, que não conhecíamos, que vêm de outrora e vão para o vindouro, mas que nós desfrutamos. E nos ajudam. E nos servem, para vivermos de outra forma, mais profunda, mais ligada ao essencial. Tomás Paredes (Presidente Críticos de Arte de Espanha)
depois das chuvas Depois das chuvas doma-se o pó das coisas. Nitidez. Deusa-mãe de Willendorf. Brilha Osíris, olho ativo até ao delta. Pirâmide. Banha-se Fídias no mar Egeu, com unguentos. Pártenon. Ninfa, Petra, Cariátide. Pedra santa até ao Gótico. Pináculo. Mármore e brecha. Tilman, Buonarroti, Bernini. Auguste, Brancusi, Alberto. Depois das chuvas cinzas breves. Ribeiro. Água, Ar, Terra, Fogo, luz e ascensão. Labareda, chama rosa. Purificação. A urgente Natureza e os seus ciclos a respeitar. Mármore. Depois das chuvas um toque frio, um silêncio. Vítor. A força das ideias tornadas pedra. E sempre o Tempo. Labirinto. Tempo da mão, do gesto audaz. Um último golpe, inacabado. Brecha de Santo António, fulgor ascendente. Raiz, do tronco aos ramos. A árvore, abrigo de afetos. De cândidas flores por renascer. Paixão. Horizonte unido. O claro dá-nos a sombra do degelo. Chão. E ousamos entrar descalços para melhor sentir. Depois das chuvas, abrimos os olhos para o sol: floresta branca. João Prates (Galerista)
CHÃO 2(PEÇAS) 130X100X20 calcário
Árvore dos dias Claros 70X27X27 - Brecha de Stº António à procura da luz 77X28X18 - Brecha de Stº António Árvore do teu jardim 45X27X26 - Brecha de Stº António Árvores apaixonadas 50X16X17 - Brecha de Stº António Árvore em flor 73X29X22 - Brecha de Stº António
O fogo dos teus olhos 140X30X28 - Mármore Rosa Fogo Lento 150X27X27 - Mármore azul da Lagoa A brincar com o fogo 156X30X27 - Mármore azul da Lagoa Chama bailarina 124X35X30 - Mármore azul da Lagoa É fogo que arde... 130X28X26 - Mármore Rosa
Álvaro de la Vega (CV resumo) Exposicións individuais (2010…) 2017 “Desinencias”. Moret Art Espacio. A Coruña. 2015 “Atalayas”. Galería Dua 2. Vigo. “Atalaias. Ou espazos lixeiros. Ou como mirar a quen mira”. Galería Clérigos. Lugo 2014 “Adverbios de modo”. Moret Art Espacio. A Coruña. 2012 “Emerxentes”. Citania. Santiago de Compostela.“Transversais”. Clérigos. Lugo. Ilustración de “FOLLAS NOVAS”. Colección: ROSALÍA DE CASTRO. POESÍA ILUSTRADA VOLUMEN III. Edt: El Patito Editorial. 2010 “Adverbios de lugar”. Moret Art Espacio. A Coruña. Exposicións colectivas (2010…) 2017 “Álvaro De la Vega e Vítor Ribeiro”. Galería Municipal de Arte. Barcelos.Portugal “Buen camino, good way”. Fundación Exponav. Ferrol. “Animalium”. MIHL. Lugo. “Bo Camiño”. Igrexa da Universidade. Santiago de Compostela. 2016 Simposio de escultura en mármore. Matosinhos. Portugal. “Ultreia. Bo Camiño”. Sarria. Lugo 2014 ART MADRID. Moret Art Espacio. 2013 ART MADRID. Galería Montenegro. “45 días in situ”. Galería Visol. Ourense. 2012 “Reflexarte”. Itinerante. “73x73x273. A irmá do sono”. Santiago de Compostela. Lugo. “A arte de ser muller nun mundo por compartir 4.0”. Pazo de San Marcos. Lugo 2011 Arte na vila. Galería a+b. A Guarda. Pontevedra. Espacio Atlántico. Vigo. “10 Visiones contemporáneas”. UBS España. Madrid. 2010 “Arte na provincia. Espazo e creación”. Diputación de A Coruña. A Coruña. “Colectiva de verano”. Galería Clérigos. Lugo. “Escultura de pared”. Galería Clérigos. Lugo. “Cidade dos soños”.Simposio de escultura en pedra. Pazo de Castrelos. Vigo. Espacio Atlántico.Vigo. Galería Dua2. Vigo.
Vitor Ribeiro (CV resumo) Nasceu no Porto em 1957. Formou-se em 1985 no AR.CO, em Lisboa. Desenvolve a sua actividade profissional desde essa data. Actualmente vive e trabalha em Mafra. Exposições individuais (recentes) 2018: “Florestas Brancas” Galeria do Espirito Santo - Loulé 2017: Vítor Ribeiro e Alvaro de La Vega, Galeria Municipal de Barcelos 2016: “Lugar de Silencios” Mosteiro da Batalha, “Florestas Brancas” Galeria S. Mamede- Porto 2015: “A brincar com o Fogo” Galeria S Mamede Lisboa 2013: “Por dentro, Por fora” com Rui Matos na Galeria Municipal de Matosinhos. 2008: “Através do tempo, Casa da Cerca – Almada, “Das Margens” Galeria S. Mamede, Lisboa. 2003: “A minha casa é uma arvore” Gal. Vilar. Coop. Arvore, Porto Participou em diversas exposições colectivas desde 1981,de que se detacam:1987 –Museu da Casa Brasileira – S. Paulo (a convite da Presidencia do Dr. Mário Soares). 2000 - Une perspective portugaise de l’art contemporaine, Maison de L’Unesco - Paris. 2009 – Puro Arte/Vigo 2112 Museu Alberto Sampaio – Guimarães (inserido no Guimarães Capital da Cultura), feiras de arte Contemporânea- 1988- 1º Forum de Arte contemporânea(galeria111) Lisboa, FAC Lisboa 95, FAC exponor/porto, Fac 2003 2004. 2006 . Simpósios: Evora 81,como assistente do escultor Pierre Székely) Simpósio Internacional de Escultura em Pedra-Porto 85,XXVIIISimpósio Internacional de Escultura em Pedra, Iwate, Japão 91,Pêro Pinheiro94, Aveiro 96, Alfandega da Fé 2002, Vila Pouca de Aguiar 2006, (soares da Costa) Porto 2007,Penafiel 2007, Gaia 2009, Porto, Jardim das Virtudes 2013. Matosinhos, 2015 Principais Colecções e Obra Pública Está representado na Comissão Coordenadora da Região do Norte, Porto; Câmara Municipal de Almada; Câmara Municipal de Albufeira; Câmara Municipal de Cascais; Câmara Municipal de Aveiro; Presidência da República do Uruguai; Iwate Park, Japão; Fundação Mário Soares, Leiria, Centro Cultural Morgadinhos, Vilamoura; Câmara Municipal de Alfândega da Fé; Escola D. Dinis, Lisboa; Amsterdiem Museu ,(Museu do Pintor Peter Diem); Amsterdam; Universidade Nova – Monte da Caparica; Castelo de Portalegre; Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Penafiel, Seixal , Braga, V. N. Gaia, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul Porto, CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito, Oeiras, Coleção PLMJ – Lisboa. E em diversas coleções particulares, no país e no estrangeiro. e em diversas colecções particulares. Prémios 1999 : 1º Prémio da Association Internationale des Artes Plastiques / UNESCO
FICHA TÉCNICA “é de pau, é de pedra” BIBLIOTECA FCTUNL José Moura, coordenaçãoo (diretor) Ana Roxo, coordenação Luisa Jacinto, colaboração Isabel pereira, colaboração Rui Olavo, design TEXTOS José Moura, Tomás Paredes, João Prates, Álvaro de la Vega FOTOGRAFIA Dos artistas IMPRESSÃO DE CATÁLOGO e VINILO?? Puck Produções????? HORÁRIO De 4 de maio a 14 de Julho 2017 2ª a 6ª feira das 09:00 às 20:00 (a partir de 1 de julho encerra às 17:00) alguns sábados opcional ( a anunciar) agradece ?????