nº 3
Programas
de
Rotary Foundation Arnaldo Marques da Silva - RC Palmela
Programas Educacionais Permita-nos o leitor que desta vez limitemos o texto a uma quase transcrição, por vezes livre, de textos oficiais ou semi-oficiais publicados por Rotary Internacional. Quem lê vai reparar que não se indicarão prazos de inscrição, montante dos subsídios e, por vezes, nem o tempo de duração das acções. Propositadamente, saiba-se. Também não é por descuido que não entramos, neste e noutros programas anterior ou posteriormente tratados, em detalhes que alguns esperavam ficar a conhecer aqui. É o histórico destes programas, cuja actualização é imposta pelo decurso do tempo, ou a fonte pouco clara, mesmo um interesse não generalizado que aconselham a que tomemos tal opção. Sugerimos então aos leitores que obtenham – sempre – informações mais precisas no momento exacto em que pretendam candidatar-se. Façam-no junto da Rotary Foundation, do Rotary Internacional, da Governadoria Distrital ou de um clube rotário. E há sempre um amigo que sabe, um livro que ajuda ou o milagre da Internet, onde em todo o caso se devem depositar as maiores cautelas, em virtude da frequente desactualização da fonte ou, não tão raro como se pudesse imaginar, por causa da incorrecção da informação oferecida por alguns sites. O montante de cada subsídio e o número de bolsas em cada ano são, tal como o perfil dos candidatos, sujeitos a apreciação em níveis distintos da estrutura rotária. Tudo começa na base no preenchimento de um formulário e se decide no topo após triagem na Comissão Distrital competente. Advertese que, frequentemente, a decisão não se traduz num esperado «happy end».
De facto, o financiamento disponível não é inesgotável e as candidaturas são sempre muitas. Como curiosidade, nota-se que o Prof. Carlos Alberto Mota Pinto, antigo primeiro-ministro, foi bolseiro rotário. E muitas outras personalidades mundiais beneficiaram também de uma bolsa rotária.
Bolsas de Estudo Bolsa para um único ano lectivo - para estudos no estrangeiro. Tem um valor máximo fixado e inclui transporte, matrícula, taxas, estadia, alimentação e fundos de emergência. Bolsa para mais de um ano lectivo – para dois anos de estudos no estrangeiro visando a obtenção de um diploma. Bolsa cultural – para alguns meses de treino intensivo do idioma e de obtenção ou aprofundamento de conhecimentos da cultura de um país estrangeiro. Durante esse período o estudante mora com uma família do país anfitrião. O subsídio é variável e pode incluir hospedagem e transporte. Bolsa para aperfeiçoamento profissional – para estudantes de países pobres. Esse tipo de bolsa tem por objectivo oferecer formação profissional, prática, no estrangeiro por um período de alguns meses. O valor da bolsa é variável. Os candidatos às bolsas não podem ser rotários, nem funcionários de um clube, seus familiares ou afins.
Bolsas Pró-Paz O objectivo das Bolsas Pró-Paz do Rotary é oferecer a indivíduos vocacionados para as questões da paz e da cooperação
E-mail: ams_ri@clix.pt
entre nações a oportunidade de fazerem mestrado de dois anos em estudos internacionais na vertende de paz e resolução de conflitos nos «Centros Rotary» das oito universidades parceiras de RI neste domínio, situadas na Argentina, Austrália, EUA, França, Inglaterra e Japão. Curioso é dizer aqui que em Portugal a UAL tem estado a organizar um mestrado que, entre outras questões relativas a estratégia e segurança, trata das «condições de promoção da paz», onde inclui análises em torno da guerra com muitos «peace studies». Não sei se RI já deu conta disto. A bolsa cobre o transporte, matrícula, taxas, estadia, alimentação e algumas despesas. Os candidatos não podem ser rotários, nem funcionários de um clube, seus familiares ou afins e devem possuir um diploma universitário, além de experiência comprovada em áreas profissionais que demonstrem sério interesse pela paz e compreensão mundial.
Subsídios para Professores Universitários O subsídio de Rotary para professores universitários tem por objectivo enviar professores universitários, rotários ou não, para leccionarem em universidades de países carenciados e, ao mesmo tempo, desenvolverem os laços de amizade e compreensão internacional. A bolsa cobre a prestação de serviços durante alguns meses; três anos de docência é um dos requisitos essenciais que o candidato deve reunir no país de origem, a par de comprovada fluência no idioma do país anfitrião. O país de residência do bolseiro e o país anfitrião deverão possuir pelo menos um clube rotário. O candidato deverá leccionar matéria de relevância para o país anfitrião.
nº 3
Programas
de
Rotary International Arnaldo Marques da Silva - RC Palmela E-mail: ams_ri@clix.pt
Voluntários de Rotary «Voluntário» é vocábulo de definição fácil que toda a gente conhece. No caso concreto do Programa de Rotary International denominado «Voluntários de Rotary», o voluntário trabalha em benefício de uma comunidade carenciada; generosamente. Por maior rigor, dir-se-á que, além de subsidiar as viagens e a estadia, a RF pode «remunerar» os voluntários simbolicamente em certos casos; mas não é raro que o próprio voluntário assuma toda a despesa ou obtenha financiamento para ela pelos seus próprios meios. A uma pergunta sobre quanto ganhou numa acção levada a cabo no âmbito do Programa «Voluntários do Rotary», onde gastou as quatro semanas das suas próprias férias, um «Voluntário de Rotary» respondeu, enquanto relatava a sua experiência e mostrava fotografias do seu trabalho lá e da festa que uma aldeia africana organizou para si quando ali voltou um ano depois: – Então não vêem todos estes meninos já a andar, quando muitos deles só se deslocavam de rastos ou ao colo de adultos quando ali cheguei a primeira vez? Nem canadianas tinham. Melhor do que uma remuneração em dinheiro para mim foi a experiência vivida; é o reconhecimento desta gente feita desta forma simples e sentida; é alegria de todos, o sorriso destas crianças depois de reaprenderem a andar após a colocação de próteses que fizemos; é poder mostrar aqui, agora, a nossa própria felicidade por termos sido úteis àquela comunidade. Pena é que não lhes tivéssemos podido dar as pernas que a guerra lhes roubou.
Qualquer pessoa pode ser «Voluntário de Rotary»; sugere-se uma idade mínima de 25 anos. O voluntariado, note-se, não se limita à mera disponibilidade, nem é uma aventura; é obrigatoriamente a disponibilização generosa de um profissional comprovadamente competente que coloca o seu saber ao serviço de quem dele está carenciado. O tempo de duração da acção de voluntariado no estrangeiro é, por norma, de 4 a 8 semanas. A participação numa acção pode partir da iniciativa do próprio voluntário ou pode ser solicitada por quem queira ver implementada a acção, nomeadamente por um clube rotário. Os projectos são apreciados, através de formulários adequados submetidos a RI com alguma antecedência; sendo aprovados, são, quando necessário, subsidiados pela Rotary Foundation. Por isso, por vezes se vê este programa ser também tratado nalguns textos como um programa da Fundação. Mas, não é essa discussão que interessa aqui. Com este programa tem RI em vista objectivos que, numa síntese apertada, se podem traduzir na melhoria da qualidade de vida de comunidades carenciadas em áreas tão distintas como educação, alfabetização, desenvolvimento rural, novas tecnologias, formação profissional, saneamento básico, obtenção de água potável, expansão do comércio; e mais. As necessidades de apoio, os projectos aprovados e os voluntários disponíveis podem ser identificados em publicações regulares de Rotary. E não só. No final vão
algumas sugestões para obtenção de melhor informação. O desenvolvimento inicial de países recémcriados é uma fonte inesgotável de situações onde o voluntariado é bem vindo; basta lembrar Timor. A uma guerra segue-se sempre a necessidade de apoio médico, de reconstrução civil; basta lembrar o Iraque. Numa região destroçada por um «tsunami», como o foi uma parte da Ásia, ou numa cidade destroçada por um furação, como o foi recentemente Nova Orleães, encontrará o voluntário inúmeras situações de ajuda possível. Não será, de facto, precisa muita imaginação para se saber onde e em quê se possa ser útil. Mas o voluntariado não é só internacional; pode também ser feito num plano distrital, mesmo local, pelo que qualquer clube pode identificar situações de carência passíveis de apoio de voluntariado. Como sempre, informação mais pormenorizada pode ser procurada junto de Rotary Internacional ou da Rotary Foundation, através dos habituais canais de comunicação. Igualmente a Governadoria e concretamente a Comissão de Serviços Profissionais está apta a prestar os esclarecimentos necessários. Da maior utilidade será a consulta ao Manual do Voluntário de Rotary, que não deixará dúvidas relativamente a nenhuma questão que possa ser colocada. Sugerimos que, entre outras oportunidades de servir, vá até: «Rotary Volunteers International Site Database» «Rotary Volunteers Resource List» «Cross-Cultural Solutions» www.rotary.org/programs/volunteers/ index.html www.rotary.org/newsroom/downloadcenter/programs/volunteers.html