D1960 PORTUGAL Ano Rotário 2006-07
Governador do Distrito
Artur Almeida e Silva
61ª CONFERÊNCIA DO DISTRITO 1960 25 a 27 de Maio de 2007 ÉTICA RESPONSABILIDADE SOCIAL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ÉVORA
Cidade Património Mundial Teatro Garcia de Resende • Évorahotel
O objectivo do Rotary O objectivo do Rotary é estimular e fomentar o ideal de servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando: PRIMEIRO O desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; SEGUNDO O reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas da ética profissional; TERCEIRO A melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na vida pública e privada; Chairman Frederico Nascimento [RC Setúbal]
QUARTO A aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações.
COMISSÃO ORGANIZADORA [RC ÉVORA] Presidente Maria João Rosa Coelho Morais da Costa Vice-Presidente Fernando Canha da Silva Vogais Prazeres Rosa Nunes Joaquim Piteira Alberto Jorge Fragoso Pires
APOIOS
Luis Oliveira Rodrigues José Albino Bandeira Martins
Câmara Municipal de Évora Colaboração Manuel Gerardo [RC Algés] Governo Civil de Évora
Maria de Lurdes Paiva [RC Carnaxide]
índice
61ª Conferência do Distrito 1960
do Presidente do R.I...................................................................
4
Curriculum do Representante
Mensagem do Representante do Presidente do R.I...................................................................
5
FRANCISCO CREO
Mensagem do Governador do Distrito 1960........................
6
ARTUR ALMEIDA E SILVA
Mensagem do Chairman...........................................................
7
FREDERICO NASCIMENTO
Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Évora................................................
8
JOSÉ ERNESTO OLIVEIRA
Mensagem da Presidente do RC Évora..................................
8
MARIA JOÃO ROSA COELHO MORAIS DA COSTA
Programa da 61ª Conferência.................................................. 10
Rotary e a Responsabilidade Social das Organizações...... 14
Mensagem do Primeiro Ministro............................................ 15 JOSÉ SÓCRATES
Responsabilidade Social das Organizações e Desenvolvimento Sustentável............................................. 16 MARCELINO PENA COSTA
Olhar em frente........................................................................... 20 LUÍS ROCHARTRE ÁLVARES
Ambiente e desenvolvimento sustentável – o discurso e a prática............................................................... 21 SUSANA FONSECA e ALINE DELGADO
Para uma cultura da responsabilidade................................. 23 MÁRIO PARRA DA SILVA
61ª Conferência do Distrito 1960
Representante do Presidente de Rotary International Curriculum
FRANCISCO CREO, Ensenada, Baja California, México
Depois da sua gestão como Director ocupou diversos cargos na
Director de Rotary International, 1996-1998
administração de Rotary International. Foi Presidente do Comité
Assistente do Presidente de RI, 2005-2006
Organizador da Convenção Internacional de RI celebrada em Bue-
Presidente do Comité da Convenção 2000 (Buenos Aires)
nos Aires, Argentina no ano 2000, e coordenador da Assembleia
Moderador da Assembleia Internacional, 2002
Internacional de 2002.
Presidente do Comité de Finanças de RI, 2004-2006 Presidente do Comité de Extensão a Cuba
Foi membro do Comité de Nomeações para Presidente, membro
Membro do Comité de Legislação e regulamentos de RI
do Comité de Assessores do Presidente, representante de RI e da Fundação Rotária nas jornadas de vacinação na Índia, e durante
Francisco preside a uma firma imobiliária e de administração
dois anos presidente do Comité de Finanças de Rotary Interna-
e é sócio de TER Industrial, uma firma no ramo de protecção
tional. Foi membro do Comité da Assembleia Internacional de
ambiental. Foi membro dos Conselhos da Cruz Vermelha, CETYS
2005 e 2006, conselheiro do Comité de Distritamento, membro
Universidade e do Centro de Convenções Riviera Pacifico de
do comité de rezonificação, conselheiro do Comité Organizador
Ensenada. É sócio honorário de Phi Beta Delta Honor Society.
da Convencão de RI em 2006 e presidente da reunião trienal dos Editores da Imprensa Mundial de Rotary de 2005 em Copenhague,
É rotário desde 1970, Past-Presidente do Rotary Club de Ensenada
Dinamarca. A partir de 1 de Julho próximo será presidente do
e na actualidade é sócio do Rotary Club de Ensenada Calafia.
Comité de Assuntos Constitucionais de RI e membro do comité de selecção de bolseiros do programa da Fundação Rotária sobre
Francisco serviu Rotary International como Governador do Distrito
estudos de pacificação e resolução de conflitos.
4100 no ano 1987-1988, Coordenador Regional da Fundação Rotária, instrutor de Governadores na Assembleia Internacional
Lupita é rotária desde 1996. Foi Presidente fundadora de seu clube
e membro e presidente de diversos comités de RI.
e é a Governadora Eleita do Distrito 4100 para 2007-2008.
Foi Director de Rotary International nos anos 1996 a 1998, e
Francisco e Lupita têm dos filhos, Mariel y Francisco, e uma neta,
membro do Comité Executivo do Conselho Director. Representou
Mila nascida em Dezembro de 2004.
Presidentes de RI em Conferências de Distrito na América do Norte, na América do Sul, nas Caraíbas, Europa e Ásia.
61ª Conferência do Distrito 1960
Mensagem Abril 2007
de un excepcional y motivador programa que nos inspirara a Señalar el Rumbo.
A LOS ROTARIOS, SUS CONYUGES Y LA FAMILIA ROTARIA DEL
Tuve el placer de conocer al Gobernador Don Artur Almeida e
DISTRITO 1960
Silva y a su distinguida esposa Lili, así como a muchos de ustedes, extraordinarios Rotarios, en fecha reciente en la que visite
Queridos amigos Rotarios y familia Rotaria,
su bellisimo pais, Portugal. En aquella ocasión me hicieron sentir como en casa, por lo que habre de referirme a la Conferencia de
Es un honor para mi esposa Lupita y para mi representar al Presi-
Distrito como nuestra Conferencia.
dente de Rotary International William B. Boyd y a su esposa Lorna en la Conferencia del Distrito 1960 en Evora, Portugal.
Mi esposa Lupita y yo les invitamos, con gran alegría, para que con todo nuestro entusiasmo acompañemos al Gobernador
La Conferencia de Distrito es una reunión Rotaria muy especial,
Artur y a su esposa Lili en esta celebración del espíritu Rotario
el evento culminante del año Rotario. Es una ocasión que nos
en su Distrito.
permite a todos hacer un resumen de nuestro trabajo Rotario. Es una reunión de amigos, en donde nos encontramos con
Esperamos con anticipación el saludar a toda la familia Rotaria
los amigos de siempre y conocemos a nuevos amigos. Es una
así como a sus distinguidos dirigentes, pasados, actuales y futu-
oportunidad de adentrarnos más en Rotary, para motivarnos y
ros del Distrito 1960 en Evora. Y les agradecemos, compañeros
aprender más, y escuchar el mensaje de personas experimenta-
Rotarios y la familia de Rotary, por su dedicación a los ideales
das sobre temas centrales. Es una oportunidad para los Rotarios
de Rotary a lo largo del tiempo, y por lo que continúan haciendo
para hacer conciencia sobre los desafíos del futuro y reafirmar
conforme dedican su tiempo y su corazón para que Mostremos
nuestro compromiso con el ideal del servicio. Y es una excelente
o Caminho.
oportunidad para envolver más a los Rotarios jóvenes, a nuestros Socios en el Servicio, a nuestros jóvenes, y compartir experiencias
Un abrazo,
con ellos y ellas. Estoy seguro que todos nos beneficiaremos
Francisco y Lupita Creo
61ª Conferência do Distrito 1960
Mensagem do Governador do Distrito 1960
Queridos Amigos e Amigas,
A presença do casal Francisco (Paco) Creo e Lupita, ilustres Representantes do Presidente Bill Boyd e de sua esposa Lorna,
Bem-vindos à 61ª Conferência do Distrito 1960!
é uma mais valia significativa da Conferência pela capacidade e
Bem-vindos a Évora – Cidade Património Mundial!
experiência rotária do nosso Companheiro ex-Director de R.I. e da nossa Companheira Lupita, Governadora Eleita do seu Distrito.
A Conferência Distrital é o evento mais importante de cada ano rotário no Distrito. Acima de tudo é o grande encontro de
Como conclusão do principal projecto distrital deste ano rotário,
companheirismo da Família Rotária, onde reforçamos a nossa
vamos tratar o tema da Conferência – “Ética, Responsabilidade
amizade e fazemos novos amigos. É o lugar de divulgação das
Social, Desenvolvimento Sustentável” – com a participação de
actividades mais relevantes dos clubes e do Distrito e o momento
qualificados oradores convidados e fazendo a sua ligação a
próprio de tomada de decisões de interesse distrital, para além
Rotary, através de grupos de discussão que abordarão as Ênfases
do tratamento do tema definido para a Conferência.
Presidenciais e a Responsabilidade Social.
Com a preciosa colaboração do Chairman, o Past-Governador
A apresentação das principais acções dos clubes e outras de âmbito
Frederico Nascimento, dos membros do Rotary Club de Évora
distrital, mostram o caminho do serviço e do empenhamento
que integram a Comissão Organizadora e de outros dedicados
dos rotários do nosso Distrito para um Mundo melhor, imbuídos
companheiros, assim como de entidades locais, trabalhámos para
do espírito de solidariedade e de responsabilidade social.
organizar uma Conferência agradável, digna, equilibrada. Espero e desejo que a Conferência atinja os seus objectivos, num ambiente
Que a nossa Conferência contribua para reforçar este espírito e
de alegria e de convívio rotário.
que seja um evento de grande fraternidade e companheirismo. Desta forma damos seguimento ao magnífico e inspirador lema
Vários factores à partida concorrem para isso.
deste ano rotário: Mostremos o Caminho.
A cidade que nos acolhe, Évora e o seu património e beleza singulares, foi escolhida por razões de afectividade pessoal e por
Artur Almeida e Silva
nos proporcionar uma visita sempre desejada.
Governador do Distrito 1960
61ª Conferência do Distrito 1960
Mensagem do Chairman da 61ª Conferência
Caros Amigos (as), Companheiros (as).
Mas é também o tempo propício para que os companheiros e companheiras, do nosso e de outros distritos, com suas famílias
Sejam Bem Vindos à 61ª Conferência do Distrito Rotário 1960, do
se reencontrem, proporcionando momentos de lazer e de franco
Rotary International e a esta “Mui Nobre Cidade de Évora”.
e alegre convívio.
Cidade histórica e monumental. A Liberalitas Júlia romana de
É o momento em que o Governador e os Presidentes dos Clubes
César Augusto, desde 59 AC, que absorveu a cultura árabe durante
do seu Distrito, cheios de orgulho e satisfação, divulgam os prin-
séculos, antes que Geraldo Sem Pavor, em 1165, a entregasse
cipais projectos desenvolvidos ao longo do ano. Isto é; mostram
ao domínio cristão.
a Obra que o Rotary realizou no Distrito 1960.
Cidade de uma cultura eclética imensa, que soube conviver em
Queremos que todos aqueles que estão nesta conferência se
paz com todas elas, numa demonstração de tolerância e sabe-
sintam bem; consigo e com os outros.
doria que a fez Património Mundial da Humanidade. Nós fizemos a nossa parte. Compete agora a cada um de vós No dizer de Vergilio Ferreira “Évora é uma cidade branca como
contribuir, para que esta seja uma conferência onde todos nos
uma ermida. Convergem para ela os caminhos da planície como
sintamos bem e em paz.
o resto da esperança dos homens. E como uma ermida, quem a habita é o silêncio dos séculos do descampado em redor.
Isto é; sejamos positivos. Apreciemos e desfrutemos destes
Conheço os seus espectros, a vertigem das eras, a noite medieva
momentos proporcionados pela conferência, como momentos
ainda nas ruas que se escondem pelos cantos, nas pedras cor
de Beleza, de Harmonia, de franco e salutar Companheirismo
do tempo ouço um atropelo de vozes similares“.
e Amizade.
Foi esta Nobre Cidade que foi escolhida para acolher esta nossa
Afinal, se assim não fosse, então o que estaríamos aqui a fazer.
conferência rotária. Um abraço Amigo para todos. Uma conferência de distrito é uma circunstância única em cada ano rotário. É aquele momento em que o Distrito se encontra consigo mesmo, para fazer o balanço de mais um ano de acti-
Frederico Nascimento
vidade e acção rotária.
Chairman
61ª Conferência do Distrito 1960
Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Évora A escolha da cidade de Évora para a realização da 61ª Conferência
e Silva e da Sra. Presidente do Rotary Clube de Évora, Maria João
Distrital do Rotary é uma honra para nós, eborenses, porque ao
R.C. Morais da Costa, todos os rotários que durante dois dias vão
recebermos na nossa urbe milenária gente dedicada à causa
permanecer entre nós, desejando-lhes uma óptima estada e um
nobre da solidariedade social, ficamos assim mais engrandecidos,
profícuo trabalho em prol das intenções e actividades beneméritas
e também, porque o tema em debate nos é caro como objectivo
que são apanágio e pergaminho da organização.
que perseguimos enquanto autarquia – Ética, Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável. É, assim, com alegria, que saúdo nas pessoas do Governador
O Presidente da Câmara Municipal de Évora
Artur Almeida e Silva, do Governador Assistente Fernando Canha
José Ernesto Oliveira
Mensagem da Presidente do Rotary Club de Évora Como Presidente do Rotary Club de Évora e em nome de todos os
À Família Rotária compete em persistente trabalho de equipa
meus companheiros, quero demonstrar a nossa alegria, honra e
contribuir para a divulgação dos valores éticos, da valorização do
satisfação por podermos ter recebido e participado na organização
companheirismo e amizade, devendo ser um guia de orientação,
do maior Evento Rotário: a Conferencia Distrital.
motivando toda a comunidade para a responsabilidade social.
Não posso deixar de congratular o nosso Companheiro Governa-
Termino, desejando que todos os presentes passem uns dias
dor Artur Almeida e Silva pela escolha do tema “Ética, Respon-
agradáveis, fazendo votos de bom trabalho, e que sejam ines-
sabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável” que permite
queciveis os momentos de companheirismo vividos.
divulgar à comunidade os ideais capazes de alterar o Mundo. E com este pequeno gesto podemos “Mostrar o Caminho” que contribua para a melhoria de vida dos que mais necessitam e
Maria João Rosa Coelho Morais da Costa
permita um mundo futuro mais transparente e um melhor legado
Presidente do Rotary Club de Évora
aos nossos descendentes.
10 61ª 61ªConferência Conferênciado doD1960 Distrito 1960
PROGRAMA Dia 25 Maio 6ª feira 11h00
Reunião do Conselho de Governadores do D1960, com a presença do Representante do Presidente de R.I., Director 96-98 Francisco Creo Messe de Oficiais – Convento da Graça
21h00
Jantar “Paul Harris” – Jardim do Paço (junto ao Templo de Diana) (para todos os rotários, acompanhantes e convidados) Entrega de insígnias e reconhecimentos “Paul Harris”
13h00
Almoço dos Governadores dos D1960 e D1970 com o Representante do Presidente de R.I. e cônjuges
23h30
Regresso ao hotel em autocarro ou viatura própria
Messe de Oficiais do Exército – Convento da Graça 14h00/17h30
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
Dia 26 Maio
Sábado
17h00
Início de saída em autocarro ou viatura própria para o Teatro Garcia de Resende
08h00/14h00
18h00
09h00
Sessão Solene de Abertura – Teatro Garcia de Resende • Cerimónia protocolar – Desfile das bandeiras e execução dos hinos • Intervenção do Chairman da Conferência, Gov. 2003-04 Frederico Nascimento • Saudação da Presidente do Rotary Club de Évora, Maria João Costa • Intervenções de entidades locais • Intervenção do Governador do Distrito 1970, Álvaro Gomes • Intervenção do Governador do Distrito 1960, Artur Almeida e Silva • Alocução do Convidado de Honra, o Senhor Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social • Intervenção do Representante do Presidente de R.I., Director 1996-98 Francisco Creo • Momento cultural
Primeira sessão de trabalhos – Évorahotel • Actividades dos clubes do Distrito em 2006-07 – Governador Artur Almeida e Silva • Rotaract e Interact – Representantes Mara Duarte e Vasco Galhofo • A Rotary Foundation e o Distrito 1960 – Governador Artur Almeida e Silva • Convenção Internacional de Salt Lake City • Instituto Rotário Lisboa 2007 – Gov. 1987-88 Manuel Cardona, Chairman • Fundação Rotária Portuguesa – Gov. 2003-04 Frederico Nascimento, Vice-Presidente • Apresentação da Conferência Distrital de 2007-08, GE Eduardo Caetano de Sousa
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
11h00
Intervalo – Café
61ª Conferência 61ª Conferência do Distrito do D1960 1960 11
11h30
19h30
Segunda Sessão de Trabalhos • Leitura das principais preocupações saídas do Ciclo de Fora sobre Desenvolvimento Sustentável • Palestras sobre o tema da Conferência – Sra. Dra. Helena Gonçalves, Assistente convidada – FEG da UCP – CRP – Sra. Dra. Manuela Ferreira Leite • Intervenção do Representante do Presidente de R.I., Director 1996-98 Francisco Creo
Cocktail – Grupo musical
13h30
20h30
Jantar de Gala da Conferência – Évorahotel (Smoking ou fato escuro)
Música para dançar
Dia 27 Maio
Domingo
Almoço – Évorahotel 09h30/11h30 15h00/20h00
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel 10h30 15h30/18h00
Grupos de Discussão – As Ênfases Presidenciais e a Responsabilidade Social Grupo 1 – Alfabetização e Saúde e Nutrição Moderador – GI 2008-09 Teresa Mayer Alfabetização – António Mendes Saúde e Nutrição – Gov. 2004-05 Diamantino Gomes Responsabilidade Social – Drª Helena Gonçalves Grupo 2 – Recursos Hídricos e Família Rotária Moderador – Marcelino Pena Costa Recursos Hídricos – José Rodrigues Família Rotária – Gov. 2002-03 Henrique Pinto, Coordenador Zona 10 Responsabilidade Social – Drª Arminda Neves, Universidade de Évora Programas para Cônjuges e outros acompanhantes Programa 1 – Visita guiada ao centro histórico de Évora Programa 2 – Visita à Fundação Eugénio de Almeida
Terceira Sessão de Trabalhos – Évorahotel • Convenção Internacional Lisboa 2013 – Informações – Luís Miguel Duarte • IGE – Apresentação Grupo Distrito 4540 (Brasil) – Gov. 1994-95 J. M. Gonçalves Pereira • Apresentação e votação das contas de 2005-06, Gov. 2005-06 José Manuel Pereira • Apresentação do GI 2009-10 Felizardo Cota • Associação “Governadoria Clubes Rotários Distrito 1960” • Apreciação e deliberação de Resoluções • Intervenção do Representante do Presidente de R.I., Director 1996-98 Francisco Creo • Intervenção do Governador Artur Almeida e Silva 13h00
Plantação da árvore da Amizade – Jardins do Évorahotel 13h30
Almoço de Encerramento da Conferência – Monte da Graciete (Estrada de Lisboa)
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61ª Conferência do Distrito 1960
Rotary e a Responsabilidade Social das Organizações A Declaração do Milénio, adoptada em 2000, por todos os 189 Estados Membros da Assembleia Geral das Nações Unidas, veio lançar um processo decisivo da cooperação global no século XXI. Nela foi dado um enorme impulso às questões do Desenvolvimento, com a identificação dos desafios centrais enfrentados pela Humanidade no limiar do novo milénio, e com a aprovação dos denominados Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDGs) pela comunidade internacional, a serem atingidos num prazo de 25 anos, nomeadamente: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Erradicar a pobreza extrema e a fome Alcançar a educação primária universal Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres Reduzir a mortalidade infantil Melhorar a saúde materna Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças Assegurar a sustentabilidade ambiental Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento
Foram ainda aí estabelecidas metas quantitativas para a maioria dos objectivos, com vista a possibilitar a medição e acompanhamento dos progressos efectuados na sua concretização, ao nível global e nacional. É na linha deste desafio que o Presidente de Rotary International, William Boyd, escolheu como ênfases para 2006-07, a Alfabetização, a Gestão dos Recursos Hídricos, Saúde e Nutrição (Combate à fome) e Família Rotária. Pede-nos que “MOSTREMOS O CAMINHO”. Ênfases e lema que vieram reforçar o principal projecto deste ano rotário no nosso Distrito – “Rotary e a Responsabilidade Social das Organizações” – que se insere num dos 4 eixos do nosso Programa de Acção, ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O facto de o Rotary ser um movimento de homens e mulheres profissionais, líderes exercendo a sua actividade nas mais diversas áreas da Sociedade, com especial relevo no meio das empresas e de outras organizações, permite e exige-nos uma responsabilidade acrescida no exercício da cidadania. Em termos práticos, este projecto arrancou no mês de Setembro, com reuniões dedicadas à Responsabilidade Social, suscitando a sensibilização e a discussão sobre o tema. Por outro lado, a Comissão Distrital organizou nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março 2007, três FORA, cada um deles dedicado a um dos pilares do Desenvolvimento Sustentável. Pensemos no que se pode fazer individualmente para MOSTRAR O CAMINHO da Ética, da Responsabilidade Social e do Desenvolvimento Sustentável, contribuindo para um Mundo melhor para todos nós e para as gerações vindouras.
61ª Conferência do Distrito 1960
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Ofício do Gabinete do Primeiro Ministro Exmº Senhor Presidente Incumbe-me o Senhor Primeiro Ministro de enviar a mensagem solicitada e de dar conta do interesse e oportunidade que reconhece à iniciativa da responsabilidade social e o Desenvolvimento sustentável, desejando, assim, que tenha o merecido destaque e sucesso. Com os melhores cumprimentos. O Chefe de Gabinete, Pedro Lourtie
Mensagem do Primeiro Ministro O Primeiro Ministro Promove o Rotary, durante o ano de 2007, um programa de conferências em torno dos temas da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, centrando o debate nas questões fundamentais da cidadania, da integração social, da comunidade, do desenvolvimento e do ambiente. Trata-se de questões que determinam as grandes opções das sociedades democráticas modernas, condicionando decisivamente a agenda política. Da consciência que delas tivermos depende a nossa própria visão da sociedade em que vivemos e em que activamente participamos. Por isso, vejo com muito interesse esta iniciativa, visto que ela poderá contribuir para que cidadãos, organizações e instituições possam aprofundar a consciência e o empenho sociais, reforçando o seu sentido de responsabilidade e de partilha no esforço de construção de uma sociedade melhor, mais solidária, socialmente mais robusta e coesa. A todos os participantes e, em particular, ao Rotary, o meu sincero desejo de que esta iniciativa tenha o merecido sucesso. Vosso, José Sócrates
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61ª Conferência do Distrito 1960
Responsabilidade Social das Organizações e Desenvolvimento Sustentável
O papel dos Rotários neste início de século (Notas dispersas sobre os Fora Rotários)
Marcelino Pena Costa Presidente da Comissão Distrital de Responsabilidade Social Distrito 1960, 2006-07
Introdução
As empresas pelo seu lado, passaram a viver um quotidiano hiper competitivo e volátil e a enfrentar a competição internacional
Numa manhã do século XXI, acordámos com um “bater novo e
em larga escala. Ocorrem movimentos constantes de fusões e
desafiante” às nossas portas. Era a Globalização. Feita de mundo
aquisições de âmbito mundial ocasionando grande concentração
quase sem fronteiras, uma espécie da aldeia global com que
de empresas transnacionais. As rápidas, frequentes e ininterruptas
alguns de nós sonhávamos, a sociedade Informática a dar largos
mudanças e avanços tecnológicos, obrigam as empresas e os
e destemidos passos para a da Informação e do Conhecimento,
trabalhadores a uma mudança e adaptação constante. A desre-
uma sociedade que já não prescinde da inteligência artificial,
gulação dos mercados, “o vale tudo” nas relações comerciais e,
um mundo à beira do “choque de civilizações (?)”. Metáforas do
a criação de um fosso cada vez maior entre ricos e pobres, foi
novo? Com o andar dos meses, vimos as organizações mundiais,
uma das consequências deste modelo globalizante mas ausente
que deviam ter acções reguladoras, a não funcionarem assim, as
de valores, de ética e de respeito pelo indivíduo.
Pessoas passarem para segundo plano, as assimetrias a crescerem em vez de se reduzirem. Um número crescente de cidadãos
Ás empresas apresenta-se o desafio para estarem aptas a acom-
começam a questionar se era esta a globalização que queriam
panhar (e até a anteciparem-se) ás exigências e tendências dos
e, se nestes moldes serve ou não os interesses da Humanidade,
mercados, produzindo algo diferente que garanta vantagem
do meio ambiente e do planeta terra.
competitiva e sustentável no longo prazo (possível?). As em-
61ª Conferência do Distrito 1960
17
presas são desafiadas a inovar e a criar produtos competitivos,
relacional foram “escalpelizados” pelos palestrantes “em lições
interessantes para os consumidores e pelo menos, amigos do
magistrais” e simples como simples é ser-se cidadão e ter um
ambiente. As empresas deixaram de estar “sós”, passaram a ser
comportamento ético na vida.
alvo das “partes interessadas” e dos seus accionistas. Todos lhe exigem transparência e responsabilidade social.
O senhor presidente da Nersant apontou algumas questões pertinentes, como sempre adiadas pelo poder, na área laboral,
E, nós Rotários, qual é o nosso “papel” no meio de tudo
fiscal e de direito, que se põem às empresas e aos empreen-
isto???
dedores, dificultando-lhes o dia a dia e serem competitivos e inovadores como grande numero de empresas desejava. O
Podemos e devemos ser uma “força” de persuasão e saber, volta-
senhor presidente de CCDRLTVT, dissertou sobre a problemática
da para “dar de si”, e servir de pólo de encontros e de resultados e
do poder local, numa perspectiva ética e de desenvolvimento
de charneira entre os projectos de RS que as empresas desenham
sustentável, dando especial relevo ao trabalho que as autar-
e as comunidades, que tão bem conhecemos, necessitam.
quias devem começar desde já a fazer para que a resposta aos desafios do milénio sejam cumpridos, nos seus objectivos que
Podemos e devemos melhorar a nossa prestação dialogando e
se resumem aqui:
abrindo parcerias com as entidades locais: oficiais, IPSS e ONGs, as diversas comunidades e as Empresas “residentes“ na área de
Erradicar a pobreza extrema e a fome
actuação de cada clube.
Atingir o ensino primário universal
Foi esta uma das maiores lições que pudemos tirar dos FORA que a Comissão Distrital de RSO realizou, assim como das reuniões com as comunidades locais, que a maioria dos Clubes levou a boa prática.
Promover a igualdade de género e a capacitação das mulheres Reduzir a mortalidade infantil Melhorar a saúde materna Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
O desafio do Milénio envolve cada um de nós a nível pessoal
Garantir a sustentabilidade ambiental
e Rotário. A ética e a cidadania, a educação e desenvolvimento de competências, a inovação para a sustentabilidade, a gestão participativa Torres Novas,
e transparência foram temas abordados por especialistas que
Uma Ode à Cidadania!
de uma maneira didáctica, controversa aqui e ali, nos deixaram nota do que era, é e será preciso fazer ontem, hoje e no futuro
Foi uma jornada inesquecível para aqueles privilegiados que
se queremos poder usufruir deste planeta azul mas deixar aos
acorreram à sede do NERSANT e tiveram a felicidade de participar
nossos filhos e netos a possibilidade de também o poderem viver
no primeiro dos 3 FORA, dedicado tema: “CIDADANIA, ÉTICA E
sem terem de usar máscaras, abrigos em vez de casas, o caos
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO SUSTENTÁVEL”.
em vez de um ambiente, bom e saudável.
Um número de importante de cidadãs e cidadãos vieram partilhar
Tivemos o cuidado de convidar empresas para demonstrarem
connosco seus saberes, as suas interrogações, as suas inquieta-
como se passa das palavras aos actos, seja qual for a sua dimen-
ções, o ser, o estar, o fazer.
são. Pudemos ver que as empresas responsáveis, que assentam em valores e procedimentos éticos a sua acção no mercado,
A Cidadania, o primeiro passo para sermos, e a Ética, sempre
podem sem grandes custos económicos e com muitos benefícios
e em todas as circunstâncias da vida pessoal, profissional e
sociais, contribuírem para o desenvolvimento sustentável.
18
61ª Conferência do Distrito 1960
Como alguém escreveu: não se esqueça que das partes interes-
Ficámos a saber que as energias alternativas também criavam
sadas, duas, tanto a natureza como as gerações vindouras, não
problemas ambientais e de saúde, que as energias fosseis são
podem fazer ouvir a sua voz!
efectivamente um problema, e que as alterações climatéricas que se anunciam são cada vez mais atípicas e constantes na sua aparição onde não eram usuais.
15 de Fevereiro 2007 Lisboa
Que mundo estamos a construir?
Às 10h00 desse dia, o Padre Milícias na qualidade de convidado
Este “mundo” de assimetria cresce sob os nossos pés, com o
especial do segundo Fórum Rotário, dedicado ao segundo pilar
nosso consentimento, em progressão geométrica, ao mesmo
da Responsabilidade Social, com o seu tom alegre, optimista e
tempo que a Terra, o Ar, o Mar, e os Rios, sofrem danos. Alguns
agudo, abriu a sessão apontando a problemática da pobreza, da
já irreversíveis, quem duvida? A nossa pegada ecológica não
exclusão social mas dando pistas concretas para a inclusão ao
deixa de crescer, já “marcámos 2 mundos”, quando temos só
destacar o valor da diversidade e da multiculturalidade para o
um onde viver.(*)
desenvolvimento social, e para o fortalecimento das empresas. Lembrou o crescimento do sector social da economia e do seu
É surpreendente sabermos tão pouco sobre todos os aspectos
interesse económico e social. Concluiu, como sempre optimista
do ambiente, da sua história do estado presente, e como o
e com um sorriso nos lábios, mostrando o seu emblema Rotário
conservar e proteger.
que com orgulho ostentava na lapela: Temos muito que fazer, vamos lá à acção se fazem favor.
Ficou um alerta ao ‘entusiasmo’ com os bio-combustíveis. Não se duvida das suas vantagens específicas, mas haverá que aten-
O fórum abordou as diversas vertentes sociais com especial
der que o impulso dado à produção agrícola intensiva das suas
incidência na INTEGRAÇÃO, e no papel que as ORGANIZAÇÕES e as
‘matérias-primas’ implica já hoje uma crescente e preocupante
COMUNIDADES podem e devem assumir para o desenvolvimento
desflorestação. O exemplo referido das (ex)florestas virgens do
sustentável. A abordagem da pobreza e da exclusão social deu-
Bornéu. “Haverá que gerir a floresta com a sociedade e não para
-nos pistas para compreendermos a sua enorme presença, e o
a sociedade”.
trabalho que várias ONGs levam a cabo, dia a dia, no silencio da noite para compreender, aliviar a dor e, sobretudo preparar os
Alguns dos oradores referiram a fraca tendência dos portugue-
sem abrigo, jovens e idosos, para a integração, para a inclusão
ses para se ‘envolverem’... Com esta e outras iniciativas Rotary
social, para o retorno á vida com dignidade.
pretende contribuir para essa ‘mobilização’. Foi evidenciado como corolário deste Fórum que as preocupações
AR - ÁGUA - ENERGIA - VIDA
éticas e ambientais das empresas, da assunção da sua própria
Sesimbra, 21 de Março
quota parte da Responsabilidade Social, só é realizável na justa medida em que essas suas acções também contribuam positi-
A “Consciência Ambiental e a Eco-eficiência”. Não é fácil,
vamente para os seus resultados.
para um leigo, ver claro no emaranhado de informação e desinformação que reina nestas matérias.
As empresas têm que ser rentáveis, remunerar os seus investidores, garantir a estabilidade e qualidade dos seus postos de
A VIDA, a qualidade de vida, da nossa, dos nossos filhos, das
trabalho, pelo que a sua acção de RSO tem que contribuir para
gerações vindouras, foi o tema central de todas as interven-
os seus resultados.
ções.
61ª Conferência do Distrito 1960
A história das crenças humanas é uma saga que exige cuidados.
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empresas de grande, pequena e média dimensão. A RSO já deixou de ser uma questão de moda, ou académica, e passou a
Nós os Rotários temos que participar com a nossa quota parte
envolver-nos a todos.
para vivermos ainda num mundo melhor, e deixar aos vindouros uma terra habitável, com ar respirável e água para beber!
2. As comunicações tiveram um impacto especial na Família Rotária pois, muitas delas se baseavam na Ética, na Cidadania,
Ou apostamos todos num futuro próximo cheio de mutan-
na Intervenção Pessoal e Profissional, enfim, no nosso “SER”
tes????
Rotário (dar de si antes de pensar em si: cidadania, ética e companheirismo).
Conclusões/Ensinamentos
3. Inquietaram-nos! Desafiaram-nos a abrir novas auto-estradas do pensamento e a vogarmos livremente na nossa imaginação
Sustentámos a nossa intervenção junto dos companheiros e das
e determinação, para que encontrarmos respostas para um novo
populações que nos acompanharam nos FORA com oradores
modo de viver, de estar, de dignidade humana, de não abusar
sabedores das matérias que abordaram, interventivos e polémicos
do planeta azul em que vivemos,de não o poluirmos, de ques-
onde deveriam ser. Nenhum dos oradores nos “veio presentear
tionarmos o nosso desperdício, o lixo...
com uma oração académica”, antes teve a capacidade de nos por a pensar e de nos abrir caminhos para os desafios que nos
4. Ficou claro para todos, que os Clubes podem ter uma inter-
rodeiam. Discutimos sem tabus nem preconceitos, temas can-
venção criativa e eficaz, se os companheiros responsáveis pelos
dentes do nosso quotidiano e não só. As Pessoas, a Economia, as
serviços profissionais, ás comunidades e à juventude, em trabalho
questões sociais, a educação, a doença, a exclusão, a diversidade,
conjunto, conceberem parcerias envolvendo as comunidades e
a Terra foram os principais protagonistas das sessões.
as empresas locais. 5. Todos nós nos sentimos mais responsáveis, mais solidários, mais “humanos” e mais capazes de olharmos para os que passam
O que aconteceu nestes três FORA?
a nosso lado com o espírito voltado para a compreensão, para o respeito pela diversidade e, um grande amor à PAZ. O Rotário
1. Pudemos verificar que a teoria nesta matéria se traduz, no
do século XXI, abraça as utopias, os sonhos da humanidade para
terreno e na prática em acções concretas desenvolvidas por
criar um mundo na senda dos desafios do Milénio.
(*) Pegada ecológica: A pegada ecológica avalia o impacto ambiental de um indivíduo, instituição ou mesmo país, calculando a área de terreno produtivo que seria necessária para sustentar toda a sua actividade (desde a alimentação até à produção de resíduos).
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61ª Conferência do Distrito 1960
Olhar em frente
práticas sustentáveis, disponibilizando ferramentas para uma mais fácil abordagem. Pensamos que para lá das respostas atrás expostas, há um longo caminho a trilhar. Este caminho diz respeito à extensão destas
Luís Rochartre Álvares BCSD Portugal Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
preocupações à vivência de toda a sociedade, tendo por objectivo alcançar o compromisso da sociedade em geral em relação a este caminho.
Muito se tem vindo a falar sobre o Desenvolvimento Susten-
Neste rumo enquadra-se a feliz iniciativa do Rotary que consubs-
tável, na verdade o tema está cada vez mais a entrar no dia a
tancia de uma forma veemente a sua missão, procurando estar
dia, nomeadamente nos media, no discurso dos políticos e na
na primeira linha dos que activamente defendem a visão de um
comunicação das empresas. Cada vez mais a sustentabilidade, a
futuro sustentável.
responsabilidade social das empresas, a eco-eficiência e tantos outros temas relacionados, são objecto da atenção de mais pes-
Pensamos que o caminho a seguir implica nomeadamente o
soas e organizações. O Governo tem multiplicado os exercícios de
comprometimento da sociedade em questões como a transpa-
elaboração de estratégias nacionais e planos de implementação,
rência e a prestação de contas, a equidade regional, a resolução
procurando também alinhar o discurso com a prática.
do problema da economia paralela e outras informalidades na economia, uma forte consciência pública dos desafios que nos
Todos estes esforços vão aumentando a percepção geral a esta
estão colocados e o desenvolvimento de uma cultura de cida-
temática, mas a multiplicação de abordagens e de diferentes
dania mais forte.
visões não torna a tarefa fácil aos recém chegados a estes temas. O carácter de novidade, faz com que também se assis-
Mais especificamente para as empresas, as acções deverão con-
tam a manifestações de comportamentos de moda, havendo
centrar-se na evolução da perspectiva ambiental para a perspecti-
ainda quem encare estes assuntos com a ligeireza de mais uma
va social e de Desenvolvimento Sustentável, no desenvolvimento
“tendência da estação”, correndo a adoptar a particularidade que
de competências, na correcta percepção dos riscos pela não
mais lhe agrade, e que melhor fique na fotografia.
inversão do caminho do business as usual, na implementação dos príncipios e práticas do Desenvolvimento Sustentável, na edição
Sem dúvida alguma, nesta área a liderança é assegurada pelas
de relatórios de sustentabilidade, no estabelecimento de diálogos
empresas, que habituadas a terem que se adaptar à dinâmica
com os stakeholders, no desenvolvimento de uma sensibilidade
dos mercados, estão a conseguir também, responder mais rápida
a estas questões por parte dos analistas financeiros nacionais e no
e eficientemente a estes novos desafios.
alargamento às PME, pela acção directa das grandes empresas, através das suas cadeias de abastecimento.
O balanço possível é francamente positivo, pois a questão de alteração de paradigma de desenvolvimento começa a ser uma
Advogamos que a estratégia de “ir fazendo enquanto se discu-
realidade para quem tem que pensar o futuro. Assim, o carácter
te”, vá sendo concretizada em mais exemplos de aplicação dos
vincado de opção de longo prazo das opções de evolução rumo
conceitos e práticas do desenvolvimento sustentável, de uma
ao Desenvolvimento Sustentável, começam a ser correctamente
forma pragmática pelas empresas.
percepcionadas e praticadas. E como o Rotary está a fazer, envolver cada mais pessoas Por outro lado, os exemplos de guias práticos de implementação
e organizações para que as nossas escolhas pessoais e em
vão dando a conhecer estratégias de acção e possíveis caminhos
sociedade, correspondam a um caminho mais consciente e mais
a trilhar, dando um passo em frente na via da concretização de
sustentável.
61ª Conferência do Distrito 1960
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Ambiente e desenvolvimento sustentável – o discurso e a prática Susana Fonseca Vice-presidente da Quercus - ANCN
Aline Delgado Coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Construção Sustentável da Quercus - ANCN
O conceito de desenvolvimento sustentável é hoje comum em
dominante, foi dos principais motores do próprio conceito – o
qualquer discurso político ou empresarial, trazendo consigo anos
pilar ambiental.
de cimeiras, encontros, debates, publicações e até certificações, que permitem tornar mensurável o grau de sustentabilidade de
No contexto actual poucos se atreveriam a afirmar que o ambien-
uma organização.
te deve ser dominante, mesmo numa estratégia de desenvolvimento sustentável e alguns (para não dizer muitos) sentir-se-iam
Não obstante ser presença constante no debate público, uma
tentados a dizer que em Portugal até temos ambiente a mais, e
análise criteriosa do dia a dia de algumas organizações leva-nos
que há que desregular. Contudo, não deixa de ser curioso que a
facilmente a concluir que, em muitos casos, não passa disso. Em
Comissão Europeia produza uma revisão da Estratégia Europeia
suma, o discurso está assumido, mas a prática não o segue, pelo
para o Desenvolvimento Sustentável onde o ambiente é apresen-
menos não com a veemência que as palavras deixam antever.
tado enquanto pilar decisivo, na medida em que é visto enquanto
A recentemente aprovada Estratégia Nacional de Desenvolvimen-
factor que pode condicionar o equilíbrio dos pilares económico e
to Sustentável (ENDS) e o seu respectivo Plano de Implementação
social. É fácil compreender esta argumentação; aliás, os cenários
(PIENDS) – www.desenvolvimentosustentavel.pt – provou, duran-
actualmente em debate relativos às consequências de problemas
te o processo de discussão pública, o quanto os nossos decisores
globais como as alterações climáticas demonstram à exaustão
políticos possuem uma visão retorcida do conceito.
a forma como o desrespeito pelo equilíbrio ambiental e pela capacidade de carga do planeta podem resultar em perturbações
O processo de preparação, debate e aprovação da Estratégia
graves a nível económico e social.
Nacional de Desenvolvimento Sustentável portuguesa foi longo (teve início em 2002, tendo existido várias versões). Mas um
Contudo, em Portugal, um país que tem demonstrado uma enor-
processo tão longo deveria ter-nos permitido compreender
me dificuldade em cumprir os seus compromissos internacionais
que quando se fala de desenvolvimento sustentável se fala do
no âmbito do combate partilhado às alterações climáticas, parece
equilíbrio entre três pilares e que, por mais que não se queira
ainda ser dominante a ideia que o fundamental é apostar no pilar
aceitar, há um que muito embora possa não ser abordado como
económico e que tudo o resto virá por acréscimo, como se de algo
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61ª Conferência do Distrito 1960
natural se tratasse. Muito embora o bem estar económico e social
novos edifícios de serviços e até 2009, pensa-se que o sistema
seja precursor de comportamentos e valores de maior respeito
estará em pleno funcionamento, tanto para os novos edifícios,
pelo ambiente, é inquestionável que as práticas associadas a estes
como para os edifícios existentes.
contextos colocam uma carga desmesurada sobre o Planeta, que só não tem consequências mais graves por estar ainda associada
Este Sistema reforça a necessidade de projectarmos os nossos
a uma minoria da população mundial. Considerar o desafio do
edifícios considerando a problemática ambiental a montante,
desenvolvimento sustentável em termos da solidariedade com
de modo a obteremos edifícios mais eficientes na sua fase de
as gerações futuras, sem deixar de parte a necessária equidade
operação (fase de utilização). Contemplar no desenho soluções
no presente, é uma obrigação que decorre do conceito, dos
passivas de captação de energia, tirando partido da orientação
mais básicos princípios éticos e do mais comum bom senso. As
solar, prever áreas adequadas de envidraçados, colocar sombrea-
alterações climáticas são, a este título, o exemplo perfeito da im-
mento para evitar ganhos térmicos desnecessários e uma correcta
peratividade da acção por parte daqueles que mais contribuíram
aplicação do isolamento nas paredes exteriores (envolvente)
para o problema no sentido de se evitarem as consequências mais
dos edifícios, são alguns dos exemplos que poderão reduzir o
graves que terão reflexos mais significativos nas gerações futuras
consumo de energia a jusante. No que respeita aos materiais
e nas populações já mais fragilizadas actualmente.
de construção, a utilização de materiais mais sustentáveis, de origem natural e local, com baixo valor de energia incorporada
Mas para este combate já existem algumas armas ao nosso
(energia dispendida desde a extracção da matéria-prima até à
dispor. É desde logo fundamental uma alteração geral dos nossos
forma final do material apto a ser utilizado), reutilizáveis e/ou
comportamentos no sentido de refrear alguns impulsos produ-
recicláveis é também uma necessidade. Por último, contemplar
tivistas e consumistas que esbanjam recursos naturais que são
planos adequados de gestão ambiental durante a execução da
escassos. A título de exemplo podemos falar das possibilidades
obra de forma a minimizar desperdícios e consumos energéticos
de alterar as nossas formas de fazer e usar determinados bens,
desnecessários é outra medida.
como por exemplo os nossos edifícios. Um novo rumo para o desenvolvimento em Portugal é urgente, O ano de 2007 poderá ser um marco para o País no que diz
pela necessidade que se impõe de um uso mais eficiente de
respeito à adopção de práticas mais sustentáveis para o sector
energia e consumo de recursos naturais, indo ao encontro dos
da construção. Com a entrada em vigor da nova Regulamentação
compromissos assumidos por Portugal e pela União Europeia
sobre Eficiência Energética em Edifícios e a craição do Sistema de
no âmbito do Protocolo de Quioto e do desenvolvimento sus-
Certificação Energética e da Qualidade do Ar dos Edifícios – o SCE,
tentável.
todos os edifícios passarão obrigatoriamente a ter um Certificado Energético, baseado na revisão de dois Regulamentos já existentes. O RSECE e o RCCTE. O primeiro destina-se a assegurar as condições de higiene e conforto dos edifícios, nomeadamente a qualidade do ar interior bem como garantir a qualidade dos equipamentos instalados, limitando ao mesmo tempo os consumos de energia. O segundo, impõe requisitos mínimos às necessidades de energia no que respeita à construção do edifício. O SCE contribuirá para uma mudança de mentalidades do lado da procura, uma vez que passa a haver informação sobre o consumo energético do edifício. A implementação do Sistema iniciar-se-á em Julho de 2007, para novos edifícios. Em Janeiro de 2008 para
61ª Conferência do Distrito 1960
Para uma cultura da responsabilidade
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A globalização planetária que vivemos decorre no contexto da liberalização de mercados e de fronteiras e barreiras alfandegárias. Cerca de 2 mil milhões de pessoas estão a chegar ao mercado de produção industrial e de consumo, numa fase do desenvolvimento em que a pressão sobre os equilíbrios naturais é enorme. Como poderão aceitar que o seu crescimento seja moderado por factores ambientais que a Europa e os EUA ignoraram quando passaram a mesma fase? E que autoridade tem para os persuadir
Mário Parra da Silva Presidente da APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial
esse “primeiro mundo” que continua a não conseguir limitar os seus próprios impactes negativos? Depois de dois séculos de discurso sobre os direitos quem vai
A construção das sociedades democráticas fez-se com ênfase nos direitos. Os direitos resultam das relações entre Seres Humanos. Liberdades económicas, civis, sociais garantem a reivindicação e concretização prática dos direitos. Mas em relação à Natureza quais são os nossos direitos? E que liberdades os concretizam? Não haverá responsabilidades? Na relação com a Natureza a ênfase estará nos direitos? Ou nas responsabilidades? Ou nos limites aos direitos? O desenvolvimento sustentável obriga a repensar as responsabilidades? Ou podemos continuar a basear-nos em direitos? Sobre o que vamos legar às gerações futuras teremos direitos, responsabilidades ou ambos? Em que medida? Preferirão as pessoas o prazer imediato a alguma abdicação a favor do futuro? Precisamos de uma ética da responsabilidade? Que atitudes e comportamentos poderá implicar? Como manter os direitos? As Organizações (Empresariais e outras), os Estados, as Pessoas, terão de assumir responsabilidades, económicas, sociais, ambientais? Ou a pressão da sobrevivência económica secundarizará os outros aspectos?
agora exigir à China e à Índia que assumam responsabilidades? O mais certo é que a resposta seja “também temos direito ao desenvolvimento, sustentado ou não”. De facto a prioridade nesses países, compreensivelmente, é a criação de riqueza e de empregos. O resto, tal como sucedeu no Ocidente, virá depois, quando a riqueza for suficiente para esses “luxos” ecológicos. Infelizmente as consequências serão globais e portanto iremos pagar a factura das alterações climáticas, tal como os países em desenvolvimento pagaram durante décadas a transacção sempre deficitária de produtos manufacturados caros em troca de matérias primas baratas. A solução está na passagem a uma cultura que valorize as responsabilidades tanto quanto os direitos. Este novo quadro cultural terá de começar por constituir uma prática empresarial e institucional mas só será consolidado se passar a ser uma forma de pensamento ao nível do cidadão enquanto tal, enquanto consumidor, enquanto parte de uma família, enquanto habitante da Terra. Não será fácil porque os direitos são muito atractivos para qualquer um. As responsabilidades implicam abdicação e consideração pelo outro, ou seja um estado de consciência mais elevado e
Estas questões e muitas outras emergem dos desafios que o nosso
altruísta. Quando a própria educação deixou de incluir quaisquer
tempo tem de enfrentar em virtude do progresso tecnológico que
valores para se centrar exclusivamente em questões técnicas,
gerou as condições para a globalização à escala planetária.
que sensibilidade terão as pessoas para as virtudes?
De facto outras globalizações ocorreram no passado mas à
Ou seja, como diz o Professor José Manuel Moreira, como passar
escala de um continente ou de uma área geográfica restrita. Em
do ciclo vicioso para o ciclo virtuoso?
geral foram provocadas por forças militares ou por unificação imperial.
Só tenho uma certeza: há mais perguntas que respostas.
Convenção Internacional de RI de 2007
A 98ª Convenção de Rotary International irá ter por palco a cidade de Salt Lake City, localizada no estado de Utah, nos EUA e realizar-se-à de 17 a 20 de Junho de 2007. A Convenção que tem por finalidade principal informar, inspirar, motivar e incentivar os rotários para os trabalhos e projectos que os clubes desenvolvem, representa igualmente uma oportunidade de encontro das Famílias Rotárias e propicia também o estabelecimento de laços de amizade e companheirismo com rotários de outros clubes ou distritos. Um fascinante programa está já consolidado, podendo o mesmo ser consultado em http//www.rotary/events/index.html Este ano a novidade é o Simpósio sobre a Paz Mundial. Nem palavras nem imagens podem descrever a satisfação de participar de uma Convenção do RI. É preciso senti-la na própria pele. Vá e desfrute entre companheiros do mundo inteiro o maior encontro anual do Rotary.
Faça a diferença na vida de uma criança Fundo Anual para Programas da Rotary Foundation Faça a sua Doação HOJE www.rotary.org
Todos os Rotários, Todos os Anos Esclarecimentos? e-mail everyrotarianeveryyear@rotaryintl.org