12ª Edição | Bienal de Curitiba 2017 | Festival de Cinema

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ministĂŠrio da cultura apresenta

Festival de Cinema da Bienal de Curitiba ’17



ministĂŠrio da cultura apresenta

Festival de Cinema da Bienal de Curitiba ’17



A Bienal de Curitiba presta uma justa homenagem à arte de um país cujas relações com o Brasil tendem a se tornar cada vez mais próximas no decorrer deste século. Trata-se hoje do maior parceiro comercial do Brasil. A China, componente dos Brics, tem uma produção artística excelente, que se pauta pela diversidade e pela qualidade, com base num profícuo embate entre tradição e inovação/experimentação. Como no Brasil, também na China as atividades culturais e criativas constituem um setor cada vez mais importante de representação simbólica da sociedade e de propulsão econômica, com alto impacto sobre a geração de renda, de emprego e de inclusão. Em suma, de desenvolvimento. O título Antípodas soa como uma genial provocação de como a aparente distinção cultural pode revelar pontos em comum e complementares. A escolha da fotografia como foco demonstra bem isso. A produção apresentada ao espectador um mundo novo de aproximações e de transversalidades que tendem a fazer da diversidade um encontro potente de diferenças e semelhanças. China e Brasil, antípodas geográficos e culturais, revelam-se próximos em suas mais diversas dimensões culturais. O olhar da fotografia expandida é, portanto, um olhar democrático, humanista, que aproxima pela arte países cada vez mais próximos em termos econômicos. A Bienal de Curitiba, ao trazer a arte contemporânea chinesa ao Brasil, dá aos brasileiros uma oportunidade única de transformar antipodia em convergência. O Ministério da Cultura sente-se honrado em contribuir para a viabilização de um evento cultural tão significativo. É assim que nossa missão se realiza. Parabéns aos organizadores pela excelência do projeto. Longa vida à Bienal de Curitiba! Sérgio Sá Leitão Ministro da Cultura

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Cortinas abertas, começa o espetáculo A disseminação do caráter educativo do cinema, que deve se intensificar para estudantes e professores da rede pública estadual e municipal durante o Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba 2017, muito nos satisfaz e nos orgulha. A arte cinematográfica, que cada vez mais se confunde com outros tipos e formas artísticas em todo o mundo, em processo diversificado e rico desde a geração do argumento e do roteiro até à chegada às telas maiores ou outras mídias, tem um efeito multiplicador impressionante. As atividades de formação para professores e a organização de visitas e roteiros guiados por locais onde o Festival se realizará assumem um caráter didático especial no Paraná, onde Educação, em seus mais diversos formatos, é tratada como prioridade absoluta de nosso governo. Este caráter, com a realização de palestras e seminários, rompe com a visão conservadora de eventos restritos a privilegiados, cinéfilos e entendedores. Assim, abrem-se, literalmente, as cortinas das sessões e dissemina-se o conhecimento. No Paraná, cinema, há muito tempo, é sinônimo de reconhecimento e de aplausos. A magnitude do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba 2017 deve ampliar e diversificar o público frequentador das salas. Nossa capital, onde se realizará o Festival, não só é cenário para a produção cinematográfica, registrada desde Annibal Requião e João Groff, na década de 1910, como é dotada de excelentes espaços e extremamente receptiva para exibições, com toda a emoção que elas são capazes de transmitir e difundir. Tenho absoluta certeza que o espírito das imagens do cinema, que ganha corpo, fantasia e renovação desde os irmãos Lumière, seus inventores, em 1895, ganhará ainda maior projeção entre os paranaenses com a realização deste ano do Festival Internacional do Cinema, que exibirá um painel mundial desta arte e extensa seleção de filmes brasileiros, curtas e longametragens, em dinâmico intercâmbio de culturas. Saúdo a realização do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba – 2017 -, formidável evento, oportunidade ímpar de conhecer a obra de criadores desta arte e de difundi-la a um número considerável de paranaenses, especialmente entre professores e alunos. Beto Richa Governador do Estado do Paraná 5


O cinema nasceu em preto e branco, sem som e com uma locomotiva sendo a estrela principal. Desde a primeira apresentação pública comercial com os irmãos Lumiére, em 1895, muita coisa mudou. Cores e sons foram adicionados; a narrativa tomou corpo e as películas de outrora foram transportadas para HDs. Entretanto, a maior revolução ocorreu na forma de consumo do cinema. O acesso que antes era exclusivo às pomposas salas de cinema hoje acontece no conforto dos lares e nas pequenas telas dos smartphones. Em tempos de equipamentos mais acessíveis, mídias digitais e Youtube, fazer cinema de qualidade tornou-se um desafio ainda maior e a construção de bons roteiros nunca se fez tão necessária. Para nossa felicidade, os curadores do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba compartilham da mesma preocupação e promoveram uma busca minuciosa e criteriosa das produções nacionais e internacionais para serem exibidas aqui. Paranaenses que estudam, pesquisam e respiram cinema. Gente que anseia, a exemplo do Governo do Estado, democratizar o acesso à cultura e oferecer ao público o que há de mais instigante na sétima arte. Na terra de cineastas como João Groff, Anníbal Requião, Sylvio Back e, mais recentemente, Marcos Jorge, Laura Dalcanale e Fernando Severo; o Festival Internacional de Cinema traz às telas curtas, longas, ficções, documentários, filmes atuais e clássicos para todos os perfis de espectadores. Apresenta os panoramas do cinema brasileiro, do cinema mundial e abre um espaço especial com obras voltadas ao público infanto-juvenil. Teremos também exibições itinerantes que ultrapassarão os limites de Curitiba com destino ao interior. Preocupado com o desenvolvimento da sua gente, o Governo do Estado do Paraná é um dos grandes incentivadores da Mostra. Disponibilizou espaços e organizou, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, programação Educativa. Programe-se e divirta-se. Cida Borghetti Vice-Governadora do Estado do Paraná

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Diversidade cultural O cinema é uma importante ferramenta para a formação e o desenvolvimento cultural da nossa sociedade, por isso a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), mais um ano, apoia a realização do Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba. Um dos pontos importantes desta edição do Festival vem ao encontro com o trabalho que a SEEC desenvolve, o de levar ações culturais aos municípios paranaenses. Por meio do Festival haverá exibições de filmes em Curitiba e em várias outras cidades do Paraná. Este é um festival grandioso que possibilita o contato com grandes obras que nos trazem conhecimento e nos enriquecem culturalmente. A função de um festival é justamente esta: reunir diversos conceitos, apresentar novas tendências e aumentar as nossas referências. A cultura é uma forma de aproximação, e o cinema é um importante meio que consegue, com muita facilidade, aproximar pessoas de diversas localidades, dos mais variados costumes e crenças, para assistir a um filme para se emocionar, adquirir conhecimento ou se divertir. Nesta edição a China é a homenageada, um país com uma cultura milenar, que muito tem para nos mostrar. E nada melhor que o cinema para ser o interlocutor da aproximação entre dois países que geograficamente estão a quilômetros de distância, mas que o cinema é capaz de encurtar para uma distância que sua imaginação permitir ou desejar. Até onde o cinema é capaz de te levar? Não se deve subestimar o poder que ele tem de te envolver e de te transportar para um mundo distante, ou de trazer até você uma nova ideia, um conceito diferente, de quebrar paradigmas e mostrar uma nova leitura para um fato histórico. Vamos nos permitir imaginar, desejar o conhecimento. Usufruir de tudo o que a sétima arte nos oferece. Nos aproximar de outras culturas, viajar pelo tempo, pelo espaço, visitar lugares a partir da tela do cinema. Diversão, informação, conhecimento, emoção. O momento é de celebrar a diversidade cultural. Unir para conhecer, conhecer para nos respeitarmos. João Luiz Fiani Secretário de Estado da Cultura do Paraná

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A História de Curitiba é como um filme projetado ao longo da vida de seus cidadãos. Imagens e sons, luzes e sombras, contrastes, dissonâncias e harmonias, tudo é movimento nesta cidade onde a Arte envolve o ambiente urbano. A sétima arte estreou em Curitiba, no antigo Theatro Hauer, nos idos de 1887, com a projeção de imagens, Kinematógrapho trazido da Alemanha, ao som de pianola acompanhada por orquestra de cordas. Logo vieram as primeiras sessões regulares, soirées e matinées, quando se montou, em 1904, o Parque Coliseu Curitibano, com ampla sala de exibições: cinema estrangeiro mudo, animado por músicos locais. Mais de um século na longa trajetória do Cine Lido ao Cine Ópera, passando pelo Cine Vitória, São João, Rivoli, Marabá, Ritz, Curitiba, Palácio, Arlequim,Luz, Morgenau, Guarany. Ali reinou soberano o esplêndido Cine Teatro Avenida, em cuja tela os curitibanos se emocionaram com ‘E O Vento Levou’. O início da nossa Rua das Flores, ao abrigar um formidável complexo de cinemas, foi então chamado de Cinelândia Curitibana, avó da atual Boca Maldita. Com Aníbal Requião, fotógrafo pioneiro do Paraná, a cinematografia paranaense começou a ter vida própria. Em 1908, ao acompanhar os jovens do Tiro de Guerra Rio Branco, liderados pelo Coronel João Gualberto Gomes de Sá, ao Rio de Janeiro, o cinegrafista trouxe o registro histórico da viagem que culminou com banquete memorável na casa do patrono Barão, o palácio do Itamaraty. Restaurada, a preciosa película foi incorporada ao acervo municipal, na reserva técnica da Cinemateca de Curitiba, cuja sede própria mandei construir, na encosta leste do Serrito do Alto de São Francisco, rua João Manoel com Carlos Cavalcanti. João Baptista Groff, outro curitibano cujo olhar documental é referência para a cinematografia do Brasil, foi grande e foi nosso. Chegou a ser preso durante a Segunda Guerra, por se recusar a apagar as luzes de seu cinema caseiro durante o black-out decretado como treino contra bombardeios nazistas. Groff dedicou sua vida a registrar a modernidade de Curitiba e do Brasil. Sua obra mais notável, o primeiro filme, “Pátria Redimida”, documentário da Revolução de 1930, onde o presidente Getúlio Vargas é protagonista. Groff filmou-o desde o momento em que o conheceu, quando a Revolução passou por Curitiba, até que conquistasse o poder, amarrando seu cavalo no obelisco da Avenida Central, no coração da então capital do Brasil, a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.

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O Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba de 2017, cujo tema é a China, lança sua projeção desde a noite dos tempos até o mundo futuro. Este momento novo que é feito da mesma matéria dos sonhos. O Cinema, reflexão feita com luz, reforça a Curitiba que queremos ser. Ousar é preciso. Por isso, no horizonte, a longínqua China. Milenar, exótica, hoje potência mundial, parceira do Brasil e do Paraná, e muito perto de nós.

Rafael Greca de Macedo Prefeito de Curitiba

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A Cinelândia de Curitiba Durante muitos anos, o cinema de rua foi a grande atração cultural das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras. Entre 1950 e 1970, Curitiba chegou a ter mais de 50 cinemas de rua. Era tanto, que a região entre a Praça Osório e a Alameda Doutor Muricy era conhecida como a Cinelândia da cidade. Com a popularização da televisão e dos filmes em VHS, o público foi aos poucos diminuindo e os cinemas de rua entraram em declínio, limitando o acesso apenas às salas dos grandes shoppings da capital. Para manter viva essa história e democratizar o acesso à cultura, temos compromisso de retomar os cinemas de rua e promover sua descentralização. Para isso, estamos estruturando o complexo cultural Cine Passeio, uma obra que foi retomada por nossa gestão no ano passado. Nossa ideia é que o local se torne um polo de desenvolvimento da arte cinematográfica e da produção audiovisual de Curitiba. O espaço tem duas salas, cada uma com 111 lugares, que levarão os nomes de Cine Ritz e Cine Luz, homenagem aos dois tradicionais cinemas da cidade. O belo projeto foi desenvolvido pelo Ippuc e pela Fundação Cultural. O espaço será bem completo e terá, inclusive, uma escola de cinema com biblioteca e estúdios. As novas salas irão complementar o trabalho da Cinemateca, que já oferece uma boa programação cinematográfica. Além da construção do complexo cultural pela Secretaria de Obras Públicas, existe o projeto de reformar o auditório da Rua da Cidadania Matriz para transformá-lo num “Cine Teatro de Bolso”. Com essas ações, os cinemas de rua voltarão a fazer parte do cenário cultural de Curitiba. Assim como na época da Cinelândia, voltarão a ser uma arte descentralizada e democratizada para todas as classes sociais. Mais do que isso, uma importante vitrine para a nossa produção local. Por isso, vejo com muito entusiasmo a realização de mais uma edição do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba. Será mais uma excelente oportunidade para o debate e exposição da produção cinematográfica brasileira e mundial. Eduardo Pimentel Vice-Prefeito de Curitiba

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A arte no cinema Há 24 anos, a Bienal Internacional de Curitiba começou a mudar o cenário da arte em nossa capital. O evento cresceu, ganhou espaço, conquistou o calendário cultural do Brasil e do mundo. Ao se tornar referência em arte contemporânea e reconhecida como um dos principais eventos da área no circuito mundial, a Bienal coloca nossa cidade e nossos artistas nesta vitrine. Não menos significativo é o Festival Internacional de Cinema da Bienal. São curtas, longas, ficções, documentários, filmes atuais e clássicos, nas mostras Panorama do Cinema Brasileiro, Panorama do Cinema Mundial e Universo Z (cinema infanto-juvenil). É um grande acontecimento em nossas telas, com exibição em diversas salas de cinema de Curitiba e ainda itinerância por outras cidades do Paraná. Outra atividade valorosa realizada pelo Festival de Cinema é a programação Educativa, uma ação conjunta com a Secretaria de Estado da Educação e a Secretaria Municipal da Educação, levando a arte para nossos estudantes. O cinema em nossa capital tem uma ligação direta com a Fundação Cultural de Curitiba. Uma arte que encontrou na Cinemateca e nos espaços da FCC locais perfeitos para produção, aprendizado, conhecimento e exibição. Por isso a Fundação Cultural dá boas-vindas e total apoio ao Festival de Cinema da Bienal. O audiovisual é uma das áreas artísticas que mais despertam nos curitibanos a admiração e o reconhecimento de uma linguagem sempre inovadora e sensível. Conjugado com a Bienal de Arte, que traz à cidade a cultura da China como tema, o Festival de Cinema complementa de forma brilhante esse período que invade Curitiba com fruição e inspiração artística. Quem olhar com atenção esse catálogo vai perceber a excelência da curadoria, da programação e, principalmente, da valorização do cinema e da arte que a Bienal traz a nossa cidade. Marcelo Cattani Presidente da Fundação Cultural de Curitiba

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Cinema chinês em plena expansão Em 1905, o filme Ding Jun Shan, inspirado num episódio do Romance dos Três Reinos, um dos grandes clássicos da literatura chinesa, inaugurou a era do cinema na China. Do Movimento Quatro de Maio, passando pela fundação da República Popular, até os dias de hoje, a produção cinematográfica passou por várias fases históricas nos últimos cem anos. Hoje, a sétima arte traz mais beleza à nossa vida e um sopro de renovação à milenar civilização chinesa, abrindo uma janela para que o mundo nos conheça melhor. Atualmente, o cinema chinês atravessa uma ótima fase: a produção se expande, os talentos se diversificam, a indústria bate novos recordes. Em suma, está se desenvolvendo de maneira salutar, dinâmica e sustentável. O mercado cinematográfico floresce. Nos últimos anos, a bilheteria tem crescido a uma taxa média de 30% anuais, alcançando US$ 6,7 bilhões em 2016, com mais de 1,3 bilhão de ingressos vendidos. Os gêneros estão cada vez mais diversificados e atendem a diferentes demandas e gostos do público. Há adaptações da literatura como The Taking of Tiger Mountain e Wolf Totem, filmes de fantasia como Monster Hunt e The Ghouls, obras artísticas como The Golden Era e Song of the Phoenix, e longas mais realistas como Dearest e Finding Mr. Right. Pequenas produções, com uma abordagem diferenciada, aproveitam as vantagens locais, enquanto “blockbusters” chineses ostentam o poder industrial e tecnológico. Destaques de comédia, fantasia e animação atendem públicos de diferentes camadas sociais. Novas gerações de cineastas estão sendo formadas. Jovens diretores, roteiristas, atores, produtores e técnicos estão renovando os profissionais da indústria cinematográfica chinesa. Com produções autorais de características distintas, vários diretores iniciantes trazem vigor para a inovação dessa arte e conquistam o reconhecimento do público e a expectativa do mercado. A China está se tornando um gigante não só em volume de produção como também em qualidade graças aos seguintes princípios: Voltar a produção cinematográfica para o povo. O lider chinês Xi Jinping sempre diz que “a arte precisa do povo muito mais do que o povo precisa da arte”. Na sua prática criativa, cineastas chineses se aproximam das necessidades estéticas do povo e colocam em prática a orientação centrada no povo para maximizar a energia positiva da arte, ampliar e diversificar suas opções. A demanda intelectual do povo é o fundamento e o ponto de partida de seus trabalhos, as pessoas são os protagonistas de suas obras, e o povo é o juiz e o crítico dos valores estéticos. Existe uma nova relação estreita e firme entre o cinema chinês e seu povo. 12


Valorizar o espírito inovador, de maneira a oferecer uma nova plataforma para o empreendedorismo e a inovação em massa. No aspecto tecnológico, a qualidade do desenvolvimento e da manufatura de equipamentos é cada vez mais alta e os resultados da propriedade intelectual autônoma são palpáveis, dando asas à imaginação artística. Exemplo disso é o sistema de projeção CGS (China Giant Screen), desenvolvido 100% pelos chineses, compatível com todos os formatos e que exibe mais brilho na tela e melhor saturação e nitidez, em nada perde para o IMAX. Além disso, usa o sistema de som surround de 11.1 canais, proporcionando ao público um lazer mais sofisticado. No tocante ao conteúdo, talentos interdisciplinares e transversais lançam mão de inovação, paixão, inteligência e vigor para explorar diferentes estilos, formatos e gêneros, dando mais impulso ao desenvolvimento constante da indústria. Promover a internacionalização. Os festivais internacionais de Pequim, Xangai e da Rota da Seda estão ganhando mais influência e visibilidade, com o aumento de filmes inscritos, participantes, agenda de eventos, assim como o volume de transação. Esses festivais, por um lado, introduzem diretamente conceitos e experiências das indústrias cinematográficas mais desenvolvidas do mundo e aproveitam recursos internacionais para formar, selecionar e financiar jovens talentos chineses, e por outro lado, alimentam a cultura cinematográfica e sofisticam o gosto do público. Olhando para o futuro desenvolvimento, a indústria do cinema da China ainda tem muito a fazer. Temos as salas de cinema mais bem equipadas do mundo, mas o volume de produção ainda fica muito aquém dos mercados mais desenvolvidos; em grandes centros urbanos como Pequim, Xangai, Cantão e Shenzhen, o consumo de filmes per capita já é equiparável ao de países moderadamente desenvolvidos, mas em cidades médias e pequenas, na área rural e no Centro-Oeste chinês esse índice oscila de maneira considerável. Além disso, ainda há um longo caminho a percorrer em conceito de marketing, regulamentação do mercado, investimento e planejamento de cinemas, assim como em produtos paralelos dos filmes. A civilização humana progride com a aprendizagem mútua entre diverentes culturas. Espero que profissionais da China e do Brasil possam aproveitar plenamente a Bienal Internacional de Curitiba para se inpirar, trocar ideias e aprofundar a cooperação e escrever juntos um novo capítulo da prosperidade e progresso da indústria cinematográfica. Li Jinzhang Embaixador chinês no Brasil

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Itaipu Binacional: líder mundial na produção de energia limpa e renovável A Itaipu Binacional é resultado da cooperação entre brasileiros e paraguaios que, juntos, venceram o desafio de converter em energia elétrica as águas do Paraná, um dos mais caudalosos rios do mundo. Com 14 mil Megawatts de potência instalada, a usina detém o recorde mundial de produção de energia anual, com 103.098.366 Megawatts/hora (103,1 milhões de MWh) gerados em 2016. Sua segunda melhor marca foi registrada em 2013, com 98,6 milhões de MWh. Itaipu é também a hidrelétrica que mais gerou energia na história, com mais de 2,4 bilhões de MWh produzidos desde 1984. A usina é atualmente responsável por cerca de 17% do abastecimento de eletricidade do Brasil e por 76% do fornecimento ao Paraguai. Hoje, porém, o alcance da usina se estende para muito além da produção energética de qualidade. Itaipu se converteu em uma das principais molas propulsoras do desenvolvimento econômico e social da região de fronteira entre esses dois países. Desde o início de sua operação, a Itaipu Binacional já pagou em royalties mais de US$ 10 bilhões para o Brasil e o Paraguai (metade para cada país). O valor é calculado de acordo com a energia gerada ao longo de cada ano. A partir de 2003, a missão da empresa passou a incorporar a responsabilidade social e ambiental, o que se traduz em inúmeros programas voltados ao meio ambiente e às comunidades localizadas no entorno da usina. A Itaipu também é signatária de diversos compromissos nacionais e internacionais, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carta da Terra e Princípios do Empoderamento das Mulheres, entre outros. Esses compromissos são expressos em ações que fazem da hidrelétrica (vencedora do prêmio Water for Life, da ONU Água em 2015) um modelo para novos projetos do setor elétrico e que comprovam que a hidroeletricidade pode caminhar no mesmo passo da inclusão social e da preservação da natureza.

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Cenas que iluminam a gente Para a Copel, a arte é energia que move o mundo. Por isso, a Companhia patrocina com muito orgulho o Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba 2017, um evento que celebra a sétima arte em diferentes dimensões. Todos os dias, os paranaenses protagonizam histórias que transformam o Paraná e o transformam em uma referência para todo o país. A energia da Copel ilumina essas narrativas da vida real. Mas para a Companhia, não basta gerar, transmitir e distribuir energia, e ser a responsável por tornar o Paraná o único Estado 100% digital do País com sua rede de fibras ópticas. A Copel faz questão de valorizar todo tipo de manifestação que engrandeça seu “público”. Eleita pelos clientes a melhor distribuidora de energia do Brasil, a Companhia também é fruto do trabalho dos paranaenses. Em 2017, o Festival de Cinema traz recortes importantes do cinema brasileiro e internacional, com curtas, longas, ficções e documentários que dialogam com diferentes públicos e ampliam as reflexões sobre nossa sociedade. Além de valorizar a sétima arte, a Copel compartilha com o povo paranaense o apoio a essas obras que contam, recontam e retratam narrativas que serão exibidas em diversas salas de cinema de Curitiba e de outras cidades do Estado. É um convite a cada paranaense a mergulhar em histórias que ampliam nossas reflexões e apresentam um pouco da arte cinematográfica de diferentes partes do mundo. É por isso que a Copel patrocina a o Festival de Cinema da Bienal de Curitiba 2017 através da Lei de Incentivo à Cultura e acredita que o projeto engrandece o Paraná e o Brasil. Afinal, para nós, incentivar a arte é iluminar a vida!

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Cenas que iluminam a gente O saneamento é uma arte. Para desenvolvê-lo, é preciso dedicação e aprimoramento contínuo. É nisso que acreditamos nós, as mais de sete mil pessoas responsáveis pela Sanepar ser uma das maiores e melhores companhias de saneamento do País. Por meio de uma extensa rede, com aproximadamente 85 mil quilômetros, levamos qualidade de vida a 345 cidades do Paraná e a um município de Santa Catarina, Porto União. Por onde passa, a Sanepar universaliza o abastecimento urbano com água e é a única empresa de saneamento do Brasil que trata 100% do esgoto que coleta. Mas, muito além de prestar serviços técnicos especializados, sabemos que a Sanepar é parte da sociedade. É por isso que estamos engajados no seu desenvolvimento. Tal convicção está expressa em nossas ações, desde o estímulo para o crescimento intelectual da equipe até o incentivo ao esporte, à educação e à cultura nas cidades em que atua. O aprimoramento profissional da equipe sanepariana é marca institucional. Na sede da empresa, em Curitiba, há uma biblioteca que reúne e compartilha 5 mil livros técnicos, 2,5 mil livros de literatura, além de 4 mil arquivos em PDF, disponíveis ao corpo de funcionários da Sanepar e a seus familiares. Como ponte entre o público interno e externo, a Companhia mantém o Coral Sanepar. O grupo se apresenta gratuitamente à comunidade em diversos eventos pelo Estado. Canções populares brasileiras, com destaque a músicas que valorizam a temática da água e do meio ambiente, compõem o repertório do grupo, formado por empregados e empregadas da Empresa. Um LP, dois CDs e um DVD gravam a memória do Coral Sanepar, em seus 34 anos de história. Por falar em história, em 2014 inauguramos o Museu do Saneamento. Com mais de 8 mil itens em seu acervo, ele abrange o período de 1875 até os dias atuais, valorizando o patrimônio histórico, tecnológico e cultural do saneamento no Paraná. A Sanepar também é uma das grandes incentivadoras da arte e da cultura no Paraná. Só em 2016, foram mais de R$ 3 milhões investidos em projetos culturais e artísticos no Estado, via renúncia fiscal. Aos 54 anos, a Empresa mostra-se cada vez mais engajada no aprimoramento cultural, intelectual, ambiental e social do Paraná. E faz isso sem perder do horizonte o comprometimento com a evolução de seus serviços. Porque somos, afinal, uma empresa com vocação para o saneamento.

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Mais uma vez a Fomento Paraná tem o prazer de patrocinar a realização de uma edição do Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba, evento já consolidado do calendário cultural da cidade. Tanto quanto apoiar atividades e manifestações capazes de mexer com a percepção, as emoções, ideias e a consciência das pessoas, para a Fomento Paraná é importante contribuir com a realização de eventos que possam atrair pessoas à capital paranaense e movimentar segmentos econômicos importantes da cidade na área do entretenimento, como teatros, salas de cinema, bem como os bares, restaurantes, hotéis e todo o trade turístico local. Como patrocinadores estamos especialmente contentes com a programação de atividades da Bienal, que trará a Curitiba artistas de vários continentes. Da mesma forma nos alegra a programação educativa e a proposta de promover atividades itinerantes em outras cidades paranaenses, espraiando essa cultura pelo estado. Atores, atrizes, produtores, iluminadores, cenógrafos, figurinistas, músicos, arranjadores, roteiristas, cinegrafistas, editores e toda gama de profissionais de apoio necessários à realização de um filme ou espetáculo são, cada um deles, parte de uma grande engrenagem que move o mundo do cinema e da arte. E é também por ver nessas pessoas, cada uma delas um empreendedor em potencial, que a Fomento Paraná, como instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Paraná, considera importante vincular sua marca e apoiar eventos como o Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba. Nosso desejo é que esse apoio ajude a fortalecer essa atividade e a todos os profissionais envolvidos, como tantas outras atividades e empreendimentos que temos procurado apoiar e estimular em todo o Paraná ao longo dos últimos anos. Que venham outros festivais e bienais trazendo com elas trabalho e muita diversão. Com nossos votos de sucesso

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Horizons Telecom: a Bienal de Curitiba ’17 conectada com o mundo A partir de 30 de setembro Curitiba se tornará uma das vitrines da arte contemporânea, com a abertura oficial da Bienal de 2017, que irá homenagear a China. Diferentes manifestações e linguagens de artistas dos cinco continentes serão expostas em mais de 100 espaços da cidade. Será um espetáculo cultural, de ideias e formas que trará à Curitiba visibilidade e fomento econômico. Assim como a Bienal, a Horizons Telecom, empresa de tecnologia, internet e telefonia, também é 100% curitibana. Daqui, da capital paranaense, surgimos e, aos poucos, abrimos outras unidades em cidades do estado de São Paulo. Conhecemos a nossa terra, a nossa gente e valorizamos a nossa arte. Portanto, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, patrocinamos esse evento, que há 24 anos engradece a cultural local e mundial, com o estímulo a diversidade, ao conteúdo e ao conhecimento. Tanto quanto a arte contemporânea, que é dinâmica e interativa, a Horizons Telecom aposta na tecnologia ao serviço das organizações e das pessoas. Com redes de fibra óptica de alta confiabilidade e disponibilidade, a Horizons disponibiliza links dedicados de 5 Mbps até 1 Gpbs, proporcionando comunicação rápida e segura. Esses e outros serviços da Horizons contam com o suporte técnico especializado 24 horas por dia, sete dias por semana. A arte é feita por pessoas e, nelas, a Horizons acredita. Nossos clientes não são números, são indivíduos que merecem o nosso respeito e atenção. O mesmo cuidado que o artista tem ao criar a sua arte, a Horizons tem ao atender o cliente, de forma personalizada e exclusiva. Conheça a nossa história e os nossos serviços www.horizontelecom.com.

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ÍNDICE DE MOSTRAS

24

CIRCUITO BRASILEIRO

54

DIRETOR HOMENAGEADO

62

CIRCUITO CLÁSSICO

70

CIRCUITO MUNDIAL

71

Circuito Australiano

80

Circuito Chinês

90

Circuito Espanhol

106

Circuito Israelense

117

Circuito Norueguês

128

CURTO-CIRCUITO

138

CIRCUITO UNIVERSITÁRIO

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Festival de Cinema da Bienal de Curitiba ’17


É sempre uma satisfação anunciar uma nova edição do Festival de Cinema da Bienal de Curitiba – FICBIC. A cada ano, o Festival atrai um grande público por conta da qualidade de sua programação variada e da descentralização de espaços, agradando todos os gostos e facilitando o acesso da população aos espaços de exibição. Para que esse sucesso seja garantido, é necessário muito esforço e dedicação. Por isso, gostaria de fazer um agradecimento especial a nossa grande equipe de profissionais envolvidos para realização do Festival, aos curadores - que com seu conhecimento e repertório, contribuem tanto para a qualidade das mostras - e, claro, aos patrocinadores e apoiadores que tornam o Festival possível. Nesta edição, mais de cem filmes serão exibidos em diversas salas de cinema e centros culturais da cidade. Como de costume, serão projetadas obras contemporâneas e clássicas, brasileiras e de diversos outros países. Porém, como acreditamos que toda mudança é necessária para estar em constante melhoria, tem novidade na estrutura. O Circuito Brasileiro, com curadoria de Denize Araujo e Paulo Camargo, mantém a exibição de longas e curtas-metragens nacionais. As exibições acontecem no Espaço Itaú de Cinema. O Circuito Mundial, agora reúne mostras de diversos países parceiros: Austrália, Espanha, Israel e Noruega. Além deles, há também a mostra do Cinema Chinês, que integra a programação de homenagem à China da Bienal de Curitiba 2017. As mostras acontecem na Cinemateca de Curitiba. O Diretor Homenageado reúne, no Cine Guarani, localizado no Portão Cultural, a retrospectiva do diretor francês Jacques Demy, sob curadoria de Aristeu Araújo. A mostra visa resgatar obras do renomado diretor, trazendo para o público do Festival a oportunidade de ter acesso aos grandes filmes de Demy, de volta às grandes telas. A cada ano, o Festival apresenta filmes clássicos em sua programação. Por isso, surge agora o Circuito Clássico, no Cine Guarani, que dedica-se exclusivamente para exibição de títulos que fizeram história. Com o objetivo de promover os novos nomes do cinema, a Cinemateca de Curitiba recebe o Circuito Universitário, que conta com a curadoria de Nicole Loiola e exibe curtas-metragens de estudantes universitários. Com o nome Curto-Circuito, a mostra, com curadoria de Mariana Bernal, exibe curtas infanto-juvenis, ampliando o público do Festival, atraindo crianças e jovens para o mundo audiovisual. Ainda, além dessa vasta programação, o FICBIC também amplia seu alcance por meio da Itinerância, que passa por cidades do Paraná, levando o cinema para locais de difícil acesso à cultura. Nesta edição, cidades que integram os Municípios Lindeiros da Itaipu e da AMOP, recebem exibições de filmes do Curto-Circuito, voltado ao público infanto-juvenil. O Festival de Cinema da Bienal de Curitiba é pensado para você. Por isso, divirta-se, emocione-se e aproveite toda nossa programação. Ótimo FICBIC 2017 a todos e a todas! Luiz Ernesto Meyer Pereira Diretor-geral 21


ÍNDICE DE FILMES

22

26

CIRCUITO BRASILEIRO

28

Arábia

43

Cabelo Bom

29

Antonio Um Dois Três

44

Festejo Muito Especial

30

A Terceira Margem

45

Mamata

31

Bio

46

O projeto de Meu Pai

32

Pela Janela

47

O Quebra Cabeça de Sara

33

Construindo Pontes

48

Postergados

34

O Fantástico Patinho Feio

49

Quando os Dias Eram Eternos

35

O Que Seria Deste Mundo Sem Paixão

50

Quem matou Eloá?

40

Abissal

51

Rosinha

41

Afronte

52

Se Você Contar

42

Boca de Fogo

53

Tentei

54

DIRETOR HOMENAGEADO

56 57 58

A Baía dos Anjos

59 60

Os Guarda-Chuvas do Amor

62

CIRCUITO CLÁSSICO

64 65 66

Céu Sem Estrelas

70

CIRCUITO MUNDIAL

71

CIRCUITO AUSTRALIANO

72

A Vingança Está na Moda

76

Promessa de Guerra

73

Reino Animal

77

Shine

74

Faça Homus Não Faça Guerra

78

Spear

75

Geração Roubada

79

Vem Dançar Comigo

80

CIRCUITO CHINÊS

81

Boonie Bears III

84

Pali Road

82

I Belonged to You

85

Someone to Talk to

83

Lost in White

86

Tik Tok

Duas Garotas Romântica

Pele de Asno

Lola, a Flor Proibida

Nouvelle Vague Os Assassinos Estão Entre Nós

67 68 69

Ran Um Dia Muito Especial Aguirre, a Cólera dos Deuses


87

The Song of Cotton

88

Yesterday Once More

89

Xuan Zang

90

CIRCUITO ESPANHOL

91

Assassinato no Comitê Central

92

Fata Morgana

99

Listen to Me

100

93

Liberdade

101

Pixel Jungle Psycho 60/98

94

Os Amantes

102

Sin Dios ni Santa María

95

Tempo de Silêncio

103

This Bogeyman

97

Answer Print

104

40” of a Frame

98

Film Quartet Polyframe

105

The Kiss

106

CIRCUITO ISRAELENSE

107

A Enchente

112

Delicada Relação

108

Além das Fronteiras

113

Derretendo

109

As Medusas

114

Dias Congelados

110

A Missão do Gerente de Recursos Humanos

115

Final de Copa

111

Aviva, Meu Amor

116

Restauração

117

CIRCUITO NORUEGUÊS

118

Antes da Neve

123

Bird hearts

119

Cega

124

The Good Life - Over There

120

As Otimistas

125

Yes We Love

121

Brothers

126

Sami Boy

122

Small talk

127

Oslo’s Rose

128

CURTO CIRCUITO

130

O Que Queremos Para o Mundo?

134

Fantasmo

131

A arte Que Me Habita

135

UrSORTUDO

132

As Minas do Rap

136

Ilha das Crianças

133

A Luta

138

CIRCUITO UNIVERSITÁRIO

140

A Cidade Sem Passado / As Três

144

Serenata / Sobejar

141

Catadoras / Deriva

145

Tellus / Um no Escuro

142

O Mundo Estratifica e o Corpo

146

A Outra Margem / Pátio

se Desloca / Maria Adelaide

147

Preto Pálido / Vó Maria

143

Mira / Ruína

23


circuito brasileiro


O Brasil é hoje um país em processo de profundas transformações. Essas mudanças ocorrem em inúmeros âmbitos – social, político, cultural. A seleção de longasmetragens nacionais da edição deste ano do Festival de Cinema da Bienal de Curitiba, o FICBIC, reflete esse clima de turbulência, trazendo ao público obras que, cada uma a sua maneira, discutem facetas desse estado de ebulição. Por meio de abordagens estéticas bastante distintas, mas que, de alguma forma, estabelecem entre si um diálogo urgente, contemporâneo, os filmes fazem um recorte vivo da produção atual, seja por conta das variadas temáticas, seja pelas opções estéticas de seus realizadores. O longa-metragem de abertura do festival, “Arábia”, de Affonso Uchôa e João Dumans, poderia ser descrito como uma obra sobre o mundo do trabalho a partir de uma perspectiva muito pessoal: a do protagonista, Cristiano (Aristides de Souza), cuja trajetória de vida é narrada por ele mesmo a partir de um diário escrito de próprio punho, que, de maneira tão sutil quanto potente, o acompanha ao longo de sua existência algo errática, sempre mudando de empregos. Trata-se de uma narrativa exemplar em uma realidade pautada por incertezas e que, de maneira sutil, discute, a partir de perspectiva de seu personagem, as condições de sobrevivência num país pautado pela incerteza. Cristiano, porém, está longe de se colocar na posição de vítima. Muito pelo contrário – sua autonarrativa distancia-se do maniqueísmo simplificador, e revela uma vida muito rica de aventuras, sensações e sentimentos. É um drama político nas entrelinhas, mas nunca panfletário. Na edição 2017 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, “Arábia” venceu quatro prêmios: melhor filme, ator (Aristides de Sousa), trilha sonora e montagem. A produção mineira também recebeu o Prêmio Abraccine, da Associação de Brasileira de Críticos de Cinema. Antes disso, o longa-metragem havia participado do Festival de Cinema de Roterdã, do qual saiu premiado pela Federação Internacional dos Críticos de Cinema (Fipresci), assim como outro título integrante do FICBIC 2017, o longa-metragem “Pela Janela”, de Caroline Leone. “Pela Janela” dialoga com “Arábia” por também retratar a classe trabalhadora brasileira a partir da perspectiva de sua personagem central, a operária Rosália (Magali Biff) que, aos 65 anos, após dedicar toda uma vida a uma fábrica de reatores na periferia de São Paulo, é demitida e cai em estado depressivo. Para consolá-la, o irmão José (Cacá Amaral) resolve levá-la em uma viagem de carro a Buenos Aires, na Argentina. Também como “Arábia”, “Pela Janela” é um road movie, e a jornada, mais do que um deslocamento geográfico, é uma metáfora para falar de um percurso existencial ao longo do qual a protagonista irá não apenas se descobrir, mas transformar-se ao colocar-se em contato com um mundo desconhecido que resgatará sua vontade de viver.

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“Antônio Um Dois Três”, de Leonardo Mouramateus, compartilha com “Arábia” e “Pela Janela” o viés existencialista, a partir do olhar de um protagonista que também empreende uma jornada de autodescoberta. O filme, rodado em Portugal, aborda em três tempos a vida do jovem António (Mauro Soares), passando pela fuga de casa, a relação com uma ex-namorada, outros encontros amorosos e uma improvável inserção no meio teatral. “Antônio Um Dois Três” foi, como “Arábia” e “Pela Janela”, exibido na competição de Roterdã, e no Festival IndieLisboa (Portugal), depois de ter sido premiado, ainda em fase de produção, pelo Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici). Vencedor do Prêmio do Público do Festival de Gramado 2017, “Bio”, assinado pelo cineasta gaúcho Carlos Gerbase brinca entre os limites do cinema narrativo e o de não ficção – é um falso documentário. Sua narrativa tem estrutura bastante peculiar. A história é contada, quase em sua totalidade, por personagens a respeito de um protagonista que jamais é visto. Sabemos que nasceu em 1959 e morreu em 2070 e tem a insólita condição biológica de não conseguir mentir, transtorno que o tornou uma personalidade bastante controversa. Ele tem sua vida reconstituída por 39 pessoas que passaram por sua vida: mãe, pai, irmãos, esposa, colegas de trabalho, amante. Do veterano cineasta carioca Luiz Carlos Lacerda, “O Que Seria deste Mundo sem Paixão?” é mais do que um filme sobre literatura e, como “Bio”, desafia o realismo. Traz o encontro imaginado dos fantasmas dos escritores Lúcio Cardoso (Armando Babaioff) e Murilo Mendes (Saulo Arcoverde), que, de volta ao plano terreno, passam a ser perseguidos pelos personagens de seus livros. Por meio da intertextualidade, Lacerda homenageia dois grandes nomes das letras brasileiras sem recorrer ao formato mais convencional da cine”Bio”grafia, e buscando um registro poético, que também flerta com o fantástico e faz com que os autores e suas criações se entrelacem em um delírio ao mesmo tempo cinematográfico e literário. “Construindo Pontes”, documentário da cineasta curitibana Heloísa Passos, por sua vez, parte de uma perspectiva auto biográfica, íntima e extremamente pessoal. Explora as divergências ideológicas entre a diretora e o pai, trazendo a câmera para a intimidade de sua família. O confronto de ideias tem como pano de fundo a história recente do Brasil, mais precisamente o momento do impeachment de Dilma Rousseff. Enquanto Heloísa enxerga no processo um golpe de estado que visa a afastar a esquerda do poder no Brasil, seu pai, Álvaro, engenheiro civil que viveu o auge de sua carreira durante a Ditadura Militar, defende ideias mais conservadoras, colocando-se em oposição à administração petista. Essa história de família que, 26


de certa forma, encapsula o passado e o presente do país, ganha forma também pela apropriação de imagens de arquivo pessoal. “Construindo Pontes” recebeu, no Festival de Brasília 2017, o Prêmio Marco Antônio Guimarães, conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizou material de pesquisa cinematográfica brasileira. Outro documentário que integra a seleção deste ano do FICBIC é “O Fantástico Patinho Feio”, de Denilson Félix, que recebeu do Júri Oficial da Mostra Brasília, paralela do Festival de Brasília 2017, o Troféu Câmara Legislativa de melhor longametragem realizado no Distrito Federal. O filme retrata a saga de quatro garotos pertencentes à primeira geração de brasilienses que, nos anos 1960, construíram, no fundo de quintal, um carro de corrida para disputar os 500 km de Brasília, então a segunda maior prova automobilística do país, da qual saíram com o segundo lugar. Depois da vitória, os rapazes fundaram a lendária Oficina Camber, por onde passaram Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e muitos outros pilotos que chegaram à Fórmula 1. DENIZE ARAÚJO E PAULO CAMARGO CURADORES

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ARÁBIA L 2017, FICÇÃO, BRASIL, 96’

André é um jovem morador da Vila Operária, bairro vizinho a uma velha fábrica de alumínio, em Ouro Preto, Minas Gerais. Um dia, ele encontra o caderno de um dos operários da fábrica.

AFFONSO UCHÔA

Vive em Contagem, Minas Gerais. Dirigiu “A Vizinhança do Tigre” (2014), melhor longa-metragem no Festival de Tiradentes e premiado em festivais como Olhar de Cinema, Semana dos Realizadores, Cachoeiradoc e forumdoc.bh.

JOÃO DUMANS

Vive in Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi roteirista do longa “A cidade onde envelheço”, vencedor do Festival de Brasília de 2016. Foi também diretor assistente, roteirista e montador de “A Vizinhança do Tigre”, além de assistente de direção e produtor executivo de “Os Residentes”. Como diretor, realizou o média-metragem “Todo mundo tem sua cachaça (2014)”.

Direção e roteiro: Affonso Uchôa, João Dumans | Direção de Fotografia: Leonardo Feliciano | Produção Executiva: Vitor Graize e Thiago Macêdo Correia | Produtor: Vitor Graize | Som: Pedro Durães, Gustavo Fioravante | Trilha sonora: Francisco Cesar e Christopher Mack | Direção de Arte: Priscila Amoni, Janaína Macruz | Direção de Produção: Marcela Jacques, Laura Godoy | Montagem: Luiz Pretti, Rodrigo Lima | Elenco: Aristides de Sousa, Murilo Caliari, Glaucia Vandeveld, Renata Cabral, Renato Novaes, Wederson Neguinho, Adriano Araújo, Renan Rovida | Contatos: vitorgraize@gmail.com,katasiafilmes@gmail.com e vastomundocontato@gmail.com 28


ANTÔNIO UM DOIS TRÊS 2017, FICÇÃO, BRASIL, 95’

LEONARDO MOURAMATEUS

Leonardo Mouramateus nasceu em 1991 em Fortaleza. Escreveu e dirigiu uma dezena de premiados curta-metragens exibidos em festivais como Locarno, Cinema du Réel, Festival dei Popoli e Indielisboa, entre outros. Seus filmes também foram mostrados em museus como o Centre Pompidou em Paris ou MASP em São Paulo. Recentemente, retrospectivas de seu trabalho foram apresentadas em importantes instituições, mais notavelmente na Cinemateca Francesa. Leonardo é sócio da produtora Praia à Noite. António Um Dois Três é seu longa de estreia.

14

Retrata três momentos diferentes da vida do jovem António,

que

passa

por

uma

fase

complicada

atualmente: ele está tendo que lidar com o desemprego, com a falta de moradia em Lisboa e, principalmente, com um reencontro inesperado com sua ex-namorada, o que o faz iniciar um rico processo de construção de memórias.

Direção e roteiro: Leonardo Mouramateus | Produção: Clara Bastos, Gustavo Beck e Miguel Ribeiro | Música: Fernando Pereira Lopes | Direção de fotografia: Aline Belfort | Montagem: Raul Domingues e Leonardo Mouramateus | Direção de arte: Patrícia Ameixial, Irina Batalha e Mafalda Jacinto | Som: Tomás von der Osten | Edição de som: Diego Martínez | Empresa produtora: Filmes do Asfalto, If You Hold a Stone e Praia à Noite | Elenco: Mauro Soares, Deborah Viegas, Daniel Pizamiglio, João Fiadeiro, Sandra Hung, Mariana Dias, Carolina Thadeu, Hugo Pereira, Miguel Nunes, Sofia Dinger, Joana Cotrim, Filipe Pereira e Mistah Isaac | Contato: twitter.com/NoitePraia 29


A TERCEIRA MARGEM L

2016, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 57’

Em 1953, treze anos depois do início da célebre “Marcha para o Oeste”, os indigenistas irmãos VillasBoas encontram, entre os índios Kaiapó, o jovem João Kramura, um branco roubado de seus parentes e criado na tribo. Através do índio Funi-ô Thini-á, reconstitui-se a história de João e também a do próprio Thini-á, que compartilha o mesmo trânsito atribulado entre dois mundos. Seguindo os passos de João, que encontra ressonância nos de Thini-á, colocam-se em cheque a ruptura da cultura indígena diante da invasão branca e a evolução dos conceitos de antropólogos e indigenistas ao longo de 60 anos.

FABIAN REMY

Nascido na França e criado no Brasil, editou várias séries de TV, curtas e longas-metragens desde 2002. Em 2016, dirigiu e editou seu primeiro documentário, “A Terceira Margem”. Atualmente, ele está montando o segundo longa de Tiago Mata Machado, e acaba de editar o documentário “Kappa Crucis”, de João Borges. Também trabalhou como editor assistente em vários filmes brasileiros, como: “Era Uma Vez Eu, Veronica”, de Marcelo Gomes, “Febre do Rato”, de Cláudio Assis e “Viajo Porque Preciso, Volto porque te Amo”, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz.

Direção e roteiro: Fabian Remy | Direção de produção: André Hallak, Barão Fonseca e Leandro Aragão | Direção de fotografia: Lucas Barbi | Som: Osvaldo Ferreira | Montagem: Fabian Remy e Bruno Carboni | Trilha sonora: Rafael Matins | Empresa produtora: Trem Chic | Elenco: Thini-á Fulni-ô | Contato: andre@tremchic.com

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BIO 2017, FICÇÃO, BRASIL, 105’

CARLOS GERBASE

O cineasta foi um dos fundadores da prestigiada Casa de Cinema de Porto Alegre, de onde foi sócio de 1987 a 2011. Criou a Prana Filmes em parceria a Lucina Tomasi. É diretor dos longas-metragens “Inverno” (1983), “Verdes Anos” (1984), “Tolerância” (2000) ,“Sal de Prata”(2005), “3 Efes” (2007) e “Menos que Nada” (2012).

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O que aconteceria se um documentarista pudesse viajar no tempo e captar depoimentos sobre a vida de alguém ainda no calor dos acontecimentos, e não com aquele teor nostálgico de quem se recorda de fatos enterrados há muitos anos no passado? “BIO” responde a essa pergunta, propondo ao espectador uma narrativa fragmentada, mas muito emocional, sobre a longa e atribulada existência de um biólogo, que atravessa a segunda metade do século 20 e mergulha no século 21 com uma sede imensa de conhecimento sobre a vida em nosso planeta. Ou até fora dele.

Direção e roteiro: Carlos Gerbase | Produção: Luciana Tomasi | Direção de Fotografia: Bruno Polidoro | Direção de Arte: Bernardo Zortea | Som Direto: Fernando Efron e Fábio Duarte | Montagem: Milton do Prado | Empresa Coprodutora: Bunker Studio | Elenco: Marco Ricca, Maitê Proença, Maria Fernanda Cândido, Werner Schünemann, Rosanne Mulholland, Tainá Müller, Sheron Menezzes, Branca Messina, Bruno Torres, Zé Victor Castiel, Felipe Kannenberg, Carla Cassapo, Felipe de Paula, Gabriela Poester e Mateus Almada | Contato: pranafilmes.com.br 31


PELA JANELA 10

2017, FICÇÃO, BRASIL, 84’

Rosália é uma operária de 65 anos que dedicou a vida ao trabalho em um fábrica de reatores da periferia de São Paulo. Ela é demitida, e, deprimida, é consolada pelo irmão José, que resolve levá-la junto com ele em uma viagem de carro até Buenos Aires. Na viagem, Rosália vê pela primeira vez um mundo desconhecido e distante de sua vida cotidiana, começando uma jornada que sutilmente transformará uma parte essencial dela mesma.

CAROLINE LEONE

Roteirista e diretora de dois premiados curtas-metragens. Paralelamente aos seus trabalhos como diretora e roteirista, atua também como montadora. Seu primeiro curta, “Dalva”, viajou por mais de 20 festivais internacionais, além de ter conquistado prêmios como Melhor Filme Latino Americano no Festival Internacional de Bilbao e o Prêmio Revelação no Festival Internacional de São Paulo. Seu segundo curta “Joyce”, repetiu o sucesso do filme anterior, e participou de mais de 30 festivais, recebendo o prêmio de Melhor Filme de Curta-Metragem no Festival do Rio, entre outros.

Direção e roteiro: Caroline Leone | Direção de produção: Cristina Alves e Georgina Baisch | Direção de fotografia: Claudio Leone | Direção de arte: Juan Giribaldi | Diretor de som: Martin Grignaschi | Som técnico: Federico Billordo | Montagem: Anita Remón e Caroline Leone | Empresa produtora: Dezenove Som e Imagens em co-produção com Rizoma Films | Elenco: Magali Biff e Cacá Amaral 32


CONSTRUINDO PONTES 2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 72’

HELOISA PASSOS

Realizadora e diretora de fotografia de mais de 20 filmes, pelos quais recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Entre eles, Excelência em Cinematografia no Festival do Sundance 2007, Melhor Fotografia no Festival do Rio por “Viajo porque preciso, volto porque te amo”, 2009 e “Mulher do Pai”, 2016. Dirigiu a série “Caminhos”, prêmios Tal de melhor serie documental e o premiado curtametragem “Viva volta”. É membro da Academia de Artes e Ciência Cinematográfica de Hollywood. “Construindo Pontes”, seu primeiro longa-metragem como diretora, foi premiado no 50˚ Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.

L

“Construindo Pontes” é um filme que não distingue a política da vida. As nossas reminiscências são como a chegada inesperada de um trem, quando o forte tremor nos obriga a movimentar-nos para vislumbrar, mesmo no escuro, um outro horizonte.

Direção: Heloisa Passos | Roteiro: Heloisa Passos, Leticia Simões e Stefanie Kremser | Direção de produção: Luciane Passos, daniel Caldeira e Max Max Leean | Direção de fotografia: Heloisa Passos, abc | Direção de arte: Heloisa Passos, Tina Hardy, Marina Willer e Hamlet Auyeung | Som: Elenton Zanoni, Valéria Ferro, Beto Ferraz e André Tadeu | Montagem: Tina Hardy e Isabela Monteiro de Castro | Trilha sonora: BiD, Beto Ferraz e Belchior | Empresa produtora: Maquina Filmes | Elenco: Alvaro Passos e Heloisa Passos | Contato: maquina@maquina.pro.br e facebook.com/construindopontes.buildingbridges 33


O FANTÁSTICO PATINHO FEIO L

2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 74’

Documentário sobre quatro garotos de Brasília que, nos anos 1960, resolveram construir, no fundo de quintal, um carro de corrida para competir na segunda maior prova do Brasil, os 500 km de Brasília, com outros 33 carros, muitos deles de grandes marcas internacionais. Largando em último lugar, após mais de seis horas de corrida, chegaram na segunda posição. Depois deste feito, os rapazes fundam a lendária Oficina Camber,

DENILSON FÉLIX

Roteirista premiado nos festivais de Gramado, Vitória e Recife em 2001 pelo curta-metragem “Sinistro”, de René Sampaio, Denilson Félix dirigiu os curtas “O dente podre do lavador de pratos”, “As coisas acontecem”, “Uma voz timorense em Brasília”, além do média “Marcelo Bousada, quem?”. Roteirizou o longa-metragem “Campus santo”, de Márcio Curi.

por onde passaram Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno e muitos outros pilotos.

Direção, roteiro e produção: Denilson Félix | Direção de fotografia: André Luiz da Cunha e André Carvalheira | Montagem: Jorge Dalena e Tiago Esmeraldo | Edição de som: Juninho Nascimento | Direção de arte: Pedro Daldegan | Trilha sonora: Juninho Nascimento | Produtora: Caldo de Cana Filmes 34


O QUE SERIA DESTE MUNDO SEM PAIXÃO 2016, FICÇÃO, BRASIL, 75’

LUIZ CARLOS LACERDA

Diretor e roteirista dos longas “Mãos vazias” (1970), “O principio do prazer” (1978), “Leila Diniz” (1987), “For all – O Trampolim da Vitória” (1997), “Viva sapato!” (2004), “Casa 9” (2011), “A mulher de longe” ( 2012), “Introdução à música do sangue” (2015) e “O que seria deste mundo sem paixão?” (2016). Dirigiu cerca de trinta curtas e médias sobre personagens da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Estácio de Sá, da Escuela Internacional de Cine de Cuba e do Polo do Pensamento Contemporâneo.

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O encontro dos fantasmas do romancista Lucio Cardoso e do poeta Murilo Mendes, perseguidos por seus personagens que querem mudar suas histórias. A luz e os enquadramentos do filme foram inspirados nas telas do pintor Edward Hopper.

Direção e roteiro: Luiz Carlos Lacerda | Direção de produção: Carolina Dib | Produção executiva: Cavi Borges | Direção de fotografia: Alisson Prodlik | Direção de arte: Oswaldo Lioi | Som: Pedro Moreira | Montagem: Luiz Carlos Lacerda e Alisson Prodlik | Trilha sonora: Alfredo Sertã | Empresas produtoras: Matinê Filmes, Cavideo e Canal Brasil | Elenco: Armando Babaioff, Saulo Arcoverde, Paula Burlamaqui, Erom Cordeiro, Fernando Melvin, Carla Daniel, Patricia Niedermeyer, Tonico Pereira, Saulo Salomão, Eriberto Leão, Marcelo Cavalcanti, Natalia Lage e Gibrair Filho | Contato: bigocinema@gmail.com 35


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A seleção da Curadoria do FICBIC 2017 – Festival de Cinema da Bienal de Curitiba - destaca a produção de curtas nacionais que se posicionam, neste momento incerto da nação, em seus perfis diferenciados. São filmes que fazem refletir, alguns em tom mais discursivo, outros mais irônicos, outros ainda em linguagem de animação. Seus temas percorrem ideologias, se manifestam em seus pontos de vista e nos oferecem possibilidades de rever posicionamentos, de pensar um Brasil mais alinhado a pesquisas produtivas e menos atado a condicionamentos ultrapassados. Todos os curtas são inéditos em Curitiba e premiados em festivais de renome, novamente honrando os dois critérios da curadoria. Ao analisarmos os treze curtas que serão exibidos durante o FICBIC, percebemos uma possível trilogia em relação ao tema central de cada um e à maneira como o roteiro foi idealizado e editado. A primeira esfera, denominada Poéticas da Memória, agrupa os curtas “Festejo Muito Especial”, “Abissal”, “Quando os Dias Eram Eternos” e “Postergados”. A segunda, Estéticas Visuais, é formada pelos curtas “Cabelo Bom”, “Afronte”, “O Projeto de Meu Pai” e “Rosinha”. Intervenções Documentais agrega os curtas “Se Você Contar”, “Quem Matou Eloá?”, “O Quebra-Cabeça de Sara”, “Tentei” e “Mamata”.

POÉTICAS DA MEMÓRIA Se não há história sem memória, também não há memória sem história. Os curtas da seleção 2017 nos oferecem ecos de um legado literário e cinematográfico. “Festejo Muito Especial” reproduz o título do artigo escrito por Paulo Emilio Salles Gomes em 1977. O curta revisita os filmes citados no texto, fazendo uma apologia à preservação dos arquivos e de nossa reserva cultural. Arthur Leite, em “Abissal”, produz um curta intimista na região amazonense, com seus avós, que revelam um segredo de família guardado por muitos anos. Marcus Vinícius Vasconcelos, em “Quando os Dias Eram Eternos”, cria um personagem que volta à casa para cuidar de sua mãe em seus últimos dias. O curta enfatiza a ansiedade da alma em libertar-se de seu corpo como se a memória já bastasse para expressar a vida já morta. “Boca de Fogo” recupera a memória de outra forma, com seu PB, que faz relembrar o cinema em seus inícios, quando a cor ainda não tinha conquistado sua vida no cinema. As imagens sem cor são contrapontos à voz estridente, como se a imagem cedesse ao som um destaque maior. “Postergados” revive as palavras de Fernando Pessoa: “Afinal somos todos cadáveres postergados”, entregando à memória os ainda vivos. Parte do curta se passa no “além-vida”. Com atores uruguaios e falado em espanhol, “Postergados” tem roteiro complexo, entre a vida, a morte e a memória. “Festejo Muito Especial” recebeu o Premio da Crítica Abraccine e Menção Honrosa do Júri Oficial do Festival É Tudo Verdade. “Abissal” foi premiado no Festival Curta Canoa e considerado o Melhor Curta Brasileiro - Prêmio Mistika do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade de 2016. “Quando Os Dias Eram Eternos” foi o vencedor do Prêmio Itamaraty para o Curta-Metragem Brasileiro escolhido pelo Júri do Festival 37


Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo de 2016. “Postergados” recebeu o Kikito de Melhor roteiro de curta no Festival de Gramado 2017. “Boca de Fogo” recebeu o prêmio de Melhor Curta Metragem do Festival É Tudo Verdade.

ESTÉTICAS VISUAIS Os curtas desta esfera dialogam no âmbito de suas inovações e suas visualidades. O termo “estética” vem do grego aisthetiké, que significa “aquele que nota, que percebe”. Esse é o ponto-chave de “Cabelo Bom”, um curta que fala da origem dos cabelos da raça negra, em tom metonímico, a parte pelo todo. Fala também sobre a autoaceitação e a aceitação do outro, dialogando com “Afronte”, seja na questão de representatividade, seja pela sua estética criativa. As três protagonistas de “Cabelo Bom” notam e percebem, demonstrando suas preocupações através de seus cabelos. O ponto de convergência entre “Cabelo Bom” e “Rosinha” é o fato da aceitação também, mas no primeiro a opinião dos outros é considerada, enquanto no segundo a personagem principal nota e percebe, mas não se preocupa com as convenções e segue com o triângulo amoroso na terceira idade. “Afronte”, misturando documentário e ficção em seus 15 minutos, foi feito com financiamento coletivo para dar mais visibilidade ao tema. O termo “visual” remete tanto à visualidade quanto à visibilidade, ambos presentes nas estéticas dos quatro curtas. Seria a (in)visibilidade uma das questões de algum dos curtas? A diretora do curta autobiográfico O projeto de meu pai fala da invisibilidade do protagonista com uma estética de animação quase primitiva e altamente significativa. O projeto invisível e idealizado mas não concretizado do pai parece ter dado título ao curta, que nos oferece seis minutos de sensibilidade. “Cabelo Bom” foi o vencedor do Kikito de Ouro – Premio Especial do Júri do Festival de Gramado 2017. “Afronte” recebeu o Prêmio Saruê da equipe de Cultura do Correio Braziliense, além de Melhor Montagem do Festival de Brasília - Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal e Menção Honrosa pelo método de construção criativa. “Rosinha” foi o curta vencedor do 20° Florianópolis Audiovisual Mercosul, como Melhor Filme do Júri Popular, Melhor Ficção, Direção, Roteiro, Atriz e Ator na Mostra Catarinense. “O Projeto de Meu Pai” teve diversas premiações, entre as quais Melhor Curta do Júri Popular Anima Mundi, Premio Canal Brasil, Menção honrosa Infanto/Juvenil Júri Adulto 8º Festin (Portugal) 2017; Melhor Roteiro no 10º Curta Taquary (Pernambuco) 2017; 3º Lugar do Festival Monstronale (Halle, Alemanha) 2017.

INTERVENÇÕES DOCUMENTAIS Os cinco curtas desta esfera se preocupam com problemáticas sociais que devem ser resolvidas. Apesar dos enfoques e pontos de vista diferenciados, os temas da violência, da homossexualidade e dos esquemas políticos vigentes, que tem provocado uma inversão de valores em questões de direitos e deveres, são relevantes e os curtas produzem intervenções que os documentam. “Se Você Contar” e “Tentei” discutem a violência às mulheres, sendo 38


que o primeiro enfatiza os abusos sexuais na infância, o segundo a violência domiciliar. O curta “Quem Matou Eloá?” questiona o papel da polícia e da mídia. O caso de Eloá foi seguido como se os espectadores estivessem vendo uma novela ou um reality show. A espetacularização da mídia e a ação policial podem ter tido suas participações no assassinato, como questiona o título do curta. O curta “O quebra-cabeça de Sara”, por outro lado, trata da questão de desentendimento e preconceito, causados pela falta de conhecimento e aceitação da diversidade sexual. O curta “Mamata”, em tom irônico e mais jocoso, trata da sucessão de acontecimentos nos últimos anos e as reações políticas e sociais que os mesmos têm causado. O curta faz sua intervenção e documenta sua indignação, em nome dos jovens desiludidos que não encontram seu lugar em seu próprio país. “Se Você Contar” recebeu o Prêmio de Melhor Documentário de Curta Metragem no 22o Festival É Tudo Verdade e o Prêmio Canal Brasil de Curtas na categoria de Melhor Documentário de Curta-Metragem da Competição Brasileira. O curta “Tentei” recebeu três Troféus Candango: melhor filme, melhor fotografia e melhor atriz no Festival de Brasília 2017. “Quem Matou Eloá?” foi considerado o melhor curta no ATLANTIDOC (Uruguai) e o melhor curta documentário no GENII Awards (EUA), além de integrar a lista dos 10+ Favoritos do Público no Kinoforum. O curta “O Quebra-Cabeça de Sara” foi o recipiente do Troféu Kikito Premio da Critica de Melhor Curta no Festival de Gramado e Premio Canal Brasil de Curtas. O curta “Mamata” ganhou dois Troféus Candango: Melhor Ator e Melhor Montagem no Festival de Brasília 2017. A seleção da Curadoria do FICBIC 2017 privilegiou os curtas mais significativos do momento atual, que exige reflexão e questionamento. Mesmo não sendo documentários, alguns dos curtas documentam a insatisfação pelos acontecimentos no cenário atual e provocam reações diversas sobre os temas abordados. As premiações recebidas atestam a validade e atualidade dos curtas. DENIZE ARAÚJO E PAULO CAMARGO CURADORES

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ABISSAL L

2016, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 17’

Partindo do projeto de pesquisar a vida de um avô que nunca conheceu, o cineasta cearense Arthur Leite começa a investigar a história da própria família. Quanto mais mergulha nela, mais se afasta da ideia original, percebendo que a personagem, na verdade, é sua avó, Rosa – que, diante de uma câmera, dispõese a fazer revelações inesperadas sobre esse passado desconhecido.

ARTHUR LEITE

Realizador cearense, 25 anos, nascido em Quixeré, formou-se em Audiovisual pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Apesar de jovem, tem um consistente trabalho na área cinematográfica. Aos 19 anos, realizou seu primeiro filme, que foi selecionado no Projeto Revelando os Brasis. O curtametragem “Mato Alto – Pedra Por Pedra” foi um dos documentários mais premiados do país no ano de 2011. Atualmente Arthur é o Coordenador de Formação Básica em Audiovisual da Escola Porto Iracema das Artes, do Instituto Dragão do Mar, em Fortaleza.

Direção e roteiro: Arthur Leite | Direção de Produção: Teta Maia | Produção Executiva: Bárbara Cariry | Direçaão de Fotografia: Daniel Pustowka | Som: Yures Viana | Montagem: Arthur Leite e Magno Guimarães | Empresa produtora: Sereia Filmes | Elenco: Rosa Alvina | Direção e roteiro: Arthur Leite | Direção de Produção: Teta Maia | Produção Executiva: Bárbara Cariry | Direção de Fotografia: Daniel Pustowka | Som: Yures Viana | Montagem: Arthur Leite e Magno Guimarães | Empresa produtora: Sereia Filmes | Elenco: Rosa Alvina | Contatos: arthurleite13@gmail.com e 85 99747-5300 40


AFRONTE 2017, HÍBRIDO, BRASIL, 16’

BRUNO VICTOR

Estudante de Audiovisual na UnB, atua como diretor de fotografia e roteirista. Sua trajetória inclui assistência e direção de fotografia em curtas universitários.

MARCUS AZEVEDO

Formado em Geografia pela UERJ e em Audiovisual pela UnB, trabalha como professor e em diversas áreas da produção cinematográfica de curtas universitários. Atualmente também produz o 1º Encontro de Cineastas e Produtoras Negras.

L

Ficção e documentário se cruzam para mostrar o processo de transformação e empoderamento de Victor Hugo, um jovem negro e gay, morador da periferia do Distrito Federal. Seu relato se mistura aos depoimentos de outros jovens, cujas histórias revelam diferentes formas de resistência, encontradas em discursos de valorização do negro gay.

Direção e roteiro: Bruno Victor e Marcus Azevedo | Direção de Produção: Renata Schelb e Juliana Melo | Direção de Fotografia: Ana Carolina Matias | Direção de Arte: Ana Júlia Melo | Som: Ana Carolina Nicolau e Martha Suzana | Montagem: Lucas Araque | Trilha sonora: Arnold Gules | Empresa produtora: Roxo Berinjela Produções | Elenco: Victor Hugo, Edileuza Penha de Souza, Eduardo Rosa, Thiago Almeida, Victor Matos, Ricardo Caldeira, Agostinho Santos, Damien Browne e Gabriel Nascimento | Contato: 61 98344-1315 41


BOCA DE FOGO L

2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 9’

Cidade de Salgueiro, sertão de Pernambuco, Brasil. Na arquibancada, o sol castiga os torcedores. No rádio, Boca de Fogo incendeia a transmissão.

LUCIANO PÉREZ FERNÁNDEZ É diretor, fotógrafo e produtor. É graduado em Jornalismo e Cinema e possui um Master em Documentário Criativo. Sua reportagem documental “Os boiasfrias do futebol”, produzida para o Canal Futura, ganhou os prêmios de melhor curta no Cinefoot e no Football Film Festival Australia. Luciano tem uma longa carreira como assistente de direção, além de dirigir vídeos musicais e webdocs para o Youtube. “Boca de Fogo”é o seu primeiro filme para o cinema.

Direção: Luciano Pérez Fernández | Roteiro: Luciano Pérez Fernández e Rodrigo Daniel | Direção de Produção: Luiz Alberto Gentile | Direção de Fotografia: Anderson Capuano | Som: Nicolau Domingues | Montagem: Rodrigo Daniel | Elenco: Didi Souza e Claudinei Santos | Contatos: facebook.com/ bocadefogoshortfilm e lucianoperezfernandez@gmail.com 42


CABELO BOM 2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 15’

SWAHILI VIDAL

“Cabelo Bom” é o primeiro filme de Swahili Vidal como diretor. Nascido em Minas Gerais, Swahili é graduado em jornalismo e trabalha com cinema desde então. Já participou de projetos de séries para a TV, longas, videoclipes, shows musicais, publicidade e grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016.

CLÁUDIA ALVES

Carioca, trabalha como produtora e diretora em webséries, seriados e documentários a exemplo de “Como Você Vê o Mundo”, da Nissan Company. Juntamente com outros dois sócios, trabalha atualmente em um projeto de série com foco no aborto. Também já participou de projetos sociais na África, o que potencializou o resultado de “Cabelo Bom”.

Como

as

mulheres

negras

são

L

pressionadas

esteticamente para que se enquadrem em padrões pré-estabelecidos?

O

documentário

de

curta-

metragem “Cabelo Bom“ propõe fazer um recorte desse universo. O filme dá voz a três personagens que expõem a relação delas e seu cabelo crespo. Elas conseguem contar suas trajetórias de vida, histórias de preconceito e nos mostrar como a autoaceitação de suas raízes, capilares, inclusive, foi e é fundamental para se afirmarem como mulheres negras num país como o Brasil.

Direção: Swahili Vidal e Cláudia Alves | Roteiro: Swahili Vidal | Direção de Produção: Swahili Vidal | Direção de Fotografia: Pedro Pipano | Direção de Arte: Marcio Sal | Som: Tony Pereira | Montagem: Bruno Régis | Trilha sonora: Manu da Cuíca e Raul Dicaprio | Empresa produtora: Coffeman Filmes e IDEOgraph | Elenco: Gabi Monteiro, Ainá Garcia e Tay Oliveira | Contatos: swahili@protonmail.com e contato@ideograph.com.br 43


FESTEJO MUITO ESPECIAL L

2006, EXPERIMENTAL, BRASIL, 8’30’’

Ensaio poético inspirado no artigo “Festejo muito pessoal” de Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977). Em seu último texto (1977), póstumo, o autor faz um balanço crítico de suas relações com o cinema brasileiro e da urgência da preservação de filmes, diante das inúmeras perdas ao longo do tempo e à margem da história. Este filme apropria-se de fragmentos de filmes brasileiros (1924-1931) do período silencioso citados por Paulo Emílio e de trechos de filmes de Jean Vigo, cineasta revelado para a história pelo crítico paulista. Na trilha sonora, músicas recolhidas pela Missão de Pesquisas Folclóricas organizada por Mário de Andrade

CARLOS ADRIANO

Cineasta, doutor em cinema pela USP, pós-doutor em artes pela PUC-SP e pós-doutor em cinema na USP. Recebeu a Bolsa Vitae de Artes, as Bolsas de Doutorado e de Pós-Doutorado da FAPESP e a Bolsa de Pós-Doutorado da CAPES PNPD. Seus filmes foram exibidos no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, e festivais em Bilbao, Bologna, Chicago, Havana, Osnabrück, Paris, Pordenone, Roterdã, Toronto, entre outros. Com Bernardo Vorobow é organizador da antologia “Julio Bressane: cinepoética” (1995) e autor do livro “Peter Kubelka: a essência do cinema” (2002).

em 1938. Filme encomendado para as comemorações do centenário de Paulo Emílio. Direção e roteiro: Carlos Adriano | Produtor delegado: Carlos Augusto Calil | Direção de fotografia, direção de arte, som, montagem e trilha sonora: Carlos Adriano | Empresa produtora: Babushka | Produtora associada: Cinemateca Brasileira / Ministério da Cultura | Elenco: Paulo Emílio Salles Gomes, Giuseppe Ungaretti, Eva Nil, Dita Parlo e Michel Simon | Contato: adriano.carlos.ca@gmail.com

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MAMATA 2017, FICÇÃO, BRASIL, 30’

MARCUS CURVELO

Diretor, roteirista e produtor, já realizou os filmes “Feio, Velho e Ruim” (2015), “Ótimo Amarelo” (2016) e “Regresso de Saturno” (2017).

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Brasil, 2017. Eu desisto.

Direção: Marcus Curvelo | Roteiro: Amanda Devulsky e Marcus Curvelo | Direção de Produção: Marcus Curvelo | Direção de Fotografia: Bianca Muniz, Carlos Baumgarten, Danilo Umbelino, Marcus Curvelo e Ramon Coutinho | Direção de Arte: Marcus Curvelo | Som: Bianca Muniz, Carlos Baumgarten, Danilo Umbelino, Marcus Curvelo e Ramon Coutinho | Montagem: Amanda Devulsky e Marcus Curvelo | Trilha sonora: Taiguara | Empresa produtora: Cual - Coletivo Urgente de Audiovisual | Elenco: Marcus Curvelo, Débora Ingrid, Carlos Baumgarten, Antônio Pereira e Filó | Contato: marcuscurvelo@gmail.com 45


O PROJETO DE MEU PAI L

2016, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 6’

Eu tenho um amigo que diz que a gente precisa desenhar uma mesma coisa mil vezes, até ela ficar do jeito que a gente acha que é.

ROSARIA

Entrou no mercado de animação aos 17 anos como animadora, storyboarder e designer de personagem para diversos estúdios do Rio de Janeiro e São Paulo em comerciais, institucionais, filmes autorais e séries de TV. Dirigiu, animou e produziu os curtas, “Tem um Dragão no meu Baú” (1′, 2005), “Menina da Chuva” (6′, 2010) e “O Projeto do meu Pai” (5’40”, 2016), todos selecionados em festivais internacionais e de todo o Brasil.

Direção, roteiro, direção de produção, direção de fotografia, direção de arte e montagem: Rosaria | Som: Rodrigo Boecker | Trilha sonora: Lenina Z | Empresa produtora: Fasfavor Desenhos Animados | Elenco: Rosaria | Contato: fasfavor.com.br

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O QUEBRA CABEÇA DE SARA 2017, DOCUMENTÁRIO, 10’30’’

ALLAN RIBEIRO

Diretor de dois longas: “Mais do que eu possa me reconhecer” (2015) e “Esse amor que nos consome” (2012). Em curtas-metragens, realizou doze produções, com destaque para “O brilho dos meus olhos” (2006), “Ensaio de Cinema” (2009), “A Dama do Peixoto” (2011) e “O Clube” (2014). Em 2016, lançou pelo Canal Brasil a série “Noturnas”, com 46 episódios.

L

Em mais um dia de trabalho, Sara junta as peças de seus preconceitos.

Direção e roteiro: Allan Ribeiro | Direção de produção: Fausto Júnior e Allan Ribeiro | Direção de fotografia, direção de arte e edição de som: Allan Ribeiro | Mixagem: Rodrigo Maia | Montagem: Allan Ribeiro | Empresa produtora: Acalante Filmes | Elenco: Sara Neves | Contato: acalantefilmes@gmail.com 47


POSTERGADOS L

2016, FICÇÃO, BRASIL, 17’

Como diria Fernando Pessoa, somos cadáveres postergados.

CAROLINA MARKOWICZ

Diretora e roteirista paulistana, co-dirigiu o curta-metragem “69-Praça da Luz”, vencedor de inúmeros festivais, exibido em mais de 20 países. Seu segundo curta, “Edifício Tatuapé Mahal”, co-dirigido com Fernanda Salloum, estreou no TIFF – Festival Internacional de Toronto. O filme foi um dos curtas mais premiados do Brasil em 2014, com mais de 15 prêmios de melhor filme e roteiro, além de ter sido exibido em mais de 200 Festivais pelo mundo. Seu terceiro curtametragem, “Postergados”, teve estreia no Festival Internacional de curtas de São Paulo e venceu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Gramado 2017. Atualmente Carolina desenvolve seu primeiro longa, “Quando Minha Vida Era a Minha Vida”, um dos projetos vencedores do Edital de Doctoring da SPCINE.

Direção e roteiro: Carolina Markowicz | Direção de Produção: Daniel Lombardi e Lara Kupzinski | Direção de Fotografia: Pepe Mendes | Direção de Arte: Vicente Saldanha | Som: Eduardo Hamerschlak | Montagem: Daniela Guimarães e Lautaro Colace | Trilha sonora: Satélite Áudio e Roberto Coelho | Empresa produtora: Yourmama | Elenco: Cesar Bordón, Mirella Pascual, Monica Villa, José Luis Arias, Abian Vainstein e Matias Singer | Contato: conteudo@yourmama.com.br 48


QUANDO OS DIAS ERAM ETERNOS 2016, FICÇÃO, BRASIL, 13’

MARCUS VINÍCIUS VASCONCELOS

Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade de São Paulo, escreveu e dirigiu seu primeiro curta-metragem em animação, “Realejo”, em 2011. Com ele, ganhou diversos prêmios no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo o prêmio de melhor curta-metragem do Festival Internacional do Rio de Janeiro. Já atuou como animador em diversos trabalhos, entre eles no filme “O menino e o mundo”, de Alê Abreu, vencedor do prêmio de melhor longa-metragem do Festival de Annecy e indicado ao Oscar de melhor animação em 2016. Atualmente é sócio, roteirista e diretor de criação do Estúdio Teremim, especializado em animações para TV e cinema.

12

Filho retorna à casa para cuidar da mãe em seus últimos dias de vida.

Direção e roteiro: Marcus Vinícius Vasconcelos | Direção de Produção: Nádia Mangolini | Direção de Arte: Marcus Vinícius Vasconcelos | Som: Ricardo Reis | Montagem: Marcio Miranda Perez | Trilha sonora: Dudu Tsuda | Empresa produtora: Estúdio Teremim | Contato: contato@estudioteremim.com.br 49


QUEM MATOU ELOÁ? 12

2016, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 24’

Em 2008, Lindemberg Alves de 22 anos invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Pimentel de 15 anos, armado, mantendo-a refém por cinco dias. O crime foi amplamente transmitido pelos canais de TV. “Quem matou Eloá?” traz uma análise crítica sobre a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, revelando um dos motivos pelo qual o Brasil é o quinto no ranking de países que mais matam mulheres.

LIVIA PEREZ

Diretora e pesquisadora, entre suas principais realizações estão o longa-metragem documentário “Lampião da Esquina” e o curtametragem “Quem Matou Eloá?”. Seu curta foi exibido em mais de 25 festivais e ganhador de 13 prêmios no Brasil e no exterior, entre eles Melhor Curta-Metragem no ATLANTIDOC (Uruguay), Melhor filme no 9º Festival de Cinema de Triunfo, Melhor Curta-metragem (Júri Jovem) no VII CahoeiraDoc, Melhor Documentário no GENII Awards da Alliance for Women in Media (E.U.A.), Melhor Filme, Roteiro e Montagem no Festival Primeiro Plano, Melhor Curta Paulista na Semana Paulistana do Curta-Metragem, além de ter sido eleito 10+ favoritos do público no 29º Festival Internacional de Curtasmetragens de São Paulo.

Direção e roteiro: Lívia Perez | Direção de Produção: Fernanda De Capua e Giovanni Francischelli | Direção de Fotografia: Cris Lyra | Direção de Arte: André Menezes | Som: Clara Cervantes | Montagem: Cristina Muller e Lívia Perez | Trilha sonora: Julia Teles | Empresa produtora: Doctela | Contato: contato@doctela.com.br 50


ROSINHA 2016, FICÇÃO, BRASIL, 14’

GUI CAMPOS

Premiado em importantes festivais como Brasília (Troféu Câmara Legislativa) e Gramado (Melhor ator), trabalhou como diretor, assistente de direção, fotógrafo e montador de diversos filmes e publicidades. Foi fotógrafo de Domingos Oliveira na cine-peça “Turbilhão”. Atua há 6 anos como assistente de Sergio Penna, um dos preparadores de elenco mais conceituados do país. Em 2016, Gui finalizou os curtas “Levino” (estreou em dezembro no Festival de Havana) e “Rosinha”, que participou da seletiva do Oscar e foi considerado por críticos como um dos 10 melhores curtas brasileiros de 2016, com mais de 30 prêmios em festivais como Gramado (Melhor Filme), Huesca – Espanha (1º prêmio do júri), Cinelatino Toulouse – França (Melhor Filme).

14

No alvorecer da existência, uma rosa desabrocha ao receber as carícias dos últimos raios do sol. Um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade, e a luta para sobrepujar as convenções sociais.

Direção e roteiro: Gui Campos | Direção de Produção: J. Procópio | Direção de Fotografia: André Miranda | Direção de Arte: Daniel Banda | Som: Chico Bororo | Montagem: Gui Campos e J. Procópio | Trilha sonora: Gui Campos | Empresa produtora: Lumiô Filmes | Elenco: Maria Alice Vergueiro, Andrade Junior e João Antonio | Contato: lumiofilmes@gmail.com 51


SE VOCÊ CONTAR 12

2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 29’

Cinco mulheres, oito histórias, o mesmo abuso. Seguindo o dispositivo do documentário “Jogo de Cena“, de Eduardo Coutinho, cinco mulheres dispõemse a contar experiências de abuso sexual. Elas narram oito histórias. Se são as próprias memórias ou relatos de vítimas que não conseguiram aparecer diante da câmera, pouco importa. Este filme é sobre todas as

ROBERTA FERNANDES

Jornalista e documentarista. Escreveu o roteiro de “Recomeços” e produziu a série de TV “Relatos Ausentes”, exibida no Canal Futura. O curta “Se você contar” é sua primeira experiência na direção, com o qual ganhou o prêmio Canal Brasil de Curtas, no Festival É Tudo Verdade 2017.

mulheres que sofreram ou ainda sofrem abuso sexual e sobre como elas querem ser ouvidas pela sociedade.

Direção: Roberta Fernandes | Roteiro: Roberta Fernandes e Rodrigo Cerqueira | Direção de Produção: Rodrigo Cerqueira | Direção de Fotografia: Rodrigo Cerqueira | Montagem: Roberta Fernandes e Rodrigo Cerqueira | Empresa produtora: Andaluz Filmes | Elenco: Caroline Ornelas, Débora Schulz, Laura Pitanga, Manuela Souza e Mariana Sant’ana | Contatos: contato@andaluzfilmes.com.br | 27 3077-2025 52


TENTEI 2017, FICÇÃO, BRASIL, 14’43’’

LAÍS MELO

Formada em comunicação social, atua como diretora de arte para cinema tendo feito alguns curtasmetragens, longas-mentragens e série para televisão. Tem iniciado a carreira como roteirista e diretora, onde seu primeiro curta, “Tentei”, teve estreia no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2017, recebendo os prêmios de melhor curta-metragem, melhor direção de fotografia e melhor atriz. Com projetos de curta, longa e série em desenvolvimento, Laís se interessa em pensar e contar a narrativa da mulher da classe trabalhadora.

14

A coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.

Direção e roteiro: Laís Melo | Direção de produção: Isabele Orengo | Direção de fotografia: Renata Corrêa | Direção de arte: Bea Gerolin | Som: Débora Opolski | Montagem: Laís Melo | Empresa produtora: Gesto de Cinema | Elenco: Patricia Saravy, Richard Rebelo, Carlos Henrique Hique Veiga e Janine Mathias | Contatos: caio@gestodecinema.com e isabele@gestodecinema.com 53


diretor homenageado JACQUES DEMY


Jacques Demy estreou no cinema de longa-metragem no início dos anos 1960 com “Lola, a Flor Proibida”. O filme traz inspirações claras da Nouvelle Vague e a atriz Anouk Aimée, que foi imortalizada por Frederico Fellini em “A Doce Vida”. Demy dirigiu outros quase vinte filmes em uma carreira de sucesso comercial e de crítica, construindo um sólido cinema formalista e encantador. Absolutamente primoroso. O cineasta, afeito ao modelo star system de se construir filmes e mitos, filmou com grandes nomes, tais como Jeanne Moreau e Catherine Deneuve. Esta última se tornou uma constante colaboradora em suas obra. “Duas Garotas Românticas”, “Os Guarda-chuvas do Amor” e “Pele de Asno” aqui exibidas são alguns dos exemplos das parcerias realizadas entre a atriz e o diretor. Autor de musicais e histórias de amor, viveu com a também cineasta Agnès Varda até morrer em 1990. Ela, inclusive, lançou em 1991 o longa “Jacquot de Nantes” sobre a vida de Demy, longa que o FICBIC exibiu na edição de 2016. O cineasta nasceu na pequena cidade de Pontchâteau, na França. Ainda na adolescência teve início a sua paixão pela cinefilia. Participou do movimento cineclubista, na cidade de Nantes, e depois ingressou na Escola de Belas Artes. Em 1949, já na capital francesa, entrou para a Escola Técnica de Fotografia e Cinematografia. Nesta homenagem, o Festival exibe cinco importantes longas de Demy, quatro deles em película 35mm. A mostra é realizada em parceria com a Embaixada da França no Brasil, Cine Maison e Institut Français. ARISTEU ARAÚJO CURADOR


LA BAIE DES ANGES

A BAÍA DOS ANJOS 14

1963, FICÇÃO, 90’, 35MM

Jerk (Claude Mann) é um banqueiro recém viciado em jogatina que decide partir para os cassinos depois de se envolver com bela Jackie (Jeanne Moreau).

Direção e roteiro: Jacques Demy | Produção: Paul-Edmond Decharme | Música: Michel Legrand | Direção de fotografia: Jean Rabier | Montagem: Anne-Marie Cotret | Direção de arte: Bernard Evein | Som: André Hervée, Gérard Manneveau e Antoine Bonfanti | Empresa produtora: Sud-Pacifique Films | Elenco: Jeanne Moreau, Claude Mann, Paul Guers, Henri Nassiet, André Certes, Nicole Chollet, Georges Alban, Conchita Parodi, Jacques Moreau, André Canter e Jean-Pierre Lorrain

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LES DEMOISELLES DE ROCHEFORT

DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS 1967, FICÇÃO, 120’, 35MM

L

Delphine (Catherine Deneuve) e Solange (Françoise Dorléac) são duas irmãs de 25 anos que vivem em Rochefort, na França. Delphine é professora de dança, enquanto Solange ensina piano. Ambas sonham em encontrar um grande amor, assim como os rapazes que chegam à cidade e passam a frequentar o bar da família.

Direção e roteiro: Jacques Demy | Produção: Mag Bodard e Gilbert de Goldschmidt | Música: Michel Legrand | Direção de fotografia: Ghislain Cloquet | Montagem: Jean Hamon | Direção de arte: Bernard Evein | Som: Jean Gaudelet e Jacques Maumont | Empresa produtora: Madeleine Films e Parc Film | Elenco: Catherine Deneuve, George Chakiris, Françoise Dorléac, Jacques Perrin, Michel Piccoli, Jacques Riberolles, Grover Dale, Geneviève Thénier, Henri Crémieux, Pamela Hart, Leslie North, Patrick Jeantet, Gene Kelly, Danielle Darrieux, René Pascal, Dorothée Blanck, Daniel Moquay, Daniel Gall, Bernard Fradet, Remy Brozek, Véronique Duval e Pierre Caden

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LOLA

LOLA, A FLOR PROIBIDA 14

1961, FICÇÃO, FRANÇA, 90’, 35MM

Em Nantes, na França, um jovem rapaz, Roland, conhece Lola, uma dançarina de cabaré. Ela também é mãe solteira e tem esperança que o pai da criança, que a abandonou durante a gravidez, retorne. Roland se apaixona por Lola e finalmente encontra um sentido para a sua vida.

Direção e roteiro: Jacques Demy | Produção: Georges de Beauregard e Carlo Ponti | Música: Michel Legrand | Direção de fotografia: Raoul Coutard | Montagem: Anne-Marie Cotret | Direção de arte: Bernard Evein | Elenco: Anouk Aimée, Marc Michel, Jacques Harden, Alan Scott, Elina Labourdette, Margo Lion, Annie Duperoux, Catherine Lutz, Corinne Marchand, Yvette Anziani, Dorothée Blanck, Isabelle Lunghini, Annick Noël, Ginette Valton, Anne Zamire, Jacques Goasguen, Babette Barbin, Jacques Lebreton, Gérard Delaroche e Carlo Nell 58


LES PARAPLUIES DE CHERBOURG

OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR 1964, FICÇÃO, 91’, 35MM

L

Cherbourg, 1957. Guy Foucher (Nino Castelnuovo) é um jovem de 20 anos que foi criado pela madrinha e trabalha como mecânico de carros. Ele é apaixonado por Geneviève Emery (Catherine Deneuve), uma adolescente de 17 anos que ajuda sua mãe viúva no negócio da família, uma loja de guarda-chuvas elegante, mas pouco lucrativa. Geneviève também o ama, mas sua mãe acha que ela é muito nova para casar e não vê como Guy pode manter uma família. Ele é convocado para o serviço militar e ela descobre estar grávida. Surge o dilema: esperar o retorno do amado ou seguir adiante?

Direção e roteiro: Jacques Demy | Produção: Mag Bodard, Gilbert de Goldschmidt e Pierre Lazareff | Música: Michel Legrand | Direção de fotografia: Jean Rabier | Montagem: Anne-Marie Cotret e Monique Teisseire | Direção de arte: Bernard Evein | Empresa produtora: Parc Film, Madeleine Films e Beta Film | Elenco: Catherine Deneuve, Nino Castelnuovo, Anne Vernon, Marc Michel, Ellen Farner, Mireille Perrey, Jean Champion, Pierre Caden, Jean-Pierre Dorat, Bernard Fradet, Michel Benoist, Philippe Dumat, Dorothée Blanck, Jane Carat, Harald Wolff, Danielle Licari, José Bartel, Christiane Legrand, Georges Blaness, Claudine Meunier e Claire Leclerc

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PEAU D’ÂNE

PELE DE ASNO L

1970, FICÇÃO, FRANÇA, 91’

Num reino distante, a rainha em seu leito de morte fez o rei prometer que só voltaria a se casar com uma mulher que fosse mais linda do que ela. Mas em todo o reino, apenas uma pessoa era dotada de tal beleza: sua própria filha. Desesperada, a princesa pede ajuda à sua fada madrinha, que a aconselha a pedir presentes de casamento cada vez mais impossíveis de se encontrar para retardar a união. A princesa consegue escapar ao seu triste destino escondida sob uma pele de asno e passa a viver numa modesta cabana na floresta como criada. Até que, um belo dia, um príncipe nota sua beleza. Baseado no conto de fadas de Charles Perrault.

Direção e roteiro: Jacques Demy | Produção: Mag Bodard | Música: Michel Legrand | Direção de fotografia: Ghislain Cloquet | Montagem: Anne-Marie Cotret | Direção de arte: Jacques Dugied | Som: André Hervée | Empresa produtora: Marianne Productions e Parc Film | Elenco: Catherine Deneuve, Jean Marais, Jacques Perrin, Micheline Presle, Delphine Seyrig, Fernand Ledoux, Henri Crémieux, Sacha Pitoëff e Pierre Repp 60



circuito clรกssico


O Festival de Cinema da Bienal de Curitiba continua, ano a ano, dedicando uma parcela significativa de suas telas para a exibição de filmes clássicos. Quando possível, sobretudo, exibindo-os em suas bitolas originais de 35mm. Em parceria com a Cinemateca de Curitiba vamos exibir três longas-metrages de seu acervo, “Ran”, de Akira Kurosawa, “Nouvelle Vague”, de Jean-Luc Godard, e “Um dia muito especial”, de Ettore Scola. O Circuito Clássico ainda trará três filmes alemães, entre eles o raro “Os assassinos estão entre nós”, de Wolfgang Staudte, que é o primeiro rodado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. O Circuito Clássico também conta com a parceria da Filmoteca do Goethe-Institut.

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HIMMEL OHNE STERNE

CÉU SEM ESTRELAS 16

1955, FICÇÃO, ALEMANHA, 108’

Uma trágica história de amor entre uma operária da Alemanha Oriental e um policial de fronteira da Alemanha Ocidental. Embora rodado na Alemanha Ocidental nos tempos da Guerra Fria, em nenhum momento este filme se coloca a serviço da guerra mas, sim, tenta encontrar a humanidade para além de qualquer ideologia.

HELMUT KÄUTNER

Nasceu em 1908 na cidade de Düsseldorf, na Alemanhã.Teve uma extensa carreira como diretor de cinema e TV, atuando ativamente entre as décadas de 1940 e 1970. Com “O Cabo de Koepenick” foi indicado Oscar de Melhor Filme estrangeiro em 1956. Morreu em 1980.

Direção e roteiro: Helmut Käutner | Produção: Harald Braun | Música: Bernhard Eichhorn | Direção de fotografia: Kurt Hasse | Montagem: Anneliese Schönnenbeck | Direção de arte: Hans Berthel e Robert Stratil | Som: Martin Müller | Empresa produtora: Neue Deutsche Filmgesellschaft (NDF) | Elenco: Erik Schumann, Eva Kotthaus, Georg Thomalla, Gustav Knuth, Camilla Spira, Erich Ponto, Lucie Höflich, Rainer Stang, Horst Buchholz, Siegfried Lowitz, Otto Wernicke, Wolfgang Neuss, Paul Bildt, Beppo Schwaiger, Joseph Offenbach, Pinkas Braun, Rolf Gottwald e Edith Hancke

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NOUVELLE VAGUE

NOUVELLE VAGUE 1990, FICÇÃO, FRANÇA, 90’, 35MM

JEAN-LUC GODARD

Um dos cineastas mais celebrados da história do cinema mundial e um dos fundadores da Nouvelle Vague, movimento que oxigenou a filmografia francesa a partir dos anos 1950. Dirigiu cerca de oitenta filmes (entre longas e curtasmetragens). Dentre seus tantos clássicos, destaque para “Acossado”, “O demônio das onze horas”, “Alphaville”, “O desprezo” e “Je vous salue, Marie”.

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Após atropelar um homem, uma condessa decide levá-lo até sua mansão e cuidar dele. Os dois acabam se tornando amantes, mas o jeito manso dele a irrita. Em uma viagem de barco, ela deixa o homem se afogar, como se não estivesse vendo, e retoma sua vida. Um tempo depois, um homem idêntico com o outro aparece e alega ser irmão dele, e que sabe do crime. Para obter o silêncio dele, a condessa oferece a direção de uma das suas empresas e se torna amante dele.

Direção e roteiro: Jean-Luc Godard | Produção: Alain Sarde | Direção de fotografia: William Lubtchansky | Montagem: Jean-Luc Godard | Direção de arte: Anne-Marie Miéville | Som: Pierre-Alain Besse, Henri Morelle, François Musy, Miguel Rejas e Willi Studer | Elenco: Alain Delon, Domiziana Giordano, Jacques Dacqmine, Christophe Odent, Roland Amstutz, Cécile Reigher, Laurence Côte, Joseph Lisbona, Véronique Müller, Joe Sheridan, Violaine Barret, Hubert Ravel, Laurence Guerre, Pascal Sablier, Brigitte Marvine, Steve Suissa, Maria Pitarresi e Laure Killing | Empresas produtoras: Sara Films e Peripheria 65


DIE MÖRDER SIND UNTER UNS

OS ASSASSINOS ESTÃO ENTRE NÓS 16

1946, FICÇÃO, ALEMANHA, 85’

Berlim, ano de 1945 – uma cidade em ruínas. Susanne Wallner, recém-saída do campo de concentração, volta para o seu antigo apartamento, agora ocupado pelo cirurgião Dr. Mertens. Os dois são obrigados a dividir a moradia. Mertens encontra Brückner, seu ex-capitão, que acreditava morto. Responsável pela execução de mais de cem civis durante a guerra, Brückner é agora um empresário de sucesso. Mertens decide fazer justiça

WOLFGANG STAUDTE

Diretor, ator, roteirista e produtor de cinema. Seu trabalho mais significativo acontece nos primeiros dez anos após a Segunda Guerra Mundial. Nesse período o cineasta trabalhou junto à DEFA, na Alemanha Oriental. Seu filme mais célebre é o “Os assassinos estão entre nós”. A partir dos anos 1970 passou a se dedicar à televisão.

com as próprias mãos. Foi o primeiro filme realizado na Alemanhã após a Segunda Guerra Mundial.

Direção: Wolfgang Staudte | Roteiro: Eberhard Keindorff, Johanna Sibelius, Fritz Staudte e Wolfgang Staudte | Música: Ernst Roters | Direção de fotografia: Friedl Behn-Grund e Eugen Klagemann | Montagem: Hans Heinrich | Direção de arte: Otto Hunte, Bruno Monden e Alfred Schulz | Som: Klaus Jungk | Empresa produtora: Deutsche Film (DEFA) | Elenco: Hildegard Knef, Elly Burgmer, Erna Sellmer, Hilde Adolphi, Marlise Ludwig, Ursula Krieg, Arno Paulsen, Wilhelm Borchert, Robert Forsch, Albert Johannes, Wolfgang Dohnberg e Ernst Stahl-Nachbaur

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RAN 1985, FICÇÃO, JAPÃO, 142’, 35MM

AKIRA KUROSAWA

O diretor é até hoje lembrado como o mais ocidental dos cineastas japonês. O título, contudo, não lhe traz qualquer demérito frente a sua obra. Autor de dezenas de filmes, entre eles clássicos como “Ran”, “Trono manchado de sangue”, “Rashomon” e “Sonhos”, Kurosawa é dono de uma cinematografia coesa e incontornável. Em 1989 foi premiado com o Óscar pelo conjunto de sua obra e segue sendo uma das maiores influências entre cineastas de todo o mundo. Morreu em 23 de março de 1910.

14

Japão, século XVI. Hidetora (Tatsuya Nakadai), o poderoso chefe do clã dos Ichimonjis, decide dividir seus bens entre os três filhos: Taro Takatora (Akira Terao), Jiro Masatora (Jinpachi Nezu) e Saburu Naotora (Daisuke Ryu). Com o primeiro fica a chefia do feudo, as terras e a cavalaria. Os outros dois ficam com alguns castelos, terras e o dever de ajudar e obedecer Taro. Saburu, prevendo as desgraças que viriam, se mostra contrário à decisão paterna. Expulso do feudo, acaba sendo acolhido por Nobuhiro Fujimaki (Hitoshi Ueki), de quem se torna genro. Hidetora vai ao seu antigo castelo, que agora é de Taro, e não é bem recebido. O mesmo acontece ao visitar Jiro e, isolado em seu ex-império, Hidetora se aproxima da insanidade.

Direção: Akira Kurosawa | Roteiro: Akira Kurosawa, Hideo Oguni e Masato Ide | Música: Tôru Takemitsu | Direção de fotografia: Asakazu Nakai, Takao Saitô e Shôji Ueda | Montagem: Akira Kurosawa | Direção de arte: Shinobu Muraki e Yoshirô Muraki | Som: Claude Villand, Fumio Yanoguchi e Shôtarô Yoshida | Empresas produtoras: Greenwich Film Productions, Herald Ace e Nippon Herald Films | Elenco: Tatsuya Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu, Daisuke Ryû, Mieko Harada, Yoshiko Miyazaki, Hisashi Igawa, Pîtâ, Masayuki Yui, Kazuo Katô, Norio Matsui, Toshiya Ito, Kenji Kodama, Takashi Watanabe, Mansai Nomura, Takeshi Katô, Jun Tazaki e Hitoshi Ueki 67


UNA GIORNATA PARTICOLARE

UM DIA MUITO ESPECIAL 18

1977, FICÇÃO, ITÁLIA, 106’, 35MM

Roma, 6 de maio de 1938. Benito Mussolini e Adolf Hitler se encontraram para selar a união política que, no ano seguinte, levaria o mundo à 2ª Guerra Mundial. Praticamente toda a população vai ver este acontecimento, inclusive o marido fascista de Antonietta (Sophia Loren), uma solitária dona de casa que conhece acidentalmente Gabriele (Marcello Mastroianni), seu vizinho, quando seu pássaro de estimação foge e ela o encontra pousado na janela do vizinho. Antonietta nunca falara com Gabrielle, que tinha sido demitido recentemente da rádio onde trabalhava por

ETTORE SCOLA

foi um dos últimos grandes mestres do cinema. Ele morreu em 2016 aos 83 anos. Embora o cineasta tenha começado a trabalhar com cinema ainda nos anos 1950, apenas em 1964 é que dirigiu seu primeiro filme, “Fala-se de Mulheres”. É dele obras primas como “Feios, sujos e malvados”, “Um dia muito especial”, “O baile” e “Nós que nos amávamos tanto”, seu maior sucesso.

ser homossexual. Ela, por sua vez, era uma esposa infeliz e insegura pelo fato de não ter uma formação profissional. Gradativamente os dois desenvolvem um tipo muito especial de amizade. Direção: Ettore Scola | Roteiro: Ruggero Maccari e Ettore Scola | Produção: Carlo Ponti | Música: Armando Trovajoli | Direção de fotografia: Pasqualino De Santis | Montagem: Raimondo Crociani | Direção de arte: Luciano Ricceri | Som: Franco Bassi e Carlo Palmieri | Elenco: Sophia Loren, Marcello Mastroianni, John Vernon, Françoise Berd, Patrizia Basso, Tiziano De Persio, Maurizio Di Paolantonio, Antonio Garibaldi, Vittorio Guerrieri, Alessandra Mussolini e Nicole Magny | Empresas produtoras: Compagnia Cinematografica Champion e Canafox Films

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AGUIRRE, DER ZORN GOTTES

AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES 1972, FICÇÃO, ALEMANHA, 95’

WERNER HERZOG

Um dos mais importantes cineastas alemães. Fez parte do movimento conhecido como Novo Cinema Alemão, ao lado de nomes como Wim Wenders e Rainer Werner Fassbinder. Prolífico, já dirigiu dezenas de obras, dentre elas muitos documentários. Destaque para “O Enigma de Kaspar Hauser” (1974), “Coração de Cristal” (1976), “Fitzcarraldo” (1982), entre muitas outras.

16

No século 16, um grupo de exploradores espanhóis faz uma viagem pela Amazônia peruana em busca do Eldorado. Liderados pelo nobre Pedro de Ursua, os integrantes passam a ser aterrorizados por Aguirre que tenta assumir o comando.

Direção e roteiro: Werner Herzog | Produção: Werner Herzog e Hans Prescher | Música: Popol Vuh | Direção de fotografia: Thomas Mauch | Montaem: Beate Mainka-Jellinghaus | Som: Herbert Prasch | Empresa produtora: Werner Herzog Filmproduktion | Elenco: Klaus Kinski, Helena Rojo, Del Negro, Ruy Guerra, Peter Berling, Cecilia Rivera, Daniel Ades, Edward Roland, Alexandra Cheves, Armando Polanah e Daniel Farfán

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circuito mundial


circuito australiano AUSTRÁLIA FORA DA CAIXA Longe dos esteriótipos, conheça uma Austrália que poucos já viram! Paisagens pitorescas e cores vibrantes revelam um país com tanta diversidade quanto se pode ter. Lar da cultura viva mais antiga do mundo, com mais de 40mil anos de história, hoje a Austrália é casa para uma população que conta mais de 20% de imigrantes ou filhos de imigrantes, formando uma cultura contemporânia diversa e extremamente rica. Na Mostra de Filmes da Austrália do Festival de Cinema da Bienal de Curitiba, a Embaixada da Austrália traz um pouco dessa diversidade cultural, social, geográfica e mesmo cinematográfica da Austrália para o Brasil, em uma viagem colorida por títulos aclamados internacionalmente que vão desde comédias leves a dramas com alta carga psicológica. São 8 títulos instigantes para quem quem conhecer uma Austrália fora da caixa! Alison Musgrove, Curadora e Produtora Mariana Luz, Oficial de Mídia e RP Seleção e oferecimento dos filmes: Embaixada da Austrália


THE DRESSMAKER

A VINGANÇA ESTÁ NA MODA 14

2015, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 119’

Na década de 1950, na Austrália, a talentosa costureira Tilly regressa à sua cidade natal para tentar se reconciliar com a mãe e se vingar de algumas pessoas do seu passado. Mas uma paixão inesperada cruza o seu caminho.

JOCELYN MOORHOUSE

Nasceu em Melbourne, na Austrália. Seus filmes mais conhecidos são “A Vingança Está na Moda” (2015), “A Prova” (1991) e “Colcha de Retalhos” (1995). Recebeu uma menção em Cannes e o prêmio da crítica do Festival de São Paulo pelo longa “A Prova”.

Direção: Jocelyn Moorhouse | Roteiro: P.J. Hogan e Jocelyn Moorhouse | Produção: Sue Maslin | Música: David Hirschfelder | Direção de fotografia: Donald McAlpine | Direção de fotografia: Jill Bilcock | Direção de arte: Roger Ford | Empresas produtoras: Screen Australia, Film Art Media e White Hot Productions | Elenco: Kate Winslet, Judy Davis, Liam Hemsworth, Hugo Weaving, Julia Blake, Shane Bourne, Kerry Fox, Rebecca Gibney, Caroline Goodall, Gyton Grantley, Tracy Harvey, Sacha Horler, Shane Jacobson, Geneviève Lemon, James Mackay, Hayley Magnus, Simon Maiden, Terry Norris, Barry Otto, Rory Potter, Sarah Snook, Alison Whyte, Darcey Wilson, Mark Leonard Winter e Amanda Woodhams 72


ANIMAL KINGDOM

REINO ANIMAL 2010, FICÇÃO, 113’

DAVID MICHÔD

Com cinco longas-metragens no currículos, além diversos roteiros, entre suas obras mais conhecidas estão “Reino animal” e “A caçada”. É ainda produtor e ator.

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Um jovem de 17 anos tenta sobreviver entre uma familia explosiva e um detetive que pensa que pode salvá-lo.

Direção e roteiro: David Michôd | Produção: Liz Watts | Música: Antony Partos | Direção de fotografia: Adam Arkapaw | Montagem: Luke Doolan | Direção de arte: Josephine Ford | Som: Sam Petty | Empresas produtoras: Porchlight Films e Screen Australia | Elenco: James Frecheville, Bryce Lindemann, Paul Smits, Jacki Weaver, Joel Edgerton, Luke Ford, Sullivan Stapleton, Mirrah Foulkes, Anthony Ahern, Justin Rosniak, Michael Vice, Chris Weir, Laura Wheelwright, Sarah Nguyen, Lucia Cai, Ben Mendelsohn, Ann Michôd, Susan Prior, Clayton Jacobson, Tim Phillipps e Josh Helman 73


MAKE HUMMUS NOT WAR

FAÇA HOMUS NÃO FAÇA GUERRA L

2012, DOCUMENTÁRIO, AUSTRÁLIA, 77’

O cineasta Trevor Graham é um “trágico do homus” australiano. Toda semana, em sua casa de Bondi Beach, ele observa o ritual de fazer homus, amendoar grãode-bico, suco de limão, alho e tahine. Mas quando a Guerra do Homus eclodiu em 2008, entre os suspeitos habituais, Israel, Líbano e Palestina, Graham estava

TREVOR GRAHAM

O cineasta realizou diversas obras, entre elas “Monsieur Mayonnaise” (2012), “Make Hummus Not War” (2011), “A Royal Romance” (2005), “Hula Girls” (2000), “Tosca: A Tale of Love and Torture” (1997), “Mabo: Life of an Island Man” (1997) e “Mystique of the Pearl” (1994).

com fome de mais. Mas essa guerra não tem soldados, balas ou tanques. Apenas grão-de-bico e homus. “Make Hummus Not War” é uma homenagem humorística ao prato mais distinto do grão-de-bico. Mas há uma história pessoal, como Graham se tornou um trágico do homus, um pai que serviu na Palestina durante a Segunda Guerra Mundial e dois amantes em sua vida, um sírio e um judeu com quem compartilhou uma grande paixão culinária. Direção e roteiro: Trevor Graham | Direção de produção: Ned Lander, Andrew Myer e Rob Wellington | Direção de fotografia: Jenni Meaney | Direção de arte: Trevor Graham | Som: David Bridie | Montagem: Denise Haslem | Trilha sonora: David Bridie | Elenco: Trevor Graham 74


RABIT-PROOF FENCE

GERAÇÃO ROUBADA 2002, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 94’

PHILLIP NOYCE

Em 1977 estreou no longametragem com “Backroads”. O seu primeiro grande sucesso foi “Terror a bordo”, de 1989, com Nicole Kidman, Sam Neill e Billy Zane. Foi para Hollywood e filmou “Fúria Cega” no mesmo ano. Realizou ainda diversas outras obras de sucesso como “Jogos patriótico” (1992), “Invasão de privacidade” (1993) e “O colecionador de ossos” (1999).

L

Em 1931, três garotas aborígenes que são tomadas de suas respectivas famílias e treinadas como empregadas, seguindo a política oficial do governo australiano, conseguem fugir e viajam quase 2500 quilômetros para voltar para casa.

Direção: Phillip Noyce | Roteiro: Christine Olsen | Produção: Phillip Noyce, Christine Olsen e John Winter | Música: Peter Gabriel | Direção de fotografia: Christopher Doyle | Montagem: Veronika Jenet e John Scott | Direção de arte: Roger Ford | Empresas produtoras: Rumbalara Films, Australian Film Finance Corporation (AFFC), Olsen Levy e Showtime Australia | Elenco: Everlyn Sampi, Tianna Sansbury, Laura Monaghan, David Gulpilil, Ningali Lawford, Myarn Lawford, Deborah Mailman, Jason Clarke, Kenneth Branagh, Natasha Wanganeen, Garry McDonald, Roy Billing, Lorna Lesley, Celine O’Leary, Kate Roberts, Tracy Monaghan e Tamara Flanagan 75


THE WATER DIVINER

PROMESSAS DE GUERRA 12

2014, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 111’

Joshua Connor (Russell Crowe) perdeu seus três filhos na batalha de Galípoli, em 1919. Após a morte da mãe deles, Joshua promete que irá enterrá-la ao lado dos filhos. Desta forma, ele viaja até a Turquia decidido a recuperar os corpos deles, para que possa enterrá-los em sua terra natal. Por mais que o país esteja agora em paz, devido à derrota dos turcos para os ingleses, Joshua enfrenta muitas dificuldades para chegar

RUSSELL CROWE

É um premiado ator e produtor de cinema neozelandês. Depois do sucesso inicial na Austrália, onde sua família mora desde sua infância, tornou-se um ator de Hollywood no meio da década de 1990. Recebeu 3 nomeações para o Oscar de melhor ator pelos filmes “O Informante” (1999), “Gladiador” (2000) e “Uma Mente Brilhante”. Ganhou o Oscar por “Gladiador”.

ao campo de batalha onde eles teriam morrido. Ele recebe então a ajuda de Ayshe (Olga Kurylenko), uma mulher que está à espera do marido, enviado para a guerra, e de seu filho, o pequeno Orhan (Dylan Georgiades).

Direçãor: Russell Crowe | Roteiro: Andrew Knight e Andrew Anastasios | Elenco: Russell Crowe, Olga Kurylenk e Jai Courtney 76


SHINE

SHINE: BRILHANTE 1996, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 105’

ROBERT HICKS

Já dirigiu dezenas de filmes e teve seu longa-metragem “Shine” nomeado a dois Oscars em 1996, o de Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Se formou na Universidade de Flinders na Austrália Meridional em 1975. Nasceu no Leste da África, em Unganda.

12

História verídica do menino prodígio David Helfgott, levado ao desequilíbrio mental pela rejeição de seu pai e a pressão para que seus concertos fossem perfeitos, e como ele voltou a dividir seu talento com o mundo graças ao amor de sua mulher.

Direção: Scott Hicks | Roteiro: Jan Sardi | Produção: Jane Scott | Música: David Hirschfelder | Direção de fotografia: Geoffrey Simpson | Montagem: Pip Karmel | Direção de arte: Vicki Niehus | Som: Toivo Lember e Roger Savage | Empresas produtoras: Australian Film Finance Corporation (AFFC), Film Victoria e The South Australian Film Corporation | Elenco: Geoffrey Rush, Justin Braine, Sonia Todd, Chris Haywood, Alex Rafalowicz, Gordon Poole, Armin Mueller-Stahl, Nicholas Bell, Danielle Cox, Rebecca Gooden, Marta Kaczmarek, John Cousins, Noah Taylor, Paul Linkson, Randall Berger, Ian Welbourne, Kelly Bottrill, Beverley Vaughan, Phyllis Burford, Daphne Grey, Edwin Hodgeman, Googie Withers, Maria Dafnero, Reis Porter, Stephen Sheehan e Brenton Whittle 77


ORANGES AND SUNSHINE

LARANJAS E SOL 2010, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 105’

Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Margaret Humphreys, uma assistente social do Reino Unido responsável por descobrir um dos maiores esquemas de tráfico infantil da Europa, envolvendo o governo da Grã-Bretanha, que deportava crianças pobres de maneira forçada para países como a Austrália e o Canadá.

JIM LOACH

Nasceu em Londres e estudou filosofia na University College, pretendendo seguir carreira no jornalismo. Ingressou na BBC, onde trabalhou como pesquisador para Sue Lawley e Robinson Anne. Loach começou a dirigir filmes em 1996, enquanto trabalhava no programa Granada TV. Dirigiu vários episódios de Coronation Street, em 2000, e posteriormente episódios de Footballers’ Wives, Bad Girls, Waterloo Road, Shameless, HolbyBlue e Hotel Babylon. Seu primeiro longa-metragem foi Oranges and Sunshine.

Direção: Jim Loach | Roteiro: Rona Munro e Margaret Humphreys | Elenco: Emily Watson, Aisling Loftus e Stuart Wolfenden 78


STICTLY BALLROOM

VEM DANÇAR COMIGO 1992, FICÇÃO, AUSTRÁLIA, 94’

BAZ LUHRMANN

Diretor, roteirista e produtor, tem na carreira diversos filmes de sucesso como “Romeu + Julieta” (1996), “Moulin Roube” (2001) e “O grande Gatsby” (2013). Recentemente realizou duas temporadas da série “The Get Down” para a Netflix.

L

Strictly Ballroom é uma comédia romântica. O filme conta a história de um bailarino australiano, Scott Hastings (Paul Mercurio) e sua luta para estabelecer um estilo pessoal de dança no caminho para ganhar o Campeonato Pan-Pacific Grand Prix. Os passos de Scott não são estritamente de salão de baile.

Direção: Baz Luhrmann | Roteiro: Baz Luhrmann, Andrew Bovell e Craig Pearce | Produção: Tristram Miall | Música: David Hirschfelder | Direção de fotografia: Steve Mason | Montagem: Jill Bilcock | Direção de arte: Catherine Martin | Som: Michael Costa e Ben Osmo | Empresas produtoras: M & A, Australian Film Finance Corporation (AFFC) e Beyond Films | Elenco: Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter, Pat Thomson, Gia Carides, Peter Whitford, Barry Otto, John Hannan, Sonia Kruger, Kris McQuade, Pip Mushin e Leonie Page 79


circuito chinês Com o propósito de apresentar ao público brasileiro um cinema que ainda é pouco conhecido pelo grande público, o Circuito Chinês traz filmes que apresentam um recorte da produção cinematográfica realizada pelo país no ano passado. O cinema chinês passa por uma ótima fase, está se desenvolvendo e o mercado florescendo. No aspecto tecnológico, a qualidade crescente dos equipamentos traz resultados palpáveis e dá asas à imaginação artística. Os gêneros estão cada vez mais diversificados e atendem à diferentes demandas e gostos do público, com destaques a comédia, fantasia e animação. Novas gerações de cineastas estão sendo formadas, apresentando produções autorais de características distintas. O Circuito Chinês do Festival de Cinema da Bienal de Curitiba tem parceria com a Embaixada da China no Brasil. São apresentados nove filmes para quem quiser conhecer mais sobre esta grandiosa indústria cinematográfica.

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熊出没之熊心归来

BOONIE BEARS III 2016, FICÇÃO, CHINA, 99’

L

Este é o terceiro episódio de Bonnie Bears. Todos os anos, para evitar deslizamentos de terra, Briar assumia a liderança para fazer trabalhos de reparação na barragem da Black Bear Peak Forest com os outros animais. Mas a preguiça e a lentidão dos outros animais decepciona Briar e eles têm uma grande briga. Quando uma tempestade chega de repente, a represa colapsa e Briar foge de seu “lar” com raiva. Logo depois, um deslizamento de terra desastroso atinge Briar. Quando ele acorda, ele se vê dentro de uma barraca de circo surrada. Como foi resgatado pela trupe, Briar é pressionado a ficar e assim se torna artista de circo. Enquanto isso, os outros animais da floresta estão sumindo misteriosamente um após o outro e os segredos sombrios que estão atrás da lona do circo começam a aparecer. O que Briar fará? Ele evitará todos os problemas e continuará a aproveitar sua fama recémdescoberta, ou ele enfrentará a música e lutará pela amizade e pela liberdade? DIREÇÃO: DING LIANG E LIN YONGCHANG

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从你的全世界路过

I BELONGED TO YOU FICÇÃO, CHINA, 131’

Chen Mo (Deng Chao) é conhecido como o cara mais mal encarado da cidade. Todos os dias ele briga com Xiaorong (Du Juan), o melhor DJ na estação de rádio. Ninguém sabe por que os dois se odeiam tão profundamente. Chen Mo e seus dois bons amigos, isto é, Pig Head (Yue Yunpeng), o cara mais tolo da cidade, e Mao Shiba (Yang Yang), o cara mais raso da cidade, vivem suas vidas à sua maneira, mas depois eles enfrentam um grande ponto de virada: Chen Mo conhece o mais místico Yao Ji (Zhang Tianai), Pig Head dá a pior festa, Mao Shiba passa pela despedida mais triste de todas. A vida dessas pessoas colapsa gradualmente e histórias passadas são reveladas. Sonhos, amor e amizade desaparecem... DIREÇÃO: ZHANG YIBAI

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冰河追凶

LOST IN WHITE 2016, FICÇÃO, CHINA, 101’

Durante o inverno, um homem não identificado é encontrado morto em um rio gelado de uma vila ao nordeste da China. O policial experiente Zhou Peng e a policial Wu Xue trabalham no caso. Em exames forense são revelados resquícios de produtos químicos estranhos no estômago das vítimas e isso detém a atenção de Zhou Peng. Depois, é encontrado outro corpo masculino não identificado no rio, o que torna o caso ainda mais surpreendente. Ao mesmo tempo, o jovem policial Wang Hao está investigando um caso de sequestro orquestrado em Xangai. DIREÇÃO: XU WEI

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夏威夷之恋

PALI ROAD L

2016, FICÇÃO, CHINA, 99’

O filme conta uma história romântica e misteriosa, repleta pelo amor após a morte de um casal de amantes modernos e das várias experiências da heroína sobre sua vida no exterior. Lily, interpretada por Michele Chen, é médica residente em um hospital no Havaí, EUA. Ela precisa aguentar muita pressão e trabalha intensamente durante dez horas todos os dias para atender às demandas rigorosas de seu supervisor Dr. Mitch Kayne (Sung Kang). Um dia, Lily encontra Neil, um jovem professor de escola primária (Jackson Ratbone) e logo eles se apaixonam um pelo outro. DIREÇÃO: JONATHAN HUA LANG LIM

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一句顶一万句

SOMEONE TO TALK TO 2016, FICÇÃO, CHINA, 110’

Niu Aiguo é um sapateiro que vive no interior. Ele descobre que sua esposa o trai com o dono de uma loja de vestidos de casamento, o Sr. Jiang. Ele os investiga e pega sua esposa no ato, mas ainda assim não está preparado para se divorciar. Ao longo do processo, ele sente uma mistura de raiva, calma e alívio. Quando ele está prestes a se perder, Niu Aiguo descobre que ninguém se importa com sua situação. Mesmo seu amigo do exército e sua irmã mais velha não conseguem simpatizar com sua desesperança e vergonha, eles só dizem para que ele supere seus problemas. DIREÇÃO: LIU YULIN

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惊天大逆转

TIK TOK 2016, FICÇÃO, CHINA, 108’

Enquanto o psicólogo Yang Xi (Lang Yueting) está em residência acadêmica em Seul, ele toma o chinês Guo Zhida (Wallace Chung), que foi desfigurado por queimaduras, como paciente de psicologia pós-traumática. Guo Zhida foi confiado a Yang Xi por seu irmão mais novo, Guo Zhihua (Wallace Chung). Ao longo do processo de aconselhamento, Yang Xi descobre que Gao Zhidao, vestindo máscaras, parece estar escondendo um plano perigoso. Neste momento, um jogo de futebol entre a ROK e a China está sendo realizado em Seul. No momento do jogo, um jogador do time chinês descobre que sua noiva foi seqüestrada por alguém misterioso e, que se ele quiser salvá-la, ele deve ganhar o jogo! Depois que o caso é relatado à polícia coreana, o líder do serviço secreto Jiang Chenjun (Lee Jung-jae) identifica imediatamente Guo Zhida como suspeito. DIREÇÃO: LI JUN

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盛先生的花儿

THE SONG OF COTTON 2016, FICÇÃO, CHINA, 91’

A história do filme é sobre uma mulher chamada Mianhua (“Cotton”) que chegou a Pequim há quase dez anos para trabalhar. Ela assume um trabalho que nunca fez antes - cuidando de um ex-boxeador idoso mal-humorado que sofre de Alzheimer. O filho dele e de sua segunda esposa vive no exterior e não mostra preocupações. Sua filha com sua ex-esposa contrata Mianhua para cuidar dele, mas ela despreza e desconfie de babás, afirmando que “são enganosas, abusam e se aproveitam dos idosos”. Para sua surpresa, seu pai e Mianhua se aproximam cada dia que passa, logo abaixo de seu próprio teto. O homem começa a ver Mianhua como sua ex-esposa, por quem ele ainda tem sentimentos. De repente, Mianhua inesperadamente engravida... DIREÇÃO: ZHU YUANCHENG

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谁的青春不迷茫

YESTERDAY ONCE MORE 2016, FICÇÃO, CHINA, 108’

Lin Tianjiao (Guo Shutong), que sempre foi a garota mais popular da escola, pega um resfriado durante um exame importante que rende pontos extras na prova de admissão da faculdade. Em desespero, ela decide passar no exame colando, mas colar não é tão fácil quanto ela pensa. O plano de Lin Tianjiao para colar falha e ela é vista por Gao Xiang. Gao Xiang, por sua vez, decide tomar a culpa de Lin Tianjiao. Lin Tianjiao não percebe que sua vida muda de marcha de repente. Ela teve nojo de Gao Xiang pela maior parte de sua vida estudantil, e agora está inexplicavelmente ligada a ele. Não é que eles estejam atraídos um pelo outro, mas eles percebem que certas preferências durante a juventude não derivam de sentimentos verdadeiros, mas sim do medo das opiniões de outras pessoas, do medo de se tornar alguém diferente de outros, do medo de que alguém descubra seus pensamentos e sentimentos mais íntimos, e do medo de não perceber o que está por vir. Durante este processo, os dois tentam se afastar, e Lin Tianjiao jura que nunca cederá. DIREÇÃO: YOYO YAO

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大唐玄奘

XUAN ZANG 2016, FICÇÃO, CHINA, 120’

No terceiro ano do período Zhenguan da Dinastia Tang (629 dC), o monge Xuanzang, de 27 anos, decidiu viajar para a Índia, a terra de Buda, e buscar escrituras budistas originais. Como o imperador não permitia viajar, seus colegas viajantes recusaram-se a ir e Xuanzang teve que fazer sua jornada sozinho. Ele viajou continuamente para o oeste, atravessando montanhas, rios e desertos, encontrando uma série de dificuldades e perigos até encontrar seu caminho através de passagens difíceis. Xuanzang completou sua grande jornada e finalmente alcançou a terra sagrada budista de Nalanda. Ele passa cinco anos em Nalanda estudando dharma sob a tutela de Shilabhadra. Depois disso, ele percorre a Índia e continuou sua meditação. Harsha realiza um debate sobre a escritura budista em Kannauj, onde Xuanzang discute a escritura e permite que outros façam perguntas, mas ninguém consegue desconcertá-lo. Esta torna-se uma história muito contada sobre colisões e trocas religiosas, culturais e ideológicas. No ano 19 dos período de Zhenguan (645 AD), a persistência de Xuanzang em superar suas dificuldades foi notável e ajudou o Budismo a ser transmitido ao longo dos tempos e se desenvolver em um nível mais alto. DIREÇÃO: HUO JIANQI

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circuito espanhol VICENTE ARANDA Vicente Aranda é um diretor essencial para entender o cinema espanhol na transição democrática e em sua consolidação. Sem dúvida, Aranda conseguiu realizar um cinema com um estilo próprio, levando em conta suas próprias historias. “Fata Morgana”, de 1966, é o seu primeiro filme solo e é apontado como o precursor da Escola de Barcelona, um importante movimento do cinema espanhol. Realizou cerca de trinta filmes, tendo ao longo da carreira várias fases autorais. O diretor se dedicou ao cinema negro filmando obras como “Fanny Pelopaja” (1984) e “Assassinato no comitê central” (1982). Atuou ainda fazendo adaptações literárias de textos de Juan Marsé, Luis Martín Santos, Andreu Martín, Antonio Gala, entre outros. No entanto, é no cinema de guerra que Aranda alcança seu ápice. São exemplos “Libertárias” (1996) e “Amantes” (1991), o seu maior sucesso. O filme conseguiu o prêmio Goya na categoria de Melhor Filme e de Melhor Diretor, além do Urso de Prata para Victoria Abril no Festival de Berlim. O cineasta morreu em 2015 aos 88 anos.

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ASESINATO EN EL COMITÉ CENTRAL

ASSASSINATO NO COMITÊ CENTRAL 1981, FICÇÃO, ESPANHA, 110’

Quando o secretário geral do Partido Comunista da Espanha (PCE) é assassinado em Madri, o detetive Carvalho é contratado pelo próprio partido para a investigação. Por outro lado, o governo contrata outro investigador, Fonseca, um anticomunista. Carvalho chega a Barcelona para inteirar-se do caso, quando conhece Carmela, uma militante que foi designada pelo partido como sua chofer e ajudante. Carvalho e Fonseca se reúnem para trocar ideias sobre o caso, mas não conseguem ter um bom relacionamento. Durante o regime Franquista, Fonseca perseguiu militantes de esquerda como Carvalho.

Direção e roteiro: Vicente Aranda | Direção de fotografia: José Luis Alcaine | Direção de arte: Carlos Durán | Música: Manuel Camps | Montagem: Teresa Font | Empresas produtoras: Morgana, Lolafilms e Acuarius | Elenco: Patxi Andión, Victoria Abril, Héctor Alterio, Conrado San Martín, José Vivó, Miguel Rellán, José Cerro e José Carlos Plaza

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FATA MORGANA

FATA MORGANA L

1966, FICÇÃO, ESPANHA, 84’

Thriller futurista produzido numa Barcelona deserta, repleta de assassinos em série e onde as vítimas se sentem fatalmente atraídas por eles.

Direção: Vicente Aranda | Roteiro: Vicente Aranda e Gonzalo Suárez | Direção de fotografia: Aurelio G. Larraya | Direção de arte: Manuel Muñiz | Música: Antonio Perez Olea | Montagem: Emilio Rodríguez | Empresa produtora: Filmes Internacionais | Elenco: Teresa Gimpera, Marianne Benet, Marcos Martin, Alberto Dalbes, Antonio Ferrandis e Antonio Casas 92


LIBERTARIAS

LIBERDADE 1996, FICÇÃO, ESPANHA, 124’

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A Guerra Civil Espanhola vista por um grupo de milicianas anarquistas. Em 18 de julho de 1936 o exército espanhol se rebelou contra o Governo da República, um grupo de mulheres reivindicaram seus direitos de lutar na frente. Em nome da liberdade, as mulheres lutaram a sua própria batalha para se igualar com os homens na luta armada.

Direção: Vicente Aranda | Roteiro: Vicente Aranda e Antonio Rabinad | Direção de fotografia: José Luis Alcaine | Direção de arte: Josep Rossell | Música: José Nieto | Montagem: Teresa Font | Empresas produtoras: Sogetel e Lolafilms | Elenco: Ariadna Gil, Victoria Abril, Ana Belén, Jorge Sanz, Loles León, Miguel Bosé, Laura Maña, Blanca Apilánez, Azucena De La Fuente, José Sancho, Yäel Be, María Galiana, Antonio Dechent, Manuel de Blas, Joan Crosas, Alex Cox, Claudia Gravi, Paco Bas, Patricia Vico e María Pujalte 93


AMANTES

OS AMANTES 18

1991, FICÇÃO, ESPANHA, 103’

Paco é um jovem que acabou de terminar seu serviço militar e decidiu se estabelecer na capital. Ele planeja se casar com sua namorada Trini, mas outra mulher, uma viúva atraente chamada Luisa que alugou uma casa cruza o seu caminho. Obcecado por sua amante, Paco se afastar cada vez mais de sua namorada, assim tendo a difícil decisão de escolher uma das duas.

Direção: Vicente Aranda | Roteiro: Vicente Aranda, Carlos Pérez Merinero e Álvaro del Amo | Produção: Pedro Costa | Direção de fotografia: José Luis Alcaine | Direção de arte: Josep Rosell | Música: José Nieto | Montagem: Teresa Font | Elenco: Jorge Sanz, Victoria Abril, Maribel Verdú, Enrique Cerro, Mabel Escaño, Alicia Agut, José Cerro, Gabriel Latorre e Saturnino Garcia 94


TIEMPO DE SILENCIO

TEMPO DE SILÊNCIO 1986, FICÇÃO, ESPANHA, 111’

Na Madri dos anos 1940, Pedro é um médico jovem que trabalha num centro oficial de pesquisa sobre o câncer utilizando cobaias procedentes da América do Norte. Quando fica sem os coelhinhos da Índia, o zelador do centro o aconselha a recorrer a “El Muecas”, um amigo seu que criou um casal de cobaias com o fim de vendê-las.

Direção: Vicente Aranda | Roteiro: Vicente Aranda e Antonio Rabinad | Direção de fotografia: Juan Amorós | Direção de arte: Josep Rosell | Música: Francisco Alonso | Montagem: Teresa Font | Empresas produtoras: Lolafilms e Morgana Films | Elenco: Imanol Arias, Victoria Abril, Charo López, Francisco Rabal, Juan Echanove, Francisco Algora, Joaquín Hinojosa, Diana Peñalver e Queta Claver 95


circuito espanhol FILMES EXPERIMENTAIS Crater-Lab apresenta um programa de filmes experimentais realizados por autores espanhóis que exploram o meio cinematográfico através de técnicas e procedimento não convencionais, gerando relação entre formatos analógicos e digitais. Uma seleção que coloca o foco no valor da experimentação, revelando a força de peças que propõem ao telespectador uma visão singular, quebrada, evocativa e implicitamente desconstrutiva. Filmes que deixam claro múltiplos métodos e marcos de composição cinematográfica, transfigurando-se entre a fragmentação da imagem ou sua repetição, o tratamento da matéria fílmica, o uso de diferente suportes, a apropriação, a montagem e desmontagem, a intermitência ou também o tempo de contemplação de um frame. Estas são algumas das evidencias que expressam a dimensão criativa (fenomenológica

e

alquímica)

dos

últimos

tempos

do

cinema

experimental espanhol no auge de um crescente reconhecimento nacional e internacional. PHENOMIA, uma seleção itinerante e mutável que se expande por distintos espaços e contexto mais além de Crater-Lab.

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ANSWER PRINT

ANSWER PRINT 2016, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 5’, 16MM (PROJEÇÃO DIGITAL), COR

MÓNICA SAVIRÓN

Cineasta experimental, curadora independente e escritora, seu trabalho explora as possibilidades cinematográficas do som e poética vanguardista. Seu filme “Answer Print” (2016) teve sua estréia mundial no 54º Festival de Cinema de Nova York. Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema Fronteira no Brasil, seu filme “Broken Tongue” (2013), homenagem ao poeta conceitual e performer Tracie Morris, foi exibido em mais de cinquenta festivais e centros artísticos em todo o mundo. Como curadora, Savirón organizou programas no Museum of the Moving Image, Microscope Gallery, UnionDocs, y Anthology Film Archives. Trabalha no arquivo e preservação do legado do cineasta e violoncelista Beryl Sokoloff.

Se trata de uma montagem de trechos excedentes de 16mm coloridos que estão deteriorando. Estas imagens e o mundo que as produziu, juntos com o que produzem, podem desaparecer. “Answer Print” (primeira cópia ou cópia zero) está destinada a desaparecer ao longo do tempo. Nem a tonalidade e nem o som não foram manipulados durante a sua montagem analógica. A trilha sonora combina o áudio gerado pelas duas perfurações dos filmes mudos, as faixas óticas do som e os tons produzidos por cada um dos cortes feitos pela cineasta, quando são lidos pelo projetor. Os planos são feitos com base em um comprimento de 26 quadros: a distância nesses filmes de 16mm entre uma imagem e seu som.

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FILM QUARTET POLYFRAME

FILM QUARTET POLYFRAME 2006/2008, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 12’, 35MM (PROJEÇÃO DIGITAL), PB E COR

Pequena bomba

metacinematográfica que atenta

contra o conceito do fotograma como uma partícula mínima de tempo (cinematográfico), dinamitando-o em

quatro

fragmentos.

Destruição

(lease

desconstrucción) da teoria tradicional da instalação métrica de Peter Kubelka e a essência do entre os fotogramas, tudo com o objetivo de dar um passo a um novo capítulo cinematográfico – ainda em evolução -, promovendo que os dinossauros se extingam para deixar às novas gerações mais espaço de movimento. O artefato explosivo está inscrito em pentagramas musicais, a fim de notação cinematográfica, para que possa ser interpretada e desenvolvida para além de sua projeção, explodindo-destruindo-construindo em outros lugares cinematograficamente estanques.

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ANTONI PINENT

Curador independente de arte contemporânea, curador de cinema, programador, produtor e cineasta experimental cujo trabalho foi projetado em festivais de cinema, cinematecas e museus em todo o mundo como SFMoMA (dezembro de 2012). Seus filmes anteriores foram “G / R / E / A / S / E” (20082013), “GIOCONDA / FILM” (1999), “FILM QUARTET / POLYFRAME” (2006-2008), “KINOSTURM KUBELKA /”, “Música visual vertical”, entre outros. Recebeu o II Prêmio de Bienal do Museu do Cinema Contemporâneo (MoCC, Nova Iorque / Paris / Madri) em 2008.


LISTEN TO ME

LISTEN TO ME 2016, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 7’, SUPER 8 DIGITAL, PB E COR

CARLA ANDRADE

Artista dedicada à fotografia e ao meio audiovisual, Carla Andrade é bacharel em Comunicação Audiovisual e atualmente estuda Filosofia. Esta interseção entre os meios da expressão visuais e um local mais próximo à reflexão e ao mundo das ideias é justamente uma das facetas que definem seu trabalho. A viagem é também uma característica inerente a seu processo de criação, por isso realizou residências artísticas na Islândia, Suécia, Nepal, Chile e Paris, entre outros países.

“Listen to me” é um gesto (audiovisual) que pretende inverter a eterna posição da mulher como objeto de visão para vê-la subjetivamente, “escutá-la” em vez de vê-la. Como disse Marguerite Duras, encontrar o espaço vazio e falar a partir dele, como uma arma de resistência ao alinhamento do discurso dominante. Através de uma linguagem que se afasta do terreno, esta peça se instala em uma classe distinta de consciência que não está sujeita à correspondências rígidas de causa e efeito, liberando-se das relações convencionais de tempo e espaço. Destruição da narração. Uma menina vagando livre. Uma mulher mais velha nos observa, estática, sem nos ver. Uma jovem caminha e é arrastada por uma ovelha em uma praia com uma ilha ao fundo. Outras contemplam um oceano irreal, com a ilha distante. Mulheres do sul do Nepal atravessam um campo de trigo, distantes. E a água, como uma combinação do inefável e do material. 99


PIXEL JUNGLE

PIXEL JUNGLE 2015, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 3’26”, 16MM (PROJEÇÃO DIGITAL), COR, SILENCIOSO

Os planos de 35mm de Madri são expandidos digitalmente e reorganizados para imitar as sensações de outra cidade: Barcelona. Os padrões criados são uma representação gráfica de um aspecto da percepção: o sentido olfativo. O grão de uma imagem origina partículas no ar que impregnam nossa visão. As imagens se convertem em cheiro da noite na cidade costeira, e o laranjal no distrito de Raval. Cada quadro é impresso em fita transparente que é colada em uma outra películas de 16mm.

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KLARA RAVAT

Artista olfativa e cineasta experimental, reside em Berlim. Depois de estudar Pesquisa de tendências qualitativas em Barcelona, Klara se muda para a Holanda onde termina sua graduação de Artsciense na Academy of Arts de Haia, enquanto frequenta o curso de psicologia na UOC. Ravat é a fundadora do Smell Lab, uma comunidade de pesquisa artística sobre o sentido do olfato. Em 2017, se uniu ao The Institute for Art and Olfaction para coproduzir a primeira cúpula olfativa experimental (Experimental Scent Summit). Agora é também uma associada da plataforma Scent Art Net. Sua experiência como artista olfativa e seus conhecimentos em pesquisa de tendências qualitativas e também de psicologia confere-lhe um treinamento multidisciplinar para entender profundamente os processos por trás dos sentidos humanos.


PSYCHO 60/98

PSYCHO 60/98 2016, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 6’18’, VÍDEO, COR

BLANCA REGO

Fascinada pelos filmes desde a infância, estudou direção de cinema. Rapidamente se afastou das narrativas clássicas para experimentar estruturas não tradicionais. Depois de estudar cinema, estudou animação e multimídia, trocando o meio analógico pelo digital. Seu trabalho se concentra especialmente na relação entre a imagem e o som, com uma clara influência tanto do cinema experimental clássico e da música visual eletrônica contemporânea. Atualmente, concilia a criação de vídeo monocanal com audiovisuais, realizados tanto individualmente como também em colaboração com músicos experimentais.

“Psicose”, de Alfred Hitchcock, e “Psicose”, de Gus Van Sant, se chocam em uma edição quadro-a-quadro fazendo saltar os olhos e matar a consciência normativa do espectador.

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SIN DIOS NI SANTA MARÍA

SIN DIOS NI SANTA MARÍA 2015, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 11’, 16MM (PROJEÇÃO DIGITAL), COR

Como não havia aviões, as pessoas se moviam por meio de preces de uma terra para outra e voltavam cedo, antes do amanhecer. Em umas antigas gravações de som, as vozes dos pastores falam de uma existência mística, de bruxas e de viagens. No cotidiano de uma mulher se materializa a magia de suas histórias enquanto espera a chegada da noite. A noite é o momento em que as viagens são possíveis.

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SAMUEL M. DELGADO E HELENA GIRÓN

Suas obras investigam as relações entre a mitologia e o materialismo. Seus filmes tiveram uma extensa turnê em festivais internacionais como Festival Internacional de Cinema de Toronto, Locarno Film Festival, Festival de Cinema de Nova York, Mar del Plata, Festival Internacional de Cinema de Roterdã, FIC Valdivia, Curtas Vila do Conde, Ann Arbor ou Media City Film Festival e centros de arte como o Centro Cultural Banco do Brasil ou o TEA.


THIS BOGEYMAN

THIS BOGEYMAN 2016, EXPERIMENTAL, ESPANHA, 3’, SUPER8 (PROJEÇÃO DIGITAL), COR

PERE GINARD

Ilustrador, cineasta, alquimista. Foi co-fundador e integrante durante mais de dez anos do estúdio multidisciplinar Laboratorium. Seu trabalho se baseia na exploração do movimento perpétuo e na criação melancólica de duelos, triunfos, monstros e explosões místicas, assim como a observações às vezes inacabadas de coisas que giram em volta do sol e de pessoas loiras com cabelos ondulados com tendência à calvície.

O homem do saco, o bicho-papão, o ogro, el sacaúnto... Essa criatura sem forma nem rosto que vem povoar os pesadelos das crianças e as ameaças dos pais se materializa fantasmagoricamente neste filme.

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40” OF A FRAME

40” OF A FRAME 2009 / SUPER8 (PROJEÇÃO DIGITAL) / COLOR / MUDA / 40”

Um fotograma analógico expandido digitalmente. Movimento nascido da quietude, do vazio entre dois fotogramas. Nascimento e morte da imagem.

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ALBERT TRIVIÑO

Artista e cineasta experimental, é formado em História da Arte pela Universidad Autònoma de Barcelona, tem formação também em Filme Experimental pela University for Creative Arts (Inglaterra). Seu trabalho artístico e fílmico se caracteriza pelo tratamento antiicônico da imagem e pela produção de uma obra que vai da pintura e fotografia à vídeo instalação, ao super 8mm, ao 16mm e ao documental.


THE KISS

THE KISS 2014 / 35MM (PROJEÇÃO DIGITAL) / B&N / SONIDO / 8’50”

LUIS MACIAS

Artista, cineasta, reciclador de imagens e investigador fílmico. É membro do coletivo Crater e co-fundador do Crater-Lab, um laboratório de cinema analógico independente. Paralelamente, ministra oficinas teórico-práticas sobre diversas vertentes do cinema experimental, tais como apropriação, cinema sem câmera, super 8mm e 16mm.

A partir do filme “The Kiss” (T. Edison 1896) no seu formato original de 35mm, este projeto cinematográfico de vídeo é baseado na re-filmagem e re-gravação estrutural do filme em todos os formatos analógicos, eletrônicos e digitais de forma evolutiva. O filme é uma reiteração do ato de beijar. Uma insistência no beijo repetido e multiplicado, que ao mesmo tempo se degrada no seu progresso. A história da evolução dos formatos a partir de um beijo. Uma relação íntima e estética entre suportes e formatos audiovisuais.

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circuito israelense Com o propósito de apresentar ao público brasileiro uma Israel pouco conhecida, a mostra de cinema israelense, plural em temas e personagens, apresenta um breve recorte da rica produção cinematográfica realizada no país, com destaque para filmes realizados nos anos 2000. Assim como a Bienal de Curitiba, o ponto central da Mostra é a diversidade; uma diversidade não só de estilos e linguagem, mas de histórias, figuras e identidades. Ao fugir do clássico cinema masculinizado, os protagonistas lidam, cada um à sua maneira, com o sentimento de pertencimento – seja de um povo ou de um país – cruzando fronteiras que, não necessariamente, são territoriais. Por fim, a Mostra tenta responder a uma pergunta que o cinema de Israel sempre se fez: o que é ser israelense? Mostra realizada em parceria com o Consulado Geral de Israel em São Paulo.

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MABUL

A ENCHENTE 2010, FICÇÃO, ISRAEL, 100’

GUY NATTIV

Nascido em Tel Aviv, em 1973, formou-se no departamento de Cinema e Televisão na escola de artes “Câmera Obscura”, no ano de 2002. Em menos de cinco anos de carreira, ele recebeu muitos prêmios de prestígio e também participou do “Berlinale Talent Campus”. Seus filmes receberam mais de vinte prêmios nos mais prestigiados festivais de cinema. Nattiv também dirige comerciais na Europa, Israel e Estados Unidos. Além de “A Enchente”, dirigiu “Estranhos” (2007) e “O Mágico” (2014).

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O Bar Mitzvah de Yoni está chegando, mas seus pais mal se falam e não parecem ser capazes de dar a atenção que esse evento pede. Na escola, os outros alunos – todos muito maiores e com vozes mais graves que ele – o tratam na base de ameaças e intimidação. O desafio maior vem quando a instituição onde seu irmão mais velho está internado para tratar de um autismo debilitante fecha as portas e o manda de volta para casa. É nessa situação limite que Yoni deverá provar sua determinação.

Direção: Guy Nattiv | Roteiro: Noa Berman-Herzberg e Guy Nattiv | Música: Patrick Watson | Direção de fotografia: Philippe Lavalette | Montagem: Tali Helter-Shenkar | Direção de arte: Yoel Herzberg | Som: Asher Milo, Ronen Nagel, John Purcell, Alon Shapira e Bar On Shelly | Empresas produtoras: United Channel Movies, Intuitive Pictures, Metro Communications, Océan Films e EZ Films | Elenco: Yoav Rotman, Michael Moshonov, Ronit Elkabetz, Tzahi Grad, Lir Katz, Dekel Adin, Yaacov Cohen, Yoram Toledano, Shmil Ben Ari e Esti Zakheim 107


MEÀHOREI HASORAGIM

ALÉM DAS FRONTEIRAS 14

1984, FICÇÃO, ISRAEL, 103’

Na prisão central de Israel, o oficial de segurança é corrupto, fornece drogas e aumenta a tensão entre prisioneiros judeus e árabes para benefício próprio. Uri, condenado a 12 anos por assalto a mão armada, e Issan, condenado a 50 anos pela violência da OLP, tem o respeito de suas células. Apesar do ódio entre eles, um dia decidem se unir contra a crueldade de seus captores.

URI BARBASH

Nascido em Tel Aviv, em 1946, estudou na prestigiada London Film School. Em 1982 lançou seu primeiro filme, “Stigma”. Em 1984, seu maior sucesso, “Além das fronteiras”, que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte. Além da carreira no cinema, também fez diversos trabalhos na televisão. Ganhou diversos prêmios de prestígio, como A Semana dos Críticos no Festival de Veneza. Seu último filme foi “Kapo em Jerusalém”, lançado em 2015.

Direção: Uri Barbash | Roteiro: Benny Barbash, Uri Barbash e Eran Preis | Produção: Rudy Cohen e Katriel Schori | Música: Ilan Virtzberg | Direção de fotografia: Amnon Salomon | Montagem: Tova Ascher | Direção de arte: Eitan Levi | Som: David Lis, David Lyiss, David Ozechov, Shabtai Sarig e Rivka Yogev | Empresa produtora: April Films | Elenco: Arnon Zadok, Mohammad Bakri, Assi Dayan, Rami Danon, Boaz Sharabi, Adib Jahschan, Haim Shinar e Naffi Salach 108


MEDUZOT

AS MEDUSAS 2007, FICÇÃO, ISRAEL/FRANÇA, 78’

SHIRA GEFFEN

Diretora e atriz, seu primeiro filme foi “As Medusas”, pelo qual ganhou três prêmios no Festival de Cannes, o mais prestigiado no mundo. Seu último longa foi “Boreg” (2014). Nasceu em Tel Aviv, em 1971. É filha do autor Yehonatan Geffen e sobrinha do diretor e ator Assi Dayan.

ETGAR KERET

Nascido em Ramat Gan, em 1967, é um dos mais renomados escritores israelenses. Os seus livros são best sellers em Israel. Além de autor de livros, é roteirista, diretor e ator. Seu primeiro longa metragem foi “As Medusas”.

12

O filme acompanha três mulheres em Tel Aviv cujas histórias se intersectam de forma a compor um retrato inusitado da vida moderna em Israel. Batya, uma garçonete em casamentos, se depara com uma criança muda que aparentemente surge do mar. Keren quebra a perna saindo do banheiro trancado por acidente em seu próprio casamento e arruína sua lua de mel de sonho no processo. Joy, uma doméstica filipina, precisa se comunicar com seus empregadores, mesmo sem falar a língua local. Imagens poéticas desenham as conexões entre as vidas dessas mulheres que encontram consolo no mar.

Direção: Shira Geffen e Etgar Keret | Roteiro: Shira Geffen | Produção: Yael Fogiel, Laetitia Gonzalez, Amir Harel e Ayelet Kait | Música: Christopher Bowen e Grégoire Hetzel | Direção de fotografia: Antoine Héberlé | Montagem: Sasha Franklin e François Gédigier | Direção de arte: Avi Fahima | Empresas produtoras: Lama Films, Lama Productions e Les Films du Poisson | Elenco: Sarah Adler, Nikol Leidman, Gera Sandler, Noa Raban, Ma-nenita De Latorre e Zaharira Harifai 109


SHLICHUTO SHEL HAMEMUNE AL MASHABEI ENOSH

A MISSÃO DO GERENTE DE RECURSOS HUMANOS 12

2010, FICÇÃO, ISRAEL, 103’

O gerente de recursos humanos da maior padaria industrial de Israel, um homem insatisfeito com sua vida, viaja para a Romênia, país natal de uma funcionária falecida; para desmentir acusações da imprensa. A viagem acaba mudando sua vida.

ERAN RIKLIS

Nascido em Beersheva, na infância morou nos Estados Unidos, Canadá e Brasil, já que seu pai era diplomata. Estudou na Universidade de Tel Aviv, no qual realizou, em 1977, o curtametragem “Blues for Easy Listening”, como parte da conclusão do curso. Estudou também na Beaconsfield National Film School, na Inglaterra. Dirigiu documentários, comerciais, filmes para televisão, entre outros. Em 1991 lançou “Final de Copa”, seu segundo longa-metragem, aclamado pela crítica internacional. Um dos diretores mais conceituados de Israel, entre seus maiores sucessos estão “A Noiva Síria” (2004), “A Missão do Gerente de Recursos Humanos” (2010) e “Os Árabes Também Dançam” (2014).

Direção: Eran Riklis | Roteiro: Noah Stollman | Produção: Tudor Giurgiu, Thanassis Karathanos, Haim Mecklberg e Elie Meirovitz | Música: Cyril Morin | Direção de fotografia: Rainer Klausmann | Montagem: Tova Ascher | Direção de arte: Yoel Herzberg e Dan Toader | Som: Liviu Lupsa, Asher Milo e Gil Toren | Empresas produtoras: 2-Team Productions, Pallas Film, Libra Film, Pie Films e EZ Films | Elenco: Mark Ivanir, Guri Alfi, Noah Silver, Rosina Kambus, Julian Negulesco, Bogdan E. Stanoevitch, Gila Almagor, Yigal Sade, Reymonde Amsallem, Irina Petrescu, Papil Panduru, Danna Semo e Roni Koren 110


AVIVA AHUVATI

AVIVA, MEU AMOR 2006, FICÇÃO, ISRAEL, 107’

SHEMI ZARHIN

Nascido em Tiberíades, em 1961, se formou na Universidade de Tel Aviv. Seu primeiro longa-metragem foi “Leylasede”, lançado em 1995. Em 2003 lançou “Bom Dia, Sr. Shlomi”, um dos filmes de maior sucesso em Israel. Além de escritor, roteirista e diretor, também ensina na Faculdade de Cinema e Televisão Sam Spiegel. Já ganhou mais de 16 prêmios na carreira.

L

Outras pessoas poderiam entrar em desespero se, como Aviva, tivessem que lidar com três filhos apáticos, um marido desempregado, uma irmã cheia de ambições irrealizáveis e uma mãe que perde a sanidade a cada dia. Ela faz diferente – resolve transformar seus conflitos em histórias onde a personagem tem que costurar belos vestidos enquanto sua cabeça se transforma em uma melancia. Um famoso escritor ajuda Aviva a reescrever seus contos em busca de chances de publicar, mas as estratégias de seu tutor começam a fazê-la questionar cada vez mais seus próprios sonhos.

Direção e roteiro: ShemiZarhin | Produção: Liat Benasuly, Leon Edery, Moshe Edery, Eitan Evan, Micki Rabinovich e David Silber | Música: Jonathan Bar-Giora | Direção de fotografia: Itzik Portal | Montagem: Einat Glaser-Zarhin | Direção de arte: Ido Dolev | Som: Asher Milo e Ronen Nagel | Empresas produtoras: Evanstone Films e Metro Communications | Elenco: Assi Levy, Rotem Abuhab, Levana Finkelstein, Dror Keren, Sasson Gabai, Nathan Ravitz, Dana Ivgy e Itay Turgeman 111


YOSSI & JAGGER

DELICADA RELAÇÃO 14

2002, FICÇÃO, ISRAEL, 65’

Yossi é o comandante em um posto avançado do exército israelense. Ele e o seu subordinado, Lior – a quem os soldados apelidam de Jagger – estão apaixonados. No entanto, a ambição de Yossi em seguir a carreira militar impede que vivam seu romance abertamente. O que Jagger precisará fazer para que Yossi se declare para ele?

EYTAN FOX

Nascido em 1953, em Nova York, aos dois anos de idade foi para Israel. Cresceu em Jerusalém e estudou cinema na Universidade de Tel Aviv. Fox é abertamente gay e muitos de seus filmes tratam da homossexualidade, assim como o efeito que o conflito palestinoisraelense tem sobre as relações interpessoais. Seu primeiro longametragem, “After”, foi lançado em 1990. “Delicada Relação”, lançado em 2002, é o maior trabalho de sucesso de “Eytan”, que além de diretor, é roteirista. Seu último filme foi “Cupcakes: Música e Fantasia”, lançado em 2013.

Direção: Eytan Fox | Roteiro: Avner Bernheimer | Música: Ivri Lider | Direção de fotografia: Yaron Scharf | Montagem: Yosef Grunfeld | Direção de arte: Amir Pick | Som: Asher Milo, Ronen Nagel e Gil Toren | Empresas produtoras: Lama Films, Israel Cable Programming (ICP) e Lama Productions | Elenco: Ohad Knoller, Yehuda Levi, Assi Cohen, Aya Steinovitz, Hani Furstenberg, Sharon Raginiano, Yuval Semo, Yaniv Moyal, Hanan Savyon e Erez Kahana 112


NAMES BA-GESHEM

DERRETENDO 2011, FICÇÃO, ISRAEL, 86’

DORON ERAN

Nascido em Tel Aviv, em 1955, é diretor, produtor, roteirista, escritor e empresário. Após ser dispensado do exército, morou nos Estados Unidos e, ao retornar a Israel, estudou na Faculdade Beit Berl. Produziu mais de 40 filmes. Seu primeiro longa-metragem como diretor foi “Flash”, lançado em 1987. Seu último longa foi “Snapshot”, lançado em 2016.

Um drama que segue a história de uma família em crise, cujos pais, ao descobrirem que o filho é um transformista, o expulsam de casa. Anos mais tarde, quando o pai está morrendo de câncer, a mãe contrata um detetive particular para sair em busca do filho. Em vez de um “filho”, o detetive encontra uma mulher que ganha a vida dançando em boates gays. A filha conseguirá superar o passado e perdoar os pais? Os pais irão conseguir se acostumar com sua nova filha?

Direção: Doron Eran | Roteiro: Billy Ben-Moshe | Produção: Billy Ben-Moshe, Micky Dotan, Leon Edery, Moshe Edery e Doron Eran | Música: Michael Harpaz e Dani Reichental | Direção de fotografia: Daniel Kedem | Montagem: Reut Han | Direção de arte: Yoram Shayer | Som: Itamar Cohen | Elenco: Hen Yanni, Yonatan Barak, Shosha Goren, Shay Kadimi, Oded Leopold, Eyal Rozales e Hannan Suissa 113


YAMIM KFUIM

DIAS CONGELADOS 12

2005, FICÇÃO, ISRAEL, 90’

Uma jovem solitária se esgueira pelas noites e clubes de Tel Aviv, nunca revelando seu próprio nome. Após sobreviver a um atentado a bomba, ela ocupa o apartamento de outra vítima, que entrou em coma. Aos poucos, sua percepção da realidade começa a desabar: quem está naquela cama de hospital, e de quem é a vida que ela está vivendo?

DANNY LERNER

Nascido em 1973, estudou na escola de cinema da Universidade de Tel Aviv. Durante seus estudos, escreveu, dirigiu e produziu mais de vinte curtas-metragens. Seu primeira longa-metragem, “Dias Congelados”, foi lançado em 2005. Em 2009 lançou seu segundo longa, “A Assassina Mora ao Lado”. Em 2011 ganhou o Prêmio Artístico do Ano do Ministério da Cultura, Ciências e Esportes de Israel.

Direção e roteiro: Danny Lerner | Produção: Alon Lerner e Danny Lerner | Música: Tomer Ran | Direção de fotografia: Ram Shweky | Montagem: Tal Keller | Som: Itay Halevi | Empresas produtoras: Bleiberg Entertainment e DPI | Elenco: Anat Klausner, Sandra Sade, Uli Sternberg, Pini Tavger, Maor Cohen e Olga Sorkine 114


GMAR GAVI’A

FINAL DE COPA 1991, FICÇÃO, ISRAEL, 105’

ERAN RIKLIS

Nascido em Beersheva, na infância morou nos Estados Unidos, Canadá e Brasil, já que seu pai era diplomata. Estudou na Universidade de Tel Aviv, no qual realizou, em 1977, o curtametragem “Blues for Easy Listening”, como parte da conclusão do curso. Estudou também na Beaconsfield National Film School, na Inglaterra. Dirigiu documentários, comerciais, filmes para televisão, entre outros. Em 1991 lançou “Final de Copa”, seu segundo longa-metragem, aclamado pela crítica internacional. Um dos diretores mais conceituados de Israel, entre seus maiores sucessos estão “A Noiva Síria” (2004), “A Missão do Gerente de Recursos Humanos” (2010) e “Os Árabes Também Dançam” (2014).

Um filme sobre o surgimento da amizade entre palestinos e iraelenses, quando, em junho de 1982, Israel invade o Líbano. O roteiro narra a história do sargento Cohen e um soldado israelense da reserva a caminho da Espanha para assistir a Copa do Mundo de Futebol quando a guerra o atinge. Durante uma patrulha ele e seu jovem subordinado, tenenteGallili, são capturados pelo exército palestino. Liderada pelo comandante Ziad, a unidade palestina e seus prisioneiros atravessam terrenos difíceis para chegar a Beirute, enquanto o exército israelense movimentase rapidamente, em constante ameaça.

Direção e roteiro: Eran Riklis | Produção: Michael Sharfstein | Música: Raviv Gazit | Direção de fotografia: Amnon Salomon | Montagem: Anat Lubarsky | Direção de arte: Arie Weiss | Som: Shabtai Sarig e Tami Shir | Empresas produtoras: Israel Broadcasting Authority (IBA) e Local Production | Elenco: Moshe Ivgy, Mohammad Bakri, Salim Dau, Bassam Zo’amat, Yussuf Abu-Warda, Suhel Haddad, Gassan Abbas, Sharon Alexander, Johnny Arbid, Sami Samir, Meir Suissa, Gadi Poor, Victor Kamar, Rada Ibrahim e Roberto Pollack 115


BOKER TOV ADON FIDELMAN

RESTAURAÇÃO ?

ISRAEL, 2012, COLORIDO, 102’

A loja de antiguidades de Yakov Fidelman passa por graves problemas financeiros desde a morte de seu sócio, que deixou sua parte do negócio para Noah, filho de Fidelman. O rapaz é um ambicioso advogado que aconselha seu pai a se aposentar e vender o terreno da loja. Mas ele se recusa a desistir do ofício e encontra um aliado em Anton, seu novo aprendiz, que descobre um piano cujo valor é capaz de salvar a oficina. A tensão entre Noah e Anton é evidente e piora ainda mais quando Anton se apaixona por Hava, esposa de Noah. Vencedor do prêmio de melhor

YOSSI MADMONI

Nascido em Jerusalém, em 1967, é diretor e roteirista. Estudou na primeira turma da Faculdade de Cinema e Televisão Sam Spiegel. Seu primeiro trabalho como diretor foi na série de televisão “Bat Yam – New York”, de 1995, no qual também escreveu o roteiro. Em 2003 lançou “The Barbecue People”, seu primeiro longa-metragem. Seu último longa foi “Um Lugar no Paraíso”, lançado em 2013. Um dos roteiristas mais renomados de seu país, já foi presidente da Associação de Roteiristas de Israel.

roteiro no Festival Sundance.

Direção: Yossi Madmoni | Roteiro: Erez Kav-El | Produção: Chayim Sharir | Música: Avi Belleli | Direção de fotografia: Boaz Yehonatan Yaacov | Montagem: Ayala Bengad | Direção de arte: Yoav Sinai | Som: Oleg Kaiserman | Empresa produtora: Yetzira Ivrit | Elenco: Henry David, Nevo Kimchi, Rami Danon, Israel Sasha Demidov, Avi Berman e Akiva Eliash 116


circuito norueguês Com quatro longas e seis curtas-metragens, a mostra de cinema norueguês de filmes traz uma seleção de filmes atuais para o público de Curitiba. São ficções e documentários, dramas e comédias que mostram um pouco da força do cinema nórdico. Mostra realizada em parceria com a Embaixada da Noruega.

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FØR SNØEN FALLER

ANTES DA NEVE 12

2013, FICÇÃO, NORUEGA, 96’

Siyar é o homem mais velho da família. Quando sua irmã foge de seu próprio casamento, ele tem a tarefa de localizá-la e restaurar a reputação de sua família. A busca por sua irmã se torna em uma jornada perigosa de leste a oeste, onde a colisão de culturas tradicionais e a vida moderna ocidental desafia Siyar a descobrir quem ele realmente é. Em Istambul, ele conhece a jovem Evin, que também está perdida entre as fronteiras da Europa. Uma amizade nasce entre eles.Evin escolhe viajar com ele, sem saber de seus planos.

Direção: Hisham Zaman | Roteiro: Kjell Ola Dahl e Hisham Zaman | Produção: Finn Gjerdrum e Stein B. Kvae | Música: David Reyes | Direção de fotografia: Marius Matzow Gulbrandsen | Montagem: Sverrir Kristjánsson | Direção de arte: Olivier Meidinger e Åsmund Stemme | Som: Robert Fuhrmann e Christian Conrad | Empresa produtora: Paradox | Elenco: Abdullah Taher, Suzan Ilir, Bahar Ozen, Ava Abdulsattar, Cabbar Baris, Erdal Ceviz, Omer Chawshin, Billey Demirtas e Hassan Dimirci 118


BLIND

CEGA 2014, FICÇÃO, NORUEGA, 96’

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Após perder a visão, Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) resolve ficar isolada em sua própria casa, onde se sente mais segura. Seu grande parceiro nesta difícil adaptação é o marido (Henrik Rafaelsen). Mas quando as lembranças do mundo que ela conheceu vão desaparecendo gradativamente, ela percebe que o maior perigo está dentro de si mesma.

Direção e roteiro: Eskil Vogt | Produção: Sigve Endresen e Hans-Jørgen Osnes | Música: Henk Hofstede | Direção de fotografia: Thimios Bakatakis | Montagem: Jens Christian Fodstad | Direção de arte: Jørgen Stangebye Larsen | Som: Gisle Tveito | Empresa produtora: Motlys | Elenco: Ellen Dorrit Petersen, Henrik Rafaelsen, Vera Vitali, Marius Kolbenstvedt, Stella Kvam Young, Isak Nikolai Møller, Jacob Young, Nikki Butenschøn, Erle Kyllingmark, Fredrik Sandahl, Aslag Guttormsgaard, Veronica Berntsen, Steffen Skau Linnert, Helga Guren, Tim Nansen, Jo S. Refseth, Natale Hugvik, Julia Wanda e Claudia Faria Vasconcelos 119


OPTIMISTENE

AS OTIMISTAS L

2013, DOCUMENTÁRIO, NORUEGA, 92’

Um documentário sobre um peculiar time de vôlei. O time é formada por senhoras entre 66 e 98 anos de idade. Agora elas estão prestes a jogar sua primeira partida depois de trinta anos de treino.

Direção e roteiro: Gunhild Magnor | Produção: Ingunn Knudsen | Música: Stefan Nilsson | Direção de fotografia: Gunhild Magnor | Montagem: Robert V. Steng e Robert Stengård | Som: Svenn Jakobsen e Ali Parandian | Empresa produtora: Skofteland Film | Elenco: Gerd Bergersen, Lillemor Berthelsen, Mary Holst Bremstad, Aase-Marit Børke, Eldbjørg Grøttum, Anne-Grethe Westhagen Magnor, Birgit Myklebust, Irma Nordseth, Ulla Olssøn, Turid Otervik, Solveig Sætersdal, Marit Tenmann e Hedvig Thune-Ellefsen 120


BRØDRE

BROTHERS 2015, DOCUMENTÁRIO, NORUEGA, 100’

A diretora Aslaug Holm realiza um retrato aprofundado de um pedaço da jornada da juventude de seus dois jovens filhos, Markus e Lukas; uma análise intimista da relação entre os dois irmãos, sobre as dificuldades e sonhos e esperanças e os prazeres infantis que eles compartilham e que experenciam.

Direção: Aslaug Holm | Música: John Erik Kaada | Direção de fotografia: Aslaug Holm e Kjell Vassdal | Montagem: Aslaug Holm, Anders Teigen e Hilde Bjørnstad | Som: Svein-Ketil Bjøntegård, Johannes Dekko e Stig Holte | Empresa produtora: Fenris Film 121


SMALL TALK

SMALL TALK 16

2015, FICÇÃO, NORUEGA, 21’

Bem vindo à família Dvergsnes! Neste curta, nós seguimos os Dvergsnes de Kristiansand, na Noruega, por três eventos que aconteceram no outono e no inverno de 2014.

Direção: Even Hafnor e Lisa Brooke Hansen | Roteiro: Even Hafnor | Produção: J.M. Puntervold | Direção de fotografia: Steivan Hasler | Montagem: Erik Andersson | Som: Eirik Halsen, Thomas Holmemo e Marius Ytterdal | Empresa produtora: J.M. Puntervold Filmproduksjon | Elenco: Hamza Ahmed, Eivind Bøksle, Hanne Dalane, Kristian Gauslå, Espen Gustensen, Helge Gustensen, Hilde Hafnor, Vidar Hafnor, Harry Halvorsen, Sanne Kimestad, Marit Langeland, Tonje Lynch, Sølvi Nilsen, Andreas Randøy, Elisabeth Robstad, Kristian Thomassen e Klaus Asbjørn Vikeså 122


BIRD HEARTS

BIRD HEARTS 2015, FICÇÃO, NORUEGA, 25’

18

Benjamin e Maya compartilham uma vida e um apartamento no centro de Oslo. Por ocasião do 26º aniversário de Benjamin, Tobias, seu irmão mais novo e mais bem-sucedido, vem para uma visita de fim de semana. Durante um jantar entre amigos, Maya conta uma história sobre uma experiência sexual que ela teve no Brasil. Como consequência, inseguranças e vulnerabilidades de Benjamin começam a surgir. “Bird Hearts” é um filme sobre os papéis de gênero e ciúme, sexo e família - e o poder complicado das histórias que amantes contam.

Direção e roteiro: Halfdan Ullmann Tøndel | Produção: Martine Solberg | Música: Bendik Hovik Kjeldsberg | Direção de fotografia: Daniel Fredrik Warren | Montagem: Jonas Ekroll Bakkelund | Direção de arte: Maren Saedi | Som: Odin Eggen Brække e Mats Lid Støten | Empresa produtora: Westerdals School of Communication | Elenco: André Sørum, Stine Sørensen, Steinar Klouman Hallert, Eline Grødal, Trine Wiggen, Axel Aubert, Elisabeth Heradstveit, Martin Osvold e Hanna Dahl Ullmann 123


DET GODE LIVET, DER BORTE

THE GOOD LIFE - OVER THERE 2014, FICÇÃO, NORUEGA, 29’

Sami é um trabalhador ilegal em Oslo que trabalha duro para sustentar a família em seu país de origem. Quando forçado a tomar conta do filho de um chefe que ele admira, e se aspira a ser, Sami enfrenta a escolha que todos nós tentamos equilibrar diariamente; família e trabalho. Ambos exigem lealdade. Ambos querem dedicação. Ambos nos transformam, mas aquele que escolhermos para gastar mais tempo nos alterará em sua própria direção.

Direção e roteiro: Izer Aliu | Produção: Yngve Sæther | Direção de fotografia: John-Erling H. Fredriksen | Montagem: Izer Aliu | Direção de arte: Ragnhild Juliane Sletta | Som: Rune van Deurs | Empresa produtora: Motlys | Elenco: Ridvan Mustafa, Arben Alim, Jonuz Emini, Samir Aliu e Dzenan Tarakcija 124


JA VI ELSKER

YES WE LOVE 2014, FICÇÃO, NORUEGA, 15’

16

Quatro gerações, cada uma em uma crise, cada uma em uma localidade diferente da Noruega. É o dia nacional da Noruega.

Direção e roteiro: Hallvar Witzø | Produção: Elisabeth Kvithyll | Direção de fotografia: Audun Gjelsvik Magnæs | Direção de arte: Thomas Øyjordsbakken | Som: Daniel Lindvik e Fanny Wadman | Empresa produtora: Hummelfilm | Elenco: Johan Fredrik Bergflødt-Johannessen, Edvard Hægstad, Terje Ranes e Hanne Skille Reitan 125


SÁMI BOJÁ

SAMI BOY 16

2015, FICÇÃO, NORUEGA, 8’

Mikkel é um pastor de renas e tem toda a responsabilidade pelo rebanho de sua família. Ele tem uma casca dura, como um garoto Sami deve ter. Mas dentro dele há caos.

Direção e roteiro: Elle Sofe Henriksen | Produção: Elle Márjá Eira | Música: Tapani Rinne e Wimme Saari | Direção de fotografia: Ken Are Bongo | Montagem: Hanna Storby e Kim Sundbeck | Som: Kim-Erling Johansen | Elenco: Johan Isak Buljo, Karen Anna Buljo, Ol Johan Gaup, Andte Gaup-Juuso, May Britt A. Hætta, Juan Dante Murillo, Ánte Siri e Karen Utsi 126


OSLO’S ROSE

OSLO’S ROSE 2015, FICÇÃO, NORUEGA, 7’

16

Nader está muito ocupado cumprindo suas próprias expectativas e isso o impede de seguir em frente. Ele é apaixonado por Jane há dois anos e isso afeta sua criatividade e seu trabalho. Mas agora, de repente, ele enxerga uma possibilidade de seguir com sua vida.

Direção: Martin Lund | Roteiro: Janne Heltberg, Nader Khademi e Martin Lund | Música: Gaute Tønder | Direção de fotografia: Martin Solvang | Montagem: Trude Lirhus | Elenco: Hanna Maria Vea Grønneberg, Janne Heltberg, Nader Khademi e Bjørn Myrene 127


curtocircuito


O Curto-Circuito é uma mostra que dialoga com a energia intensa das crianças e adolescentes através de filmes de diversos estilos de linguagem e imaginários que abrangem várias áreas da vida. Entre documentários e ficções, as narrativas têm um ponto em comum: o questionamento sobre o mundo em que vivemos. A seleção de 2017 é composta por filmes nacionais que já estiveram em importantes festivais, e conta com seis curtas-metragens, e um longa-metragem, divididos em duas sessões. O propósito do Curto-Circuito é criar momentos de inspiração, emoção, risos, incômodos e questionamentos. Através dos Debates e Reflexões, a intenção é abrir espaço para o diálogo e para as trocas entre pais, professores e jovens. MARIANA BERNAL CURADORA

129


O QUE QUEREMOS PARA O MUNDO? L

2016, FICÇÃO, BRASIL, 71’

Luzia é uma menina tímida, dona de um mundo interno cheio de fantasia e imaginação. Quando o seu professor de música pede para a turma criar uma apresentação em grupo, Luz se vê desafiada a transmitir toda a sua criatividade e tirar suas ideias do papel. Com a ajuda das amigas Bela, Lua e Sol, o trabalho escolar se transforma em uma experiência única.

IGOR AMIN

Igor Amin é artista multimídia, educador audiovisual e empreendedor social. Seus trabalhos artísticos são focados em Cinema, Educação e Transmídia. Ao longo de dez anos, dirigiu mais de trinta vídeos de micro-duração exibidos em festivais nacionais e internacionais de cinema como no Centre George Pompidou, durante o Pocket Films em Paris, França. Produziu o documentário “Aceito Folia” (2017) e a série de TV “Canal Televisão” (2017), ambos projetos selecionados pelo Fundo Setorial do Audiovisual. Idealizou o projeto transmídia “O que queremos para o mundo?”, que realizou oficinas, exposição multimídia e um programa televisivo (Canal Gloob) ouvindo mais de 4.000 crianças.

Direção: Igor Amin | Roteiro: Vinícius Cabral | Direção de produção: Rebeca de Paula | Direção de fotografia: Malu Teodoro | Direção de arte: Luiza Bastos e Débora Tavares | Som: Daniel Nunes | Montagem: Emília Aidar | Trilha sonora: Banda da Casa da Árvore e Pequeno Cidadão | Empresa produtora: Cocriativa Conteúdos Audiovisuais | Elenco: Olívia Blanc, Milena Megrè, Sofia Sgarbi, Helena Trojahn, Silvia Füller, Sérgio Leoni e Cecília Valentim. 130


A ARTE QUE ME HABITA 2017, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 15’

MARA SALLA

Graduada em Cinema e Vídeo, mestrado em Análise do Discurso Cinematográfico e Fílmico e doutoranda na linha de Cultura tendo como objeto de pesquisa Mulheres na direção cinematográfica no Cinema contemporâneo brasileiro. Professora de Roteiro, Fotografia, Montagem e Direção. Orientadora de Montagem dos filmes de Trabalho de Conclusão do Curso de Cinema e audiovisual da Unisul. Trabalha com audiovisual há dezenove anos.

L

A artista plástica Albertina Prates, durante a exposição A PELE, se depara com questões a respeito de seu processo criativo em meio às visitas guiadas que fez com um grupo de estudantes de cinema.

Direção e roteiro: Mara Salla | Direção de produção: Mara Salla e Albertina Prates| Direção de fotografia: Mara Salla, Paulo Henrique, Thallis Constanzi e Vinícius Andrade | Direção de arte: Albertina Prates | Som: Leandro Cordeiro | Montagem: Mara Salla | Trilha sonora: Veris Letas Facies Karmina Burana de Karl Orff | Produtora: Apoio institucional: Curso de Cinema Unisul. Distribuição: Plural Filmes | Elenco: Albertina Prates e estudantes do curso de Cinema da Unisul. 131


AS MINAS DO RAP L

2015, DOCUMENTÁRIO, BRASIL, 13´

O documentário entrevista mulheres ligadas ao hip hop, abordando o histórico feminino dentro do movimento e dando voz a artistas como Negra Li e Karol Conka.

JULIANA VICENTE

É produtora, diretora e fundadora da Preta Portê Filmes. Estudou Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e na EICTV (Cuba). Seu trabalho tem sido visto em diversos festivais, como o curta Avós no Festival de Berlim – 2010 e Os Sapatos de Aristeu no Festival de Clermont-Ferrand – 2009 e Filme Para Poeta Cego (International Film Festival of Rotterdam – 2013). Atualmente desenvolve o projeto de longa-metragem Lili e as Libélulas, do roteirista e diretor René Guerra.

Direção e roteiro: Juliana Vicente | Produção executiva: Juliana Vicente | Direção de produção: Carla Comino | Diretor de fotografia: Lucas Rached | Som direto: Ivan Russo | Montagem: Alice Furtado | Edição de som: Ruben Valdes | Produtora: Preta Portê Filmes | Elenco: Negra Li, Karol Conka, Mc Gra, Mc Soffia, Sharylaine e Dj Vivian Marques 132


A LUTA 2017, FICÇÃO, BRASIL, 16’

BRUNO BENNEC

Ator, produtor teatral, diretor de TV e cinema. Como diretor assina os curtas-metragens de ficção “Serial” e “Crime”, ambos em circuitos de mostras e festivais como Mostra do filme Livre, Festival de Cinema de Ouro Preto e Festival de Cinema de Canoa Quebrada. Como ator trabalhou nas séries “220 volts” (Multishow), “Gente Lesa” (GNT), “Sabores e Gestões” (TV Cultura) e “Os detetives do prédio azul” (canal Gloob). Atuou ainda nos filmes “Isabela”, de Ricardo Rama, e “A tempestade e o gambá”, de Henrique Frade da Cruz.

L

Inspirado num fato real, conta a história do garoto Tininho, morador do pequeno distrito do Divisório, na Zona da Mata de Minas Gerais, e sua expectativa sobre a luta de boxe histórica entre o americano Joe Louis contra Max Schmeling, alemão símbolo da política racista de Hitler. A luta marcou uma das primeiras transmissões esportivas ao vivo do rádio Nacional, na década de 30, num momento de descobertas e novidades, o futuro começava a chegar um pouco mais rápido.

Direção: Bruno Bennec | Roteiro: Cesar Rodrigues | Direção de produção: Karina Potira | Direção de fotografia: Jacques Cheiuche | Direção de arte: Kátia Campos | Som: Sérgio Scliar | Montagem: Tuna Mayer | Trilha sonora: Roberta Campos | Empresa produtora: Bruno Bennec | Elenco: Andrea do Valle, Euler Luz, Marco Andrade, Marcelo Costa e as crianças: Leandro Coimbra e Luiz Gustavo 133


FANTASMO L

2016, FICÇÃO, BRASIL, 13’

Joaquim é um menino de cinco anos, mora com seu pai, um tradutor. Certa noite, Joaquim percebe que há um fantasma em seu quarto. Na manhã seguinte, Joaquim avisa o pai da presença. Sem se perturbar, o pai de Joaquim passa a ajudar seu filho a se apresentar e identificar esse fantasma, de maneira que as relações sejam cordiais. O curta metragem mostrará como um pai pode ajudar seu filho a combater o medo do desconhecido.

MATEUS LONER

Filósofo e pós-graduado em roteiro pela FAAP em 2016. Estagiou através do Pólo Cinematográfico de Paulínia nos longa metragens “É Proibido Fumar”, “Salve Geral”, Cabeça À Prêmio” e “Eu e Meu Guarda Chuvas”; Assitente de câmera e video-assist no longa metragem “Corte Seco”. Roteirizou e dirigiu oito curtas metragens, dentre os quais três com financiamento público via edital, “Uma Foto” (2008) e “A Voz” (2012), via FICC Campinas, e “Fantasmo”, via PROAC.

Direção e roteiro: Mateus Loner | Direção de produção: Tania Jacomini | Direção de fotografia: Anderson Capuano | Direção de arte: Mariana Atauri Maurer | Som: Ricardo Zollner | Montagem: Caue Nunes | Trilha sonora: Cathode Ray Mission | Elenco: Thomas Gustinelli, Álvaro Franco e Amélia Conói. 134


URSORTUDO 2017, FICÇÃO, BRASIL, 15’ 10

JANUÁRIO JR

Nasceu em Lagoa Nova, RN. É estudante de Artes Cênica na Faculdade Dulcina de Moraes, Brasília. Escreveu, produziu e dirigiu os curta “A vida tem dessas coisas” e “UrSORTUDO”. Seu primeiro trabalho audiovisual “A Sinfonia do Desperdício”, foi premiado na Mostra Universitária do FICBIC 2015.

Aos Naldos, resta viver com as sequelas dos dos equívocos gerados pelas ações desse “estado de exceção” permanente, que encarcera por engano e não sabe o porquê. Enquanto aos demais, um pouco de leniência com aqueles, que agora são, falsos criminosos.

Direção e roteiro: Januário Jr | Direção de produção: Lídia Oyo | Direção de fotografia: Petronio Neto | Direção de arte: Marcus Takatsuka | Som: Higo Melo | Montagem: Erik Batista e Januário Jr | Trilha sonora: Beto Strada | Empresa produtora: Oitava Arte Produções | Elenco: Elder de Paula, Silvia Paes, Yasmin Sophia, Jefferson Leão, Tiago Santos, Fátima Rodrigues e Thais Moreira. 135


ILHA DAS CRIANÇAS L

FICÇÃO, 2016, BRASIL, 13’

É dia de Cosme e Damião na ilha de Paquetá.

ZECA FERREIRA

Inicia sua carreira de diretor no ano de 2009 com dois filmes: “Terreiro Grande”, documentário de médiametragem exibido em festivais no Brasil, Chile e Cuba;”Áurea”, curtametragem exibido em mais de 60 festivais em diversos países com mais de 25 prêmios conquitados. Em 2012 realiza o curta-metragem “Aldeia”, exibido em diversos festivais, entre eles o prestigiado ZINEBI - Festival Internacional de Bilbao (Espanha). Finaliza nesse momento o documentário de longa-metragem “Ensaio sobre o silêncio”, realizado em parceria com o Canal Brasil.

Roteiro e direção: Zeca Ferreira | Produção: Marcelo Pedrazzi e Zeca Ferreira | Produção local: Julia Menna Barreto | Produção de elenco: Isabel Troise | Direção de Fotografia: Pedro Urano | Som direto: Etienne Chambolle | Direção de arte e figurinos: Paula Villa Nova | Música: Edino Krieger, executada pela Orquestra Jovem de Paquetá | Direção musical: Josiane Kerkovian | Montagem: Luelane Corrêa e Zeca Ferreira | Edição de som e mixagem: Gabriel Pinheiro | Finalização: Afinal Filmes | Elenco: Driell Almeida, Isabel Falleiros e as crianças da ilha de Paquetá 136


REFLEXÕES E DEBATES Uma pequena faísca, a partir de um trabalho escolar, pode estabelecer a necessidade de se aproximar de colegas e de conteúdos que reafirmem quem se quer ser em “O que queremos para o mundo?”. Através da busca de novas ideias, estimula-se a sensibilidade em inspirações para um mundo melhor. A narrativa abre espaço para refletir como interesses e projetos pessoais podem se transformar em uma experiência única de vivência com o mundo. O documentário “A arte que me habita” apresenta o processo de construção da exposição “A Pele” da artista plástica Albertina Prates. O filme é um grande questionamento sobre o expressar artístico: Por que a Arte é importante? Qual a importância do ato de desenhar? Uma obra de arte pode trazer emoção para a vida? É dia de Cosme e Damião na ilha de Paquetá, uma tradição anual de distribuição de guloseimas no dia dos santos irmãos, mantida pela Igreja Católica e pelos umbandistas em diversas regiões do Brasil. No filme “A ilha das crianças”, os pequenos correm por todo lugar em busca da maior quantidade de guloseimas para adoçar a vida. Um debate possível é aproximar a tradição de Cosme e Damião e outras festas religiosas de santos para o espaço de conversa. No curta “As Minas do RAP” as entrevistadas representam a musicalidade e a poesia da mulher dos anos 2010. Nos depoimentos, elas contam como quebraram tabus e desenvolveram autoestima para falar sobre o que é ser mulher através das músicas. Como Nina Simone diz: “Não entendo um artista que não reflete o seu tempo”. Se as minas são uma Polaroide do seu tempo, este é um bom mote para debater o que é ser mulher em 2017? “A Luta”, inspirado em experiências reais, conta a história do garoto Tininho, morador do interior de Minas Gerais, e sua expectativa sobre a luta de boxe histórica entre o americano Joe Louis contra Max Schmeling, alemão símbolo da política racista de Hitler. O curta pode ser uma ferramenta para ampliar as percepções da democracia e do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, e seus reflexos mesmo em uma cidade religiosa no interior de Minas Gerais. Uma sugestão de debate são as questões de movimentos globais que influenciam o local. São incontáveis os filmes que exploram como tema central o medo do desconhecido. Em “Fantasmo” o pai do menino Joaquim busca desenvolver uma maneira de lidar com o desconhecido sem menosprezar ou racionalizar o medo de uma criança. Como sugestão para o debate, podemos utilizar a deixa do pai: “primeiro você cumprimenta, depois se apresenta, depois pergunta o nome do desconhecido, e como ele vai. Se isso não der certo, é porque o desconhecido não entendeu, então devemos tentar fazê-lo entender que só queremos conhecê-lo.” “UrSORTUDO” conta a história de Naldo e seu caminho de reencontro com sua filha após sair da cadeia. Ele representa aqueles os falsos criminosos, sentenciados por algo pelo qual não há culpa e também não há grande esperança de defesa. Uma sugestão de debate é analisar diferentes esferas da vida que podem ser afetadas quando se é acusado e preso, mesmo que depois seja provada a inocência. Como fica o relacionamento com a família e com os filhos? De que maneira este indivíduo retorna para a sociedade? Quais saídas ele pode buscar para superar as dificuldades após esta experiência no cárcere?

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NOME DO FILME ?

ANO | GÊNERO | PAÍS | DURAÇÃO | DCP

Cuptiorpos perferia sitates testiis etur sandi qui atempor ehentur? Sum eostibus aute pro temporendio quo blatur as eumquaspita comnitia que quiant omnihil idenditius, sunt doluptatist hilignat mi, odis maiore asi im idel ipsandit

ficha

circuito universitário

NOME DO FILME ?

ANO | GÊNERO | PAÍS | DURAÇÃO | DCP

Cuptiorpos perferia sitates testiis etur sandi qui atempor ehentur? Sum eostibus aute pro temporendio quo blatur as eumquaspita comnitia que quiant omnihil idenditius, sunt doluptatist hilignat mi, odis maiore asi im idel ipsandit

ficha

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O Circuito universitário é um espaço para novos realizadores em formação. A programação é formada por filmes de universitários de cinema e audiovisual que apresentam trabalhos maduros com qualidade técnica, narrativa e temática. A diversidade entre os filmes e diferentes estilos de autoria são sem dúvida um dos atrativos do circuito nesta edição. Este ano a mostra é composta por filmes que já estiveram em importantes festivais e outros que farão no FICBIC a sua estréia. Ao todo são doze curtas-metragens escolhidos e divididos em três sessões. A curadoria buscou fazer escolhas equilibradas entre as propostas de documentário, ficção e experimental trazendo pluralidade na programação para o melhor aproveitamento do público. Uma novidade deste ano é a sessão OLHA ELAS!, recorte pensado especialmente para as novas realizadoras. A programação também conta com a parceria do CINE EGRESSO, que estréia sua mostra itinerante no Circuito Universitário dando início a sua jornada. Trata-se de filmes de alunos egressos do curso de cinema e audiovisual da UNESPAR/FAP premiados em diversos festivais nacionais e internacionais que sem dúvida foram o prelúdio da carreira desses realizadores.

NICOLE LOIOLA CURADORA

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A CIDADE SEM PASSADO L

2017, DOCUMENTÁRIO, 9’17’’

Novas notícias fazem com que uma antiga amiga se recorde de Cassoulet, há tempos ausente. Ela lhe escreve uma carta em que expressará a tristeza que é a sua falta na cidade e as consequências irremediáveis dessa ausência: a destruição do passado.

Direção, roteiro, direção de fotografia e montagem: Renan Turci | Cor e Finalização: Guilherme Morilha | Design de Som: Túlio Borges | Elenco: Ana Paula Melgarejo e João Muniz | Realização: Xamã Filmes UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

AS TRÊS L

2016, FICÇÃO, 14’17’’

Cecília passa um fim de semana na casa de Anaís e Isabelle, suas amigas de infância.

Direção: Elena Sassi | Roteiro: Elena Sassi | Direção de produção: Ana Carolina de Azevedo | Direção de fotografia: Deise Hauenstein | Direção de arte: Caetano Weissmann | Montagem: Leonardo Michelon | Elenco: Gabriela Poester, Carla Elgert e Anelise Vargas UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

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CATADORAS 2017, DOCUMENTÁRIO, 17’

L

Uma cidade modelo, um país em crise, um trabalho invisível. Um olhar sobre as catadoras da periferia de Curitiba.

Direção: Camille Bolson | Roteiro: Camille Bolson e Guilherme Daldin | Produção: Célia Sumie Lombardi | Som direto: Célia Sumie Lombardi | Direção de fotografia: José Eduardo Pereira | Montagem: Camille Bolson e José Eduardo Pereira UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

DERIVA 2017, FICÇÃO, 16’31’’

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Três personagens estão em um terraço. Um homem de meia idade, uma adolescente e uma jovem adulta. Distantes da cidade e dos motivos que os levaram até ali, eles imergem em reflexões sobre o limite de suas vidas.

Direção: Hugo Lobo Mejía | Roteiro: Hugo Lobo Mejía | Direção de produção: João Paulo Alencar e Icaro Zanutto | Direção de fotografia: Andre Schaefer | Direção de Arte João: Paulo Alencar | Montagem: Hugo Lobo Mejía | Elenco: Paulo Matos, Rayssa Martins e Yasmin dos Reis UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

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O MUNDO ESTRATIFICA E O CORPO SE DESLOCA L

2017, DOCUMENTÁRIO, 21’

Após a criação de Ayla Miejski, e diante de questões a respeito de si próprio, o realizador vai ao encontro de outras artistas, de estilos diferentes. O filme é um recorte de algumas visões do ontem e do hoje sobre ser drag queen no Brasil.

Direção: Igor Urban | Roteiro: Igor Urban e Vitória Galvão | Produção: Vitória Galvão e Isabele Orengo | Direção de fotografia: Duda Berlitz | Montagem: Guilherme Heleno e Gui Morilha | Som: Tulio Borges | Empresa produtora: Gesto de Cinema | Finalização: Xamã Filmes | Elenco: Ayla Miejski, Suzaninha Richthofen, Juana Profunda, Diandra Stope e Silvetty Montilla UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

MARIA ADELAIDE 16

2016, FICÇÃO, 15’30’’

Maria

Adelaide,

retirante

nordestina,

descobre na cidade grande do Rio de Janeiro uma identidade que permanecia escondida.

Direção: Catarina Almeida | Roteiro: Catarina Almeida | Direção de produção: Daniela Chrispim | Direção de fotografia: Ricardo Alexandria | Direção de arte: Helena Cunha | Montagem: Catarina Almeida, Wallace Novoa e Caio Medeiros | Elenco: Kika Farias, Mano Melo, Diego Diener, Ludmila Dangelis, Marcione Pará, Heitor Nóbrega, Ana Luz e Lino Besser UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA

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MIRA 2017, FICÇÃO/ANIMAÇÃO, 7’56”

L

Fátima vê uma estrela cadente e faz um pedido. Lá fora, ela terá que lidar com seus monstros, sejam eles reais ou não.

Direção, ilustração, animação: Janaina da Veiga | Mentor: Lucas Negrão | Montagem e lighting: Alexandre Spiacci | Desenho de som: Bruno Ito | Trilha sonora: Shannn e Machado UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

RUÍNA 2016, EXPERIMENTAL, 3’35”

L

Os bens são atrelados ao ser.

Direção e produção: Vitor Sawaf | Fotografia, operação de câmera e música: Gabriel Lobo | Produção: Luciane Carvalho e Celso Sawaf | Elenco: Vitor Sawaf | Produção: Dudu Martini e Heloisa Reitenbach | Produção no set: Luciane Carvalho e Bruno Gusso | Making of: Andre Schaefer | Motorista: Júnior UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

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SERENATA 14

2016, FICÇÃO, 15’50’’

O medo está constantemente afetando nossas vidas. Onde quer que estejamos, ele está lá. Do silêncio ele surge: um barulho distante; um olhar de um homem estranho; uma sombra em uma janela. E de repente não somos mais nós mesmas.

Direção: Dani Seabra | Roteiro: Filipe Valerim | Direção de Produção: Mariana Lopes | Direção de Fotografia: Gabriela Akashi | Direção de Arte: Bruna Bertolino | Montagem: Clara Bastos | Elenco: Estrela Straus, Gilda Nomacce, Cida Moreira, Felipe Calçada e Rodrigo Roviralta UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ECA/CTR

SOBEJAR 12

2017, DOCUMENTÁRIO, 11’ 58’’

Verbo 1.transitivo indireto e intransitivo Sobrar, exceder os limites do necessário ou do preciso; ser demasiado. 2.pronominal P.us. Ter sobejo; suprir-se.

Direção: Helena Volani | Montagem: Helena Volani e Juslaine Abreu-Nogueira | Trilha sonora: Pedro Monte Kling | Som: Helena Volani, Pedro Monte Kling e Felipe Ribeiro | Elenco: Ana Xavier, Julia Gasparoto e Helena Volani | Câmera: Helena Volani, Agnes Vilseki, Amanda Soprani e Bruno Ferreira UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

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TELLUS 2017, DOCUMENTÁRIO/EXPERIMENTAL, 11’30’’

L

Gaia surge do caos. É a personificação feminina da Terra e força geradora de três filhos sem pai: Pontos, o mar primitivo; Oreas, as montanhas; e Urano, o céu. Tellus é a terra mater, o solo fértil, sobre o qual existem os elementos se geram entre si. O filme explora as linhas territoriais e naturais do corpo da mulher e da Terra, permeando as fronteiras entre o documental poético e a ficção experimental. Utilizando a mitologia greco-romana

como

estrutura

fílmica,

Tellus sugere a libertação de um corpo marcado.

Direção, roteiro, produção, direção de fotografia: Anna Petracca e Rayman Virmond. | Som direto: Rayman Virmond | Trilha Sonora: Leonardo Gumiero | Produção de som: Víscera | Montagem e correção de cor: Anna Petracca | Performance: Sabrina Trentim UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

UM NO ESCURO 2016, EXPERIMENTAL, 8’

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As identidades de um casal se confundem em um atmosfera onírica e surrealista. Fragmentos desse relacionamento trazem a tona questões acerca da violência ao corpo feminino.

Direção: Lou Bueno, Pedro Mansa e Bezerra Benites | Argumento e roteiro: Lou Bueno e Pedro Mansa | Direção de foto: Pedro Mansa | Operação de câmera: Lou Bueno e Thiago Bezerra Benites. | Elenco: Alessandra Mathias e Pedro Mansa | Mãos: Wil Santos. UNESPAR - CINEMA E AUDIOVISUAL

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A OUTRA MARGEM 12

FICÇÃO, 2015, 26’

Sábado à noite, Centro­ -Oeste brasileiro. Jean é um agroboy que escuta a rádio local onde as pessoas deixam mensagens de amor.

Direção e roteiro: Nathália Tereza | Produção executiva: Ana Paula Málaga, Breno Benetti | Direção de fotografia: Eduardo Azevedo | Som direto: Lucas Maffini | Desenho de som: Tiago Bello | Direção de arte: Camila Nham | Montagem: Nathália Tereza, Tomas von der Osten | Empresa produtora: Diadorim Filmes | Elenco: Natalia Mazarim, Pepa Quadrini

PÁTIO 14

DOCUMENTÁRIO, 2013, 17’

No Pátio joga-se bola, capoeira e fala-se de liberdade.

Direção e roteiro: Aly Muritiba | Produção: Antônio Junior e Marisa Merlo | Produção executiva: Antônio Junior e Marisa Merlo | Direção de fotografia: Elisandro Dalcin | Montagem: Aly Muritiba e João Menna Barreto | Som direto: João Menna Barreto | Desenho de som: Alexandre Rogoski | Direção de produção: Aly Muritiba

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PRETO PÁLIDO FICÇÃO, 2016, 26’

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Um jovem médico retorna ao Brasil para visitar o túmulo da sua falecida noiva. Ao chegar no casarão da família da morta, conhece sua irmã mais nova, que passa a revelar segredos que não foram enterrados.

Direção e roteiro: Diego Florentino | Produção Executiva: Rudolfo Auffinger | Direção de produção: Sônia Procópio | Direção de fotografia: Carlos Ebert, ABC | Direção de arte: Daniela Medeiros | Montagem: Fernando Severo | Desenho de som: Ulisses Galetto | Trilha sonora original: Grace Torres | Elenco: Anderson Fregolente, Lise Santos, Alexandre Zampier e Santos Chaga

VÓ MARIA DOCUMENTÁRIO, 2011, 6’

L

Memória em três tempos.

Roteiro, fotografia, montagem, produção executiva e som direto: Tomás von der Osten

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biografias


DENIZE ARAUJO CIRCUITO BRASILEIRO

Denize Araujo, Pós-Doutorado em Cinema e Artes pela Universidade do Algarve – UAlg, Portugal; PhD em Literatura Comparada, Cinema e Artes pela University of California, Riverside- UCR-EUA; MA em Cinema pela Arizona State University – ASU-EUA. da

pós-graduação

em

Cinema

e

docente

Coordenadora

do

Mestrado

e

Doutorado da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, na linha de Cinema e Audiovisual. Diretora do Clipagem – Centro de Cultura Contemporânea, responsável por três itinerâncias do Kinoforum e duas do Anim!Arte, e por levar ao exterior curtas brasileiros premiados, já exibidos na City University of Hong Kong, na ASU e na UAlg. Membro do International Council, do Publishing Committee e do Scholarly Review Committee da IAMCR – International Association of Media and Communication Research. Coordenadora do GP CIC (CNPq) e do GT Imagem e Imaginários Midiáticos (Compós) e ViceCoordenadora do GT Visual Culture da IAMCR.

Pesquisa temas

como memória, imagem, documentário, subjetividade, hibridação midiática e a estética da hipervenção.

PAULO CAMARGO CIRCUITO BRASILEIRO

Paulo Camargo é jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná, mestre em Teoria e Estética do Audiovisual pela Universidade de Miami, onde foi bolsista da Comissão Fulbright, e professor dos cursos de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR e do Centro Universitário UniBrasil. Também leciona em cursos de pós-graduação da PUC–PR e da Universidade Tuiuti do Paraná, onde é doutorando no programa de Comunicação e Linguagens. Foi editor de cultura, crítico de cinema e repórter especial do jornal Gazeta do Povo, do Paraná, diário no qual atuou entre 1996 e 2014. É integrante da Associação Brasileira de Críticos de Cinema –Abraccine. Trabalhou nos jornais O Estado do Paraná e Folha de S. Paulo.

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ARISTEU ARAÚJO CIRCUITO CLÁSSICO

Aristeu Araújo é cineasta e jornalista. Trabalha como diretor, roteirista e montador de filmes e vídeos. Atualmente se dedica à pré-produção de seu mais recente curta-metragem, “Quando as coisas se desmancham” e é editor de cultura do portal Porém.net. O seu filme “Por que corro?”, foi premiado como Melhor Filme em Tomada Única e Melhor Montagem no 7º Festival Internacional de Cinema de Super 8 de Curitiba. “Com todo amor de que disponho” foi exibido em diversos festivais no Brasil e no exterior, recebendo Menção Honrosa no Tlanchana Fest (Cidade do México). Atua ainda na produção e curadoria de festivais e mostras. Realizou as mostras “Ser Tão Pop - O novo cinema de Sertão”, “Autorretratos Documentários autobiográficos” e “Por dentro da ilha - Cinema em Cuba nos anos 2000” junto às CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza entre os anos de 2014 e 2017. De 2012 a 2014 atuou como produtor e programador da sala CinePensamento no centro cultural Sesc Paço da Liberdade. Entre 2007 e 2013 foi editor de conteúdo da Revista Moviola, site que fundou.

MARIANA BERNAL CURTO-CIRCUITO

Mariana Bernal é cientista social e trabalha como produtora executiva, coordenadora de produção audiovisual e cultural. Já realizou a produção de mais de cem filmes publicitários, além do gerencialmente de diversos projetos culturais. Em 2015, como produtora cultural, coordenou o Circuito Universitário, Circuito de Museus e Circuito de Galerias da Bienal de Curitiba. Há três anos é produtora executiva e coordenadora do Festival de Cinema da Bienal de Curitiba. Foi produtora executiva e coordenadora de produção da primeira temporada dos programas de televisão Homens Gourmet e Comida Caseira do canal FOXlife, em 2009. Sócia da Brioi Conteúdo, trabalha ainda como gestora de projetos de comunicação.

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NICOLE LOIOLA CIRCUITO UNIVERSITÁRIO

Nico Loiola nasceu São Paulo mas desde 2013 vive em Curitiba onde é graduanda bacharel em cinema e audiovisual pela Universidade Estadual do Paraná. Nos últimos três anos foi coordenadora e dois anos curadora da Mostra Universitária - Mostra o Teu Que Eu Mostro o Meu. Contribuiu na organização das últimas três edições do Seminário Nacional Cinema em Perspectiva e participou da equipe de diversos festivais de cinema, entre eles Curta Oito, Festival Internacional de Cinema Super 8 de Curitiba, Olhar de Cinema, FIDÉ Brasil entre outros. Atualmente é pesquisadora no campo de cinema e educação e ministra oficinas de audiovisual em escolas públicas para estudantes do ensino médio. Em 2017 estreou seu segundo curta-metragem como realizadora.

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BIENAL INTERNACIONAL DE CURITIBA Conselho de Honra Alfredo Meyer Antônio Pereira da Silva e Oliveira Ernesto Meyer Filho Guilmar Maria Vieira Silva Idelfonso Pereira Correia Jorge Hermano Meyer Lívio Abramo Raquel Liberato Meyer Túlio Vargas

Curadora Curto-circuito Mariana Bernal

Conselho Superior Presidente de Honra em Memória Miguel Briante

Coordenadora Institucional e de Processos Carolina Valentim Loch

Membros Ana Amélia Filiziola André Caldeira Claude Bélanger Denize Corrêa Araujo Eduardo Fausti Erlon Caramuru Tomasi Guido M. do Amaral Garcia Jayme Bernardo João Luiz Felix Luiz Fernando Casagrande Pereira Mario Pereira Michele Moura Rodrigo de Araújo Pinheiro Rodrigo Rocha Loures Sandra Meyer Nunes

Analistas de Processos Amanda Burkovski

Presidente Luiz Ernesto Meyer Pereira Vice-Presidente Monica Machado Lima Diretor Secretário Luiz Carlos Brugnera Diretora Financeira Luciana Casagrande Pereira Tesoureiro João Marcos Almeida Assistência Deocélia Costa Martins Conselho Fiscal Fernando Mazur Membros Geni Aparecida Motin José Otávio Panek FESTIVAL DE CINEMA DA BIENAL DE CURITIBA ’17 Diretor Geral Luiz Ernesto Meyer Pereira Coordenadora do Festival de Cinema Mariana Bernal Curadores Circuito Brasileiro Denize Araujo Paulo Camargo Curadores Circuito Clássico e Homenagem Aristeu Araújo

Curadora Circuito Universitário Nicole Loiola Produção e Programação do Festival de Cinema Aristeu Araújo Produção itinerância Mariana Bernal

Coordenador de Design Gráfico Claudio Gonçalves Identidade Visual Claudio Gonçalves Assistente de Design Larissa Yumi Coordenadora de Comunicação Isabela França Assessoria de Comunicação Mirian Karan Assistente de Comunicação Gabrielle Russi Mídias Sociais Fernanda Rios Site Aristeu Araújo Conteúdo do site Gabrielle Russi Guilherme Gonçalves Cópias em DCPs Aristeu Araújo Catálogo Claudio Gonçalves

Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural – SCDC/MinC Débora Albuquerque Secretário da Economia da Cultura/MinC Mansur Bassit Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura – Sefic/MinC José Paulo Soares Martins Secretário do Audiovisual – SAv/MinC João Batista da Silva Secretário de Infraestrutura Cultural - Seinfra/MinC Raimundo Benoni Diretora de Incentivo à Cultura – SEFIC/MinC Alexandra Luciana Costa Chefe de Gabinete do Ministro da Cultura – MinC Cláudia Maria Mendes Pedrozo Assessor Especial do Ministro – MinC da Cultura – MinC Walter Tebexreni Orsati Juliano César Alves Vianna Maria Ângela Inácio Adriana Motta Leal Teixeira Fabiano Caldeira Coordenadora da Assessoria de Apoio Administrativo - MinC Jaqueline Silva Campos Magalhães Assessora Técnica - MinC Katiana Silva Santos Santiago Marta Bernadete Ribeiro Romero Zifa Pereira da Costa Scalia Secretaria Executiva - MinC Miriam Amorim Nascimento da Silva Leite Tamyres Pereira da Silva Ottoni Tânia Maria Temóteo Assistente Técnico - MinC Erika Rodrigues Haguihara Santos

Agradecimentos Institucionais

Chefe da Casa Civil Valdir Luiz Rossoni

Presidente da República Federativa do Brasil Michel Temer

Chefe da Assessoria Especial do Ministério da Chefia da Casa Civil Diogo de Sant’Ana

Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão

Subsecretário-geral de Cooperação Internacional, Promoção Comercial e Temas Culturais – MRE Embaixador Santiago Irazabal Mourão

Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ministro Chefe da Casa Civil Eliseu Padilha Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab Secretária Executivo – MinC Mariana Ribas

Chefe da Divisão de Operações de Difusão Cultural DODC – MRE Gustavo de Sá Duarte Barboza Chefe do Escritório de Representação do MRE no Paraná (EREPAR) Ministro Sérgio Elias Couri Diretora-presidente em exercício Ancine Diretoria Colegiada Debora Ivanov


Gabinete do Diretor-presidente Ancine Diretoria Colegiada Renata Del Giudice

Superintendência da Educação - SEED Ines Carnieletto

Superintendente de Gestão Educacional - SME Elisângela Iargas Iuzviak Mantagute

Diretor Ancine Diretoria Colegiada Roberto Lima

Direção do Departamento de Educação Básica - SEED Cassiano Roberto Nascimento Ogliari

Departamento de Educação Infantil - SME Elidete Zanardini Hofius

Secretário de Estado do Esporte e do Turismo Douglas Fabrício

Departamento de Ensino Fundamental - SME Simone Zampier da Silva

Prefeito de Curitiba Rafael Greca de Macedo

Departamento de Planejamento, Estrutura e Informação - SME Elizabeth Dubas Laskoski

Assessoria de Comunicação ANCINE Mariana Dratovsky Assessoria Internacional ANCINE Ana Julia Cury de Brito Cabral Coordenação de Programas Internacionais de Cooperação e Intercâmbio ANCINE Carina Cavalcante Coelho

Vice-Prefeito Eduardo Pimentel

Governador do Estado do Paraná Beto Richa

Chefe de Gabinete do Prefeito João Alfredo Costa Filho

Vice-Governadora do Estado do Paraná Cida Borghetti

Assessores Marcio Mück Lucas Navarro de Souza Monica Guimaraes Santanna Cynthia Juraszek Maia Batista

Secretário de Estado da Cultura João Luiz Fiani Secretária de Estado da Educação Ana Seres Trento Comin Diretor-Geral da SEEC Jader Alves Coordenador do Sistema Estadual de Museus Renato Carneiro Coordenação de Comunicação Alisson Diniz Coordenação de Desenho Gráfico – SEEC Rita de Cassia Solieri Brandt Braga Coordenadora de Incentivo Cultural - SEEC Isidoro Diniz Coordenadora de Patrimônio Cultural – CPC/SEEC Sergio Marcos Krieger

Secretário de Governo Municipal Luiz Fernando de Souza Jamur Secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento Vitor Puppi Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Finanças Ivanise Cristina Marques Ratto Secretário Municipal da Comunicação Social Marcelo Cattani Superintendente - SMCS Heitor Manfrinato Fundação Cultural de Curitiba Presidente Marcelo Cattani Superintendente - FCC Ana Cristina de Castro

Chefe da Coordenadoria de Ação Cultural – CAC/SEEC Luiz Henrique Fernandes da Silva

Diretor Administrativa e Financeira Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy

Chefe de Gabinete – SEEC Margareth Salazar Campinas

Diretora de Incentivo à Cultura Loismary Pache

Assessora Técnica da Diretoria-Geral – SEEC Regina Iório Joana Maria de Guadalupe Corsi

Diretor de Patrimônio Cultural Marcelo Sutil

Secretaria Especial da Chefia de Gabinete do Governador Deonilson Roldo Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação do Paraná Edmundo Rodrigues da Veiga Neto Assessoria de Comunicação - SEED Maria Duarte

Departamento de Logística - SME Maria Cristina Brandalize Departamento de Desenvolvimento Profissional - SME João Batista dos Reis Presidente do Instituto Municipal de Turismo Tatiana Turra Korman Gabinete - IMT Valéria Marcondes Rolim Carin Lorenzi Superintendente - IMT Osvaldo Fernando Dietrich Presidente do IPPUC Reginaldo Luiz Reinert Supervisão de Planejamento - IPPUC Rosane Valduga Presidente da URBS José Antonio Andreguetto Secretário Municipal de Meio Ambiente Marilza do Carmo Oliveira Dias Superintendência de Obras e Serviços Reinaldo Pilotto Superintendência de Controle Ambiental Marilza do Carmo Oliveira Dias Departamento de Parques e Praças Jean Brasil Departamento de Pesquisa e Monitoramento Josiana Saquelli Koch

Diretor de Ação Cultural José Roberto Lança

Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento Marlise Teresa Eggers Jorge

Secretária Municipal da Educação Maria Silvia Bacila Winkeler

Departamento de Limpeza Pública Edelcio Marques dos Reis

Chefe de Gabinete - SME Márcia Peça

Departamento de Produção Vegetal José Roberto Roloff

Superintendente Executivo - SME Oséias Santos de Oliveira

Departamento de Serviços Especiais Luis Augusto Dissenha


Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna Márcia Arzua

Assessoria da Diretoria Administrativa e Financeira Antonio G. Martins Neto

Presidente da FAS Elenice Malzoni

Assessoria de Imprensa Ana Luzia Palka Miranda Evelise Baroni Rogério Rabitto

Chefe de Gabinete - FAS Greiceliz Cabral Perusseli Schiller Secretária da Saúde Márcia Cecília Huçulak Presidente da COHAB José Lupion Neto Diretor Técnico - COHAB Mauro César Kugler Assessora de Políticas para Pessoas com Deficiência Denise Maria Amaral de Oliveira Moraes Assessor de Políticas de Igualdade Racial Adegmar José da Silva (Candieiro) Assessor de Políticas de Diversidade Sexual Allan Johan Assessora de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres Terezinha Beraldo Pereira Ramos Coordenação de Relações Intersetoriais Luciane Passos

Coordenação do Sistema Municipal de Museus e de Artes Visuais Marili Azim

Coordenação Rodrigo Marques

Gerente de Cultura Isabel Cristina Bizerra da Silva

Assessoria Tatiana Petry

Coordenador geral do Núcleo de Comunicação Cesar Luiz Gonçalves

Coord. Centro de Arte Digital Alessandra Duarte Coordenação Portão Cultural Stael Fraga de Batista Assessoria Ana Teresinha da Veiga Thais de Camargo Penteado Cristiane Fonseca Ribeiro Cinemateca Coordenação Valéria Marques Teixeira Coordenação do Acervo/Cinegrafista: Marcos Stankievicz Sabóia

Secretário de Urbanismo Marcelo Ferraz Cesar

Técnico em acervo Sueli Aparecida de Souza

Fundação Cultural de Curitiba Presidente Marcelo Cattani

Editor / Cinegrafista Nivaldo Lopes

Assessoria da Diretoria de Ação Cultural Renata Mele Assessoria da Diretoria de Patrimônio Cultural Angélica Carvalho

Diretor Regional do Sesc Paraná Emerson Sextos

MuMa- Museu Municipal de Arte

Técnico em preservação e acervo Denise Lilian Zanini

Assessoria da Superintendência Fátima Mercuri

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná Darci Piana

Divisão de Educação e Cultura Diretora da Divisão de Educação e Cultura Maristela Massaro Carrara Bruneri

Coordenação de Acessibilidade Francielle Henrique Lucena

Superintendente Ana Cristina de Castro Diretor de Ação Cultural José Roberto Lança Diretor de Patrimônio Cultural Marcelo Sutil Diretora de Incentivo à Cultura Loismary Pache Diretor Administrativo e Financeiro Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy Chefia de Gabinete da Presidência Silvia Guinsk

Projecionista Valdenicio Pereira da Silveira

Assessoria / Programação Cassiana Caldini Ribas Bernardi Miguel Angelo Neves Gubert Gerencia de Cinemas Guilherme Osty Projecionistas Elio de Oliveira Borges Francisco Amancio da Silva Recepção e Organização Zenilda Aparecida França Lemos Portaria Sérgio Fernandes da Silva Bilheteria Luiza Rodrigues da Silva Maria Auxiliadora da Silva Cine Guarani Gerente Vicente Cezário da Cruz

Sesc Paço da Liberdade Gerente Executiva Celise Helena Niero Assistente de Gerente Aglair da Cruz Técnicos de Atividades Flávia de Paula Milbratz Luana Oliveira Marcelo Cruz Marisa Muniz Orientadores de Atividades Daniel Vitor Grizza Ribeiro Lucas Françolin da Paixão Maria Luiza J. Gomes Raimundo Luiz dos Santos William Machado Operador de Luz e Som Jerison Soares da Silva Assistentes Técnicos Administrativos Djalma Santos Edilaine Rech Marjorie Andrade Silvia Regina da Silva Tatiana Carlini Burger Assistentes Administrativos Marcelo Alves Roberto Jose Barbosa Teresinha de Jesus Ribeiro Derenievicki Espaço Itaú de Cinema Adhemar Oliveira Silvana De Oliviera Amaral Patricia Da Silva Leite Luiz Antonio Goncalves De Oliveira Abel Kaiser Vieira Filho Eugenio Cordeiro Dos Santos Elaine Da Silva Pereira Iraci De Matos Solange Aparecida Pereira Domingues Tertulina Maria De Oliveira Faria Nilson Jose Monteiro Christian Santos Silva Benhur Galvão Bueno Daniel Felipe Marcondes Camargo


Flavia Andrade Pego Thais Cristina Timoteo Prisiele Antunes Ricardo Luiz De Oliveira Moraes Ivone Pereira Moreira Iris Todorovisk Padilha

Instituto Cervantes em Curitiba Diretora Rosa Sánchez-Cascado Nogales

Embaixada da Austrália em Brasília Embaixador John Richardson

Crater-Lab Adriana Vila GUEVARA Luis Macias

Oficial de Mídia e Relações Públicas Mariana Luz

Cine Maison Cinemateca da Embaixada da França Thomas Sparfel Gustavo Andreotta

Curadora e Produtora Alison Musgrove Embaixada da China em Brasília Embaixador Li Jinzhang Conselheiro Cultural Shi Zequn Seção Cultural Li Zexuan Consulado Geral da China em São Paulo Cônsul-Geral Chen Peijie Embaixada Real da Noruega em Brasília Embaixador Aud Marit Wiig Conselheiro Harald Tollan Assessora de Educação e Cultura Joana Brauer Trainee Anette Brenden Consulado Geral de Israel em São Paulo Cônsul-Geral Dori Goren Vice-Cônsul Geral Orni Ringer Assessor Cultural Antonio Carlos Sandoval Embaixada da Espanha em Brasília Embaixador Carlos Alonso Zaldívar Coordenadora de Projetos e Atividades Culturais Marta Vilela Ibañes Embaixada da França no Brasil Embaixador Michel Miraillet Conselheiro de Cooperação e Ação Cultural Alain Bourdon

Bibliotecário Aguinaldo Marcelino

Institut Français Presidente Executivo Pierre Buhler Diretor Geral Anne Tallineau Diretor Adjunto Cinema Pierre Triapkine Consulado geral do Paraguay em Curitiba Cônsul Geral Salvador Meden Peláez Cônsul Geral Adjunto Luis Alberto Manchini Olivera Goethe Institut Diretor da Programação Cultural Julian Fuchs Programação Cultural Luiz Rangel Karine Legrand Lorena Vicini Comunicação e imprensa Simone Malina Filmoteca Eveline Cori

Agradecimentos Especiais Arilmar Lucena Toribio de Prado Pérez Luis Mabalu Franco Pereira Ferreira Davi Pereira Ferreira Magali Madalosso Inês Cordeiro de Araújo Rodrigo Araujo Ferreira Marlene Casagrande Pereira Mario Pereira Luiz Fernando Casagrande Pereira Elenita Cervo Teixeira Denise Pereira Araujo Nils Martin Gunneng Márcia Regina Rios Assis Victor A. Rios Assis Alana Vieira Assis Lindsay Dharana Assis Koren Lin Ani Assis Louise Anne Assis Katine Hellen Lain Assis Jéssica Vieira Marcela Barba Aline Vaz Gabriel Gariba Luciana Kimi João Matias Loch Valdeci de Fátima Valentim Loch Gustavo Valentim Loch Juliana Valentim Loch Guilherme Krauss Eduardo Dario Jefherson Maiczak Edson Moraes Sônia Silvério Nadia de Souza Moreira Fabrício Marques de Souza Fabíola Fortunato Chudzikiewicz Paulo Krauss Renata Bueno Rubens Bueno Márcio Mendes Paulo Henrique Maciel Borges Brenda Morais Monteiro da Silva Vinicius Barbedo Fiori Claudia Zilli Teixeira Neide Dallabrida Marlon José Zanetti Anderson Guapo Barroso Guaia Knoll Malinowski Osmar Carboni Rafaela Weiber Maria Fernanda Sbrissia Andressa Saizaki Karina Analia Cunha Marques


ÍNDICE ALFABÉTICO DE FILMES

104

40” of a Frame

113

Derretendo

131

A arte Que Me Habita

114

Dias Congelados

A Baía dos Anjos

57

Duas Garotas Romântica

140

56

A Cidade Sem Passado

74

Faça Homus Não Faça Guerra

107

A Enchente

133

A Luta

92

Fata Morgana

110

A Missão do Gerente de Recursos Humanos

44

Festejo Muito Especial

146

A Outra Margem

98

Film Quartet Polyframe

134

30

A Terceira Margem

72

A Vingança Está na Moda

40 41 69

Aguirre, a Cólera dos Deuses

93

Liberdade

Além das Fronteiras

99

Listen to Me

Answer Print

58

Lola, a Flor Proibida

Antes da Neve

83

Lost in White

29

Antonio Um Dois Três

45

Mamata

28

Arábia

142

Maria Adelailde

109

As Medusas

143

Mira

132

As Minas do Rap

65

Nouvelle Vague

120

As Otimistas

34

O Fantástico Patinho Feio

140

As Três

108 97 118

91 111 31

115

Fantasmo

Final de Copa

75

Geração Roubada

Abissal

82

I Belonged to You

Afronte

136

Assassinato no Comitê Central Aviva, Meu Amor

142 46 130

Ilha das Crianças

O Mundo Estratifica e o Corpo se Desloca O projeto de Meu Pai O Que Queremos Para o Mundo?

Bio

35

O Que Seria Deste Mundo Sem Paixão

Bird hearts

47

O Quebra Cabeça de Sara

42

Boca de Fogo

94

Os Amantes

81

Boonie Bears III

66

Os Assassinos Estão Entre Nós

Brothers

59

Os Guarda-Chuvas do Amor

123

121 43

Cabelo Bom

141

Catadoras

119

Cega

127 84 146

Oslo’s Rose Pali Road Pátio

64

Céu Sem Estrelas

32

Pela Janela

33

Construindo Pontes

60

Pele de Asno

112

Delicada Relação

141

Deriva

100

Pixel Jungle

48

Postergados


147 76 101

Preto Pálido Promessa de Guerra Psycho 60/98

49

Quando os Dias Eram Eternos

50

Quem matou Eloá?

67

Ran

73

Reino Animal

116 51

Restauração Rosinha

143

Ruína

126

Sami Boy

52 144 77

Se Você Contar Serenata Shine

102

Sin Dios ni Santa María

122

Small talk

144

Sobejar

85

Someone to Talk to

78

Spear

145

Tellus

95

Tempo de Silêncio

53

Tentei

124

The Good Life - Over There

105

The Kiss

87 103

The Song of Cotton This Bogeyman

86

Tik Tok

68

Um Dia Muito Especial

145

Um no Escuro

135

UrSORTUDO

79 147 89 125 88

Vem Dançar Comigo Vó Maria Xuan Zang Yes We Love Yesterday Once More



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co-patrocĂ­nio


apoio local

apoio internacional Embaixada

Embaixada Real

Consulado

da Austrália

da Noruega

Geral de Israel

em Brasília

em Brasília

em São Paulo

Embaixada da França em Brasília

Embaixada

Consulado

da Espanha

Geral da Itália

em Brasília

em Curitiba

Embaixada da

Consulado Geral da

República Popular

República Popular da

da China no Brasíl

China em São Paulo

veículo impresso oficial

hotel oficial

Consulado Geral do Paraguai em Curitiba


apoio institucional

apoio educacional

UNESPAR Universidade Estadual do Paraná

realização

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patrocínio

co-patrocínio

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