Ministério da Cultura apresenta:
Bienal de Curitiba ’17
China - país homenageado
Diverso e reverso
Bienal de Curitiba 2017 A Bienal de Curitiba presta uma justa homenagem à arte de um país cujas relações com o Brasil tendem a se tornar cada vez mais próximas no decorrer deste século. Trata-se hoje do maior parceiro comercial do Brasil. A China, componente dos Brics, tem uma produção artística excelente, que se pauta pela diversidade e pela qualidade, com base num profícuo embate entre tradição e inovação/experimentação. Como no Brasil, também na China as atividades culturais e criativas constituem um setor cada vez mais importante de representação simbólica da sociedade e de propulsão econômica, com alto impacto sobre a geração de renda, de emprego e de inclusão. Em suma, de desenvolvimento. O título Antípodas soa como uma genial provocação de como a aparente distinção cultural pode revelar pontos em comum e complementares. A escolha da fotografia como foco demonstra bem isso. A produção apresentada ao espectador um mundo novo de aproximações e de transversalidades que tendem a fazer da diversidade um encontro potente de diferenças e semelhanças. China e Brasil, antípodas geográficos e culturais, revelam-se próximos em suas mais diversas dimensões culturais. O olhar da fotografia expandida é, portanto, um olhar democrático, humanista, que aproxima pela arte países cada vez mais próximos em termos econômicos. A Bienal de Curitiba, ao trazer a arte contemporânea chinesa ao Brasil, dá aos brasileiros uma oportunidade única de transformar antipodia em convergência. O Ministério da Cultura sente-se honrado em contribuir para a viabilização de um evento cultural tão significativo. É assim que nossa missão se realiza. Parabéns aos organizadores pela excelência do projeto. Longa vida à Bienal de Curitiba!
Curitiba Biennial 2017 The Curitiba Biennial pays a fair tribute to the art of a country whose relations with Brazil tend to become ever closer during this century. Chinas is nowadays the biggest commercial partner of Brazil. China, part of the BRICS, has an excellent artistic production guided by diversity and quality, based on a profitable clash between tradition and innovation/experimentation. As it happens in Brazil, Chinese cultural and creative activities constitute a sector ever more important of economic propulsion and societal symbolic representation, with a high impact on income generation, employment and inclusion. In short: development. The title Antipodes sounds like a brilliant provocation on how the apparent cultural distinction may reveal common and complementary points. The choice of photography as a focus point reveals that well. The production presents to the spectator a new world of approximations and transversalities that tend to turn diversity into a potent encounter of differences and similarities. China and Brazil, geographical and cultural antipodes, reveal themselves close in their most diverse cultural dimensions. The gaze of expanded photography is, therefore, a democratic, humanist one, that brings together by art countries that are closer and closer in economic terms. By bringing Chinese contemporary art to Brazil, the Curitiba Biennial gives to Brazilians a unique opportunity to transform antipode in convergence. The Ministry of Culture is honored to contribute to the feasibility of such a significant cultural event. And it’s as such that our vision comes into fruition. Congratulations to the organizers for the excellence of the project. Long live the Curitiba Biennial!
Sérgio Sá Leitão 4
Ministro da Cultura do Brasil Brazilian ministry of Culture
Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba 2017 O Paraná tem a honra de receber mais uma edição da Bienal Internacional de Curitiba. Uma das mais importantes exposições mundiais de arte contemporânea, que esse ano traz à capital de todos os paranaenses a singular cultura chinesa. Serão mais de 100 espaços artístico-culturais da cidade ocupados durante cerca de cinco meses. Período em que será possível conhecer, apreciar e se envolver com obras de artistas de todos os continentes. Em 24 anos de Bienal, o Paraná se consolidou como uma vitrine cultural, de artistas locais e internacionais, de obras premiadas e de público exigente movido por olhares atentos e criteriosos. Gente que leva daqui o pó da nossa terra nas solas de sapato e a marca de um Estado rico em criações. A Bienal Internacional de Curitiba é um ambiente construído para expandir e compartilhar conhecimentos e ideias. Neste sentido, o Governo do Paraná atua, mais uma vez, como um incentivador da Mostra. Além de assegurar o acesso às politicas públicas e administrar cifras, cabe ao Estado a função de estimular os saberes da sua gente, chancelar suas origens e valorizar seu legado. Por isso, caro leitor, sugiro que saia pela cidade, caminhe entre as ruas e avenidas na nossa capital, aproveite cada espaço e viva plenamente as experiências proporcionadas pela Bienal. Neste roteiro, insira os espaços oferecidos pelo Governo do Estado: o Hall da Secretaria do Estado de Cultura, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, o Museu da Imagem e do Som do Paraná, o Museu Oscar Niemeyer, o Museu Alfredo Andersen, o Museu Paranaense e o Hall do Palácio Iguaçu. É tempo de apropriar-se desses ambientes e inspirar-se.
International Biennial of Contemporary Art of Curitiba The State of Paraná is honored to hold another edition of the Curitiba Biennial. One of the most important world exhibitions in contemporary art will be bringing the unique Chinese culture to the capital this year. There will be over 100 spaces at the city dedicate to exhibit art and culture for about five months, during which will be possible to experience, appreciate and get involved with works of artists from all the continents. Over the 24 years of the Biennial, Paraná has become a cultural showcase for national and international artists, for rewarded artworks and for a demanding audience impelled by an attentive and selective look. People who carry under their shoes the dust of our place and the marks of a state rich in creations. The Curitiba Biennial is a place built to expand and share knowledge and ideas. The Government of Paraná, therefore, is once again acting to encourage the exhibitions. In addition to guarantee access to public policies and to manage figures, the state has also the duty of stimulate the knowledge of its people, endorse their origins and value their legacy. That is why, dear reader, I suggest you explore the city, walk in the streets and avenues of our capital, enjoy every space and fully experience what the Biennial has to offer. Add to your itinerary the spaces offered by the State Government: the Hall of the State Secretariat of Culture, the Museum of Contemporary Art of Paraná, the Museum of Image and Sound of Paraná, the Oscar Niemeyer Museum, the Alfredo Andersen Museum, the Museum of Paraná and the Hall of the Iguaçu Palace. It’s time to make these places one’s own and get inspired.
Cida Borghetti Governadora do Estado do Paraná Governor of Parana
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Bienal Internacional de Curitiba 2017 O Museu Oscar Niemeyer fortalece sua parceria com a Bienal de Curitiba ao ser um dos principais espaços expositivos do evento. Este ano a China será homenageada, com a presença de artistas dos cinco continentes. Com 15 anos de atividades, completados em 2017, o MON – maior museu de arte da América Latina - se consolida como um dos mais importantes museus do Brasil e do mundo. Realizou, neste período, mais de 300 exposições e a cada ano se supera em programação, mostras e conteúdo. Com um acervo com mais de quatro mil obras, o MON é um espaço onde o pensamento, a experiência e o senso crítico são aprimorados para trazer ao visitante o que existe de melhor na esfera das artes visuais, arquitetura, urbanismo e design. O trabalho resulta não somente em grandes mostras, muitas inéditas e premiadas, mas no desenvolvimento de conteúdos para que o visitante possa aprofundar-se no que está sendo apresentado. O edifício projetado por Oscar Niemeyer em 1978, e posteriormente transformado em museu em 2002, com seu anexo “Olho”, mudou a paisagem da cidade, o entorno e o dia a dia das pessoas que moram em Curitiba e também das que vêm apenas visitar, tornando-se um ícone que transpassou a arquitetura e consagrou-se como uma das maiores instituições de arte no país. A Bienal de Curitiba, referência no calendário das artes visuais há 24 anos, realiza mais uma edição junto ao Museu Oscar Niemeyer confirmando a seriedade e a excelência do trabalho feito em parceria com os produtores, artistas e instituições, e, acima de tudo, com os incentivadores da arte no país.
International Biennial of Curitiba 2017 The Oscar Niemeyer Museum (MON) strengthens its partnership with the Curitiba Biennial by being one of the main exhibition spaces of the event. This year China will be honored with the presence of artists from five continents. Opened for 15 years now in 2017, the MON – largest art museum in Latin America – has become one of the most important museums in Brazil and in the world. It has held more than 300 exhibitions over these years, going beyond on its programming, exhibitions and content year after year. With more than four thousand artworks in its collection, the MON is a space where thinking, experience and critical sense are improved to bring to the visitor the best in the field of visual arts, architecture, urbanism and design. The work results not only in large exhibitions, many of them never seen before and awarded, but also in development of content, so that the visitor can delve into what is being presented. The building designed by Oscar Niemeyer in 1978, and later turned into a museum in 2002, has changed, with its annex “Eye”, the landscape of the city, the surroundings and the day-to-day life of the people who live in Curitiba and, also, of those who come only to visit, becoming an icon that went beyond architecture and established the institution as one of the major in the art field of the country. The Biennial of Curitiba, a reference in our visual arts calendar for 24 years, is holding another edition alongside the Oscar Niemeyer Museum, confirming the seriousness and excellence of the work done in partnership with producers, artists and institutions, and, above all, art promoters in the country..
Juliana Wosnika 6
Diretora-Presidente do Museu Oscar Niemeyer Chief Executive Officer of Oscar Niemeyer Museum
A Cultura aproxima os povos A Bienal de Curitiba nos surpreende a cada edição, sempre trazendo uma proposta que nos provoca e estimula, que desperta a nossa curiosidade e a vontade de apreciar as atrações. Por isso a Secretaria de Estado da Cultura é parceira da Bienal, apoiamos porque acreditamos que eventos dessa grandeza incentivam novos artistas e promovem a valorização da arte e da produção cultural. Neste ano a Bienal atravessou os continentes e escolheu a China para homenagear, um país de cultura milenar, extremamente rica. Falar da cultura chinesa é se surpreender com o novo, mas sem esquecer as tradições desta cultura tão emblemática e importante. A mitologia, a caligrafia, a arquitetura, a arte da pintura, o dragão – símbolo da cultura do país, representa grandiosidade, coragem, nobreza, boa sorte. Agora, temos a oportunidade de nos aproximar um pouco mais desta cultura, conhecer seus conceitos artísticos e influências e ainda apresentar o que de melhor produzimos nas artes. Mais uma vez nossos espaços farão parte deste evento grandioso. Receberão exposições o Hall da Secretaria de Estado da Cultura, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, o Museu da Imagem e do Som do Paraná, o Museu Oscar Niemeyer, o Museu Alfredo Andersen e o Museu Paranaense. Acredito muito no poder da cultura de aproximação, na troca de conhecimento, na evolução humana, no poder que ela tem sobre a diversidade e o respeito. A cultura tem o poder de congraçar e de unir os povos. Uma excelente Bienal a todos.
Culture brings people closer together Every edition of the Curitiba Biennial it’s surprising, bringing always a proposal that provokes and stimulates, that awakens our curiosity and desire of appreciating the attractions. That is why the State Secretariat of Culture is a partner of the Biennial. We support it because we believe that events of such magnitude encourage new artists and promote the appreciation of art and cultural production. This year the Biennial crossed continents and chose China to honor, a country of an extremely rich and ancient culture. To talk about Chinese culture is to be amazed by the new, but without forgetting the traditions of such an emblematic and important culture. Mythology, calligraphy, architecture, the art of painting, the dragon – symbol of the country’s culture, representing grandeur, braveness, nobility, fortune. Now we have the opportunity to get a little closer to this culture, to get know their artistic concepts and influences and, also, to show the best of our art production. Once again, our spaces will be part of this great event. Exhibitions will be held at the Hall of the State Secretariat of Culture, the Museum of Contemporary Art of Paraná, the Museum of Image and Sound of Paraná, the Oscar Niemeyer Museum, the Alfredo Andersen Museum and the Museum of Paraná. I truly believe that culture has the power of bringing people closer together, as I believe in the exchange of knowledge, in the human evolution, in the power that it has over diversity and respect. Culture has the power of congregate and unite people. I wish you all an excellent Biennial.
João Luiz Fiani Secretário da Cultura do Paraná State Secretary for Culture of Parana 7
A China abre os olhos para Curitiba. Curitiba, através do Olho do Museu Oscar Niemeyer, contempla o Colosso Asiático. Lá adiante do sol poente, onde estão algumas das cidades mais antigas do mundo, na dimensão dos antípodas. Construir uma cidade é como pintar uma aquarela em nanquim, sobre papel de arroz – exige sensibilidade e destreza. Afinal, cidades são obras de Arte, inquietas, em eterna construção. Os elementos urbanos se dispõem na linha do tempo e compõem a história das nossas vidas. Quando criei os Faróis do Saber, as bibliotecas de bairro e lan-houses públicas de Curitiba, no momento em que surgia a internet, no ano de 1993, quis levar a luz do conhecimento para espantar a escuridão das almas. Todo conhecimento que não é compartilhado, se perde. Fomos felizes. Hoje, em dias de informação em tempo real, nossas primeiras lan-houses públicas do Brasil tornaram-se coworkings e fablabs, onde os primeiros frequentadores agora levam seus filhos. O desafio continua – é preciso irmos além. Esta edição da Bienal Internacional de Curitiba abre grandes portas e acena para um novo horizonte. Ao ter a China como país homenageado, um novo caminho se abre para nossa cidade. O caminho do desenvolvimento econômico da grande potência asiática, uma espécie de Nova Rota da Seda, capaz de atravessar continentes e mares e nos unir – para além das muralhas - a Hangzhou, cidade irmã, Beijing, Nanquim e Xangai. Sob o título ‘Antípodas – Diverso e Reverso’, nesta Bienal o antigo encontra o novo em uma singular fusão de valores: o mistério e a revelação. O Divino e o mundano. O passado e o futuro. O ocidente e o oriente. A noite e o dia. A aurora e o poente. O termo Antípodas refere-se a pontos geográficos radicalmente distantes. Polos opostos. Nada mais oportuno. De um lado, a tradição e imponência da China e sua cultura ancestral. Do outro, nossa Curitiba, tão jovem, cidade da inovação, capaz de se erguer aos olhos do mundo. Em reverência ao país homenageado, criamos o Largo da China, no Centro Cívico de Curitiba, diante do painel do Rio Iguaçu – obra magistral de Rogério Dias e Lycio Esmanhoto. Na abertura na Bienal de Arte de 2017, marcando a primavera deste ano fecundo, ali pousa para sempre majestosa estátua em bronze de Confúcio, do escultor Wu Weishan, presente trazido do país dos antípodas, pelo Governo da República Popular da China. Confúcio, referência luminosa da Humanidade, imortal filósofo e pensador chinês, resgata ensinamentos basilares da ética, moralidade e sabedoria. A China abre seus olhos para Curitiba. Curitiba passa a recordá-la na memória imperecível de Confúcio. A Bienal de Arte de 2017 imortaliza em Curitiba a tradição e a cultura do povo chinês. E Confúcio nos faz recuperar valores antigos, nos dá coragem para ampliarmos nossas fronteiras nesta terra de todos os povos. Curitiba quer ouvir Kung Fu Tzé, com palavras de sabedoria que, há 2500 anos, reverberam nos ventos consoladores, soprando desde a Ásia sobre o vasto mundo: “Não te suponhas tão grande ao ponto de pensares ver os outros menores que ti.”
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China turns its eyes for Curitiba Curitiba, through the Eye at the Oscar Niemeyer museum, contemplates the Asian Colossus. Way over the setting sun, where some of the oldest cities in the world rest, at the antipode dimension. To build a city is like painting a watercolor in ink, on rice paper – it demands sensitivity and dexterity. Cities are, after all, works of art, restless, eternally developing. Urban elements are arranged over the timeline and compose the story of our lives. When I created the lighthouses of knowledge, the neighborhood libraries and Curitiba’s public lancenters, at the moment the Internet appeared in 1993, I wanted to bring the light of knowledge to drive away the darkness of the souls. All knowledge that is not shared is lost. We succeeded. Today, in the days of real time information, our first Brazilian public lan-centers became coworkings and fablabs, to which the first users now bring their children. The challenge goes on – we need to go further. This edition of the Curitiba International Biennial opens huge doors and waves at a new horizon. On having China as honored country, a new path opens to our city. The road of economic development of the great Asian power, something of a New Silk Road, capable of crossing continents and seas and uniting us – over the walls – to Hangzhou, sister city, Beijing, Nanking and Shanghai. Under the title “Antipodes – Diverse and Reverse”, in this Biennial old meets new in a singular fusion of values: mystery and revelation. Divine and mundane. Past and future. East and West. Night and day. Dawn and dusk. The term Antipodes refers to geographical points radically apart. Oposite poles. Nothing could be more fortunate. On the one hand, the tradition and magnificence of China and its ancient culture. On the other, our Curitiba, so young, city of innovation, capable of rising itself to the world’s eyes. In reverence toward the honored country, we created the Chinese Square at Curitiba’s civic center, before the Iguaçu River panel – masterful work of Rogério Dias and Lycio Esmanhoto. During the opening of the 2017 Art Biennial, highlighting the spring of this fruitful year, there rests the forever majestic bronze statue of Confucius, from sculptor Wu Weishan, a gift brought from the Antipode country, by the Government of the People’s Republic of China. Confucius, bright reference of Humanity, immortal Chinese philosopher and thinker, rescues fundamental principles of ethics, morality and wisdom. Chine opens its eyes for Curitiba. Curitiba therefore reminds itself of China through Confucius imperishable memory. The 2017 Art Biennial immortalizes in Curitiba the tradition and culture of the Chinese people. And Confucius helps us recovering ancient values, gives us courage to amplify our frontiers in this land of all peoples. Curitiba wants to listen to Kung Fu Tzé, with words of wisdom that, for 2500 years, reverberate in the comforting winds, blowing from Asia over the vast world: “Don’t think yourself so big that other people look small.”
Rafael Greca de Macedo Prefeito de Curitiba Mayor of Curitiba 9
Arte sem fronteiras O mundo da arte move-se livre, sem barreiras e fronteiras. Independentemente de língua, costumes e regimes governamentais, a arte acontece. A Bienal Internacional de Curitiba aposta neste conceito desde 1993, quando surgiu para colocar nossa cidade no mapa artístico mundial. Mais uma vez com o apoio da Prefeitura de Curitiba, por meio da Fundação Cultural, a Bienal 2017 mescla linguagens, imagens e formas e se posiciona em pontos extremos ao homenagear a China, através da sua cultura e o equilíbrio harmônico que ela traz. Obras de artistas chineses expostas em diversos espaços da cidade, como as Antípodas (em opostos), de 30 de setembro de 2017 a 25 de fevereiro de 2018. Além disso, a Bienal de Curitiba tem a participação de artistas dos cinco continentes, ocupando mais de cem espaços artístico-culturais da cidade. Numa cidade que nasceu, cresceu e se formou na diversidade, a Bienal Internacional de Curitiba criou raízes e se consolida na variedade de suas várias “tribos” numa profusão cultural entre o erudito e o popular, em todos os meios cinema, dança, fotografia, arte digital, pintura, grafitti, desenho, gravura, uma infinidade artística trazida de todos os cantos do mundo. A Fundação Cultural estimula essa diversidade, com apoio total à arte local e a eventos que permitam a troca de conhecimento, conceitos e visões artísticas, como mais uma edição da Bienal. Ao se tornar referência em arte contemporânea e reconhecida como um dos principais eventos da área no circuito mundial, a Bienal coloca nossa cidade e nossos artistas nesta vitrine, mostrando a todos uma percepção cosmopolita da arte e de seus efeitos. Este catálogo é um registro honesto e necessário desse movimento, que chegou em Curitiba há 24 anos e hoje não nos imaginamos sem ele.
Art without borders The world of art moves free, without barriers or borders. Art happens regardless of language, customs or governmental regimes. The Curitiba Biennial has been betting on this concept since 1993, when the event was launched and placed our city on the world artistic map. Once again, with the support of the Curitiba City Hall through the Cultural Foundation, the 2017 Biennial mixes languages, images and forms, positioning itself at extreme points to honor China for its culture and the harmonic balance it brings. Works by Chinese artists will be displayed in several spaces of the city, such as the Antipodes (in opposites), exhibition from September 30th, 2017 to February 25th, 2018. In addition, artists from five continents will participate in the Curitiba Biennial, exhibiting in more than one hundred artistic and cultural spaces of the city, Portão Cultural and China Square. It was in a city born, raised and formed in diversity that the Curitiba Biennial has put down roots and thrived in the variety of its several “tribes”; in a cultural profusion between the erudite and the popular of all art expressions: cinema, dance, photography, digital art, painting, graffiti, drawing, engraving; an artistic infinity brought from all corners of the world. The Cultural Foundation encourages this diversity by giving full support for local art and events that allow the exchange of knowledge, concepts and artistic visions, as we’re doing once again in this edition of the Biennial. By becoming a reference in contemporary art and being so recognized as one of the main events of the area in the world circuit, the Biennial places our city and our artists in this showcase, presenting to everyone a cosmopolitan perception of art and its effects. This catalog is an honest and necessary record of this movement, which arrived in Curitiba 24 years ago and that we can’t imagine ourselves without anymore.
Ana Cristina de Castro 10
Presidente da Fundação Cultural de Curitiba President of the Curitiba Cultural Foundation
Curitiba, o abrigo de todas as gentes A identidade do povo curitibano foi construída por anos sob forte influência de vários povos que, em busca denovas oportunidades, escolheram essa região para fixar suas raízes. A cultura trazida pelos imigrantes italianos, africanos, portugueses, japoneses, ucranianos, árabes e por povos de outras nacionalidades está marcada nas ruas, praças e parques de Curitiba. Registrado no cotidiano da cidade. Está na florada das cerejeiras da Praça do Japão, no belo portal em estilo germânico do Bosque Alemão, nas tradicionais festas italianas de Santa Felicidade, na exposição de ovos pintados à mão do Memorial Ucraniano ou, então, nos lindos vitrais típicos do Memorial da Imigração Árabe. É justamente para celebrar e reforçar nossas raízes que nossa gestão transformou no início do ano o Memorial de Curitiba na sede do Pavilhão das Etnias. Agora, a diversidade étnica de Curitiba tem um local para manifestação cultural. Por essa característica da cidade, formada pela valorosa contribuição cultural de vários países, vejo com muito entusiasmo a decisão de homenagear a China na edição da Bienal de Curitiba 2017, um dos maiores eventos de arte contemporânea. Curitiba tem uma expressiva comunidade chinesa, formada por cerca de três mil pessoas e que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico e social da nossa cidade. Tenho certeza que a realização desse evento será uma excelente oportunidade para fortalecer o intercâmbio cultural e os vínculos artísticos e social da nossa cidade com a China, de riquíssima cultura milenar.
Curitiba, home for all people Only in a few Brazilian capitals it’s possible to observe an ethnic and cultural richness so diversified as in Curitiba. The identity of Curitiba’s citizens was built for years under a strong influence of several peoples, which have chosen this region to put down their roots in search of new opportunities. The culture brought by Italian, African, Portuguese, Japanese, Ukrainian, Arab and other immigrants is imprinted on the streets, squares and parks of Curitiba. Engraved on the daily life of the city. It’s in the bloom of the cherry trees of Japan Square, in the beautiful German portal of the German Woods, in the traditional Italian festivals of Santa Felicidade, in the hand-painted egg display of the Ukrainian Memorial or in the beautiful stained-glass windows of the Arab Memorial. It’s precisely to celebrate and reinforce our roots that our management made the Memorial of Curitiba the host of the Ethnicities’ Pavilion. Now, the ethnic diversity of Curitiba has a place to cultural manifestation. Due to this feature of our city, formed by the valuable cultural contribution of many countries, I’m very enthusiastic about the decision to honor China at the Curitiba Biennial 2017, one of the largest contemporary art events of the world. Curitiba has an expressive Chinese community of about three thousand people that contributed a lot to the economic and social development of our city. I’m sure that this event will be an excellent opportunity to strengthen the cultural exchange and the artistic and social ties of our city with China, country of a rich ancient culture.
Eduardo Pimentel Vice-prefeito de Curitiba Vice-mayor of Parana
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Bienal de Curitiba 2017 É com grande alegria que celebramos os 24 anos da Bienal Internacional de Curitiba com a realização da edição de 2017 sob o título “Antípodas – Diverso e Reverso”, concebido pelo curador Tício Escobar. Agradeço aos artistas que participam da Bienal com obras em mais de cem espaços de Curitiba. Agradeço aos curadores convidados, além dos contemplados com o Prêmio Jovens Curadores. Aos educadores do projeto educativo parceiros no desafio de ampliar o potencial educativo da Bienal. Um agradecimento especial a todos os parceiros e patrocinadores, as instituições públicas e privadas do Brasil e do Exterior e especialmente à equipe da Bienal de Curitiba, sem os quais a concretização da Bienal não seria possível. Meu agradecimento aos gestores e colaboradores dos espaços expositivos, componentes fundamentais na realização da Bienal. Agradeço o valioso apoio da Embaixada da China, do Ministério da Cultura da China e da CAEG (China Arts and Entertainment Group), que tornaram possível ter a China como o país homenageado desta edição. Agradeço o Prefeito Municipal de Curitiba Rafael Greca e aos vereadores de Curitiba pela justa homenagem à China com a criação do “Largo da China”, localizado no Centro Cívico, em Curitiba. Destaco a parceria estratégica do Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Agradeço também à Universidade Estatal de Montana (USA) pelo apoio à Bienal de Curitiba. Agradeço imensamente ao público da Bienal e à contribuição fundamental da Imprensa. Que a Bienal traga uma visão nova dos espaços e da realidade que já conhecemos tão bem. Que seja uma experiência para a vida. Que seja instigante e inspiradora. Bemvindos à Bienal de Curitiba 2017.
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Curitiba Biennial 2017 It is with great joy that we celebrate the 24th anniversary of the International Curitiba Biennial with the 2017 edition under the title “Antipodes - Diverse and Reverse” conceived by the curator Tício Escobar. I thank the artists who participate in the Bienal with works in more than one hundred spaces of Curitiba. I thank the invited curators, in addition to those awarded with the Young Curators Award and the educators of the educational project in the challenge of expanding the educational potential of the Biennial. Special thanks to all the partners and sponsors, the public and private institutions of Brazil and abroad, and especially the team of the Curitiba Biennial, without which the Biennial would not be possible. My thanks to the managers and collaborators of the exhibition spaces, fundamental components in the realization of the Biennial. I am grateful for the valuable support of the Chinese Embassy, the Chinese Ministry of Culture and the China Arts and Entertainment Group (CAEG), which made it possible for China to be honored in this edition. I thank the Municipal Mayor of Curitiba Rafael Greca and the councilmen of Curitiba for the homage to China with the creation of the “China Square”, located in the Civic Center in Curitiba. I emphasize the strategic partnership of the Ministry of Culture through the Federal Law of Incentive to Culture. Thanks also to the State University of Montana (USA) for the support to the Curitiba Biennial. I am very grateful for the public of the Biennial and the fundamental contribution of the press. May the Biennial bring a new vision of spaces and reality that we already know so well. May it be an experience for life. Make it thought-provoking and inspiring. Welcome to the Biennial of Curitiba 2017.
Luiz Ernesto Meyer Pereira Diretor Geral da Bienal de Curitiba Curitiba Biennial General Director
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índice index parte I volume I 14
Mapas maps
170
Memorial de Curitiba
171
Hangzhou, o paraíso na Terra 中国
172
Antítese Imagens Síntese / massimo scaringella
14
Curitiba
18
Itinerância
19
Bienal na América do Sul
20
Mostra EXHIBITION
180
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos / Royce Smith & Dannys Montes de Oca
206
Museu Paranaense
206
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos / Royce Smith & Dannys Montes de Oca
22
Antípodas: Diverso e reverso / Tício Escobar
218
IZK / Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto
23
Museu Oscar Niemeyer
220
Performances
Oscar Niemeyer Museum
221
Fernando Ribeiro
Vibrations / fan di’an, fang zhenning
230
Prêmio Jovens Curadores
24
Young Curators Award
& liu chunfeng 中国
64
Além da Fotografia / tício escobar
76
Antítese Imagens Síntese /
231
massimo scaringella
82
Visão expandida / massimo scaringella
100
Song for my hands / marta mestre
112
Não está claro até que a noite caia /
“O museu é feminista” e outras esperanças sobre o futuro / Carolina Loch
234
Gabriela Ramos Dávalos
236
CIRCUITOS CIRCUITS
338
Circuito de Museus
agnaldo farias
114
Tiluk e a obra de Guadalupe Miles /
Museums Circuit
tulio de sagastizabal
116
Dualidades Humanas / brugnera
126
Opera Hominum / Leonor Amarante
239
Museu da Fotografia
128
Excuse door / fernando ribeiro
240
Além da Fotografia / tício escobar
130
Stockage / Tereza de Arruda
242
Museu Alfredo Andersen
132
Bienal de Shanghai 中国
243
Arte e Vida / brugnera
136
Bienal CAFAM 中国
246
Oceanos entre Terras / Elena Barcellós &
140
Largo da China
248
Museu de Arte Indígena
China Square
249
Ana Itália Paraná Mariano
Museu Municipal de Arte
252
Portão Cultural
Municipal Museum of Art
252
Imagem em Profusão /
Óscar Domínguez
& Ana Silvia Paraná Mariano Kerin
142 142
clube de colagem de curitiba
Youth Narrative: Arte Contemporânea por Jovens Artistas da China / Zhang Zikang 中国
266
Museu da Imagem e do Som do Paraná
267
Arte e Vida / brugnera
268
Museu Guido Viaro
270
Circuito Integrado
308
Circuito Alternativo Alternative Circuit
Integrated Circuit 272
Hall de Secretaria de Estado da Cultura
309
Bar do Alemão
272
O fluxo de Tao / brugnera
310
Botanique
274
SESC Paço da Liberdade
312
Dizzy Café Concerto
274
Jardins Imprevisíveis
313
Novo James Bar
276
Biblioteca Pública do Paraná
314
Ornitorrinco
276
Royce Smith & Dannys Montes de Oca
278
Te empresto meus olhos / juliana stein
317
Circuito Universitário
280
Galeria InterARTividade
281
CLIF / tom lisboa
281
O Homem Atravessado / ângela berlinde
282
Galeria da APAP/PR
282
Royce Smith & Dannys Montes de Oca
284
Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/PR
284
Márcia Aracheski
288
Palacete dos Leões - BRDE
288
Tempo Matéria / Eder Chiodetto
290
Solar do Barão
290
Pendências / Nicole Lima
292
Parque São Lourenço
328
Museu Escola de Santa Catarina
292
Royce Smith & Dannys Montes de Oca
332
Fundação BADESC
294
Circuito de Galerias
337
Bienal na América do Sul
University Circuit 318
STEPHANIE DAHN BATISTA, ISADORA MATTIOLLI & IUSKA WOLSKI
324
Circuito Infantil Kids Circuit
327
Bienal em Florianópolis Biennial in Florianopolis
Biennial in South America
Galleries Circuit 295
ARQ/ART Galeria
338
Bienalsur - Embaixada do Brasil em Buenos Aires
296
Boiler Galeria
339
MAR - Museo de Arte Contemporaneo de Buenos
297
Riviso Galeria
298
Sim Galeria
340
Museo de Arte Contemporaneo de Salta (AR)
299
Simões de Assis
341
Museo del Barro (Assunção - PY)
300
Solar do Rosário
301
Ybakatu
342
ARQUITETURA ARCHITECTURE
302
Zilda Fraletti
303
Zuleika Bisacchi
343
Palácio Iguaçu
304
Airez Galeria
344
Skyline / fang zhenning 中国
305
Estúdio e Galeria Teix
356
Palácio das Araucárias
306
Soma Galeria
307
Ponto de Fuga
Aires (AR)
curitiba espaços da bienal biennial venues
mostra exhibition 1
Museu Oscar Niemeyer 中国
2
Museu Metropolitano de Arte 中国
3
Largo da China 中国
4
Memorial de Curitiba 中国
CIRCUITOS CIRCUITS Circuito de Museus Museums Circuit 5
Museu da Fotografia
6
Memorial de Curitiba
7
Museu Paranaense
8
Museu Alfredo Andersen
9
Museu de Arte Indígena
10
Museu Municipal de Arte
11
Museu Guido Viaro
12
Museu da Imagem e do Som do Paraná
96
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16
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1
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17
Circuito Integrado Integrated Circuit 13
33
Estúdio e Galeria Teix
34
Galeria e Atelier Soma
35
Ponto de Fuga
Hall de Secretaria de Estado da Cultura
Circuito Alternativo Alternative Circuit
14
SESC Paço da Liberdade
15
Biblioteca Pública do Paraná
16
Galeria InterARTividade
17
Galeria da Associação de Artistas
36
Botanique
Plásticos do Paraná
37
Dizzy Café Concerto
18
Ordem dos Advogados do Brasil - Paraná
38
Novo James Bar
19
Palacete dos Leões - BRDE
39
Bar do Alemão
20
Solar do Barão
40
Ornitorrinco
21
Espaço Thá
22
Parque São Lourenço
Circuito de Galerias Galleries Circuit
Circuito Infantil Kids Circuit 41
Casa da Leitura Miguel de Cervantes
42
Bistrozinho Villa Mariantonio
23
ARQ/ART Galeria
43
24
Boiler Galeria
44
Centro Juvenil de Artes Plásticas
25
Riviso Galeria
45
Escola Anjo da Guarda
26
Sim Galeria
27
Simões de Assis
28
Solar do Rosário
29
Ybakatu
30
Zilda Fraletti
31
Zuleika Bisacchi
32
Airez Galeria
Circuito Universitário University Circuit 46
EMBAP - Escola de Música e Belas Artes do Paraná
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DeArtes - Departamento de Artes da UFPR
18
itinerância itinerancy cidades cities
1
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5 4
10
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1
Fortaleza - CE
2
Brasília - DF
3
Joinville - SC
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Foz do Iguaçu - PR
5
Cascavel - PR
6
Guaíra - PR
7
Araucária - PR
8
Paranaguá - PR
9
São Mateus do Sul - PR
10
Palmeira - PR 19
bienal na américa do sul biennial in south america cidades e espaços cities and venues
1
5 4
2
3
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1
Assunção - PY
2
Buenos Aires - AR
3
Mar del Plata - AR
4
Santiago - CH
5
Florianópolis - BR
Mostra EXHIBITION
Antípodas Diverso e reverso “Antípodas” remete a diferentes ideias de diversidade, confronto, antinomia e coincidência em um mapa-múndi continuamente polarizado e simultaneamente forçado à homogeneização globalizante. As exposições trabalham diferenças geográficas e culturais entre pontos extremos do planeta. Mas como qualquer figura levantada no âmbito artístico, a das antípodas convertese em metáfora de inúmeras conexões entre vários outros países do mundo que sempre têm seus próprios antípodas; isto é, ocupam um lugar extremo em relação a outro. A metáfora, sempre escorregadia, também pretende opor posições no plano da técnica e dos conteúdos diversos, enfrentados ou aliados entre si. A bienal permite a possibilidade de traçar diferentes constelações entre estes mundos que se distanciam e se aproximam, que se cruzam e se ajustam em diferentes ocasiões e lugares. A Bienal de Curitiba 2017 adotou diversidade como um tema e também como um ponto de referência para ativar questões e imagens sem reestringir os conceitos e procedimentos empregados pelos artistas. Como tal, o título não fixa um tema de motivo: aponta para uma característica de abordagem de tempos atuais, buscando gerar sinergia entre obras que são profundamente diferentes, divergentes em suas proposições.
Antipodes Diverse and Reverse “Antipodes” refers to different ideas of diversity, confrontation, antinomy and coincidence in a world map continuously polarized and simultaneously forced to global homogenization. The exhibitions work geographic and cultural differences between extreme points of the planet. But like any figure raised in the artistic sphere, that of the antipodes becomes a metaphor for innumerable connections between several other countries in the world that always have their own antipodes; that is, they occupy one extreme place in relation to another. The metaphor, always slippery, also pretends to oppose positions in the plane of the technique and the diverse contents, faced or allied with each other. The biennial allows the possibility of drawing different constellations between these worlds that are distancing and approaching, which intersect and adjust at different times and places. The 2017 Curitiba Biennial adopts diversity as a theme as well as a reference point to activate questions and images without restricting the concepts or procedures employed by the artists. As such, the title doesn’t fixate a theme of motif: it points to a characteristic approach of present times seeking to generate synergy between works that are profoundly different, divergent in their very propositions.
Tício Escobar Curador Curator 22
museu oscar niemeyer
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Museu Oscar Niemeyer
Vibrações – Exibição de Arte Contemporânea Chinesa O tema “Antípodas” da Bienal Internacional de Curitiba 2017 refere-se a posições diametralmente opostas. A China no Leste Asiático e o Brasil na América do Sul são dois pontos geográficos opostos. O espaço físico é conectado através da arte, e a arte é universal. A diferença e distância geográficas geram a diversidade cultural que reflete a interatividade da criação e expressão artística, como áudio, filme, vídeo, fotografia, arte digital, ready-made e instalação, assim como os meios estéticos tradicionais, incluindo pintura, escultura, desenho e assim por diante. Após anos de pesquisa em arte contemporânea chinesa, enfatizamos a diversidade de sua cultura e meios técnicos. O avanço da tecnologia marca o desenvolvimento da civilização, enquanto a combinação da cultura e tecnologia facilita o surgimento de novas formas de arte. A nova forma da arte contemporânea não é o fim da história da arte, e sim o começo de uma nova, constantemente ultrapassando os limites e apresentando novos gestos através de modos de percepção. A fotografia já não é um gênero de arte novo, no entanto, não foi há muito que ganhou reconhecimento como forma de arte. A invenção da fotografia veio da necessidade de satisfazer a curiosidade humana e seu espírito aventureiro. No início, a função da fotografia era restrita apenas a mera documentação de cenas, sendo espalhadas através de impressões em papel fotográfico. A fotografia surgiu enquanto os pintores estavam “adormecidos”. Somente os artistas perceptivos aplicavam a tecnologia fotográfica à pintura, como o pintor norueguês expressionista Edvard Munch (18631944). Após um longo período, a fotografia tornou-se expressiva e passou a competir com a alta arte – pintura. O conceito de fotografia expandida levantado nesta edição da Bienal de Curitiba aponta, assim, para novas formas de arte que se originam da interação da alta arte e tecnologia fotográfica, constituindo várias formas artísticas dinâmicas e contextos. A globalização desafia os artistas chineses a buscar um equilíbrio entre o tradicional e o contemporâneo para criar uma nova cultura e arte. É necessário haver uma conexão clara com a forma tradicional de arte? Ou traduzir as expressões artísticas tradicionais? Ou escolher um ponto de partida completamente novo? Para artistas de diferentes tempos, a resposta varia na atitude e metodologia artísticas, as quais constroem a base da diversidade. Esta é a primeira mostra de arte contemporânea chinesa de grande escala no Brasil, possivelmente a primeira na América do Sul. O status quo da arte chinesa acompanha o ritmo do país, simbolizando avanço, inovação, compartilhamento e visão do futuro.
Vibrations - Chinese Contemporary Art Exhibition The theme of Curitiba International Bienal 2017 “Antipodes” is a geographical terminology refering to the positions diametrically opposite to each other. China in the East Asia and Brazil in the South America are two opposite geographical points. We link physical space through art,
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and art is universal. The geographical difference and distance generate the diversity of culture, which reflects the interactivity of artistic creation and expression, such as audio, movie, video, photography, digital art, ready-made and installation, as well as the traditional aesthetic means including painting, sculpture, sketch and so on. After years of reserch on Chinese contemporary art, we emphasize on the diversity of culture and technical means. The advance of technology marks the development of civilization, while the combination of culture and technology facilitates the emergence of new art forms. Contemporary new art form is not the end of art history but the beginning of a new one, constantly breaking the boundaries and presenting new gestures through perceptive ways. The Photography is no longer a new art genre, however, it has not been long since photography gained its recognition as an art form. The invention of photography came from the need to satisfy human curiosity and spirit of adventure. In the beginning, the function of photography was confined to mere documentation of scenes, and was spread through prints on photographic paper. Photography came into being while the painters were still “asleep”, only the perceptive artists applied photographic technology to painting. Norwegian expressionist painter Edvard Munch (1863-1944) is one of them. After a long period of time, photography became expressive and began to compete with the high art – painting. The concept of expanded photography raised in this edition of Curitiba Biennial, therefore, points to the new art forms that originate from the interaction of high art and photographic technology, constituting various dynamic artistic forms and contexts. Globalization challenges Chinese artists to create new culture and art while sustaining traditional culture: is it necessary to have a clear link to the traditional art form? Or to translate the traditional artistic expressions? Or to choose a whole new starting point? For artists at different times, the answer varies in the artistic attitude and methodology, which build the foundation of diversity. It is the first Chinese contemporary art exhibition of such large scale on show in Brazil, possibly the first time in South America. The status quo of Chinese art keeps pace with the country, symbolizing advancement, innovation, sharing and forward-looking.
脉动-中国当代艺术展 本次巴西库里提巴双年展的主题是“对跖(antipodes)—纷繁视象”是地 理学上的术语,这是为了比喻地理上相距遥远的两点。我们在寻找对跖点之后发 现,位于东亚的中国和位于南美的巴西,在地理上是两个相对的端点。我们通过 艺术来链接物理上的空间,而艺术在这两者之间不带其他色彩,正是由于这种地 理上的差异和距离,形成了“文化的多样性”,这种“多样性”的内含是在表达 和创造手段上的交互性,例如视听、电影、摄影、互联网艺术、物体和装置,以 及审美生产的传统手段,例如绘画、雕刻、素描等等。
Fang Zhenning e Liu Chunfeng Curadores Curators 策展人
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“Nothingness of the universe-1”, 2016. Acrílico, corte a laser. 200 x 148 cm.
O artista deseja combinar suas próprias ideias e controle manual com materiais e técnicas industriais para criar uma nova máquina. De acordo com o fluxo que o artista elabora, os eventos atuais podem ser reproduzidos automaticamente, conforme o artístico trabalha no sistema, o que pode acontecer a qualquer momento no processo produtivo de formalidade desconhecida, programada e socializada. É também o processo de atualização em sincronia do artista com a sociedade. The artist wishes to combine his own ideas and hand control with the industrial materials and techniques to form a new machine. According to the flow path the artist designs, the current events could be automatically reproduced as the artistic works through the system, which might occur at any time in a productive process of unknown, programmed and socialized formality. It is also the synchronous update process of the artist and the society.
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David Liu
Shenyang, china, 1970.
“Red”, 2017. Nanquim, caneta tinteiro. 100 x 66 cm.
De quanta cor precisamos para sentir suas vibrações? Uma linha fina é suficiente para comunicar a emoção e guiar uma lembrança subconsciente pela mente do observador? Os sentimentos do observador são desafiados jogando com as diferenças sutis entre cor e não cor. A artista conduz experimentos com lacunas e grandes espaços pintados, assim, o simples se torna complicado e a mente procura constantemente algo além. How much color does one need in order to feel its vibrations? Is a thin line enough to communicate the emotion, and to drive the subconscious recall in the mind of a viewer? It challenges viewer’s feelings, and plays on subtle differences between color and non-color. She experiments with gaps and large inked spaces – so that the simple would become complicated, and the mind would constantly seek for something from behind.
UCRÂNIA, russia. vive e trabalha em china.
Alëna Olasyuk
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“Linear Light”, 2014. Tinta sobre papel de arroz. 144 x 120 cm.
Ao mesmo em que mantenho as tradições clássicas do nanquim deixando a ponta do pincel no centro dos traços, trabalho conceitos e métodos de arte abstrata, ótica e minimalista. E enquanto preservo a pureza da linguagem básica do nanquim, tento construir uma pintura com uma nova aparência que estabeleça um diálogo com a consciência estética globalizada. At the same time as retaining classic ink traditions that the tip of ink brush should remain in the center of the strokes, I draw on concepts and methods of abstract art, op art, and minimalist art. And while preserving the purity of the basic language of ink, I attempt to construct an ink painting of a new look that establishes a conversation with a globalized aesthetic consciousness.
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Zhang Zhaohui
pequim, china, 1965. vive e trabalha em pequim, china.
“The End of 2012”, 2011-2017. Porcelana. 350 x 960 x 5 cm.
A ideia original de The End of 2012 vem das janelas com design de gelo rachado dos jardins chineses. Através desta obra, o artista deseja afastar as pessoas das frustrações do mundo real, liberá-las de todas as contemplações que amarram a mente moderna e fornecer-lhes um espaço específico para que reencontrem a possibilidade de liberdade.
The original idea of The End of 2012 came from the ice crack form of window in Chinese garden. Through this artwork, the artist wishes to pull people away from the frustrations of the real world, to free them from all contemplations that bound the modern mind and to provide them with a specific space to re-find a possibility of freedom.
ji’an, china, 1985. Vive e Trabalha em xangai, china.
Liu Jianhua
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“Crisscross A22” e “Crisscross A23”, 2016. Acrílico sobre tela. 230 x 60 cm (cada).
Continuo roçando nos próprios limites da expressão simplificada tolerável e, através deste processo de refinamento, por meio da energia contida em uma linguagem de formas e cores diretas e práticas, desejo desconstruir representações líricas e sentimentos românticos que facilmente flutuam sobre a superfície das coisas para entrar em um espaço puro, imperturbável e rico em conexões lógicas e reflexão. I keep brushing against the very limit of bearable simplified expression, and through this process of refinement, through the energy contained in a language of direct and down-to-earth shapes and colors, I want to deconstruct lyrical representations and romantic feelings that easily float about at the surface of things, in order to enter a space that is pure, undisturbed, and rich with logical connections and reflection.
30
Li Di
china, 1963. vive e trabalha em pequim, china.
“Floating City ”, 2014. Madeira. 45 x 245 x 35 cm.
Ding Hao aprecia explorar os elementos de composição de suas obras e organizá-los em uma ordem lógica não convencional. Em busca da criação artística, ele procura transcender a experiência física e até mesmo desafiar a lógica da Física diante de um mundo completo e fixo, tonando possível que suas obras ultrapassem o limite da liberdade, superem visão e gravidade e vaguem entre o ideal e a realidade. He enjoys exploring the composing elements of his artworks and organizing them in unconventional logical order. In pursuit of the art creation, he seeks to transcend physical experience and even defy the logic of physics in the face of a completed and fixed world, enablig his works to surpass the limit of freedom, to overset vision and gravity, and to wander between ideal and reality
Shandong, china, 1987. Vive e Trabalha em pequim, china.
Ding Hao
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“Yuan Rate”, 2009. Acrílio sobre tela. 200 X 200 cm.
O objetivo principal é evitar a influência dos sentimentos humanos sobre forma ou cor e as restrições das ferramentas tradicionais de pintura. O padrão de formas quadrada e redonda são símbolos de expressão do mundo e do espaço na China. Isso se compara ao pensamento e comportamento chinês. Isso é uma expressão visual recorrente em obras chinesas que reflete a visão de mundo e o espaço psicológico do povo chinês. The main purpose is to avoid the influence on human feeling of shape or color and the restrictions of traditional painting tools. The circular pattern: square shape and round shape are symbols of expression of the world and space in China. This is similar to the Chinese thinking and behavior. This is a frequently occurring visual expression in Chinese artwork, which reflects the world view and psychological space of the Chinese people.
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Meng Luding
baoding, china, 1962. Vive e Trabalha em pequim, china.
“Weaving - 1”, 2014. Tricô, fios de lã e armação de metal. 100 x 100 cm.
As obras de Tao Na usam o quadrado como símbolo para expressar as condições de vida das pessoas na era eletrônica. Ela retrata imagens que estão fora de foco, borradas mas ainda vibrantes, restringindo a imagem nos de mosaico quadriculares originais, simulando a cadeia de produção da imagem e destruindo a dependência das pessoas na ilusão da imagem. Tao Na’s works use square as a symbol to express people’s living conditions in the electronic era. She depicts images that are out of focus, blurred yet vibrating, restraining the image into the original mosaic squares, simulating the production chain of the image, and shattering people’s dependence on the image illusion.
hunan, china, 1980.
Tao Na
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“Window”, 2013-2015. Janela, seda e casulos. 100 x 92 x 3 cm.
O objetivo principal é evitar a influência dos sentimentos humanos sobre forma ou cor e as restrições das ferramentas tradicionais de pintura. O padrão de formas quadrada e redonda são símbolos de expressão do mundo e do espaço na China. Isso se compara ao pensamento e comportamento chinês. Isso é uma expressão visual recorrente em obras chinesas que reflete a visão de mundo e o espaço psicológico do povo chinês. His Nature series sees the life process of silkworms as creation medium, the interaction in natural world as his artistic language, time and life as the essential idea. His works are fulfilled with a sense of meditation, philosophy and poetry while illustrating the inherent beauty of silk.
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Liang Shaoji
xangai, china, 1945. Vive e Trabalha em tiantai, china.
“Desire 4”, 2016. Óleo e plastico sobre tela. 120 x 80 cm.
A China tem uma grande tradição em caligrafia. A abstração é uma linguagem sobre a própria linguagem. Integramos as características da arte contemporânea internacional e o progresso da epistemologia com a pintura tradicional chinesa através da demonstração de uma nova abstração, a fim de abrir uma janela de acesso ao mundo externo para a pintura e caligrafia tradicionais, uma linguagem que transcende a linguagem. China has a great tradition of calligraphy. Abstraction is a language about language itself. We integrate the features of international contemporary arts and the progress of epistemology with traditional Chinese brush paintings via depicting the new abstraction, aiming to open the window to the outside world for traditional painting and calligraphy, a language that transcends language.
2017, china. Vive e Trabalha em pequIM, CHINA.
Li Xiangyang
35
Da série “No Words”, 2015. Acrílico sobre tela. 100 x 80 cm.
Há muitas maneiras de pensar a abstração na arte chinesa; diferentes metodologias de pensamento, interpretação e expressão; diferentes maneiras de mostrar a arte abstrata na China; diferentes lugares e modos de expressão. Até certo ponto, a arte abstrata chinesa é a mesma que em outros lugares. Todas as pinturas abstratas têm um conteúdo por trás. A próxima ideia é a metodologia, o pensamento por trás do expressionismo abstrato. There are several ways of thinking about abstraction in Chinese art, different methodology of thinking, interpretation and expression; different ways to showcase abstract art in China; different places and ways of expression. To some extent, Chinese abstract art is the same as of elsewhere. Abstract paintings all have content behind them. The next idea is the methodology, the thinking behind abstract expressionism.
36
Li Lei
xangai, china, 1965. Vive e Trabalha em xangai.
“Untitled 2”, 2013. Materiais Mistos. 150 x 150 cm.
Muitas vezes penso em ter a pintura em progresso, ao invés de completá-la finalmente. O processo desde o princípio até o fim pode desencadear algum tipo de meditação. Como corpo de ação, nem sequer conheço o destino da minha pintura. Além disso, não há algo como um conceito completo. Apresentar momentos instantâneos é o objetivo desta série de obras de arte. I often think about turning painting into a state of progress, rather than acompletion at last. The process from the very beginning to the end can trigger some kind of meditation. As the action body, I don’t even know the destination of my painting. Also, there is no such thing as a complete concept. To present instant moments is the goal of this series of artwork.
Guilin, china, 1985. Vive e Trabalha em pequim, china.
Wang Xin
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“Not Quite Empty No. 3”, 2017. Óleo sobre tela. 140 x 200 cm.
A artista desenha elementos da natureza em suas formas mais simples, fazendo-nos lembrar do significado de sua existência. Erva-daninha refere-se normalmente a um grupo de plantas muitas vezes indesejadas e irritantes; no entanto, a artista considera todas as coisas iguais, cada qual possui sua singularidade como participante do universo. The artist draws elements from nature in its simplest forms and reminds us of their meaning of existence. Weed is usually referred to as a group of plants, often unwanted and a nuisance; however, the artist considers all things equal and thinks each has its own uniqueness as a participant within the universe.
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Wu Didi
Chongqing, china, 1976. Vive e Trabalha em pequim, china.
Da Série “China Market Prospect”, 2007. Fotografia. 75 x 300 cm.
China Market Prospect observa o progresso do desenvolvimento do mercado e reflete sobre a realidade e o modo de desenvolvimento sob o sistema social e governamental atual, além de captar os ares da prosperidade do mercado. Coloco essa atividade do mercado em um campo de “cenas desnaturalizadas”, uma cena social real que envolve uma grande quantidade de informação, ainda que possa transcender ou até mesmo contradizer nosso senso comum sobre a realidade. China Market Prospect observes the progress of market development and reflects on the reality and development mode under the current social and governmental system, as well as captures the foams of market prosperity. I put such a market activity into a field of “denaturalized scene”, a real social scene involving a great amount of information, though it may transcend or even contradict our common sense to the reality.
Yuhuan, china, 1972. Vive e Trabalha em xangai, china.
Jin Jiangbo
39
“Wu Mei”, 2016. Seda. 250 x 165 x 120 cm.
Da perspectiva da evolução do vestuário, o traje da Imperatriz é desenhado com base no sistema de vestimentas das dinastias de Tang e Song, juntamente com um trabalho manual intrincado e belo que revelam o grande poder nacional, status social nobre e prosperidade da nação chinesa. From the perspective of the evolution of clothing, the Empress’s dress is designed based on the clothing system of Tang and Song dynasties, joining with complicated and exquisite handmade craftsmanship, to reveal the great national power, noble social status and prosperity of Chinese civilization.
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Huang Wei
taiwan, china.
“The Imageless”,2016. Vídeoinstalação. 6’06”.
The image of the imageless decodifica e codifica nossas figuras imaginárias eliminando, por tanto, a materialidade da pintura. Uma forma virtual emerge do poder avassalador do mundo real. Seria possível para nós buscar outra forma de liberdade ou um processo completo para autossalvação? The Image of the Imageless decodes and encodes our imaginary figure, thereby eliminating the materiality of the painting. Virtual form emerge from the squeezing power of the real world. Is it another channel for us to pursue another form of freedom or a complete process to self-salvation?
hunan, china. vive e trabalha em pequim, china.
Huang Ying
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“Galaxy K - 001”, 2013. Aço inoxidável folheado a ouro 24k. 163 x 156 x 140 cm. “Galaxy K - 002”, 2013. Aço inoxidável folheado a ouro 24k. 80 x 80 x 80 cm. “Galaxy K - 007”, 2013. Aço inoxidável folheado a ouro 24k. 45 x 45 x 35 cm.
A série Galaxy K combina o estudo da astronomia, genética e bacteriologia, bem como conhecimentos multidisciplinares em matemática aplicada, geometria e mecânica para mostrar vários universos encolhidos e células ampliadas. Em Galaxy K, o artista enfatiza a unidade do céu e do homem e as conexões entre o macroscópico e o microscópico, substância e consciência, ciência e filosofia. Galaxy K series combines study of astronomy, genetics and bacteriology, and multi-disciplinary knowledge in applied mathematics, geometry and mechanics to show a number of shrunken universes and amplified cells. Through Galaxy K series, the artist emphasizes on the unity of heaven and man, and the connections between the macroscopic and the microcosmic, substance and consciousness, science and philosophy.
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Wang Kaifang
PEQUIM, CHINA, 1977.
“Rain”, 2009. Óleo sobre tela. 200 x 180 cm.
A autoexpressão não é a essência da arte da pintura, mas sim um mero modo de pintar a arte. E o ponto de partida da criação artística é a ilusão do mundo desconhecido. A imagem da obra é composta pelo meu próprio retrato e seu reflexo em globos espelhados. Posteriormente, a imagem é processada em computador e sua posição é confirmada após rotação dinâmica. The self-expression is not the essence of the art of painting, but merely a way of painting art. And the starting point of artistic creation is the illusion of the unknown world. The image in the work is composed of my own portrait, the portrait’s reflection in the mirror balls. Then the image is processed by computer. Its position is confirmed after dynamic rotation.
liaoning, china, 1976. Vive e Trabalha em xangai, china.
Yu Xingze
43
“Tianhe Lightning One”, 2009. Fungos em madeira velha. 32 x 25 cm.
Ninguém acreditaria que estes modelos com várias formas têm algumas similaridades com lendas antigas. As gigantes rodas giratórias podem ser tidas como diagramas dos antigos princípios filosóficos sobre o ciclo da vida e da morte. Eles são representações visuais de uma guerra sanguinolenta entre certo e errado, belo e feio. Na verdade, pode ser difícil diferenciar entre passado e presente, e entre presente e futuro. No one would believe that these models of all shapes had some similarities with ancient legends, that is, the massive turning wheels can be taken as diagrams of ancient philosophical principles regarding cycles of life and death. They are visual representations of a bloody war between the right and wrong, the beauty and ugliness. In fact, it can be hard to differentiate between the past and present, and between the present and future.
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Wang Mai
yichun, china, 1972.
Da série “God is left handed”, 2017. Acrílico sobre tela. 40 x 30 cm (cada).
Durante décadas de exploração e compreensão das culturas e artes oriental e ocidental, Lin Mo misturou artes visuais iguais e diferentes a partir da perspectiva da visão comum humana, tentando mudar a função e significado da pintura e aperfeiçoar noções de sua linguagem artística pessoal ao contornar textos anteriores das artes oriental e ocidental. Through decades of exploration and understanding of Eastern and Western culture and art, he mixed the same and different visual art from the perspective of common human vision, trying to change the function and significance of painting and to perfect personal artistic language clues by circumventing previous texts of the Eastern and Western art.
harbin, china, 1962. Vive e Trabalha em Songzhuang, china.
Lin Mo
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“Melon”, 2017. Óleo sobre tela.154 x 210 cm.
Nesta obra, Li ilustra o espaçamento entre o melão e as frutas ao redor. Por meio de uma representação figurativa do objeto melão, revela-se o contraste de cor com os objetos circundantes, o que demonstra sua observação e interpretação únicas. In this artwork, Li illustrated the spacing between the melon and its surrounding fruits. With a figurative presentation on the melon object, it showed the color contrast with the surrounding objects, which demonstrated his unique observations and interpretation.
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Li Xueyan
CHINA.
“The Evolution of Sensibility”, 2017. Óleo sobre tela. 95 x 140 x 5cm.
As obras de Han Yajuan abordam principalmente questões de identidade feminina e autoconsciência. Em sua última série, Superlativo, ela busca usar a linguagem visual para criar uma barreira de lógica, o que leva a uma discussão sobre o pensamento estabelecido, limites confiáveis e a limitação da autoconsciência. O impacto visual das obras é enfatizado pela falta de centralização criando, assim, um espaço indefinido e um estado de “caos” incerto. Han Yajuan’s work primarily deals with issues of female identity and self-awareness. In her latest series Superlative, she attempts to use visual language to create a barrier of logic, which leads to a discussion about established thinking, authoritative boundaries and the limitation of self-awareness. The visual impact of the works isemphasized by the lack of centralization, thus creating an undefined space and an uncertain “chaotic” state.
Qingdao, china, 1980. Vive e Trabalha entre pequim e hong kong, china.
Han Yajuan
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Da série “The World is Extremely Small”, 2015. C-Print. 40 x 60 cm.
Até onde um indivíduo pode imaginar, os limites do mundo de cada um diferem de pessoa para pessoa. O mundo pode ser grande em um momento ou pequeno em outro. Após completar 70 anos, minha mãe adoeceu. Seu cotidiano e até seus pensamentos foram rodeados por vida e morte. De repente, o mundo tornou-se extremamente pequeno. As far as an individual is concerned, the boundary of one’s world differs by the person. The world can be big at one time or it can be small at another. After her 70th birthday, my mother fell ill. Her daily life and even her thoughts were surrounded by life and death. Suddenly, the world became extremely small.
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Zhou Lan
china.
“An inch gold”, 2017. Tinta sobre seda. 100 x 100 x 0,9 cm.
Yang Kai tem adaptado materiais convencionais e superado os limites impostos pela pintura tradicional Shuimohua, a fim de alcançar alívio e refletir sobre os problemas que ocorrem nas condições atuais da cultura chinesa tradicional. Yang Kai has been adapting conventional materials and breaking the limits imposed by traditional ink-and-wash paintings, to reach self-relief and to reflect on the problems occurred in current condition of Chinese traditional culture.
Yantai, china, 1987.
Yang Kai
49
Supposing, 2011. Placa, óleo sobre linho. Díptico, Ø 50 cm (cada).
Uma obra de arte é o resultado da materialização espiritual do artista, e sua é essência é fazer com que os observadores tenham uma base específica que oriente o que eles estão vendo e pensando. A função da arte não se limita à reprodução e resposta a imagens; a informação que carrega vem mais das dúvidas pessoais do artista sobre o mundo e de sua devoção estimulada por possibilidades sem causa. Por tanto, sensibilidade e paixão são particularmente importantes para um artista. Artwork is the result of artist’s spiritual materialization, and its essence is to make the viewers have specific-oriented basis to what they see and what they think. The function of art is not limited to reproduction and answer of the images, the information it conveys is more of the artist’s personal doubts about the world, and their devotion stimulated by causeless possibility. So, sensitivity and passion are particularly important to an artist.
50
Chen Wenji
xangai, china, 1954. vive e trabalha em pequim, china.
“Gm and non-gm wheat”, 2015. Fotografia microscópica. 170 x 160 cm.
Das linguagens criadas pelos seres humanos, a arte é a mais plural, a mais livre e irrepetível linguagem que expressa o estado mental da percepção, razão, fantasia e dúvida humanas. É uma ideia que não pode ser interrompida para sempre. Ela nunca morrerá, a não ser que se torne autorreprodução ou uma ferramenta. A arte pode ajudar as pessoas a se livrar do confinamento e preconceito para obter a liberdade espiritual. Art is the language created by mankind, the most pluralistic, the most free and unrepeatable language, which expresses the mental state of human perception, reason, fantasy and suspicion, etc. It is an idea that cannot be detained forever. It will never die, unless it becomes self-reproduction or a tool. Art can help people get rid of confinement and prejudice to get spiritual freedom.
china, 1965. vive e trabalha em pequim, china.
Li Tianyuan
51
Sem título, 2017. Lápis sobre papel. 360 x 180 cm.
Zhou Weiran, uma criança pintora e portadora de autismo, pode pintar em muito estilos. Em certa época, Zhou esteve obcecado por pinturas a lápis e produziu centenas de obras em suas pinturas diárias. Esta é uma série sobre plantas. Ele a completou depois de continuamente explorar a ordem das folhas e ramos, apresentando-as de forma única. Zhou Weiran, both a painter and an autistic child, can make paintings of many styles. Zhou was obsessed with pencil drawing in some old days. And hundreds of such works could be found in his daily painting. This series is about plants. He finished them by endlessly exploring the order of leaves and branches, and presenting it in a unique way.
52
Zhou Weiran
china.
“Wild Thoughts”, 2017. Espelhos, latão, corte a laser com tinta protetora. 360 x 360 cm. (Detalhe).
Nesta obra, criaturas gigantes abocanham pequenas. No entanto, sob outras circunstâncias, a relações volumétricas entre essas criaturas estariam revertidas; o predador em um espaço seria a presa em outro. Nenhuma delas detém poder absoluto. De forma paralela, rebelar-se contra e desafiar a autoridade levará a ascensão a um novo poder mantendo, assim, toda a entidade com vitalidade. In the work, giant creatures would bite small ones. However, under different circumstances, volumetric relationship between those creatures would be reversal; the predator in one space would be the prey in another. No one holds the absolute power. Similarly, to rebel against and challenge the authority will lead to the rise of new power, thus keeping the whole entity in vitality.
pequim, china, 1980. Vive e Trabalha em pequim.
Wu Jian’an
53
Da série “Chinese Zodiac”, 2006-2008. Ouro 24K e bronze. 110 x 400 x 400 cm.
A obra Chinese Zodiac baseia-se nas doze cabeças de animais saqueadas do Jardim Imperial de Yuanmingyuan durante a Segunda Guerra do Ópio. O zodíaco chinês representa o povo chinês de diferentes dinastias em todos os aspectos. As doze cabeças de animais são relíquias culturais com grande significado histórico que, além disso, constantemente alcançam preços altíssimos no mercado de leilões. The work Chinese Zodiac is based on the twelve animal heads looted from the Yuanmingyuan Imperial Gardens during the Second Opium War. The Chinese Zodiac embodies the Chinese people of different dynasties in all aspects. The twelve animal heads are a cultural relic which has great historical significance and also repeatedly fetch sky-high prices in the auction market.
54
He Wenjue
hunan, china, 1970.
“Cang’s Shaman”, 2007. Video (3D). 8’51’’.
Coisas vivas e não vivas são adaptáveis conceitualmente e não estão limitadas a nenhuma função ou regras de relação. Uma pessoa, um animal ou objeto em si incorpora uma ideia universal, contendo a metáfora para todo o universo em sua forma. Elementos de fabricação, o descobrimento de novos modelos e a sustentação de hipóteses pela comunidade científica estão surtindo um efeito cada vez maior. Living and non-living things are conceptually adaptable, not limited to any function, not limited to the rules of relationship. A person, animal or object in itself embodies a universal idea and in their form they contain a metaphor for the whole universe. Elements of fabrication, the discovery of new models, and the scientific community’s upholding of hypothsis are having a greater and greater effect.
mongólia interior, china, 1967. vive e trabalha em pequim, china.
Cang Xin
55
“Inner Space”, 2015. Vídeo. 6’49’’.
Até certo ponto, arquitetura e dança são linguagens com um propósito de expressão. Ma Yansong escolheu sua aclamada Harbin Opera House como pano de fundo. O bailarino internacionalmente aclamado Shen Wei montou toda a coreografia. Idealmente nossos espectadores astutos sentirão a interação entre os alongados movimentos do bailarino e o espaço circundante. O filme expressa um novo tipo de imaginação que excede a limitação do corpo e a delimitação do tempo. To some extent, architecture and dance are both language with a purpose to express. Ma Yansong picked his well-acclaimed Harbin Opera House as the background. The world-wide acclaimed dance artist Shen Weifinished the entire choreography. Ideally, our astute viewers feel the interaction between stretching movements of the dancer and the surrounding space. The movie expresses a new kind of imagination that exceeds the limitation of bodies as well as the outline of space.
pequim, china, 1975. vive e trabalha em pequim, china.
56
Ma Yansong + Shen Wei
hunan, china, 1968. vive e trabalha em nova york.
57
Floating Scenery, 2017. Materiais mistos (aço inoxidável , bronze pintado). 80 x 165 x 165 cm.
Um menino vermelho de bronze está sentado em um pedestal flutuante de aço inoxidável que se assemelha a uma flor e a uma abóbora. A direção da escultura é controlada pelo vento e, a altura na água, pela quantidade de chuva nas pétalas que muda com a evaporação. Perspectivas diferentes são reveladas à medida que as obras de arte flutuam na água, enquanto uma paisagem pitoresca emerge em comparação com a arquitetura estática. A bronze red boy is seated on a floatable stainless steel pedestal resembling flower and pumpkin. The direction of the sculpture is controlled by the wind, and the height above water is controlled by the amount of rain in the petals which changes with evaporation. Different perspectives are revealed as the artworks float on the water, while a picturesque landscape emerges in comparison with static architectures.
58
Chen Wenling
Quanzhou, china, 1969. Vive e Trabalha em pequim, china.
“Original Sin”, 2011-2013. Resina. 40 x 260 x 290 cm.
O mosaico Original Sin se originou do meu senso da realidade social. Expressei minha tristeza com a parte alienada no oceano da civilização onde vivemos através desta série de obras, atraindo mais atenção para coisas bonitas. The tile of Original Sin was originated from my sense of social reality. I have expressed my upset towards the deviated part in the ocean of civilization where we live with this series of works, appealing for more attention to beautiful things.
Jiaxian, china, 1977.
Liu Ruowang
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“Light Cosmos”, 2016. Materiais Mistos. 330 x 200 x 200 cm.
Conforme a luz penetra nas interfaces, a interação entre reflexão e transparência distorce o reconhecimento da realidade. Liu Shuang criou um espaço que estimula pensamentos sobre a definição de espaço, tempo, pessoas, incidentes, relação, limite e essência, por fim nos levando à contemplação do significado da existência. A imaginação do público, que cria em conjunto o espaço, faz parte do projeto. As light penetrates through the interfaces, the interaction between reflection and transparency distorts the recognition of reality. She created a space which stimulates thoughts on the definition of space, time, people, incidents, relation, border and essence, eventually leading to contemplation on one’s meaning of existence. The imagination of the audienceis part of the project, which co-creates the space.
60
Liu Shuang
harbin, china, 1988.
61
Sem título, 2017. Alumínio, aço inoxidável e pintura. 300 x 120 x 260 cm.
As formas triangules e cúbicas são símbolos recorrentes em minhas obras que remetem à pintura, estando ligadas à noção de abstração construtiva na história da arte. A superfície áspera e enferrujada do pedestal destrói o efeito harmonioso da tinta oxidada aplicada nas superfícies do triângulo e do cubo. A própria escultura ganha mais atenção através desta oposição. A obra é substancialmente um diálogo com a arquitetura de Oscar Niemeyer. The triangle and the cuboid forms are recurring symbols in my painterly works. They are linked to the notion of constructive abstraction in art history. The rough rusted surface of the pedestal destructs the harmonious effect of the oxidation paint applied on the surfaces of the triangle and the cuboid. Through this opposition, the sculpture itself gains more focus. The work is substantially a discussion with Oscar Niemeyer’s architecture.
62
Jin Lie
shanxi, china, 1969.
“Law”, 2017. Espelhos. 882 x 954 cm.
Pitágoras acreditava que os números são a origem do universo; não só “todas as coisas são números”, como também “os números são a essência de todas as coisas”, “ a existência do princípio da composição” e o universo inteiro é um sistema harmonioso entre os números e sua relação. Na arte, o significado de Lei é refletido através da beleza, que também está presente quando um alto nível de abstração acontece. Pythagoras believed that the number is the origin of the universe; not only “all things are the number”, but also that “the number is the essence of all things”, “the existence of the principle of composition”, and the whole universe is a harmonious system between the number and its relationship. In terms of art, the meaning of the Law is reflected through beauty, which is also present when a high level of abstraction takes place.
vive e trabalha em pequim, china.
Fang Zhenning
63
Museu Oscar Niemeyer
Além da fotografia Além da Fotografia reúniu um conjunto de artistas do Cone Sul latino-americano, tomando como ponto de partida a fotografia e analisando seu potencial conceitual, expressivo, crítico e poético, especialmente quando cruzada com outros meios. Mas também pode partir diretamente de outras expressões que tendem a se cruzar com a fotografia e desafiar seu encapsulamento. Os artistas que participaram da exposição transcenderam o procedimento fotográfico considerado em sua pura especificidade técnica e o abriram à convivência com outros meios estéticos e expressivos. Deixaram de lado toda a consideração fetichista da técnica para usar a imagem de maneiras complexas que privilegiavam proposta acima dos meios. Nesta exibição, um grupo de artistas trabalhou fotografia de uma forma ironica, analítica e sempre de maneira poética, com a intenção de retratar diferentes problemas que tocam em sensibilidade e pensamentos comtemporâneos. Dessa forma, eles queriam, não apenas transgredir os limites de técnica de equipamento, mas também ampliar o lugar técnico de visualização para poder rastrear as verdades contrárias aos mecanismos de “visualização”, mas unidos a obsessão do olhar.
Beyond Photography Beyond Photography brought together a group of artists from the Latin American Southern Cone, taking photography as a starting point and analyzing their conceptual, expressive, critical and poetic potential, especially when crossed with other media. But it can also depart directly from other expressions that tend to intersect with photography and challenge its encapsulation. The artists that participated in the exhibition transcended the photographic procedure considered in its pure technical specificity and opened it to coexistence with other aesthetic and expressive means. They left aside all fetishistic consideration of technique to use the image in complex ways that privileged concept above medium. In this exhibit, a group of artists surrounded photography in an ironic, analytic and at all times poetic manner, meaning to revise different matters that concerns sensibility and contemporary thought. As such, they meant not only to transgress the limits of the technical device, but also amplify the technical place of visualization in order to track the truths contrary to the mechanics of “viewing”, but allied to the obsession of gaze.
Tício Escobar 64
Curador Curator
“Asunción, 15 de agosto de 1954”, 2015. . Duas lousas, 110 x 150 cm (cada). Stop-motion HD video.
Este trabalho faz parte do projeto intitulado “DNA Mitocondrial” realizado conjuntamente por Alfredo Quiroz e Bernardo Puente. O objetivo deste conjunto de obras é refletir / problematizar sobre a importância da identificação completa de pessoas presas - desaparecidas e executadas extrajudicialmente, durante o período 1954-1989. Identificação que o Estado definiu como objetivo, mas de forma contraditória, o mesmo Estado torna impossível. This work is part of the project entitled “Mitochondrial DNA” jointly carried out by Alfredo Quiroz and Bernardo Puente. The objective of this set of works is to reflect / problematize about the importance of the full identification of people arrested-disappeared and executed extrajudicially, during the period 1954-1989. Identification that the State has set as its goal, but in a contradictory way, the same State makes it impossible.
assunção, paraguai, 1974. buenos aires, argentina, 1969. vivem e trabalham em assunção.
Alfredo Quiroz + Bernardo Puente
65
“Fuerón al norte para Llegar al Sur”, 2014. Técnica mista, instalação interativa. 250 x 600 x 40 cm.
Graciela Sacco está localizada em um lugar proeminente na cena artística contemporânea e desenvolve uma intensa atividade no país e no exterior. Seu trabalho é baseado no uso de diferentes processos técnicos. A apropriação de imagens de mídia de massa permite que ela materializa idéias e conceitos comprometidos com o contexto social em que ela se inscreve através de instalações, objetos, interferências urbanas, vídeos. Graciela Sacco is located in a prominent place in the contemporary art scene, and develops an intense activity in the country and abroad. Her work is based on the use of different technical processes. The appropriation of mass-media images allows her to materialize ideas and concepts committed to the social context in which she registers through installations, objects, urban interferences, videos.
66
Graciela Sacco
rosario, argentina, 1956. vive e trabalha em rosario.
Da série “MUSEU - Galeria Nacional de Washington”, 1999-2010. Fotografias, impressão sobre papel. 100 x 40 cm (cada).
Bernardo Krasniansky mora em São Paulo desde 1970. De 1960 a 1965 estudou com Leonor Cecotto em Asunción e fez Artes Plásticas na ECA/USP. Entre suas mostras individuais está o espaço do Museu de Arte Americana OEA de Washington, DC, em 2016. Esteve presente na Bienal de São Paulo em 1969, 1981, 1985 e 1989. Bernardo Krasniansky lives in São Paulo since 1970. From 1960 to 1965 he studied with Leonor Cecotto in Asunción and did Fine Arts at ECA / USP. Among his individual exhibitions is the venue OAS American Museum of Art in Washington, DC, in 2016. He was present at the São Paulo Biennial in 1969, 1981, 1985 and 1989.
assunção, paraguai, 1951. vive e trabalha em são paulo, brasil.
Bernardo Krasniansky
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“El Álbum”, 1997. Intervenção e vídeo, álbum fotográfico, têxteis bordados. 10 x 27 x 32 cm.
Osvaldo Salerno nasceu em Assunção em 1952. Artista visual, designer gráfico e promotor cultural. Estudei arquitetura na Universidade Nacional da Assunção. Estudei no Paraguai, Espanha, Argentina e EUA. Participou de inúmeras exposições individuais fora e dentro do país. Ele ganhou vários prêmios por design gráfico e pintura. Seu trabalho está representado em museus e coleções em Espanha, Irã, Argentina, Peru, Brasil, Colômbia e Paraguai. Ele foi vice-presidente da América Latina do Conselho Mundial de Artesanato. É diretor do Museo del Barro. Neste momento, duas de suas obras estão expostas na amostra Perdendo a forma humana. Uma imagem sísmica dos anos 80 na América Latina no Museu Reina Sofia Art Center em Madri. Osvaldo Salerno was born in Asunción in 1952. Visual artist, graphic designer and cultural promoter. He studied architecture at the National University of Asunción. He has studied in Paraguay, Spain, Argentina and the USA. He participated in numerous solo exhibitions outside and inside the country. He won several awards for graphic design and painting. His work is represented in museums and collections in Spain, Iran, Argentina, Peru, Brazil, Colombia and Paraguay. He was Vice-President for Latin America of the World Council of Handicrafts. He is director of the Museo del Barro. At this moment, two of his works are exposed in the sample Losing the human form. An 80’s seismic image in Latin America at the Reina Sofía Art Center Museum in Madrid.
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Osvaldo Salerno
assunção, paraguai, 1952. vive e trabalha em assunção.
Da série “Campos de la realidad (Parte I)”, 2014-2016. Fotografia analógica. Pintura cinza neutra aplicada sobre vidro. Dimensões variáveis.
Ananké Asseff apela a esta “cumplicidade ética do olhar” discutindo o suposto destino indicativo da fotografia, sua capacidade de registrar fiel e exaustivamente a realidade através suas digitais. Nesta obra, as paisagens realistas aparecem encobertas em zonas que acabam sendo indispensáveis: a dissimulação torna essencial o invisível. A pulsão da imagem desperta capaz de rondar o objeto que falta e de fazer de seu vazio o princípio de significações novas, mas ainda ausentes. Ananké Assefff appeals to such “aesthetic complicity in gaze” discussing the supposed indicative destiny of photography, its capacity in registering faithfully and in exhaustion the reality through her digitals. In this work, the realistic landscapes appear covered in zones that end up essential: the dissimulation turns the invisible into essential. The pulse of the awoken image capable of prowling the missing object and making its hollowness the principle of new significance, one albeit still absent.
buenos aires, argentina, 1971. vive e trabalha em buenos aires.
Ananké Asseff
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Da série “Los Ojos sobre la tierra”, 2017. Fotografia. 100 x 175 cm.
HUGO AVETA nasceu em Córdoba em 1965. Após estudos em arquitetura e de cinema, Aveta dedicou-se principalmente à fotografia e ao vídeo. O seu trabalho tem sido objeto de numerosas exposições individuais e coletivas, particularmente no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires (MAMBA), Museu de Arte Contemporânea de Roma (MACRO), Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) (Argentina) eno Museu da Arte Latino Americana (MOMAA) na Califórnia. Hugo Aveta was born in Cordoba in 1965. After architectural and film studies, Hugo Aveta is devoted to photography and video. His work has been the subject of numerous solo and collective exhibitions, particularly at Buenos Aires Museum of Modern Art (MAMBA), Museum of Contemporary Art of Rome (MACRO), National Museum of Fine Arts (MNBA) (Argentina), Museum of Latin American Art (MOMAA) in California.
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Hugo Aveta
Da série “Los Ojos sobre la tierra”, 2017. Fotografia.
El rumor del oleaje, 2017. Vídeo/projeção. 8’48’’.
córdoba, argentina, 1965. vive e trabalha entre córdoba e paris, frança.
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“Ficcion de un Origen”, 2006. Instalação. 2 autorretratos de 350 x 240 cm em lã de ovelha tingida, 1 texto bordado em ponto cruz em peneira de aço inoxidável. Dimensões variáveis.
Nury González, aborda histórias que atestam uma tradição autobiográfica de desarraigamento, grandes tragédias, como a guerra e o exílio, e o que pode ser chamado de “instabilidade histórica”. Seu trabalho estabelece o cruzamento temático, processual e técnico entre as práticas que determinam o espaço feminino e particularizado do que é privado e os discursos e práticas que são determinados como um paradigma do espaço político e histórico do que é público. Nury González, approaches stories that attest to an autobiographical tradition of uprooting, great tragedies, like a war and exile, and can be called “historical instability.” Their work establishes the problem, the process and the technician between the practices that determine the feminine space and particularized in that they are private and speeches and practices that are like a paradigm of the political and historical space of which they are public.
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Nury González
santiago, chile, 1960. vive e trabalha em santiago.
“Culto a las imágenes”, 2017. Instalação. Canoa e projeção. 300 x 600 x 400 cm.
Bernardo Oyarzún (Los Muermos, Região de Los Lagos, 1963). Artista visual com um diploma em arte na Universidade do Chile, realizou dezoito exposições individuais no Chile e no exterior, trinta exposições internacionais, incluindo catorze bienais, incluindo a Bienal de Veneza de 2017. Bernardo Oyarzún (Los Muermos, Region of Los Lagos, 1963). Visual artist with a degree in art at the University of Chile, held eighteen solo exhibitions in Chile and abroad, thirty international exhibitions, including fourteen biennials, including the Venice Biennale of 2017.
Los Muermos, chile, 1963. vive e trabalha em santiago, chile.
Bernardo Oyarzún
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“Tudo o que é sólido permanece no ar”, 2017. 12 fotografias impressas em Lambda, 12 fotografias impressas em Braille. 24 x 30 cm (cada).
Juliana Stein nasceu em Passo Fundo em 1970, formou-se em Psicologia pela UFPR em 1992. Depois disto viveu por dois anos em Firenze e Veneza onde estudou história da arte, técnica em aquarela e desenho. Trabalha com fotografia desde o final dos anos 90 e seu trabalho foi mostrado em diversas exposições no Brasil e no exterior. Dentre elas, estão a 55º Bienal Internacional de Veneza, 29º Bienal de São Paulo, CroneGallery em Berlim, ShangARTGallery em Xangai, CarreauduTemple em Paris. Juliana Stein was born in Passo Fundo in 1970 and graduated in Psychology at UFPR in 1992. After that she lived for two years in Firenze and Venice where she studied art history, technique in watercolor and drawing. She has been working with photography since the late 90’s and her work has been shown in various exhibitions in Brazil and abroad. Among them are the 55th Venice International Biennial, 29th São Paulo Biennial, CroneGallery in Berlin, ShangARTGallery in Shanghai and CarreauduTemple in Paris.
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Juliana Stein
brasil, 1970. vive e trabalha em curitiba. brasil
“The time project”, 2017. Instalação. Mídias variáveis. Dimensões variáveis. Cortesia: Galeria Alexander Gray Associates. (Detalhe).
Camnitzer teve uma longa carreira como artista, crítico, educador e teórico. Ele começou a trabalhar em paralelo com os Conceitualistas americanos dos anos 60 e 70, e em 1964 fundou o New York Graphic Workshop (1964-1970) com os artistas Liliana Porter e José Guillermo Castillo. Em 1971, ajudou a estabelecer o Museu Latinoamericano de Nova York e um grupo dissidente, o Movimento de Independência Cultural de América Latina (MICLA). Seu livro Conceitualismo na Arte Latino Americana é amplamente considerado um dos textos mais influentes sobre o assunto. Camnitzer has had a long career as an artist, critic, educator, and theorist. He began working in parallel with the American Conceptualists of the 1960s and ’70s, and in 1964 founded the New York Graphic Workshop (1964–70) with artists Liliana Porter and José Guillermo Castillo. In 1971, he helped establish New York’s Museo Latinoamericano, and a splinter group, Movimiento de Independencia Cultural de Latino América (MICLA). His 2007 book Conceptualism in Latin American Art is widely considered one of the most influential texts on the subject.
Lübeck, Alemanha, 1973. vive e trabalha em nova iorque, Estados Unidos da América.
Luis Camnitzer
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Museu Oscar Niemeyer
Antítese Imagens Síntese Para Hegel, a realidade é racional porque é contraditória e a tarefa da razão é de superar tais contradições, resolvê-las através da síntese para um nível superior, que por sua vez será um ponto de partida para novas contradições, que deve ser superadas, e assim por diante ao infinito. O artista contemporâneo vai cada vez mais além da aparência, além do objeto de sua narrativa, criando um contraste entre as reflexões de quem concebeu e as emoções daqueles que estão assistindo. O que mudou em quem a pensou e o que vai mudar em quem vai observar, porque o espectador “além da visão” descobre uma ação constante na ação e no pensamento. Olha para além do objeto e da cor, em memória de seus pensamentos, que se suavizam do supérfluo em direção a uma realização. Isso corresponde à produção de linguagens artísticas novas e plurais, da fotografia à videoarte, da Land art a street art, da body art a performance, para enumerar as novas, mas sem esquecer da pintura, que continua a auto candidatar-se ao primado do fazer arte. Linguagens que, se por um lado impediram de circunscrever o significado da arte para uma experiência exclusiva, por outro lado, têm implantado inúmeras possibilidades antitéticas de interrogar o sentido profundo da realidade, sem nunca revelar seu enigma. Por isso é significativo repensar a linguagem contemporânea em sua extensão sociológica, para ser compreendida nas soluções de uma nova comunicação. “Síntese, evidências imediatismo”: uma lógica da linguagem que distingue a arte na individualização do artista, da obra, do ambiente, onde fazer arte se torna poesia. A arte é um milagre da vida que impõe ao artista um trabalho permanente. E estes artistas com suas obras, têm desempenhado uma parte da tarefa, a da busca constante do “se”.
Antithesis images synthesis According to Hegel, reality is rational precisely because it is contradictory and the reason of the task is to overcome these contradictions, solving them through the synthesis at a higher level, that will be in turn the starting point for further contradictions that need to be overcome, and so on ad infinitum. The contemporary artist increasingly goes beyond the appearance, beyond the object of his story, creating a contraposition between the reflections of the one who has conceived it and the emotions of who is looking at it. Managing a situation in which the energies of the creation design a kind of memory already lost in the time that has been or sometimes that will be. What has changed in the one who has thought it and what will change in the one who will observe it, because those looking “over the vision” find out an ever- changing thought and action evolving. He looks beyond the object and the color, in the memory of his thoughts that relieve of the unneeded towards the awareness. This corresponds to the production of new and plural artistic languages, from photography to video art, from land art to street art, from body art to the performance, to list the new ones but painting should not be forgotten as it continues to put itself in the making art record. Languages that, although on the one hand prevented to circumscribe the meaning of the art within an exclusive experience, on the other hand revealed innumerable antithetical possibilities to deal with the deep sense of reality without ever revealing its enigma. That’s why it’s important to reconsider the contemporary creative language in its sociological extension, to be understood through the solutions of a new communication. “Synthesis, immediacy, evidence”: a logic of the language that distinguishes art identifying the artist, the work, the environment in which making art changes into poetry. Art is a miracle of life that forces the artist to a permanent work. And with their works these artists have developed a part of the task, the constant research for “oneself”.
Massimo Scaringella Curador Curator 76
“Parede”, 2017. Manta de ímã. 275 x 556 x 5 cm.
Brugnera procura uma integração precisa com a realidade, com o meio ambiente, o que inevitavelmente a coloca em comparação com seu contexto visual. E o visível se impõe tão claramente apenas pelo que não é pelo que representa e o impacto às vezes torna-se difícil de entender, ele sempre me traz de volta à poesia da arte. Brugnera seeks a precise integration with reality, with the environment, which inevitably places it in comparison with its visual context. And the visible imposes itself so clearly only for what it is not for what it represents and the impact is sometimes very hard or difficult to understand, it always brings me back to the poetry of art.
Espumoso, brasil, 1966. Vive e Trabalha em cascavel, brasil.
Brugnera
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“Superfície Magnética”, 1961. Madeira, alumínio, vidro, pó de ferro, ímãs, espuma de poliuretano, 4 + 4 micromotores. 93 x 182 x 20 cm.
Entre espaço e tempo A intuição da realidade nos seus termos de transformação foi para o artista determinante. A mesma necessidade de concretude que faz parecer insuficiente pela sua imutabilidade, a representação simbólica do fluir do tempo no espaço obtido com a composição espacial, determina a necessidade de considerar ao término da obra fenômenos espaço temporal na sua individualidade dos elementos. Between space and time The perceptiveness of the reality in its terms of becoming has been crucial.The same need of concreteness that with its immutability makes insufficient the symbolic representation of the flow of time into the space achievable with the spatial composition, determines for the purposes of the work the need to consider the time spaces in their elementarily identification.
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Davide Boriani
milão, itália, 1936. Vive e Trabalha em curitiba e milão - itália.
“Shaula”, 2017. Colagem sobre corpo e impressão Fine art. 170 x 125 cm (cada).
Cidade de Sendai: “O Verdadeiro” A sociedadeatual está ligada aoconflito para manter o controle da realidade, umarealidade que não existe. A verdade, então, que neste momento deve justificar o confronto torna-se apenas um ponto de vista. Masum futuro possível é redesenhadoatravés de Sendai City, um work in progress, que vê o mundo contemporâneo transportado no universo de umamegalópolepóspunk ondetudo pode acontecer. Sendai City: “The True” The contemporary society is connected to the conflict to keep control of reality, a reality that doesn’t exist. So the truth that at this point should justify the clash, becomes just a point of view. But it redraws a possible future through Sendai City, a science fiction work in progress which sees the contemporary world traversed in the universe of a post-punk megalopolis where anything may occur.
Bolonha, itália, 1974. vive e trabalha em bolonha e londres, reino unido.
Marco Bolognesi
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“Relevo Chinês”, 2017. Cerâmica vitrificada. 107 x 76 x 13 cm.
Artifícios da natureza O trabalho de el se propaga sem nunca definir; é capaz de inundar uma área, determinando novas estruturas e novos laços entre a visão eo espaço.Revelam-se novas possibilidades: o uso inteligente da cerâmica, elemento primordial, nos leva ao positivo retorna a humanidade. Densidade, transparências óticas, ritmo que nos traz de volta para as coordenadas de certeza e segurança próprias da ilusão humana. Artifices of nature His work spreads without ever define; it’s able to flood into a territory, determining new structures and new bonds between vision and space. So new possibilities reveal: the skillful use of the ceramic, basic element, take back to the positive occurrence of humanity. Density, optical transparencies, rhythm that bring us back to the certainty and self-confidence typical of the human illusion.
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Juan Parada
curitiba, brasil, 1979. vive e trabalha em curitiba.
In the beginning, 2017. Instalação. Técnica mista. Dimensões variáveis.
Os cinco elementos da vida El artista filtra a realidadeatravés da percepção dos sentidos e dos elementos primários, bem como as cores que os representam e que propõemum lugar de encontro entre o homem e o cosmos, gerando a memória do principio. O caminho da vida é a manifestação da ligação entre vento e água, sombra e luz, sagrado e profano. Esses elementos nãopodemretê-los nemcompreendê-los emprofundidade. Tudo é um todo. The five elements of life The artist filters reality through the sense and the primary elements perception, like the colors that represent them and suggest a meeting place between the man and the universe, producing the memory of the origin. The path of life is the expression of the connection between wind and water, shadow and light, sacred and profane. We can’t hold or understand these elements to the fullest.Everythingisone.
Minnesota, Estados Unidos da América, 1958. vive e trabalha em xiamen, china.
Stevens Vaughn
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Museu Oscar Niemeyer
Visão Expandida A pedra angular dos nossos tempos é a dimensão dinâmica do rápido intercâmbio entre arte e ciência que continuamente atualiza a produção do bem mais valioso da humanidade: a informação. A tendência visual do terceiro milênio é transmitida através de uma ação artística e estética que visa à atualização contínua, algo essencial para acompanhar o ritmo acelerado das mudanças formais contemporâneas. Neste sentido, o vídeo é certamente uma das mídias mais completas da linguagem artística atual. Esta exposição de vídeo oferece, assim, uma análise conceitual dessas visões expandidas presentes em nosso tempo, mostrando alguns aspectos linguísticos e técnicos do vídeo como um meio de arte atual.
Expanded view The cornerstone of our time is the dynamic dimension of the rapid exchange between art and science, continually updating the output in humanity’s most cherished asset: information. The visual trend in the third millennium is conveyed through an action in arts and aesthetics aimed at continued update, which becomes essential for following the rapid pace of contemporary formal changes. In this sense, Video is certainly one of the most thorough media in current art language. This video exhibition offers, therefore, a conceptual analysis of these expanded views present in our time, showing some linguistic and technical aspects of video as an art medium today.
Massimo Scaringella Curador Curator
82
“Amor”, 2003. Vídeo HD. 21’. Cortesia Anna Rosa e Giovanni Cotroneo.
brisbane, austrália, 1960. vive e trabalha em sydney, austrália.
Tracey Moffat
83
“Revolução”, 2008. Vídeo HD. 14’. Cortesia Anna Rosa e Giovanni Cotroneo.
Seus trabalhos parece-nos, bem como a surpreendente mistura de indeterminação com brutalmente preciso, intemporal e contemporânea His work appears to us as well as an amazing blend of indeterminacy with brutally precise, timeless, and contemporary
84
Tracey Moffat
brisbane, austrália, 1960. vive e trabalha em sydney, austrália.
“Adam’s Apple”, 2013. Video HD. 3’44’’.
Este vídeo é uma referência da relação entre um casal como um ciclo do que pode parecer monotonia, mas na realidade é um conflito interior de insegurança e dominação silenciosa. This video is a reference of the relationship between a couple as a cycle of what may seem monotony, but in reality is an interior conflict of insecurity and silent domination.
permet, albânia, 1983. vive e trabalha em tirana, albânia.
Alketa Ramaj
85
“Castaways project”, 2013. Vídeo HD 9’45’’.
Os objetos encontrados nas praias de naufrágios nos lembrar de passos humanos e lugar, registrando as coisas simples de necessidades e desejos das pessoas ao longo da Costa do Ouro da África Ocidental contemporâneos. Objects found on the wreck beach remind us of human passages and the place, recording the simple things about the people’s contemporary needs and wishes along the Gold Coast of West Africa.brutally precise, timeless, and contemporary
camberra, austrália, 1956. vive e trabalha na itália e em países africanos.
Virginia Ryan & 86
Steven Feld
filadélfia, Estados Unidos da América, 1949. vive e trabalha na filadélfia.
“The Lizard of Unmarriedness (It’s All About How You Tell It)”, 2015. Vídeo HD . 6’07’’.
É o ponto de partida com que o artista usa o cinema, o desenho, o som e a escultura interativa para examinar como a narrativa, a nuance e o idioma ajudam nossas predileções pessoais para a crença. Is the starting point with whom the artist uses film, drawing, sound, and interactive sculpture to examine how storytelling, nuance, and language aid our personal predilections towards belief.
nairóbi, quênia, 1982. vive e trabalha em londres, reino unido.
Phoebe Boswell
87
“Visões alterados”, 2012. Vídeo HD. 11’42’’.
Rostos iluminados com diferentes intensidades de luz projeções a laser sobrepostos, um caminho e níveis de intensidade da luz ao escuro, pelo contrário ver e não ver, um lugar feito de pontos turísticos luz, sons, imagens, palavras e sinais. Faces illuminated by various light intensity overlapped by laser projections, a path of intensity and levels from light to dark and vice versa from seeing to see, a place made of light, sounds, images, words and signs..
Francesco Candeloro & 88
Arthur Duff
veneza, itália, 1974. vive e trabalha em veneza . wiesbaden, alemanha, 1973. vive e trabalha em vicenza, itália.
“No caminhoreto”, 2014. Vídeo HD. 1’47’’.
A dificuldade de manter uma linha reta perfeita, e representa a impossibilidade humana de dualidade de encontrar um equilíbrio entre a sua intuitiva, emocional, impetuoso e seu papel definido pela empresa que penetra as consciências individuais e condições mentais e comportamento de condução o indivíduo para modelos padronizados The difficulty of maintaining a perfect and straight line represents the dualism of man’s impossibility to find a balance between his own intuitive, emotional and impetuous nature and his defined role by society which penetrates individual consciences and conditions mental behaviour, guiding the individual towards standardised models.
Texto por Claudia Löffelholz | Text by Claudia Löffelholz
treviglio, itália, 1977. vive e trabalha em milão, itália.
Filippo Berta
89
“Exit”, 2011. Betacam SP. 4’30’’.
Este trabalho é uma coleção de memórias gravadas e uma visão da “memória futura” pressuposta, mostrada em uma compressão informacional. Na verdade, é um retrato auto-referencial de duas cidades, do primeiro e do último, criando uma nova dimensão histórica. This work is a collection of recorded memories and a vision of the presupposed “future memory”, shown in an informational compression. It is in fact a self-referential portrait of two cities, of the first one and of the last one, creating a new dimension of the historical.
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Zaneta Vangeli
bitola, macedônia, 1963. vive e trabalha em skopje, macedônia.
“Matchbox”, 2006. Vídeo HD. Cortesia de Anna Rosa e Giovanni Cotroneo.
El Protagonista está com os olhos vendados e obrigou-o a partecipate em uma espécie de jogo como uma metáfora de como a nossa história se repete em círculos The protagonistis blindfolded and forced him to partecipate into a kind of game as a metaphor for how our story repeats itself in circles
moscou, rússia, 1983. vive e trabalha entre moscou e paris, frança.
Tim Parchikov
91
“O jardim guilhoché”, 2016. Vídeo HD. 6’50’’.
A
dicotomia morte/renascimento, destruição/reconstrução, desintegração/reintegração mostra
obviamente o ciclo, desenvolvido, bem como acúmulo de arquétipos universais, bem como uma transformação emocional e espiritual. The dichotomies of death/rebirth, destruction/reconstruction, and disintegration/reintegration, obviously underlie the whole cycle, which was developed as an “accumulation” of universal archetypes, as well as a journey of emotional and spiritual transformation.
92
Fabrizio Passarella
bolonha, itália, 1953. vive e trabalha em bolonha.
“G8ogle”, 2014. Vídeo HD. 2’25’’.
Nos últimos anos, o Google tornou-se mais do que um motor de busca. É agora uma linguagem virtual com base em estereótipos culturais e formou o consumismo difundido de seu banco de dados. Os resultados da imagem oferecida pelo motor são uma resposta direta a uma generalização coletiva que altera imagens imaginação espectro do usuário em um ciclo repetitivo. In the recent years Google has become more than a search engine. It is now a virtual language based on cultural stereotypes and shaped by the widespread consumerism of its database. The image results offered by the engine are a direct response to a collective generalization that entraps the spectrum of the user’s imagination in a loop of repetitive images.
pequim, china, 1990. vive e trabalha em sofia, bulgária. alcamo, itália, 1984. vive e trabalha em genova, itália.
Zlatolin Donchev & Anto.Millotta
93
“Where the sun goes down”, 2017. Vídeo HD. 18’44’’. Som masterizado por Daniel Hewson. Contesia da KaanZamaan Gallery.
O filme descreve uma viagem de um lugar de pertença ao desconhecido. The film describes a journey from a place of belonging into the unknown. KoPoueruateMaunga – The mountain is Pouerua KoOwhareititeRoto – The lake is Owhareiti KoNgatokimatawhaoruate waka – The canoe is Ngatokimatawhaorua Ko Waitangi te Awa – The river is Waitangi KoNgatikawateHapu – The subtribe is Ngatikawa KoOromahoete – The house is Oromahoe Kote Kura o Oromahoemātou – Our school is Oromahoe
Hamish MacLean, Kelly Michael, Scott McFarlane, 94
Jason Taylor
auckland, 1978. vive e trabalha em oamaru. auckland, 1967. vive e trabalha em auckland. wellington, 1966. vive e trabalha em northland tekuiti, 1981. vive e trabalha em keri keri. nova zelândia.
“El Satario”, 2017. Video e animação digital. 5’.
O Satario é uma pesquisa artística cujo centro de eixos, enquanto, pintura e cinema. O trabalho pressupõe o passado como matéria-prima na operação constante e nos coloca no início do século XX. The Satario is an artistic research whose center of axes, while painting and cinema. The work presupposes the past as a raw material in constant operation and puts us at the beginning of the twentieth century.
buenos aires, argentina, 1977. vive e trabalha em buenos aires.
Estanislao Florido
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“Carta de aguà III”, 2016. Vídeo sincronizado. 10’.
Nas superfícies espelhadas da água, suas obras revelam uma forma particular de distorção do meio ambiente, que é a base para a extração digital de ideogramas, que formam um roteiro indecifrável da natureza. Essas formas de água, ou "Aguagramas", se tornam parte de textos que a Claro chama de "Letras de água". O artista leva o trabalho a um passo além da realidade em relação à natureza. In the mirrored surfaces of water, her works reveal a particular form of distortion of the environment which is the basis for digitally extracting ideograms, which form an indecipherable script from nature. These water forms, or "Aguagramas", become part of texts that Claro calls "Water letters". The artist takes her work a step beyond reality, to reflect from a contemporary position in relation to nature.
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Patricia Claro
santiago, chile, 1960. vive e trabalha em santiago.
“Mevlana”, 2011. Vídeo HD. Música e composição: Arash e Eliza Yari. Voz: Thoni Sorano. 5’34’’.
Mevlala o “Rumi” sempre que queria simplesmente fazer perguntas aos questiones universais compartilhando suas pesquisas com as massas por lugares alternativos de partecipation científica ou utilizandosus grandes habilidades literárias e de comunicação Mevlala o “Rumi” always seek simply to pose questions to the universal questions by sharing their searches with the masses through alternative places of scientific participation or by using their great literary and communicative capacities
istambul, turquia, 1981. vive e trabalha entre istambul e turin, itália.
Murat Cinar
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“Time reflections”, 2010. Betacam SP. 2’00’’.
O tempo parece ser mensurável e até mesmo menos experimenta-se subjetivamente. Existe tempo sem começar, sem fim. O tempo é intemporal, uma ilusão, uma aporia. O tempo é transparente, como respirar o iluminado Espaço digital, onde pode suavemente ampliar, expandir, diminuir, de repente se mover rapidamente e voltar Time seems to be measurable and even the less it is subjectively experienced. Time exists without start,without end. Time is timeless, an illusion, an aporia. Time is transparent, like a breathe in the illuminated digital space, where it may smoothly enlarge, expand, diminish, suddenly move rapidly and turn back
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Franziska Megert
tune, suíça, 1950. Vive e Trabalha em berna, suíça.
“Play without rules”, 2014. Vídeo digital. 5’45’’.
O que um tal jogo poderia ensinar no país em que a guerra está acontecendo? Lutar ou viver perto do perigo da guerra? E como é real o perigo do culto da guerra neste caso? É óbvio que o perigo da glorificação da guerra não surge no jogo da criança, mas na realidade criada pelos adultos. What could such a game teach in the country in which the war is going on? To fight or live near to the danger of war? And how real is the danger of the cult of war in this case? It is obvious that the danger of war glorification does not arise in the child’s game, but in the reality created by adults.
carcóvia, ucrânia, 1983. vive e trabalha em kiev, ucrânia.
Andriy Sydorenko
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Museu Oscar Niemeyer
Song For My Hands Sob a curadoria de Marta Mestre, a exposição Song for my hands (Canção para minhas mãos) explora a diversidade de percepções condicionadas pela nacionalidade, sensibilidade e conceitos dos artistas, bem como pelos procedimentos utilizados em suas obras. A oposição entre pares: arte/ técnica, por um lado, e pensamento abstrato/trabalho manual, por outro, permite que a curadora trabalhe a materialidade da obra em processos que oscilam entre o artesanal e o industrial, o reflexivo e o sensorial.
Song For My Hands Under the curatorship of Marta Mestre, the exhibition Song for my hands explores the diversity of perceptions conditioned by nationality, sensibility and concepts of artists, as well as the procedures used in their works. The opposition between pairs: art / technique, on the one hand, and abstract thinking / manual work, on the other, allows the curator to work the materiality of the work in processes that oscillate between the artisanal and the industrial, the reflexive and the sensorial.
Marta Mestre Curadora Curator
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“Hand Catching Lead”, 1968. 16mm, filme em p&b transferido para DVD. 3’30’’.
Eu acho que o significado do trabalho está no seu esforço, não nas suas intenções. E esse esforço é um estado de espírito, uma atividade, uma interação com o mundo ... O foco da arte para mim é a experiência de viver as peças, e essa experiência pode ter muito pouco a ver com os fatos físicos. I think the significance of the work is in its effort, not in its intentions. And that effort is a state of mind, an activity, an interaction with the world... The focus of art for me is the experience of living through the pieces, and that experience may have very little to do with the physical facts.
São Francisco, Estados Unidos da América, 1938. vive e trabalha entre Nova Escócia (Canadá) e Nova Iorque (Estados Unidos da América).
Richard Serra 101
“Carmem”, 2016. Fotografia. 40 x 60 cm.
“Carmen”, em alusão a Carmen Miranda, incorpora uma via de mão dupla: a mão-instrumento fazedora e a mão-imagem que traduz e materializa um certo imaginário da cultura popular brasileira. “Hopes and Fears” é uma tecelagem produzida manualmente e parte de uma reflexão sobre o ensaio “Hopes and Fears for Art” (1882) de William Morris que procurou valorizar a produção manual em detrimento da produção industrial que, na época, começava a dominar a economia capitalista na Europa. “Carmen”, in allusion to Carmen Miranda, incorporates a two-way street: a hand-instrument maker and a hand-image that translates an imaginary material of Brazilian popular culture. “Hopes and Fears” is a hand-made weaving and part of a reflection on William Morris’s essay “Hopes and Fears for the Art” (1882) that sought to value manual production over industrial production at the time of capitalist economy in Europe.
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Flávia Vieira
Braga, Portugal, 1983. vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
“China in Box Dinasty“, 2016. Tinta acrílica sobre cerâmica esmaltada. 27 x 30 x 27cm.
Nessa série de peças em cerâmica, eu tento falar sobre a fragilidade das construções humanas e sobre o nosso esforço em contornar a ação do tempo, o qual conduz tudo e todos de volta à matéria bruta. Aqui o material utilizado é uma questão tão relevante quanto o objeto representado, porque do barro foi feito o vaso e o papelão, portanto a função de proteção que o papelão deveria exercer é anulada. In this series of ceramic pieces I try to talk about the fragility of human constructions and our effort to get around the action of time, which brings everything and everyone back to the raw material. Here the material used is an issue as relevant as the object represented, because of the clay was made the vessel and the cardboard, so the protective function that the cardboard should exercise is canceled.
Rio de Janeiro, 1981. Vive e trabalha no Rio de Janeiro
Rodrigo Torres 103
“Cercle”, 2011. Tinta spray. Dimensões variáveis. Cortesia do artista e Perrotin Gallery. Detalhe da obra.
No trabalho selecionado para a Bienal, o pixo ganha uma dimensão domesticada quando é deslocado para dentro de um espaço da galeria. Trata-se da performance política do gesto contrariada pelos códigos reguladores do “cubo branco”. In the work selected for the Biennial, the pixo gains a domesticated dimension when it is moved into a gallery space. This is the political performance of the gesture contradicted by the “white cube” regulatory codes.
104
Iván Argote
Bogotá, Colômbia, 1983. Vive e trabalha entre Paris (França) e Nova Iorque (Estados Unidos da América).
“Compressions”, 2016. Papelão, compensado, metal, clips de plástico e elástico. Instalação, 6 m² (Detalhe da obra).
A distorção de formas e de funcionalidades, unida a um interesse pelo corpo e envolvimento do público, pode ser entendida como uma defesa pelo caráter utópico da arquitetura e do design. The distortion of forms and functionalities, coupled with an interest in the body and the involvement of the public, can be understood as a defense of the utopian character of architecture and design.
Kraj, Eslovênia, 1972. vive e trabalha entre Nova Iorque (Estados Unidos da América) e Liubliana (Eslovênia).
Tobias Putrih 105
“Sem Título”, 2017. Recorte de fotografia sobre papel algodão. 140 x 140 cm.
Os trabalhos de Julia Kater têm a forte presença da linguagem do recorte, remetendo a algo cartográfico, por evocação de um território, e antropofágico, relativo à produção de imagens novas a partir de matrizes. The works of Julia Kater have a strong presence of the language of the cut, referring to something cartographic, evocation of a territory, and anthropophagic, relative to the production of new images from matrices.
106
Julia Kater
Paris, França, 1980. Vive e trabalha em São Paulo.
“Inverno Trotskista”, 2016. Tocos e galhos de árvore, marcador hidrográfico sobre papel, mesa de madeira. 95 x 64 x 64 cm.
O “Inverno Trotskista” é uma construção formal e simbólica, esta composta por três elementos comuns, uma mesa de base, um desenho quadriculado em papel, como toalha de mesa e uma escultura de troncos como estrutura de discussão, colocando a História como marco. The “Trotskyist Winter” is a formal and symbolic construction, consisting of three common elements, a base table, a checkered paper drawing, a tablecloth and a log sculpture as a framework for discussion, putting history as a mark.
Mar del Plata, Argentina, 1975. Vive e trabalha entre São Paulo (Brasil) e Buenos Aires, argentina.
Nicolás Robbio 107
“Villa Mallet Stevens”, 2013. Couro, instalação. 3 m².
O trabalho é informado pela tradição do pensamento moderno da arquitetura e do design, mas não se priva de abordá-lo desde um ponto de vista mais sensível e poético, colocando o corpo e a experiência tátil como elementos centrais. The work is informed by the tradition of modern thought in architecture and design, but it does not deprive itself of approaching it from a more sensitive and poetic point of view, placing the body and tactile experience as central elements.
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Leonor Antunes
Lisboa, Portugal, 1972. vive e trabalha entre Berlim (Alemanha) e Lisboa.
“Keystone XL Rag Rug”, 2014. Diversas fibras de tecidos, algodão e acrílico. 270 x 260 x 270 cm.
A “pintura” é um ponto de partida e um meio, usado através do fazer meditativo da tecelagem, resultando em composições geométricas tão visuais quanto táteis. “Painting” is a starting point and a means, used through the meditative making of weaving, resulting in geometrical compositions as visual as tactile.
Nova Escócia, Canadá, 1979. vive e trabalha em Berlim, Alemanha.
Brent Wadden 109
“Model of Concensus #1“, 2017. Terra, Poeira, terra e bordado sobre tela. 155 x 155 cm. Cortesia do artista.
Frank Ammerlaan está trilhando um caminho não convencional: seu trabalho pode ser interpretado como uma extensão, e talvez até uma renovação, da tradição alquímica na arte contemporânea. Ammerlaan combina muito deliberadamente técnicas e materiais não testados que vão do universal ao particular. Peças de tecido manchadas, costuradas em formas e padrões, carregam materiais incomuns, tais como pó e poeira. O artista tem usado diferentes partículas de metal e ligas, grãos de meteoritos presolares e até mesmo poeiras coletadas no interior do Museu Oscar Niemeyer. Frank Ammerlaan is walking an unconventional path: his work can best be interpreted as an extension, and perhaps even a renewal, of the alchemical tradition in contemporary art. Ammerlaan very deliberately combines untested techniques and materials ranging from the universal to the particular. Weathered and stained pieces of fabric, sewn in shapes and patterns, carry unusual materials such as powders and dust. The artist has been using different metal particles and alloys, presolar meteorite grains and even dust collected from inside the Oscar Niemeyer Museum. Ammerlaan has spent recent period in Brazil to produce a new body or work for the Curitiba Biennial.
110
Frank Ammerlaan
Sassenheim, Holanda, 1979. vive e trabalha em Londres, Reino Unido.
“Sem título”, da série Berimbau, 2014. Óleo sobre tela. 70 x 60 cm. Cortesia do artista.
Através de uma paleta reduzida e uma quantidade não muito extensa de formas a pintura sobrepõemse por camadas reveladas pelo uso de estênceis. Um jogo da superfície e da profundidade que resulta uma prática que constantemente se refaz. Through a reduced palette and a not very extensive amount of paint forms overlap through layers revealed by the use of stencils. A game of surface and depth that results in a practice that constantly reshapes itself.
São Paulo, Brasil, 1958. vive e trabalha em São Paulo.
Paulo Whitaker 111
Museu Oscar Niemeyer
Não está claro até que a noite caia O curador Agnaldo Farías apresenta a exposição Não Está Claro Até que a Noite Caia que reflete sobre uma questão-chave da arte contemporânea: a relação entre imagem e texto. A artista Juliana Stein problematiza essa relação apoiando-se na noção de traço compartilhada pela fotografia e pela escrita. Mas a impossibilidade de que uma e outra se unam gera um excedente e uma falta. O traço pode registrar até certo ponto, a partir do qual começa uma pura ausência; gera-se, então, um curto-circuito na significação, um breve espaço em branco onde palavras e imagens perdidas são vislumbradas.
Nothing’s clear until night falls The curator Agnaldo Farías presents the exhibition It’s Not Clear Until the Night Falls that reflects on a key issue of contemporary art: the relationship between image and text. The artist Juliana Stein problematizes this relation based on the notion of trace with photography and writing. But the impossibility of joining them together generates a surplus and a lack. The trace may register to a certain extent, from which a pure absence begins; a short-circuit of signification is generated, a brief blank space where words and lost images are glimpsed. Texto por Juliana Stein Text by Juliana Stein
Agnaldo Farias Curador do MON Curator
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“Agora que você chegou até aqui.” 25 lâmpadas de LED. 280 x 700 x 4cm.
Uma exposição com 50 trabalhos inéditos incluindo peças de acrílico, luz neon, fotografias e esculturas. An exhibition with 50 original works including pieces of acrylic, neon light, photographs and sculptures.
passo fundo, brasil, 1970. vive e trabalha em curitiba, brasil.
Juliana Stein 113
Museu Oscar Niemeyer
Tiluk e a obra de Guadalupe Miles Sob a curadoria de Tulio de Sagastizábal, é exposto o longo trabalho de pesquisa fotográfica de Guadalupe Miles sobre vários momentos da comunidade Wichi, localizada em Santa Victoria Este, no Chaco de Salta. O trabalho parte do vínculo da artista com Tiluk, que foi xamã e líder da comunidade. Além de trazer a presença indígena, componente indispensável da diversidade na América, a mostra levanta as diferentes tensões enfrentadas pela fotografia documental e proposta de obra, estética e documento, aura e digital, etnografia e arte.
Tiluk and the works of Guadalupe Miles Under the curatorship of Tulio de Sagastizábal, the long photographic research of Guadalupe Miles is exposed with several moments of the Wichi community, located in Santa Victoria Este, in the Chaco of Salta. The work starts from the artist’s relationship with Tiluk, who was a shaman and community leader. In addition to bringing the indigenous presence, an indispensable component of diversity in America, the exhibition raises different tensions faced by documentary photography and proposal of work, aesthetics and document, aura and digital, ethnography and art.
Tulio de Sagastizabal Curador Curator
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“Dourado”, 2013. Fotografia em cores toma direta. 110 x 110 cm.
A exposição individual da artista Guadalupe Miles contou com aproximadamente 30 obras. The individual exhibition from artist Guadalupe Miles had, approximately, 30 works.
argentina, 1971. vive e trabalha entre salta e buenos aires, argentina.
Guadalupe Miles 115
Museu Oscar Niemeyer
Dualidades humanas (resumo) A Bienal de Curitiba traz à baila aquilo que inerente aos humanos e a tudo o que os toca... o universo das antíteses. É inegável a dualidade latente no conhecido e no desconhecido, desde o corpo e a alma, pares perfeitos fundidos na construção da vida, ainda na abrangência do cosmos entre luz e escuridão. Os artistas provocarão em suas performances justamente o equilíbrio dinâmico entre ideias e energias. Conforme o curador Brugnera “os representantes das dualidades pertinentes ao tema sugerido organizam os conceitos: dentro e fora, Terra e Marte, guerra e paz, vida e morte, humano e animal, aproximação e distanciamento, negro e blanco, aparecer e desaparecer... isso somado as manifestações dos que as realizam, nos trazem uma atmosfera de inquietude. A individualidade mistura-se ao coletivo e empresta sua questão particular com o propósito de construir uma coleção de opiniões que a nós é permitido divergir e criar sagas...” Em cada obra percebe-se a peculiaridade e unicidade de interpretações da temática proposta, essa singularidade é expressa nas palavras de cada artista... ... É preciso dizer que os artistas estão extremamente integrados à temática, cada obra representará as antíteses e as antípodas de uma maneira excepcional, que estimulará o olhar de cada observador. Texto por Cintia Abreu
Human dualities (abstract) The Curitiba Biennial brings to the forefront what is inherent to humans and everything concerning them: the universe of antitheses. The latent duality is undeniable in what’s known and unknown, as in body and soul – perfect matches merged in the creation of life – as well as in the comprehensive cosmos between light and darkness. The artists’ performances will provoke precisely the dynamic balance between ideas and energies. According to curator Brugnera “the representatives of the dualities regarding the suggested theme organize the concepts of inside and outside, Earth and Mars, war and peace, life and death, human and animal, attachment and detachment, appear and disappear… All that, added to the performance of manifestations, make us feel a restlessness atmosphere. The individuality lends its particular feature to the collective in order to build a collection of opinions that allow us to diverge and create sagas...”. We can perceive in each work the peculiarity and uniqueness of the interpretations given to the proposed theme. This singularity is expressed on the words of each artist... ... It’s necessary to say that the artists are extremely integrated to the theme. Each artwork will represent antitheses and antipodes in an exceptional way, stimulating the glaze of each observer. Text by Cintia Abreu
Brugnera Curador Curator
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“Limítrofe”, 2017. Instalação. (fotografia em suporte digital com intervenções eletrônicas). 50 x 40cm.
“Criamos cascas invisíveis que usamos como barreira limítrofe entre o nós e o outro. Reagimos com a transfiguração da imagem interna quando extrapola-se esses limites...” “We create invisible shells that we use as a boundary barrier between us and the other. We react with the transfiguration of the internal image when these limits are extrapolated ...”
vivem e trabalham em curitiba, brasil.
Coletivo Kimieck 117
“Cromossomos”, 2017. Mármore bianco venato, mármore negro belga e folhas de ouro. 23 x 14 x 14 cm (fechado), 14 x 30 x 14cm (aberto).
“Porque não nos aceitamos cromossomos?” “Why can’t we accept our chromosomes?”
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Alfi Vivern
buenos aires, argentina, 1948. vive e trabalha em curitiba, brasil.
“Mandala”, da série “Mis pies son mis alas”. 2007. Instalação de chão. (70 sapatos usados). Aproximadamente Ø3m.
“O que restava dos desaparecidos naquele dia foi uma montanha de sapatos.” “What lingered from the missing ones on that day, was a pile of shoes.”
San Salvador, El Salvador. 1968. vive e trabalha em san salvador.
Walterio 119
“Suporte”, 2017. Instalação (negativos fotográficos, imagens digitalizadas, cortinas de voal, projetores e áudio). 275 x 500 x 420 cm.
“O dentro e o fora, o conter e o estar contido, no corpo que suporta e é o suporte, que com a ação do tempo se desgasta, contamina, corrói, criando marcas e cicatrizes na pele e na memória...” “The inside and the outside, the contain and the contained, the body that supports and is the support, that with the action of time wears, contaminates, corrodes, creating marks and scars on the skin and memory ...”
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Silvana Camilotti
Coronel Vivida, brasil, 1965. vive e trabalha em curitiba, brasil.
“Fronteira”, 1980/2010. Instalação (costura). 10m².
“Na busca constante entre as nações que se configuram uma sobre outras mostrando sua superioridade de comando e poder; a arte observa e questiona estes opostos costurando e traçando seus próprios desafios, em uma constante guerra na busca da paz...” “In the constant search among the nations that are configured one on another showing their superiority of command and power; art observes and questions these opposites by sewing and tracing their own challenges, in a constant war in search of peace ...”
laranjeiras do sul, brasil, 1976. vive e trabalha em cascavel, brasil.
Von Joseph 121
“Mulher de Marte”, 2016. Fotografias (3). 130 x 195 cm / 130 x 195 cm / 195 x 130 cm.
“Mulher de Marte é a personificação da Alma Mater - O Ser Feminino. Ela é a essência do poder criador desses dois mundos: Planeta Vermelho e Planeta Terra. Ela é o núcleo, o fogo, a terra vermelha, o sangue, a carne e o próprio pulsar; é o útero, luz que os nutre, os transforma e a qual os mantém vivos!” “Woman of Mars is the personification of the Alma Mater - The Feminine Being. It is the essence of the creative power of these two worlds: Red Planet and Planet Earth. It is the core, the fire, the red earth, the blood, the flesh and the pulsar itself; it is the uterus, the light that nourishes them, transforms them and keeps them alive!”
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Coletivo Duas Marias
vivem e trabalham em cascavel, brasil.
“Antípodas”. 2017. Instalação de parede (desenho com lápis de cor Caran d’Ache, nanquim, gesso líquido e fotografia). 9 m².
“China e Brasil, dois antípodas geográficos. O humano e o animal, o humano e a planta, também são polos opostos de um mundo em comum, são radicalmente distantes, mas de um mundo igual. No caminho para as antípodas há muitas fronteiras a superar: culturais, estéticas e psíquicas...” “China and Brazil, two geographic antipodes. Human and animal, human and plant, are also polar opposites of a world in common, are radically distant, but of an equal world. On the way to the antipodes there are many frontiers to overcome: cultural, aesthetic and psychic ...”
paraná, brasil, 1966. vive e trabalha na suiça
Rosângela de Andrade Boss 123
“O que se faz presente”, 2017. Performance/objeto (caixa de vidro transparente 50 x 55 x 180 cm, 200 kg de pó de talco industrial).
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Franzoi
“A performance lida com questões do comportamento, corpo, espaço, memória, as fronteiras e os limítrofes que se fundem na oposição entre a consciência visível e invisível, vida e morte, antagonismos, marcas desta poética que propõe novas possibilidades para o olhar e a percepção corporal. Máquina de gravação, usina de inquietações sobre a existência, o outro, a angústia de viver e quanto o corpo suporta dentro do espaço e tempo a que é submetido...” “Performance deals with questions of behavior, body, space, memory, boundaries and boundaries that merge in the opposition between the visible and invisible consciousness, life and death, antagonisms, marks of this poetics that proposes new possibilities for the look and perception body. Recording machine, plant of worries about the existence, the other, the anguish of living and how much the body supports within the space and time to which it is submitted ... “
taió, brasil, 1969. vive e trabalha em joinville, brasil.
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Museu Oscar Niemeyer
Opera Hominum A exposição das obras de José Rufino, intitulada Opera Hominum, recebe a curadoria de Leonor Amarante. A mostra é integrada por painéis que exibem monotipias das mãos de trabalhadores de uma usina impressas sobre recibos de pagamento coletivo. Essas manchas escuras são um testemunho arqueológico de uma usina de cana de açúcar hoje em ruínas, mas vitalmente carregada pela memória dos trabalhadores. Este tratamento permite documentar, enquanto obra de arte, uma experiência particular de forte conteúdo social e político. Encara, assim, um dos desafios mais complexos da arte contemporânea: compatibilizar o nível estético com narrativas e conceitos potentes que ocorrem além do círculo da forma pura.
Opera Hominum The exhibition of the works of José Rufino, entitled Opera Hominum, receives the curatorship of Leonor Amarante. The exhibition is comprised of several panels that display monotypes of the hands of factory workers printed on collective payment receipts. These dark spots are an archaeological testimony of a sugar cane mill now in ruins, but vitally charged by the memory of the workers. This treatment allows us to document, as a work of art, a particular experience of strong social and political content. It thus addresses one of the most complex challenges of contemporary art: to reconcile the aesthetic level with powerful narratives and concepts that occur beyond the circle of pure form.
Leonor Amarante Curadora Curator
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“Opera hominum”, 2015-2017. Impressões de mãos de ex-funcionários da Usina Santa Terezinha sobre antigas folhas de pagamento da própria usina. Políptico; 38,7 X 80 cm (cada).
joão pessoa, brasil, 1965. vive e trabalha em joão pessoa.
José Rufino 127
Museu Oscar Niemeyer
Fernando Ribeiro Curador Curator
Excuse door Uma porta qualquer dava acesso a uma exposição hipotética permanecia fechada durante todo o período da Bienal, e nela estava colado um aviso de papel. A cada semana, a razão pela qual a exposição hipotética estava interditada mudava de acordo com notícias locais e internacionais. Por exemplo, “Desculpe o transtorno, esta parte da exposição está interditada devido a onda de calor da Europa.” Excuse door A door that gave acess to a hypothetical exhbition remained closed during the entire period of the Biennial, and a paper notice was attached to it. Each week, the reason the hypothetical exhbition was closed changed according to local and international news. For example, “Sorry for the inconvenience, this part of the exhibition is banned due to the heat wave of Europe.”
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Florence Jung
Ministério da Cultura apresenta:
Bienal de Curitiba ’17 Acesso proibido Desculpe, essa parte do museu está inacessível devido ao recente falecimento de Liliane Bettencourt, herdeira francesa da fortuna da L’Óreal Cosméticos.
Prohibited access Sorry, this section of the museum is inaccessible due to the recent death of Liliane Bettencourt, the French heiress to the L’Óreal Cosmetics fortune.
“Jung55”, 2017. Instalação. Dimensões variáveis.
frança, 1988. vive e trabalha em bienna, suíça.
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Museu Oscar Niemeyer
Stockage A série “Stockage” de Luzia Simons é constituída de imagens de tulipas compostas em um rigoroso
arranjo, montado
meticulosamente com os dispositivos específicos por ela criados sobre um scanner. A tulipa proveniente das estepes do Cazaquistão, cultivada pelos turcos e persas e tão cobiçada, está enraizada em nosso imaginário ocidental como um produto genuinamente holandês. Justamente este percurso nômade e multicultural a exemplo da tulipa, é o foco de toda sua produção artística.
Stockage Luzia Simons’ “Stockage“ series is made of images of tulips composed in a rigorous bouquet, meticulously assembled with specific devices created by her over a scanner. The coveted tulip from the steppes of Kazakhstan, cultivated by the Turks and Persians, has its roots in our western imagery as a genuine Dutch product. And it is that nomadic and multicultural course, such as the tulip’s, the focus of the artist’s work.
Tereza de Arruda Curadora Curator
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“Stockage 128” (detalhe), 2011. Scanograma, impressão sobre papel fotográfico, montagem em metacrilato. 350 x 500 cm.
quixidá, brasil, 1953. vive e trabalha em berlim, alemanha.
Luzia Simons 131
Museu Oscar Niemeyer
shanghai biennale Sobre a Bienal de Xangai Com a sua primeira edição lançada em 1996, a Bienal de Xangai é a primeira bienal internacional dedicada à arte contemporânea na China continental e um dos eventos de arte mais influentes da Ásia. Desde 2012, a PSA tornou-se sua instituição anfitriã e local principal. Ao longo dos anos, a Bienal de Xangai tem insistido na sua missão de apoiar a inovação acadêmica e cultural. Com uma perspectiva aberta, sempre mostrou grandes preocupações com as mudanças sociais e culturais e as correntes da produção do conhecimento no contexto global. A Bienal de Xangai é financiada principalmente pelo governo municipal de Xangai. A área de exposição abrange três andares do PSA, que somam até 8000 metros quadrados no total. Desde 2014, a Bienal de Xangai estabeleceu o sistema Curator-in-Chief, o que ajuda a realizar plenamente os conceitos e idéias do curador.
About the Shanghai Biennale: With its first edition launched in 1996, the Shanghai Biennale is the first international biennale dedicated to contemporary art in mainland China, and one of the most influential art events in Asia. Since 2012, PSA has become its host institution and main venue. Over the years, the Shanghai Biennale has been insisting on its mission of supporting academic and cultural innovation. With an open perspective, it has always showed high concerns for the social and cultural changes, and the currents of knowledge production within the global context. The Shanghai Biennale is mainly financed by the Shanghai Municipal Government. The exhibition area covers three floors of the PSA, which add up to 8000 square meters in total. Since 2014, the Shanghai Biennale has established the Curator-in-Chief system, which helps to fully carry out the curator’s concepts and ideas.
关于上海双年展: 上海双年展创始于1996年,是中国大陆首个国际当代艺术双年展,亚洲影响力最大的 双年展。自2012年起,上海当代艺术博物馆(PSA)成为上海双年展的主办机构和主展场。 在过去的11届中,上海双年展始终秉持支持学术与文化创新的使命,以开放的视野,对全 球语境下的社会与文化变革以及知识生产趋势表现出高度的关注。 上海双年展主要由上海市人民政府出资举办,展览面积约8000平米,覆盖PSA的三个 楼层。从2014年开始,上海双年展正式实行“主策展人负责制”,在此工作机制下,策展人 的理念得以更完整的贯彻和执行。
Xiang Liping Bienal de Shanghai Shanghai Biennale 上海双年展
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Cell Art Group. “As long as you work”. Vídeo. 32´04”.
Lin Ke. “Fly”. Vídeo. 04´36”.
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Ma Haijiao. “Mr. Quan” (detalhe). Vídeo. 55`.
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Museu Oscar Niemeyer
cafam biennale Bienal de CAFAM
A Bienal de CAFAM é organizada pelo Museu de Arte do CAFA. Com o apoio deste museu de arte universitário, as mostras “Super-Organism: Research and Experiments from a Specific View”, “Invisible Hand: Curating as Gesture” e “Negotiating Space: I Never Thought You Would Be Like This” foram realizadas em 2011, 2014 e 2016, respectivamente. A Bienal da CAFAM é baseada em uma visão ampla da cultura contemporânea e faz referência ao formato e às estruturas únicas das bienais internacionais, do ponto de vista cultural chinês, e utilizando os conhecimentos de pesquisa acadêmica da Academia Central de Belas Artes (CAFA), tenta explorar questões históricas e literárias, enfatizando a criatividade e a natureza consciente da arte enquanto explora a vanguarda nos modos de pensamento cultural, pesquisa e exibição, construindo uma plataforma internacional para pesquisa acadêmica e diálogo artístico.
CAFAM Biennial The CAFAM Biennial is organized by the CAFA Art Museum. With the support of this university art museum, “Super-Organism: Research and Experiments from a Specific View”, “Invisible Hand: Curating as Gesture” and “Negotiating Space: I Never Thought You Would Be Like This” were held in 2011, 2014 and 2016 respectively. The CAFAM Biennial is founded on a broad vision of contemporary culture, and it references the framework, structure and unique characteristics of international biennials, from a Chinese cultural standpoint, and utilizing the academic research background of the Central Academy of Fine Arts (CAFA), it attempts to explore historical and literary issues, emphasizing the creativity and conscious nature of art as it explores the vanguard in cultural thinking, research and exhibition modes, constructing an international platform for academic research and artistic dialogue.
CAFAM双年展 CAFAM双年展由中央美术学院美术馆主办,它以大学美术馆为平台。首届展“超有机:一 个独特研究视角与实验”、第二届“无形的手:策展作为立场”和第三届“空间协商:没想 到你是这样的”分别于2011年、2014年和2016年成功举办。 “CAFAM双年展”参照国际通行“双年展”的架构、机制及特质,立足于开阔的当代文化 视野,以中国文化情境及中央美术学院学术平台为依托,探索艺术策展及展览呈现的方法论 和文化性,深入于历史和人文的问题探询,而突出于当代艺术的创造力和精神品质,切入艺 术对历史及当代社会的前沿文化思考、研究和展示,构建一个以“学院文化精神”为出发点 的国际学术研究和艺术对话的平台。
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CAFAM. “Documentário sobre a bienal CAFAM 2011”, 2011. Vídeo. 8´19”.
CAFAM. “Documentário sobre a bienal CAFAM 2013”, 2013. Vídeo. 9´42”.
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CAFAM. “Documentário sobre a bienal CAFAM 2016”, 2016. Vídeo. 4´15”.
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largo da china Sentindo o pulsar da cultura chinesa no Largo da China Em razão da doação da República Popular da China para a cidade de Curitiba de uma escultura, denominada “Confúcio”, do renomado artista chinês Wu Weishan, foi inaugurado pela Prefeitura de Curitiba, no dia 30 de setembro de 2017, o “Largo da China”. A obra neoexpressionista de bronze fundido foi instalada no local e tem grandes dimensões (3,10 m de altura x 1,58 m de largura x 1,50 m de profundidade), pesa 1,2 tonelada e ficará na cidade como um legado da participação da China como país homenageado na Bienal de Curitiba 2017. O Largo da China é localizado no bairro Centro Cívico, ao lado do Palácio Iguaçu e próximo ao Museu Oscar Niemeyer, na esquina das ruas Marechal Hermes e Deputado Mário de Barros.
Feeling the pulse of Chinese culture at the China Square Due to the donation from the People’s Republic of China to the city of Curitiba of a sculpture titled “Confucius”, by the celebrated Chinese artist Wu Weishan, was inaugurated on September 30, 2017 by the City Hall of Curitiba, the “China Square “. The neo-expressionist cast bronze work was installed on the site and has large dimensions (3.10 m high x 1.58 m wide x 1.50 m deep), weighs 1.2 tonnes and will remain in the city as a legacy of the China’s participation as a honored country at the 2017 Curitiba Biennial. China Square is located in the Civic Center neighborhood, next to the Iguaçu Palace and near the Oscar Niemeyer Museum, on the corner of the Streets Marechal Hermes and Deputy Mário de Barros.
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“Confúcio”, 2014. Bronze fundido. 296 x158 x150cm.
dongtai, china, 1972. vive e trabalha em Nanjing, china.
Wu Weishan 141
museu municipal de arte
Youth Narrative: Arte Contemporânea por Jovens Artistas da China Com o crescimento da China e a crescente abertura de sua sociedade, os jovens artistas chineses – imersos em um contexto global e capacitados pela sua própria percepção dos tempos, conhecimento e liberação espiritual individual – estão libertando-se de certos tipos de gêneros ou escolas de arte e mostrando um tom mais pesado de experiência pessoal, criando, assim, seu próprio espaço semântico. Com seus olhos apurados, estão redescobrindo, recebendo e processando as várias mensagens da sociedade. Estes artistas estão capturando, com símbolos e visuais, uma interpretação completamente nova dos valores humanos referentes ao tempo, vida, regras e ambiente, juntamente com realidades sociais, expressando-se através de uma linguagem artística contemporânea e internacional baseada nos valores tradicionais e culturais chineses acoplados a diferentes contextos, perspectivas e modos de representação. A mostra exibe obras de uma nova geração de jovens artistas chineses que expressam sua visão sobre o homem e a natureza com a mais autentica lógica visual e inspiração artística.
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Diante do novo cenário histórico da Rota Marítima da Seda do século XXI, esperamos com esta mostra construir uma ponte de comunicação, estimular a compreensão e amizade mútua entre os novos artistas contemporâneos chineses e o mundo, inspirar o público através de diferentes formas de interações e vínculos e, assim, melhorar o nível de troca cultural entre os jovens para que possam sentir o pulsar dos tempos e a ressonância do espirito.
Youth Narrative: Arte Contemporânea por Jovens Artistas da China With the rise of China and the increasing openness of its society, the young Chinese artists, immersed in a global context and enabled by their own sense of the times, knowledge and individual spiritual liberalization, are breaking out of a certain art genre or school and showing a heavier tone of personalized experience, thus creating their own semantic space. They have been rediscovering, receiving and processing the various messages of the society with their acute eyes. They are capturing, with symbols and visuals, a brand new interpretation of the human values concerning time, life, rules and environment along with social realities, expressing themselves with international, contemporary artistic language on the basis of traditional Chinese cultural values coupled with different contexts, perspectives and ways of representation. The exhibition features works of a new generation of young artists from China who express their view on the mankind and nature with the most authentic visual logic and artistic inspiration. Against the new historic background of the Maritime Silk Road of the 21st century, through this exhibition, we hope to build a bridge of communication, to boost mutual understanding and friendship between young artists of China and the world, to inspire the audience through varying forms of interactions and links, and therefore, to improve the level of cultural exchange between the young for them to feel the pulse of the times and resonance of the spirit.
青春叙事——中国当代青年艺术展 随着我国综合实力的不断提升,社会开放程度的不断扩大,身处全球化语 境下的中国青年艺术家,他们的时代感悟、知识储备以及自我精神表达,使他 们的艺术创作难以再用某个具体艺术流派去概括,当下的青年艺术家更加注重 对个体经验的表达,来营造出“自我”的话语空间。青年艺术家敏锐地发现、接 受和处理来自社会的各类信息,在继承和发扬中国传统文化价值取向之外,以 国际性的当代艺术语言,从不同的语境、角度和呈现方式上出发,以符号和图 像在文化层面上展示出对时间、生命、规训、环境等人类精神价值体系和社会 现实的全新思考。本次展览所展现的新一代中国青年艺术家的优秀作品,用他 们最熟悉的视觉逻辑和精湛的艺术创作去真实地对人、自然真性情的表达。在 建设21 世纪海上丝绸之路新的历史背景下,通过本次展览的举办,架起沟通交 流的桥梁,加强与不同地域的人文交流与文明互鉴,为增进中国与各国青年艺 术家之间的相互了解和友谊产生多种形式的互动和链接,迸发出思想的碰撞火 花,使青年文化交流的内涵不断得到升华,共同来感受时代的脉动和精神的共 鸣。
Zhang Zikang Curador Curator 策展人
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“Burning Proof 3”, 2013. Resina tingida. 90 x 50 x 35 cm.
Aprisionadas em cenários diferentes, as figuras humanas escolhem não se afundar em pesar, preferem renascer, enquanto apreciam o momento de tristeza. O artista dá uma dimensão “divertida” a objetos sérios, usando uma narrativa incomum para permanecer afastado da realidade, buscando criar uma ressonância interna com o espírito de era atual. Trapped in different scenarios, the human figures choose not to sink into the sorrow, but rather wish to gain rebirth while enjoying the saddening moment. He gives a ‘fun’ dimension to serious subjects, using unusual narrative to keep away from reality, seeking to create internal resonance with the spirit of the current era.
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Hu Ke
hunAN, china, 1978.
“Nothingness 1”, 2012. Couro de gado e materiais mistos. 110 x 60 x 80cm.
Wang Liwei tende a empregar uma abordagem experimental com texturas e técnicas misturadas em seus trabalhos, onde o couro é usado como material de escultura para criar temas associados à vida. A coexistência do virtual e do real é usada para mostrar o temperamento espiritual e a implicação filosófica da cultura tradicional chinesa. Wang Liwei tends to employ experimental approach with mixed textures and techniques in his works where leather is used as the sculpturing material to create themes associated with life. The co-existence of the virtual and real is used to showcase the spiritual temperament and philosophical implication of traditional Chinese culture.
Heilongjiang, china, 1983.
Wang Liwei 145
“The Nearest Others”, 2016. Óleo sobre tela. 107 x 160 cm.
A desconstrução e alteração do corpo humano são inspiradas pela inevitável solidão da humanidade na sociedade moderna. A experiência de separação da mente e corpo toca a alma de todo ser contemporâneo e Sun Ke mostra isso sutilmente em suas pinturas, usando o corpo humano como um teatro para mostrar todas estas experiências diferentes e incomuns associadas ao corpo. The deconstruction and alteration of human bodies draws its inspirations from the inevitable loneliness of the mankind in modern soceity. The experience of mind splitting from the body touches the soul of every contemporary being, and Sun Ke subtly shows it with his paintings, using the human body as the theatre to showcase all these different unusual experiences associated with the body.
146
Sun Ke
inner mongolia, china, 1978.
“Sinking”, 2016. Aquarela em papel. 120 x 160 cm.
Uma lembrança dos sentimentos gerais e psicologia do povo contemporâneo, as imagens de espantalhos sob seu pincel são não só um epítome dela mesma, como também do público geral de hoje. Apesar da ausência de qualquer expressão facial, a linguagem corporal revela sua mente na luz pura. As verdadeiras emoções inculcadas em suas pinturas “expressionistas” certamente irão inspirar os observadores a pensar e sentir Remindful of the general feelings and psychology of contemporary people, the scarecrow figures under her brush are not only an epitome of herself, but also of the general public today. Despite the absence of any facial expressions, their body language, however, reveals their mind in the sheer light. The true emotions instilled in her ‘expressionist’ paintings will surely inspire the viewers to think and feel.
inner mongolia, china, 1981.
Ai Nisha 147
“Ray of Will”, 2015. Óleo sobre tela. 180 x 250 cm.
Ele se coloca por vontade própria em contextos sociais para experienciar e refletir sobre as principais questões desta era, como o conflito entre o tradicional e o contemporâneo, a existência do capitalismo clientelista, a insegurança da classe média, a crise ambiental... Em uma era de globalização e Internet, a relação entre “individual” e “raça humana” está cada vez mais próximo. He willingly puts himself into the social contexts to experience and reflect on major issues of the era such as the conflict between the traditional and contemporary, the existence of crony capitalism, the insecurity of the middle class, environmental crisis… In an age of globalization and internet, the relationship between “individual” and “human race” is running ever closer.
148
Shen Shubin
shanxi, china, 1978.
“Redemption and Forgiveness of Sins”, 2015. Óleo sobre tela. 100 x 150 cm.
Usando preto e cinza principalmente, suas obras parecem um tanto monótonas, exceto por vermelhos esporádicos. Isso injeta uma melancolia sombria em seus trabalhos e gera um poder espiritual religioso que transcende os seres humanos. Em suas obras, o desespero secular, a solidão, o tédio e a depressão parecem ter feito as pazes com a transcendência espiritual e absolvição. Adopting mostly black and gray colors, his works look quite monotonous except for sporadic red colors. This injects a gloomy melancholy into his works, and produces a religious spiritual power that transcends human beings. In his works, secular despair, lonesomeness, boredom and depression seem to have made peace with spiritual transcendence and absolution.
shandong , china, 1983.
Li Xiaoqi 149
“LIDAO Fishing Village No.3”, 2010. Óleo sobre tela. 100 x 150 cm.
As obras de Zhang Cheng são uma criação de um estado de espírito inocente e calmo. Além das imagens figurativas específicas encontradas nas pinturas a óleo ocidentais, ele também pretende infundir o estilo expressivo das pinturas de paisagem chinesas, ou melhor, ele expressou tal colisão com um toque poético. Zhang Cheng’s works are a creation of innocent and calm state of mind. Apart from the specific figurative images found in western oil paintings, he also intends to infuse the expressive style of Chinese landscape paintings, or rather he has expressed such collision with a poetic touch.
150
Zhang Cheng
Heilongjiang, china, 1963.
“Landscape in HER Eyes No.3”, 2015. Meios mistos, incluindo madeira, prego, pano. 150 x 105 cm.
Os meios industriais modernos são usados para mostrar uma vida pura no sentido antigo da poesia. As obras atravessam as formas rotineiras de comunicação visual e destroem o limite de tempo e espaço bidimensionais ou tridimensionais, de modo que a incontrolável pintura paisagística com nanquim é produzida através de uma abordagem de design controlável, mostrando assim um modo de pensamento transfronteiriço e um método de expressão com design e arte. Modern industrial media are used to show a pure life in the ancient sense of poetry. The works break through the routine ways of visual communication and shatter the two-dimension or three-dimension boundary of time and space, so that the uncontrollable ink painting of landscape is produced through controllable design approach, thus showing a trans-boundary way of thinking and a method of expression with both design and art.
hunan, china, 1989.
Zhang Huiying 151
“The Scheme of Grids 11”, 2015. Óleo sobre tela. 150 x 170 cm.
Ha Nisi expressa suas ponderações sobre vida e liberdade ao se aprofundar no espaço psicológico das pessoas, fazendo, assim, seu questionamento crítico da sociedade contemporânea. Em uma época em que a permeação visual e técnicas de pintura plana são populares, seus trabalhos são uma anomalia, mas provocam verdadeira reflexão sobre onde está a dignidade da pintura no mundo de hoje. Ha Nisi expresses her thoughts of life and freedom by digging into the psychological space of people and therefore realizes her critical questioning of the contemporary society. In an age that is popular with visual permeation and flat paining techniques, her works are like an anomaly, but are truly thought-provoking as to where the dignity of paintings lies in today’s world.
152 Ha Nisi
Mongólia Interior, china, 1986.
“Crowding”, 2016. Pigmento em papel. 76 x 105 cm.
Li Baoxun tem grande prazer em continuamente coletar materiais da realidade e construir um cenário virtual após o outro. Ele busca a salvação do “ego” de diferentes aspectos da mesma vida e esconde a “moral” bem atrás do “visível” das imagens. A linguagem que emprega em seus desenhos ultrapassa a gramática. Ele pensa com seus traços e aclara seus pensamentos, enquanto delibera sobre a seleção de cores e imagens. Li Baoxun takes great pleasure in continuously collecting materials from reality and building one virtual scenario after another. He seeks salvation of the “ego” from different aspects of the same life, and hides the “moral” well behind the “visible” images. The language he employs in his drawings has surpassed grammar. He thinks with his strokes and clarifies his thoughts while deliberating on the selection of colors and images.
Liaoning, china, 1983.
Li Baoxun 153
“Chinese Character, 14c”, 2015. Técnica Mista sobre tela. 120 x 120 cm.
Tang Mingwei vê os traços gerados no processo de operações mecânicas como emoções expressas por máquinas. Ele tenta imitar e reproduzir esta beleza geométrica com um esforço subconsciente para controla-la. Em seus olhos, essas emoções são, algumas vezes, bastante específicas, outras, obscurecidas, mas ele espera que essa experiência espiritual indescritível possa ressoar em alguém. Tang Mingwei views the traces generated in the process of mechanical operation as emotions expressed by machines. He tries to imitate and reproduce this geometric beauty, with a subconscious effort to control it. In his eyes, these emotions are sometimes quite specific and sometimes blurred, but he hopes someone can resonate with this unspeakable spiritual experience.
154 Tang Mingwei
sichuan, china, 1985.
“Bang”, 2015. Óleo sobre tela. 160 x 130 cm.
Através da representação meticulosa e um tanto paranoica de objetos reais ou virtuais, Chen Zifeng projeta uma imaginação indescritível em um espaço real. Em meio ao segmento distorcido de tempo, a ordem tradicional e probabilidade perderam seus valores; em seus lugares, novas regras e espaços são criados. Cada espaço visual é inundado por características subjetivas ocultas. As imagens mostradas em suas obras fazem alusão a uma experiência estética moderna e futurista. Through the meticulous and somewhat paranoid representation of real or virtual objects, Chen Zifeng projects unspeakable imagination into a real space. Amid the distorted segment of time, the traditional order and probability have lost their values; instead, new rules and spaces are created. Each visual space is inundated with hidden subjective features. The pictures displayed in his works allude to a modern and futuristic aesthetics of experience.
hunan, china, 1976.
Chen Zifeng 155
“The Mammal”, 2015. Óleo sobre tela. 100 x 100 cm.
Em suas criações, o artista combina objetos físicos de forma racional, expressa uma narrativa de forma indireta e cria uma ideia intrigante sobre o raciocínio. Segundo ele, “a combinação de imagens e cores expressa um certo tipo de estado mental. Trabalho para encontrar a essência das matérias e reconstruí-las de forma irracional para criar uma existência mais real, a qual parecemos ter visto e desejamos escapar, mas ainda nos sentimos atraídos”. In his creations, he combines physical objects in a rational way, expresses a narrative in an indirect way, and creates an intriguing idea from reasoning. According to him, “the combination of images and colors expresses a certain kind of mental state ... I work to find the essence of matters and reconstruct them in an unreasonable way to create a more real existence which we seem to have seen, wish to escape but are still attracted by it.”
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Li Longfei
Guangxi, china, 1988.
“Diary - Overlapped 20150404 - 0429”, 2015. Papel, instalção mista. Dimensões variáveis.
O artista adquiriu alguns pedaços de placas de ferro de uma construção e trabalhou imagens visuais de luz e sombra nelas em proporção ao edifício original. A busca pela luz e sombra cria uma certa associação com o edifício que desaparece. O trabalho é colocado no sol, de modo que seu poente e nascente alcancem a transformação de luz e sombra da obra. The artist bought a few pieces of iron planks of the building and worked his way on the planks with visual images of light and shadow in proportion with the original building. The chase of light and shade creates some association with the vanishing building. The work is placed in the sun, so the rise and fall of the sun accomplishes the light and shade transformation of the work.
zhejiang, china, 1980.
Qiu Tao 157
“Sense 4.1.4”, 2016. Acrílico sobre tela. 120 x 150 cm.
Li Ming incorpora camisas em suas obras, onde camadas e filas de camisas se alinham próximas, como commodities recém-vindas das linhas de produção. Em sua série Sentido , as imagens das camisas quase transbordam pelas beiradas da tela, onde as texturas suaves das roupas se transformam em algo tão duro quanto a parede. Quando se trata de criação artística, de acordo com ele, a repetição simples traz um contentamento e satisfação. Li Ming incorporates shirts into his works in which layers and
rows of shirts line closely like
commodities freshly come from the production lines. In his Sense series, the images of shirts brim almost to the rims of the canvas, where the soft textures of clothes transform into something as hard as the wall. When it comes to artistic creation, he says, simple repetition brings him a sense of fulfillment and satisfaction.
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Li Ming
heibei, china, 1987.
“The Baby”, 2016. Acrílica sobre tela. 150 x 200 cm.
O mundo visual de Zhang Tingqun contém elementos racionais e emocionais belamente misturados para apresentar uma linguagem artística altamente eloquente. Como obras abstratas em papel e tela, suas pinturas alcançam um humor gentil e gracioso de uma maneira simples, sutil e reservada para serem apreciadas com cuidado. Traços de cores amarela ou laranja vivas aparecem no tom escuro para dar uma sensação dinâmica às imagens. Zhang Tingqun’s visual world contains both rational and emotional elements that are mixed exquisitely to present a highly eloquent artistic language. As abstract works on paper and canvas, his paintings touch on a gentle, graceful mood in a simple, subtle and reserved manner so as to be appreciated carefully. Traces of bright yellow or orange pop up in the dark tone to afford a dynamic sense to the images.
fujian, china, 1981.
Zhang Tingqun 159
“∞”, 2014. HD movie loop (3-canais). 6’14’’.
A artista transforma aqueles segmentos, personagens e assuntos inesquecíveis em sua memória em imagens animadas para expressar uma emoção que palavras não podem compartilhar. Sua própria imagem se torna ficção em uma “escultura fluida”, onde a mudança de cor, cenas fluidas e movimentos irregulares com força e velocidade variáveis são empregadas para regular a “pressão hidráulica” e, com sorte, criar um mundo de diferentes densidades espaciais. The artist transforms those unforgettable segments, characters and matters in her memory into the images in the animated work to express an emotion that words cannot share. Her own image is fictionalized into a ‘fluid sculpture’, where shifting color, flowing scenes and irregular motions with varying strength and velocity are employed to regulate the ‘hydraulic pressure’ and hopefully create a world of different spatial density.
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Yang Liqian
guangdong, china, 1987.
Da série “Handprint”, 2016. Madeira, papel caligráfico, LED, sensor, vidro orgânico. 45 x 45 x 10 cm (cada).
A Handprint Series é a primeira tentativa do artista de combinar tinta e papel com instalações de luz em suas criações. Embora a natureza de suas obras ainda seja desenho com tinta no papel, o uso de iluminação interativa ajuda a misturar as várias marcas de mãos com os padrões criados por movimentos de mãos produzidos sob a luz, criando assim um pouco de confusão juntamente com o que já se havia entendido e acostumado previamente, o que ele acredita ser difícil de expressar apenas através da tinta no papel. The Handprint Series represents the artist’s maiden attempt to combine ink-on- paper and lighting installations in his creations. Although the nature of his works is still line drawing of ink on paper, the use of interactive lighting helps mix the many fabricated handprints with the patterns of hand motions produced under the light, thereby creating a bit of confusion with previously accustomed understandings, which he believes is hard to express solely through ink on paper.
shenyang, china, 1988.
Zhang Muchen 161
“Kite Flying”, 2015. Óleo e acrílico sobre tela. 100 x 100 cm.
Em vez de tirar a sensação de profundidade nas pinturas, Li Zhi se comprometeu a restaurar a sensação de espaço. Em suas pinturas, o espaço tornou-se uma existência absurda que vai além do conceito de “dimensão”, possuindo atributos de existência bidimensional e tridimensional. O artista é como um debatedor afundado em um loop de autorreferência, tentando transmitir seus pensamentos por meio da própria linguagem em vez da semântica. Instead of depriving the sense of depth on paintings, Li Zhi has been committed to restoring the feeling of space. In his paintings, space has become an absurd existence that goes beyond the concept of “dimension”. It possesses attributes of both two-dimensional and three-dimensional existence. He is like a debater sunk in the loop of self-reference, who tries to convey his thoughts by means of language itself, instead of semantics.
162 Li Zhi
guizhou, china, 1983.
“Grace”, 2017. Óleo sobre madeira. 53 x 65 cm.
Esta série de obras foi inspirada em várias camadas de murais pintados na cidade de Dunhuang, China. A artista acredita que os conflitos entre tradicional e moderno têm dois lados e são inseparáveis; que a arte tradicional não será capaz de se adequar à civilização industrial moderna de rápido desenvolvimento se não for reformada; e que apesar de contraditórios, são reconciliáveis. This series of artworks were inspired by the multiple layers of mural paintings the artist spotted in Dunhuang City, China. The artist believes that the conflicts between the traditional and the modern are two-sided and inseparable, that traditional art will not be able to fit into the fast-developing modern industrial civilization if it is not reformed, and that they are contradicting yet reconcilable.
shandong, china, 1987.
Tian Fangfang 163
“Graffiti No.32: KaleidoEYE”, 2016-2017. Linho, gaze, óleo. 95 x 200 cm.
As cenas e atmosfera intensas de Fu Yu, criadas através de cores simbólicas, levam os observadores a ponderar sobre uma variedade de problemas, tais como o conflito entre civilização moderna e o estilo de vida tradicional, o significado definitivo de morte e vida, e o emaranhado conformado entre o mundo real e virtual. A experiência do artista é tanto individual quanto universal. Fu Yu’s intense scenes and atmosphere created by symbolic colors trigger viewers into pondering over a variety of problems such as the conflict between modern civilization and traditional lifestyle, the ultimate meaning of death and life, and the tangle between real and virtual world. His experience is both individualistic and universal.
164
Fu Yu
Shanxi, china, 1982.
Sem título, 2014. Acrílico sobre tela. 145 x 165 cm.
Os trabalhos de Wang Haiyang se apoiam em seu próprio círculo fechado de lógica. Ele interpreta o espaço abstrato nas pinturas como um espaço filosófico relacionado à energia, tempo e dimensão. Cada peça de sua animação stop-motion leva uma enorme quantidade de tempo, o que resulta em trabalhos que podem espelhar suas missões que coincidem tanto em comprimir quanto em expandir o tempo. A inspiração das animações de Wang vem de sua experiência com a pintura. Wang Haiyang’s works lie in his own closed logic loop. Wang Haiyang interprets the abstract space in the paintings as a philosophical space that relates to energy, time and dimension. Every piece of his stop-motion animation takes enormous amount of time which results in works that can mirror his concurring quests to both compress and expand time. Inspiration of his animated works comes from his experience with painting.
shandong, china, 1984.
Wang Haiyang 165
“A Construction Left with Moonlight No.3”, 2014. Óleo sobre tela. 150 x 150 cm.
Semelhante ao gênero expressionista de Bergman, as pinturas de Shi Pi são cheias de imagens e símbolos da vida cotidiana que compõem o retrato dessa era. Tão obcecado com essas imagens e palavras, o jovem artista só poderia recorrer à pintura para direcioná-la a um mundo reconstruído pelos seus olhos. Embora nenhuma ideia revolucionária seja criada, sua arte oferece um relato para de se ler, enquanto olhamos para este canto do mundo. Similar to the expressionist genre promoted by Bergman, Shi Pi’s paintings are filled with everyday life images and symbols that compose the portrait of this era. So obsessed with these images and words, the young artist could only resort to paintings to thrust them into a world reconstructed through his eyes. Although no revolutionary ideas are created, his art offers a warm tale to read when looking at this corner of the world.
166
Shi Pi
guizhou, china, 1973.
“A Way to Laurels”, 2016. Óleo sobre tela. 70 x 100 cm.
A artista retrata seus pensamentos internos em um estilo e forma caracteristicamente individualizados que realmente tocam o coração. Sem a extravagância comumente encontrada na arte contemporânea, suas pinturas trazem um humor calmo e um toque elegante de solidão. Mais que uma reprodução da vida real, esse espaço assume uma existência anormal, em que temos que nos encontrar com objetos familiares em um estado desconhecido. The artist depicts her inner thoughts in a distinctively individualized style and form that is truly reaching to the heart. Absent from the flamboyance commonly found in contemporary art, her paintings carry a calm mood and an elegant touch of loneliness. Rather than a reproduction of real life, this space takes on an abnormal existence in which we have to encounter with familiar objects in an unfamiliar state.
shandong, china, 1977.
Zhang Qinghui 167
“...To Be Forgotten”, 2007. Instalação TV. 50 x 70 x 56 cm.
As obras de Zhang Xiangxi incorporam uma espécie de memória e imagens do passado, uma vez que as coisas na tela da televisão são todas do passado. A razão pela qual suas obras são legíveis é por sua particular dedicação aos detalhes e técnicas para “encontrar a verdade suprema”. Os conflitos internos embutidos em suas obras são tão históricos e psicológicos que não podemos encontrar palavras para descrevê-los; podemos apenas sorrir e saboreá-los silenciosamente em nossos corações. The works of Zhang Xiangxi embody a kind of memory and images from the past, as the things inside the screen of the television are all from the past. The reason his works are readable is because of his particular dedication to details and techniques to ‘find the ultimate truth’. The inner conflicts embedded in his works are so historic and psychological that we can not find words to describe and have only to sip and savor silently in our hearts.
168 Zhang Xiangxi
hunan, china, 1980.
“Escape”, 2016. Óleo sobre tela. 180 x 220 cm.
As obras de Su Zhe surgem do questionamento crítico de uma era de heróis e, também, do questionamento das realidades sociais ao seu redor. Ele está mais inclinado a discutir o relacionamento e a colisão entre ele e os outros, entre indivíduos – incluindo ele mesmo – e o mundo que os rodeia, e a estudar quais reações químicas podem acontecer entre eles. Su Zhe’s works arises from the critical questioning of an age of heroes, and also the interrogation of the social realities surrounding him. He is more inclined to discuss the relationship and collision between himself and others and between individuals including himself and the surrounding world, and study what chemical reactions might happen between them.
shenyang, china, 1984.
Su Zhe 169
memorial de curitiba
Hangzhou, o paraíso na Terra A água alimenta a alma de Hangzhou; é uma fonte que afeta todos os aspectos da vida nesta lendária cidade antiga, um pingente de jade verde no coração da província de Zhejiang e da China Oriental. Para dizer que Hangzhou é lindo é declarar o óbvio, algo percebido de relance. dotado de montanhas verdes, água limpa e perto de um mar ilimitado, também é fácil entender como ganhou sua reputação de “paraíso na terra” e “terra habitável da promessa”. “Como um escritor se referindo aos lilis do lago oeste escreveu: Que a lótus é popular é inevitável; Para o lótus não residir em apenas a água Mas também na alma humana. Aqui, os sonhos se fundem com o real, harmoniosamente”. 170
memorial de curitiba
Hangzhou, o paraíso na Terra Hangzhou, Paradise on Earth 上有天堂,下有苏杭——印象杭州
“Water Ballet”. Tinta à jato. 60 x 80 cm. 2007.
Hangzou, Paradise on Earth Water nourishes the soul of Hangzhou; it is a wellspring that affects every aspect of life in this fabled, ancient city, a green - jade pendant in the heart of Zhejiang province and east china. To say that Hangzhou is beautiful is to state the obvious, something realized at a glance. Gifted with green mountains, clear water and close to a boundless sea, it is also easy to understand how it gained its reputation as a “paradise on earth” and “livable land of promise. “As one writer referring to west lake’s lilies wrote: That the lotus is popular is inevitable; For the lotus does not reside in the water only But also in the human soul. Here, dreams merge with the real, harmoniously”.
Wu Zongqi 171
memorial de curitiba
Antítese Imagens Síntese Antithesis images synthesis Ver texto curatorial na página 76.
Massimo Scaringella Curador Curator
172
Joachim K. Silue’
“Census the universe to know, not to destroy”, 2017. Mídia mista em papelão reciclado. 14.5 x 15 cm (cada). Detalhe da obra.
A ressurreição da matéria Com aparência bruta e matéria, mas com uma criteriosa seleção estética, os novos trabalhos de. Silue são íntimos comentários sobre a realidade da condição humana, construídos com elementos simples. Seu ponto de partida é o cotidiano e também a memória do seu passado; mas ele não tenta replicar fielmente a realidade aparente, mas empurra a si mesmo para descobrir a arquitetura física escondida nela. The resurrection of matter Apparently bare and materic but aesthetically polished, the new works of Silué are deep remarks on the reality of the human condition, created with little, simple elements, His starting point is the routine but also the memory of his past; however he does not try to accurately recreate the ostensible reality, but he pushes himself until he discovers the physical architecture hidden in itself.
ABIDJAN, COSTA DO MARFIM, 1972. VIVE E TRABALHA EM MODENA.
173
“ITALIA NE’ CAPO NE CODA TESTA”, 2016. Desenho sobre papel. 100 x 70 cm.
O jogo duplo da arte É a ironia e um sutil e refinado jogo duplo do olhar a base da sua pesquisa artística. El ativaum estado de verdade, não na adaptação de umaimagem, de umarepresentação de algo, mas no surgimento do fato de que o que elatraz é umcontato entre fazer e o pensar a váriaspossibilidades. Semprecriamumasituação de inversão perceptiva, gerandoumainterpretação que coloca emcrise todo. The double play ofart It’s the irony and a thin and subtle double play of the glance the base of her artistic research. Him work conduct to a state of truth, not in the adaptation of an image, of a representation of something, but in the evidence that what it brings is a contact between doing and the thought open to the different possibilities. Always create a situation of perceptive overturning workings between language and reality.
174
Antonio Riello
MAROSTICA, itália, 1958, VIVE E TRABALHA ENTRE MAROSTICA E LONDRES
Série Hovenia dulcis - “Hovenia III”, 2017. Cerâmica sobre tela. 120 x 70 cm.
A semente do renascimento Conduzindo uma lúcida e própria obsessão criativa de acordo com uma versão epistemológica moderna. A natureza agora é citação, não mais viva como antes, é uma ideia, uma lembrança. Como um alquimista, ele transforma a matéria orgânica em uma cópia sem copiá-la. Quando a matéria lhe parece perfeita a sua “Natureza” torna-se: bela, silenciosa e profundamente poética. The seed of the rebirth Bringing his own clear-headed creative obsession according to a modern epistemiological version. Nature is now quote, no longer alive in the same way, it’s an idea, a memory. Like the alchemist he transforms the organic matter in copy without copying it. Now that matter is perfect and its “Nature” becomes: delightful, silent and deeply poetic.
florianópolis, brasil, 1969, vive e trabalha em florianópolis
Jairo Valdati 175
Sem título, 2017. Pintura em acrílica/desenho sobre tela. 225 X 151 cm.
As linhas da alma Apresenta a representação de sua condição humana contemporânea, entre a dimensão natural do tempo que passa, e a identidade que pretende liberar-se, baseando sua pesquisa na busca da memória e da nostalgia. Ançando-se entre a ação e a paixão, em uma viagem através das camadas de tinta e os lugares da essência de uma pessoa, sua pintura põe imediatamente em questão a possibilidade de alcançar a alma. The lines of the soul Through her characters, she reveals her representation of the contemporary human condition, between the natural dimension of the passage of time and the identity that tries to release, engaging the research of the memory and nostalgia.Played between action and passion, in a journey between the color layers and one’s essence room, her painting immediately highlights the possibility to reach the soul.
176
Angela Lima
LAPA, brasil, 1952 VIVE E TRABALHA EM CURITIBA
“Playground”, 2017. Jato de tinta sobre papel e mídias mistas. 60 X 240 cm.
Horizonte variável Seus trabalhos combinam a fotografia e o desenho. Este mix-up é feito com delicadeza, apontando para a coexistência harmoniosa de diferentes elementos. O espectador é capaz de identificar-se com o mundo visual em que algumas partes sãodetalhadas e outras simplificadas. Eles exploramestruturas narrativas de pensamentos que estão bloqueados em momentos fugazes tornando assim o efêmero, o eterno. Variable Horizon Their works combine photography and drawing. This mix-up is played gently, aiming towards harmonic co-existence of different elements. The viewer is able identify himself in to the visual world where some parts are detailed and some simplified. They explore narrative structures of thoughts that are paused for a fleeting moment thus rendering the ephemeral, the eternal.
lempala, finlândia, 1976, vive e trabalha em tampere
Tuomo Rosenlund & pori, finlândia, 1970 vive e trabalha em tampere
Johanna Pohjanvirta
177
“Negotiation table”, 2017. Impressão em cerâmica. Dimensões variáveis.
Metáforas e memórias Hannu Palosuo usa diferentes planos para construir seus próprios trabalhos, constrói ambientes com sistemas oníricos, uma espécie de janela para o mundo da metáfora e da memória, como em uma cenografia teatral. Para isso, faz uso de diferentes temas, jogando com imagens, na tentativa de desenvolver todas as variantes possíveis de expressão, mas jamais uma será definitiva. Metaphor and memory Hannu Palosuo flickers between different layers to create his works, builds the stages oneirically, almost an open window over the World of metaphors and memories, as in those theater scenes burdened by tragedy or metaphysics. Hence, approaches different themes playing with his imagery, as if developing every single possible aesthetic variation, for none can be final.
178
Hannu Palosuo
HELSINKI, finlândia, 1966. VIVE E TRABALHA ENTRE HELSINKI E ROMA
“Tea Ceremony Objects”, 2017. Fotografia digital. 122 x 152 cm.
A conversão de natureza Sua arte é uma pesquisa, que, a partir da observação vivaz e cuidada da natureza, reelabora a suaessência e a torna elementar, para decifrar o complexo mapa genético desenhado pela ação das forças criadoras, responsáveis pela vida. Nesta nova dimensão as suas obras percorrememdireção à profundidade e, em seguida, reemergem como meras ilusões, e elevadas a uma nova dignidade cultural. The reconversion of the nature His art is a research, that starting from a lively and careful nature observation, reworks the essence and comes back to the elementary, to interpret the complex genetic map drawn by the action of creative forces responsible of life. In this new dimension his works take a path towards the depths to resurface as simple illusions, transfigured by the new condition and raised to a new cultural dignity.
LOS ANGELES, Estados Unidos da América, 1958. VIVE E TRABALHA EM HONOLULU.
Taiji Terasaki 179
memorial de curitiba
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Porque o mundo nunca deve perder seus afetos é o título da mostra curada por Dannys Montes de Oca e Royce W. Smith. Segundo eles, esta frase se refere ao fato de que os processos de significação social não se baseiam em consensos harmônicos, mas em tensões turbulentas que continuam provocando disparidades, intolerâncias e assimetrias. Em vez de aliviar esses conflitos, o excesso tecnológico os exacerba, uma vez que não se enquadra em políticas públicas propícias a tratar da diversidade. Mas, através das obras expostas, a curadoria busca tratar de nossas antípodas (razão/emoção, local/global, etc.), procurando entre seus interstícios o advento de “tempos interessantes”, capazes de manter as melhores reservas da condição humana.
Because the world must never lose its affections Why the World Must Never Lose Its Affections is the title of the exhibition curated by Dannys Montes de Oca and Royce W. Smith. According to them, this phrase refers to the fact that the processes of social significance are not based on harmonious consensus, but on turbulent tensions that continue to cause disparities, intolerances and asymmetries. Instead of alleviating these conflicts, technological excess exacerbates them, since it does not fit into public policies conducive to dealing with diversity. But through the works on display, the curators seek to deal with our antipodes (reason / emotion, local / global, etc.), seeking among their interstices the advent of “interesting times”, capable of maintaining the best dimensions of the human condition.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
180
Da série “Reliquary”, 2008-2017. Papel artesanal com tinta natural de plantas. 60 peças de 40 x 30 cm (cada).
Os sessenta desenhos que constituem a instalação de Glenda Salazar são impressões criadas com as “tintas” de várias plantas. Usando nada além das próprias plantas, Salazar as pressiona contra o papel para que a sua croma suculenta permaneça na página. Inspirada pelas plantas que a cercam diariamente, Salazar também compara essas obras a um processo de libertação - permitindo que plantas bonitas e ervas daninhas nocivas deixem seu país e circulem em outro lugar. Como tal, o trabalho de Salazar cria paralelos dolorosos entre a natureza, a liberdade de movimento e as incertezas geopolíticas. The sixty drawings constituting Glenda Salazar’s installation are printerly impressions created with the “inks” of various plants. Using nothing other than the plants themselves, Salazar presses them against the paper so that their juicy chroma remains on the page. Inspired by the plants that surround her on a daily basis, Salazar also likens these works to a process of liberation—allowing both beautiful plants and noxious weeds to leave her country and to circulate elsewhere. As such, Salazar’s work creates poignant parallels between nature, freedom of movement and geopolitical uncertainties.
cuba, 1982.
Glenda Salazar 181
Da série “Penalties”, 2016-2017. Lápis de cor e cinzas sobre papel. 21 x 30 cm (cada). Detalhe da instalação. Total de 72 desenhos.
Tendo desenhado uma peça por dia durante o ano passado em preparação para a Bienal de Curitiba, Avi Sabah propõe obras simples, ainda melancólicas e pungentes, que refletem sobre os indivíduos e suas relações entre si, com a natureza, com a política e com o universo. Meditando sobre as virtudes da paciência, da solidão, da bravura, do fracasso, do desespero e do luto, as obras de Sabah documentam silenciosamente as lutas em mudança inerentes à existência humana. Seu uso de lápis colorido e cinzas apenas acentua ainda mais a natureza frágil e fugaz desses sentimentos, bem como sua capacidade de documentá-los. Having drawn one piece per day for the past year in preparation for the Curitiba Biennial, Avi Sabah proposes simple, yet melancholic and poignant, works that reflect on individuals and their relationships with one another, with nature, with politics and with the universe. Meditating on the virtues of patience, loneliness, bravery, failure, desperation and mourning, Sabah’s works quietly document the changing struggles inherent in human existence. His use of colored pencil and ash only accentuate further the fragile and fleeting nature of those feelings, as well as his ability to document them.
182
Avi Sabah
israel, 1977.
“Abenteurer der Kannibalen Bioethicists”, 2001. Litografia, Xilogravura, Chine-collé e colagem. 19 x 234 cm (detalhe da obra).
As obras de códice de Enrique Chagoya servem como “re-renderings” de histórias americanas como um livro, pois sua prática criativa assume imagens, histórias e experiências pré e pós-colombianas. Usando um processo que o artista descreve como “antropologia reversa”, Chagoya demonstra as formas pelas quais as culturas indígenas e marginalizadas foram canibalizadas e de maneira representativa “regurgitadas” ao longo do tempo. Enrique Chagoya’s codex works serve as book-like “re-renderings” of American histories, as his creative practice takes on pre- and post-Columbian images, stories and experiences. Using a process that the artist describes as “reverse anthropology,” Chagoya demonstrates the ways in which indigenous and marginalized cultures have been cannibalized and representationally “regurgitated” over time.
méxico, 1953.
Enrique Chagoya 183
“Matter of Time (affection/affliction)”, 2015. Porcelana de molde (seca). Dimensões variáveis.
A prática de Jeremy Hatch estabelece a presença de cerâmica contemporânea na encruzilhada da escultura, design e prática social. Esses “cadeados do amor” refletem uma prática realizada em pontes em todo o mundo - Pont de l’Archevêché em Paris, Kettenbrücke na Alemanha e Southgate, na Austrália, para citar apenas alguns. No entanto, sua composição de porcelana fala mais de impermanência - uma referência sutil à fragilidade do amor e da comunidade que sustentam o trabalho. Jeremy Hatch’s practice establishes the presence of contemporary ceramics at the crossroads of sculpture, design and social practice. These “love locks” mirror a practice undertaken on bridges across the world—Pont de l’Archevêché in Paris, Kettenbrücke in Germany and Southgate in Australia to name just a few. Yet, their porcelain composition speaks more of impermanence—a subtle reference to the fragility of love and community that underpin the work.
184
Jeremy Hatch
Estados Unidos da America, 1974.
Série “Ecos”, 2007-2017. Impressão digital sobre acrílico. 12 fotografias de 40 x 30 cm (cada).
Javier Vanegas questiona a permanência da memória e a imagem através de um registro fotográfico de túmulos - uma jornada que começou com uma catalogação de retratos incluídos em túmulos no Cemitério Central de Bogotá, mas cresceu para incluir cemitérios em todo o mundo. Javier Vanegas questions the permanence of memory and the image through a photographic registry of various tombs —a journey that began with a cataloguing of portraits included on tombs in the Central Cemetery of Bogotá, but has grown to include cemeteries around the world.
colômbia, 1984. vive e trabalha em bogotá, colômbia.
Javier Vanegas 185
“Pulsing, Sprawling, Collapsed, Expansion”, 2016-2017. Tinta colorida sobre papel.. 107 x 224 cm.
A peça em grande escala de Miles Neidinger demorou quase dois anos para completar. Com cada quadrante do trabalho representando várias formas e padrões espirais, retilíneos e circulares, o artista modela a abstração como base composicional para a comunidade e a coesão - o título sugerindo um processo perceptivo que continua apesar da conclusão do trabalho. Miles Neidinger’s large-scale piece took almost two years to complete. With each quadrant of the work variously depicting spiral, rectilinear and circular forms and patterns, the artist fashions abstraction as the compositional foundation for community and cohesiveness—the title suggesting a perceptual process that continues despite the work’s completion.
186
Miles Neidinger
Estados Unidos da América, 1976.
“Corridor of Rain”, 2012-2014. Corda e tinta. Dimensões variáveis.
As obras centradas no visitante de Ed Pien incentivam interações - a tactilidade e o jogo servem como os formidáveis componentes que ativam os gestos iniciais do artista. Incentivando os telespectadores a mudar suas posições (e suas perspectivas), Pien usa suas obras para fazer referência ao corpo e seus diversos sistemas, bem como a sua interconectividade com forças e influências externas a elas. The visitor-focused works by Ed Pien encourage extended interactions—tactility and play serving as the formidable components that activate the artist’s initial gestures. Encouraging viewers to change their positions (and their perspectives), Pien uses his works to reference the body and its various systems, as well as their interconnectedness to forces and influences external to them.
taipei, taiwan, 1958. vive e trabalha em toronto, canadá.
Ed Pien
187
“Fogo I”, 2017. Madeira, pintura, madeira queimada. 118 x 75 x 11 cm (cada).
Sendo escultor, ceramista e pintor realizado, Elvo Benito Damo envolve a importância da nostalgia e da interdisciplinaridade em suas obras. Simultaneamente preocupados com os processos de pintura, montagem e queima, as telas de Damo são intrincados estudos de materialidade, memória, evolução e características de conseqüências que revelam a pintura como um meio que atua e é atuado. An accomplished sculptor, ceramist and painter, Elvo Benito Damo engages with the importance of nostalgia and interdisciplinarity within his works. Simultaneously concerned with the processes of painting, assembling and burning, Damo’s canvases are intricate studies of materiality, memory, evolution and consequence—characteristics that reveal painting as a medium that both acts and is acted upon.
188
Elvo Benito Damo
brasil, 1948.
“Apuntalando la memoria I”, 2016. Impressão fotográgica. 110 x 180 cm.
As obras de Reinier Nande usam a arte como o mecanismo para recuperar passagens irrecuperáveis, confiando na numeração e no desenho de linha para tornar paisagens e situações em constante mudança mais permanentes. O foco sério de Nande sobre a deterioração faz comentários sutis sobre o futuro das artes, para que seus pontos de referência sejam comercializados, canibalizados ou destruídos de outra forma. Reinier Nande’s works use art as the mechanism to recover —however futilely—unrecoverable pasts, relying on numbering and line-drawing to render ever-changing landscapes and situations more permanent. Nande’s artistic focus on deterioration makes subtle commentaries art should all of its points of reference be commercialized, cannibalized or otherwise destroyed.
cuba, 1979.
Reinier Nande 189
Volt(a) #6, 2015. Instalação com neon (6 partes). Neon branco, verde e roxo. 76 x 76 cm.
As obras de Ale Mazzarolo transformam paredes de galeria em ambientes imersivos caracterizados pela interação de abstração, linha, luz e cor. Confiando em um meio que se tornou muito menos comum na era da iluminação LED, as obras de Mazzarolo ativam “espaços mortos” nas galerias do Memorial que de outra forma permaneceriam vazias e subutilizadas durante a exposição. Ale Mazzarolo’s works transform gallery walls into immersive environments characterized by the interplay of abstraction, line, light and color. Relying on a medium that has become far less common in the age of LED lighting, Mazzarolo’s works activate “dead spaces” in the Memorial Museum’s galleries that otherwise would have remained empty and underutilized during the exhibition.
190 Ale Mazzarolo
brasil, 1975.
“Art world celebrities”, 2016-2017. Instalação sonora, 6’. Pintura sobre papel. 10 m².
As explorações conceituais de Bill Burns muitas vezes criticam o estabelecimento do mundo da arte e especulam sobre sua relevância e impacto. Contemplando a obsessão com festivais e bienais, Burns “comemora” várias tradições de exibição e curadores de primeira linha, colocando-os em bandeiras geralmente usadas para festejar equipes esportivas - um lembrete de que o culto à celebridade do modernismo continua predominante nas artes. The conceptual explorations of Bill Burns often critique the art world’s establishment and speculate on its relevance and impact. Contemplating the obsession with festivals and biennales, Burns “celebrates” several exhibition traditions and “A-list” curators by placing them on pennants usually used to fete sports teams—a reminder that modernism’s celebrity cult(ures) remain prevalent in the arts.
canadá, 1956.
Bill Burns 191
“Balance de Blancos ”, 2017. Peformance (tatuagem).
Javier Calvo Sandí usa seu corpo como um barómetro de nossos tempos - permitindo que os espectadores atuem sobre ele e, em alguns casos, cicatrizem. O desempenho de Sandí explora a cor como uma função de variabilidade e regulamentação. Tatuagem de amostras de cores parecidas com Pantone de pigmentações de pele reais nas costas, Sandí incorpora as identidades raciais dos outros de maneiras que revelam singularidade e diferença. Javier Calvo Sandí uses his body as a barometer of our times—allowing viewers to act upon it and, in some cases, to scar it. Sandí’s performance explores color as a function of both variability and regimentation. Tattooing Pantone-like color swatches of actual skin pigmentations on his back, Sandí incorporates the racial identities of others in ways that reveal uniqueness and difference within himself.
192
Javier Calvo Sandí
Costa Rica, 1951.
“Emboscada”, 2017. Instalação, Projeção e áudio 4’30” (em loop).
Refletindo sobre as experiências dos cidadãos reprimidos por regimes passados em todo o Brasil e no Paraguai, Omar Estrada representa histórias e narrativas orais para que sua relevância não seja perdida pelo tempo, corrupção ou ignorância. Lembrando os espectadores de grandes dificuldades suportadas nas mãos de ditadores ansiosos para preservar seu poder, Estrada insinua que tais sofrimentos poderiam facilmente acontecer de novo. Reflecting on the experiences of citizens repressed by past regimes throughout Brazil and Paraguay, Omar Estrada re-presents oral histories and narratives so that their relevance is not lost to time, corruption or indifference. Reminding viewers of great hardships endured at the hands of dictators eager to preserve their power, Estrada intimates that such sufferings could easily happen again.
cuba, 1963.
Omar Estrada 193
“Sem título”, 2017. Gravura. 56 x 100 cm.
De acordo com Enrique “Tente” Miralles, Cuba alimenta a inspiração artística através de uma mistura de políticas polêmicas, belas paisagens, comunidades inovadoras e lendas não conquistadas para uma conexão com interesses globais. Seus trabalhos sugerem maneiras pelas quais as dificuldades e complicações da vida cotidiana em Havana podem facilmente ofuscar as belas nuanças da cultura cubana e caribenha. According to Enrique “Tente” Miralles, Cuba fuels artistic inspiration through a mixture of controversial politics, beautiful landscapes, innovative communities, and unquenched thirsts for a connectedness to global interests. His works suggest the ways in which the difficulties and complications of everyday life in Havana can easily overshadow the beautiful nuances of Cuban and Caribbean culture.
194
Enrique “Tente” Miralles
cuba, 1972.
“Há um mundo fora daqui?”, 2015. Imagem capturada com equipamento DSLR utilizando lente Tilt Shift 45mm. 100 x 150cm.
Explorando as tensões entre retratos, paisagem e contextos socioculturais em mudança, a fotografia de EronZeni capta as alegrias e os desafios da vida familiar em um campo de refugiados ugandeses. A documentação demasiado humana de Zeni compartilha esses ambientes árduos, mas também demonstra como a inquisição e a compaixão servem de poderosas frases para os sofrimentos vividos pelos que vivem nos campos. Exploring the tensions between portraiture, landscape and changing sociocultural contexts, Eron Zeni’s photography captures the joys and challenges of family life in a Ugandan refugee camp. Zeni’s all-too-human documentation shares these fraught environments, but also demonstrates how inquisitiveness and compassion serve as powerful foils to the sufferings experienced by those living in the camps.
brasil, 1980.
Eron Zeni 195
“Indian Summer Diary. I love Canada, Canada love me”, 2016. Vídeo-performance. 9’42’’.
De acordo com Luis Manuel Alcántra, Cuba alimenta inspiração artística Depois de ter sido negado um visto de turista canadense, o artista cubano Luis Manuel Alcántara documenta férias imaginárias em todo o Canadá com quedas de neve e Celine Dion. Repleto de desempenhos e estereótipos exagerados sobre raça, cultura, patriotismo e identidade, o trabalho de Alcántara revela os perigos do isolacionismo cultural e das políticas de imigração que desincentivam a viagem e a descoberta. According to Luis Manuel Alcántra, Cuba fuels artistic inspiration After being denied a Canadian tourist visa, Cuban artist Luis Manuel Alcántara documents an imaginary vacation across Canada complete with snowfall and Celine Dion. Filled with exaggerated performances and stereotypes about race, culture, patriotism and identity, Alcántara’s work reveals the dangers of cultural isolationism and immigration policies that disincentivize travel and discovery.
196
Luis Manuel Alcántara
cuba, 1987.
“Three and One Flags”, 2015-2017. Bandeira de Cuba, acrílica sobre parede. 106x156cm. Video loop, 972 imagens da bandeira dos Estados Unidos em loop. 7’20’”.
Composto por uma pintura da bandeira cubana, um vídeo da bandeira dos Estados Unidos que vibrava na Embaixada dos EUA em Havana e fotografias de pessoas nas ruas de Cuba vestindo acessórios enfeitados com a bandeira dos EUA, os rios Three and One Flags de Nestor Siré fora de Joseph As práticas conceituais de Kosuth e Jasper Johns e revela algumas das perspectivas (não) de mudança que informam as relações cubano-americana. Consisting of a painting of the Cuban flag, a video of the United States flag fluttering at the US Embassy in Havana and photographs of people in the streets of Cuba wearing accessories festooned with the US flag, Nestor Siré’s Three and One Flags riffs off of Joseph Kosuth’s and Jasper Johns’s conceptual practices and reveals some of the (un)changing perspectives informing Cuban-US relations.
cuba, 1988.
Nestor Siré 197
“Houston Runners”, 2014. Técnica mista sobre tela. 200 x 490 cm.
Simultaneamente poético e lírico, monumental e melancólico, as pinturas de Khaled Hafez imergem os espectadores na profundidade das histórias egípcias e do Oriente Médio, enquanto escavam e exibem referências potentes e sutis ao passado. À medida que os hieróglifos se engrenam com helicópteros modernos, Khaled identifica incompatibilidades culturais como funções de ignorância, isolacionismo e hype nacionalista. Simultaneously poetic and lyrical, monumental and melancholy, Khaled Hafez’s paintings immerse viewers in the profundity of Egyptian and Middle Eastern histories, as they excavate and exhibit both potent and subtle references to the past. As hieroglyphics mesh with modern-day helicopters, Khaled identifies cultural incompatibilities as functions of ignorance, isolationism and nationalistic hype.
198
Khaled Hafez
egito, 1963.
“La ilusion del lugar”, 2017. Acrílico sobre tela estampada. 122 x 183 cm.
As pinturas de Germán Tagle revigorizam o relacionamento do artista com a “tela”, não permitindo a inexistência, mas os projetos pré-impressos e kitsch para servir de base para suas obras. As pinturas de Tagle fazem referências de silhueta à história, à fronteira, à criatividade e ao globalismo, já que a tela pré-impressa revela histórias e dicotomias que suas pinturas devem explorar e incorporar. Germán Tagle’s paintings reinvigorate the artist’s relationship with “canvas”—allowing not blankness, but rather pre-printed and kitsch designs to serve as the foundation for his works. Tagle’s paintings make silhouette-like references to history, frontierism, creativity and globalism, as the pre-printed canvas reveals histories and dichotomies that his paintings subsequently explore and incorporate.
chile, 1976.
Germán Tagle 199
“Fairy Lake, Mud Core, Montana”, 2016. Impressão de pigmento, intervenção em lápis sobre papel. Fotografia. 102 x 76 cm.
Colaborando com estudantes de pós-graduação centrados na ciência - James Benes e Jordan Allen - na Universidade Estadual de Montana e encorajando-os a desenhar dados e observações diretamente em suas fotografias, Ian van Coller transforma paisagens em zonas de colaboração, observação e intervenção. Aesthetics e o método científico atuam ativamente e revelam as urgências da conservação ambiental. Collaborating with science-focused graduate students—James Benes and Jordan Allen—at Montana State University and encouraging them to draw data and observations directly on his photographs, Ian van Coller transforms landscapes into zones for collaboration, observation and intervention. Aesthetics and the scientific method actively commingle and reveal the urgencies of environmental conservation.
200
Ian Van Coller
áfrica do sul, 1970.
“M&Ms”, 2008. Fotografia em formato de Bicromato de goma tricolor. 30 x 25 cm (cada).
Os trabalhos de Christina Z. Anderson dependem de um processo minuciosamente complexo que data de meados dos anos 1800 e traz consigo a capacidade de mostrar cores e detalhes de maneiras surpreendentemente imprevistas. Fotografando itens esquecidos e não excepcionais, Anderson revisita estes “descarte” e usa o processo de bicromato de goma tricolor para incutir uma vez mais um senso de significância sobre esses objetos. Christina Z. Anderson’s works rely on a painstakingly complex process that dates to the mid1800s and carries with it the ability to showcase colors and details in strikingly unanticipated ways. Photographing forgotten and unexceptional items, Anderson revisits these “throwaways” and uses the tricolor gum bichromate process to instill once more a sense of labor-intensive significance about these objects.
Estados Unidos da América, 1954.
Christina Z. Anderson 201
“cosmographie raw P.S.3”, 2015. Fotografia. 100 x 80 cm.
Na era da “pornografia da ruína”, onde desastres e desintegrações carregam consigo sua própria estética de abandono, a fotografia de Daniela Busarello explora edifícios em ruínas que revelam meditações interessantes sobre cor, linha e forma. Através das intervenções de Busarello nos processos de decadência, os espectadores são convidados a revigorar seus espaços documentados com significado, compreensão e beleza. In the age of “ruin porn” where disasters and disintegrations carry with them their own aesthetics of abandonment, Daniela Busarello’s photography explores dilapidated buildings that reveal interesting meditations on color, line and form. Through Busarello’s interventions into the processes of decay, viewers are invited to reinvigorate her documented spaces with meaning, understanding and beauty.
202
Daniela Busarello
brasil, 1973.
“Bloom II”, 2012-2015. Réguas de madeira. Dimensões variáveis.
Esculpindo aforismos e outros ditados e vernáculos familiares em réguas e outros dispositivos de medição, Pedro Tyler cria interação de luz e sombra que refletem as tensões entre o possível e o impossível, o racional e o absurdo. Seus trabalhos referenciam a futilidade dos imperativos de Galileu para medir (e tornar mensuráveis) todas as coisas - expondo à respeito do conhecimento ao desconhecido. Carving aphorisms and other familiar sayings and vernaculars into rulers and other measuring devices, Pedro Tyler creates interplays of light and shadow that mirror the tensions between the possible and the impossible, the rational and the absurd. His works reference the futility of Galileo’s imperatives to measure (and render measurable) all things—exposing knowledge’s deference to the unknown.
Uruguai, 1975.
Pedro Tyler 203
“Beneath the Surface”, 2010-2017. Video loop with 4-channel sound, 6’.
A prática de Theo Lipfert revela uma alquimia dependente de uma mistura de abstração digital, ambientes de filmagem subaquática e “ruído” cromático com as especificidades e excentricidades de textos escritos e lembrados. Falando com uma jovem lembrando um sonho, Lipfert reorganiza memórias fragmentadas em estruturas narrativas que, segundo ele, começam a ter mais sentido no mundo racional. Theo Lipfert’s practice reveals an alchemy reliant on a mixture of digital abstraction, underwater filming environments and chromatic “noise” with the specificities and eccentricities of written and recalled texts. Speaking with a young woman remembering a dream, Lipfert reorders fragmented memories into narrative structures that, according to him, begin to make more sense in the rational world.
204
Theo Lipfert
estados unidos da américa, 1962.
“Presépio”, 2017. Cerâmica, queimada em forno à lenha. Dimensões variáveis.
As obras de cerâmica exibidas por Julia Isidrez são peças de madeira refletindo as interpretações paraguaias locais das narrativas cristãs tradicionais, bem como as narrativas mitológicas específicas da cultura paraguaia. Criando figuras humanas e formas biomórficas que se ligam a antigas tendências expressivas nas Américas, Isidrez usa suas obras para explorar as dimensões místicas de nosso tempo. The ceramic works exhibited by Julia Isidrez are wood-fired pieces reflecting local Paraguayan interpretations of traditional Christian narratives, as well as mythological narratives specific to Paraguayan culture. Fashioning human figures and biomorphic forms that link to ancient expressive tendencies in the Americas, Isidrez uses her works to explore the mystical dimensions of our time.
paraguai, 1967.
Julia Isídrez 205
museu paranaense
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto na pรกgina da 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
206
“Mito de las 7 cabezas”. 2014. Cerâmica. Dimensões Variáveis.
As obras de cerâmica exibidas por Julia Isidrez são peças de madeira refletindo as interpretações paraguaias locais das narrativas cristãs tradicionais, bem como as narrativas mitológicas específicas da cultura paraguaia. Criando figuras humanas e formas biomórficas que se ligam a antigas tendências expressivas nas Américas, Isidrez usa suas obras para explorar as dimensões místicas de nosso tempo. The ceramic works exhibited by Julia Isidrez are wood-fired pieces reflecting local Paraguayan interpretations of traditional Christian narratives, as well as mythological narratives specific to Paraguayan culture. Fashioning human figures and biomorphic forms that link to ancient expressive tendencies in the Americas, Isidrez uses her works to explore the mystical dimensions of our time.
paraguai, 1967.
Julia Isídrez 207
“Your Gaze Hits the Side of my Face”, 2017. Tinta indiana, acrilico, e impressão digital sobre papel rasgado de um livro maior antigo. 152 x 122 cm.
Originalmente das Nações do Corvo e do Norte de Cheyenne do Sudeste de Montana, nos Estados Unidos, Ben Pease vê a arte como “uma relação física e espiritual interpessoal ... conectada a todas as entidades, seres, organismos e características geológicas circundantes”. Abandono e assimilação freqüentemente em Pease’s funciona enquanto busca a “união” entre histórias ancestrais e culturas contemporâneas. Originally from the Crow and Northern Cheyenne Nations of Southeast Montana in the United States, Ben Pease views art as “an interpersonal physical and spiritual relationship…connected to all surrounding entities, beings, organisms and geological features.” Abandonment and assimilation surface frequently in Pease’s works as he seeks the “join” between ancestral stories and contemporary cultures.
208
Ben Pease
estados unidos da américa, 1989.
“Buffalo Medicine”, 2017. Tinta sobre papel rasgado de um livro-razão. 42 x 30 cm.
John Isaiah Pepion é da Nação Blackfeet do norte da Montana e é descendente do chefe da montanha - um líder dos Blackfeet encarregado da preservação da história tribal. Usando o papel do livro-razão como base para suas pinturas e desenhos, o Pepion mantém as tradições de expressão nessas superfícies, pois muitos artistas nativos americanos usaram esse artigo na ausência de outros materiais artísticos. John Isaiah Pepion is from the Blackfeet Nation of Northern Montana and is a descendant of Mountain Chief—a Blackfeet leader charged with the preservation of tribal history. Using ledger paper as the foundation for his paintings and drawings, Pepion upholds traditions of expression on these surfaces, as many Native American artists have used this paper in the absence of other artistic materials.
estados unidos da américa, 1983.
John Isaiah Pepion 209
“Perpetual waking”, 2017. Técnica mista. 5 x 20 x 16 cm.
O desenho-como-intervenção caracteriza as obras de Gonzalo García, cujo meio de escolha é o relogio retro de 1960 e 1970. Com cada minuto e hora originalmente retratados em seu próprio “painel”, García separa cada um de seu mecanismo e sobrepõe pequenos desenhos que reconfiguram o tempo, mapeiam uma série de empreendimentos humanos e contemplam a futilidade do destino desafiador. Drawing-as-intervention characterizes the works of Gonzalo García whose medium of choice is 1960s and 1970s retro flip clocks. With each minute and hour originally depicted on its own “panel,” García detaches each from its mechanism and superimposes small drawings that reconfigure time, map a range of human endeavors and contemplate the futility of challenging fate.
210
Gonzalo Garcia
colômbia, 1981.
“Pura Vida”, 2017. 9 Fotografias digitais. 25 x 20 cm. (cada).
Examinando o dinheiro como objeto de intercâmbio intrinsecamente vinculado a culturas individuais, Dan Tague transforma esculturalmente seu simbolismo e cria novas frases e frases que refletem um mundo cada vez mais influenciado pela migração, híbrida e globalização. Muitas vezes incorporando moedas de duas ou mais nações, as esculturas multiculturais de Tague reiteram a importância dos vernáculos locais. Examining money as an object of exchange intrinsically tied to individual cultures, Dan Tague sculpturally transforms their symbolism and creates new phrases and sayings that reflect a world increasingly influenced by migration, hybridity and globalization. Often incorporating currencies from two or more nations, Tague’s multicultural sculptures reiterate the importance of local vernaculars.
estados unidos da américa. 1974.
Dan Tague 211
“Trade Canoe: A Western Fantasy”. Litografia a cores. 53 x 76 cm.
Os trabalhos de Jaune Quick-to-See Smith enfrentam as desigualdades e incompatibilidades das culturas nativas e não-indígenas com uma série de imagens tiradas de suas respectivas histórias, debates políticos atuais e práticas artísticas. As culturas indígenas conhecem gotejamentos de Jackson Pollock e pinceladas de cores caleidoscópicas - um cenário frenético para a apresentação de realidades e estereótipos de Smith. Jaune Quick-to-See Smith’s works confront the inequities and incompatibilities of Native and non-Native cultures with a range of images pulled from their respective histories, current political debates and art practices. Indigenous cultures meet Jackson Pollock-like drips and brushstrokes of kaleidoscopic colors—a frenzied backdrop for Smith’s presentation of realities and stereotypes.
212
Jaune Quick-to-See Smith
estados unidos da américa, 1940.
“O Museu e eu e sua fala para mim”, 2017. Recortes em papel negro com tesoura. 48 x 61 cm.
O trabalho de Maria Luiza de Almeida Scheleder medita as influências e transformações que afetam nossas percepções e memórias de espaço e lugar. Em seu trabalho para o Museu Paranaense, a Scheleder incorpora pesquisas de artigos de notícias, histórias orais, narrativas visuais e nostalgia para representar a evolução do museu de Curitiba - tudo representado através de pedaços de papel cortados, mas interconectados. Maria Luiza de Almeida Scheleder’s work meditates on the influences and transformations impacting our perceptions and memories of space and place. In her work for the Museu Paranaense, Scheleder incorporates research of news articles, oral histories, visual narratives and nostalgia to represent the evolution of Curitiba’s museum—all depicted through cut, yet interconnected, pieces of paper.
brasiL, 1953.
Maria Luiza de Almeida Scheleder 213
“Anaty (Desert Yam)”, 2014. Acrílico sobre tela. 80 x 125 cm.
Uma mulher de Alywarr da região utópica do deserto central da Austrália, Jeannie Mills Pwerl geralmente descreve o tucker de arbusto importante para seu povo - especialmente o anaty, ou o ñuque, e suas flores e sementes. Combinando pontos minuciosamente renderizados, juntamente com pinceladas consistentes e repetidas, Mills Pwerl usa seu conhecimento de alimentos de mato, remédios e cura tradicional para informar seu estilo único. An Alywarr woman from the Utopian region of Australia’s central desert, Jeannie Mills Pwerl usually depicts bush tucker important to her people—especially the anaty, or bush yam, and its flowers and seeds. Combining painstakingly rendered dots along with consistent, repeating brushstrokes, Mills Pwerl uses her knowledge of bush foods, medicines and traditional healing to inform her unique style and mixture of vibrant colors.
214
Jeannie Mills Pwerl
utopia, austrália. 1965.
“Sugarbag”, 2013. Acrílico sobre tela. 50 x 80 cm.
Barney Ellaga é um idoso da região de Alawa, no Território do Norte da Austrália - um homem com vasto conhecimento das pessoas de sua terra e características geográficas e espirituais. A prática de Ellaga é mais conhecida por sua ligação de tintas sintéticas (introduzidas em populações aborígenes ao longo do século XX) com os contornos da terra, incluindo rios e billabongs conhecidos apenas por ele. Barney Ellaga is a senior elder from the Alawa region of Australia’s Northern Territory—a man with vast knowledge of his land’s people and geographical and spiritual features. Ellaga’s practice is best known for his linkage of synthetic paints (introduced into Aboriginal populations throughout the twentieth century) with the contours of the land, including rivers and billabongs known only to him.
alawa, austrália. 1939.
Barney Ellaga 215
“NgayukuNgura (My Home)”, 2015. Acrílico sobre tela. 80 x 125 cm.
Crescendo nas regiões Amata e Pipalyatjara da Austrália, Samuel Miller confia em uma paleta de cores ousada e quase psicotrópica e linhas bem controladas para retratar características geográficas e sonhos associados com seu país de origem. Tão sagrada é a área que Miller pinta - cheia de riachos, colinas e fuzileiros conhecidos apenas para ele e sua comunidade - que seu nome nunca pode ser escrito ou falado. Growing up in the Amata and Pipalyatjara regions of Australia, Samuel Miller relies on a bold, almostpsychotropic color palette and tightly controlled lines to depict geographic features and dreamings associated with his home country. So sacred is the area that Miller paints—filled with creeks, hills and billabongs known only to him and his community—that its name may never be written or spoken.
216
Samuel Miller
ernabella, austrália. 1966. vive e trabalha em kauka, austrália.
“My Country”, 2015. Acrílico sobre tela. 80 x 100 cm.
Damien Marks sai da área de Papunya, no Território do Norte da Austrália, enquanto Yilpi Marks é de Ernabella (Pukatja) no sul da Austrália. Que Yilpi e Damien Marks pintam juntos como marido e mulher é incrivelmente incomum. Ambos os artistas colaboram para criar sonhos hibridados histórias que refletem pinturas corporais diversas de rituais sagrados e lugares espiritualmente significativos para homens e mulheres. Damien Marks hails from the Papunya area of Australia’s Northern Territory, while Yilpi Marks is from Ernabella (Pukatja) in South Australia. That Yilpi and Damien Marks paint together as husband and wife is incredibly unusual. Both artists collaborate to create hybridized dreamings—stories reflecting diverse body paintings of sacred rituals and spiritually significant places for men and women.
ernabella, austrália. 1969. vive e trabalha em alice springs, austrália. Haasts bluff, austrália, 1967. vive e trabalha em alice springs, austrália.
Yilpi and Damien Marks 217
Museu Paranaense Quando a arte procura espaços alternativos, acaba cumprindo uma função social que vai muito além da simples contemplação. A proposta de IZK é absorver comportamentos sociais muito além do próprio olhar e através de uma visão monocromática do preto e do branco, criando um padrão inspirado por bolhas que começam a perseguir a imaginação. E foram bolhas em uma xicara de café que hipnotizaram o trabalho intermitente do artista, como se essas criassem vida própria e começassem a observar tudo ao seu redor, quando na verdade é o espectador quem as está contemplando. Assim, esses “olhinhos” que fazem parte de um imaginário infinito remetem a literatura de Antonhy Burgess como o começo das mais improváveis criações científicas. When art seeks alternative spaces, it ends up fulfilling a social role way beyond mere contemplation. IZK’s proposal is to absorb social behaviors beyond gaze itself through a monochromatic vision of black and white, creating a pattern inspired by bubbles that start pursuing imagination. And it was bubbles on a cup of tea that hypnotized the artist’s intermittent work, as if they created a life of their own and started to look at everything around them, when in reality it is the spectator who’s contemplating them. And thus these “little eyes”, part of an infinite imagination, referring to Anthony Burgess literature as the beginning of the most improbable scientific creations.
Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto Curador Curator
218
Observando, 2017. Graffiti com Spray. 1120 x 490 cm.
cianorte, brasil, 1986. vive e trabalha em curitiba.
IZK 219
performances performance art
performances Fernando Ribeiro trabalha em uma curadoria de obras performáticas que partem de uma fotografia do assassinato do embaixador russo na Turquia em 2016. A curadoria segue o rastro da divulgação desta fotografia nas redes sociais e envolve discussões sobre seu potencial artístico. A questão é tratada através de performance art: a imagem vai além da fotografia, desembocando em uma arte viva que, vinculada a práticas cotidianas, perturba as cronologias temporais e renova as significações do fato ocorrido com foco nas perspectivas sociais e políticas. Fernando Ribeiro works in a selection of works that depart from a photograph of the murder of the Russian ambassador in Turkey in 2016. The curatorship follows the trail of the dissemination of this photograph in social networks and involves discussions about their artistic potential. The issue is treated through performance art: the image goes beyond photography, resulting in a living art that, linked to daily practices, disturbs temporal chronologies and renews the meanings of the fact occurred with a focus on social and political perspectives.
Fernando Ribeiro Curador Curator
221
“Cartas aos Mortos”. Performance 2 dias, 4 horas por dia. A performance se constituiu em duas etapas: a primeira foi realizada durante a Semana de Perfomance da Bienal Internacional de Curitiba e, a segunda, foi realizada após o evento e ao longo do ano. 1ª Etapa: Com uma máquina de escrever, a artista permaneceu sentada em uma cadeira. Do lado, um quadro de aviso com a seguinte inscrição: “Escrevo cartas aos mortos”. A artista perguntava se gostaria de enviar uma carta a um falecido, a qual é escrita com a máquina de escrever, um presente de seu avô. 2ª Etapa: Após a primeira etapa, as cartas eram enviadas aos locais que foram, durante a vida, significativos aos falecidos ou aos locais onde acreditavam que estes falecidos gostariam de estar caso estivessem presentes. As cartas eram então deixadas nesses locais. The performance took place in two fases: the first one was during the Semana de Performance da Bienal Internacional de Curitiba, and the second one, after the event and along the year. 1ª Step: With a typewriter, the artist was sitting on a chair. Next to the artist, a board with the following inscription: “I write letters to the dead”. The artist asked then, if they would like to send a letter to a deceased, which is written with the typewriter giving to her by her grandfather. 2ª Step: After the first step, the letters were sent to places that were meaningful to the deceased when they were alive, or that they would like to be if they were still here. The letters were then left in those places.
222
Yasmin Kozak
curitiba, brasil, 1992. vive e trabalha em curitiba
“Prelúdio”. Performance. 30 minutos. Uma jarra e uma bacia foram posicionadas no local. Na bacia havia tinta preta e a jarra foi preenchida com água. Após algum tempo a artista iniciou sequencias de movimento ao redor dos objetos. Despejou a água dentro da bacia com tinta, pegou a esponja, molhou no líquido preto e passou sobre sua pele. Repetiu esse ciclo algumas vezes. Durante os movimentos se lamentava, gritava e chorava. Ao final, se atirou no chão e fiocu deitada por alguns minutos. Se levantou, pegou os objetos e deixou o local. A jar and a bowl were put in place. In the bowl there was black paint and the jar was filled with water. After a while, the artist began a sequency of movements around the objects. She threw the water inside the bowl with paint, took the sponge, drowned it in the black liquid and passed it on her skin. Repetead this cicle a few times. During the movements she would weep, yell and cry. In the end, threw herself on the ground and laid there for a few minutes. She then stood up, took the objects and left. .
curitiba, brasil, 1996. vive e trabalha em curitiba.
Mônica Schreiber 223
“Repetidamente Repetente”. Performance. 2 dias, 4 horas por dia.
A performance em si, com duração de 6 horas, era baseada em um corpo que se mantinha sentado em uma cadeira e mesa escolar na qual, sobre o topo, era construído uma torre de tijolos de 1 metro. O corpo tinha sua cabeça colocada para dentro de um orifício da estrutura. A ação se mantinha imóvel por todo o tempo. The performance in itself, with the duration of 6 hours, was based in a body sitting on a chair and a school table in wich was built a 1 meter tower made of bricks. The body had its head put inside an orifice of the structure. The action kept still during the entire act.
224
Érica Stórer
curitiba, brasil, 1992. vive e trabalha em curitiba.
“Sem título”. Performance. 3 horas.
A artista realiza uma indagação de elementos e significados que abordam a relação com as crenças: (ideológicas, religiosas, políticas, cotidianas, de costumes, de dever, etc.), com os estados de fragilidade e a existência trabalhando com a emoção e a percepção. The artist makes an inquiry about elements and meanings that approach the relationship with beliefs (ideological, religious, political, daily, customs, duty, etc.), with states of fragility and existence working with emotion and perception.
Caracas, Venezuela, 1976. vive e trabalha em buenos aires, argentina.
Aidana Chávez 225
“Vivemos nos subúrbios, entre locadoras de vídeo, locais de comida para levar e radares de velocidade, e é melhor aproveitarmos isso ao máximo, já que não temos mais aonde ir.” (J. G. Ballard, A user guide to the millenium, 1996). No sábado, 30 de janeiro, duas pessoas vindas da classe média e que moram em pontos opostos do globo – respectivamente Shangai, China e Curitiba, Brasil – viverão a mesma vida durante 24 horas. Esta obra chama-se Jung54 e foi criada em 2017 por Florence Jung. Florence Jung cria situações que se infiltram na realidade, onde ninguém é capaz de distinguir o real da encenação. Ela diz que tudo é verdadeiro, mas nada prova isso: a artista apaga os próprios rastros, torna suas obras em boatos e boatos em suas obras. O que permanece é um estado de dúvida, uma persistente incerteza sobre os que nos rodeia. “We live in the suburbs, among the video-shops, take-aways and police speedcheck cameras, and we might as well make the most of them, since there is nowhere else to go.” (J. G. Ballard, A user guide to the millenium, 1996). On Saturday, January 30th, two people coming from a middle-class social background and living at opposite ends of the world – respectively in Shanghai, China and Curitiba, Brazil – will live the same life during 24 hours. This piece is called Jung54 and was created in 2017 by Florence Jung. Florence Jung creates situations that infiltrate reality, where no one can distinguish the real from and its staging. She says everything is true, but nothing proves it: the artist wipes away her own tracks, turns her pieces into rumors and rumors into pieces. What remains is a state of doubt, a lingering uncertainty about what surrounds us.
226
Florence Jung
frança, 1988. vive e trabalha em bienna, suíça.
“Engomando com Plácida”. Performance. 1 hora.
Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. Aqui é a República de Curitiba. Aqui Não é a república de Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not the republic of Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not the republic of Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not the republic of Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not the republic of Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not the republic of Curitiba. This is the Republic of Curitiba. Here is not therepublic of Curitiba.
maringá, brasil, 1985. vive e trabalha em curitiba, brasil.
Luana Navarro 227
“Tender un Puente”. Performance. 7 horas.
Seu trabalho é freqüentemente relacionado e produzido no espaço público, usando elementos temporários em que não só os traços visíveis dos objetos intervêm, mas envolvem tanto os objetos quanto seus efeitos e possíveis relações. Isso revela uma consciência das condições formais e espaciais dos locais onde seu trabalho ocorre. De la Torre participou de vários festivais de arte, tanto no país como no exterior, e seu trabalho foi mostrado em 17 países. His work is frequently related and produced in the public space, using temporary elements in which not only the visible traits of objects intervene, but engage both objects and their effects and possible relations. This reveals an awareness of the formal y spatial conditions of the locations where his work takes place. De la Torre has participated in multiple art festivals, both home and abroad, and his work has been shown in 17 countries.
228
Roberto de La Torre
cidade do méxico, méxico, 1967. vive e trabalha na cidade do méxico.
“Sem título”. Performance. 2 a 3 horas.
A performance começava com a artista entrando na caixa. Sua proposta era ficar de 2 a 3 horas dentro do acetato lidando com a movimentação. A performance acabava quando ela saia da caixa, por vontade própria ou intervenção. The performance began with the artist getting in the box. Her proposition was to stay in it from 2 to 3 hours, inside the acetate dealing with the movements. The act ended when she left the box, by her own will or intervention.
campo largo, brasil, 1996. vive e trabalha no paraná, brasil.
Leticia Sequinel 229
prĂŞmio jovens curadores young curators award 230
museu da fotografia
“O museu é feminista” e outras esperanças sobre o futuro. A exposição “O museu é feminista’ e outras esperanças sobre o futuro”, não tem o objetivo único de apresentar obras icônicas das Guerrilla Girls, mas também de usar essas obras como ponto de partida para o diálogo, debate e discussão sobre o que podemos fazer para contribuir por um futuro feminista. Por isso, além de oferecer cadeiras para o público sentar e conversar sobre igualdade de gêneros quando quiserem, o espaço também recebe encontros propositais mediados por mulheres que usam sua voz para movimentar essa causa. A diversidade sendo o tema central desta Bienal, não só cultural, como de técnicas, onde se propõe enxergar além da fotografia, é indispensável propor o uso do museu como um espaço de diálogo em sua forma mais literal e não só de contemplação.
“The museum is feminist” and other hopes for the future. The exhibition “The museum is feminist’ and other hopes for the future,” does not have the sole purpose of presenting iconic works of the Guerrilla Girls, but also of using these works as a starting point for dialogue, debate and discussion about what we can be done to contribute for a feminist future. Therefore, in addition to offering chairs for the public to sit and talk about gender equality whenever they want, the space also hosts purposive meetings mediated by women who use their voice to move this cause. Diversity being the central theme of this Biennial, not only cultural, but also of techniques, where it is proposed to see beyond photography, it is indispensable to propose the use of the museum as a space of dialogue in its most literal form and not only of contemplation.
Carolina Loch Curadora Curator
231
“Do women have to be naked to get into the museum?”, 2012 Paper Poster. 204 x 450 cm.
As Guerrilla Girls são artistas ativistas feministas que usam fatos, humor e visões ultrajantes para expor gênero e vícios étnicos, bem como corrupção na política, arte, cinema e cultura pop. O anonimato do grupo (que usa máscaras de gorila sem identificar o rosto) mantém o foco nas questões e não na identidade. Estão no mundo todo, com intervenções e exposições em museus, escancarando em suas paredes o mau comportamento e práticas discriminatórias dos mesmos. The Guerrilla Girls are feminist activist artists who use facts, humor and outrageous views to expose gender and ethnic vices, as well as corruption in politics, art, film and pop culture. The group’s anonymity (which uses gorilla masks without identifying the face) focuses on issues rather than identity. They are in the whole world, with interventions and exhibitions in museums, opening in their walls the bad behavior and discriminatory practices of the same ones.
232
The Guerilla Girls
“The Advantages of Being a Woman Artist”, 1988. Paper Poster. 125 x 163,7 cm.
Guerrilla Girls Guide to Behaving Badly, 2016. Video. 4’47”.
nova iorque, Estados Unidos da América.
233
museo del barro Gabriela Ramos nasceu em Assunção, Paraguai, em 1973. Estudou Artes Visuais com Olga Blinder no IDAP, com Livio Abramo e Edith Jiménez e História da Arte com Dorothee Willert. Participou de várias oficinas com artistas estrangeiros, tais como: Luis Felipe Noe, Nuno Ramos, José Resende, João Rossi e Oscar Manesi. Ela percebeu a oficina de realização em cinema e vídeo, com Juan Carlos Crematta; e multimídia e Arte com Mickey Wella. Gabriela Ramos was born in Asuncion, Paraguay in 1973. She studied Visual Arts with Olga Blinder at IDAP, with Livio Abramo and Edith Jiménez and History of Art with Dorothee Willert. She participated in several workshops with foreign artists, such as: Luis Felipe Noe, Nuno Ramos, José Resende, João Rossi and Oscar Manesi. She realized the film and video realization workshop, with Juan Carlos Crematta; and Multimedia and Art with Mickey Wella.
Gabriela Ramos Dávalos Curadora Curator
234
“Proyecto Areguá/Mutaciones”, 2005. Cerâmica. 24 x 23 x 20 cm (cada).
A curadoria desta mostra parte de duas intervenções realizadas no Centro de Artes Visuais/ Museu do Barro pelo artista paraguaio Marcos Benítez. Por um lado, uma obra envolvendo som, por outro, objeto. The curatorship of this exhibition is part of two interventions carried out at the Centro de Artes Visuais / Museu do Barro by the Paraguayan artist Marcos Benítez. On the one hand, a work involving sound, on the other, object.
assunção, Paraguai, 1973.
Marcos Benitez 235
CIRCUITOS CIRCUITS
circuito de museus circuitos museums circuit circuits
238
museu da fotografia
A Diversidade do olhar Curada por Ticio Escobar, a exposição de Rodrigo Petrella (Solar do Barão) reúnia fotografias tiradas em diversas aldeias indígenas da região amazônica. Estas obras vão além da fotografia por três motivos. Em primeiro lugar, porque mobilizam formas estéticas que em si configuram o que nós chamamos de “arte” (penachos, pinturas corporais, rituais, música, literatura oral, coreografia, representação teatral). Em segundo, porque essas fotografias, que oscilam entre o documental o propriamente expressivo, acabam não sendo tão importantes como testemunhos de uma realidade objetiva, mas sim como geradoras de imagens que sugerem mundos esquivos, potentes, impossíveis de serem registrados pelo aparelho. Por último, por transcenderem a ordem do registro e a expressão estética, as obras de Petrella atuam como um apelo político em prol dos direitos da diversidade. Visualizar os agentes omitidos na cena social é, segundo Rancière, o gesto político por excelência. Este movimento gera desacordo no plano da representação: um desajuste que se torna fonte de toda demanda emancipatória.
Diversity of Gaze Curated by Ticio Escobar, Rodrigo Petrella’s exhibit (Solar do Barão) gathered photos taken in many native Amazonian villages. These works reach beyond photography for three reasons. In the first place because they mobilize aesthetic forms that by themselves shape up what we call “art” (plumes, body paintings, rituals, music, oral literature, choreography, theatrical representation). Furthermore, because the photographs, oscillating between documental and proper expression, end up not being as important as the testimonials of an objective reality, but as creators of images that suggest fleeting worlds, potent, impossible to register by a machine. Finally, since they transcend the order of registry and aesthetic expression, Petrella’s works act as a political appeal for diversity rights. Visualizing agents omitted from the social scene is, according to Rancière, the quintessential political gesture. This movement generates conflict in the plane of representation: an imbalance that becomes the source off all emancipatory demand.
Tício Escobar
Curador Curator
239
Além da fotografia Beyond photography Tício Escobar Curador Curator
Da série “Mekaron”, 2012. Fotografia colorida cromogênica. 150 x 110 cm.
240
Rodrigo Petrella
Mekaron, 2010. Fotografia colorida cromogĂŞnica. 16 fotografias de 150 x 110 cm (cada).
brasil, 1972.
241
museu alfredo andersen
242
museu alfredo andersen
Arte e Vida (resumo) A vida é uma constante antítese, pois a dádiva recebida num instante se configura logo após no caminho para a morte. A vida é um processo de luz e morte, porém, tal qual a arte não perde sua beleza e grandiosidade, o que a faz contraditoriamente desejada. Conforme o curador Brugnera a temática da exposição se faz nas seguintes figuras díspares: “o ambiente e o habitar, a pele e o tecido,o ser e o estar, a busca e o encontro, longos e fluviais caminhos percorridos, Polos Sul e Norte se imantam, caboclos, índios e artistas. Abundante natureza, vidas e mitos. Um diário com letras e imagens. Sutilezas. A vontade da máquina do tempo, um oculusdigitus. O antes e o agora juntos, sentidos simultâneos, um reunir do tempo, inúmeros segundos passando com distração por múltiplas visões. O pai e o filho, uma memória que volta que associa e novamente cola o passado ao presente, advém... ... As obras que concebem e são concebidaspor essa exposição derivam do profundo sentimento dual em que tais oposições se encontram em um transe exato de perspectivas artísticas. As obras serão de uma perspicácia incomum, sobrepujando as expectativas dos observadores. Diante da arteXvida os questionamentos serão inevitáveissobre as dualidades que compõeessa expressão. Texto por Cintia Abreu
Art and life (abstract) Life is a constant antithesis, for the gift received in an instant becomes the road to death right after. Life is a process of light and death, however, like art, it doesn’t lose its beauty and grandeur, what makes it contradictorily desired. According to curator Brugnera, the theme of the exhibition is represented by the following disparate images: “the environment and the dwelling, the skin and the fabric, the being something and the being somewhere, the search and the encounter; long and fluvial paths covered, Poles South and North magnetize each other, natives, mixedraces and artists. Abundant nature, lives and myths. A diary with letters and pictures. Subtleties. The will of the time machine, an oculus digitus. Before and now together, simultaneous senses, the gathering of time, countless distracted seconds passing by multiple visions. The father and the son, a returning memory that comes and associates and glues again the past to the present.”. The works that conceive and are conceived by this exhibition come from the deep dual feeling in which such oppositions meet in an exact trance of artistic perspectives... ...The artworks will be of an unusual perspicacity, surpassing the expectations of the observers. In face of art x life, questions about the dualities that make up this expression will be inevitable. Text by Cintia Abreu
Brugnera Curador Curator
243
“Entre a aparência e a distinção”, 2014. Fotografia. 60 X 90 cm (cada).
As imagens carregam uma verdade apresentada que, num segundo olhar, se transforma em dúvida e gera novas experiências e pensamentos sobre o que pode ou não ser verdade. O que surge é o despertar do diálogo que leva espectador e artista a lugares nunca imaginados, onde a troca gera descobertas e a capacidade de duvidar sobre a verdade. The images carry a presented truth that, in a second look, turns into doubt and generates new experiences and thoughts about what may or may not be true. What emerges is the awakening of the dialogue that takes viewer and artist to places never imagined, where the exchange generates discoveries and the capacity to doubt the truth.
244
Sérgio Adriano H.
joinville, brasil, 1975. vive e trabalha em são paulo, e joinville.
“O ser e o estar”. 2017. Vídeo arte. Duração 15’’/Instalação fotográfica.
O universo da Amazônia amedronta e ao mesmo tempo explode a reflexão do existir humano. Diferenças entre o norte e o sul brasileiro nas dimensões, clima e natureza vira ao avesso um artista em busca do conhecimento: desconstrói a fonte à la Fontana . É retumbante a cultura de seus habitantes nas cores e luzes ao seu redor onde clorofila e vida se fundem em poesia. The Amazonian universe frightened and at the same time exploded the reflection of human existence. Differences between northern and southern Brazil in dimensions, climate and nature turns inside out an artist in search of knowledge: deconstructs the source à la Fontana. It is resounding the culture of its inhabitants in the colors and lights around them where chlorophyll and life merge in poetry.
paranavaí, brasil, 1952. vive e trabalha em curitiba.
Vilma Slomp 245
museu alfredo andersen
Oceanos entre Terras: convergência e hibridação é o resultado de olhares compartilhados nos dois lados do oceano. As fotografias de Adam Lipiński (Varsóvia, 1979) e Hermes de la Torre (Granada, 1965) encontram espaços que poderiam estar em ambos os lados do Atlântico. Individualmente ou em paralelo, as cidades latinoamericanas e europeias fundem-se e fazem emergir regularidades na construção de matizes cotidianos. Somos cidadãos de um locus globalizado, indefinido, compartilhado, e profundamente pessoal, representados através de uma gama de elementos comuns, em paisagens, pessoas, formas e cores, que dialogam com os textos poéticos de Elena Barcellós e Óscar Domínguez.
Oceans between Lands: convergence and hybridization is the result of shared views on both sides of the ocean The photographs of Adam Lipiński (Varsovia, 1979) and Hermes de la Torre (Granada, 1965) find spaces that could exist on both sides of the Atlantic. Individually or in parallel, Latin American and European cities merge and make emerge regularities in the construction of daily hues. We are citizens of a globalized, indefinite, shared, and deeply personal locus, represented through a range of common elements in landscapes, people, forms and colors, which dialogue with the poetic texts of Elena Barcellós and Óscar Domínguez.
Elena Barcellós e Óscar Domínguez Curadores Curators
246
espanha, 1965.
Hermes de la Torre “Gdańsk, Polônia”, 2014. Câmera digital. 25 x 25cm.
“Uyuni, Bolivia”, 2015. Câmera digital. 75 x 100 cm.
polônia, 1979.
Adam Lipiński 247
museu de arte indĂgena
248
museu de arte indígena O museu possibilita uma imersão no universo indígena brasileiro. Propiciando uma nova abordagem, desta cultura, instigando o expectador a formar uma nova mentalidade crítica de reconhecimento do indígena como verdadeiro DNA brasileiro. O acervo é fruto de uma coleção particular de Julianna Podolan Martins constituída em 20 anos, através de estudos e expedições realizadas em diversas tribos de nosso país. Seu objetivo é resgatar e preservar a cultura indígena brasileira. The museum allows an immersion in the Brazilian universe. By fostering a new approach of this culture, instigating the spectator to form a new critical mentality of recognition of the indigenous as a true Brazilian DNA. The collection is the result of the private collection of Julianna Podolan Martins established in 20 years, through studies and expeditions carried out in several tribes of our country. Its objective is to rescue and preserve the Brazilian indigenous culture.
Ana Itália Paraná Mariano & Ana Silvia Paraná Mariano Kerin Curadoras Curators
249
“Coifa com emplumação em Pétalas”. Emplumação em pétalas, da qual os grupos Karajá são mestres, esta técnica consiste em fixar a uma só face de um suporte, em sentido vertical, plumas com o lado avesso para fora. (Ribeiro, 1957, pg. 66-67).
250 Etnia Karajá (TO)
brasil
“Braçadeiras”, 2009. Técnica não identificada. 55 x 20 x 12 cm.
brasil
Etnia Rickbatsa (MT)
251
portão cultural
Imagem em Profusão: Intersecções da Colagem Expandida Com o objetivo de vislumbrar o potencial da Colagem como linguagem intermediária entre as demais formas de expressão artística, o Clube da Colagem de Curitiba convida essa seleção de artistas para investigar a área cinza da intertextualidade e abordar suas pesquisas individuais através da perspectiva da Colagem em Campo Expandido.
Profusion of Image: Intersections of Expanded Collage In order to glimpse the potential of Collage as an intermediary language among other forms of artistic expression, the Collage Club of Curitiba invites this selection of artists to investigate the gray area of intertextuality and to approach their individual research through the perspective of Collage in Field Expanded.
Clube de Colagem de Curitiba Curitiba Collage Club 252
“Corpografias”, 2017. Vídeo-performance projetada sobre tecido. 300 x 200 cm.
brasil, 1991.
Bomju Coelho 253
“Les Editions Filmees”, 2017. Instalação. Colagem de foto-montagem em papel fotográfico, objeto/projetor. 280 x 100 cm.
Beatriz Oliveira 254 e Marcos Hadlich
brasil, 1993, 1986.
“Corpo”, 2015 - 2017. Vídeo-instalação. Com participação de Isabella Carvalho. 4’ em looping.
brasil, 1970.
Fábio Noronha 255
“Sociedade Anônima”, 2017. Colagem de papel sobre papel. 8m².
256
Amorim
brasil, 1989.
“PUPP (Poliuretano + Procriação + Perpetuação”) Instalação de objetos encontrados, 2017. 9m².
BRASIL, 1972.
Adriana Tabalipa 257
“Livros Livres”, 2000 - 2017. Livros de artista com materiais diversos. Dimensões variáveis.
258 Guita Soifer
brasil, 1935.
“O Anti-herói do Absurdo”, 2017. Colagem sobre papel. 250 X 400 cm.
brasil, 1985.
Marcelo Romero e Hanna Deutscher 259
“Monstera Deliciosa”, 2017. Instalação-colagística com plantas e material impresso. Dimensões variáveis. (Detalhe).
260
Manuela Eichner
brasil, 1984.
“Colagem em Trânsito”, 2017. Performance.
brasil, 1986.
Mariana Barros 261
“Histórias da Nossa História da Nossa História da Nossa História”, 2017. Colagem de placas de papel aquarelado, e um livro de artista complementar. Obra parede 100 x 250cm, livro 40 x 21 x 5 cm.
262
Mario de Alencar
curitiba, brasil, 1978. vive e trabalha em curitiba, brasil.
“Bases de conservação”, 2015 - 2017. Câmaras frias (freezer e gelopão). 6 m².
curitiba, Brasil, 1960.
Eliane Prolik
263
“Ente�, 2017. Objeto tridimensional em papel, suspenso por fio de nylon. 5 X 150 X 60cm.
264
Catenzaro
curitiba, brasil, 1979. vive e trabalha em curitiba.
“Biomas”, 2017. Instalação com esculturas, animais taxidermizados e colagens impressas. Dimensões variadas.
curitiba, brasil, 1979. vive e trabalha em curitiba.
Cintia Ribas 265
museu da imagem e do som do paranรก
266
Brugnera Curador Curator Ver texto resumido na página 243.
“Oculus Digitus”, 2017. Instalação/Fotografia/Video.
“Levar o espectador do passado ao presente, numa turbulência de imagens contemporâneas. A curiosidade instiga para o excesso de informações visuais...” “Bring the viewer from the past to the present, in a turbulence of contemporary images. Curiosity instigates the excess of visual information…”
curitiba, brasil, 1954.
Faisal Iskandar 267
museu Guido Viaro
Arcanos Geométricos e outras construções líricas Ao longo dos últimos anos pude acompanhar de perto a trajetória de Rones Dumke, um dos artistas plásticos mais representativos da arte paranaense. Tendo frequentado o ateliê de Carlos Scliar no Rio de Janeiro, assimilou os ensinamentos que lhe permitiriam encontrar a linguagem necessária para a sistematização de seu repertório. Nas décadas de 70 e 80 cria figuras mergulhadas numa atmosfera de sonho, com referências à metafísica, inspirando-se nos mitos greco-romanos acentuando um caráter enigmático e misterioso. Rones sempre considerou a fantasia como uma espécie de câmara da memória. Ao mesmo tempo a harmonia para ele é fator indispensável, entendida como a analogia entre coisas contrárias. Por outro lado, seu namoro com o abstracionismo geométrico temse acentuado muito; afinal as formas geométricas também estão na natureza. Segundo a crítica de arte Nilza Procopiak, está sempre presente em sua obra uma espécie de dualidade, da presença de opostos; assim sua arte figurativa esconde
268
Amarilis Puppi Curadora Curators
O Enigma do CalendĂĄrio da eternidade, 2017. TĂŠcnica mista. 150 x 150 cm.
curitiba, brasil, 1949.
Rones Dumke 269
circuito integrado integrated circuit
hall da secretaria de estado da cultura
O fluxo de TAO (resumo) Antípoda palavra que resume as oposições geográficas, mas na arte e na vida seu significado vai além, pois aos homens são conferidas as dualidades, nas quais buscam as perguntas e as respostas em um eterno caminhar. Desde a tenra idade ao procurar o afago da mãe à iluminação mística em seu amadurecer. O curador Brugnera observa essa dicotomia na obra de Maria Cheung “O berço! De ouro! O berço de ouro da humanidade é de fato dourado, a menina nasce e ausenta-se, com o retorno se embala, percebe o algo que lhe fazia vazios... Antípoda dela mesma mais feliz! Uma obra ícone que acalenta, norteia e se completa... Linda letra multiplica-se, na cor rubrafala “boa sorte”, repete “boa sorte”, concordo e digo “boa sorte”, homenagem”... ... Há beleza e sagacidade em sua obra, de forma que despertará a emoção nirvânica do contato com o berço e a emoção pesarosa da inevitável separação. Texto por Cintia Abreu
272
hong kong, china, 1957.
Brugnera Curadoria Curatorship
“Antípoda de si mesma”, 2017. Instalação (cerâmica e MDF). 275 x 300 x 800 cm. Exposição: o fluxo de Tao.
The flow of TAO (abstract) Antipodes is a word that sums up geographic oppositions, but its meaning goes beyond both in art and life, because dualities are granted to men, who seek in it questions and answers in an eternal journey – from an early age, when seeking the mother’s caress, to the mystical enlightenment in maturity. The curator Brugnera observes this dichotomy in Maria Cheung’s work: “The Cradle! Of gold! The golden cradle of humanity is in fact golden, the girl is born and absent, she’s cradled when she returns, she perceives the things that made her empty... Antipode of herself but happier! An icon work that cherishes, guides and completes itself... Beautiful character that multiplies in scarlet color saying “good luck”, repeating “good luck”, I agree and I say “good luck, homage”... ... Her work has beauty and sagacity in a way that will awaken the nirvanic emotion of the contact with the cradle and the sorry emotion of the inevitable separation. Text by Cintia Abreu
Maria Cheung 273
sesc paço da liberdade
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos As fotogravações de Juliane Fuganti mapeiam paisagens impossíveis, fantásticas e impenetráveis - todas parecem alternar entre o papel de revelar ambientes enormes e ocultar aquelas presenças que residem além de nossa visão. Refletindo variações sombrias e melancólicas na cor, os trabalhos de Fuganti exploram as sensibilidades românticas sobre os poderes da natureza e sua capacidade de subjugar.
Because the world must never lose its affections The photoengravings of Juliane Fuganti map impossible, fantastical, and impenetrable landscapes-all of which seem to alternate between their roles of revealing overgrown environments and concealing those presences that reside beyond our view. Reflecting somber, melancholic variations in color, Fuganti’s works tap into Romantic sensibilities about the powers of nature and its ability to overwhelm.
Dannys Montes de Oca e Royce W. Smith Curadores Curators 274
Da série “Jardins imprevisíveis”. 2016-2017. 90 Fotogravuras com aquarela. 100 x 24cm (cada).
BRASIL, 1963. VIVE E TRABALHA EM CURITIBA, BRASIL.
Juliane Fuganti 275
BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto curatorial na página 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
276
Guita Soifer. “Livros livres”, 2016. Técnica mista. Dimensões variáveis. Foto: Jefherson Maiczak.
Assumindo várias dimensões e extensões, os livros de arte de Guita Soifer justapõem desenhos, textos e materiais contrastantes que complementam a habitual composição de textos e linearidade da biblioteca. O público era convidado a pegar os livros de Soifer e a experimentar suas mensagens — um ato participativo que reuniu os mundos acadêmico e artístico, mesclando as nuances entre “ler” e “ver”. Assuming various dimensions and lengths, Guita Soifer’s art books juxtapose drawings, texts and contrasting materials that complement the library’s usual embrace of texts and linearity. Viewers were invited to pick up Soifer’s books and experience their messages—a participatory act that brought together the worlds of academic and arts, blurring the nuances between “reading” and “seeing.”
CURITIBA, BRASIL, 1935. VIVE E TRABALHA EM CURITIBA, BRASIL.
Guita Soifer
277
Te empresto meus olhos A exposição Te empresto meus olhos é o resultado da produção do grupo de pessoas com deficiência visual que frequentou a Oficina de Fotografia organizada por Juliana Stein na Seção Braille da Biblioteca Pública Estadual. Farão parte da exposição fragmentos dos processos de produção da oficina que iniciou suas atividades em 2015 e acontece pelo terceiro ano consecutivo. A exposição fará parte dos Circuitos da Bienal Internacional de Arte de Curitiba. A exposição Te empresto meus olhos tem o objetivo de refletir sobre temas centrais na fotografia contemporânea e envolve, sobretudo, a experiência da imagem - seus modos de aparição e produção. Partimos do desafio concreto de abordar a questão pela especifidade de sua produção -pessoas que não utilizam a retina e sim o corpo como câmera escura e do estudo de formas abertas de leitura de imagens. Esta é uma exposição que resulta de nossas formas de experimentação nos campos da fotografia e percepção de mundo. O nome Te empresto meus olhos vem do interesse em observar certas práticas e usos que fazemos dos nossos processos de ver. “A pessoa com deficiência visual não vê como eu vejo mas eu também não vejo como ela vê”, Juliana Stein. A produção desta exposição não é uma forma conclusiva, mas se coloca como uma proposição e uma abertura para novos diálogos e manifestações neste sentido.
I lend you my eyes The exhibition “I lend you my eyes”, was the result from the production of a group of people with visual impairment that frequented the Photography Workshop organized by Juliana Stein in the Braille Section of the State Public Library. Were part of the exhibition, fragments of the production process from the workshop that started its activities in 2015 and happened for the third year in a row. The exhibition was a part of the circuits in the “Bienal Internacional de Arte de Curitiba”. The exhibition “I lend you my eyes”, had the aim to reflect about central themes in contemporary photography, and involved, most of all, the experience of image- its ways of showing and production. The starting point was the concrete challenge to bring up the question in the specificity of its production- people that don’t use retina, but the body as a dark camera and from the study of open ways of image reading. This exhibition was the result of our experimentations in the fields of photography and perception of the world. The name “I lend you me eyes” came from the interest in watching certain practices and uses that we make with our viewing processes. A person with visual impairment doesn’t see as I do, but I don’t see the same way as that person either. The production on this exhibition, put itself as a proposition, not in a conclusive way, as an opening for new dialogues and manifestations in this sense.
Juliana Stein 278
Conceito da Mostra
Wagner Bitencourt. Fotografia C-Print. 40 x 70 cm.
Adriana Ceccatto Barbosa. Fotografia C-Print. 75 x 100 cm.
Adriana Cecatto Barbosa, Isabel Bruck, Wagner Bittencurt, Antônio Nunes e Anastácio Braga. 279
galeria interartvidade patio batel
O Homen Atravessado A obra de Mário Macilau constitui-se como um dos mais sensíveis e comoventes retratos de Moçambique. Nascido em Maputo, ali tem construído o palco da sua missão fotográfica, desenvolvendo uma prática inquieta no campo da fotografia, pautada pelo desconforto e por uma obsessiva busca em torno da fotografia que atravessa o coração dos homens. Esta projeção, pretendia revelar o universo autoral de Mário Macilau à luz da contemporaneidade e da fotografia documental, onde pertence por vocação. No “Homem atravessado pela Fotografia” está Moçambique visto pelo seu olhar lúcido: a miséria social, a destruição do ambiente e as convulsões radicais do gênero humano. Nesta terra, Mário Macilau é um narrador com uma câmara pronta e urgente numa mão e na outra um coração.
The Crossed Man The work of Mário Macilau embodies one of the most sensitives and moving pictures of Mozambique. Born in Maputo, he has been building the stage of his photography mission, developing a restless practice on the field of photography, marked by the discomfort and an obsessive search for photos that touch men’s heart. This work, intended to reveal the copyright universe from Mário Macilau in the light of contemporaneity and documental photography, where he belongs by calling. “The Man crossed by Photography” is Mozambique seen by Macilau’s lucid eyes: social misery, the destruction of the environment and the radical upheavals of human gender. On this earth, Mário Macilau is the narrator with a ready and urgent camera in one hand and a heart in the other. Texto por Ângela Berlinde 280
Tom Lisboa Curador Geral exposição CLIF General Curator CLIF exhibition
Ângela Berlinde Curadora exposição O Homem Atravessado Curator The Crossed Man exhibition
Da série “O homem atravessado”, 2017. fotografia. 200 x 300 cm.
maputo, moçambique, 1984. VIVE E TRABALHA EM maputo, moçambique.
Mário Macilau 281
galeria da apap/pr
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto curatorial na pรกgina 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
282
“Commemorative Liberty Centennial Hologram, Verso”, 2014. Impressão de pigmento de arquivo em papel metálico. 224 x 107 cm.
Símbolo da recepção histórica da imigração pelos Estados Unidos, a Estátua da Liberdade incorpora os valores centrais de liberdade e oportunidade. No entanto, a fotografia de Jennifer Ray, tirada do verso de uma lembrança, um holograma agora coberto de cabelo e fiapos, questiona sua viabilidade. O trabalho de Ray submete a Lady Liberty às mesmas forças de deterioração que muitos veem nos Estados Unidos em uma época de maior intolerância. Symbolic of the United States’ historical embrace of immigration, the Statue of Liberty embodies core values of freedom and opportunity. Yet, Jennifer Ray’s photograph—a verso image of a souvenir hologram now covered in hair and lint—questions their viability. Ray’s work subjects Lady Liberty to the same forces of deterioration many see within the United States in an age of increased intolerance.
Estados unidos da américa, 1984.
Jennifer Ray 283
ordem dos advogados do brasil - oab/pr
Dinamismo. Atitude. Inquietação. Os sinônimos do termo movimento tendem a traduzir a produção dos artistas que participaram desta exposição. Cada um deles trouxe o tema em sua produção, seja ele exposto direta ou indiretamente. Antípodas – Excesso de Imagem, tema da Bienal Internacional de Curitiba 2017, discutiu a comunicação entre duas culturas distintas. O ponto em comum da mostra Movimento é onde cada trabalho dialoga com o outro, formando uma unidade, através do tema proposto. Dynamism. Attitude. Distress. The synonyms from the term movement tend to translate the production of the artists that participated in this show. Each one of them brought the theme in their production, either exposed directly or indirectly. Antipodes- Profusion of Image, theme of the Bienal Internacional de Curitiba 2017, discussed the communication between two distinct cultures. The common point of the show Movement is where the works dialogue with each other, making a unit through the theme in question. 284
Márcia Aracheski Curadora Curatorship
Osmar Carboni Da série “Cores Sem Limites”, 2017. Acrílica sobre tela. 90 x 80 cm.
Tempo em movimento, 2017. Escultura em pedra/ talhe direto. Basalto negro absoluto (pedra ferro) sobre imbuia. 58 x 130 x 22 cm.
Leopoldino de Libreu 285
Série sem título, 2017. Óleo sobre tela. 140 x 150 cm.
286
Vidal
curitiba, brasil, 1971. VIVE E TRABALHA EM curitiba, brasil.
Natureza do Amor, 2017. AcrĂlica sobre tela. 70 x 90 cm.
curitiba, brasil, 1949. VIVE E TRABALHA EM curitiba, brasil.
Uiara Bartira 287
espaço cultural brde palacete dos leões
Tempo Matéria
“Tempo Matéria” era composta por obras inéditas de André Nacli que desdobravam sua investigação poética acerca dos desvãos existentes entre natureza e cultura. Os vestígios deixados pela ação do homem surgem de forma mais sutil à medida que as lentes do artista se deixam seduzir pelo embate entre matérias que se auto esculpem no decorrer do tempo. Os eventos escultóricos produzidos pela ação do vento, da água e dos ciclos que regem a pulsão de toda matéria orgânica, se sobrepõem em grande medida a ação racional que impomos às paisagens. A pesquisa do artista enfatizava o ponto de contato transformador dos elementos da natureza a partir de uma visada contemplativa e silenciosa.
Tempo Matéria
“Tempo Matéria” was composed of new artwork by André Nacli that unfolded his poetic investigation about the existing lurking places between nature and culture. The vestiges left behind by men’s actions emerge in the most subtle ways as the lenses of the artist are seduced by the clash between materials that are self-sculpted as time goes by. The sculptural events made by the action of wind, water and the cycles that conduct the pulse of all organic materials, overlap in big measures to the rational action that we impose to the landscapes. The research of the artist emphasized the transformational point of contact of nature’s elements from a contemplative and silent point of view.
Eder Chiodetto 288
Curadoria Curatorship
“Sem título”, 2017. Impressão com pigmento mineral sobre papel algodão rag 310g. 110 x 78,5 cm. Exposição: Tempo Matéria.
NASCEU EM CURITIBA 1986, VIVE E TRABALHA EM CURITIBA
André Nacli 289
solar do barão sala da gravura
Pendências Curta-metragem, obras sensoriais e espaço para depoimentos. Tópicos intocáveis, não verbalizados, vetados. Seios, mamas, mamilos. Peitos de carne, osso e silicone. Mulheres, mães, filhas, irmãs. “Pendências” era o trabalho em desenvolvimento da artista Karla Keiko em co-criação com outros artistas, sobre seu percurso de três cirurgias em oito anos: da colocação das próteses de silicone até a sua troca e a sua retirada, sobre o silêncio, as dores e processos. #MEUCORPOESTRANHO
Pendências Short-film, sensorial artwork and space for testimonials. Untouchable topics, non-verbalized, vetoed. Breasts, nipples. Breasts of flesh, bones and silicone. Women, mothers, daughters, sisters. “Pendências” was the ongoing work of artist Karla Keiko, in co-creation with other artists, about her path of three surgeries in eight years: from putting silicone prosthesis, changing it and taking it out, about the silence, the pains and processes. #MYSTRANGEBODY
Nicole Lima 290
Curadoria Curatorship
Karla Keiko . “Pendências”, 2017. Video performance. 4’10”.
Karla Keiko, Sara Bonfim, Rafael Bertelli, Yiuki Doi, Diogo Machado, Inara Vidal Passos, HÁ-L, Katy Kakubo, Janete Anderman 291
atelier de escultura parque são lourenço
Forno a lenha para o avanço nos estudos em Escultura e Cerâmica, 2018.
Em parceria com a comunidade local, os professores Dean Adams, Joshua DeWeese e Jeremy Hatch, da Universidade Estadual de Montana, Estados Unidos da América, construiram um forno a lenha de chama invertida para a cidade de Curitiba. Com tijolos e materiais de origem paranaense, o forno possibilitou que os artistas fizessem a queima de suas peças usando uma nova tecnologia, além de facilitar colaborações criativas e culturais entre o Brasil e os Estados Unidos. Working with local community partners, Montana State University Professors Dean Adams, Joshua DeWeese and Jeremy Hatch built a wood-fired, cross-draft kiln for use by the Municipality of Curitiba. Relying on bricks and materials sourced from Paraná, the kiln offered the artists the possibility to burn their pieces using a new technology and facilitate ongoing creative and cultural collaborations between Brazil and the United States.
292
Royce W. Smith & Dannys Montes de Oca Curadoria Curatorship
Fileira de trás da esquerda para a direita: Joshua DeWeese, Guita Soifer, Royce W. Smith, Elvo Benito Damo, Dean Adams, Marili Azim, Luis Ernesto Meyer Pereira, Bernadette Panek, Daniel Jorge Habib, Michael Babcock. Segunda fileira da esquerda para a direita: Megan Horner, Matthew Biasotti, Maria Helena Saparolli (atrás), Sonia Deneka, Dannys Montes de Oca, President Waded Cruzado. Fileira da frente da esquerda para a direita: Jack Schwarze, David Kletter, Jenna Hawthorne, Matt Levy.
Coordenador do Atelier de Escultura do
Ceramic Professors, Montana State
Centro de Criatividade de Curitiba
University:
Elvo Benito Damo
Dean Adams, Joshua DeWeese, Jeremy Hatch
Apoiadores do Atelier de Escultura
Students of the School of Art, College
Maria Helena Saparolli, Sonia Deneka,
of Arts & Architecture, Montana State
Daniel Jorge Habib, Marco Antônio Ferreira
University:
de Paiva, Gilberto Narciso, Sadi Geremias,
Matt Biasotti, Jenna Hawthorne, Megan
Natália Lara Fariña, Alan
Horner, Brandi Jessup, Rachael Jones, David Kletter, Matt Levy, Vince Rozzi, Kelsie Rudolph, Jack Schwarze
Jeremy Hatch e Dean Adams 293
circuito de galerias galleries circuit
294
arqart galeria Barbara Nahm Curadoria Curatorship
Camila Altive. “Sem Título”, 2016-2017. Óleo s/ tela. 92 x 77cm.
santo andré, brasil, 1972. vive e trabalha em são paulo.
Camila Alvite, Fernando Augusto 295
boiler galeria Isadora Mattiolli Curadoria Curatorship
Cintia Ribas. “Sem título”, 2016. Colagem Analógica.
Cintia Ribas, Erica Storer, Fernanda Puricelli, Gio Soifer, Isabel Ramil, Janete Anderman, Mai Fujimoto, Marília Diaz, Marina Ramos, Maya Weishof, Livia 296 Fontana, Luana Navarro, Rossana Guimarães (artista homenageada)
riviso galeria de arte Carolina Paulovski Curadoria Curatorship
“Sem título”, 1973. Acrílica e Verniz sobre placas de madeira. 140 x 80 cm.
CURITIBA, brasil, 1948 - 1993.
Osmar Chromiec 297
sim galeria Marta Mestre Curadoria Curatorship
Marcelo Moscheta. “Relato Visual da Expedição e Conquista da Asa de Hermes” (detalhe). Sem data. Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Canson Edition Etching Rag 310g, tinta gouche, ferro, etiqueta de papel e granito cinza. 250 x 80 cm.
298
Marcelo Moscheta
são josé do rio preto, brasil, 1976. vive e trabalha em campinas, brasil.
simões de assis Felipe Scovino Curadoria Curatorship
Abraham Palatnik. “W-848”, 2015. Acrílica sobre madeira. 108 x 166 cm.
Abraham Palatnik, Luiz Tomasello, Jesús Rafael Soto, entre outros 299
solar do rosário Regina Casillo e Lucia Casillo Malucelli Curadoria Curatorship
Dani Henning. “Lotou”, 2017. Acrílica sobre tela. 130 x130 cm.
rio negro, brasil, 1967. vive e trabalha em curitiba, brasil.
300
Dani Henning, Raquel Frota
curitiba, brasil. vive e trabalha em curitiba.
ybakatu espaço de arte Fabio Luchiari Curadoria Curatorship
Rogerio Ghomes. Exposição Se pudéssemos ser estranhos outra vez, 2017.
brusque, brasil, 1952. vive e trabalha em curitiba, brasil. ponta grossa, brasil, 1966. vive e trabalha em londrina, brasil.
Lígia Borba, Rogério Ghomes 301
zilda fraletti galeria
“Fantasia e Caos”, 2016. Acríica sobre tela. 60 x 80cm.
302
Katia Canton
são paulo, brasil, 1962. vive e trabalha em são paulo.
zuleika bisacchi Rosemeire, Odahara Graça Curadoria Curatorship
Sandra Hiromoto. “Nenhuma nudez quer ser vestida”. 2017. Tinta acrílica e tinta spray sobre tela, 105 cm x 105 cm. (políptico).
Ademir Kimura, Akiko Miléo , Celso Setogutte, Claudine Watanabe, Julia Ishida, Sandra Hiromoto, Sayuri Kashimura, Tania Machado, Yiuki Doi 303
airez galeria
“Doppelgänger Babydisco”, 2017. Vídeo, colorido, sem som. 60”.
Os manequins representavam uma espécie de antítese do movimento, um estado de contemplação estático corroborado pela semelhança às formas humanas. Dentro desse contexto, surgia a figura de um manequim infantil, denominado babydisco. Ele transcendia sua existência digital e deparava-se com seu doppelgänger babydisco ou seu duplo semelhante. A paisagem era onírica e materializava um jardim imaginário, com quedas d’água e a cabeça de Davi de Michelangelo materializando uma espécie de neoclassicismo vaporwave. Babydisco revela sua dupla identidade em consonância às questões de realidade e idealização das imagens, quebrando os padrões clássicos de sua própria representação. The mannequins represented a sort of antithesis of the movement, a static contemplation state supported by the resemblance to human shapes. Whitin this context, appeared the figure of a child mannequin, called babydisco. The mannequin trancended its digital existence and came face to face with its doppelgänger babydisco or its double similar. The scenery was dreamlike and materialized an imaginary garden, with waterfalls and Michelangelo’s Davi head materializing a kind of neoclassicism vaporwave. Babydisco reveals in its double identity in accordance to questions of reality and idealization of images, breaking classic standards in its own representation.
304
Leandro Catapam
curitiba, brasil. vive e trabalha em curitiba, brasil.
estúdio e galeria teix
“Piezas”. Instalação artística. Técnica Mista.
buenos aires, argentina.
Coletivo Kizun. Marco Teixeira e Matheus Sari. 305
soma galeria Núcleo de Curadoria SOMA Curadoria Curatorship
Antônio Wolff . “Covered #2”, 2014. Fotografia.
Fábio Magalhães, Janaina Mello Landini, João Angelini, Marcone Moreira, Maria Laet, Pedro França, Pedro Ivo Verçosa, Renata Barros, Karina Marques, 306 Monica Piloni, Gustavo Ferro, Eleonora Gomes, Eduardo Amato, Nair Kremer
ponto de fuga
Brutas. “Assuntos Brutos”, 2016, Pedra. 7 x 10cm. Foto: Rede Brutas/Divulgação.
vivem e trabalham em curitiba, brasil.
Huli Chen, Brutas Coletivo (PAC Calory, Gio Soifer, Estelle Flores, Érica Storer e Jéssica Luz) 307
circuito alternativo alternative circuit
308
bar do alemão Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto na página da 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
Lars Voltz. “Dinner Plates”, 2017. Argila queimada à lenha. Tamanhos variáveis. Os designes
irregulars, caleidoscópicos que Lars Voltz incorpora em suas louças terrosas são
reflexões únicas do imperfeito. Usando técnicas de queima de madeira, que contribuem para formas inexperadas em cor e padrão que adornam a superfície dos pratos, Voltz celebra a imprevisibilidade dos fornos como uma característica que desafia percepções de cerâmicas utilitárias como um empreendimento homogêneo. The jagged, kaleidoscopic designs that Lars Voltz incorporates into his earthy dinnerware are unique meditations on the imperfect. Relying on wood-firing techniques that contribute to unexpected shifts in color and pattern that adorn the plates’ surfaces, Voltz celebrates the kiln’s unpredictability as a characteristic that challenges perceptions of utilitarian ceramics as a homogenous enterprise.
Estados Unidos da América, 1986.
Lars Voltz 309
botanique Luiz Gustavo Vidal Curador Curator
André Donadio. Da série “O irracional, o surreal, o onírico, a essência animal”. 2017. Fotografia Digital, impressão feita com tinta mineral em papel de algodão. 42 x 60 cm.
310
André Donadio
brasil, 1981, nasceu em maringá vive e trabalha em curitiba
Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto na página da 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
Sem Título, 2017. Cerâmica. 8 xícaras grandes e 14 xícaras pequenas. Dimensões variadas.
As obras de Joyce St. Clair celebram as riquezas das texturas líricas, cores vivas e superfícies suaves para convidar os espectadores a conversarem sobre formas, feminilidade, tato e ideias de uso para a cerâmica contemporânea. “Instaladas” em um dos cafés mais badalados de Curitiba, o Botanique, as obras de St. Clair serão usadas ativamente pelo público durante a bienal entre os cafés e as pequenas plantas frequentemente vendidos no local. Contar com o Botanique como parceiro também contribui muito para levar ainda mais a Bienal de Curitiba para um público que talvez nunca antes tenha participado de suas atividades. Works by Joyce St. Clair celebrate the richnesses of lyrical textures, juicy colors and smooth surfaces to invite viewers into a conversation about forms, femininity, tactility and utilitarian ideas about contemporary ceramics. “Installed” at one of Curitiba’s hippest cafés, Botanique, St. Clair’s works will be actively used by the public during the biennial—variously cocooning coffees and small plants frequently sold at this location. Relying on Botanique as a partner also does much to further open the Curitiba Biennial to audiences that might never before have participated in its activities.
texas, Estados unidos da américa. vive e trabalha em wisconsin, estados unidos da américa.
Joyce St. Clair 311
dizzy café concerto Galeria Farol Arte e Ação Curadoria Curatorship
Da série “The Hipster is not Dead”, 2014-2017. Stencil de multicamadas sobre plataformas de madeira de demolição.
312 Artestenciva (Eduardo Melo)
brasil, 1986 vive e trabalha em curitba
novo james bar Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto na página da 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
“Peces que vuelan”, 2017. Aerosol. Dimensões variadas.
Os grafites de Ledania têm sido uma parte importante dos movimentos de regentrificação urbana na América do Sul desde os anos 2000. Frequentemente convidada para projetar murais que cobrem paredes, complexos habitacionais, ruas sinuosas e outros ambientes costumeiros, Ledania estuda as características locais importantes — como vestuário e tecidos, folclore, animais, espiritualidade e vegetação — para apoiar seus trabalhos. Ledania’s spray murals have been an important part of the urban artistic re-gentrification movements in South America since the 2000s. Frequently invited to design murals that cover walls, housing complexes, winding streets and other everyday environments, Ledania studies important local features—such as clothing and textiles, folklore, animals, spirituality and vegetation—to inform her works.
colômbia, 1988
Ledania
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ornitorrinco Porque o mundo nunca deve perder seus afetos Because the world must never lose its affections Ver texto na página da 180.
Dannys Montes de Oca & Royce W. Smith Curadores Curators
“Tiger Love Light”, 2017.Lâmpada de cerâmica. 48 x 28 x 28 cm.
As cerâmicas de Dean Adams refletem percepções históricas do corpo que costumam provocar vergonha por sua nudez ou associam suas partes com poder e preconceito. Frequentemente incorporando pênis e testículos em suas esculturas, Adams usa o humor para transformar o falo em um símbolo mais lúdico da obsessão da sociedade pelo sexo. Suas obras servem como intervenções excêntricas que desafiam a normatividade e a domesticidade.
314
Dean Adams
“Love Altar Light”, 2017. Lâmpada de cerâmica. 42 x 23 x 23 cm.
Dean Adams’ ceramics reflect historical perceptions of the body that often shame its nakedness or associate its various parts with power and prejudice. Frequently incorporating penises and scrota into his sculptures, Adams uses humor to transform the phallus into a more playful symbol of society’s obsession with sex. His works serve as queer interventions that challenge normativity and domesticity.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICa, 1966.
315
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circuito universitรกrio university circuit
317
CUBIC 3 Pela 3ª vez o CUBIC fez parte da programação da Bienal Internacional de Curitiba expondo a produção recente de jovens artistas de graduação. No ano de 2017 a ampliação se deu no âmbito geográfico e a chamada pública se dirigiu também para cursos de artes visuais de universidades conveniadas à Bienal, sendo essas a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Nacional de Córdoba e o Instituto de Belas Artes de Assunción. O comitê de seleção foi norteado por uma série de critérios e resultou na escolha de 37 obras. Sendo um edital público, o CUBIC não possui um conceito curatorial-temático à priori e reflete as discussões emergentes do contexto dos jovens artistas. De uma forma ou outra, os trabalhos do CUBIC 3 demonstraram o engajamento ativo e a presença forte de seus artistas. Através deste posicionamento o CUBIC saiu do Estado de Emergência e assumiu a ação enquanto um lugar - agora consolidado em Curitiba - frente à política, instituição, subjetivação e à arte.
CUBIC 3 For the third time CUBIC was part of the Curitiba International Biennial’s schedule, showing the recent production of young undergrad artists. In 2017 the extension happened in the geographic scope and the public notice was also directed at the visual arts programmes of Universities linked to the Biennial, such as the Santa Catarina State University, the Rio Grande do Sul Federal University, the Córdoba National University ans the Asunción Institute of Fine Arts. The selection comitee was guided by a serie of criterias and ultimately chose 37 works. As a public notice, CUBIC does not possess an a priori curatorial- thematic concept and reflects the discussion from the young artists’ context. One way or another, the works of CUBIC 3 demonstrated the active engagement and the strong presence of its artists. Through such positioning CUBIC left the State of Emergency and took on action as a place- now consolidated at Curitiba- before politics, institution, subjectivation and art.
Stephanie Dahn Batista, Isadora Mattiolli e Iuska Wolski Curadoras Curatorship Espaços Venues Galeria de Arte da EMBAP - Escola de Música e Belas Artes do Paraná da Unespar; DeArtes Departamento de Artes da UFPR; MUSA - Museu de Arte da UFPR; Museu Metropolitano de Arte / Sala de Arte Digital (FCC); Museu da Gravura da Cidade de Curitiba (FCC). Artistas Artists Anna Rachel Czech Novloski; Anna Thereza Hanel; Bárbara Ribas Maciel; Bruna Fernandes ; Camila Proto ; Coletivo 21 Olhos ; Coletivo Intenta 16; Coletivo Sphera ; Djuly Gava ; Eduardo Barbosa ; Eduardo Neves Camargo; Érica Storer; Fernando Moleta; Gabirle Alarcon; Giovana Martucci; Guilherme Carriel ; João John; João Paulo De Carvalho ; Jordi Tasso; Lenonn B.; Leo Lizardo ; Leonardo Viana Achnitz; Letícia Sequinel; Luiz Gustavo Moreira; Manoela Cavalinho ; Marcela Belz ; Marcellen Neppel ; Marina Ramos ; Mônica Schreiber; Nehuén Cortez; Priscilla Durigan; Renan Archer ; Talita Bazzo Rauber ; Tereza Bossler; Thallyta Piovezan; Toni Graton; Yasmin Kozak. 318
ARGENTINA mora e trabalha em córdoba
Nehuén Nehuén MC. 2017. Instalação. Dimensões Variáveis.
Paisagens. 2017. Argila colorida. Dimensões Variáveis. brasil. mora e trabalha em porto alegre, brasil.
Anna Thereza Hanel 319
Marcellen Neppel
curitiba, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil.
A LUTA. 2017. Instalação/livro/vídeo digital. 16x22 cm. 40’14”
A solidez dos limites imperceptíveis, 2017. Escultura em técina mista. 129 x 164 x 161 cm.
320 Toni Graton
curitiba, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil.
são paulo, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil.
Eduardo Barbosa
LGBTFOBIA/CALENDÁRIO. 2017. Instalação. Dimensões Variáveis.
O Peso da Presença. 2017. Site-specific, 43 rochas. Dimensões Variadas. guaparema, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil. ourinhos, brasil. mora em campo magro e trabalha em curitiba, brasil.
Tereza Bossler e Guilherme Carriel 321
Coletivo INTENTA 16
curitiba, brasil. trabalham em curitiba.
Barricada. Instalação. 2017. Dimensões Variádas.
Viadagem. 2017. Instalação, programação C++ e fotomontagem. Dimensões variadas.
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Jordi Tasso
taquara, brasil. mora e trabalha em porto alegre.
curitiba, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil.
Erica Storer “Repetidamente Repetente”. 180 x 60 x 80 cm.
Prelúdio. 2017. Performance. 30”. curitiba, brasil. mora e trabalha em curitiba, brasil.
Mônica Schreiber 323
circuito infantil kids circuit
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BISTROZINHO - Comidinhas Divertidas
MURALZINHO DE IDEIAS
Telas Comestíveis.
IDEA BOARD
BISTROZINHO – Fun Food Edible canvas Foto: Murilo Lazarin. LAMENIC CINEFOTOGRAPHIA.
EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS EM MADEIRA – Resultado das Oficinas de Marcenaria. WOOD CARVING EXHIBITION – Outcome of the Woodworking Workshop Curador Curator
Espaços Venues Casa da Leitura Miguel de Cervantes Bistrozinho Villa Mariantonio Centro Juvenil de Artes Plásticas Escola Anjo da Guarda
Nathan Mccartney
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bienal em florianรณpolis BIENNIAL IN FLORIANOPOLIS
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museu da escola catarinense Artistas Artists Sérgio Adriano H. Susano Correia Fran Favero Raquel Stolf Janaina Schvambach Jairo Valdati Juliana Hoffmann Lela Martorano Dirce Körbes Fê Luz Priscila dos Anjos Cássio Markowski Diego de los Campos Karina Zen Rodrigo Cunha Janor Vasconcelos Glaucia Olinger Silvana Macedo
Francine Goudel, Juliana Crispe e Sandra Makowiecky
Itamara Ribeiro
Curadoria Curatorship
Jandira Lorenz
Criou-se na mostra MESC, a partir da expografia do átrio central de seu prédio, dez eixos temáticos para pensar as “antípodas contemporâneas”. Estes eixos se articulam como relações antípodas, cada um deles estabelece dois temas dicotômicos entre si: Exposição x Privacidade em perigo / Lembrança x Esquecimento / Paisagem possuída x Paisagem bruta / Cidades da alma x Cidades de abandono / Noções de herança x Rejeição à história / Corpo x Incorporais / Registros pessoais x Registros coletivos / Solidão x Multidão / Infância x maturidade / Hiperreal x Irreal. Para compor estes, 20 artistas com produção em Santa Catarina, foram convidados a articular uma proposta para o tema. Os temas dos eixos, mesmo que conceitualmente se referissem a posições diametralmente opostas entre si, carregavam em si o seu outro lado, ou seja, não tinha como pensar em um dos lados, sem pensar no outro. O “X” entre os temas, entre os artistas, não era um contrapondo a outro, mas configurava um pensamento conjunto, um reforço, onde a potência de pensarmos nestas “antípodas contemporâneas” se dava na impulsão dos trabalhos conjuntos. On the MESC show, parting from the museography of the central atrium of the building, ten thematic axes to think the “contemporary antipodes”. These axes articulate as antipode relationships, that each one of them establish two dichotomous themes between them: Exposure x Privacy in danger / Memory x Oblivion / Owned landscape x Raw landscape / Soul cities x Cities of abandonment / Heritage notions x Rejection to history / Body x Incorporeal/ Personal records x Collective records / Loneliness x Crowd / Childhood x Maturity / Hyperreal x Unreal In order to compose this exhibition, 20 artists with production in Santa Catarina, were invited to articulate a proposal to the theme. Although the axes of themes, are in diametrically opposed positions from one another, carried within their other side, that is, there is no way to think of one without thinking about the other. The “X” between the themes, among the artists, didn’t mean that one counterpointed the other, actually it was a joint though, a reinforcement, where the power of thinking about these “contemporary antipodes” came to life in the impulsion of collective works.
Cássio Markowski Casados – Série Ausências, 2017. Colagem digital, pigmentos minerais sobre papel algodão 308 gms. 118,9 x 84,1 cm.
Autorretrato, 2017. Nanquim e ecoline s/ folhas de vidro. 180 x 126 cm.
Diego De Los Campos 329
Fran Favero Autorretrato, 2011. Impressão fineart s/ papel de algodão. 78 x 60 cm.
S.A, 2014. Pigmento mineral s/ papel de algodão. 110 x 100 cm.
330
Karina Zen
Susano Correia Homem com profunda sede de si, 2016. Ă“leo sobre tela. 60 x 40 cm.
InvisĂvel a ovo nu, 1999-2002. Fotografias coloridas. 20,5 x 13 cm.
Raquel Stolf 331
fundação cultural badesc Artistas Artists Ana Sabiá Andressa Argenta Audrian Cassanelli Cheyenne Luge Clara Fernandes Claudia Zimmer Coletivo Toca Daniele Zacarão Diana Chiodelli Duda Desrosiers Fabíola Scaranto Fernando Weber Franzoi Henry Goulart Iam Campigotto Ieda Topanotti Janaína Cora
Francine Goudel, Juliana Crispe e Sandra Makowiecky
Joana Amarante
Curadoria Curatorship
Ilca Barcellos
Karina Segantini Kim Coimbra Letícia Cardoso Lilian Barbon Lu Renata Luciana Petrelli Lucila Horn Marina Moros Marta Martins Neusa Milanez TiroTTI Ramón Moro Rodríguez Rosana Bortolin Sandra Alves Sandra Correia Favero Sarah Uriarte Sonia Loren Yara Guasque
332
A visão é confrontada com um excesso de informação visual que ultrapassa sua capacidade de assimilação. Esta situação é enfrentada pela arte contemporânea através de várias estratégias que superam o meio fotográfico convencional e exigem soluções para além da fotografia – o que poderia ser qualificado como “fotografia expandida”, atravessada por diferentes técnicas e baseada em reforços conceituais variados. Na mostra do BADESC, foram convidados 37 artistas com produção em Santa Catarina, que desenvolveram em sua produção como linguagem ou base de princípio do processo, a fotografia. As articulações que se idealizaram pretendiam pensar a fotografia através de seu potencial conceitual, expressivo, crítico e poético, onde o medo de contaminar a pureza formal da imagem se perdia e o trabalho se convertia em um meio de expressão contingente. This situation is faced by contemporary art through different strategies that overcome the scope of conventional photography, requiring solutions beyond it- what could be qualified as “expanded photography”, permeated by different techniques and based on varied conceptual reinforcements. The BADESC exhibition invited 37 artists with production in Santa Catarina, who developed photography as a language or a basis in the initial process. The articulations we idealized intended to think photography through its conceptual, expressive, critic and poetic potential, where the fear of contaminating the formal purity of image was lost and the work became a contingent way of expression.
Marta Martins A lagoa vista em olho de peixe, 2012 a 2016. Impressão fotográfica. 21 x 29,7 cm (cada).
Recipiente para armazenar memórias, 2012. Recipiente para armazenar memórias. 42 x 27,9 cm.
Daniele Zacarão 333
Fabíola Scaranto Ensaio sobre a poeira, 2014. Fotografia (Still) . 30 x 50 cm (cada).
Da Série Com Tempo, 2013. Impressão fotográfica em fine art. 30 x 32 cm.
334
Sandra Correia Favero
Marina Moros Álbum de família - Amostra 01 (Cichorium intybus intybus), 2015. 21 x 8 cm.
Kah Ranka, 2017. Impressão Fotográfica. 21 x 29 cm (cada).
Karina Segantini 335
336
bienal na amĂŠrica do sul
BIENNIAL IN south america
337
espaço cultural da embaixada do brasil em buenos aires | Bienalsur
buenos aires, argentina
Fang Zhenning Curador Curator A Bienal de Curitiba e BienalSur realizaram um intercâmbio de exposições. A Bienal de Curitiba participa da edição de 2017 da BienalSur- Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul, com exposição do artista chinês Huang Ying com a obra “The Imageless“ (2016)- video instalação de 6’06”, com curadoria do chinês Fang Zhenning no Espaço Cultural da Embaixada do Brasil em Buenos Aires. A BienalSur participa da Bienal de Curitiba com uma programação no Museu Oscar
“The Imageless”, 2016. Video Instalação. 6’06’’.
Niemeyer, sede principal da Bienal de Curitiba. The Curitiba Biennial had an exhibition exchange. The Curitiba Biennial is in the 2017 edition of BienalSur- Internacional Biennial of Contemporay Art in South America, with the exhibit by chinese artist Huang Ying with the work “The Imageless“ (2016)- video installation of 6’06”, with curatorship from the chinese Fang Zhenning at the Cultural Space of Brazilian Embassy in Buenos Aires. The BienalSur participated in the Curitiba Biennial with a program at Museum Oscar Niemeyer, head space of Curitiba Biennial. 338
Huang Ying
china, Nasceu em Hunan vive e trabalha em beijing/CHINA
mar - MUSEO DE ARTE CONTEMPORáNEO DE buenos aires mar del plata, argentina
Fang Zhenning Curador Curator Inaugurado em dezembro de 2013, o MAR (Museu de Arte Contemporânea da Província de Buenos Aires) é um dos maiores e mais modernos museus da América do Sul. Com mais de 7.000 m2 tornou-se um novo pólo cultural de Mar del Plata e já é referência na América Latina. O museu já foi visitado por milhões de pessoas em seus quatro anos de existência e também foram realizados de concertos musicais, conferências, exibições de filmes e festivais. Em 2017, o museu participou da Bienal de Curitiba com uma exposição do artista chinês Cang Xin, com a curadoria do também chinês Fang Zhenning.
“Cang’s Shaman”, 2007. Video (3D). 8’51’’.
Inaugurated in December of 2013, MAR (Museum of Contemporary Art of Buenos Aires) is one of the largest and more modern museums of South America. With more than 7,000 m2 it has become a new cultural center in Mar del Plata and it is reference in Latin America. The Museum has been visited by millions of people and in its four years of existence and was stage to musical concerts, conferences, movies exhibitions and festivals. In 2017, the museum participated of Curitiba Biennial with an exhibition of the artist Cang Xin , with curatorship by the also chinese Fang Zhenning. Mongólia/china, 1967 vive e trabalha em beijing/CHINA
Cang Xin 339
MUSEO DE ARTE CONTEMPORáNEO DE salta salta, argentina
O Museu de Arte Contemporânea de Salta é um dos principais Museus de Arte contemporânea da Argentina e obteve reconhecimento internacional. Tem por objetivo ser um centro de ações relativas às artes visuais atuais e um núcleo para promover, difundir, educar e investigar as expressões contemporâneas. Em 2017, o museu participou da Bienal de Curitiba com três exposições: duas em Salta uma do artista Fernando Alievi e outra do artista Jorge Simes - e uma em Curitiba, da artista Guadalupe Miles. The Museum of Contemporary Art os Salta is one of the main Contemporary Art Museums of Argentina. and obtained international recognition. It has as its goal to be a center of actions related to visual arts and to be a place to promote, spread, educate and investigate the contemporary exhibitions.
Rousseau, 2002 Oleo sobre tela 71cm x 51cm.
In 2017, the museum participated in the Curitiba Bienniaç with three exhibits : two in Salta- one from artist Fernando Alieve and another from artist Jorge Simes- and one in Curitiba, from artist Guadalupe Miles.
340
Jorge Simes
Argentina/Córdoba, 1960, vive e trabalha em chicago
Centro de Artes Visuales/ Museo del Barro ASSUNÇÃO, paraguai
Gabriela Ramos Dávalos Curadora (Prêmio Jovens Curadores) Curator (Young Curators Prize) O Centro de Artes Visuais / Museo del Barro abre uma cena onde se expõem as diversas expressões visuais do Paraguai e Ibero-América e se manifesta a natureza pluricultural e multiétnica do país. Arte indígena e popular são consideradas em pé de igualdade no que diz respeito à chamada arte erudita. O objetivo é confrontar as formas de arte do Paraguai com as de outros países ibero-americanos, particularmente os da região do Mercosul. Em 2017, o museu participou da Bienal de Curitiba com a exposição do artista Marcos Benitez. The Visual Arts Center/ Museum del Barro opens a scene where it shows the diverses expressions of Paraguay and IberoAmerica and manifests the multicultural and multiethnic nature of the country. Indigenous and popular art are considered in equality when it comes to erudite art. The goal is to confront the art forms of Paraguay with the ones from others ibero-american countries, particularly the ones from the Mercosul region. In 2017, the museum participated in the Curitiba Biennial with the exhibit from artist Marcos Benitez. paraguai, 1973 vive e trabalha em assunção
“Proyecto Areguá/ Mutaciones”, 2005. Cerâmica. 24 x 23 x 20 cm.
Marcos Benitez 341
ARQUITETURA ARCHITETURE
palรกcio iguaรงu
343
palácio iGUAÇU
Horizonte – Mostra de Arquitetura Chinesa Pelo centro da Terra A Mostra de Arquitetura Contemporânea Chinesa começou a tomar forma durante nossa visita a Curitiba em abril. Caminhando pela cidade, absorvi todos os detalhes do município nomeado ecológico pela ONU. Foi tão impressionante que comecei a ponderar a introdução das realizações da arquitetura chinesa no Brasil. Como curador, fico muito contente em ver o apoio da China e do Brasil para a realização desta mostra. Como indicado pelo tema da Bienal de Curitiba 2017, China e Brasil são “antípodas” diametralmente opostos entre si, com a China no Leste do Hemisfério Norte e o Brasil no Oeste do Hemisfério Sul. Esta mostra e a troca interpessoal que proporciona é uma oportunidade valiosa para o público curitibano conhecer arquitetos chineses – seu talento extraordinário demonstrado no desenvolvimento sem precedentes do país e sua contribuição ao aprimoramento da arquitetura urbana e rural chinesa. Selecionamos 80 representantes da arquitetura contemporânea chinesa do século XXI, incluindo alguns arquitetos estrangeiros atraídos pela urbanização da China. Acredito que estas obras serão apreciadas e, mais ainda, lembradas.
Skyline - Chinese Contemporary Architecture Exhibition Through the Center of the Earth The Chinese Contemporary Architecture Exhibition began to take shape during our visit to Curitiba in April. I walked in the city, and I absorbed all the details of this ecological city nominated by the United Nations. It is so impressive that I started to ponder on introducing the achievements of Chinese architecture to Brazil. As the curator, I am more than delighted to see support from both China and Brazil that realizes the exhibition.
344
As the theme of Curitiba Biennial 2017 stated, China and Brazil are “antipodes” diametrically opposite to each other with China in the eastern and northern hemisphere, and Brazil in the western and southern hemisphere. This exhibition and people-to-people exchange is a valuable opportunity for the audience in Curitiba to know about Chinese architects, their extraordinary talent shown in the unprecedented development of China and their contribution to the improvement of Chinese urban and rural architecture. We selected 80 representative Chinese contemporary architecture programs of the 21st century, including some foreign architects drawn to the urbanization of China. I believe these works will be known and furthermore, be remembered.
天际线-中国当代建筑展 穿越地心之旅 坦率地说,如果没有今年四月我们对库里蒂巴双年展场地的考察,可能就没有这个中国 当代建筑展的落地。当我在库里蒂巴这座城市中漫步的时候,也就是在体会这座被联合国指 定为生态城市的各个细节之后,它给我留下难忘的印象,这也使我萌发了把中国当代建筑的业 绩推荐给贵国的念头,作为策展人,非常高兴看到这一提议得到中巴双方的支持,方使 得 展 览得以实现。 就像这次库里蒂巴双年展的主题“对跖”所阐述的概念那样,我们两国位于地球直径上 的两个端点。中国位于东半球和北半球,而贵国在西半球和南半球,两点之间的距离等于地 球的半圆周长。通过展览和我们之间的来往和交流,库里蒂巴的观众能够第一次了解中国 建筑师在中国前所未有的进步过程中所展现的非凡才能,和对中国城市和乡村建筑的优化所 起的作用,绝对是一次难得的机会。 我们选择了进入21 世纪以来,中国当代建筑中具有代表性的80 个项目,中国的城市化 发展也吸引了许多外国建筑师参与到建设中来。我相信,这些作品不仅会被贵国的观众所了 解,而且会被铭记。
Fang Zhenning Curador Curator 北京
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ADP Ingenierie, Zaha Hadid Architects Beijing New Airport, 2015. Pequim. 700.000m².
Harbin Opera House, 2010-2015. Harbin. 79.000m². 346
MAD Architects
Donghyun Jung, BIAN Baoyang, PLAT ASIA Xiangshawan Desert Lotus Hotel, 2009-2015. Ordos, Mongólia Interior. 30.700m².
The Building on the Water, Shihlien Chemical, 2014. Huai’an, Jiangsu. 11.000m².
ALVARO SIZE + CRLOSCASTANHEIRA - Castanheira & Bastai Arqtos Lda 347
Rem Koolhaas, OMA CCTV-Headquarters (Winning Scheme), 2002. Pequim. 473,000m².
M+museum, 2013. Hong Kong. 60.000m². 348
Herzog & de Meuron
Daniel Libeskind The Run Shaw Creative Media Center, 2011. Hong Kong. 24.433,5m².
Guangzhou 3 Museum+1 Square Competition (Scheme), 2013. Guangzhou, Guangdong. 1.033.601m².
Christian Kerez Zurich AG
349
Atelier FCJZ Museum Bridge, 2012. Anren, Sichuan. 2.114m².
With the Wind “It Is Your Call”, 2015. Veneza, Itália. Instalação. 350
Liu Jiakun
Fang Zhenning Sun Room, 2015-2016. Pequim. 200m².
Shanghai Poly Theatre, 2008-2013. Shanghai. 55,904m².
Tadao Ando 351
PTW National Aquatics Center, 2003-2008. Pequim. 79.532m².
OCT Design Museum, 2008-2011. Shenzhen, Guangdong. 5.000m². 352
Zhu Pei, Studio Pei - Zhu
Dai Pu, Daipu Architects Tree Art Museum, 2009-2012. Pequim. 3.200m².
CIPEA NO.4 House, 2008-2011. Nanjing, Jiangsu. 500m².
Dai Pu, Daipu Architects 353
arquitetos convidados invited architects
Museo del Barro, 1979-1992. Assunção, Paraguai. 1.500m².
354
Carlos Colombino
Centro de Eventos Ecoville, 2016. Curitiba, Brasil. 15.000m².
Jayme Bernardo 355
palácio das araucárias ARQUITETURA ATRAVÉS DAS GERAÇÕES
Curitiba Trade Center, 1997. 356
Loyola Arquitetos
Curitibano Prime Center, 2016.
Bacoccini Arquitetura
Smolka Arquitetura Porto Bellagio, 2013.
FAE Business School, 2016.
Adolfo Sakaguti Arquitetos
Ricardo Amaral Arquitetos Associados Helbor Offices Champagnat, 2014.
EdifĂcio World Business, 2003.
Baggio Schiavon Arquitetura 357
Jayme Bernardo Arquitetura Haras em Piraquara, 2014.
Residência MW Umuarama, 2016. 358
ARQ8 Arquitetura Paisagística
Slomp & Busarello Arquitetos Jardim Botânico de Londrina, 2014.
Casa RB, 2004.
Marcos Bertoldi Arquitetos 359
Saboia + Ruiz Arquitetos Complexo de Pádel Clube Curitibano, 2017.
Residência Atami, 1995. 360
Elmor Arquitetura
Casa Cinco Arquitetos Associados Aker Solutions do Brasil, 2016.
Empresa ACSO, 2016.
Maganhoto e Casagrande Arquitetura 361
Bienal Internacional de Curitiba
Diretor Secretário
Conselho de Honra
Luiz Carlos Brugnera
Alfredo Meyer Antônio Pereira da Silva e Oliveira
Diretora Financeira
Ernesto Meyer Filho
Luciana Casagrande Pereira
Guilmar Maria Vieira Silva Idelfonso Pereira Correia
Tesoureiro
Jorge Hermano Meyer
João Marcos Almeida
Lívio Abramo Raquel Liberato Meyer
Assistência
Túlio Vargas
Deocélia Costa Martins
Conselho
Conselho Fiscal
Presidente de Honra em Memória
Fernando Mazur
Miguel Briante Membros Membros
Geni Aparecida Motin
Ana Amélia Filiziola
José Otávio Panek
André Caldeira Claude Bélanger
Bienal de Curitiba ’17
Denize Corrêa Araujo
Diretor Geral
Eduardo Fausti
Luiz Ernesto Meyer Pereira
Erlon Caramuru Tomasi Guido M. do Amaral Garcia
Curadoria - China
Jayme Bernardo
Fan Dian
João Luiz Felix
Fang Zhenning
Luiz Fernando Casagrande Pereira
Liu Chunfeng
Mario Pereira
Zhang Zikang
Michele Moura Rodrigo de Araújo Pinheiro
Curadoria - Mostra
Rodrigo Rocha Loures
Tício Escobar
Sandra Meyer Nunes
Massimo Scaringella Marta Mestre
DIRETORIA
Tulio de Sagastizabal
Diretor Presidente
Brugnera
Luiz Ernesto Meyer Pereira
Leonor Amarante Tereza de Arruda
Diretora Vice-Presidente
Dannys Montes de Oca
Monica Machado Lima
Royce W. Smith Fernando Ribeiro
362
Prêmio Jovens Curadores
Curadoria Florianópolis
Carolina Valentim Loch
Sandra Makoviecky
Gabriela Ramos Dávalos
Francine Goudel Juliana Crispe
Curadoria - Circuito de Museus Tício Escobar
Curadoria - Circuito Universitário
Massimo Scaringella
Sandra Makoviecky
Brugnera
Francine Goudel
Dannys Montes de Oca
Juliana Crispe
Royce W. Smith Luiz Gustavo Vidal
Coordenadora Institucional
Elena Barcellós
e de Processos
Óscar Domínguez
Carolina Valentim Loch
Ana Itália Paraná Mariano Ana Silvia Paraná Mariano Kerin
Analistas de Processos Amanda Burkovski
Curadoria - Circuito Integrado
Jordana Machado
Brugnera Tom Lisboa
Coordenadora de Produção
Ângela Berlinde
Bianca Volpi
Eder Chiodetto Nicole Lima
Produção Elisa Cordeiro
Curadoria - Circuito de Galerias
Fabiana Caldart
Barbara Nahm
Lucas Ajuz
Carolina Paulovski
Mariana Souza Bernal
Regina Casillo
Talita Braga
Lucia Casillo Malucelli Rosemeire Odahara Graça
Produção de Desmontagem Talita Braga
Curadoria - Circuito Universitário Isadora Matiolli
Produção de Obras Especiais
Iuska Wolski
Antônio Cesar Ferreira
Stephanie Dahn Batista Arquitetos Comitê de Seleção - CUBIC
Luciana Capistrano
Denise Bandeira
Jefferson Belegante
Isabelle Catucci MA
Lara Negreiros
Keila Kern Isadora Mattiolli
Coordenadora de Design Gráfico
Iuska Wolski
Larissa Yumi Asami
Stephanie Dahn Batista
363
Identidade Visual
Mariangela Ferruda Zilli
Claudio Gonçalves
Mwana Kauly
Larissa Yumi Asami
Thais Anita Valentim Wesley Veiga
Assistente de Design Lívia Weyl Costa
Assistentes de Comunicação
Marcellen de Cássia Neppel
Gabrielle Russi Fernanda Maldonado
Produção de texto português e inglês Vitória Gabardo de Oliveira
Mídias Sociais
Fernanda Maldonato
Fernando Kanarski Fernanda Rios
Coordenadora do Festival de Cinema Mariana Souza Bernal
Coordenação de Informação Isabella França
Produção e Programação do Festival de Cinema Aristeu Araújo
Cerimonial e Relações Públicas Solange Patrício
Coordenadora de Comunicação Isabela França
Coordenadora do Receptivo Talita Braga
Assessoria Mirian Karan
Assistente de Receptivo Marco Gonzalez Ramos
Assistente de Comunicação Gabrielle Russi
Transporte e embalagem de obras de arte FINK
Mídias Sociais Fernanda Rios
Site Rodrigo Araújo
Gestão de Informação Jordana Machado
Guia
Guilherme Gonçalves
Larissa Yumi Asami Matheus Murden Pimentel
Ação educativa Dominique Bolach Caetano
Fotógrafo da Bienal
Felipe Negreli
Claiton Biaggi
Gabriele Pilatti
Irmãos Thoms
Georgia Graichen Josiele Tomazi
Fotografias Complementares Rodrigo Cardoso
364
Fabiana Caldart
Agradecimentos institucionais
Chefe de Gabinete do Ministro da Cultura – MinC
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Cláudia Maria Mendes Pedrozo
Presidente da República Federativa do Brasil Michel Temer
Assessor Especial do Ministro - MinC da Cultura – MinC
Ministro da Cultura
Walter Tebexreni Orsati
Sérgio Sá Leitão
Juliano César Alves Vianna Maria Ângela Inácio
Ministro das Relações Exteriores
Adriana Motta Leal Teixeira
Aloysio Nunes
Fabiano Caldeira
Ministro Chefe da Casa Civil
Coordenadora da Assessoria de Apoio
Eliseu Padilha
Administrativo - MinC Jaqueline Silva Campos Magalhães
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Assessora Técnica - MinC
Gilberto Kassab
Katiana Silva Santos Santiago Marta Bernadete Ribeiro Romero
Secretária Executivo – MinC
Zifa Pereira da Costa Scalia
Mariana Ribas Secretaria Executiva - MinC Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural
Miriam Amorim Nascimento da Silva Leite
– SCDC/MinC
Tamyres Pereira da Silva Ottoni
Débora Albuquerque
Tânia Maria Temóteo
Secretário da Economia da Cultura/MinC
Assistente Técnico - MinC
Mansur Bassit
Erika Rodrigues Haguihara Santos
Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura –
Chefe da Casa Civil
Sefic/MinC
Valdir Luiz Rossoni
José Paulo Soares Martins Chefe da Assessoria Especial do Ministério da Secretário do Audiovisual – SAv/MinC
Chefia da Casa Civil
João Batista da Silva
Diogo de Sant’Ana
Secretário de Infraestrutura Cultural - Seinfra/MinC
Subsecretário-geral de Cooperação Internacional,
Raimundo Benoni
Promoção Comercial e Temas Culturais – MRE Embaixador Santiago Irazabal Mourão
Diretora de Incentivo à Cultura – SEFIC/MinC Alexandra Luciana Costa
365
Diretora do Departamento Cultural – MRE
Coordenação de Comunicação
Paula Alves de Souza
Alisson Diniz
Chefe da Divisão de Operações de Difusão Cultural
Coordenação de Desenho Gráfico – SEEC
DODC – MRE
Rita de Cassia Solieri Brandt Braga
Gustavo de Sá Duarte Barboza José La Pastina Filho
Coordenadora de Incentivo Cultural - SEEC Isidoro Diniz
Chefe do Escritório de Representação do MRE no Paraná (EREPAR)
Coordenadora de Patrimônio Cultural – CPC/SEEC
Ministro Paulo Roberto Palm
Sergio Marcos Krieger
Superintendente regional da 10ª SR/IPHAN/PR
Chefe da Coordenadoria de
José La Pastina Filho
Ação Cultural – CAC/SEEC Luiz Henrique Fernandes da Silva
Superintendente da Infraero no Paraná Antonio Filipe Bergmann Barcellos
Chefe de Gabinete – SEEC Margareth Salazar Campinas
Superintendente Regional da Receita Federal Luiz Bernardi
Assessora Técnica da Diretoria-Geral – SEEC Regina Iório
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Joana Maria de Guadalupe Corsi
Governadora do Estado do Paraná Cida Borghetti
Secretaria Especial da Chefia de Gabinete do Governador
Secretária-chefe de gabinete
Deonilson Roldo
Lucília Dias Diretor Geral da Secretaria de Secretário de Estado da Cultura
Estado da Educação do Paraná
João Luiz Fiani
Edmundo Rodrigues da Veiga Neto
Secretária de Estado da Educação
Assessoria de Comunicação - SEED
Ana Seres Trento Comin
Maria Duarte
Diretor-Geral da SEEC
Superintendência da Educação - SEED
Jader Alves
Ines Carnieletto
Coordenador do Sistema Estadual de Museus
Direção do Departamento
Renato Carneiro
de Educação Básica - SEED Cassiano Roberto Nascimento Ogliari
366
Secretário de Estado do
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Esporte e do Turismo - SEET Douglas Fabrício
Prefeito de Curitiba Rafael Greca de Macedo
Diretor Geral da Secretaria do Esporte e do Turismo - SEET
Vice-Prefeito
Alberto Martins de Faria
Eduardo Pimentel
Chefe de Gabinete do Secretário do Esporte e do
Chefe de Gabinete do Prefeito
Turismo - SEET
João Alfredo Costa Filho
Valdir José Smaniotto Cerimonial e Relações Internacionais Presidente da Paraná Turismo - SEET
Luiz Roberto Pinho Borges
Jacó Gimennes
Rodolpho Zanin Feijó
Presidente do IPCE - Instituto Paranaense de
Assessores
Ciência do Esporte - SEET
Marcio Mück
Diego Gurgacz
Lucas Navarro de Souza Monica Guimaraes Santanna
Secretário de Estado da
Cynthia Juraszek Maia Batista
Comunicação Social – SECS Deonilson Roldo
Secretário de Governo Municipal Luiz Fernando de Souza Jamur
Chefe de Gabinete – SECS Vllma Arendete Rosa
Secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento
Diretor-Geral – SECS
Vitor Puppi
Dirce Maria Reinehr Chefe de Gabinete da Secretaria Comissão do Mercosul e Assuntos
Municipal de Finanças
Internacionais
Ivanise Cristina Marques Ratto
Presidente da Assembléia Legislativa do Paraná
Secretário Municipal da Comunicação Social
Dep. Ademar Traiano
Marcelo Cattani
Presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos
Superintendente - SMCS
Internacionais
Heitor Manfrinato
Dep. Maria Victoria
367
Departamento de Marketing e Propaganda
Presidente do Instituto Municipal de Turismo
Juliana Midori
Tatiana Turra Korman
Departamento de Mídias Sociais e Internet
Gabinete - IMT
Cristina Martins Alessi
Valéria Marcondes Rolim Carin Lorenzi
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos
Superintendente - IMT
Secretário
Osvaldo Fernando Dietrich
Heraldo Alves das Neves Diretora de Turismo - IMT Chefe de Gabinete
Tania do Rocio Fofano
Nadia Abadie Aleixo Presidente do IPPUC Superintendente de Recursos Humanos
Luiz Fernando de Souza Jamur
Luciana Varassin Chefe de Gabinete Superintendente de Administração
Teresa Cristina
Alessandra Paluski Supervisão de Planejamento - IPPUC Secretária Municipal da Educação
Rosane Valduga
Maria Silvia Bacila Winkeler Arquiteto Chefe de Gabinete
Guilherme Klock
Márcia Peça Presidente da URBS Superintendente de Gestão Educacional
Ogeny Pedro Maia Neto
Elisângela Iargas Iuzviak Mantagute Secretário Municipal de Meio Ambiente Departamento de Educação Infantil
Marilza do Carmo Oliveira Dias
Elidete Zanardini Hofius Superintendência de Obras e Serviços Departamento de Ensino Fundamental
Reinaldo Pilotto
Simone Zampier da Silva Superintendência de Controle Ambiental Departamento de Planejamento,
Edélcio Marques dos Reis
Estrutura e Informação Elizabeth Dubas Laskoski
Departamento de Parques e Praças Jean Brasil
368
Departamento de Pesquisa e Monitoramento
Diretor de Patrimônio Cultural
Erica Costa Mielke
Marcelo Sutil
Departamento de Limpeza Pública
Diretora de Incentivo à Cultura
Júlio César Rodas
Loismary Pache
Secretário de Urbanismo
Diretor Administrativo e Financeiro
Marcelo Ferraz Cesar
Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy
Secretaria Municipal de Obras Públicas
Chefia de Gabinete da Presidência
Secretário
Silvia Guinsk
Eduardo Pimentel Slaviero Assessoria da Superintendência Chefe de Gabinete
Fátima Mercuri
Paulo César Nauiack Assessoria da Diretoria de Ação Cultural Superintendência
Renata Mele
Almir Bonatto Assessoria da Diretoria de Patrimônio Cultural Departamento de Edificações
Angélica Carvalho
Marcelo de Souza Bremer Assessoria da Diretoria Administrativa e Financeira Departamento de Iluminação pública
Antonio G. Martins Neto
Tony Lincoln Malheiros Assessoria de Imprensa Departamento de Pontes e Drenagem
Ana Luzia Palka Miranda
Augusto Meyer Neto
Evelise Baroni Rogério Rabitto
Departamento de Pavimentação Lívio Petterle Neto
Coordenação do Sistema Municipal de Museus e de Artes Visuais
Fundação Cultural de Curitiba
Marili Azim
Presidente Ana Cristina de Castro
Assessoria Luciano Antunes
Diretor de Ação Cultural
Miron Mattiazzo Benito Damo
José Roberto Lança Coordenadora do Sistema Municipal de Museus Marili Azim
369
Ação Educativa da Fundação
Sistematização de Acervo Digital
Cultural de Curitiba
Maria Inês Barreto
Coordenadora Hamilca Cassiana Silva
Assistência Márcia Seixas Mello Traad
Orientadoras
Angela Maria Lauriano
Andreia Taunay Menezes
José Olavo Teixeira da Silva
Vera Lúcia Grande Dal Molin Digitalização de Acervo Mediadores Setor Histórico
Rui Marcelo Suttil de Oliveira
Andressa de Lima Bruna Gonçalves de Pádua Reis
Fotógrafos
Camila Merlin de Oliveira Pinto
Fernando Augusto de Souza
Eduardo Neves Camargo
Marcos Campos
Felipe Augusto Tkac Felipe Valente Zem
Estagiária
Fernando Cardoso
Isabella Schueda da Cruz
Mediadores Muma
Coordenação de Preservação e Conservação de
Giovana Domingues Vespa
Acervos Coordenação
Jéssica Alana L. Mendes
Claudia Klein Arioli
Kimberly Simões de Oliveira Pedro Hayashi Schmal
Assistência
Vanessa de Souza Nunes
Estelamaris de Lara Odene Gonçalves Chagas dos Santos
Coordenação de Montagem
Rosangela do Rocio Irineu
de Exposições Coordenação
Vanderley de Almeida
Jenecir Góis Estagiária Equipe
Ane Elize dos Santos Pereira
Clovis Soares Antonio José de Souza
Presidente da Câmara Municipal de Curitba Ver. Sergio R. B. Balaguer
Coordenação de Processo Técnico Coordenação de Bibliotecas e Acervos Documentais Especializados
governo da República Popular da China
Filomena N. Hammerschmidt
Ministro da Cultura da China Sr.Luo Shugang
Normatização de Publicações Elizabeth Wielewski Palhares
Vice-Ministro da Cultura da China Sr.Yang Zhijin
370
Embaixador da China no Brasil
Chefe de Gabinete
Sr.Li Jinzhang
Theresa Christina Chaves Schiel
Chefe da Chanceleraria da
Curadoria
Embaixada da China no Brasil
Agnaldo Farias
Sr. Embaixador Li Jinzhang Secretaria Executiva Assistentes da Área Cultural da
Iolete Guibe Hansel
Embaixada da China no Brasil
Lêda Salles Rosa
Sr.Li Zexuan e Sra.Gao Yuansi Coordenação de Ação Educativa Cônsul Geral da China em São Paulo
Jacqueline Prado Zellner
Sr.Song Yang
Claudia Stoicov Karine de Castro Serafim
Embaixador do Brasil em Pequim
Karina Marques
Marcus Caramuru de Paiva Coordenação Administrativa e Financeira CHINA ARTS AND ENTERTAINMENT GROUP - CAEG
Alzinor Kososki
Assessores de exposição
Carmelia Guimarães
Yan Dong
Elis Reis
Chen Chunmei
Jéssica Mayumi Santos Emerson Girard
Diretores de exposição
Madalena Ferreira da Costa da Rocha
Yin Peng Liu Zhenlin
Regina Chicoski Francisco Silmara Wisnievski
Equipe executiva
Sabrina Ellen de Souza Padilha
Zhang Ziwei
Wilian Santos de Souza
Liu Yifei Coordenação de Comunicação e Marketing MUSEU OSCAR NIEMEYER
Glaci Gottardello Ito
Diretora-Presidente
Marianna Camargo
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Simone Ribinski da Costa Mattos
Diretor-Administrativo Financeiro
Coordenação de Design Gráfico
Colmar Chinasso Filho
Marcello Kawase Marcelo Tavares Cintra de Arruda
Diretora Cultural Estela Sandrini
Coordenação de Eventos Katharina Beletti
371
Coordenação de Infraestrutura
MON Loja
Alceu Chmiluk
Carolina Zilli Ribeiro
Alaete José Alves
Thais Bianca Bonini
Fabio dos Santos da Cruz José Edson Ribeiro
Auditoria Externa
José Carlos Cordeiro de Oliveira
PSW Brasil Auditores Independentes
Luiz Ferreira de Almeida Marina Pasetto Baki
Patrono Benemérito
Solange do Rocio Sellmer
Andrea e José Olympio Pereira
Valdivino dos Santos Gran Patrono Coordenação Jurídica
Adriana e João Carlos Ribeiro
Matheus Sisti Bernardelli de Godoy
Alda e Renato Ribas Vaz Bienal de Curitiba - Luciana C. Pereira e Luiz Ernesto
Coordenação de Planejamento Cultural
Meyer
Sandra Mara Fogagnoli
Carla Bordin e Rodrigo Pinheiro
Jhon Erik Voese
Centro Europeu - Carlos Rodolfo Sandrini e José Ost Clemilda Thomé
Acervo
Cristiane e Renata Mocellin
Humberto Imbrunisio
Flávia e Waldir Simões de Assis Filho
Taffarel Rômulo Vieira
Iurant Cvintal e Franciele L. Tarter Laura e Guilherme Simões de Assis
Assessoria de Projetos
Marcos Soares
Marcela Costa Lachowski
Nomaa Hotel Priscilla Müller e Christian Crivellaro
Contabilidade
Rosana e Arthur Pollis
Nilton Ceschin da Silva Filho
Anônimo
Documentação e Referência
Patrono
Maita Pantaleão Franco
Ana Cristina Dias e Paul Martin Happel
Ricardo Freire
Ana e Felipe Michelena Denise de Almeida Cassou
Gestão Museológica
Guita Soifer
Cristine Pieske
Juliana e Marcelo Vosnika Thiago Straub
Bilheteria
Zilda Fraletti
Cassiele Tatiane dos Santos
Anônimos
Israel Hernandes Monteiro Tatiane Claro de Oliveira Hudson Luiz Silverio Biscaia
372
Conselho Superior Museu Oscar Niemeyer
Museu da Gravura
Presidente João Luiz Fiani
Coordenação Juliana Leonor Kudlinski
Vice-presidente Geraldo Pougy de Rezende Martins
Assessoria Mariane Cristina Buso
Membros
Simone Koubik
Aurélio Sant’anna José Luiz Casela
Ateliês
Luiz Roberto Pinho Borges
Andréia Cristina Las
Rafaela Lupion Cantergiani
Nelson Edi Hohmann
Jaderson Assis Alves
Lourenço Duarte de Souza
Rafael Andreguetto Acervo de pedras litográficas MuMa- Museu Municipal de Arte
Larissa Marla Szopa Franco
Coordenação Rodrigo Marques
Loja da Gravura Sonia Maria Lucino de Quadros
Assessoria Tatiana Petry
Centro de Documentação e Pesquisa Guido Viaro Denise Hoffman
Coord. Centro de Arte Digital
Isalina Mattos
Alessandra Duarte
Joseane Baratto
Coordenação Portão Cultural
MEMORIAL DE CURITIBA
Stael Fraga de Batista
Coordenação Patrícia Silva
Assessoria Ana Teresinha da Veiga
Assistência/Assessoria
Thais de Camargo Penteado
Dilomar Calado
Cristiane Fonseca Ribeiro Logística Museu da Fotografia
Amilton Kuiaski
Coordenação Alice Rodrigues
Administração/acompanhamento a eventos Rogério Pereira da Silva
Estagiária
Juvenil Camargo da Luz
Bárbara carvalho Santos
373
Atendimento aos andares
Estagiários
Mauro Osvaldo Costa
Jade B. Gomes
Iara Terezinha Ferreira da Cruz
Jefherson Luiz Maiczak
Marcia Aparecida Morais
Kamila T. da Cruz Naiara A. de Pauli
Portaria
Vitória Regina Saldanha
José Humberto Adam Luis de Jesus Primo da Silva.
Sociedade De Amigos Do Museu De Arte Contemporânea Do Paraná
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Presidente
Diretora
Marcelo Miguel Conrado
Lenora Pedroso Vice-Presidente Presidente da Sociedade de Amigos do Museu de
Juliane Fuganti Casagrande
Arte Contemporânea do Paraná Marcelo Conrado
Tesoureiro Angela Cassia Costaldello
Administração Dorothi Oliveira
Tesoureiro Suplente Silvia Pedroso Xavier
Setor de Pesquisa e Documentação Claudia Rejane S. Santos
Secretário
Juciley de Oliveira
Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto
Ronald Simon Vera Regina Vianna Baptista
Secretária Suplente Andreia Cristina Las
Setor de Acervo Gerson Ferreira, Marco Frederich Voigt
Conselho Fiscal Presidente Lenora Gomes de Mattos Pedroso
Setor Educativo Edilene Luiz Ozório
Secretária
Lucia Venturin
Denise Adriana Bandeira
Setor de Montagem
Primeira Conselheira
William de Almeida Batista
Carina Weidle
Equipe de Apoio
Segunda Conselheira
Gilson de Carvalho
Zilda Maria Beltrão Fraletti
Manoel da Silva Terezinha Moreira
374
MIS – Museu da Imagem e do
Estagiários
Som do Paraná
Douglas Jessé Ribeiro
Diretor
Marianna Muniz
Carlos Alberto Cavalheiro
Vanessa Lilian Voigt
Funcionários (técnicos)
Departamento de Mediação Cultural
Darli Machado
Setor Educativo
Gefferson Vaz
Neusa Casanelli
Jose Luiz Carvalho
Rejane Zimmer da Costa
Marcia Aparecida de Freitas
Sandra Mara Gutierrez
Norma Cecy
Estagiários: Anna Gabrielly Grebogi Boss, Elouise
Rosangela Diniz Chubak
Souza Brasilense e Flávia Rhafaela Pereira
Valquiria Elita Renk Setor de Ação Cultural Estagiários
Ellen Cunha do Nascimento
Alesandra Barbosa Correia Camila Thur
Departamento de Gestão de Acervo
Emilson R Werner Jr.
Setor de Museologia
Jamile da Silveira
Silvia Marize Marchiorato
Mauricio Silva de Almeida
Denise Haas
Randerson Souza Brasilense Estagiária Museu Paranaense
Eliza de Souza Pereira
Direção Renato Augusto Carneiro Júnior
Laboratório de Conservação e Restauro - LACORE Deise Falasca de Morais
Departamento Administrativo
Esmerina Costa Luis
Claudia Juliani
Janete dos Santos Gomes
Mauricio André Ielen Estagiária: Eliza de Souza Pereira
Estagiária
Departamento Científico
Thaise Severo Lima
Setor de Antropologia Maria Fernanda Maranhão
Equipe de Apoio
Estagiária: Maria Rita Mattar Diaz
Clarice Jane da Costa
Setor de Arqueologia
José Carlos dos Santos
Claudia Inês Parellada Estagiário: Andras J. Ellendersen
Museu Alfredo Andersen
Setor de História
Direção
Leslie Luiza Pereira Gusmão
Débora Maria Russo
Tatiana Takatuzi Rene Wagner Ramos
375
Administração
Colaboradores
Gilberto Luz
Julia Podolan Martins Ana Beatriz Paraná Mariano
Secretaria Rosangela Silva
Instituto Cervantes Curitiba
Dioggo Borcic Fortuna
Diretora Rosa Sánchez-Cascado Nogales
Setor de Pesquisa e documentação Cristiane Kusman
Bibliotecário
Ana Maria R. Morevi Barbosa - Tita
Aguinaldo Marcelino
Leonardo Mitrut Kim Vasco
Ordem dos Advogados do Brasil Conselho Federal Presidente
Setor de Arte Educação
Claudio Pacheco Prates Lamachia
Maria Aparecida de Lima Gonçalves Gabiel Babolim
Vice-Presidente
Luiza Urban
Luís Cláudio da Silva Chaves
Biblioteca
Secretário Geral
Marta Cristina Albiero Rissi de S. Leite
Felipe Sarmento Cordeiro
Atelier de Arte
Secretário-Geral Adjunto
Juliana Alberini P. de Pádua
Ibaneis Rocha Barros Junior
Luiz Lavalle Soraia Savaris
Tesoureiro Antonio Oneildo Ferreira
Sociedade Amigos de Alfredo Andersen Wilson J. Andersen Ballão
Comissão Especial de Arte e Cultura do Conselho Federal
Fundação Instituto Julianna Rocha
Presidente
Podolan Martins.
Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto (PR)
MAI - Museu de Arte Indígena Fundadora e Presidente
Membro
Julianna Rocha Podolan Martins
Renata Cavalcanti (RJ) Bianca Botrel (MG)
Fundadores Silvana Rocha Podolan
Seccional Paraná
Julio Podolan
Presidente
Paula Podolan Guerra
José Augusto Araújo de Noronha
Manoel Lustosa Martins Neto
376
Vice-Presidente
Diretor Administrativo
Airton Martins Molina
Ilka de Almeida Passos
Secretário-Geral
Vice-diretor Administrativo
Marilena Indira Winter
Antônio Carlos Nascimento Pivatto
Secretário-Geral Adjunto
Diretor Cultural
Alexandre Hellender de Quadros
Aurélio Câncio Peluso
Tesoureiro
Vice-Diretor Cultural
Fabiano Augusto Piazza Baracat
Giovana Hultmann Pereira
Comissão de Assuntos Culturais e Propriedade
Diretor Financeiro
Intelectual da OAB/PR Presidente
Carolina Maria Machado Nascimento
Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto Vice-Diretor Financeiro Vice-Presidente
Anna Maria da Rocha
Carmen Iris Parellada Nicolodi Diretor de Comunicação Diretor de Propriedade Intelectual
Kátia Godoi Velo
Fernando Previdi Motta Vice-Diretor Comunicação Vice-Diretor de Propriedade Intelectual
Thaís Coelho
Ana Paula de Mattos Pessoa Ribeiro 1º Secretário Diretor de Web-Cultural
Waltraud Sekula
Omar Kaminski 2º Secretário Vice-Diretor de Web-Cultural
Ana Isis Vendramel
Mathieu Bertrand Struck 3ºSecretario Associação Profissional dos Artistas
Walkiria Geronazzo
Plásticos do Paraná Presidente
Diretor Jurídico
Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto
Marcelo Miguel Conrado
Vice-Presidente
Vice-diretor Jurídico
Sabine Feres Staniscia Koprik
Maria Miriam Martins Curi
377
Diretor de Produção Artística
Vice-Diretor do Núcleo de Escultura
Christian Burmeister Schonhofen
Leopoldino Abreu Neto
Vice-Diretor de Produção Artística
Diretor do Núcleo de Moda
Magali Robaina
Carmen Iris Parellada Nicolodi
Diretor de Marketting e Projetos
Vice-Diretor do Núcleo de Moda
Robia Ribeiro
Alexandre Linhares
Vice-Diretor de Marketting e Projetos
Conselho Consultor e Deliberativo
Francisco de Assis Borges
Maria Cecília Araújo de Noronha Ney Tadeu Araújo Machado
Diretor de Informática
Alfonso Luis Bianchi Vivern
Maria Alice Martins de S. Varajão Conselho Fiscal Vice-Diretor de Informática
Luiz Ernesto Meyer Pereira
Isaak Cassiano
Lecco Coelho
Diretor de Relações Públicas
AsBEA-PR
Osmar Carboni
Presidente da Diretoria Keiro Yamawaki
Vice-Diretor de Relações Públicas César Paes Leme
Vice Presidente - Relações Institucionais Adolfo Sakaguti
Diretor do Núcleo de Pintura Célia Regina Carvalho de Figueiredo
Vice Presidente - Planejamento Clarisse Petroski Dorigo
Vice-Diretor do Núcleo de Pintura Ana Márcia Dalcin
Vice Presidente - Comunicação e Marketing Juliana Lahoz
Diretor do Núcleo de Fotografia Lucia Paula Cordeiro Barros Biscaia
Vice Presidente - Administrativo Financeiro Cristiane Lacerda
Vice-Diretor do Núcleo de Fotografia Maria Tereza Coelho Guimarães
Vice Presidente - Relações Empresariais Waldeny Fiuza
Diretor do Núcleo de Escultura Lourenço Duarte de Souza
Vice Presidente - Legislação Urbanística Mauro Grande
378
Diretor de Relações Institucionais
Presidente Da Diretoria
Cleverson Tramujas
Keiro Yamawaki
Diretor de Arquitetura De Interiores
Conselheiro Fiscal
Karen Camilotti
Dora Peixoto Dalton Vidoti
Diretor de Comunicação E Marketing
Jean Versetti
Carla Kiss Conselheiro Fiscal Suplente Diretor de Relações Empresariais
Celso Germano
Ademar Stofela
Leonardo Hauer Eduardo Cereijo
Diretor de Relacionamento Cau Rafael Dal-Ri
Biblioteca Pública do Paraná Diretor
Diretor de Legislação Urbanística
Rogério Pereira
Frederico Carstens Coordenador Cultural Diretor de Desenvolvimento e Ações Sociais
Luiz Rebinski
Rose Guazzi Presidente da Associação de Amigos Diretor de Grupos De Trabalho
da Biblioteca Pública do Paraná
Fabiane Azevedo
Marta Sienna
Diretor de Tecnologias
Museu Guido Viaro
Ricardo Alberti
Fundador Constantino Viaro
Presidente do Conselho deliberativo Gustavo Pinto
Diretor Guido Viaro Neto
Conselheiro
Margareth Menezes
Pátio Batel
Orlando Ribeiro
Diretoria
Elaine Zanon
Salomão Soifer
Orlando Busarelo
David Soifer
Eli Loyola
Simone Soifer
Sabrina Slompo Rafael Gimenez
Superintendência Giulia Quirino
379
Gerencia de Marketing
UNIVERSIDADE ESTATAL DE MONTANA
Mariane Kucinski Caponi
Presidente Dr. Waded Cruzado
Equipe de Marketing Bárbara Benatti Naletto
Reitor e Vice-Presidente Executivo
Letícia Pazello Nauffal
Dr. Robert Mokwa
Fabiane Piccoli Thais Gnatta Rodrigues
Vice Reitor para Programas Internacionais
Daniel Henrique Roesler
Dr. I. Miley Gonzalez
Bruno Soares Contador Presidente do Senado Facultativo Curadoria
Dr. Michael Babcock
Tom Lisboa Diretor da Escola de Artes, Faculdade de Artes e UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Arquitetura
Reitor
Vaughan Judge
Ricardo Marcelo Fonseca Presidente da Associação de Estudantes Vice-Reitora
Kylar Clifton
Graciela Bolzón de Muniz Vice-Presidente da Associação de Estudantes Pró-Reitor de Extensão e Cultura
Micah McFeely
Leandro Franklin Gorsdorf UDESC – Universidade de Santa Catarina Coordenadora do Curso de Artes Visuais
Reitor
Profª Drª Stephanie Dahn Batista
Marcus Tomasi
MUSEU DE ARTE DA UFPR
Vice-Reitor
Museóloga
Leandro Zvirtes
Lidiane do Nascimento Silva Pró- Reitor de Extensão e Cultura Produtor Cultural
Fabio Napoleão
Ronaldo Santos Carlos Coordenadora do Curso de Artes Visuais Assistente em Administração
Rosana Bortolin
Deise Colucci museu da escola catarinense Coordenadora Profª Sandra Makowiecky Profª Beatriz Goudard
380
Técnicas Universitário de Suporte
Vice-Reitor
Cristina Roschel Pires
Sydnei Roberto Kempa
Patrícia Anselmo Lisowski Extensão e Cultura Técnico Universitário de Execução
Armindo José Longh
Cassiano Reinaldin
Divisão de Extensão e Cultura Campus
Estagiários/Bolsistas
Margaret Amaral de Andrade
Vinicius Sena Shayenne Bruna Alves
Direção de Artes Visuais Keila Kern
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Fundação Cultural BADESC
Reitor
Diretor Geral
Rui Vicente Oppermann
Eneléo Alcides
Vice-Reitora
Diretor Administrativo e Financeiro
Jane Fraga Tutikian
Helena Mayer
Pró-Reitora de Extensão
Conselho Fiscal
Sandra de Deus
Camila Steckert José Antonio de Mattos Neto
Vice-Pró-Reitora de Extensão
Marcello J. Garcia Costa Filho
Claudia Porcellis Aristimunha MUSEU DE ARTE MODERNA Chefe do Departamento de Artes Visuais
DE BUENOS AIRES- MAR
Teresinha Barachini
Governadora da Provincia de Buenos Aires Maria Eugenia Vidal
Diretora do Instituto de Artes da UFRGS Lucia Becker Carpena
Ministro da Cultura da Província de Buenos Aires Alejandro Gomez
Vice-Diretor do Instituto de Artes da UFRGS Raimundo José Barros Cruz
Diretora Museo MAR Micaela Saconi
ESCOLA DE MÚSICA E BELAS ARTES DO PARANÁ / EMBAP
Coordenadora de Relações Institucionais
Reitor
Valeria Brattelli
Antônio Carlos Aleixo Coordenador de Comunicação Rodrigo Pando
381
Museo de Arte Contemporâneo de Salta
MUSEO DEL BARRO
Autoridades
Diretor Museo del Barro
Governador
Osvaldo Salerno
Dr. Juan Manuel Urtubey Diretor Centro de Artes Visuais Vice-Governador
Tício Escobar
Sr. Miguel Ángel Isa Diretora Museo de Arte Índigena Ministro de Cultura, Turismo E Esportes
Lia Colombino
Sr. Juan Manuel Lavallén Diretor Museo Paraguayo de Arte Contemporâneo Secretário de Cultura
Félix Toranzos
Prof. Sergio Mariano Bravo Coordenador Coordenador Geral de Cultura
Diego Pedrozo
Dr. Santiago Suñer DIPLOMATAS ESTRANGEIROS NO BRASIL E Sub Secretario de Patrimonio Cultural
BRASILEIROS NO EXTERIOR
Lic. Diego Ashur Mas Embaixador da Colômbia no Brasil Museu de Arte Contemporânea Diretora
Embaixador Alejandro Borda
Arq. Claudia Lamas Embaixador da Finlândia no Brasil Programação e Produção Geral De Mostras
Embaixador Markku Virri
Sr Daniel Conti Cônsul do Chile em São Paulo Coleção
Alejandro Sfeir Tonšić
Prof. Valeria Cabrera Cônsul Honorário do Chile em Curitiba Educação
Luis Celso Bronco Filho
Prof. Silvina Troyano Embaixador do Paraguai em Brasília Imprensa
Embaixador Evelio Fernandez Arovalos
Lic. Paula Ferrer Téc. Paula Cadena
Embaixador da Argentina em Brasília Embaixador Carlos Alfredo Magariños
Montagem Sr. Luis Barro
Cônsul Geral do Paraguai em Curitiba
Sr. Omar Chauque
Ministro Salvador Medén Peláez
Sr. Sergio Díaz.
382
Embaixador do Brasil em Berna Embaixador Igor Kipman
Embaixador do Brasil em Buenos Aires Embaixador Sérgio França Danese
Ministério da Cultura e Turismo do Governo da Província de Buenos Aires Ministro de Gestão Cultural Alejandro Gómez Ministro Geral de Cultura e Educação Gabriel Sánchez Zinny
Instituto Italiano de Cultura São Paulo Diretor- Dr. Michele Gialdroni
Embaixador da Itália em Brasília Embaixador Antonio Bernardini
Cônsul Geral da Itália em Curitiba Raffaele Festa
Embaixador da Suíça em Brasília Embaixador Carlos Eduardo de Athayde Guimarães
Ministro da Embaixada da Suiça em Brasília Sr. Ministro Niculin Jäger
Cônsul Honorária da Suíça em Curitiba Manuela Merki
383
índice alfabético alphabetical index A
Arthur Duff 88
Associados 361
Abraham Palatnik 299
Atelier FCJZ 350
Cássio Markowski 329
Adam Lipiński 247
Atelier Fronti 610, 631, 638
Castanheira & Bastai Arquitetos
Ademir Kimura 303
Audrian Cassanelli 577
600
Adolfo Sakaguti Arquitetos 357 Avi Sabah 182 Adriana Ceccatto Barboza 279 Adriana Tabalipa 257
AZL Architects 615
Catenzaro 264 Cé Figueiredo 515 Cell Art Group 134
ADP Ingenierie 346
B
Ai Nisha 147
Bacoccini Arquitetura 356
Chen Wenji 50
Aidana Chávez 225
Baggio Schiavon
Chen Wenling 58
AIM 605
Arquitetura 357
Chen Zifeng 155
Akiko Miléo 303
B.L.U.E. 636
Cheyenne Luge 578
Ale Mazarollo 190
Barbara Ribas Maciel
Christian Kerez 349
Alëna Olasyuk 27
Barney Ellaga 215
Christian Schönhofen 467
Alfi Vivern 118
Beatriz Oliveira 254
Christina Z. Anderson 201
Alfredo Quiroz 65
Ben Pease 208
Cintia Ribas 265, 296
Alketa Ramaj 85
Bernardo Krasniansky 67
Claire de Santa Coloma 224, 225
Alvaro SIZE 347
Bernardo Oyarzún 73
Clara Fernandes, 560
Amateur Architecture
BIAN Baoyang 347
Claudia Paim 322, 323
Studio 613, 614
Bernardo Puente 148, 149, 150,
Claudia Zimmer 581
AMO 626
151
Claudine Watanabe 303
Amorim 256
BIAD 603
Coletivo 21 olhos
Ana Sabiá 560
Bianca Turner 499
Coletivo Duas Marias 122
Ananké Asseff 69
Bill Burns 191
Coletivo Intenta 16 322
André Donadio 310
Bomju Coelho 253
Coletivo Kimieck 117
André Nacli 289
Brent Wadden 109
Coletivo Sphera
Andressa Argenta 567
Brugnera 77
Coletivo Kizun 305
Andriy Sydorenko 99
Bruna Fernandes
Coletivo Toca 561
Angela Lima 176
Bruno Calmon 513
Cristiane Gonçalves 515
Anna Rachel
Brutas Coletivo 307
CRLOSCASTANHEIRA -
Anna Thereza Hanei 319
Celso Setogutte 303
Castanheira & Bastai Arqtos
Anto.Millotta 93
C
Antonio Piccardo 620
CAFAM BIENNALE 138, 139
Antonio Riello 174
Cai Shanyi & Associates 617
Antônio Wolff 505
Camila Alvite 295
D
Architecture Studio 636
Camila Proto
Dai Pu 353
Artestenciva
Cang Xin 55, 339
Daipu Architects 353
(Eduardo Melo) 312
Carlos Colombino 354
Damien Mark 217
Casa Cinco Arquitetos
Dan Tague 211
384
Lda 347 Crossboundaries 618
Dani Henning 300
Fábio Magalhães 306
Daniel Libeskind 349
Fábio Noronha 255
H
Daniela Busarello 202
Fabíola Scaranto 334
Ha Nisi 152
Daniele Zacarão 333
Fabrizio Passarella 92
Hamish MacLean 94
David Liu 26
Faisal Iskandar 267
Han Guori 627
Davide Boriani 78
Fang Zhenning 63, 351
Han Yajuan 47
Dean Adams 293, 314, 315
Fê Luz 554
Hanna Deutscher 259
Diana Chiodelli 575
Feng Lu 614
Hannu Palosuo 178
Diego de los Campos 329
Fernanda Alonso 515
He Wenjue 54
Ding Hao 31
Fernanda Puricelli 296
Heatherwick Studio 631
Donghyun Jung 347
Fernando Augusto 295
Henry Goulart 565
Dirce Körbes 548
Fernando Moleta
Hermes de la Torre 247
Djuly Gava 528
Fernando Weber 579
Herzog & de Meuron 348
Duda Desrosiers 575
Filippo Berta 89
Hu Ke 144
Flávia Vieira 102
Hu Yue Studio 613
Florence Jung 128, 129, 226
Huang Wei 40
Ed Pien 187
Foster+Partners 601
Huang Wenjing 625
Eduardo Barboza
Fran Favero 330
Huang Ying 41, 338
Eduardo Neves Camargo
Francesco Candeloro 88
Hugo Aveta 70, 71
Eduardo Amato 306
Frank Ammerlaan 110
Huli Chen 307
Eleonora Gomes 306
Franziska Megert 98
Eliane Prolik 263
Franzoi 124, 125
i
Elmor Arquitetura 360
Fu Yu 164
Iam Campigotto 562
E
Elisabeth Sekulic 515
Ian Van Coller 200
Elvo Benito Damo 188
G
Enrique Chagoya 183
Gabriel Alarcon 529
Ieoh Ming Pei 635
Enrique “Tente” Miralles 194
Germán Tagle 199
Ilca Barcellos 574
Erica Storer 224, 296, 323
Gio Soifer 296
Imagine Architects 609
Eron Zeni 195
Giovana Martucci
In+of Architecture 616
Estanislao Florido 95
Glaucia Olinger 547
Isabel Ramil 296
Etnia Enawenê-Nawê 429
Glenda Salazar 181
Itamara Ribeiro 553
Etnia Irantxe 431
GMP 605
Iván Argote 104
Etnia Karajá 250
Gonzalo Garcia 210
IZK 219
Etnia Rickbatsa 251
Graciela Sacco 66
Etnia Urubu – Kaapor – Rio
Gu Wei 616
j
Gurupi 432
Guadalupe Miles 115
Jairo Valdati 175
Etnia Yawalapity 433
Guerilla Girls 232, 233
Janaina Mello Landini 306
Guilherme Carriel 321
Janaina Schvambach 306
Guilherme de Macedo 457
Jandira Lorenz 552
Guita Soifer 258, 277
Janete Anderman 296
Gustavo Ferro 306
Janor Vasconcelos 556
F Fábio Domingos Batista 457
Ieda Topanotti 570
385
Jason Taylor 94
Katia Canton 302
Liu Jianhua 29
Jaune Quick-to-See Smith 212
Kazuyo Sejima 637
Liu Kecheng Studio 621
Javier Calvo Sandí 192
Kelly Michael 94
Liu Ruowang 59
Javier Vanegas 185
Kengo Kuma 619
Liu Shuang 60, 61
Jayme Bernardo 355, 358
Khaled Hafez 198
Liu Xiaodu 607, 609
Jeannie Mills Pwerl 214
Kim Coimbra 579
Livia Fontana 296
Jennifer Ray 283
Kizun 501
Loyola Arquitetos 356
Jeremy Hatch 184, 293
Lu Renata 568
Jesús Rafael Soto 299
l
Jiakun Architects 607
Lars Voltz 309
Luana Navarro 227, 296
Jin Jiangbo 39
Leandro Catapam 304
Luciana Petrelli 561
Jin Lie 62
Ledania 313
Lucila Horn 580
Joachim K. Silué 172, 173
Lela Martorano 550, 551
Luis Camnitzer 75
João Angelini 306
Lenonn Bruno Inacio – Lenonn
Luís Gustavo Moreira 532
Joana Amarante 563
Leolizardo - Yann Lizardo
Luis Manoel Alcantara 196
João John
Leonardo Achnitz
Luiz Tomasello 299
João Paulo de Carvalho
Leonor Antunes 108
Luo Siwei 609
João Lemos 626
Leopoldino Abreu 285
Luzia Simons 131
Johanna Pohjanvirta 177
Letícia Cardoso 573
John Isaiah Pepion 209
Letícia Sequinel 229
M
Jordi Tasso 322
Li Baoxun 153
Ma Yansong + Shen Wei
Jorge Simes 340
Li Di 30
56, 57
John Lin and Olivier Ottevaere
Li Hu 602, 604, 624, 625
Ma Haijiao 135
625
Li Lei 36
MAD Architects 346
José Rufino 127
Li Longfei 156
Maganhoto e Casagrande
Joyce St. Clair 311
Li Ming 158
Arquitetura 361
Juan Parada 80
Li Tianyuan 51
Mai Fujimoto 296
Julia Ishida 303
Li Xiangyang 35
Manoela Cavalinho 533
Julia Isidrez 205, 207
Li Xiaoqi 149
Manuela Eichner 260
Julia Kater 106
Li Xinggang , Atelier Li Xinggang Marcellen Neppel 320
Juliana Hoffmann 549
623, 638
Marcela Belz
Juliana Stein 74, 113
Li Xueyan 46
Marcellen Neppel 534
Juliane Fuganti 275
Li Zhi 162
Marcelo Moscheta 298
Junya Ishigami + Associates 639 Liang Shaoji 34
Lu Wenyu 613, 614
Marcelo Romero 259
Lígia Borba 301
Màrcia Dalcin 515
Lilian Barbon 570
Marco Bolognesi 79
Karina Marques 306
Lin Ke 134
Marco Teixeira 305
Karina Segantini 335
Lin Mo 45
Marcone Moreira 306
Karina Zen 330
Liu Jiakun 350
Marcos Benitez 235, 341
k
Karla Keiko 291 386
Marcos Bertolde Arquitetos 359
Marcos Hadlich 254
Patricia Claro 96
Saboia + Ruiz Arquitetos 360
Maria Cheung 273
Paulo Whitaker 111
Samuel Miller 216
Maria Laet 306
Pedro Ivo Verçosa 306
Sandra Alves 572
Maria Emília Mendes 515
Pedro Tyler 203
Sandra Correia Favero 334
Maria Luiza de Almeida
Pedro Vieira 499
Sandra Hiromoto 303
Scheleder 213
Peter Walker (PWP) + BAM 634
Sarah Uriarte 580
Mariana Barros 261
Phoebe Boswell 87
Sayuri Kashimura 303
Marília Diaz 296
PLAT ASIA 347
Scenic Architecture Office 639
Marina Moros 335
PLaT Architrces 600
Schmidt Hammer Lassen
Marina Ramos 296
Priscila dos Anjos 544
Architects 603
Mario de Alencar 262
Priscilla Durigan
Scott McFarlane 94
Mario Macilau 281
PTW 352
Sérgio Adriano H. 244
Marta Martins 333 Matheus Sari 305
q
Maurício Ianês 330, 331
Qiu Tao 157
Maya Weishof 296
Shao Weiping 603 Shay Frisch 192, 193 Shen Shubin 148 Shen Wei 56 , 57
Meng Luding 32
r
Meng Yan 607
Ramón Moro Rodríguez 566
Shuhei Aoyama 636
META-Project 612
Raquel Frota 300
Silvana Camilotti 120
Miles Neidinger 186
Raquel Stolf 331
Slomp & Busarello Arquitetos
Mônica Piloni 306
Red House China 620
359
Mônica Schreiber 223, 323
Reinier Nande 189
Smolka Arquitetura 357
Murat Cinar 97
Rem Koolhaas 348
Silvana Macedo 545
Renan Archer
Sol Pipkin 222, 223
Renata Barros 306
Sonia Loren 581
Nair Kremer
Ricardo Amaral Arquitetos
Steven Feld 86
Nehuén Cortez
Associados 357
Steven Holl 602, 604, 624
Nestor Siré 197
Richard Serra 101
Stevens Vaughn 81
Neusa Milanez 573
Riken Yamamoto 604, 618
Studio Pei-Zhu 352
Nicolás Robbio 107
Roberto de la Torre 228
Studio Fuksas 601
Nury González 72
Rodrigo Cunha 555
Studio Wang Lu 616
Rodrigo Petrella 240, 241
Su Zhe 169
Rodrigo Torres 103
Sun Ke 146
OMA 605, 630
Rogério Ghomes 301
Susano Correia 331
Omar Estrada 193
Rones Dumke 269
Suzana Goienetxe 515
n
o
Oneday Architecture Studio 616 Rosana Bortolin 582
Shi Pi 166
OPEN Architecture 625
Rosângela de Andrade 123
t
Osmar Carboni 285
Rossana Guimarães 296
Tadao Ando 351
Osmar Chromiec 297
Run Atelier 612
Taiji Terasaki 179
Osvaldo Salerno 68
Ryue Nishizawa 637
Talita Bazzo Rauber
p
s
Tang Mingwei 154 Tania Machado 303
387
Tao Na 33
Wang Yun 610, 631, 638
Taolei Architectural Design
Washington Takeuchi 457
Co. 636
Wu Chenghui 627, 632
Teamminus Atelier 628
Wu Didi 38
Tereza Bossler 321
Wu Jian’an 53
Thallyta Piovezan
Wu Weishan 141
Theo Lipfert 204
Wu Zongqi 171
Tian Fangfang 163
Wuyang Architecture 614
Tibor Franek 627 Tim Parchikov 91
y
TiroTTI 573
Yang Kai 49
Tobias Putrih 105
Yang Liqian 160
Toni Graton 320
Yasmin Kozak 222
Tracey Moffat 83, 84
Yara Guasque 583
Tuomo Rosenlund 177
Yilpi and Damien Mark 217
u Ufo 603 Uiara Bartira 287
Yiuki Doi 303 Yoko Fujii 636 Yu Xingze 43
Urban Sketchers de Curitiba
z
463, 464, 465
Zaha Hadid Architects 346
URBANUS 607, 609
Zaneta Vangeli 90
v
ZAO/Standard Architecture 615, 629
Vidal 286
Zhang Cheng 150
Vilma Slomp 245
Zhang Huiying 151
Virginia Ryan 86
Zhang Ke 615
Von Joseph 121
Zhang Lei 615
w
Zhang Li 628 Zhang Muchen 161
Wagner Bitencourt 279
Zhang Pengju 629
Walterio 119
Zhang Qinghui 167
Wang Haiyang 165
Zhang Tingqun 159
Wang Hao 612
Zhang Xiangxi 168
Wang Hui 628
Zhang Zhaohui 28
Wang Kaifang 42
Zhao Yang 629
Wang Liwei 145
Zhou Lan 48
Wang Mai 44
Zhou Weiran 52
Wang Quan 617
Zhu Jingxiang 627, 632
Wang Shu 613, 614
Zhu Pei 352
Wang Shuo 612
Zhu Xiaofeng, 624, 639
Wang 388 Xin 37
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a-metragens • 34 filmes licenciados • 7 longas-metragens o • 12 longas-metragens documentários • 6 telefilmes tos de distribuição de filmes • Apoio a festivais, mostras educativas
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Primeira Galeria de Arte Contemporânea de Curitiba, com 33 anos de história.
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”a arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte” Mahatma Gandhi
Responsável Técnico: Eng.º Ari Stechman Neto I www.stmempreen 41-3079.4735 I Av. Iguaçu 2820, torre c
”a arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte” Mahatma Gandhi
mempreendimentos.com.br I contato@stmempreendimentos.com.br 820, torre comercial, 3º andar, Curitiba-PR Responsável Técnico: Eng.º Ari Stechman Neto I www.stmempreendimentos.com.br I contato@stmempreendimentos.com.br 41-3079.4735 I Av. Iguaçu 2820, torre comercial, 3º andar, Curitiba-PR
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patrocínio
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país homenageado
Ministério da Cultura da República Popular da China
Embaixada da República Popular da China no Brasíl
中华人民共和国文化部
中华人民共和国驻巴 西联邦共和国大使馆
Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo 中华人民共和国驻圣保罗 总领事馆
Parceria com a China
Governo da Província de Zhejiang
está claro até que a noite caia parceria
parceria cultural
arquitetura
apoio institucional
parceria institucional
Secretaria Municipal de Obras Públicas — SMOP
Secretaria Municipal da Educação — SME
juliana stein | museu oscar niemeyer | curi curadoria agnaldo farias | abertura 30 setem apoio exposição sala 3 mon
Não está claro até que a noite caia
apoio:
incentivo:
Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Cultura | Governo do Estado do Paraná
parceria:
apoio internacional Embaixada
Embaixada do Brasil
do Brasil em
em Berna – CH
Pequim – CH
Embaixada
Consulado Honorário da
da Suíça em
Suíça em Curitiba
Brasília
Embaixada da Colômbia no Brasil
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São Paulo
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parceria internacional
Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires - MAR
Bienal de la Habana
1º BIENAL INTERNACIONAL DE ASUNCIÓN GRITO DE LIBERTAD - SASÕ SAPUKAI 1 AL 31 DE OCTUBRE DEL 2015 - PARAGUAY
bienal em apoio Museu Nacional
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Escola Anjo da Guarda
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Palacete dos Leões - BRDE Memorial de Curitiba
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Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo
APOIO INSTITUCIONAL