Estado de ateliê - Investigações práticas com artistas, educadores e atelieristas

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estado de ateliê

Investigações práticas com artistas, educadores e atelieristas


, lugar de invenção, lugar de imaginação, lugar de criação, lugar de experimentação, lugar de educação, lugar de lugar de acolhimento, lugar de desafios, lugar de formação, lugar de experimentação, lugar de educação, lugar de compreensão, lugar de fazer perguntas, lugar de investigação, lugar de possibilidades, lugar de compartilhamento, lugar de intenção, lugar de aprendizagem, lugar de trocas, lugar de observação, lugar de imaginação, lugar de saberes, lugar de leitura, lugar de projeção, lugar de escolhas, lugar de conexão, lugar de diversidade, lugar de indagação, lugar de emoção, lugar de contatos afetivos, lugar de percursos, lugar de interação, lugar de ativação mútua, lugar de entrecruzamento, lugar de expressão, lugar de acontecimentos, lugar de projeção, lugar de escuta, lugar de curiosidades, lugar de indagação, lugar de referência, lugar de agenciamento, lugar de problematização, lugar de fazer perguntas, lugar de investigação, lugar de escuta, lugar de possibilidades, lugar de compartilhamento, lugar de intenção, lugar de aprendizagem, lugar de trocas, lugar de observação, lugar de imaginação, lugar de saberes, lugar de leitura, lugar de projeção, lugar de escolhas, lugar de conexão, lugar de devaneio, lugar de arte, lugar de ciência, lugar de literatura, lugar de alquimia, lugar do corpo, lugar de diversidade, lugar de indagação, lugar de emoção, lugar de contatos afetivos, lugar de percursos, lugar de interação, lugar de ativação mútua, lugar de entrecruzamento, lugar de expressão, lugar de narrativas, lugar de projeção, lugar de invenção, lugar de curiosidades, lugar de indagação, lugar de referência, lugar de mediação, lugar de problematização, lugar de extensão, lugar de fruição, lugar de interpretação, lugar de produção, lugar de diálogo, lugar de percepção, lugar de atravessamentos, lugar de colaboração, lugar de emoção, lugar de deslocamentos, lugar de reflexão, lugar de pensamento, lugar de construção, lugar de movimento, lugar de aberturas, lugar de pertencimento, lugar de descoberta, lugar de transformação, lugar de experiências com e a partir da arte,


estado de ateliê Investigações práticas com artistas, educadores e atelieristas


Ficha técnica Concepção editorial e texto: Stela Barbieri Edição e revisão de textos: Fabiana Freier Assistência de edição: Flora Pappalardo Projeto gráfico: Fernando Vilela Diagramação: Micrópolis Convidados do curso: AVE - Valéria Gobato, Valquíria Prades Oquecabeaqui? - Zá Spigel, Bia Cortés e Alexandra Contocani Mala ateliê – Julli Pop Ateliê Andorinha – Rayssa Fleury Coletivo miudezas – Julia Souza e Marina Rosenfeld Poética do habitar – Denise Vallarini Ser criança é natural – Ana Carol Thomé Ateliê imaginário – Ana Helena Grimaldi e Ana Letícia Penedo KA gestão e cultura – Carolina Velasquez e Eri Alves

Este material tem seus direitos autorais reservados, sendo vetada a reprodução ou disseminação de qualquer parte do material sem a prévia autorização dos autores. Caso tenha interesse em utilizar este conteúdo por favor entre em contato através do email: contato@binahespacodearte.com.br

binåh espaço de arte Rua Bento Vieira Barros, 181 (entrada pela rua Jamil Safady) 05046-040 - São Paulo – SP Fone: (11) 3467-4387 www.binahespacodearte.com.br


apresentação

binåh espaço de arte é um lugar de invenção, investigação e imaginação. Um lugar de encontros e experiências com e a partir da arte, que foi construído no ateliê de Stela Barbieri e Fernando Vilela. Conta com uma equipe de profissionais diversos (cineastas, designers, artistas, escritores, educadores, músicos e cientistas) e realiza cursos, oficinas, grupos de estudos, assessorias, encontros, visitas, ateliês e festivais para adultos e crianças.

APRESENTAÇÃO

O binåh dialoga com as inquietações, urgências e questões de pes­soas, escolas e organizações, instaurando um lugar estético, ético e político de deslocamento, para construção de outros olhares que integram o pensar e o fazer. A arte e a educação são os principais campos de sustentação das investigações deste lugar de encontros e entrelaçamentos entre as experiências singulares, as diversas áreas do conhecimento e diferentes linguagens, que se articulam em torno de questões contemporâneas criando um território de partilha.

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ESTADO DE ATELIÊ


sumário

Estado de ateliê ....................................................................... 07 Encontro 1.................................................................................... 12 Encontro 2 .................................................................................. 20 Encontro 3................................................................................... 26 Encontro 4 .................................................................................. 30 Encontro 5 .................................................................................. 36 Encontro 6 .................................................................................. 44 Encontro 7 .................................................................................. 48 Encontro 8 ................................................................................. 54

INTRODUÇÃO

Ateliês e convidados ............................................................ 60

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ESTADO DE ATELIÊ


Estado de ateliê Investigações práticas com artistas, educadores e atelieristas

O que é ateliê? Uma maneira de pensar? Uma maneira de estar? Uma maneira de ser? Um espaço no nosso pensamento? Um laboratório de invenções? Um lugar para fazer arte? Só arte? Um lugar onde o corpo vive a relação com as materialidades? Um lugar de encontro? De que maneiras o ateliê se faz para além do seu espaço físico? É coisa singular ou plural? É de um ou de mais? É de artista, de escola ou de pessoas? Como trazemos o ateliê para nossa forma de nos relacionarmos com o mundo? O que se desloca quando estamos em estado de ateliê? Nesse curso convidamos diferentes artistas, educadores, atelieristas para viver o ateliê e pensá-lo, criando investigações práticas, aprendizagens de corpo todo, mesmo com cada um em sua casa. A cada encontro recebemos um ou mais convidados que convocaram a casa e os corpos de cada participante para o estado da arte, por meio de oficinas e ateliês.

Segredos que criamos e compartilhamos? Uma ferramenta para criar a vida? Uma maneira diferente de organizar a louça? Eu sou um ateliê? Mãos, vidas, lugares, pessoas, momentos, sons, cheiros, sabores - quais foram e são nossos mestres? O que nos acorda o estado de ateliê?

ESTADO DE ATELIÊ

O que é ateliê? - nos perguntamos.

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ESTADO DE ATELIÊ


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INTRODUÇÃO


Fabiana Freier

Elis Simões

Das bacias de metal me lembro do quintal que habitava a servidão. Alí cabia um mundo inteirinho, dentro e fora das bacias, as mesmas que a avó usava pra quarar as roupas. Tão branquinhas que ficavam, que narravam uma história sobre vento e fluidez ao serem penduradas no varal. Aquele monte de tecido branco que passava pela bacia, convidava a um labirinto quando pendurados. Criava brechas, passava vento, passava cheiro. Aquele quintal que tinha verde, tinha terra, tinha muita flor, também tinha história pendurada no varal da lavadeira.


O quintal da minha infância, o primeiro deles. O grande quintal da casa onde eu vivi até os meus cinco anos. Tenho duas memórias muito vivas de um certo saber-fazer, desapressado e livre, que se desenrolava nesse espaço. Mãos descascando. Minha avó conseguia descascar uma laranja em um movimento contínuo, sem partir a casca. Precisar, não precisava; mas que diferença fazia pra nós duas ter aquela serpentina viva. Eu acompanhava o gesto dela com atenção, chupava meia laranja e ganhava a casca inteira. Mãos montando. Meu pai tinha alguns aeromodelos. Voar, quase não voavam; mas ele gostava demais, mesmo que não funcionassem tão bem. Lembro dele lidando com

Bianca Parizi

as muitas peças feitas de madeira balsa, o pequeno motor, a pequena hélice. Eu por perto, rodeando, seduzida não pelos aviõezinhos, mas pelos refugos de sua produção. Eu nunca tinha pensado em quanto aquele primeiro quintal foi ateliê pra mim. Bianca Parizi

INTRODUÇÃO

Bianca Habib

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ENCONTRO 1

Fabulações das origens binåh espaço de arte (Stela Barbieri e Flora Pappalardo)

Há muitos e muitos anos os seres humanos criam narrativas para tentar se relacionar com os mistérios que envolvem a origem daquilo que os circunda. Como nascem os vagalumes? Qual a origem do fogo? De que forma surgiu o universo? Como nasceram os rios? Mitos, lendas, textos científicos, fósseis, narrativas escritas em paredes, pedras e pergaminhos nos contam sobre as ideias e indícios a respeito daquilo que nasce misteriosamente.

ENCONTRO 1

A partir de histórias de origem e da atenção aberta aos mistérios dos objetos que povoam nossas casas, desenrolamos perguntas, hipóteses imaginárias e caminhos de partilha para as narrativas que se formavam. Somos punhados de mundo, assim como tudo o que nos envolve. Quais as histórias ocultas de cada corpo do mundo? Coletivamente, mergulhamos em fabulações científicas, desenhando uma genealogia dos objetos e narrando invenções, origens e caminhos possíveis.

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INTRODUÇÃO


Fabiana Freier

A costure

tomou as medid

observavam co

Bianca Habib


OBSERVATÓRIO DE FRAGMENTOS O OBSERVATÓRIO FOI CRIADO PARA REVELAR OS FRAGMENTOS DO DIA E DA NOITE. ELE CONTA O QUE FOI ATRAVESSADO, O QUE ESTÁ DO OUTRO LADO, DO AVESSO, DO DISTANTE E DO PERTO. MODO DE USAR: COLOQUE O OBSERVATÓRIO DIANTE DOS OLHOS, PODENDO INTERCALAR ENTRE OS DOIS ABERTOS OU APENAS UM. OBSERVE AS NUANCES, OS ENCONTROS, OS FORMATOS E POSSIBILIDADES DIANTE DO OUTRO LADO. PRECAUÇÕES: I M P O R T A NT E U S A R O O B S E R V A T Ó R I O C O M A B E R T U R A , DISPONIBILIDADE E ENCANTAMENTO.

OBSERVATÓRIO DE FRAGMENTOS

RECOMENDADO

PARA

CRIANÇAS

DE

0

A

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ANOS.

GARANTIA: A OPORTUNIDADE DE ENCONTRAR COM O MUNDO FRAGMENTADO POR CIRCUNFERÊNCIAS E DESPERTAR EM SI A CURIOSIDADE DO OLHAR E JUNÇÃO DAS PARTES.

Elis Simões

Bianca Parizi

eira retirou a maçaneta da porta e emendou nela um pequeno tubo curvo. Depois

das do cano, fez alguns ajustes e reforçou a emenda. À distância, as duas vizinhas a

om muita curiosidade e alguma preocupação. Determinada, a costureira seguia:

Silibrina

Ana Helena Grimaldi


ENCONTRO 1

Remontar Montar de Novo: o gesto é uma reflexão KA Gestão em Cultura, Arte e Educação (Carolina Velasquez e Eri Alves)

Como desorganizar o que já está automático? Onde o condicionamento encontra com um novo gesto? Quais arquiteturas já formaram o corpo que você tem hoje? A arquitetura das coisas molda também nossos corpos, movimentos, afetos, nossos trabalhos, pesquisas. Que memórias carregamos, através dos movimentos, nas entranhas de nossos corpos? Essas memórias e pensamentos são matérias? Desmontar remontar nossas paisagens internas e externas é ter uma percepção de uma arquitetura que te rodeia e estabelece limites. O que desperta a possibilidade de expandir e transformar esses limites? Neste encontro, descobrimos que o dia todo estamos montando, desmontando e remontando paisagens: as nuvens, a mesa das refeições, a louça na pia, uma laranja descascada e cortada, um cheiro que se faz e desfaz, nossos pensamentos e matérias internas.

ENCONTRO 1

Fomos presenteados com palavras-instruções que nos levaram a movimentos de deslocamento: modificar o ambiente, mover os objetos e seus significados, bagunçar o cotidiano das coisas, atualizar as ordens. E se tudo o que mora na mesa experimentar habitar o chão? Que reflexões guardam os gestos?

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INTRODUÇÃO


Rosvita

Fabiana Freier

Ana Helena Grimaldi


Letícia Perroud

Bianca Parizi


ENCONTRO 2

Corpo Viagem

O QUE CARREGAR EM UMA MALA ATELIÊ COM DESTINO A UM CORPO VIAGEM? Mala Ateliê (JulliPop)

Como desorganizar o que já está automático? Onde o condicionamento encontra com um novo gesto? Quais arquiteturas já formaram o corpo que você tem hoje? A arquitetura das coisas molda também nossos corpos, movimentos, afetos, nossos trabalhos, pesquisas. Que memórias carregamos, através dos movimentos, nas entranhas de nossos corpos? Essas memórias e pensamentos são matérias? Desmontar remontar nossas paisagens internas e externas é ter uma percepção de uma arquitetura que te rodeia e estabelece limites. O que desperta a possibilidade de expandir e transformar esses limites? Neste encontro, descobrimos que o dia todo estamos montando, desmontando e remontando paisagens: as nuvens, a mesa das refeições, a louça na pia, uma laranja descascada e cortada, um cheiro que se faz e desfaz, nossos pensamentos e matérias internas.

ENCONTRO 2

Fomos presenteados com palavras-instruções que nos levaram a movimentos de deslocamento: modificar o ambiente, mover os objetos e seus significados, bagunçar o cotidiano das coisas, atualizar as ordens. E se tudo o que mora na mesa experimentar habitar o chão? Que reflexões guardam os gestos?

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INTRODUÇÃO




Mala muito Mala do avesso Mala broto Mala sorte Mala desejo Mala amareando Maleta da gata Félix Mala pedaço de biscoito Mala onírica Mala pote Mala metade Mala reflexo Mala vermelha Mala caleidoscópio Mala dos outros Mala das ideias Mala caixa Mala quintal 2266 Mala sentidos

Ana Helena Grimaldi

Fabiana Freier


Raquel Alcântara Mariana Viveiros

Vivian


ENCONTRO 3

Um convite a ser rio Ateliê Andorinha (Rayssa Fleury)

“O real não está no início nem no fim, ele se mostra pra gente é no meio da travessia”. Com palavras de Guimarães Rosa, fomos convidados a navegar seguindo os fluxos que nos guiam dentro e fora de nós, atravessar as águas que habitamos e alargar os rios que também somos. Um ateliê para dialogar com as águas, com a possibilidade de ser rio, de abrir paisagens amplas dentro de casa, de nos abrir a um mergulho.

ENCONTRO 3

Percorrendo os leitos entre foz e nascente, imaginamos, traçamos e tornamos visíveis os rios que correm nas mãos, no corpo e no espaço. Uma escuta. Pescamos palavras de água e deixamos falar o rio que sabemos ser.

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INTRODUÇÃO


Biana Parizi

Elis Simões

Raquel Alcântara


Letícia Perroud

Juliana Papa


ENCONTRO 4

Poética da Terra: da coleta à produção de materiais naturais UM ATELIÊ PARA POUSAR NA TERRA Poética do Habitar (Denise Vallarini)

ENCONTRO 4

Um ateliê para pousar na terra é um convite para caminhar na busca por uma sede. Demorar-se aí. Morar numa paisagem por algum tempo. Perceber-se e misturar-se a esse entorno, atentando-nos aos sons, aos possíveis jogos de luz e às infinitas paletas desse mundo terracéu. Encontrar lugares, pousar na terra, coletar com respeito e permissão, descobrindo materialidades, procurar compreendê-las, para transformálas em tintas e materiais potentes para o desenho e a pintura – é estar em contato profundo com a Poética da Terra.

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Quantas coisas acontecem em um canteiro da cidade? Ampliamos nossos olhares para perceber as magias e alquimias provocadas pela terra em conversa com nossas mãos e o pilão, a peneira, nossos sentidos, a água, o álcool, o carvão, os diferentes óleos, solos, argilas e suas propriedades. Depois de decantar e filtrar, o ar também entra na mistura: a seca, a cheia, os ciclos que buscamos aprender. Descobrimos que as cores são também diálogos, interações, vidas que se transformam em encontros. Quanta profundidade guarda uma linha traçada em cor de terra?


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INTRODUÇÃO




amarelo e arredores

paisagem urbana I

paisagem urbana II

Biana Parizi

Fabiana Freier


CASCA DE CEBOLA CÚRCUMA

CASCA DE BETERRABA

Silvana Goulart


ENCONTRO 5

Ateliê Cheiro de Chá Oquecabeaqui? (Zá Spigel, Bia Cortés e Alexandra Contocani)

Como um feitio antigo nos chama ao agora? Fazer chá em estado de ateliê? A oficina Cheiro de Chá foi um convite à presença, à sensorialidade, à evocação e à aquisição de memórias afetivas relacionadas ao tato, ao olfato e ao paladar. Exploramos diferentes ervas aromáticas, produzimos sachês com misturas, preparamos infusões em água, para, em seguida, degustálas, experimentando as sutilezas dos cheiros, texturas, temperaturas, cores e sabores, e sentindo o tempo das coisas.

ENCONTRO 5

Camomila, hortelã, gengibre, canela, erva doce, hibisco, capim cidreira, raízes, água, fogo, fumaça. Os quatro elementos se encontraram em misturas, assim como nossos sentidos: sentimos cheiros com as mãos, desenhamos com a ponta dos olhos e demos goles de profundas memórias.

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INTRODUÇÃO



Fabiana Freier


ENCONTRO 5

Ateliê Eu graveto. Tu gravetas. Ser criança é natural (Ana Carol Thomé)

O graveto é o brinquedo mais brincado do mundo. Em todo canto do mundo tem graveto. Em todo canto do mundo tem alguém encontrando o graveto e imaginando possibilidades. Como foi o passado de cada graveto? O que o futuro guarda a cada um? E como nos encontramos com os gravetos no presente? Uma colher de pau é um graveto que alguém já esculpiu? É a extensão de nossa mão? Como graveto encontra o corpo? Este ateliê foi um convite para a experiência, a pesquisa, e para diálogos entre graveto, corpo e imaginação. A experiência começa no convite para a coleta. Eu escolho o graveto ou ele me escolhe? Como é que ele nos convida a brincar? Cada graveto é um novo convite. Muitos gravetos, muitas possibilidades. Gravetemos.

ENCONTRO 5

Convivemos com gravetos, os juntamos aos nossos ossos, dançamos, criamos estruturas. E com um toque tudo se desfez. Lugar de graveto é no chão? Lugar de história é dentro do graveto?

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INTRODUÇÃO




ENCONTRO 6

Como inventar o céu que ainda desconheço? coletivo miudezas (Julia Souza e Marina Rosenfeld)

O que tem de estrela em você? E o que tem de você nas estrelas? O que tem de miúdo nas grandezas e de grande nas miudezas? Suspender o céu por alguns instantes. Inventar constelações para um novo céu. Habitamos, neste encontro, um tempo não linear. Aquele que é como a infância, que atravessa, passa e permanece, apontando para diferentes agoras. O que nos faz sonhar os tempos? Como cartografar os tempos? O que os une? “O céu é o telhado do mundo inteiro”. “É a cartografia acima de todos nós”, o mapa que nos cobre e que une todos os tempos. O que vemos no céu? O que não vemos, mas habita os céus? E o que vemos, mas não está mais ali? A todo momento, antigas partículas, raios cósmicos e físicos chegam à Terra. O céu foi chegando em nosso ateliê: trouxemos pedaços e, com uma atenção flutuante, ajustamos nossas bússolas a partir de outras regras, costurando símbolos que representavam histórias, ideias e memórias de cada um. Juntos, inventamos outros céus.

ENCONTRO 6

“Um céu em espiral”. “Um céu com cheiro de mostarda”. Céu de pedras. Céu de miudezas, de palavras. Sol, Lua e estrelas na palma da mão.

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INTRODUÇÃO


Suzana Arruda

Ana Helena Grimaldi


Bianca Parizi

Letícia Perroud


ENCONTRO 7

Fios entre nós Ateliê Imaginário (Ana Helena Grimaldi e Ana Letícia Penedo)

“Eu vou te contar uma história, agora, atenção Que começa aqui no meio da palma da tua mão Bem no meio tem uma linha ligada ao coração Quem sabia dessa história antes mesmo da canção? Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão…” Paulo Tatit e Zé Tatit Os fios, linhas e tramas. Desde sempre presentes na história dos seres humanos. Linhas que nos ligam a outras terras, que traçam rotas, que buscam nos conectar ao que nos rodeia. A ligação entre o interior, corpo-casa e o exterior, corpos-mundo. Das conexões em rede à trama da materialidade dos fios, o que nos liga? O que nos mantém conectados agora?

ENCONTRO 7

Sem palavras e com fios, buscamos nossas ligações. Qual a linha que nos liga à terra e aos céus? Qual o tamanho da linha de tudo o que abraçamos no mundo? Que constelações nos ligam? Dessas tramas todas, nasceram casulos. Corpos-casulos em contínua busca por conexões. Linhas sem fim.

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INTRODUÇÃO




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Ca

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Elis Simões Suzana Arruda

Fabiana Freier


Juliana Papa

Letícia Perroud

Silvana Goulart

Bianca Parizi


ENCONTRO 8

Viagens espaciais entre palavras e imagens AVE (Valéria Gobato e Valquíria Prates)

Como visitar os espaços das coisas? De quantos modos podemos percorrer os objetos da casa como se estivéssemos explorando outros territórios? Este ateliê de criação poética de textos e imagens tomou como ponto de partida o conceito de binômio fantástico elaborado por Gianni Rodari a partir de seus trinta anos de experiências de invenção como professor de linguagens na Itália, entre as décadas de 1940 e 1970. Fomos convidados a explorar processos de criação de metáforas como estratégias da linguagem poética, buscando ampliar conexões de sentidos a partir de experiências cotidianas de investigação dos espaços das coisas. O que acontece quando um objeto se encontra com algo vivo? Quando um objeto se torna algo vivo? É possível dar vida às coisas apenas colocando uma palavra diante da outra? O que nasce da junção entre duas palavras?

ENCONTRO 8

Fundimos palavras e imagens; imagens fotografadas e traços inventados. Criamos um conjunto coletivo de viagens espaciais: uma flor de luneta, um travesseiro-casulo, gente-chaleira, vestido de vagalume, lençol sobre água, menino vitrola, mão de pincel, colher estrelas…

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INTRODUÇÃO






ateliês e convidados binåh espaço de arte é um lugar de invenção, investigação e imaginação. Um lugar de encontros e experiências com e a partir da arte, que foi construído no ateliê de Stela Barbieri e Fernando Vilela. Conta com uma equipe de profissionais diversos (cineastas, designers, artistas, escritores, educadores, músicos e cientistas) e realiza cursos, oficinas, grupos de estudos, assessorias, encontros, visitas, ateliês e festivais para adultos e crianças. O binåh dialoga com as inquietações, urgências e questões de pessoas, escolas e organizações, instaurando um lugar estético, ético e político de deslocamento, para construção de outros olhares que integram o pensar e o fazer. A arte e a educação são os principais campos de sustentação das investigações deste lugar de encontros e entrelaçamentos entre as experiências singulares, as diversas áreas do conhecimento e diferentes linguagens, que se agenciam em torno de questões contemporâneas, criando um território de partilha.

Stela Barbieri (binåh espaço de arte) é artista plástica, educadora, escritora e contadora de histórias. Foi curadora do Educativo da Bienal de Artes de São Paulo e diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake. É assessora de artes da educação infantil e ensino fundamental na escola Vera Cruz e prestou assessoria nas escolas Castanheiras e Nossa Senhora das Graças. Stela fez parte do Conselho Consultivo do PGECC – Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência, em Lisboa, Portugal e atualmente faz parte do conselho da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ela também coordenou o curso de Pós-Graduação em Museus e Instituições Culturais, do Instituto Singularidades. Contadora de histórias experiente, Stela é autora de 20 livros infanto juvenis. É diretora do Bináh Espaço de Arte.

Flora Pappalardo (binåh espaço de arte) é cineasta e educadora. Trabalha com conteúdo e documentação no binåh – espaço de arte desde 2019. Formada em cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado, trabalhou em mais de 20 curtasmetragens, séries de televisão e produções audiovisuais diversas. Como educadora atuou no Colégio São Domingos, Santa Cruz, EMEF Amorim Lima, Escola Vera Cruz e no binåh.


KA Gestão em Cultura, Arte e Educação é formada por artistas educadores, nós somos a KA. Partindo do princípio que todo cidadão é um artista ao desenvolver sua criatividade e atuar em sua comunidade, acreditamos na arte como um campo político de ação que possibilita a reorganização social. Por meio da educação não formal queremos promover ações que gerem o encontro, a criação coletiva de idéias e a inserção cultural, fomentando a produção e discussão no contexto artístico e educacional.

Carolina Velasquez (KA Gestão em Cultura, Arte e Educação) a partir de sua produção artística, propõe vivências corporais e palestras sobre processo criativo, com o objetivo de impulsionar novas narrativas e interações do público com a arte, com estrutura do ensino da arte por meio do fazer artístico e da auto descoberta e expansão da criatividade humana. Mestrado em Processos e Procedimentos artísticos no Instituto de Artes da UNESP. Pós graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas na Fundação Alvares Penteado – FAAP. Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Estadual de São Paulo – UNESP. Artista criadora da proposta artística Performances Fabulosas desde 2012. É Performer, Muralista; costura estandartes, bonecos, animais, asas e às vezes é recheio de suas costuras. Pesquisa e reproduz símbolos pré colombianos. Tem o hábito e a crença de produzir junto do público e ter a rua como espaço expositivo e atualmente é um dos sócios da KA Gestão em Cultura, Arte e Educação.

Eri Alves (KA Gestão em Cultura, Arte e Educação) é Erivaldo Aparecido Alves do Nascimento, artista plástico Bacharel e Licenciado pela Unesp, pósgraduado em Projetos Culturais pelo Senac. Sua produção artística transita por técnicas como escultura, pintura, gravura, Instalação e tramas diversas com fios e linhas, tendo como tema principal a Arte Popular. Trabalha com arte educação em empresas como o SESCSP e Fundação Bienal de São Paulo. Neste campo de atuação se interessa por Poesia, Ações performáticas, danças e brincadeiras. Com esse momento “isolamento” da Covid vem atuando com projetos virtuais baseado em Exposições, Aulas, Oficinas e Palestras a distância e atualmente é um dos sócios da KA Gestão em Cultura, Arte e Educação.


Mala Ateliê Onde cabe seu ateliê? O nosso em uma mala. A Mala Ateliê. Um projeto de JulliPop e Gui Rossi, que estreou em julho de 2020, com a ativação de uma pesquisa que partilha depoimentos de pessoas sobre o que carregam em sua mala, a princípio artistas, educadores e crianças. Eles são um par: inventores, educadores, artistas, um pai e uma mãe, que provocam em si e no mundo a capacidade de inventar que vive em cada um e faz cada um ser quem se é. Isso, pelo viés da arte e da educação no cotidiano. Julli artista educadora atelierista, cantora compositora, engajada na área desde 1998, premiada por seu trabalho dentro da educação e Gui Inventor, artista, cenógrafo, engajado na área com produções em diferentes Bienais de Arte de São Paulo associado a artistas internacionais, hoje atua com Julli na invenção das malinhas ateliê e conta com sua oficina MataAMP para produção dessas invenções.

Juliana Carnasciali / JULLIPOP (Mala Ateliê) é licenciada em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e pós graduada em “Caminhada como método para arte educação” pela Casa Tombada com coordenação de Edith Derdyk. Foi premiada duas vezes pelo Instituto Arte na Escola – Prêmio Arte na Escola Cidadã. Assessora escolas, instituições educativas e famílias a partir de um viés contemporâneo e rizomático. Atuou como professora atelierista na Carandá Vivavida e como professora de Arte no Colégio Vital Brazil. Cultiva um projeto infantil chamado Muliga que conta com a publicação “Música e mais…” 2014 pela Editora Dash (@projetomuliga) _www.projetomuliga.com.br , uma Experiência sonora eco educativa chamada Casa Bagunçada (@casa.baguncada), um trabalho de música autoral (@jullipopmusica), uma pesquisa sobre estado de ateliê, via perfil @malaatelie e oferece formação de educadores a partir da perspectiva do ateliê dentro da escola. Atua na Casa Tombada Nuvem Sp Brasil e no Projeto Kalambaka em Portugal. Seu corpo é arte, maternidade, invenções e afeto. E ela adora convidar as pessoas para fazer suas malas e viajar!

Andorinha Ateliê é Itinerante é um carro-ateliê que percorre escolas e praças com propostas artísticas, intervenções no espaço e convites a encontros e formações que fomentam a cultura do ateliê.


Rayssa Fleury (Andorinha Ateliê) é arte-educadora, ilustradora e arquiteta. Trabalha no meio do caminho entre arte, educação e arquitetura, com formação de educadores, grupos de imersão em processos criativos e ateliês com crianças. Formada pela FAU-USP, foi educadora no Binah Espaço de Arte, atuou como arteeducadora em instituições culturais como SESC Pompéia, foi professora de artes na Rede Municipal de SP, é colaboradora da Virada Educação SP e, atualmente, trabalha com seu ateliê itinerante, inaugurado em 2019, O ANDORINHA Ateliê.

Denise Valarini Leporino (Poéticas do habitar) é licenciada em Artes Visuais com ênfase em Design pela Puc- Campinas e mestra pelo Instituto de Artes da Unicamp. Atua como docente na Faculdade Unimetrocamp, no Curso de Pedagogia. É fundadora do Projeto Poética do Habitar, investigando a extração de pigmentos e produção de materiais naturais em conexão com a natureza. Atuou como Docente na Universidade do Vale do São Francisco ministrando a disciplina de Poéticas Visuais. Coordenou projetos artísticos em Ong’s destinadas às pessoas com deficiência intelectual. Investiga metodologias no Ensino de Arte Contemporânea para crianças. Trabalha com formação de Professores e é professora na rede particular de ensino. Dirigiu e escreveu a peça Bartolomeu: o viajante de quintais via edital PROAc , com apresentação no Teatro Alfa em SP.

oquecabeaqui? Somos um coletivo de educadoras que investigam e promovem arte, cultura e livre brincar. Com a intenção de levar nossas ações a diversos lugares da cidade e atingir crianças e famílias de diferentes camadas socioculturais, iniciamos nossa atuação em um ateliê móvel – uma kombi que já passou por diversas instituições culturais, escolas públicas e privadas, feiras, praças, entre muitos outros lugares, em diferentes municípios. Nossas propostas estão fundamentadas na concepção de que a criança é protagonista de seu percurso de criação e descoberta. Acreditamos na importância da escuta sensível, no respeito às diferenças e subjetividades, ao tempo singular de cada pessoa e de cada experiência. A cooperação e a conexão com a natureza e com a materialidade do mundo permeiam nossos projetos. Nossa motivação é sensibilizar olhares para a potência da infância, compartilhar saberes, intercambiar experiências, causar atravessamentos, cultivar presença de corpo e mente, viver processos, provocar o olhar de encantamento para as coisas do mundo em pessoas de qualquer idade.


Zá Szpigel (oquecabeaqui?) Descobriu a paixão pela educação desde a época em que cursava artes plásticas na FAAP. Foi em 1988, junto aos bebês e às crianças bem pequenas de uma creche que começou a dar aulas de arte e investigar sobre a potência dos processos de criação presentes desde os primeiros anos de vida. Desde então, sempre esteve envolvida com projetos de educação e arte na escola e no museu. Por dez anos colocou o pé na estrada para trocar experiências de arte e cultura com professores de diferentes regiões do Brasil. Hoje, seu maior interesse é investigar a relação dos bebês e das crianças bem pequenas com o mundo.

Alexandra Contocani (oquecabeaqui?) é atelierista e educadora há mais de 20 anos, desde cedo a arte fez parte de sua vida. Cresceu em meio a barro, pedra, tinta, papel, carvão, couro, estopa, linha, tecido… Já grande, manteve olhos de gente miúda, procurando viver em volta de quem os tem. A infância e a arte são seus objetos de investigação porque são capazes de reinventar o mundo.

Bia Cortés (oquecabeaqui?) Atuou como professora, tradutora, revisora, coordenadora editorial, coordenadora de projetos educacionais, restauradora, fotógrafa, roteirista. Há mais de 30 anos trabalhando com educação, cultura e arte, trabalhou em várias escolas, ateliês e instituições culturais, e viajou um bocado. Apaixonada por natureza e pela poética da infância, desde 2011 tem seu foco de atuação e pesquisa voltado para elas. Acredita no poder transformador da arte e das investigações introspectivas, na prática de presença, na educação para a sensibilidade, na importância do brincar, na potência da criança, e, sendo assim, faz tudo isso caber em sua vida.

Ana Carol Thomé (Ser criança é natural) é pedagoga, especialista em Educação Lúdica, Psicomotricidade eEducação Inclusiva. Professora da Rede Publica, atuando noprograma de formação de professores. Idealizou e coordena oprograma Ser Criança é Natural do Instituto Romã, desde 2013.Trabalhou em Escolas da Floresta no Reino Unido, e pesquisainiciativas que relacionem Educação e Natureza pelo mundo.Estuda cultura da infância e desenvolvimento infantil. Especialista participante do documentário O Começo da vida 2: Lá Fora. Professora por profissão, educadora de coração,brincante desde o nascimento. Acredita no poder da infância eque o mundo pode ser melhor.


coletivo miudezas cria ateliês itinerantes para investigar as miudezas do mundo. Desde 2019, as três amigas e artistas educadoras, Julia Nowikow de Souza, Marina Rosenfeld Sznelwar e Thais Caramico, oferecem experiências nas quais a arte, a natureza e a tecnologia funcionam como disparadores para o sentir. Já realizaram encontros no Sesc Santos, Museu da Casa Brasileira (em conjunto com a Mostra do Bruno Munari), Instituto Italiano, Bináh Espaço de Arte, Escola ALFA, Sesc Paulista e Sesc Consolação (como continuidade da peça Maria e os Insetos, da Companhia Delas de Teatro). Durante a pandemia, criaram vídeos-ateliês para a Editora Peirópolis, Sesc Santana e Companhia Delas de Teatro, além de convites a experiências artísticas pelo perfil @coletivo.miudezas no Instagram.

Julia Nowikow de Souza (coletivo miudezas) é educadora. Ama estar com crianças e aprender com elas, principalmente quando estão descobrindo e inventando mundos através do desenho e do brincar. É formada em Ciências Sociais (2013) pela Universidade de São Paulo e pela Universidade de Sevilla, na Espanha, e tem Pedagogia como segunda graduação (2018). Começou a trabalhar com educação em 2009, no Ensino Infantil da Escola Viva. Desde então, passou pelo Ensino Fundamental e pela educação não formal em espaços de arte como o Ateliê Bináh, o Instituto Tomie Ohtake, a Bienal de São Paulo e o Sesc. Atualmente é professora do Ensino Infantil da Escola Vera Cruz. Em 2019 fundou o coletivo miudezas com Marina Rosenfeld e Thais Caramico, promovendo formações e ateliês itinerantes de arte, natureza e tecnologia para investigar as miudezas do mundo.

Marina Rosenfeld Sznelwar (coletivo miudezas) é arquiteta, designer e educadora. Adora imaginar e desenhar o que tem à sua volta, e sempre para um pouco para observar como vivem os bichos e as plantas. Se dedica a realizar aulas-ateliês (individuais ou em grupos) de arte e arquitetura para crianças. Possui licenciatura em artes visuais. Trabalha na Steps como educadora especialista em artes. Desde 2011, é sócia-fundadora do estúdio de design Estúdio Vira www.estudiovira.com. Trabalhou no Pé de Gente e na Escola Ateliê Carambola (2019). Possui Mestrado em História da Arte e Cultura Visual pela Université Lyon 2, França (2018) e PósGraduação em Design Editorial pelo SENAC (2016). Participou do International Study Group – The Reggio Emilia Approach to Education, Itália (2018). Graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Escola da Cidade (2009), cursou Ensino Médio e Fundamental no Colégio Nossa Senhora das Graças (Gracinha) e Educação Infantil na Escola Viva.


Ateliê imaginário é idealizado por Ana Letícia Penedo e Ana Helena Grimaldi, iniciou suas atividades em janeiro de 2020 com uma ação no FAMA Museu. Espaço de invenção e imaginação para encontros investigativos, rodas de conversa, expedições, visitas a exposições e exercícios de criação. Um ateliê sem lugar fixo que aposta na experimentação de processos artísticos, em diálogo com a arte contemporânea e a natureza. Um espaço metafórico de desejo de estar junto, em conexão estreita com o lugar, com os repertórios pessoais e com outras áreas do conhecimento.

Ana Helena Grimaldi (Ateliê imaginário) é artista educadora, graduada em Artes Visuais e especialista em Educação em Museus e Centros Culturais (Instituto Singularidades/SP). É professora de Artes Visuais no Ensino Fundamental da Escola Comunitária de Campinas, desde 2009. Recebeu em 2015 o Prêmio ADE – Apple Distinguished Educator – comunidade global de líderes educadores reconhecidos por utilizar a tecnologia de forma inovadora. Participou de projetos e exposições como: 31a. e 32a. Bienal Internacional de São Paulo, contribuindo na elaboração do material educativo, juntamente com outros professores convidados. Tem atuado em diversos Setores Educativos de exposições, como Frestas Trienal de Artes do SESC e Daquilo que me Habita no CCBB Brasília. Em 2020, passa a integrar o núcleo de curadoria do Espaço Marco do Valle e participa do Transversalidades do CCBB, um curso voltado a professores e educadores que aborda temas que atravessam os campos da educação e da arte. Desenvolve projetos pelo Ateliê Imaginário, do qual é sócia fundadora e integra o Práticas Compartidas, grupo de pesquisas e produção em arte e educação, coordenado por Fábio Tremonte.

Ana Letícia Penedo (Ateliê imaginário) é artista visual e educadora, especialista em Arte Educação (ECA/USP), em Educação em Museus e Centros Culturais (Ins]tuto Singularidades/SP) e Arte do Brincante (Ins]tuto Brincante/SP). Atua como professora de arte do ensino fundamental na Escola Nossa Senhora das Graças “Gracinha”, desde 1996. Com ampla experiência na área educacional em ins]tuições par]culares e públicas, ministrando oficinas e palestras em cursos de formação de professores. Fez parte do setor educativo da 21a e 24a Bienal de São Paulo, com mediação de visitas de escolas e público em geral. De 2012 a 2018 realizou o Ateliê das Crianças no Festival de Arte Serrinha (Fazenda Serrinha – Bragança Paulista/ SP). É responsável pela Ação Educativo do Instituto Cultural Clécio Penedo (ICCPBarra Mansa/RJ). Desenvolveu oficinas para crianças em outubro de 2019 na Casa de Cultura do Parque (São Paulo/SP). Em janeiro de 2020 criou, ao lado de Ana Helena Grimaldi, o ATELIÊ IMAGINÁRIO, com estreia numa oficina para crianças na FAMA (Fábrica de Arte Marcos Amaro (Itu/SP). Ainda em 2020, começou a participar do projeto FLORESTA EDUCADORA, com Rafael Crooz.


AVE (agência de viagens espaciais) é uma plataforma móvel de investigação de redes de colaboração e processos de criação, com enfoque nas artes, educação, literatura e cultura . São três os eixos de atuação: os laboratórios, as bibliotecas e as exposições. A AVE realiza programas públicos, ações formativas, oficinas, cursos, encontros, publicações, ocupações e dias de campo com pessoas de todas as idades. www.ave.art.br @ave.art.br

Valéria Prates Gobato (AVE - agência de viagens espaciais) é produtora cultural, educadora e gerente de projetos. Mestre em Indústria Criativa e Cultural pela London Metropolitan University, realizou seu MBA em Bens Culturais – Cultura, Economia e Gestão pela Fundação Getúlio Vargas. Valéria é também bacharel em Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e possui Licenciatura plena em Pedagogia e em Artes Visuais. Desde 2010, coordena equipes e projetos em ações educativas de diversas instituições culturais, como a Fundação Bienal de São Paulo, o Instituto Tomie Ohtake, o Museu de Arte do Rio e Quadrado projetos. Também faz assessorias pedagógicas para escolas e instituições culturais, como Escola Vera Cruz (desde 2018) e Liceu Santa Cruz (desde 2016) e exposições temporárias no SESC SP.

Valquíria Prates (AVE - agência de viagens espaciais) é pesquisadora, educadora e curadora. Graduada em Letras e mestre em políticas públicas de acessibilidade pela Universidade de São Paulo, é doutora pelo Instituto de Artes da Unesp com a tese Como fazer junto: a arte e a educação na mediação cultural. Fundadora da AVE (Agência de Viagens Espaciais), atua como colaboradora de museus, bibliotecas, universidades, escolas e instituições culturais, coordena programas de educação, mediação e formação, realiza curadorias de exposições e organiza publicações. Atualmente é colaboradora do Núcleo de Pedagogias da Floresta da Casa do Rio (AM), da Plataforma Educativa do Instituto Cultural Usiminas e do Programa CCBB Educativo Arte & Educação, realizado pelo JA.CA Centro de Arte e Tecnologia nos CCBBs de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.


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