RASTRO: NARRATIVAS DO COTIDIANO Edital de registros, mini histórias e documentações Seleção das documentações premiadas
RASTRO: NARRATIVAS DO COTIDIANO Edital de registros, mini histórias e documentações Seleção das documentações premiadas
Rastro: Narrativas do cotidiano Edital de registros, mini histórias e documentações por Stela Barbieri e Flora Pappalardo Ano de pandemia, de suspensão da rotina, de acordar a casa, de acordar a escola, de acordar em nós o que é essencial. Talvez esse seja o momento em que os professores mais trabalharam, superando dificuldades técnicas, criando outros percursos e vivendo aproximações mesmo na distância. Sabemos que muito foi feito e queremos celebrar o vivido a partir da partilha de registros, mini-histórias e documentações, cartografias que revelem processos de investigações. O ano de 2020 foi, por um lado, um momento de recolhimento, de espera, de reflexão, de olhar interno, e por outro, foi também um ano de grandes movimentos, ano para desenhar e realizar outros projetos, investigar problemas para reconhecer outros caminhos de invenção e transformação da realidade. Em meio a esse vendaval, como nos localizamos no processo? Como criamos pistas que nos permitiram ver de novo, de maneira atenta? Como inventamos movimentos ao olhar para o vivido? Em meio a todo o turbilhão que foi 2020 resolvemos retomar as experiências por meio dos registros, mini histórias e documentações construídos ao longo do percurso por pessoas de todo Brasil e outros lugares do mundo. Este edital foi criado pelo binåh espaço de arte para que os educadores possam compartilhar as experiências vividas em situações de aprendizagem. Os trabalhos foram selecionados por educadores e artistas engajados na transformação do universo da educação para que práticas democráticas sejam vividas nas escolas e centros culturais. Esse grupo foi composto por:
André Carrieri Cleide Terzi Josiane Pareja Luciane Frosi Piva Luciane Varisco Focesi Luz Marina Maira Dourado Paulo Fochi Valéria Prates Gobato Vitor Janei Waldir Hernandes Stela Barbieri e equipe binåh No início de dezembro realizamos uma semana imersiva no YouTube do binåh espaço de arte sobre as Narrativas do Cotidiano: registros, mini-histórias e documentações. Esses encontros tiveram a seguinte configuração: 01/12/2021 – terça feira às 19h30: André Carrieri, Cleide Terzi e Waldir Hernandes 02/12/2021 – quarta feira às 19h30: Vitor Janei e Fernando Vilela 03/12/2021 – quarta feira às 19h30: com Vitor Janei e Fernando Vilela 04/12/2021 – sexta feira às 19h30: com Diana Tubenchlak e Lidiele Oliveira As gravações desses encontros seguem disponíveis no canal do binåh no youtube. Nesta publicação partilhamos as documentações selecionadas na primeira edição deste edital.
Ana Beatriz Petrus e grupo Arte Socialmente Implicada ou Enquanto o Estado Tenta Te Matar - Escola Sem Sítio 2020
Ana Beatriz Petrus Organicamente Implicados Julho de 2020. Brasil, Rio de Janeiro. Pandemia. Afastamento Social. "Fique em casa". E quem não tem casa? O grupo nasceu com o nome "Arte Socialmente Implicada ou Enquanto o Estado Tenta Te Matar". Proposto à Escola Sem Sítio, foi generosamente acolhido. Encontros viabilizados e mediados por plataformas digitais. Gravados. Controlados. Entrada livre. Ninguém paga. Entra quem quer. Quem pode. Quem tem acesso à rede. Corpos estranhos. Corpos que se estranham. Desejam penetrar. Invadir. Contaminar. Não gostou? Sai. Quer voltar? Volta. Tentativa de encontrar a errância, o acaso, o dissenso que a cidade nos garantia. Improviso. Incômodo. Ação. Arte Implicada está em plena ação! Hoje organicamente implicados, seus participantes se auto organizam, geram demandas, produzem.
Filo Chilopoda Algo invisível, uma textura ontológica vai se fazendo dos fluxos que constituem nossa formação atual, conectando-se com outros fluxos e esboçando outras quimeras. (ROLNIK, 1993) “Arte Socialmente Implicada” foi pretexto e provocação. Gerou formas inéditas coletivas. Arte se tornou corpo. Nosso corpo coletivo passou de “socialmente implicados” a “organicamente implicados”. Somos muitas diferenças ainda que não cheguemos à desejada diversidade. Cada diferença em fricção fez marcas e trouxe algumas aberturas. Sentimos no corpo uma perda de contornos, o que pudemos entender como violência. Violência que nos desestabilizou e nos pôs à procura de um corpo novo, quimérico, inédito e contextual. As dores então foram gênese de um devir. Esse corpo coletivo, feito em diferença e fricção, é atraído por ambientes onde se percebem ressonâncias. Estamos aqui para isso. Nesse ambiente, existirão outras diferenças. Garantiremos o desassossego. Organicamente implicados, em pontos de vista diversos, a partir dos pares de pernas, vivemos uma experiência que antecede a inteligência. Juntos, desejando ser um algo além do humano, somos éticos, estéticos e políticos. Num só corpo novo e irreconhecível, que pulsa e estremece nessa forma de contornos questionáveis, estamos compostando uma múltipla existência. Também lutamos contra os monstros que nos obstruem a criação de algo novo.
Amanda Tavares
(…) em que a gente começou a trabalhar com máscaras. Só que isso foi em porque que a gente começou trabalhar criando um(...) corpo, uma coisa é você a estar no desenho, que é, de certa forma, distante... Supostamente, porque está. um com máscaras. Só que isso foinão criando Mas, quando você incorpora coisa éorgânica do no corpo interferindo, corpo, porque umaacoisa você estar pedindo para falar as coisas, para viver as coisas, que não eram só do desenho, certa forma, campo mental, ele que estáé, de integrado…. Mas distante... eu tinha que ter um enfrentamento para integrar essa parte. Criar Supostamente, porque não está.um personagem com uma máscara me causou exatamente essa coisa de espanto porque eu nunca Mas, quando você incorpora a coisa tinha enfrentado esse opressor (…)
orgânica do corpo interferindo, pedindo para falar as coisas, para viver as coisas, que não eram só do campo mental, ele está integrado.... Mas eu tinha que ter um enfrentamento para integrar essa parte. Criar um personagem com uma máscara me causou exatamente essa coisa de espanto porque eu nunca tinha enfrentado esse opressor (...)
Celso Honório
Hoje Sem Anch E tud Na Il Uba Uba avô Ele t Minh terra melh Uba invis aind Enqu minh noss fábr mais Ela t pala meu Sinto histó ress
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Hoje é feriado em Ubatuba. Aniversário de fundação: 382 anos. Sempre soube que os índios estiveram aqui desde muito tempo e que teve também o padre Anchieta.. Ubatuba onde tuba é lugar em tupi foi lugar de muita briga muita guerra: a colonização. E tudo isso tá marcado na terra. Dá pra sentir no chão. Tem muita energia. Na Ilha Anchieta tinha presídio (não lembro se político) é a terra ainda se revirando. Ubatuba também é a minha infância. Meu mundo das crianças criadoras. Da coletividade e do afeto. Ubatuba também traz a história da minha família, de várias famílias que também são a minha. Meu avô tinha o que chamamos hoje de duas famílias. Além de cuidar como médico de outras famílias. Ele traz o sobrenome Hojeportuguês é feriado em Ubatuba. Aniversário colonizador: Luz de fundação: 382 anos. Sempre soube que os índios estiveram aqui desde muito tempo e que teve também o padre Minha vó, que foi secretária dele quase não tem passado, não tem a história pra Anchieta.. Ubatuba onde tuba é lugar em tupi foi lugar de muita briga muita guerra: a colonização. contar. Tá tudo na terra que se revira. (Isso foi até aqui. Durante a escrita desse E tudo isso tá marcado na terra. Dá pra sentir no chão. Tem muita energia. texto mudotinha de opinião entendo o que é esse "não história pra contar" Na Ilha Anchieta presídio e(não lembromelhor se político) é a terra ainda se tem revirando. e como tudo isso tem a ver com a história de Ubatuba..) Foi aqui em Ubatuba fiz Ubatuba também é a minha infância. Meu mundo das crianças criadoras. Da coletividade e doque afeto. Ubatuba também traz aexposição história da minha família,(para de várias famílias que também a minha. Meu minha primeira individual pessoas invisíveis) elasão aconteceu em avô um tinhaúnico o quedia chamamos de duas famílias. Além e degrama. cuidar como médico de ainda outras famílias. e a céuhoje aberto no chão de terra Eu não soube quantas Ele traz o sobrenome Luz pessoas vieram,português mas seicolonizador: que elas vieram. E fizeram remexer a terra. Minha vó, que foi secretária dele quase não tem passado, não tem a história pra contar. Tá tudo na Enquanto bordo, costuro. Dou pontos. Crio pontos. escrevo esse texto. Sento para terra que se revira. (Isso foi até aqui. Durante a escrita desse texto mudo de opinião e entendo conversar com minha vó num ato inédito ela conta sobre seus 93 anos. Disse para melhor o que é esse "não tem história pra contar" e como tudo isso tem a ver com a história de essa história nós.que (A fiz nossa costura) meindividual contou sobre quando Ubatuba..) Foi aquificar em entre Ubatuba minha primeiratambém exposição (para pessoas trabalhou na fábrica e fazia tecidos: cretone. A fábrica era Calfat (dos turcos invisíveis) ela aconteceu em um único dia e a céu aberto no chão de terra e grama. Eu não soube ainda quantas pessoas vieram, E mas quena elascertidão vieram. Edela fizeram a terra. ricos, como ela disse). porseiisso elaremexer tem um ano a mais. Foi uma Enquanto bordo, costuro. Dou pontos. Crio pontos. escrevo esse texto. Sento para conversar com manobra para poder começar a trabalhar na fábrica aos 14. minha num ato me inédito ela conta seusque 93 anos. Disse essa história ficar entre nós. (A Elavótambém conta, que ésobre a única sobrou dospara 7 filhos. E que tudo que sempre nossa costura) também me contou sobre quando trabalhou na fábrica e fazia tecidos: cretone. A quis foi nas palavras dela: " que meus filhos fossem gente (pudessem estudar) " e fábrica era Calfat (dos turcos ricos, como ela disse). E por isso na certidão dela ela tem um ano a no fim ela é muito grata pelo meu avô a quem lhe deu uma vida mais tranquila e mais. Foi uma manobra para poder começar a trabalhar na fábrica aos 14. Ela confortável. também me conta, que é a única que sobrou dos 7 filhos. E que tudo que sempre quis foi nas Sintodela: em" lágrimas, que fossem juntas gente nós reviramos um pouco E Elagrata podepelo me palavras que meus filhos (pudessem estudar) " e node fimterra. ela é muito meucontar avô a quem lheda deusua umahistória, vida maisque tranquila e confortável. muito eu sempre quis saber mas que soa tão dolorido Sinto que juntas reviramos um pouco de E Ela podepara me contar muito da sua a em ela.lágrimas, É mto bom poder,nós juntas, ressignificar asterra. coisas, olhar o passado juntas. história, que euterra... sempre quis saber mas que soa tão dolorido a ela. É mto bom poder, juntas, Olhar pra ressignificar as coisas, olhar para o passado juntas. Olhar pra terra...
Julia Saldanha
Malas de talvez computador vinte e quatro horas janela engradada Tédio em trinta metros quadrados Corpo sentado retina-óptica corpo deitado retina-óptica corpo cansado retina-óptica mobília coberta, anestesia diária, dejetos para cérebros, tédio sub-réptil de regimes totalitários, censura banal e dor desnecessária. (BEY, 2007) Abra sua agenda e marque seu prazer Abra sua agenda e marque seu prazer O prazer aqui só é feito enquanto findáveis minutos de exercício acadêmico. Não me seduz a diversão. Arte apenas por demanda. Leitura por investigação. Deixo que essa escrita seja uma vazia hermenêutica para ti. Trilha do sucesso. Bureau de burocracias desprovidas de intelecto A poesia torna-se insensível. Não há sentimento vivido para descrever sensações. Prazeres em minutos-contados-para-acabar-logo Abra sua agenda marque seu lazer
Buscar a fantasia na atitude maquínica, inventar percursos, imaginar deslocamentos,
vaguear.
No dia 1, sente-se ao lado de uma mesa branca de tubos metálicos e compensado naval, com duas gavetas tortas poucos graus em sentido anti-horário; esteja próximo a um móvel de madeira maciça que lembre peroba rosa...
ou em qualquer lugar, faça o primeiro traço em uma tela em branco.
Atrase-se no dia 2, pule o dia 3, esqueça no dia 4, retorne no dia 5. Fracasse no dia 11, surpreenda-se no dia 39 e finalize no dia 80; ou em qualquer outro. Consciente de que se deslocou o quanto pôde, esteve atento aos detalhes e foi parte da obra.
Quando minha mãe estava grávida e eu mergulhada dentro do caldo amniótico foi que tive o meu primeiro choque com a bici. Pedalando na cidade junto com as amigas, seus pés rodeavam a coroa quando, por fim, nesse desenho, seus pés se embaraçaram no pedal. Senti a agitação do sangue no cordão que nos unia e, abruptamente, o caldo entornou: esse foi o primeiro tombo, meu, com minha mãe e a bici. Ela nos levantou com o cuidado de sempre, me benzeu e seguimos com atenção para não nos machucarmos nos próximos capotes.
Andressa Boel
da janela do quarto, vejo tudo em losangos. mudo de posição enquanto escrevo e mudo a ordem do que escrevo: não sigo linearmente, eu só vou e volto, como quem dança... só que em mim. minhas pernas já se balançam: querem a rua que só meus olhos têm: são dois prédios residenciais de um lado — o esquerdo um prédio comercial no meio e dois prédios residenciais do outro lado — o direito os dois das extremidades não têm insônia só tem luz acesa de madrugada no segundo e no terceiro no comercial às vezes esquecem algo ligado a uma e dez o gari passa varrendo a rua o banco está aceso e vazio a academia fechada e invisível os dois salões de beleza — um de cada lado — também fechados mas o da direita tem as portas rosas e um grafite dizendo almalivre ❤ e eu amo! porque é a única parte de mim que ainda pode ser livre.
Nathália Rinaldi
Mind the gap
Mind the gap
Eu devia seguir dizemEu devia seguir dizem como sese meu nãoardesse como meuestômago estômago não como se meu não fervesse ardesse como sesangue meu sangue como se não pesassem as pálpebras não fervesse como se não a carcaça pesassem as pálpebras a esse calo essa crosta carcaça esse calo essa crosta Cascadura Cascadura Mary MaryGrace Grace isisnext home uma estação next home mas mastem temmais mais uma e outra condução estação e outra condução até que eu possa descansar até que eu possa descansar Carregador, fone, chokito, descascador a hora-aula do professor Carregador, fone, chokito, eu tomo um expresso descascador a hora-aula do pego o parador professor eu tomo umeexpresso vou trabalhar para entender a geografia dessa cidade pego o parador e vou trabalhar e compreender que linha de metrô para entender a geografia não costura mundo dessa cidade e compreender as linhas imaginárias que não dividem os polos que linha de metrô costura e separam os corpos mundo as linhas imaginárias nessa zona intertropical em (sub)desenvolvimento que dividem os polos e separam os corpospassado-presente nessaponto final em (sub)provocar: Ozona avisointertropical sonoro do metrô parece observe atentamente o vão entre as classes desenvolvimento passadosociais presente ponto finaldepende O avisode você a transformação também sonoro do metrô parece Ouvidos atentos escutam provocar: observe atentamente Ana B. o vão entre as classes sociais a transformação também depende de você Ouvidos atentos escutam Ana B.
Leve, Muito
Do ch sumir E apa Nas m Toma Foram Sob m Foram desco E div de ca Elas v de m Elas d mora
As pe ganh novo
Marc
e gap
seguir dizem desse rvesse pebras arcaça e calo crosta cadura home stação dução cansar scador fessor presso arador balhar cidade metrô mundo nárias polos corpos opical mento esente o final vocar: lasses sociais e você cutam
Ana B.
Leve, como leve pluma,
Leve, levepousa… pluma, Muito Muito como leve, leve leve, leve pousa... Do chafariz daGlória, Glória,elas elas chafariz da sumiram sumiram apareceram na dada Lapa E apareceram nanoite noite Nas mãos de ambulantes Lapa Nas mãos de ambulantes Tomaram vida Tomaram vidaprópria própria Foram vendidas Foram vendidasààvista vista Sob minha vista Sob minha vista Foram viver Foram viverem emcasas casas desconhecidas desconhecidas E dividir prateleiras com garrafas E dividir prateleiras com de cachaça garrafas de cachaça Elas viajaram de trem, de ônibus, Elas viajaram de trem, de de metrô ônibus, de metrô Elas dividiram calçadas com Elas dividiram calçadas com moradores de rua e passantes. moradores de rua e passantes. As pequenas caixinhas pequenas caixinhas coloridas coloridas as ruas, ganharam ganharam as ruas, ganharam novos significados. ganharam novos significados.
Marcel Alcantara
Marcel Alcantara
Ou
Resolvi fazer um protesto contra o aumento do arroz. O lugar que escolhi é uma encruzilhada, que se chama ‘Porta do céu’. A rua estava deserta. Não levei nada, só quatro quilos de sal e a minha vontade de realizar um pequeno ritual. Era uma manhã calma de domingo. Quem foi à padaria Resolvi um protestodecontra o aumento do arroz. O lugar que pôde terfazer a oportunidade ler ‘ARROZ’ escrito no chão da esquina. Quanto ao impacto, eu penso que um pequeno grão de arroz escolhi é uma encruzilhada, que se chama ‘Porta do céu’. A ruapode estava produzir pode só tocar as fibras levamos dentro. O arroz deserta.mudanças, Não levei nada, quatro quilosque de sal e a minha vontade pode estimular. Talvez o fato da palavra ter sido escrita com sal tenha de realizar um pequeno ritual. Era uma manhã calma de domingo. provocado estranheza, essa parte sensível. Espero que seja o excesso Quem foi à padaria pôde oportunidade de ler ‘ARROZ’ escrito sensual que fale sobre algoter daa ordem do incompreensível, o cristal que nono chão da esquina. Quanto ao impacto, pensochegou que um pequeno vá essencial da lógica cotidiana. Por fim, eu a chuva fina e fechou um ciclo. grão de arroz pode produzir mudanças, pode tocar as fibras que
levamos dentro. O arroz pode estimular. Talvez o fato da palavra ter sido escrita com sal tenha provocado estranheza, essa parte sensível. Espero que seja o excesso sensual que fale sobre algo da ordem do incompreensível, o cristal que vá no essencial da lógica cotidiana. Por fim, a chuva chegou fina e fechou um ciclo. Dôda Paranhos
Ex or se ob de en es es te cid qu rá m "ô pa Na pa de o na
Eu do m ge ch
colhi erta. r um daria uina. pode arroz enha esso que chou
Outros Gestos e Palavras, 2020 Experimentos a partir de imagens das letras organizadas em palavras Outros Gestos e Palavras, 2020 que geram sentido/direção pra cidade, como me sentir Experimentos a partirede imagens dascorpo letras obediente aos avisos oferecer meu organizadas em palavras que geram em desobediência Vincular partes sentido/direção prainútil. cidade, como me sentirdo corpo enquanto uma mão segura o celular e obediente aos avisos e oferecer meu corpo em fotografa, estar com palavra,partes do corpo desobediência inútil.aVincular enquanto uma mão segura o celular e fotografa, estar em palavra. - estar com a palavra, estar em palavra. tentando entender meu corpo nesse corpo datentando cidade que não posso habitar. Só corpo as ruas entender meu corpo nesse da são quase-possíveis, algumas cidade que não possoe habitar. Sósaídas as ruase são quase-possíveis, e algumas e entradas entradas rápidas, sem o rostosaídas completo. Tudo rápidas, sem o rosto completo. Tudo tem tem máscara e quase nada olha de volta. máscara e quase nada olha de volta. -"ô!"ô! mamãe mundo,quero, mamãeeu euquero queroéémamar mamar no no mundo, quero, no fundo" papai,papai, sabersaber no fundo" -minhacabeça, cabeça, aa música música do NaNa minha doTom TomZé, Zé,eeaacada palavra que tiro do lugar que já não era dela, cada palavra que tiroDeve-se do lugaràque já não tirar descubro uma nova. arqueologia era dela, descubro nova. o excesso de barrouma batido queDeve-se esconde à o novo arqueologia o excesso barro batido nascimentotirar morto há muitosde anos. que esconde o novo nascimento morto há Eu nãoanos. tiro nada. Eu coloco... meu corpo. Deitei muitos do lado do que já é fóssil. Às vezes, a palavra Eumorta não tiro nada. Euum coloco... se espreme pouco meu para ocorpo. lado e a Deitei lado que jánovo é fóssil. Àschão vezes, a gentedo faz um do desenho nesse velho palavra morta se espreme um pouco para o chamado nascer. lado e a gente faz um desenho novo nesse chão velho chamado nascer. Everson Verdião
O C so co co so pr at de
BOLSA PARA ROUBAR MUDAS
Das atividades que mais exerço na cidade, o roubo de mudas me pe experiências de vida importantes. Mês passado, eu me enfiei onde não d BOLSA PARA ROUBAR MUDAS para roubar um teco de um cacto verde, bem verde e suculento. Desavi ou insolente, sem calça luva… ofui porco-espinho Das atividades que mais exerço nem na cidade, roubo de mudas por me 3 dias. Esp fino, pequeno e ardido. Covarde, pendurei a bolsa de canto permite experiências de vida importantes. Mês passado, eu me onde ficou ontem como aquilo que avisa “cuidado onde se mete nessa de achar enfiei onde não devia para roubar um teco de um cacto verde, todo mato é nosso”. Hoje abri a bolsa (dessa vez com luva): as de bem verde e suculento. Desavisada insolente, sem calça nem fóssil. O c plantas roubadas no mesmooupasseio-expedição já eram luva... fuiBrotou. porco-espinho porque 3 dias. Espinho fino,depequeno e ardido. Ainda bem existe coragem brotar no escuro e pular m para roubar das cidades aquilo que nunca foi de ninguém. Covarde, pendurei a bolsa de canto onde ficou até ontem como
aquilo que avisa “cuidado onde se mete nessa de achar que todo mato é nosso”. Hoje abri a bolsa (dessa vez com luva): as demais plantas roubadas no mesmo passeio-expedição já eram fóssil. O cacto? Brotou. Ainda bem que existe coragem de brotar no escuro e pular muro para roubar das cidades aquilo que nunca foi de ninguém.
Ingryd Di
O mundo se fechou com a pandemia. Fiquei sozinha no quarto com as plantas. Crescemos e secamos. Murchamos para depois ganharmos vida com um pouco de sol. Li o que Preciado escreveu na "Conspiração dos perdedores" e só conseguia concordar. “Não tive dificuldade em respirar, mas era difícil acreditar que eu continuaria a respirar. Eu não tinha medo de morrer. Eu tinha medo de morrer sozinho.” Vontade de escrever uma carta de amor. Não mundo se fechou com a pandemia. Fiquei sozinha no quarto com as plantas. entendendo todo oganharmos processo; matei muitas plantas, scemos e secamos. Murchamosainda para depois vida com um pouco de tive concentração parados nada. Emudeci.eBordei até Li o que Preciadonão escreveu na "Conspiração perdedores" só conseguia cordar. “Não tivesarar. dificuldade em respirar, mas era acreditar queà eu Ainda não sarei. O corpo e asdifícil plantas. Continuo inuaria a respirar.espera Eu não tinha medo de morrer. Eu tinha medo de morrer da minha carta de amor. Não consigo escrevêla. nho.” Vontade de escrever uma carta de amor. Não entendendo ainda todo o Os meses passam e sinto-me num limbo. cesso; matei muitas plantas, não tive concentração para nada. Emudeci. Bordei
sarar. Ainda não sarei. O corpo e as plantas. Continuo à espera da minha carta mor. Não consigo escrevê- la. Os meses passam e sinto-me num limbo.
ite via da ho até ue ais to? uro
Luiza Donner
Adelaide pa jardins e pa uma pedala forma tão in passava pel De acordo c clarividentes que convers - Não tem ch Adelaide en abastecer a os demais, q Quando as d Acompanho estavam a u marquise de esperando c Adelaide aje aquele fio de No dia em q sacola que c passado pel esquina qua jeito como e sobrou inteir
Adelaide viu
Amanda Tavares
Adelaide passa os dias e as noites percorrendo de bicicleta o centro da cidade. Nos canteiros, jardins e parques públicos, semeia e colhe as flores para os buquês que confecciona entre uma pedalada e outra. Sabe o nome de todas as plantas e ervas daninhas que disputam, de forma tão invisível e infalível quanto ela própria, as ruas da cidade. Como muita gente, passava pela Praça do Patriarca às 18 horas daquele dia. De acordo com seus cálculos, o fio estava a cerca de 25 metros da tomada. Os olhos clarividentes e semicerrados percorreram o trajeto do alto do prédio até o grupo de pessoas que conversava em torno da cafeteira na soleira do banco. - Não tem chá. Só café, biscoito e cigarro. Adelaide entendeu que duas mulheres iguais e um homem de óculos se alternavam para abastecer a cafeteira. Um homem de muletas tirou da carteira uma fotografia e mostrou para os demais, que se aproximavam com curiosidade e se afastavam rindo. Quando as duas mulheres e o homem subiram as escadas e recolheram o fio, Adelaide viu. Acompanhou atenta e duvidosa seu balançar relutante. Assim como a cafeteira, o três estavam a um metro de distância da tomada. Os outros tinham se dividido: estavam sob a marquise de frente para o prédio; nos beliches do outro lado da cidade ou nos arredores esperando condução. Dois permaneceram sentados na soleira do banco. Adelaide ajeitou os buquês na bicicleta e partiu em direção ao Edifício Martinelli. Não viu mais aquele fio de novo. Estaria ainda ali, invisível como pareciam aos outros os seus buquês? No dia em que uma das mulheres iguais, que atravessava a praça intranquila, deixou cair a sacola que carregava, Adelaide também estava lá. Sem olhar para os lados, a mulher já havia passado pela marquise, desviado das pessoas e das barracas de natal, e já estava quase na esquina quando a sacola não resistiu e a cafeteira correu até o pé do patriarca. Adelaide viu o jeito como ela tentou disfarçar os cacos de vidro e embrulhou num tecido apressado o que sobrou inteiro partindo a galope logo em seguida. Adelaide viu tudo. O patriarca não viu nada. Permanece de costas para a praça.
Viníciius Davi
Ana Beatriz Souza Cerqueira
Ser professor na Educação Infantil: Construção diária de sentidos MEI CENTRO CÍVICO Rua Professor Benedito Nicolau dos Santos, no 500. Núcleo Regional Matriz Diretora: Ana Beatriz Souza Cerqueira Pedagoga: Ana Fukaya Apoio pedagógico: Sonia e Gerda Professores: Marcio, Carol, Patrícia, Ivonete, Andressa, Débora, Helena, Maristela, Leslie, Lorena, Raquel, Eliane C, Margarete, Lorena, Neusa, Marcia, Damila, Giane, e Crystiane. 31 anos de atendimento - 142 Crianças atendidas; - 6 Turmas: - BII - 18 crianças - MI - 20 crianças - MII-A - 20 crianças - MII-B - 20 crianças - PRÉ I - 32 crianças - PRÉ U - 32 crianças - 21 Professores - 2 Apoios Pedagógicos - 1 Pedagoga - 1 Diretora
CMEI CENTRO CÍVICO Rua Professor Benedito Nicolau dos Santos, nº 500. Núcleo Regional Matriz Diretora: Ana Beatriz Souza Cerqueira Pedagoga: Ana Fukaya Apoio pedagógico: Sonia e Gerda essores: Marcio, Carol, Patrícia, Ivonete, Andressa, Débora, Helena, Maristela, Leslie, Lorena Raquel, Eliane C, Margarete, Lorena, Neusa, Marcia, Damila, Giane, e Crystiane. 31 anos de atendimento
Ações da Instituição em 2020 apoiada e orientada pela SME, Departamento de Educação Infantil de Curitiba e Desenvolvimento Profissional: • Vídeo Propostas da Tv ou Youtube (Prés); • Propostas Complementares diárias de acordo com a faixa etária; • Grupo de Whats possibilitando diálogos e interações; • Um Encontro Semanal de 30 a 40 minutos; • Reunião periódicas virtual com as famílias; • Contato com as famílias para manter a proximidade; • Entrega Mensal dos Kits alimentação; • Biblioteca em movimento - Mensal; • Sacola: Os brinquedos do CMEI vão a sua casa - Mensal; • Portifólio reflexivo construído com os processos; • Formação continuada semanal como foco na temática: Ser Professor da Educação Infantil, na perspectiva da reflexão e pautada na Documentação Pedagógica;
“O saber das crianças é feito de elaboração, de conexão e hipóteses, muitas vezes originais. Um saber que constitui o próprio terreno em que o professor é chamado a atuar, valorizando aquela que é uma das suas características importantes: a Capacidade metareflexiva, ou seja, a habilidade de compreender como as crianças constroem conhecimento, desenvolvem hipóteses e estratégias (CERRUTTI, 1996). Essa habilidade é necessária para ir ao encontro das crianças, exatamente onde elas estão aprendendo”. (Pagano, 2017)
Sempre buscamos uma reflexão sobre o cotidiano como fio condutor da ação educativa na Educação Infantil. E como buscar esse fio no cotidiano das crianças em casa? Temos Sempre caminhado com as mini histórias, com os estudos do Prof. condutor Paulo Fochi, como uma maneira potente de narrar e dar f visibilidade às riquezas vividas na instituição e agora em esse casa, para dar voz às crianças e aos professores. Temos ca
Paulo Fo visibilidad dar v
Clara Vitória e Valentina (3 anos) Ane Lauren e
Isabela Bethien e Crystal(3 anos) 18/11/2020
Sempre conduto buscamos uma reflexão sobre o cotidiano como fio esse r da ação educativa na Educação Infantil. E como buscar fio no cotidiano das crianças em Temos casa?c Paulo aminhado com as mini histórias, com os estudos do ProfºF ochi, como uma maneira potente de narrar visibilida e dar dar de às riquezas vividas na instituição e agora em casa, para
voz
às
crianças
e
aos
professores.
Clara Vitória e Valentina (3 anos)
Ane Lauren Israel(pai)
Isabela Bethien e Crystal(3 anos) 18/11/2020
Daniel, Cady, Davi, Murilo, Ravi (4 anos)
MINI HISTÓRIA É uma rapsódia da vida cotidiana, que tem no máximo 3 a 4 imagens e um pequeno texto. Encontrar uma chave de leitura, dar um nome para esta mini história e fazer uma interpretação. - Observação, reflexão e comunicação de situações do cotidiano (FOCHI: 2019, p. 18) - Momento narrado pelo professor, que nos mostra a intencionalidade, possibilita compreender as crianças: • exercitar o olhar e a escuta; • mostrar uma criança potente; • revelar a garantia dos direitos; • dialogar com as famílias; • extrair sentidos do vivido.
QUE BICHO É ESTE?
Um convite inesperado chegou na turma do pré II, pela Natalia: o plantio de um feijão instigou as crianças e os professores a acompanharem esse processo. Rapidamente um broto aparece, suas folhas crescem e situações inusitadas acontecem. Na última semana, Sophia contou no grupo, um pouco indignada, sobre um bicho muito estranho que apareceu e estava comendo as folhas do seu pé de feijão. Eram dois bichos verdes que habitavam os galhos. Estarrecida Sophia dizia: “Sai seu bicho feioso. Saí seu bicho nojento. Essas centopeias estão comendo meus feijõezinhos”. Sophia apresenta as “Centopeias” no muro, longe da sua planta. Ao ver o vídeo da amiga, Kauã prontamente responde: “Não são centopeias, Sophia. São lagartas e elas se alimentam de folhas”. Sob o olhar atento das professoras, que se encantam com as teorias das crianças, que buscam explicar o aparecimento de um bicho na plantinha, da centopeia comendo, possibilitando um debate negocial, em uma perspectiva centopeia x lagarta e da importância desta planta para a lagarta sobreviver. Neste processo dialógico, as professoras devolvem para as crianças no grupo, “Que bicho é este?” Restituindo a pergunta, intencionado novas interações, a construção de saberes e o fortalecimento das pesquisas realizadas pelas crianças e adultos, em uma circularidade de investigações que vão sendo significados e fortalecendo a nossa caminhada.
HO É ESTE?
QUE BICH
u na turma do pré II, pela Natalia: o Um convite inesperado, chegou anças e os professores a acompanhar plantio de um feijão, instigou as crian oto aparece, suas folhas crescem e esse processo. Rapidamente um bro situações inusitadas acontecem. ntou no grupo um pouco indignada, Na última semana, Sophia cont apareceu e estava comendo as folhas sobre um bicho muito estranho que ap chos verde que habitavam os galhos. do seu pé de feijão. Eram dois bich ho feioso. Saí seu bicho nojento. Essas Estarrecida Sophia dizia: “Sai seu bicho feijõezinhos”. Sophia apresenta as centopeias estão comendo meus f planta. Ao ver o vídeo da amiga, Kauã “Centopeias” no muro, longe da sua pl topeias, Sophia. São lagartas e elas se prontamente responde: “Não são cento alimentam de folhas”. oras, que se encantam com as teorias Sob o olhar atento das professor o aparecimento de um bicho na das crianças, que buscam explicar ossibilitando um debate negocial, em plantinha, da centopeia comendo, pos e da importância desta planta para a uma perspectiva centopeia lagarta e Crianças: Sophia e xKauã lagarta sobreviver. Professoras: Leslie e Lorena. Imagem: Mamãe Beatriz as pro ofessoras devolvem para as crianças Neste processo dialógico, Texto: Ana Fukaya e Ana Beatriz uindo a pergunta, intencionado novas no grupo, “Que bicho é este?” Restitui Centro Cívico - 2020 s e o fortalecimento das pesquisas interações, CMEI a construção de saberes m uma circularidade de investigações realizadas pelas crianças e adultos, em ndo a nossa caminhada. que vão sendo significados e fortalecen
A importância do olhar e da documentação, para a construção do conhecimento das crianças, para devolver para as crianças... As suas perguntas, para as investigações... Refinamento da "terminologia" centopeia x lagarta... Olhar atento da criança: tinha um bicho na plantinha. Tem a tentativa de explicar (a centopeia comendo) Tem a intenção que permite ao colega participar do debate e trazer uma informação nova: seria uma lagarta? No processo, todo mundo constrói, todo mundo aprende. Viver a emoção da descoberta enquanto docente, para fazer boas perguntas, repensar e relançar pras crianças buscando conhecer, querer saber, olhar direito, com respeito ao vivido, as ideias...com um alto grau de reflexividade... É lindo... essa circularidade da pesquisa, das investigações e construção de conhecimentos fortalecem a caminhada.
Viver a emoção da descoberta enquanto docente, para fazer boas pe buscando conhecer, querer saber, olhar direito, com respeito ao vivido, as i
Os Girassóis em casa
Os Girassóis em
Enzo (2 ano
11/
Enzo Prado (2 anos e meio)
“Ela cresce (Sarah Ake
• “Meu girassol " • “ Eles estão nas • “Estou cuidand anos) • “Nossa ela esta plantinha” ( Soph • “ Ela cresceu m anos) •
11/18/2020
• “Ela cresceu dançando, está feliz!” (Sarah Akemi, 5 anos) • “Meu girassol "Profe" está grande!” (Valentina, 4 anos) • “ Eles estão nascendo mamãe“! (Manu Luiza, 4 anos) • “Estou cuidando para ela crescer bem bonita!” (Joaquim, 5 anos) • “Nossa ela esta aparecendo, bem pequeninha, esta vindo a plantinha” ( Sophia, 5 anos) • “ Ela cresceu muito, vamos plantar no jardim!” (Gael, 5 anos)
O Girassol de Bernardo No mês de agosto, a proposta enviada pelo CMEI tinha uma missão especial: plantar algumas sementes, intencionando relações da criança com a natureza, com família, em um olhar atento para um novo percurso. Bernando coloca a terra no vaso, faz um furo com o dedo, acomoda a semente, cobre e rega um pouquinho. Dia a dia, cuida, aguardando atenciosamente algo acontecer. A semente brota e as folhas logo começam a aparecer. O arbusto cresce e um novo lugar se faz necessário para dar continuidade a um ciclo saudável. A mamãe encontra um lugar em um vaso maior. Em Setembro aparece um pequeno botão, Bernardo todo empolgado parece vislumbrar uma flor. Com cuidado e o ambiente adequado, a planta vai crescendo, ganhando um pouco mais de altura e seu botão um pouco mais de volume. Em outubro, o Girassol de Bernardo se abre, o encontro com a flor se dá com um sorriso, sente o seu perfume, se põe a regar e diz “é amarela igual minha caminhonete”, pra mim “parece um sol”, diz a mamãe. O primeiro Girassol a florir é apresentado para a turma, trazendo anúncios de que chegou a hora de uma grande e bela florada na casa das crianças e professores. Criança: Bernardo Muchon Professoras: Debora, Helena e Raquel Imagem: Mamãe Lúbia Texto: Ana Beatriz CMEI Centro Cívico
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Girassol a florir é apresentado para a anúncios que chegou a hora de uma florada na casa das crianças e
Criança: Bernardo Muchon Professoras: Debora, Helena e Raquel Imagem: Mamãe Lúbia Texto: Ana Beatriz CMEI Centro Cívico
18/11/2020
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Pedro Deneka, 5 anos
18/11/2020
August
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Sara Meireles, 5 anos
18/11/2020
Processo completo Augusto, 6 anos
18/11/2020
Desenho de Observação
Os brinquedos do CMEI vão a sua casa "sensação de pertencimento, com sentido, com história, com afeto, com intencionalidade... de forma a estabelecer laços com os outros, com a história, com a natureza, a cultura, o mundo...” (Arandi Bezerra)
11/18/2020
Cozinhando em casa
Cozinhando em casa
Os brinquedos preferidos preferidos do CMEI casa do João,a casa do Os brinquedos do chegam CMEI, à chegam
materialidades que possibilitam um contexto simbólico, vivido no cotidiano, a partir daspossibilitam experiências diárias a família. simbólico, materialidades que umcom contexto A refeição, um hábito rotineiro, fundamental e partilhado com a mamãe Juliana, o Papai Evandro e a irmã Maria Julia, são a com a no cotidiano, a partir das experiências diárias inspiração para o brincar. . João decide fazer uma sopa, seleciona os melhores ingredientes, se coloca a cozinhar para a sua bebê. Mexe a sopa na panela para não A refeição, hábito rotineiro, fundamental e partilhado grudar eum diz que uns pedacinhos de pão não podem faltar. Enquanto a sopa cozinha, um banho é necessário, tira a roupa, mamãe Juliana, o Papai e a irmã Maria Julia, são faz umas coceguinhas, sorri,Evandro abre o chuveiro, “chiiiiiiiii”, cuidadosamente o banho é dado.
ração para o brincar.
experiente, João estica a tolha, enrola a bebê com atenção e oão Muito decide fazer uma sopa, seleciona os melhores
olha carinhosamente, em uma conexão visual. Pronto! está na de servirpara uma deliciosa com Mexe a ientes, se Agora coloca a hora cozinhar a sua sopa bebê. pão, senta a Bebê na cadeira e vai servindo na boca, sussurrando “nhame,para nhame”. na panela não grudar e diz que uns pedacinhos de Nos maravilhamos com esta capacidade de brincar, esse mundo simbólico vivido com tamanha grandiosidade. ão podem faltar. Nesta inteireza da criança ao brincar, ficamos encantados com nquanto sopa cozinha, necessário, o olharaatento da mamãe, que um narrabanho orgulhosaépara os amigos e tira a professoras: “Hoje o dia foi de muito trabalho... Preparar a sopa, dar faz umas coceguinhas, abre chuveiro, “chiiiiiiiii”, banho, dar comida... Cuidarsorri, de criança nãooé fácil”. Ah! João e família, vocês tem nutrido nosso olhar pesquisador! osamente banho dado.(3 anos) Professoras: Neusa Gonzales e Criança:o João GabrieléEscher Patricia Zanuncini Imagens: Mamãe Juliana Escher Texto: Ana Beatriz Souza Cerqueira CMEI Centro Cívico – setembro 2020
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abriel Escher (3 anos) usa Gonzales e Patricia Zanuncini ãe Juliana Escher riz Souza Cerqueira vico – setembro 2020
Um hotel para os insetos A construção de um refúgio, para acomodar os insetos no outono e no inverno, foi o convite enviado às crianças do maternal II – B. Uma caixa com tela, gravetos, pinhas e folhas, materialidades que inspiraram Valentina a planejar, organizar e deixar o abrigo pronto para acomodar aqueles que desejam chegar e se proteger do frio. Colocou próximo à parede para protegê-los da chuva. Valentina aguardava a vinda dos “bichinhos”, dia a dia ia dar uma espiada, até que encontrou algo diferente: “uma bolinha, branca, pequenininha, o que será”? Valentina e sua mãe observam. Logo percebem que está rachando e sai um bicho, “parece uma lagartixa” diz a mamãe e indagam se seria um ovo. Esta discussão foi levada para o grupo da turma e gera um burburinho: “lagartixa bota ovo”, “cadê a mamãe dela?“, as crianças querem conhecer e desejam também ter uma no seu hotel. Valentina se encanta: “Ela é tão bonitinha”! E se coloca a cuidar, pesquisa sobre o que pode nutrir a nova amiga, mas ao descobrir o paladar dela, opta em deixar essa função para a mamãe, que busca insetos para alimentá-la. Sob a provocação das professoras e sob o olhar atento da mãe, a lagartixa ocupa o abrigo escolhido, oportunizando Valentina olhar, em um processo de pesquisa e elaboração de hipóteses, no tempo de brincar e na lógica dela. A lagartixa, curiosa, busca desbravar, e encoraja-se saindo em busca de outros lugares, deixando o hotel de insetos. Valentina fica triste e, com sua mãe, correm contar essa fascinante aventura para as professoras e para os colegas da turma. Logo outro inseto vem ocupar o abrigo e assim Valentina vai compreendendo o sentido de habitar.
Um Hotel para os insetos!
Uma Bela Composição! Na casa do Martim, o som do violão sempre é ouvido, desde que estava na barriga, através do dedilhar de algumas notas e melodias que seu papai compõe. Em uma dessas ocasiões, ao tocar alguns acordes e escalas, o pai Giovani, que adora inventar músicas, desperta o interesse de Martim, que se aproxima e recebe a palheta. Sabido e já conhecedor deste instrumento, desliza a palheta sobre as cordas, experimenta o som de cada uma, esperando acabar um para iniciar outro. Observa, pesquisa a palheta, parece querer saber da onde sai o som... A experimentação continua, a cada deslize, um som, um sorriso e uma expressão de alegria... O pai nutre a experiência dedilhando em companhia para que os sons ganhem ritmos diversos. Nessa simbiose, sob o olhar atento e contemplativo da mamãe Damila, que revela esse momento, de uma sintonia de olhares e gestos, em que pai e filho fazem uma bela composição. Criança: Martim Família: Giovane(pai) e Damila (Mãe) Imagem: Damila (mamãe) Texto: Damila e Ana Beatriz Professoras: Margarete, Eliane e Maristela CMEI Centro Cívico
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Biblioteca em movimento – Papel do Professor Quando o livro chega em casa embalado pelas professoras, a surpresa chega com as memórias do vivido no cmei. Da professora que contou a história preferida. Embalar um livro, tem significado quando olhamos para as experiências das crianças no cotidiano e significamos as ações e intenções independente do tempo e do espaço. A biblioteca acontece mensalmente, onde cada criança recebe um livro de boa qualidade embalado, aquele da sua preferência na sala de referência, ou algum o qual eles relatam nos grupos de whatsapp.
“Fazer uma instituição amável (atuante, criativa, vivível, documentável e comunicável, lugar de investigação, aprendizagens, recognição e reflexão), na qual as crianças, os professores e famílias estejam bem, é o nosso objetivo” (Malaguzzi, in Strozzi, p. 60)
Referências: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB no 20/2009. Brasília: MEC/CNE/CEB, 2009. CURITIBA. Currículo da Educação Infantil: Diálogos com a BNC. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, Secretaria Municipal da Educação, Superintendência de Gestão Educacional, Departamento de Educação Infantil, 2020. MEC e UFRGS para construção de Orientação Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2009. EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN; George (org). As Cem Linguagens da Criança: A experiência de Réggio Emília em transformação. In: GANDINI, Lella. História, ideias e princípios básicos: uma entrevista com Loriz Malaguzzi. Porto Alegre: Penso, 2016. FALK, Judit. Educar os três primeiros anos a experiência de Lóczy. Araraquara: Junqueira & Marin, 2011. FOCHI, Paulo. Afinal, o que os bebês fazem no berçário? Comunicação autonomia e saber-fazer de bebês em um contexto de vida coletiva. Porto Alegre: Penso, 2015. FOCHI, P. S. (org.). MINI-HISTÓRIAS: Rapsódias da Vida Cotidiana nas Escolas do Observatório da Cultura Infantil OBECI. Porto Alegre: Paulo Fochi Estudos Pedagógicos, 2019. FOCHI, P. S. A documentação pedagógica como estratégia para a construção do conhecimento praxiológico: o caso do Observatório da Cultura Infantil – OBECI. 2019. 346f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, 2019.
Carmen Orfanó
REFLEXOS...REFLEXÕES... DESCOBERTAS... Carmen Lucia Orfanó “Quem é você?”, disse a Lagarta. Não era um começo de conversa muito estimulante. Alice respondeu um pouco tímida: “Eu… eu… no momento não sei, minha senhora… pelo menos sei quem eu era quando me levantei hoje de manhã, mas acho que devo ter mudado várias vezes desde então.(p. 61)”
Então, num piscar de olhos passei por uma metamorfose, tomando o TEMPO pelas mãos, pedindo licença ao poeta Manoel de Barros, e pendurando-o não no poste, mas no galho mais alto de uma mangueira do quintal silencioso da escola, que até há pouco convivia com a alegria e a vida pulsante das crianças. Ela, a mangueira, se mantinha calada, presenciando a tudo com cumplicidade. E lá o TEMPO ficou... Foi assim que eu, uma professora de crianças pequenas, comecei a viver o período mais desafiador e em alguns momentos mais devastador da minha vida: o tempo do isolamento social. Vida essa em que a docência ocupava um lugar especial, marcada pelo prazer e pela longa caminhada trilhada. As crianças e a escola, com tudo o que eu tinha vivido até agora, tinham sumido numa nuvem de fumaça. Ocupar, verbo que permanceu no passado até que o medo, a paralisação, a incerteza e a solidão pudessem dar lugar a outros sentimentos. Mergulhei como Alice, num túnel escuro, sem mapa e sem roteiro, e comecei à escavar a procura de pistas que pudessem, à princípio, me fazer entender o que estava acontecendo e por onde eu deveria seguir. Algumas pistas surgiram a partir da formação online, através de Rodas de Conversa, Seminários e Webnários. Uma novidade no meu percurso de formação e mais um desafio a ser enfrentado. Essas novas formas de
Ana Vitória e Luiza
nos conectar tiveram um papel fundamental para que eu novamente abrisse os olhos e principalmente aguçasse a minha escuta para o que estava acontecendo com outros profissionais, parceiros, companheiros de viagem, daqui e de mundos mais distantes. Passei a abrir caminhos, acionando a minha memória e sendo capaz de resgatar experiências que me constituíam como um sujeito, dotado de desejos, sentimentos, capaz de estabelecer relações dialógicas com outros sujeitos, com a história e com o tempo em que eu estava vivendo. Despertei em mim aquele pesquisador, que vinha estudando, sendo construído cotidianamente através dos encontros com meus pares, da observação e escuta atenta e sensível das crianças, seus processos e das trocas com as famílias dessas crianças.
Passei a revisitar os meus registros, buscando uma forma de resgatar vínculos e estabelecer reflexões que ampliassem a minha práxis, me conectando novamente a tudo o que eu tinha vivido na escola até aqui. Foi preciso fazer uma escolha, processo sofrido mas necessário. Minha escolha foi feita a partir do objetivo que eu tinha planejado: olhar para o meu processo a partir dos processos das crianças, ou vice-versa. Uma palavra começou a me “cutucar”, a me “beliscar” e a “ecoar” dentro de mim: REFLETIR. Fiz então, uma conexão entre refletir, reflexo, espelho e imagem, buscando dar sentido às minhas interrogações e inquietudes. Lembrei de uma proposta de autorretrato, feita com crianças da turma de 4 anos, em que sou professora, da rede pública do RJ. Elas se organizaram espontaneamente em pequenos grupos e os materiais oferecidos foram dois espelhos, papel branco e canetas hidrográficas pretas, de diversas espessuras. A arte nos define, nos aproxima e dá sentido a nossa existência, nos tornando capazes de gestos transformadores, ligando cada sujeito, carregado de suas subjetividades, em uma rede de troca, de compartilhamento. Por que o desenho? Posso justificar com essa afirmação de Merleau- Ponty: O olho é aquilo que foi comovido por um certo impacto do mundo, e o que o restitui ao visível pelos traços da mão. Seja qual for a civilização em que se nasça, sejam quais forem as crenças, os motivos, os pensamentos, as cerimônias de que se cerque, desde Lascaux até hoje, impura ou não, figurativa ou não, a pintura e o desenho jamais celebram outro enigma a não ser o da visibilidade. (Apud, Derdyck 1989, p.115)
A partir dessa viagem em busca do sentido da minha docência, através das imagens capturadas pelos prints de tela do celular e principalmente pelos relatos das crianças durante a atividade, fui descobrindo a imagem de criança, de professor e de escola que
ou a me “cutucar”, a me “beliscar” e a “ecoar” dentro de mim: conexão entre refletir, reflexo, espelho e imagem, buscando darcomovido por um certo O olho é aquilo que foi ções e inquietudes. Lembrei de uma uma proposta devisível autorretrato, restitui ao pelos traços da mão. Seja qu forem as crenças, os m de 4 anos, em que sou professora, da redenasça, públicasejam do RJ.quais Elas se cerimônias de que se cerque, desde Lascau nte em pequenos grupos e os materiais oferecidos foram dois figurativa ou não, a pintura e o desenho jamais estavam sendo contruídos duranteespessuras. a minha trajetória, dar 1989, p.115 anetas hidrográficas pretas, de diversas A arte buscando nos Derdyck ser o da visibilidade. (Apud, visibilidade a essas descobertas. sentido a nossa existência, nos tornando capazes de gestos A primeira pistadee asuas que sustenta as viagem demais desvelar criança, A partir dessa em busca do daque minha doc ada sujeito, carregado subjetividades, emé uma redeessa desentido vive o cotidiano de forma pelos inédita, explorando o mundo curiosidade pelos r capturadas prints de tela do celularcom e principalmente e olhar de um pesquisador atento e sensível, que produz cultura e a de professor a atividade, fui descobrindo a imagem de criança, Posso justificar com essa afirmação de Merleau- Ponty: transforma. Uma criança potente e ao mesmo tempo generosa, que dar visibilid sendo contruídos durante a minha trajetória, buscando em compartilhar comimpacto outros sujeitos suas descobertas e é aquilo “teima” que foi comovido por Aumprimeira certo do mundo, e o que o pista e a que sustenta as demais é desvela ao visívelaprendizagens. pelos traços cotidiano daUm mão. Seja qual for a civilização em que se sujeito, na plenitude palavra,o que conjuga de forma inédita,dessa explorando mundo comocuriosidade sejam quais forem as crenças, os motivos, os pensamentos, as verbo SER sempre noeplural, cultivando suascultura relações forma sensível, atento sensível, e ade transforma. Uma criança ias de que se cerque, desde Lascaux que até produz hoje, impura ou não, não temendo os desafios e os enfrentamentos, pelo contrário, se generosa, que “teima” em compartilhar com outros sujei a ou não, a pintura e o desenho jamais celebram outro enigma a não apropriando deles como elementos fundamentais paradessa o crescimento. a visibilidade. (Apud, Derdyck 1989, p.115) aprendizagens. Um sujeito, na plenitude palavra, que conju Sem esquecerplural, que “O cultivando BRINCAR” suas está sempre presente, inclusive na relações de forma sensível, não te m em busca do sentido da minha docência, através das imagens exploração e investigação de novos coragem e deles ousadia. enfrentamentos, pelo materiais. contrário, Com se apropriando como elem ela do celular e principalmente pelos relatos das crianças durante crescimento. Sem esquecer que “O BRINCAR” está sempre prese a imagem de criança, de professor de escola que Com estavam e investigação deenovos materiais. coragem e ousadia. minha trajetória, buscando dar visibilidade à essas descobertas. que sustenta as demais é desvelar essa criança, que vive o explorando o mundo com curiosidade e olhar de um pesquisador z cultura e a transforma. Uma criança potente e ao mesmo tempo m compartilhar com outros sujeitos, suas descobertas e na plenitude dessa palavra, que conjuga o verbo SER sempre no ações de forma sensível, não temendo os desafios e os ário, se apropriando deles como elementos fundamentais para o que “O BRINCAR” está sempre presente, inclusive na exploração eriais. Com coragem e ousadia.
ro e João
Pedro e João
Ana Vitória e Luiza
Não há limites para as representações do real. Através da imaginação, as crianças vão expandindo suas ideias e com criatividade vão inserindo elementos diversos às suas produções como pessoas da família, animais e a própria professora. Eu só existo porque pertenço a um coletivo, eu só existo porque me relaciono intensa e verdadeiramente com outras pessoas, criando e fortalecendo vínculos, poderiam afirmar “as infâncias”. Ao visitar minhas memórias, passo a sentir muitas das sensações vividas presencialmente na escola: a agitação, a inquietude, a curiosidade e o prazer. As experiências vividas estão aqui, dentro e fora de mim, ao mesmo tempo. Basta acionar mecanismos adormecidos e a documentação pode ser uma preciosa chave para abrir janelas, que vislumbrem um planejar futuro, a partir do aqui e agora. Num gesto impulsivo me lanço novamente àquele galho bem alto, daquela mangueira do quintal da escola e pego o TEMPO carregando-o no colo. Essa suspensão foi necessária e deu frutos... O TEMPO chegou de mansinho, sem toda aquela correria e pressa, dando lugar ao cultivo da paciência e da temperança. Coisas de uma mangueira silenciosa. Ouço os áudios dos vídeos e aquelas narrativas invadem as minhas reflexões. - E como a gente lembra como são as pessoas, se elas não estão aqui? (Professora) - Pensando na testa, né! Pensando no pensamento! (Maysa) Pouco a pouco, as crianças vão desenhando e conversando. Desenhando e trocando com os amigos e comigo as suas vivências, introduzindo no universo da escola, da sala, um mundo que muitas vezes consideramos estar do lado de fora.
- E como a gente lembra como são as pessoas, se elas não estão aqui? (Profe
- Pensando na testa, né! Pensando no pensamento! (Maysa) Para as crianças não há paredes, as fronteiras são feitas Pouco a pouco, crianças vão que desenhando e conversando. e de finas as linhas, maleáveis, podemos ultrapassar sempreDesenhando que os amigos desejarmos. e comigo as suasforma, vivências, introduzindo no vão universo da aescola, da Dessa as famílias das crianças passando o que muitas consideramos estar do ladoede fora. Para Essa as crianças fazer vezes parte dessa experiência de descobertas aprendizagens. é a minha pista. es, as fronteiras sãosegunda feitas de finas linhas, maleáveis, que podemos ultrapassa E as vozes continuam, enquanto as mãos, os olhos e opassando corpo todo a sefazer par esejarmos. Dessa forma, as famílias das crianças vão movem vigorosamente: iência de descobertas e aprendizagens. Essa é a minha segunda pista. E as vozes continuam, enquanto as mãos, os olhos e o corpo todo se osamente: - A minha mãe é assim. Ela tem cabelo enroladinho. (Carolina) - A minha mãe de chapéu. A minha mãe tem cabelo cacheado. - A minha(Isabelle) mãe é assim. Ela tem cabelo enroladinho. (Carolina) - Agora eu vou desenhar o meu pai, porque ele é careca. Ele tem um de cabelo, a uma (Isabelle) - A minhapouquinho mãe de chapéu. A igual minha mãeformiga. tem cabelo cacheado. (Isabelle) - Eu vou desenhar a minha prima. Você vai conhecer a Juliana, não é - Agora eu vou desenhar Carmen? (Miguel) o meu pai, porque ele é careca. Ele tem um pouq cabelo, igual a uma formiga.(João (Isabelle) - O meu irmãozinho. Gabriel) - Eu vou desenhar a minha prima. Você vai conhecer a Juliana, não é (Miguel) - O meu irmãozinho. (João Gabriel)
Ana Beatriz
Surgem detalhes, confidências e convites para que eu possa participar também desse mundo familiar. Atualmente, já não é mais necessário discutir ou colocar em pauta a importância da participação das famílias no contexto escolar. Muito embora, todo esse conhecimento produzido, na maioria das vezes, não garante que essa relação aconteça cotidianamente e não somente durante eventos especiais, com data marcada. Uma escola que se propõe a encarar as diferenças de forma democrática não pode deixar as famílias do lado de fora de seus muros, e deve ser capaz de, somente através do enfrentamento dos possíveis entraves dessa relação, crescer e transformar-se. Tornar a educação partilhada com quem conhece, pensa e sente as crianças tanto quanto os profissionais que trabalham na escola, foi mais uma das aprendizagens desse momento em que estamos vivendo. Passamos a entrar na casa de muitas famílias, a partir das nossas próprias casas, reconhecendo nossas dificuldades e limites, buscando alternativas e saídas para superá-los juntos.
Luiza
E, finalmente, recebo de presente das crianças a última pista que faltava para que esse processo de descoberta acontecesse. Ele, na verdade, começou há muito tempo atrás, a partir da minha escolha profissional e da minha resistência em estar junto às crianças, partilhando diariamente da alegria dos encontros, sejam eles entre as crianças e eu, seja entre as famílias e eu e entre meus pares e eu. Foi preciso, além de um enorme esforço, desenvolver a capacidade de mudança, de olhar para o novo com olhos curiosos e desafiadores. Esse encontro foi revivido e reafirmado pelo tempo da sensibilidade e não pelo tempo cronológico, que marca de forma definitiva e cruel tantas maravilhas que acabam morrendo mesmo antes de nascer. E naquele galho bem alto da mangueira silenciosa, que vive no pátio da escola, deixo penduradas duas palavras que me são muito caras e preciosas: PAIXÃO E ESPERANÇA. Confio que elas estarão bem cuidadas e com certeza, serão cultivadas para que possam ser carregadas pelo vento, ganhando o mundo afora. Sempre que for necessário...
e eu e entre meus pares e eu. Foi preciso além de um enorme esforço, desenvolver a capacidade de mudança, de olhar para o novo com olhos curiosos e desafiadores. Esse encontro foi revivido e reafirmado pelo tempo da sensibilidade e não pelo tempo cronológico, que marca de forma definitiva e cruel tantas maravilhas que acabam morrendo mesmo antes de nascer. E naquele galho bem alto da mangueira silenciosa, que vive no pátio da escola, deixo penduradas duas palavras que me são muito caras e preciosas: PAIXÃO E ESPERANÇA. Confio que elas estarão bem cuidadas e com certeza, serão cultivadas para que possam ser carregadas pelo vento, ganhando o mundo afora. Sempre que for necessário...
- Esse é eu, a Carmen. Você aqui Carmen! Miguel
- Aqui você passeando com a minha mãe e com as minhas amigas. Maysa
- Aqui você Carmen! Carolina
- É seu Carmen. É sua casa. Eu, você e o João Gabriel. Bernardo
Referências: BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância? São Paulo: Blucher, 2012. - - Coleção InterAções. RINALDI, Carla. Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. Tradução de Vania Cury -7a edição – Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2019. CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Coleção L&PM Pocket, 1998. BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Linguística.
CRISTIELE BORGES DOS SANTOS
Construindo vínculos Luísa chegou em nossa escola em meados de março. Quando nem bem havíamos iniciado sua adaptação, a pandemia já nos apresentou uma nova realidade virtual. Não deu tempo de conhecer os gostos da menina, as preferências , muito menos criar vínculo... Nem o papai André a gente conheceu nesse período, que só fomos conhecer recentemente num evento presencial. Mas como dar continuidade, ou no caso da Lulu, iniciar um trabalho remotamente? Tivemos que pensar rápido na Luísa e nos seus 24 colegas, e sem muita certeza de nada fazer algumas apostas, sem perder de vista o que acreditávamos enquanto proposta educativa, buscando respeitar cada criança e família. Assim seguimos nossas semanas, mas para nossa surpresa fomos conhecendo Luísa e sua família. Nas chamadas de vídeo Lulu fica toda tímida, mas quando a mamãe Bruna realiza as propostas de investigação, vemos, através dos vídeos enviados, surgir outra Luísa cheia de teorias e ideias... E ao longo desses meses, com muito diálogo, conversas e reuniões online, aquele vínculo que não existia se criou. Lulu participa de todas propostas com entusiasmo, e adora conversar por áudios com os professores e colegas. Ah, os áudios! Recentemente descobrimos um talento nato em narrar e contar fatos de forma muito prazerosa e divertida! Tudo vira brincadeira e através da tecnologia temos descoberto novas formas de nos comunicar, nos conhecer e estarmos juntos. Outro prazer de Luísa é desenhar, e recebemos este desenho cheio de amor e detalhes, o maior presente que podíamos receber neste período e que também nos dá pistas para ir adiante com a Luísa e alguns colegas em nossas jornadas investigativas. Não nascemos professores, nos constituímos ao longo de toda vida. Não há receita para ser professor na pandemia, muito menos professor de educação infantil, porque o que estamos vivendo é uma adaptação, mas temos a convicção de que os vínculos e as relações construídas permanecerão, sejam eles novos ou antigos.
ual. os mos ou no Luísa
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. E ao nculo dora nte sa e as sa é nte te
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Criança: Luísa, 3 anos EMEI Joaninha Agosto/2020 Turma FE2 Criança: Texto: Cristiele e Joandre. Luísa , 3 anos EMEI Joaninha Imagens: Captura de tela de chamada de vídeo e desenho de Luísa Agosto/ escaneado.
2020 Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre . Imagens: Captura de tela de chamada de vídeo e desenho de Luísa escaneado.
A batata do Pedro - Batata... Ela tá ali embaixo? Pedro pergunta ao observar sua batata de todos ângulos e começa a ficar intrigado com as primeiras raízes que surgem. Ele olha, aperta, se afasta tentando compreender essa primeira mudança gradual que começa aparecer. Seu corpo todo está em ação. Mas por hoje ele conclui: é batata! E, sendo batata ele diz que vai comer ela! Ele gosta muito de batata doce. Pedro pode comer as batatas que a mãe cozinhar, mas essa vai continuar na água para que a experiência tenha continuidade. Ele já percebeu que vai ter que olhar de uma forma diferente para esta batata do que a que estava acostumado. Nós também estamos olhando para a vida de outra forma, ressignificando nossa prática, aprendendo juntos, e encontrando novas formas de se fazer presente através das experiências que compartilhamos.
A batata do Pedro
- Batata... Ela tá ali embaixo? Pedro pergunta ao obs
Criança: Pedro , 2 a 8m EMEI Joaninha Turma FE2 Texto: Cristiele Agosto /2020 Imagens enviadas pela família.
ergunta ao observar sua batata de todos ângulos e ras raízes que surgem. Ele olha, aperta, se afasta mudança gradual que começa aparecer. Seu corpo conclui: - é batata! E sendo batata ele diz que vai doce... Pedro pode comer as batatas que a mãe a para que a experiência tenha continuidade. Ele já aservar forma diferente para de esta todos batata do que a que sua batata ângulos e stamos olhando para a vida de outra forma,
Criança: Pedro, 2 a 8m EMEI Joaninha Turma FE2
Os desenhos de Lentz A família do Lentz sempre envia registros dos seus desenhos. Percebemos que ele utiliza bastante os materiais e permanece concentrado nestes momentos. Em um vídeo, ele dizia para a mãe: “-École”. Referindo-se à escola, provavelmente assimilando esse contexto à ideia de escola. Também em uma chamada de vídeo nos disse que: “- Batata é grande, e Lentz irmão pequeno”. Essa conversa surgiu quando perguntamos como estava sua batata e se ele tinha irmãos, então ele e a mãe nos contaram que ele era o irmão mais novo. Lentz fala algumas palavras em português e a família demonstra desejo em aprender falar para se comunicar melhor e também ensinar Lentz. Desde que Lentz, assim como outros haitianos, chegaram em nossa escola, temos entendido o verdadeiro sentido de educar como um processo de elaboração e ressignificação de sentidos diários. Não há limites quando se quer fazer algo, e com certeza a linguagem universal é o amor, o resto se aprende. Ser professor de educação infantil remotamente é um grande desafio. Ser professor de educação infantil de famílias que não compreendem nossa língua pode ser ainda maior e talvez diriam quase impossível, mas, se olharmos por outra perspectiva, é mais uma oportunidade de aprendermos juntos e sermos gratos por ela.
Criança: Lentz, 3 anos EMEI Joaninha Texto: Cristiele e Joandre Imagens: enviadas pela família.
A fam seus d basta conce ele di escola conte
Também em uma chamada de vídeo nos disse que: “- Batata é conversa surgiu quando perguntamos como estava sua batata e Os desenhos nos contaram que ele era o irmão mais novo. Lentz fala alguma de Lentz demonstra desejo em aprender falar para se comunicar melhor Lentz, assim como outros haitianos chegaram em nossa escola, dedoeducar como um processo de elaboração e ressignificação d A família Lentz sempre envia registros dos seus desenhos. Percebemos que ele utiliza se quer fazer algo, e com certeza a linguagem universal é o amo bastante os materiais e permanece educação infantil remotamente é um grande desafio. Ser profe concentrado nestes momentos. Em um vídeo ele dizia paracompreendem a mãe: “-École”. Referindo-se à não nossa língua pode ser ainda maior e talvez d escola, provavelmente assimilando esse por outra perspectiva é mais uma oportunidade de aprenderm contexto à ideia de escola.
os disse que: “- Batata é grande, e Lentz irmão pequeno”. Essa omo estava sua batata e se ele tinha irmãos, então ele e a mãe novo. Lentz fala algumas palavras em português e a família ara se comunicar melhor e também ensinar Lentz. Desde que garam em nossa escola, temos entendido o verdadeiro sentido ração e ressignificação de sentidos diários. Não há limites quando uagem universal é o amor, o resto se aprende. Ser professor de rande desafio. Ser professor de educação infantil de famílias que er ainda maior e talvez diriam quase impossível, mas se olharmos
Criança: Lentz, 3 anos EMEI Joaninha Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre Setembro/2020
Desenhos e narrativas
Uma das propostas preferidas de Luísa é o desenho de observação. Ela fez vários ao longo da investigação, acompanhando todo crescimento de sua batata. Sempre conversa com a mãe durante os desenhos falando sobre suas ideias. Neste dia em especial, fez muitas narrativas nos vídeos que a mãe enviou: - Tem formato redondo... de coração! - Agora eu vou desenhar a minha letra! - Nossa que pequeno! - Olha só mãe... - Não é a letra da Lulu... (referindo-se à letra “E” que tinha feito) Através dos registros frequentes, é possível acompanhar os interesses e desenvolvimento de Luísa, algo que pensávamos que não seria possível à distância, mas com o diálogo e parceria que se estabeleceu com a família, temos visto possibilidades como essa se transformarem em realidade.
Criança: Luísa , 3 anos Setembro/2020 Texto: Cristiele Imagens: enviadas pela família EMEI Joaninha Turma FE2
ento de sua batata. Sempre conversa com a mãe eias. Neste dia em especial fez muitas narrativas nos
!
a!
à letra
mos Criança: Luísa , 3 anos EMEI Joaninha Setembro/2020 Turma FE2 Texto: Cristiele Imagens: enviadas pela família
Uma d invest duran vídeos
- Tem
- Ago
- Nos
- Olh
- Não
“E” qu
Passeio no jardim Em um dia de sol, Bernardo e sua mãe aproveitaram para pesquisar no quintal da avó. Bernardo teve a ideia de levar sua batata para passear: - Por que tu quer deixar ela aí? − a mãe pergunta - Porque tem sol. − Bernardo responde - E que o sol faz na nossa batata, nas nossas folhas? − a mãe questiona a fim de entender a ideia de Bernardo. - Forte! − responde rapidamente. Continuam conversando, observando o que encontram e agora Bernardo está focado em observar as plantas com seu binóculo... - Eu tenho um binóculo, e faço trabalho com meu binóculo, trabalho de folhas. - Olha achei todas! - Mãe vamos ali embaixo? Vem! - Olha essas folhas. Cresceram. A minha vó vai ficar feliz! - Olha, os gravetos verdes! O menino, que é curioso e apaixonado pela natureza, segue sua investigação, observando tudo que encontra e narrando suas descobertas.
Criança: Bernardo, 3 anos Outubro/2020 Texto: Cristiele e Joandre. EMEI Joaninha Turma FE2 Imagens: enviadas pela família
al da
de
á
has.
nha
das pela família
Eu trabalho! O passeio no jardim, as observações e narrativas continuam e Bernardo volta a explicar sobre seu trabalho para a mãe, pois talvez ela não tenha lhe escutado da primeira vez: - Mãe eu tô trabalhando. - E o que tu faz no teu trabalho? – a mãe pergunta. - Faço de conta. – ele responde. - Contas? – questiona a mãe. - Uhum. Faço de conta que eu olho as folhas. – Bernardo explica. - Olha, olha no celular. − Bernardo entrega o binóculo para a mãe sinalizando para ela filmar o binóculo. - Olha pessoal. O que é pra gente mostrar? – a mãe de Bernardo pergunta. - Aquela árvore. Que eu trabalho todos dias. Sim, eu me levantei. Eu trabalho todos os dias, eu Bernardo.
Criança: Bernardo, 3 anos Outubro/2020 Texto: Cristiele e Joandre. EMEI Joaninha Turma FE2 Imagens: enviadas pela família
lho!
bservações e ernardo volta a ho para a mãe lhe escutado da
.
abalho? – a mãe
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- Olha, olha no celular. − Bernardo entrega o binócu sinalizando para ela filmar o binóculo.
- Olha pessoal. O que é pra gente mostrar? – a mãe pergunta.
Joaninha a FE2 enviadas pela família
- Aquela árvore. Que eu trabalho todos dias. Sim, e Eu trabalho todos os dias, eu Bernardo.
- Olha, olha no celular. − Bernardo entrega o binóculo para a mãe sinalizando para ela filmar o binóculo.
Esse é meu! Agora dentro de casa, Bernardo compara sua batata-doce com as flores de sua avó: - Tu viu o tamanho das nossas folhas? – a mãe pergunta. - Sim eu dei um beijo nelas. – Bernardo responde. - Tu viu como cresceu Bê nossa batata e tá linda. – a mãe faz uma observação. - Aham. E esse aqui é da minha vó. - Qual a diferença dessa flor para nossa batata? – novamente a mãe faz uma pergunta. - Folhas. – ele responde brevemente. - Mas essa também tem folhas. – a mãe argumenta. Bernardo pensa um pouco e conclui: - Mas esse não é meu, esse é! Bernardo sempre tem uma resposta para tudo, muito perceptível e observador, não está preocupado com as respostas que os adultos esperam dele, mas constrói suas ideias a partir da sua experiência e pensamentos, surpreendendo com suas reflexões e comentários. Sim, a diferença é que essa planta é dele, e isso faz uma grande diferença mesmo, esse sentimento de identidade, de saber que é seu!
Criança: Bernardo, 3 anos Outubro/2020 Texto: Cristiele e Joandre. EMEI Joaninha Turma FE2 Imagens: enviadas pela família
Esse é me
eu!
para sua batata-doce com as flores
- Tu viu o tamanho das nossas folha
– a mãe pergunta.
- Sim eu dei um beijo nelas. – Berna
do responde.
- Tu viu como cresceu Bê nossa bata observação.
a e tá linda. – a mãe faz uma
- Aham. E esse aqui é da minha vó.
sa batata? – novamente a mãe faz
ãe argumenta.
Agora dentro de casa, Bernardo com de sua avó:
- Qual a diferença dessa flor para no uma pergunta.
- Folhas. – ele responde brevement
- Mas essa também tem folhas. – a m
Bernardo pensa um pouco e conclui - Mas esse não é meu, esse é!
Bernardo sempre tem uma resposta para tudo, muito perceptível e o servador, não está respostas esperam dele,preocupado mas constróicom suasas ideias a partirque da os suaadultos experiência e p nsamentos surpreendendo com suas reflexões e comentários. Sim, a diferença é que essa planta é dele, e isso faz uma grande diferença m esmo, esse sentimento de identidade, de saber que é seu! Criança: Bernardo, 3 anos EMEI Joaninha Outubro/2020 Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre. Imagens: enviadas pela família
Vai crescer de novo A mãe de Bernardo organiza o espaço com a massinha de modelar enviada no kit de investigação e propõe que o menino investigue as marcas que a folha da batata deixam na massinha. Bê aperta, amassa, sente, observa e diz para a mãe que tem que ter força, ela sugere então que use o rolinho para abrir a massa. Depois de algumas tentativas, a folha da batata rasga e Bernardo fica intrigado com a situação expressando pela fala: - E agora, vão ter que fazer tudo de novo nossa folha, vou ter que colocar na nossa água, vai crescer de novo mãe. Ele, então, começa colocar as folhas rasgadas de volta no copo que está a batata e explica que tem que colocar de novo na água para crescer, pois ele cuida da batata para isso acontecer. No vídeo, é perceptível a surpresa de Bê, mas ele logo acha uma solução, e traz uma ideia construída ao longo da investigação, que a batata precisa estar na água, e que, agora, segundo sua teoria, a folha colocada ali também vai resolver crescendo de novo.
Criança: Bernardo, 3 anos Novembro/ 2020 Texto: Cristiele e Joandre. EMEI Joaninha Turma FE2 Imagens: enviadas pela família
Vai crescer de novo
ãe organiza espaço com a massinha deque modelar enviada no kit de investigaç ha de de Bernardo modelar enviada nookit de investigação e propõe o no investigue as marcas que aamassa, folha dasente, batata deixam na massinha. Bê aperta, amassa, se eixam na massinha. Bê aperta, observa e diz a mãe tem que força, ela sugere que use o rolinho para abrir a massa. Depo que useque o rolinho parater abrir a massa. Depoisentão de algumas ativas a folha da batata rasga e Bernardo fica intrigado com a situação expressando pela fa rigado com a situação expressando pela fala:
agora, vão tervou que dena novo nossa folha, vou ter que colocar n nossa folha, terfazer que tudo colocar nossa água, crescer de novo mãe.
no copo que está a batata e explica que tem que colocar deque está a batata e explica que t ntão começa colocar as folhas rasgadas de volta no copo ara No vídeo é perceptível a surpresa Bê,acontecer. No vídeo é perceptível na isso águaacontecer. para crescer, pois ele cuida da batata parade isso struída ao longo da investigação, que a batata precisa estar ele logo acha uma solução, e traz uma ideia construída ao longo da investigação, que a ba cadaealique também resolver crescendo de novo. gua, agora vai segunda sua teoria a folha colocada ali também vai resolver crescendo de Criança: Bernardo, 3 anos EMEI Joaninha Novembro/ 2020 Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre. Imagens: enviadas pela família
investigação e propõe que o amassa, sente, observa e diz assa. Depois de algumas do pela fala:
colocar na nossa água,
plica que tem que colocar de
Criança: Bernardo, 3 anos Novembro/ 2020 Texto: Cristiele e Joandre.
Assim começou e assim terminou...
A mãe de Valentina organizou um espaço com os materiais enviados no kit de pintura para a menina observar e desenhar sua batata. Enviou alguns registros nos contando que “Assim começou o desenho da batata, e assim terminou...”. Valentina começou desenhando as folhas e a batata com o pincel. Mas logo utilizou também a esponja, as mãos e foi se divertindo com as marcas que podia deixar no papel. Percebemos seu entusiasmo e concentração naquele momento através de suas expressões. E o que iniciou na proposta de um desenho de observação terminou em uma grande brincadeira de pintar. Mas na vida também é assim, o plano inicial pode mudar, mas não deixa de ser prazeroso e nos trazer aprendizagem, como o ano que estamos tendo.
Criança: Valentina, 3 anos EMEI Joaninha Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre. Novembro/2020 Imagens e vídeo: Enviadas pela família
começou e ssim terminou...
Assim começou assim term
tina organizou um espaço com os materiais A mãe de Valentina organizou u de pintura para a menina observar e desenhar enviados no kit de pintura para ou alguns registros nos contando que “Assim sua batata. Enviou alguns registr enho da batata, e assim terminou...”. Valentina começou o desenho da batata, e hando as folhas e a batata com o pincel. Mas começou desenhando as folhas mbém a esponja, as mãos e foi se divertindo logo utilizou também a esponja, que podia deixar no papel. Percebemos seu com as marcas que podia deixar oncentração naquele momento através de suas entusiasmo e concentração naq que iniciou na proposta de um desenho de expressões. E o que iniciou na p minou em uma grande brincadeira de pintar. observação terminou em uma g mbém é assim, o plano inicial pode mudar, mas Mas na vida também é assim, o r prazeroso e nos trazer aprendizagem, como o não deixa de ser prazeroso e no os tendo. ano que estamos tendo. Criança: Valentina, 3 anos EMEI Joaninha Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre. Novembro/2020 Imagens e vídeo: Enviadas pela família
Relembrando o que vivemos Conversamos com a Luísa por uma chamada de vídeo. O primeiro assunto foi a semente do amor, que no dia anterior por áudio Lulu nos contou que “não nasceu mas a batata nasceu”. O professor Jô também contou que a sua semente não brotou e que às vezes é assim mesmo. Os dois combinaram de plantar feijões normais. Depois mostramos a montagem com as imagens da batata. Ela logo disse: - Ali, eu! Relembramos lá no início, e Lulu lembrou junto com a mãe: - É, eu tinha duas batata. A mãe lhe ajudou lembrar que a branca apodreceu. A professora Cris lembrou o fato que Luísa dizia que sua batata não ia crescer, que ia ficar pequeninha. Mas Luísa mudou de ideia no decorrer da investigação e confirma na conversa hoje: - Ela tá grande, bem grande! - Quero mostrar a de verdade! É interessante observarmos essa mudança de perspectiva nas crianças, e conseguirmos, ao final de um processo ,perceber o quanto foi significativo para elas o desenvolvimento dessas propostas, mesmo que nesse ano de forma virtual. Conversamos com a mãe sobre a próxima proposta, uma modelagem com argila, que não será um fim para a batata, mas uma forma de pensarmos sobre um ciclo que foi vivenciado e partirmos para outro dentro dos interesses investigativos da turma.
Criança: Luísa , 3 anos EMEI Joaninha Novembro/2020 Turma FE2 Texto: Cristiele e Joandre. Imagens: Capturas de tela de chamada de vídeo.
u que “não nasceu mas a batata nasceu”. O Conversamos com a Luísa p Relembrando o mesmo. o brotou e que às vezes é assim Os amor, que no dia anterior p s mostramos montagem com as imagens quea vivemos professor Jô também conto
m a mãe:
. e sua batata não ia crescer,
ção e confirma na conversa
dois combinaram de planta da batata. Ela logo disse:
- Ali, eu!
Relembramos lá no início, e
- É, eu tinha duas batat
A mãe lhe ajudou lembrar q A professora Cris lembrou o que ia ficar pequeninha. Mas Luísa mudou de ideia n hoje:
- Ela tá grande, bem gra - Quero mostrar a de ve
É interessante observarmos essa mudança de perspectiva n mos ao final de um processo Criança: Luísa , 3 anos perceber o quanto foi significativo para elas o desenvolvime EMEI Joaninha mesmo que nesse ano de Novembro/2020 forma virtual. Conversamos com a mãe sobre a próxima pro Turma FE2 m comum argila, que não será fim para a batata mas uma forma de Cristiele pensarmos sobre u Texto: e Joandre. do e partirmos para outro Capturas de tela dentro dos interesses investigativosImagens: da turma. de chamada de vídeo.
Fernanda Costa
No
t
Um
d
noss
in
início do ano, as crianças encontraram-se com um vaso que
tem uma planta de cabeça para baixo, colocada na sala da turma, para ornamentar o espaço.
m olhar curioso do grupo, levou a uma observação demorada
das crianças. Surge então uma inspiração! Em nossa Escola,
sas escolhas sempre priorizam vivências significativas com a natureza na perspectiva do pertencimento, preservação, cuidado, com todos os seres vivos.
O percurso de investigação da Turma Giramundo, construiu entre adultos e crianças um percurso de observação,
nvestigação e pesquisa sobre o que ocorre com uma batata doce, quando é colocada na água.
*A professora Matildes é aflorada! Tem uma forte relação com plantas. Seu contato e apreciação com vários tipos de vegetação, faz com que a sala dela sempre tenha algumas espécies de flores e plantas.
O
papel
da
professora
como
mediador
da
inves
estimulantes na busca de novas pesquisas. Não houve permitiu, por permitiram,
parte
das
crianças,
o
levantamento
conhecimentos.
Com a realidade do observação
e
Isolamento Social - Covid 19,
pesquisa.
Com
isso,
preparamos
um
experimentais, contando às a crianças, a os à professora e aos
Por meio de um diálogo permeado de boas perguntas
vivemos o estupor de testemunhar como as crianças s metabólicos das plantas.
ETAPAS E PROESSOS Criamos
propostas
para
observações
e
contemplações
como: batata doce na água, espelhos, lupas. Nesta etapa a professora
registrou
utilizando
os
recursos:
filmagem,
fotografia, anotações, relatos de falas das crianças.
Os
contextos
de
investigação
foram
preparados
com
materiais e instrumentos que permitiram a manipulação das crianças.
stigação,
trouxe
questionamentos
e
conduziu
conversas
e aulas expositivas sobre o assunto estudado. Os contextos de
hipóteses,
foi preciso
m
Kit
para
perguntas,
confronto confronto deideias, idéias,
busca
de
criar novas possibilidades para aprofundar a que
as
investigações
fossem
significativas
e
s s familiares ao processo todo.
s e discussões que dão voz aos pensamentos das crianças,
sentem, olham, percebem, notam, descobrem os processos
PRO
He planta
Diante da curiosidade e perguntas das crianças sobre continha
uma
planta
“de
cabeça
para
baixo”,
tra
percurso significativo sobre o Heliotropismo, ciência qu movimento/descolamento
das
plantas
com
experiênc
observação e compreensão de conceitos como: vida, cre morte.
Com esses conceitos Esses conceitos,
longe
de
estudos
teóricos,
propomo
crianças experiências investigativas por meio da observa manipulação da terra, água e plantio.
OBLEMA INVESTIGADO
eliotropismo: o movimento/DESLOCAMENTO de as | Conceitos de vida, crescimento, vida e morte
o vaso que
açamos
um
ue estuda o
cias
para
a
escimento e
os
para
as
ação, arte e
COMUNICAÇÃO DOS REGISTROS O
registro
relação
de
aconteceu disposição
professora,
que
atenção
reações
Esses
as
vídeo
analisados
e
e
material
uma
escuta
observava das
registros, feitos
escrita,
e
em
em
com
crianças. forma
fotografia,
de
foram
organizados
de
da
como
pesquisa
e
documentação.
Essa documentação, organizou fotos e
falas
que
permitiram
interpretação
do
uma
percurso
rica vivido
pelas crianças, professora e família, reconhecendo experiência compreensão
e
vivida
validando por do
todos
a na
problema
investigado e organizados em e-book, painéis, vídeos e livretos.
REGISTROS
“A
est
va
qu
minha batata doce deve
"Não! Tem
tar com mais de 15cm, ela
formato de
ai crescer mais. Vou ter
espiral, então
ue medir com uma régua
eu acho que
gigante.”
ela morreu."
"O que será isso enroladinho? Eu "Não! Ela
nunca vi raiz assim antes."
cresceu. É assim mesmo que uma raiz cresce."
"Esta batata doce vai ficar "Essa batata é
do tamanho da
"Ela vai virar
diferente, ela tem
amoreira?."
uma árvore?."
folhas, assim eu nunca vi. Eu como batata doce, mas não é assim não."
Como o sol e a água fazem a batata doce crescer?
"
A batata doce tem vida, por isso que ela está crescendo. E, ela está crescendo muito, as raízes estão diferentes."
"Será qu "Vai nascer batata
ue vai ficar gigante?" as doce nas folhas?"
Quais sã
e flores
c
"TENHO ALGUMAS PLANTAS
ão as plantas
NO VASO. O TOMATE FOI EU QUE PLANTEI.
es da minha
A SUCULENTA E A
casa?
CEBOLINHA FOI A MINHA MÃE."
"ESSA VIOLETA É DA MINHA MÃE E É ELA TAMBÉM "Não! Ela
QUEM CUIDA."."
cresceu. É assim mesmo que uma raiz cresce."
"Esta batata doce vai ficar do tamanho da amoreira?." "Ela vai virar uma árvore?."
"A raiz importante para a batata." "Eu vejo sinal de vida na batata, porque tem a
"A raiz suga água para a planta, aí ela brota, cr . "A planta porque recebe os nutrientes pela raiz
"É a raiz que segura a planta para ela não cair.
"O sol fortalece a batata. Dentro do sol tem umas bolinhas, isso dá e planta crescer."
"A água molha a terra, é o que dá vitaminas crescer."
"Excesso de água, também faz a planta morrer "A água molha, é que sem água elas ressecam
raiz."
ria galhos".
z."
.”
energia para a
s para a planta
r." a apodrecem."
GIRAmundo
ovimentos de Vida
Educação Infantil
Grupo 5B
Professora: Matildes Conceição Professora auxiliar: Karina Cebotarov
Diretora Geral: Sônia de S. B. Costa Pereira Diretora Pedagógica: Fernanda Costa Coordenadora Pedagógica: Maristela Paiva
escola Stagium
Fernanda Ferreira de Oliveira
As últimas Flores antes do inverno chegar
Tapete de flores O dia nublado vem nos avisar que o inverno está chegando. As crianças são presenteadas com um tapete de flores de diferentes tipos, algumas já perdendo suas cores, anunciando uma despedida do colorido em faces desbotadas. A iluminação da sala é uma penumbra que produz sombras... são sombras serenas, que a meia- luz transporta por cima do tapete de flores um clima dormitante.
As ultimas Flores antes do in
Od o i crian um tipo core do c
A pen são luz t de f
Apagada e Desmaiada Mesmo que as flores estejam empalidecidas, as crianças percebem que ainda sim elas são generosas, pois são suportes de experimentações. As crianças levam as flores para perto do rosto. As sensações causadas pela textura e cheiro das flores descoloridas provocam sobre a pele sensibilidade e delicadeza. O menino diz que agora a flor tem cheiro de apagada. E sua amiga diz que tem cheiro de desmaiada.
m s o e
o a s a
m
e
Encaixar e Enfeite para os pés As crianças investigam possibilidades de movimentos, e ao caminharem sobre o tapete de flores, descobrem que elas podem enroscar entre os dedos dos pés. - Olha! Elas querem encaixar nos meus dedos. - Vamos brincar de enfeitar os pés? O corpo produz possibilidades infinitas. As crianças confiam no seus corpos ...entre os espaços pequenos dos dedos, as flores se ajustam graciosamente.
As de so qu de
-O de -V
O As ...e de gra
Flor no Cabelo Dos olhos das meninas até seus cabelos encontramos as flores. A última florada do inverno chega antes no coração e no sorriso. As pequenas pedem ajuda para a professora colocar a flor no cabelo. - A gente quer ficar bonita Prô! Coloca no nosso cabelo?
Dos olh encontra A última coração As pequ colocar a - A gente cabelo?
Vejo vermelho cor da flor! Com olhar à espreita, o menino brinca de ver vermelho cor da flor. Ao explorar possibilidade, percebeu que, ao colocar a flor bem perto dos olhos por algum tempo, após tirá-la por alguns segundo posteriores continua vendo a cor da flor, vermelha. Isso é efeito da visão que fica acostumada a fixar numa mesma posição. O menino descobriu o fenômeno da luz dentro de seus olhos, que faz acreditar que ainda está vendo a cor da flor. Pequeno investigador.
C b A q o p c v f m O d f a
Um Carinho para as Flores Tão suave como a flor é o carinho das crianças. Mesmo diante da despedida que o inverno provoca, com delicadeza dizem um até logo. - Até logo flores! Quando a primavera chegar as bebezinhas florzinhas vão nascer.
Um Carinho para as Flores Tão suave como a flor é o carinho das crianças. Mesmo diante da despedida que o inverno provoca, com delicadeza dizem um até logo.
- Até logo flores! Quando a a primavera chegar as bebezinhas has florzinhas vão nascer.
Genecilda dos Santos
Fios de Memórias Narrativas do cotidiano em isolamento nas vozes das famílias, crianças e professora
s
CONEXÃO ASTRAL Já passa das 22h00. "É hora de criança estar na cama", diria minha mãe! O "bip" do aplicativo de conversa sacode o aparelho recostado no apoio do sofá, é o Julio me chamando! Um videozinho começa a carregar e fico pensando o que pode ser tão urgente que ele precise me contar antes que o dia acabe. Eu, que sofro de insônias e curiosidades, abro para assistir e sou arrebatada pela fala do menino
"óia no céu a lua... óia as nuve... tá ficando cinza, vai chover!". Pronto! Dispara-se uma conversa que, ao ser partilhada no grupo das famílias, convida as crianças ao quintal. A mãe do Julio, meio sem jeito tenta se explicar: "oi professora, desculpa o horário, ele viu a lua e me pediu pra sentar lá fora, está que é um encanto só, cada ideia esse menino tem!!!!". O encanto do menino me arrebata, me arrasta ao quintal! Fico ali um bom tempo conversando com um pequeno grupo de crianças e seus familiares. Helena e Heloísa insistem que as nuvens que passam pela lua parecem algodão doce, enquanto Júlio lhes conta que a lua é um farol gigante e que ouviu dizer que um homenzinho mora nela. Nos dias que se seguem chegam fotos e falas sobre a lua. Olhamos para o céu na certeza de que muros e quilômetros não são capazes de deter os laços. Os laços, que invisíveis como o luar, nos conectam uns aos outros. (Junho, 2020)
Já O so pe di ar ci no se m m O te H al ou fo qu o
JANELAS O telefone vibra. Uma mensagem acanhada preenche a tela: “Professora, eu não sei se você está com tempo, mas o Heitor está chorando de saudade! Você pode ligar pra ele?” A janela do aplicativo se abre e de imediato uma carinha sorridente me aguarda. A mãe lhe entrega o celular e ele desaparece casa adentro me mostrando tudo! “Ai professora! A casa tá uma bagunça!” – ouço a mãe dizendo ao fundo. “olha professora, aqui tem frutas e tomate” – me mostra o menino. E daí por diante é um tal de mostra casa, jardim, cavalinho e brinquedos! Lá fora o Heitor me mostra uma janela do prédio ao lado: “Aquela janela é do meu amigo! A gente conversa muito e ele me dá balinhas...” Depois a mãe me conta que o amigo é um senhor que sempre sai na janela para conversar com as crianças! Após um bom tempo se encerra a chamada. Heitor segue feliz. E eu sigo esperançosa para ouvir logo, bem de perto, tantas outras de suas histórias. Histórias que por enquanto partilhamos pela janela do celular! (Julho, 2020)
O telefon eu não saudade! A janela aguarda. mostrand
“Ai profe
“olha pro
E daí por Lá fora o do meu a
Depois a para con Após um esperanç Histórias
DA VEZ PRIMEIRA “Morreu de medo, professora, mas no fim gostou foi muito” – diz a mãe! Ana Luiza sobe, pela primeira vez, em uma árvore e, apesar da distância física, dividimos essa realização. Fosse na escola, talvez, nos contaria tímida e sorridente na roda de conversa como se aventurou na escalada, da coragem em fazer algo grande e inédito ou de como aos poucos o medo se foi. Ainda que distante, dividimos o momento, a alegria... O instante que se eterniza em imagens e, para sempre, na memória da Iza e de sua mãe! (Julho, 2020)
“Morreu d diz a mãe! Ana Luiza distância
Fosse na e de convers fazer algo foi. Ainda que instante q memória d
VERMELHO POR DENTRO Lucas explora os galhos coletados fora do apartamento. Junto à mãe, fazem amarrações e brincam diante da luz do aparelho celular. O brincar se desprende do objeto, se expande ao corpo e ao gesto, frente ao convite sedutor das sombras projetadas na parede. Animais, movimentos, teorias... o que será que o menino pensa? Em dado momento, Lucas constata com a luz do aparelho sobre a pele: “Olha, mamãe, acho que sou vermelho por dentro!” (Agosto, 2020)
R DENTRO
o a mãe ar. O brincar e ao convite
nsa? bre a pele:
gosto, 2020)
VERMELHO POR DENTRO
Lucas explora os galhos coletados fora do apartamento. Junto a mãe fazem amarrações e brincam diante da luz do aparelho celular. O brincar se desprende do objeto, se expande ao corpo e ao gesto frente ao convite
“HÁ”, DE (HÁ)MAR... A família do Enzo tem acolhido os materiais como um convite para estarem juntos. Eles o ajudaram na construção de uma jangadinha de gravetos, pois ele queria um barquinho para brincar. À beira da bacia o menino fita o barquinho que sutilmente flutua sobre a água, como em um oceano azul profundo. À beira da bacia parece que o tempo nem passa, é outro jeito o de contar as horas. Por quantos mares e aventuras Enzo navega com seu imaginário? Quanto mar há em (ha)mar? (Agosto, 2020)
Af con con que
À sut azu nem Por ima
Qu
PLANTAS ZUMBIS Heitor aprecia muito minecraft e, durante o isolamento, seu apreço por construir mundos tem se evidenciado no cotidiano através das falas e registros da mãe, que sempre registra suas criações. Em uma proposta de exploração de gravetos, ele escolhe o jardim para criar um mini-mundo. “A ideia era fazer uma cabana de índio, mas quando terminou a narrativa já era outra!” - diz a mãe. “Era uma barraca para eu morar, mas virou um mundo de minecraft cheio de zumbis de plantas.” - conta heitor do outro lado da tela do celular. Assim acontece com as narrativas das crianças: nascem e se transformam, efêmeras e férteis como a imaginação. (Agosto, 2020)
Heitor apreço através criações escolhe
“A ideia narrativ
“Era um minecra lado da
Assim a transfor
O ABRAÇO DA MEMÓRIA Julio, que ama construir coisas, se apropria dos gravetos coletados por ele. A mãe, atenta, se envolve junto ao menino na brincadeira com os materiais e narra o acontecido: “Quando a professora propôs recolher os gravetos eu falei pra ele: “vamos fazer o sítio do vovô?”. Pensei que ele ia fazer a cerca porque lá é curral de madeira. Mas então ele disse que ia fazer um carro de boi, igual do vovô! Aí eu ajudei ele! Acho que foi porque quando viajamos ele passeou com o meu pai de carro de boi! Ele sente saudade! Meu pai amou essa lembrança!!!” Presença, escuta e afetos se entrelaçam e, através dos materiais, Julio abraça a memória do avô enquanto não se pode matar a saudade presencialmente! (Agosto, 2020)
Julio, coleta menin acont
“Quan pra e fazer disse ajude passe Meu p
Presen mater pode
O “CÉBERO”
“Curioso que elas fazem sempre juntas mas cada uma faz de seu próprio jeito!” - diz a mãe com a voz cheia de ternura! Em seguida as meninas ocupam a conversa:
O “CÉBERO”
Heloisa: A gente pegou paus, “galinhos” e pedras, pra fazer o que quiser! Eu fiz árvores. Uma floresta!!! Eu fiz uma pessoa de braços abertos e um X falando que ninguém podia entrar sem juntas mas cada euma seu jeito!” - dizVírus. a mãe com a voz máscara semfaz os de pais porpróprio causa do Corona meninas ocupam a conversa:
Helena: e eu fiz uma casa com telhado, janela e porta! alinhos”Mamãe: e pedras,e pra fazer o teve que quiser! Eu fiz árvores. Uma floresta!!! como você essa ideia? rtos e um X falando que ninguém podia entrar sem máscara e sem os Helena: eu pensei com o meu “cébero”!!!
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O “CÉBERO
“Curioso que elas fazem sempre juntas mas cada uma faz de se cheia de ternura! Em seguida as meninas ocupam a conversa:
(Agosto, 2020) Heloisa: A gente pegou paus, “galinhos” e pedras, pra fazer o q
Eu fiz uma pessoa de braços abertos e um X falando que ningué pais por causa do Corona Vírus. Helena: e eu fiz uma casa com telhado, janela e porta! Mamãe: e como você teve essa ideia? Helena: eu pensei com o meu “cébero”!!!
COMTEMPL(AÇÃO) No vídeo, é possível ver a euforia e a alegria, o anseio e a contemplação de Nicolas diante das linhas que recebeu no pacote de propostas do mês. Nicolas, quando não alcança a grade mais alta, recorre à cadeira para subir e tramar suas linhas. Sobe, desce, coloca e entrelaça os fios. Em certos momentos, fita sua obra e se felicita com o que suas pequenas mãozinhas construíram. Nicolas, que antes do isolamento era nosso menino mais miúdo, agora procura, sozinho, por estratégias para exteriorizar seus fazeres. Ali, em meio às teias e pensamentos, o menino se desafia e se supera. (Setembro, 2020)
CONTEMP
No vídeo é possível ver a euforia e a alegria, o anseio e a c pacote de propostas do mês. Nicolas, quando não alcança a
PL(AÇÃO)
contemplação de Nicolas diante das linhas que recebeu no grade mais alta, recorre a cadeira para subir e tramar suas
CHURRASCO DE JABUTICABA Sophia, provocada a brincar com os gravetos, passa um bom tempo se relacionando com os elementos. No meio da tarde vibra o telefone com uma mensagem de sua mãe: “professora, ela cismou que tem que fazer uma fogueira!”. Eu aproveito e incentivo a ideia: “por que não?”. “Está difícil de pegar fogo” - dizem elas! Sigo incentivando, dando sugestões e, persistentes, elas conseguem! Finalmente Sophia consegue fazer a fogueira e um churrasco de Jabuticaba! (Setembro, 2020)
Sigo incentivando, dando sugestões e, persistentes, elas conseguem! Finalmente Sophia consegue fazer a fogueira e um churrasco de Jabuticaba! (Setembro, 2020)
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Henrique Cruz Leite
Relato de Experiência Dificuldades na pandemia Futebol/Chute Durante este momento difícil, que estamos vivendo de pandemia, tive a oportunidade de passar por uma experiência comovente, triste e de superação na EMEF MAURO FACCIO GONÇALVES ZACARIA localizada em São Paulo na PMSP/ DRE CL. Como Professor regente de Educação Física e mantendo o protocolo de postar atividades toda semana na plataforma Google Classroom, no dia 03 de junho foram elaboradas e postadas as atividades para todas as turmas de regência. Me surpreendi com uma aluna do Fund I no período da tarde, com a sua conduta e coragem na postagem da atividade, mostrou que podemos superar as dificuldades diárias com otimismo e atitudes positivas. Mas os trabalhos só foram possíveis com o inicio do mapeamento VIRTUAL , onde os alunos colocariam na plataforma os espaços físicos disponíveis (campos, quadras) em torno do bairro e a escola, para se falar do futebol, em específico o GOL. Os trabalhos tiveram foco no fund I 1o, 2o e 3o ano. Após o retorno das pesquisas, como forma de vivenciar o fundamento CHUTE em especifico, foi elaborada a atividade "CHUTE CERTO" lembrando que os trabalhos de chute foram pensados para o fundamental I sem cobrança técnica, mas com foco no conteúdo ESPORTES, que o objetivo seria fazer com que os alunos entendessem a importância de se treinar os chutes (repetição) para atingir o objetivo no futebol (GOL). Portanto, a proposta foi pensada em trabalhar também a percepção visual e a lateralidade. A atividade foi postada com as seguintes explicações:
"Chute certo" Como? Separe uma bola. Selecione um alvo podendo ser a cadeira usando os pés ou qualquer outro objeto para formar o golzinho (Trave) e lembrando que não pode ser muito grande, porque se não perde a graça e o objetivo trabalhado, caso não seja a cadeira. Providencie um espaço adequado e determine uma distância para chutar a bola, CASO ACERTE, distancie-se mais para que fique cada vez mais difícil. Obs. Fiquem atentos: o golzinho será entre as pernas da cadeira que fará o papel das traves, o alvo é a garrafa pet colocada no chão (também poderá ser qualquer outro objeto que demarque o alvo). DESAFIO 1- Só com a perna direita DESAFIO 2 - Só com a perna esquerda DESAFIO 3 - Só com a perna direita NIVEL DIFICIL (1 Garrafa Pet para tentar acertar) DESAFIO 4 - Só com a perna esquerda NIVEL DIFICIL (1 Garrafa Pet para tentar acertar) CUIDADO!!! O CHUTE TEM QUE SER RASTEIRO E DEVAGAR. Após dialogar e esclarecer as dúvidas da atividade da semana com as turmas, passamos a ter o retorno da atividade prática. Durante os vídeos e fotos das atividades entregues, a aluna "A" do Fund I no dia 8 de junho me mandou na plataforma Google Classroom a seguinte mensagem: " Professor eu não tenho" “boal" mas vou inventar uma". Em seguida recebi o vídeo da aluna com a construção de uma
bola de saco plástico, foi um choque para mim, fiquei triste de saber que minha aluna não tinha uma bola! Nem sequer uma bola simples. E concomitantemente fiquei feliz e motivado em saber que mesmo não tendo a bola, a vontade dela foi maior que suas dificuldades, que ela não se abateu por não ter uma bola e que com criatividade realizou sua atividade com entusiasmo. Que soube encontrar alternativas. Além de demonstrar coragem ao disponibilizar a sua atividade na plataforma no mural, não se importando com a opinião dos colegas que poderiam debochar de sua situação. Esta atividade me marcou, me fez aflorar mais ainda a empatia e o olhar humanizado por todos os meus alunos e a ter uma atitude diferenciada frente a todas as dificuldades que passam e enfrentam diariamente. Durante o retorno da atividade como contextualização tivemos muitas mensagens dos alunos. Segue algumas: - “Como é difícil professor acertar o alvo”. - “Professor os jogadores devem treinar muito”. -”Professor não consigo chutar com a perna esquerda, vou treinar mais”. -”Tinha vergonha de chutar bola achei que só os meninos
poderiam fazer isto”. E por fim no ensino aprendizagem, com objetivo valorizar a intencionalidade da aluna deixei a seguinte mensagem: - PROFESSOR HENRIQUE: “Nossa parabéns!! Fiquei muito feliz quando vi o seu vídeo. Na vida vencemos os desafios usando a criatividade. Continue sempre assim!!! Saudades de você. Em breve estaremos de volta, fique com Deus”. Em um dia de reunião pelo Meet como de praxe todos os encontros são compartilhados, os medos, os anseios, as dificuldades, as expectativas e as práticas positivas. Comentei sobre a devolutiva desta atividade e todos os professores e coordenadoras se comoveram pela coragem da aluna. Após a reunião tivemos a seguinte mensagem da coordenadora na plataforma: -COORDENADORA LUCIANA DIAS: “ “A” você já deu o chute certo , criou , inventou e fez a atividade mesmo sem uma bola convencional. Parabéns querida”. E assim encerro este relato com esperança em um futuro melhor e com mais oportunidades para todos os nossos alunos. Que todos nós possamos sempre, a cada dia termos atitudes de empatia, respeito e solidariedade por nossos alunos tão queridos e já tão guerreiros.
Laura Luvison Méliga
Antes de tudo Narrativas pré-pandêmicas sobre a boniteza do encontro Antes de tudo houve um começo. Do ano, da escola, do vínculo. Antes de tudo houve uma primeira vez. Da separação, da emoção, do encontro. Este material documenta, por meio de Mini Histórias, experiências vividas por bebês de uma escola municipal de Porto Alegre, em seus primeiros dias de contato com a escola. A pandemia interrompeu estes começos e uma das estratégias que encontramos, para significar e tornar visíveis as experiências vividas, foi a construção destas Mini Histórias.
Esta construção envolveu a revisitação de observáveis e o aprofundamento do olhar. O desafio de fazer escolhas e interpretações. E além de constituir memória pedagógica para os bebês e suas famílias, constituiu-se como um percurso de aprendizagem docente sobre o registro e a escuta. Ao documentar as primeiras experiências dos bebês neste novo ambiente, o encontro salta-nos aos olhos. Com o lugar, com o outro, consigo. Encontro com a vida coletiva.
JANELA PARA UM NOVO MUNDO
As janelas estão por todos os lados na sala referência do Berçário. Comunicam com o exterior, atravessam luz, som, objetos. Durante o ano inteiro são matéria de atenção e curiosidade. Mas durante o período de adaptação dos bebês à escola, parecem ocupar um papel especial. Antônia, Bernardo e Oscar elegem o colchão próximo à janela como espaço de encontro. Observam o que há lá fora como se lhes ajudasse a compreender o que há dentro. Observam um ao outro como para reconhecer os novos parceiros de jornada. As janelas concretas que compõe o espaço dão suporte para a construção de janelas, portas e pontes na relação dos bebês com a escola, o outro e o mundo.
Berçário 2 Crianças: Antônia, Bernardo e Oscar Fotos: Andrelize Esteves e Laura L. Méliga Texto: Laura L. Méliga
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SENTIMENTOS PARTILHADOS Chegar à escola pela primeira vez é ser convidado a criar vínculos e intimidade. Com o espaço, os adultos e as outras crianças, os novos parceiros de jornada. Ingridi e Valentin dividiram os primeiros momentos de sua adaptação. Tinham tempo e espaço para conhecer-se e ajudar um ao outro. Chorar, sentir falta, acalmar- se, sorrir. Sentimentos partilhados neste novo espaço. Oportunidade para cuidar do outro, ser cuidado, preocupar-se.
Berçário 2 Crianças: Ingridi e Valentin Fotos Emilaine Pinheiro Texto: Andrelize Esteves, Bárbara Colatto e Laura Méliga
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UM SABOROSO COMEÇO
UM SABOR COMEÇO
Potes, bolinhas, imaginação e parceria. Ingredientes de um delicioso sorvete, compartilhado em uma manhã de calor. Isadora e Analu não dividem apenas o mesmo espaço na sala do Berçário. A brincadeira iniciada por uma parece encantar os olhos da outra. E o sorvete oferecido à colega é prontamente aceito, provado, aprovado! Nas manhãs e tardes do Berçário, muita coisa começa. A experimentação, o faz de conta, a partilha, a amizade.
Berçário 2 Crianças: Analu e Isadora Imagens e texto: Laura L. Méliga
ROSO
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AFETO, CUIDADO... E HIDRATAÇÃO!
Entre uma brincadeira e outra no pátio do Berçário, pausa para tomar água. Maria Júlia pegou seu copo, mas logo percebeu que Miguel não queria parar de brincar para refrescar-se. Pediu para si o copo do novo amigo e gentilmente foi até ele para oferecer-lhe água. A noção de cuidado e a capacidade de importar-se com o outro se expressam quando as crianças têm a oportunidade de exercer sua autonomia nas pequenas, porém grandes, ações do cotidiano.
AFETO, CUIDADO... E
Berçário 2 Crianças: Maria Júlia e Miguel Imagens e texto: Laura L. Méliga
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E HIDRATAÇÃO!
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Entre uma brincadeira e outra no pátio do Be
Os bebês, as caixas e o tempo
Entrar, sair, observar, mudar de ideia. Preencher o que estava vazio. Em companhia ou cada um na sua.
Berçário 2 Criança: Antônia e Oscar Fotos e texto: Laura Luvison Méliga
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En sai ob mu Pre va Em ou
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.” Paulo Freire Pedagogia da Autonomia
Organização: Laura Luvison Méliga Equipe do Berçário: Andrelize Esteves, Bárbara Colatto, Emilaine Pinheiro e Laura Luvison Méliga Todas as Mini Histórias foram produzidas durante o período de isolamento social, enquanto estávamos em trabalho remoto. Foram compartilhadas com as famílias inicialmente por meios digitais e posteriormente por meio impresso. Além das apresentadas neste material, outras Mini Histórias também foram construídas pela equipe do Berçário durante este período. Foram compiladas aqui as que nos convidam a olhar para o vivido sob a perspectiva do encontro.
Manoella Rotelli Simões
As Sombras da quarentena Prof. atelierista Mano Rotelli Alunos de 3° ano As Sombras da quarentena 2020
Prof. atelierista Mano Rotelli Alunos de 3° ano 2020
2020 foi o ano de uma pandemia... O que se há de trabalhar quando temos tanto em jogo? De onde tirar o sentido de se estudar? Para além do que nós professores sempre programamos, quais eram as perguntas que nossos alunos se faziam? Partimos das sombras; da leitura do livro “O Gato e o Escuro” escrito pelo moçambicano Mia Couto. Neste livro, ele propõe aproximações metafóricas entre a sombra e o medo, a coragem e a curiosidade e nos faz uma pergunta: o que há além da escuridão? As aulas agora eram vividas à distância, mas através dos meios que o mundo de hoje oferece, pudemos estar por perto. Nas conversas sobre o livro, muitos alunos puderam relatar medos e angústias que os estavam movendo naqueles tempos. Medos que pareciam caber nas fantasias dos espaços escuros, com forma e em busca de um nome. Foi a chance de olhar para a sombra, para ela também fora de nós. Levantamos hipóteses sobre a formação e a natureza deste fenômeno, além de explorá-lo através de técnicas de desenho e observação. Um caminho de aproximação em relação àquele que vinha se configurando como nosso objeto de estudo. Após essa primeira troca, os alunos foram convidados a olhar. Fotografaram durante 10 dias rastros de sombras por onde estivessem. Alguns fotografaram sombras que encontravam pelo caminho, outros produziram “artificialmente” suas próprias sombras. O resultado foi belo e surpreendente: percebemos o quanto cada foto, cada sombra dizia sobre o aluno- fotógrafo. A sombra revelou; paradoxalmente trouxe à luz. Houve quem só fotografasse brinquedos, houve quem fotografasse plantas... ou porque estavam passando a quarentena afastados da cidade, em outro lugar, ou quem sabe porque ali enxergavam alguma vitalidade.
Outros alunos produziram suas sombras fechados num apartamento em que o sol não oferece sua luz diretamente. Alunos que gostaram de brincar com a própria sombra ou com a sombra de outra pessoa, revelando assim alguma solidão ou a companhia de alguém próximo. “dentro de cada um há o seu escuro. E nesse escuro só mora quem lá inventamos.” O que é a sombra? Como ela surge? Que cor ela tem? Você tem medo do escuro? Por quê? Quem mora no seu escuro? “O sol, mesmo sendo muito forte não consegue passar por coisas solidas. A sombra é o formato da coisa carimbado pelo sol. Ou uma mancha colorida, quando a coisa é transparente e colorida.” “Sombra é um reflexo preto que só aparece quando tem luz” “Uma sombra é um escuro” “Sombra é quando não tem luz” “Sombra é um reflexo que a luz cria” “Sombra é o corpo da luz” “Sombra é uma cópia amassada do objeto” “Sombra é como se fosse uma porta fechada para a luz” “O escuro é uma sombra infinita” “O escuro é onde a luz se esconde” “A luz é igual a água passa por tudo” “A luz é permeável e o objeto é impermeável”
Presença/ Ausência
Vida / efêmero
Permanência
Companhia
Habitar
Marcele Araujo
Lara em: Voa Borboleta “Voa borboleta, voa borboleta, voa pra lá... Voa pra cá...” E como toda borboleta, Lara quer voar! Suas emoções são suas asas! As vozes conhecidas, as palavras e a música são os caminhos por onde ela percorre em seu voo. Jorginho, professor de yoga foi um parceiro que também conduziu a pequena pela vereda dos sentimentos. As expressões corporais da menina atestavam suas sensações. Observar tais manifestações conduzia a mim, a Jorginho e Isa (sua cuidadora) na trajetória que Lara explorava encantada.
“Voa borbole Voa pra cá...” quer voar! Sua vozes conhe são os camin
Jorginho, pro que também co d As expres atestavam su manifestações e Isa( sua cui ex
Em um determinado momento, o sino Pin foi tocado. O rosto de Lara se transformou em uma mistura de sorriso e lágrimas. O sino foi tocado repetidas vezes. O rosto da pequena foi se transformando a cada toque... como se o som daquele instrumento fosse a direção para um voo. Os gestos da menina fizeram todos os adultos presentes se emocionarem também. Naquele momento ela nos conduziu para uma rota e de presente nos deu asas para experimentar um pouco das suas sensações.
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Lara em: O Sorriso Para ver o sorriso de Lara aparecer é só proferir o seu nome e cumprimentá-la com um: boa tarde! É fácil perceber que vozes conhecidas são afins aos ouvidos da menina. Há em sua forma de manifestar um misto de reconhecimento e contentamento. Lara é informada no dia sobre o nosso encontro, declaração feita outrora por sua mãe: “Ela fica esperando pró... Ela sorri quando a gente diz que é o dia de encontrar a pró Marcele”. Os sorrisos de Lara transparecem sua espera. Se tem Jorginho na assembleia, os sorrisos se transformam em gargalhadas! O Pin (sino usado na Yoga) é tocado. Lara reconhece imediatamente o som - É momento de se conectar! Com o auxílio da Isa, os movimentos são realizados. ‘Larinha tá respirando fundo!”- diz a babá. É um deleite observar as ações da Lara... Suas emoções... Sua entrega. Por vezes, deixo de realizar as posturas solicitadas por Jorginho, para imergir em sensações que Lara me provoca. Percebo a importância das sonoridades nas assembleias para Lara, nesse modo virtual, onde não podemos nos contactar fisicamente. Sendo assim, as histórias repletas de onomatopeias e canções têm sido regalos para a menina. Quando realizei a contação do Cabra Cabrez, reproduzi os sons dos animais. Era possível visualizar a barriga da menina se movimentando de tanta satisfação e também ouvir o esplendor das suas gargalhadas.
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Para finalizar um e Para finalizar um encontro tão especial, nada melhor do que música e movimento. Com amovimento. ajuda da Isa, Lara Com a a ficou em pé, para dançar. Pela posição da câmera, não da câmera, não er era possível na maioria do tempo ver seu rosto, salvo efêmeros instantes captados, quando baixava a cabeça. efêmeros i Contudo, ao ver suas pernas se movimentado, senti Contudo, ao ver s a mesma emoção quando via seu rosto durante a assembleia. Lara sorri não apenas com os lábios... Ela quando via seu rost sorri de corpo inteiro!
nada melhor do que música e em pé, para dançar. Pela posição do tempo ver seu rosto, salvo ando baixava a cabeça. ntado, senti a mesma emoção a. Lara sorri não apenas com os orpo inteiro!
Lara em: A brisa e os cataventos
Como escrever sobre Lara sem mencionar as pessoas que ela movimenta para que as práticas pedagógicas aconteçam, ainda que virtuais? Lara é este ser mágico, vibrante e movimentador. Esta mini história não é apenas sobre Lara... É principalmente para a Lara. Para que ela saiba que por ela, um pequeno mundo Gira! o escrever sobre Lara sem mencionar as pessoas que ela movim Dentro desse pequeno mundo existem os cataventos. pedagógicas aconteçam, ainda que virtuais? O primeiro: Catianea mamãe! Foi ela a primeira parceira Como escrever sobre Lara sem mencionar as pessoas que ela mo este ser mágico, e movimentador. Esta mini história nã da pequena nosvibrante encontros virtuais. É através dela que pedagógicas aconteçam, ainda que virtu sabemos daspara açõesadaLara. pequena em casa... com ela queque por ela, um p principalmente Para que Éela saiba Lara é este ser mágico, vibrante e movimentador. Esta mini históri Lara transcende. Dentro desse pequeno mundo existem os catave principalmente para a empresta Lara. Para que ela saiba que por ela, u O segundo catavento: A Isa, que seu corpo e sua ro: Catiane- a mamãe! FoiDentro ela a primeira parceira da pequena nos pequeno mundo existem os ca voz para que as práticas com Laradesse se tornem profundas. A ela sabemos das mamãe! ações da pequena em casa... Éda com ela q O que primeiro: CatianeFoi a primeira parceira pequena respiração, a fala, osamovimentos de ela Isa fazem o sorriso da undo catavento: A Isa, que empresta seu corpo em e sua vozÉpara que sabemos das ações da casa... com q e meninaela aparecer e encantar a quem assiste apequena comunhão. profundas. A respiração, os empresta movimentos de Isa, fazem s O segundo catavento: a A fala, Isa, que seu corpo e sua voz o par tornem profundas. A respiração, fala, osassiste movimentos de Isa, fazem encantar aa quem a comunhão. encantar a quem assiste a comunhão
O terceiro catavento: Jorginho. Nos encontros com esse mestre da Yoga, vi em Lara gargalhadas se misturarem às lágrimas- uma mistura ímpar de emoções. O quarto catavento? Essa professora que escreve. Embora do outro lado da tela, observo cada gesto, cinesia e ação da Lara. Ainda existem os cataventos ocultos... São aquelas que menta para que as práticas discutem sobre a melhor forma de conduzir o processo. ? Qual a melhor didática, o melhor formato de documentar ão é apenas sobre Lara... São É as outras professoras da educação sobre a pequena. O terceiro catavento:daJorginho. Nos encontro infantil, as gestoras e a coordenadora Gira Girou, em pequeno mundo Gira! misturarem as lágrimas reuniões pedagógicas. entos. O através quarto catavento? Essa professora que escr Lara, nós vemos e sentimos você! Voamos com suas s encontros virtuais. É asas, sorrimos com seus sorrisos, gargalhamos com sua cinesia que Lara transcende. gargalhada,Ainda nos emocionamos com suas lágrimas e existem os cataventos ocultos... São aq que as práticas com Lara seentrega. vibramos com sua processo. Qual a melhor didática, a melhor fo sorriso da menina aparecer e daEssa Como escrevi lá no início... é uma mini história para professoras educação infantil, as gestoras e Lara, a pequena brisa que move os cataventos de amor.
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Paola Winter Silveira
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Pegadas de cachorro... Em uma sessão de desenho, utilizando fotos de propostas anteriores, como forma de retroalimentar as pesquisas gráficas de Ana, sua mãe organiza um contexto para suas investigações. Ao que Ana avança, sob o papel um espiral vai se formando... Ela, parece que vai dando destaque para a sinuosidade dos traços... Uma dança de marcas se forma... Como uma ciranda a cantarolar...
Ela, parece se divertir através de seu desenho O que estaria a pensar?
Após alguns dias, sua mãe, mostra a ela seu d o que havia desenhado. Após alguns dias, sua mãe mostra a ela seu Prontamente, Ana responde: desenho e pergunta o que havia desenhado. Ela, parece se divertir através de seu desenho... O que estaria a pensar?
Prontamente, Ana responde:
“Pegadas de cachorro”
“Pegadas de cachorro”
Será que o cachorro estaria a dançar para Ana? Bom... Isso só Ana saberá, afinal... Ela deu asas (e pegadas) ao seu imaginar!
Será que o cachorro, estaria a dançar para An Ana saberá, afinal... Ela deu asas (e pegadas),
o...
desenho e pergunta
na? Bom... Isso só ao seu imaginar!
Criança: Ana Luiza, 3 anos Fotos: Enviadas pela família Texto: Paola Winter Silveira
Criança: Ana Luiza, 3 anos Fotos: Enviadas pela família Texto: Paola Winter Silveira Faixa etária 2A Faixa etária 2A Outubro/2020 Outubro/2020
O imaginar, imaginário Eduarda transparece seu imaginar através do traço da caneta preta, sob a folha de papel. Seus dedos conduzem através da superfície branca, deixando marcas, são os pensamentos e teorias de Eduarda... Após um dia, a mãe de Eduarda a mostra seu desenho e pergunta o que ela desenhou. Prontamente responde: “Um monstro!” Então, sua mãe prossegue e pergunta o que monstro estaria a fazer... Ela completa: “Ele estava do lado na térmica, encostou e virou uma fumaça”
ginar, nário
és do traço da olha de papel. erfície branca, os e teorias de Eduarda...
seu desenho e nte responde:
monstro!”
o que monstro Ela, completa:
a térmica, a fumaça”
O imag teorias Um mo
Me per fumaça Eduard
Essas s perma alegria
O imaginar e brincar de Eduarda revelam suas teorias... imaginar e brincar UmOmodo dela explicar o mundo de ao seuteorias... redor.
Eduarda, revelam suas
modo dela explicar o MeUm pergunto: por que será que o monstro virou fumaça? Eduarda saberá me revelar!
mundo ao seu redor.
Me pergunto: por que será que o monstro virou fumaça? Essas são as ricas teorias da infância, queEduarda, permanecerão sempre me na revelar! saberá essência e na lembrança, a alegria de ser criança!
Eduarda, 3anos Essas são as ricas teorias daCriança: infância, que Fotos: Enviadas pela família permanecerão sempre na essência e na lembran Texto: Paola Winter Silveira alegria de ser criança! FE2A/ Outubro/ 2020
Criança anos
Fotos: E família
Texto: P Silveira
FE2A/ O
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Am pro org ab Ao po ma sem ou Sã As em Pe sol po Criança: Maria Luiza, 3 anos Criança: Maria Luiza, 3 anos Fotos: pela família Fotos:Enviadas Enviadas pela família Texto: Paola Winter Silveira Texto: Paola Winter Silveira FE2A/2020 Agosto/2020
FE2A/2020 Agosto/2020
Pedrinhas... Para que te quero? A mãe de Maria Luiza, com base na sugestão de proposta enviada pelas professoras referência, organiza um potente e convidativo contexto para a brincadeira de sua filha. Ao desenrolar das brincadeiras de Maria, podemos ver, através dos registros, que há uma materialidade que ela se encanta e deixa consigo sempre perto, mesmo que esteja manuseando outro material... São as pedrinhas... As quais transporta de pote em pote, tampinha em tampinha... Pedrinhas que a encantam e mostram que sua solidez, e ao mesmo tempo versatilidade, são poesia para Maria...
Thiago Pacheco
O mund jane
JÁ PAROU PAR O QUE TEM
do pela ela
RA OBSERVAR M LÁ FORA?
Quem sou eu?
Thiago Pacheco, sociólo pedagogo e estudante Thiago Pacheco, sociólogo, Comunicação Visual pe pedagogo e estudante de Comunicação Visual pela ETEC-SP; ETEC-SP;
Professor de Educação Professor de de Educação Infantil pela rede São Paulo (SME-SP) Centrode de São Infantil pelanorede Educação Infantil Jardim Paulo (SME-SP) no Cent Primavera I. Educação Infantil Jardim Primavera I.
Conhecendo o território e o CEI • CEI JARDIM PRIMAVERA IDRE: FREGUESIA/BRASILÂNDIA • ATENDIMENTO DE 152 BEBÊS E CRIANÇAS. • 7 SALAS DE REFERÊNCIA
Como manter o contato com as famílias?
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O WHATSAPP COMO APLICATIVO MAIS UTILIZADO PELA COMUNIDADE; POR MEIO DAS REUNIÕES COLETIVAS, DECIDIMOS QUE CADA PROFESSOR DE CRIARIA O REFERÊNCIA CRIASSE GRUPO PARA INTERAÇÃO COM AS FAMÍLIAS OS PROFESSORES SEM REGÊNCIA (MÓDULOS) ACOMPANHARIAM AS PROFESSORAS DAS TURMAS O RETORNO PELO WHATSAPP FOI BEM POSITIVO;
Princípios para o funcionamento dos grupos
o
NÃO LEVAR MAIS TRABALHO PARA AS FAMÍLIAS; O CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL COMO APOIO ÀS FAMÍLIAS; CONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS.
Como organizamos a semana? • As famílias sugerem temas e organizamos para cada dia da semana, como por exemplo: • Nascimento dos dentes; • Contar uma história; • Prevenção ao Coronavírus; • Audiências Públicas sobre o possível retorno…
binåh espaço de arte Ficha técnica: direção e coordenação Stela Barbieri Equipe responsável pela seleção dos trabalhos André Carrieri Cleide Terzi Josiane Pareja Luciane Frosi Piva Luciane Varisco Focesi Luz Marina Maira Dourado Paulo Fochi Valéria Prates Gobato Vitor Janei Participantes Ana Beatriz Petrus e grupo Arte Socialmente Implicada Ana Beatriz Souza Cerqueira Carmen Orfanó Cristiele Borges dos Santos Fernanda Costa Fernanda Ferreira de Oliveira Genecilda dos Santos Henrique Cruz Leite Laura Luvison Méliga Manoella Rotelli Simões Marcele Araujo Paola Winter Silveira Thiago Pacheco
projeto gráfico e diagramação Pedro Campanha Revisão Fabiana Freier equipe binåh espaço de arte Stela Barbieri Fernando Vilela Carina Tiyoda Fabiana Freier Flora Pappalardo Pedro Campanha Romeu Loreto
Rua Bento Vieira Barros, 181 (entrada pela rua Jamil Safady) 05046-040 - São Paulo – SP Fone: (11) 3467-4387 www.binahespacodearte.com.br Este material tem seus direitos autorais reservados, sendo vetada a reprodução ou disseminação de qualquer parte do material sem a prévia autorização dos autores. Caso tenha interesse em utilizar este conteúdo por favor entre em contato através do email: contato@binahespacodearte.com.br