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Famílias terão que deixar as áreas de risco

DA REDAÇÃO

A Justiça de Caraguatatuba atendeu ao pedido apresentado pela Procuradoria Geraldo do Estado de São Paulo e o Município de São Sebastião e concedeu liminar para poder ocorrer a remoção para abrigos das famílias que ainda vivem nas áreas de risco.

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Segundo o governador Tarcísio de Freitas, que permanece na região acompanhando o trabalho de salvamento, resgate e acolhimento das pessoas atingidas pelas fortes chuvas no litoral norte, a ação visa permitir, “em último caso, a remoção contra a vontade das pessoas”.

Tarcísio ressaltou que a decisão é necessária diante da gravidade da situação e pelo risco de novos deslizamentos e alagamentos. A previsão é de mais chuvas para aquela região.

O Governo do Estado declarou estado de calamidade pública nos municípios atingidos pelas chuvas.

orientações. “Além de coleta de lixo, deve ser implantada rede de esgotamento, internet, iluminação pública, enfim, dotar as áreas de um mínimo de infraestrutura urbana, onde os estudos geológico-geotécnicos aconselharem a fixação das moradias e a mitigação do risco se possível".

Questionada sobre como estão ocorrendo tantos desastres naturais, Cassandra responde: “Não creio que esses desastres sejam naturais. Se somos capazes de mapear as áreas de perigo, se temos uma previsão meteorológica precisa (e onde não houver temos que instalar radares potentes) se sabemos que nessa crise climática os eventos pluviométricos críticos serão cada vez mais frequentes, o que há de natural nisso? A chuva pode ser da natureza, mas as consequências são dadas pelas escolhas de crescimento das cidades”.

Por fim, ela conta a expectativa para o futuro. “Confesso que quando vi prefeito, governador e presidente da República juntos conversando como enfrentar as consequências das chuvas, fiquei otimista. É muito possível que se aplicarmos minimamente esses itens, os efeitos podem ser minimizados num futuro breve”.

Dessa forma, é difícil a conscientização, pois algumas pessoas que se encontram nesses locais não tem a pretensão de sair. Contudo, é necessário que ocorram essas mudanças e também que as comunidades possam colaborar realizando as orientações e intervenções de obras necessárias para que novas tragédias não voltem a ocorrer - como em Guarujá em 2020, com dezenas de mortes, e que não registrou vítimas fatais desta vez, a despeito do volume das chuvas que atingiram a cidade no último final de semana.

abastecimento de água, energia elétrica e telefonia. Há mais de mil profissionais trabalhando nas áreas, inclusive assistentes sociais.

Habitações provisórias

O governador também anunciou a publicação de decretos para desapropriação de áreas que servirão para a construção de habitações provisóras, para abrigar as famílias vitimadas até a construção de novas unidades definitivas, dentro de um projeto que ele denomina como "experimental" para servir de modelo a outras localidades

Obstáculos

O trabalho para desobstrução das vias é intenso e complexo devido à enorme quantidade de detritos, sedimentos, escombros, árvores e solapamento de vias. Até sexta-feira (24),já haviam sido registradas 50 morte s.

Desde domingo ocorreu o início de um grande trabalho de busca e salvamento, montagem de abrigos, distribuição de ajuda humanitária, desobstrução das vias, avaliação e reparos para restabelecimento do

“Convém alertar que o direito a moradia não pode superar os direitos à vida, à saúde e à segurança”, cita a decisão, e que a continuidade das chuvas “pode ocasionar mais deslizamentos de terras, colocando em risco profissionais que trabalham nas buscas e os moradores que permanecem em áreas de risco”.

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