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Novela sem fim Novela

hoje é impossível trafegar pela via de forma contínua.

As intervenções começam no cruzamento com a Conselheiro Rodrigues Alves e se prolongam por duas quadras. Acesso? Apenas pela Rua João Guerra, via Conselheiro Nébias. O cruzamento com a Rua Luiz Gama está fechado novamente desde a segunda passada (13).

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No trecho anterior, máquinas trabalham para arrumar - o que deveria já ter sido feito há tempos. E mais quebradeira de asfalto, barulho e poeira. Um terror para os comerciantes e moradores - já afetados pela pandemia dos últimos anos.

Mais adiante, no trecho da via entre a Emílio Ribas e a Luíza Macuco, operários trabalham nos preparativos da estação Universidade I, atrás da Unifesp - Universidade

Federal de São Paulo.

O problema maior ocorre na quadra seguinte: três montanhas de asfalto se destacam na paisagem. E apenas um pequeno trecho - reservado para o VLT - totalmente esburacado está disponível para os motoristas e motociclistas. "Só aqui já é a terceira vez", reclama uma comerciante no local - ela preferiu não se identificar.

"Quebrar quatro vezes a calçada e o asfalto é muita incompetência de quem fiscaliza, autoriza e controla!", enfatiza José Santaela, da Amoccan, porta-voz do grupo durante a fala na Tribuna Cidadã na Câmara.

Problemas

Mesmo com as obras - feitas e refeitas - os problemas persistem. Como os postes literalmente 'gruda dos' no prédio da rua Campos Melo com Xavier Pinheiro. Além de calçadas construídas em desnível, entre outros problemas, como reclamam os integrantes da associação. As queixas reverberaram - novamente - no Legislativo. Com a promessa de criação de uma nova audiência pública sobre a morosidade dos trabalhos da segunda fase do VLT.

Presidente da comissão de Transportes, o vereador Paulo Miyasiro (Republicanos) informa ter entrado com o pedido. Porém, ainda sem data de realização. Não bastasse, a novela de obras refeitas não se restringe à Rua Campos Melo.

Na Rua Luiz de Camões - a outra via que recebeu intervenção até agora, onde houve o estreitamento da pista, retirada das árvores e nivelamento das calçadas- a situação só

Antonio Carlos Gonçalves, presidente da CET - Santos, empresa que faz a 'ponte' do Município com a EMTU, do governo estadual, e responsável pela obra, reconhece os atrasos, mas lembra que as mudanças no projeto original acabaram atrapalhando o andamento dos serviços.

"Inicialmente, o projeto não contemplava vagas para estacionamento e isso foi alterado posteriormente", salienta. Não bastasse, segundo ele, tubulações não previstas no subsolo de empresas, como de iluminação e gás encanado, também atrasaram o cronograma.

O prefeito Rogério Santos (PSDB) está incomodado com a demora na conclusão de etapas da obra. "Temos feitos sucessivas reuniões com o Governo do Estado para agilização dos serviços", enfatiza. Legislação municipal foi elaborada justamente para agilizar a demanda de serviços, como a ampliação do horário do trabalho até às 22 horas em obras específicas, como a do VLT.

No entanto, isso não parece ser o suficiente. Durante a segunda e terça de Carnaval, por exemplo, os trabalhos nas ruas não ocorreram, a despeito de ambos os dias não serem feriados. Não bastasse, sob a alegação de corte nos gastos, perdeu-se a oportunidade do embutimento da fiação elétrica e de telefonia/internet nas vias que receberão a obra.

Sem dúvida, deixaram de lado a chance para enfrentar a poluição visual dos emaranhados de fios que se destacam nas vias urbanas.

O Ministério Público analisa a situação das razões do não embutimento da fiação, que, aliás, é lei municipal desde 2019.

Sem prazo

Enquanto os imbróglios técnicos não finalizam, ninguém assegura mesmo quando as obras da segunda fase do VLT terminarão.

Enquanto isso, o governo do Estado já divulga o início dos preparativos para a terceira fase do VLT em direção à área continental de São Vicente.

Divulgou o edital para o projeto de reforma da ponte dos Barreiros - já recuperada e entregue no ano passado, com recursos federais, na parte rodoviária. Assim, a nova obra prevê a ampliação e reforço da estrutura, duplicação da parte ferroviária (atualmente inoperante). E ainda: expansão do trecho de passeio e melhorias da infraestrutura rodoviária.

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