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Descobrimento marcado por mitos e verdades
Vinícius Dantas DA REDAÇÃO
Dia 22 de abril é comemorada a descoberta do Brasil, um marco histórico importante não só para o país, mas também para toda a América Latina e para o mundo. Porém, trata-se de um evento que gerou diversos mitos e verdades ao longo dos anos. Dessa forma, confira um pouco dos acontecimentos por trás dessa data e sua importância.
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Descoberta
Foi em 22 de abril de 1500 que a viagem liderada pelo navegador por- tuguês Pedro Álvares Cabral chegou às terras brasileiras, abrindo caminho para a colonização europeia na América do Sul. Segundo o professor de história Reinaldo Martins, o comércio europeu com o extremo oriente, cha- madas “Índias”, encontrou nos anos finais do século XIV, um monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo.
Contudo, a saída era encontrar um meio de ligação entre a Europa e as Índias sem passar pelo Mediterrâneo, ou seja, por meio da navegação. Portugal foi o primeiro país a reunir a condição política essencial para tal que era ter um governo centralizado capaz de proteger, incentivar e regular a navegação.
Além disso, há discussões se ocorreram exatamente nessa data e também se Cabral foi o primeiro a chegar ao Brasil. Embora a chegada dele seja historicamente considerada o "descobrimento" do País, é importante destacar que os povos indígenas já habitavam essas terras antes da vinda dos europeus.
Portanto, o conceito de "descoberta" acaba tornando-se eurocêntrico e de certa maneira “descarta” a presença e a cultura dos povos indígenas na região. Porém, o professor explica que isso é o de menos, até porque alguém chegaria antes ou depois e o mais provável é que fosse mesmo um português. Isso por conta do pioneirismo aliado pela vantagem política obtida em 1385 com o fim da Revolução de Avis.
Missões
No século XV, Portugal explorou a costa ocidental da África buscando ao mesmo tempo uma passagem para o Oriente. É bom ressaltar que não tinha concorrentes, pois não haviam outros países com governo centralizado para desenvolver a navegação.
“Quando a Espanha acaba a expulsão dos árabes (1492), centraliza o poder e se lança às navegações patrocinando Colombo, que chega à América em outubro daquele ano”, explica o professor.
Com o Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal desvia seu único concorrente do caminho que estava explorando. Em 1498, o português Vasco da Gama fez o que todo o comércio europeu desejava e necessitava. Portanto, restava aos portugueses duas coisas: garantir que os dois lados do Atlântico ficassem com Portugal (segundo Tordesilhas) e estabelecer o domínio sobre as Índias antes que outros chegassem lá. Sendo assim, é nesse contexto que as missões entregues para Cabral se encaixam.
Indígenas
Existia uma diferença entre o pau-brasil e as variedades e volumes de artigos que vinham do Oriente. Desse modo, havendo uma concorrência dos países que chegaram tarde às navegações e ainda não possuíam toda a estrutura de que Portugal tinha. O contato com as populações indígenas varia no nível e violência da exploração.
Apenas a partir de 1530, com a baixa no comércio português com o Oriente e o fortalecimento na posição dos concorrentes, é que Portugal decide começar uma exploração mais sistemática do território brasileiro.
Dessa forma, tornou-se pioneiro mais uma vez decidindo produzir açúcar, assim criando mecanismos de transferência de população e de estruturas administrativas na colônia. A mão-de-obra original será mesmo a indígena, agora caçada e reduzida à escravidão. Porém, a lógica do mercantilismo que tem o seu polo dinâmico no comércio, para conceber lucros a serem acumulados, demonstra que à medida que se consolida a produção açucareira na colônia surge como um grande negócio, muito mais lucrativo do que o açúcar: ou seja, o tráfico negreiro.
Relações aos demais cursos oferecidos, como de Fisioterapia, Educação Física, Terapia Ocupacional e Serviço Social, entre outros. Aguiar Jr participou do Jornal Enfoque, onde falou sobre os projetos e planos da instituição, que completa 20 anos em setembro de 2024.
De acordo com Martins, essas e não outras seriam as razões de se impor à colônia e aos colonos a mão-de-obra originária do continente africano. “É muito caro o escravizado trazido da África. Os indígenas continuarão a ser escravizados por séculos, variando as proporções entre indígenas e africanos no tempo e no espaço, segundo as flutuações da economia colonial”, ressalta Martins.
A tendência das relações entre os portugueses e os indígenas é na questão da eliminação e da repressão para todas culturas originárias, especialmente por parte da Igreja e do Estado português.
Contudo, a diferença demográfica e o fato dos colonos formarem suas "famílias" com as mulheres indígenas, que por sua vez, criaram os filhos dessas "uniões" resultaram em criações de relações mais complexas, como na língua falada e em diversos costumes daquilo que seria o "povo" brasileiro. Desse modo, um ponto positivo da colonização portuguesa foi a introdução da plantação da cana de açúcar, o que resultou no impulso da economia brasileira. Além disso, vale mencionar que a colonização deixou um legado de desigualdades sociais, econômicas e raciais. Como, por exemplo, a destruição de ecossistemas, a exploração de mão de obra escrava africana e a imposição de uma nova cultura e religião sobre os povos indígenas.
Histórico
Convênio a ser firmado com o Governo do Estado e o Ministério da Educação homologará o curso, o único a ser oferecido no Estado de São Paulo. As mudanças na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996 garantiram aos povos originários os mesmos direitos para serem alfabetizados no seu pertencimento – ou seja, na sua aldeia.
E assim, iniciou-se a discussão da abertura de um curso do gênero no Estado de São Paulo.
“O curso será multicampi, com colaboração de professores do campus da Unifesp e de outras universidades”, salienta o professor e diretor do campus da Unifesp – Baixada Santista, Odair Aguiar Jr.
Ao todo, o curso terá quatro anos de duração, com 50 vagas/ ano. A modalidade será presencial, sendo que as atividades serão divididas no ambiente universitário e também nas aldeias indígenas.
A previsão é que o curso seja oferecido já no próximo vestibular.
Oceanografia
Assim como o curso de Oceanografia, outra novidade destinada como bacharelado interdisciplinar para estudantes que escolherem os cursos de Engenharia do Petróleo e Recursos Renováveis e Engenharia Ambiental.
Entre 40 a 50 vagas ofertadas, de forma complementar aos alunos que entrarem em ambos os cursos de Engenharia. Eles se somarão
Atualmente, a instituição tem 2.330 alunos de graduação, 245 professores e 116 técnicos administrativos, além de terceirizados (limpeza, segurança, por exemplo).
Mais da metade (51%) é formada por alunos residentes na Baixada Santista. Os demais são provenientes da Capital, interior e até de outros estados. Um avanço para o embrião da primeira universidade pública da Baixada Santista, luta de políticos e educadores, em especial, da ex-vereadora e ex-deputada falecida em 2020 Mariângela Duarte, que empresta o nome ao campus da Rua Silva Jardim.
Dos 5 cursos iniciais criados na área da Saúde (como origem da própria instituição, a antiga Escola Paulista de Medicina), hoje são 9. Inclusive com a criação do curso de Ciências do Mar, por meio do Instituto do Mar, em 2012. Aliás, outra novidade apresentada pelo diretor é a migração das atividades presentes no campus da instituição na Avenida Epitácio Pessoa, 741, na Ponta da Praia, para um novo local, desta vez no Centro Histórico.
Nutrição
Além disso, o Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição – único no Estado de São Paulo – voltado à formação para a agricultura familiar e destinado à formação de merendeiras.
O serviço ganhou um reforço financeiro este ano pelo Ministério da Educação. Ou seja, passou de R$ 900 mil para R$ 1,8 milhão.
PREVENÇÃO Especialistasdãodicasparamanterabocasempresaudável